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ATPS CONT. TRIBUTÁRIA

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UNIVERSIDADE ANHANGUERA-UNIDERP
CENTRO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
CIÊNCIAS CONTÁBEIS
DISCIPLINA
CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA
PROFESSOR EAD: Me HUGO DAVID SANTANA
TUTOR PRESENCIAL: MARCOS BARCELOS FERREIRA
	
TUCURUÍ – PA
2015
UNIVERSIDADE ANHANGUERA-UNIDERP
CENTRO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
CIÊNCIAS CONTÁBEIS
OPÇÕES TRIBUTÁRIAS EXISTENTES NO BRASIL
FRANCINEI COELHO PINTO – RA 422702
GENILDO COELHO DE BARROS – RA 410169
JOSÉ ANTONIO SANTOS DA CRUZ – RA 429075
LILIANY DOS SANTOS BASTOS – RA 428988
WANJA MARTINS TIMBÓ – RA 410363
Trabalho elaborado para fins de avaliação do Módulo de Gerenciamento Estratégico de Custos, do curso de Ciências Contábeis da Anhanguera - Uniderp, sob Orientação do professor EAD Me Hugo David Santana e do Tutor Presencial Marcos Barcelos Ferreira.
TUCURUÍ – PA
2015
SUMÁRIO
	1.0
	Introdução
	04
	2.0
	O Surgimento da Tributação.
	05
	3.0
	O Resumo da História dos Tributos no Brasil.
	05
	4.0
	O Poder de Tributação: a necessidade do estado.
	09
	5.0
	Limitações ao Poder de Tributar.
	10
	5.1
	O Princípio da Legalidade Tributária.
	10
	5.2
	O Princípio da Anterioridade da Lei Tributária
	10
	5.3
	O Princípio da Igualdade Jurídica Tributária.
	11
	5.4
	O Princípio da Tributação Segundo a Capacidade Contributiva
	12
	5.5
	O Princípio da Indelegabilidade da Competência Tributária
	12
	6.0
	Imunidades
	12
	7.0
	E qual é o papel dos tributos?
	13
	7.1
	O conceito de Tributo.
	13
	7.2
	Os tributos podem ser classificados da seguinte forma
	14
	8.0
	A evolução do sistema tributário brasileiro.
	14
	8.1
	Dicas de Economia Tributária.
	16
	9.0
	Definições de taxas, Contribuições e impostos.
	18
	9.1
	O Lucro Real, Presumido e Simples.
	20
	10.0
	O Simples Nacional.
	22
	10.1
	Características Principais do Regime Simples Nacional.
	22
	10.2
	Principais Obrigações do Simples Nacional
	23
	11.0
	A análise das tabelas comparativas.
	24
	11.1
	Cálculos do Lucro Presumido.
	25
	11.2
	Cálculos do Lucro Real.
	27
	11.3
	Tabela comparativa Lucro Real x Lucro Presumido.
	28
	11.4
	A opinião da Equipe.
	30
	12.0
	Principais aspectos do CPC 32
	30
	13.0
	Considerações Finais
	33
	14.0
	Referências Bibliográficas
	34
1.0 Introdução.
	
Os impostos estão se tornando um dos maiores encargos e despesas corporativas. Os governos vêm se preparando, através de processos e sistemas, e implantando medidas que visam aumentar, cada vez mais, a sua visibilidade em relação aos procedimentos fiscais adotados pelos contribuintes, inclusive mediante o cruzamento de informações, ganhando celeridade e objetividade no processo de análise e fiscalização, entre outros procedimentos. 
Neste contexto, tanto quanto a adequada apuração e recolhimento dos tributos, as atividades de preenchimento e conferência das obrigações fiscais tem sido de especial relevância, não apenas pela obrigatoriedade do correto atendimento das legislações, mas também porque eventuais inconsistências na correlação dos dados informados podem ensejar questionamentos fiscais, resultando na abertura de procedimentos de fiscalização e, por conseguinte, no desvio de foco da administração dos negócios para o atendimento a tais processos.
Contabilidade Tributária é uma expressão utilizada para designar o conjunto de ações e procedimentos visando apurar e conciliar a geração de tributos de uma entidade. Também chamada de "Contabilidade Fiscal".
A escrituração contábil regular propicia informações importantes para a apuração de tributos. Daí dizer-se que a contabilidade presta-se a cálculos diversos nesta apuração, como, por exemplo: Base de cálculo do PIS e COFINS; Lucro apurado para fins de IRPJ e CSLL; Registro de tributos compensáveis (IRF e outras retenções tributárias).
Desta forma, é imprescindível aos contribuintes manterem estreito controle sobre sua situação patrimonial, já que informações incorretas podem gerar distorções na apuração dos tributos devidos.
	O sistema contábil adotado pela empresa precisa estar integrado e coordenado com os demais setores, de forma informatizada, visando facilitar o registro dos fatos e contando com a rapidez necessária para a geração de dados confiáveis e periódicos.
	Este trabalho vai nos proporcionar um estudo sobre a essência do Sistema Tributário Brasileiro.
2.0 O Surgimento da Tributação.
De forma geral os impostos acompanham o desenvolvimento da sociedade humana organizada. Nos primórdios das sociedades humanas eram cobrados pesados tributos dos povos que eram vencidos na guerra, esses povos eram subordinados à nação vitoriosa e a fim de evitar novos confrontos deveriam continuar a pagar tributos, demonstrando estado de profunda submissão.
Mas com o desenvolvimento dos agrupamentos humanos as relações sociais se tornam mais complexas, assim as classes dominantes que se formam buscam se sustentar com o trabalho das pessoas desprivilegiadas. 
Assim são aplicados impostos aos próprios súditos. Como os tributos eram determinados, na maioria das vezes, pela vontade de um governante com uma grande gama de poderes; nãohavia maneira de controlar tal cobrança. 
Assim as duras tributações acabavam por arruinar a camada mais pobre. Com o contínuo avanço das relações sociais as massas empobrecidas começam a tomar consciência dos abusos que sofrem por parte de seus lideres, em muito isso se deve aos pensadores iluministas e suas ideias antropocêntricas. 
As massas clamam por leis escritas e mais justas, mas as máquinas burocráticas criadas e a grande parcela de pessoas se nível cultural razoável entre as massas tornam de fácil manipulação as normas fiscais. 
A avalanche de normas esparsas era tal que muitas vezes os próprios trabalhadores do governo se perdiam nelas e os impostos eram cobrados sem a mínima regularidade.
3.0 O Resumo da História dos Tributos no Brasil.
O processo de arrecadação e distribuição tributária no Brasil nos remete a sua formação histórica e cultural. A maneira como o nosso Estado foi estabelecido reflete diretamente na sua organização econômica, jurídica e social. Assim, a maneira exploratória com a qual o Brasil foi colonizado ainda apresenta resquícios na atual organização tributária e orçamentária.
A origem da tributação no Brasil se deu com a sua colonização por Portugal; assim, o direito vigente, a partir desse momento, sofreu sérias influências do direito geral português, do direito colonial especial formado para o Brasil, dos costumes locais, dentre outros. 
Surge, nesse período, o "quinto do pau-brasil", considerado o primeiro tributo brasileiro e decorreu da exploração da árvore nativa – pau-brasil. É válido ressaltar que já nessa época eclode o problema de redistribuição tributária.
Numa fase posterior (Governo Geral), os tributos foram classificados, quanto a periodicidade, em dois grupos, a saber, ordinários e extraordinários. Estes decorriam de atividades excepcionais como gastos com guerras e proteção armada; aqueles com despesas cotidianas, constantes.
Quanto às espécies, os tributos foram divididos em: 
- Derramas: independiam dos rendimentos dos contribuintes, ou seja, não eram proporcionais à renda da população. Na verdade, as derramas não consistiram num novo tributo, mas na cobrança da diferença em relação ao que deveria ter sido pago e não foi (ex: cobrança do quinto do ouro em atraso);
- Fintas: proporcionais à renda do contribuinte;
- Contribuições: espécie de designação subsidiária, aquele que não era nem derrama nem fintas.
Por volta de 1630 a 1654, no domínio holandês em Pernambuco, o centro do açúcar, houve a vigência de uma "Constituição Brasil holandesa", onde estabelecia a figura do escuteto (chefe administrativo municipal), ao qual cabia a função, dentre outras, de exator da fazenda e cobrador dos impostos.
Posteriormente, ocorre um fato relevante para a formação da personalidade jurídica brasileira:a vinda da família real portuguesa. Com isso, fixou-se a sede da metrópole no Brasil e os portos foram abertos para as nações amigas, ou seja, o relacionamento comercial tornou-se mais intenso entre o Brasil e outras nações.
Surgem, a partir disso, os impostos de importação, dando ensejo, não apenas, à arrecadação, como também ao protecionismo dos produtos internos ou ao incentivo à exportação.
Além disso, destaca-se o chamado imposto de sisa dos bens de raiz, incidente sobre a transmissão imobiliária por ato intervivos – antecessor do ITBI. Ou ainda, os direitos de 10% exigidos sobre os vencimentos dos funcionários da Fazenda e da Justiça – predecessor do IR.
O movimento de independência deu origem à Constituição de 1824, onde a amplificação do ideal liberal predominou; havia uma intensa preocupação em limitar o Estado, nos preceitos individualistas, tornando as questões sociais em matérias secundárias. 
Dessa forma, o processo legislativo foi influenciado pelo liberalismo, originando leis do mesmo teor.
Nesse período, reinou um sistema de arrecadação bastante caótico, em que os tributos eram cobrados de maneira cumulativa. Estabeleceu-se, ainda, a classificação em: 
- receitas gerais;
- receitas provinciais; 
- receitas municipais.
Adveio a proclamação da república do Brasil e, com ela, a Constituição de 1891; o Brasil tornou-se uma federação, mas as receitas tributárias cabiam, apenas, à União e aos Estados; ficaram excluídos os municípios – característica de um sistema censitário, concentrador de poder. Existia, pois, competência concorrente entre a União e os Estados, mas sem detalhamento. 
Atrelada à crise econômica mundial no final da década de 20, eclode a chamada Revolução de 30, onde se cria, por meio de decreto (DEC. 21.930 de 11 de maio de1932), as contribuições de melhoria (espécie de tributo prevista no atual código tributário), visando reconstruir o país que estava saindo de uma guerra.
Em 1934, nasce a Constituição Social Democrata que criou:
As receitas MUNICIPAIS, ao lado das receitas federais e estaduais;
Vedou a bitributação – como a competência para tributar era concorrente, em caso de bitributação, deve-se determinar qual tributo prevalece;
Foi à primeira Constituição a trazer, expressamente em seu texto, o Imposto de Renda como tributo federal;
Criou o imposto de consumo como tributo federal – esse imposto é o antecessor do IPI;
Criou o imposto sobre vendas e consignações (IVC) para os Estados – é aproximadamente o que conhecemos hoje em dia como ICMS (que só surgiu por completo em 1988);
Imposto de indústrias e profissões (IIP), lançado pelo Estado, mas arrecado pelo estado e municípios em partes iguais é o predecessor do ISS que tem competência municipal.
Sob a égide da ditadura, instaura-se a Constituição de 1937, a conhecida "polaca", pouco respeitada, flexível.
Esta criou o AIR (Adicional de Imposto de Renda), destinado para pessoas solteiras, viúvas, e casais sem filhos; visava estimular o crescimento populacional. 
Além disso, foram suspensos os impostos estaduais sobre consumo de motor à explosão e o municipal sobre rendas de imóveis rurais. Disto resultou a unificação dos impostos de consumo e de renda, que ficaram com a União;
Em fase posterior, surgiu a Constituição de 1946, dotada de caráter democrático; tentou quebrar a centralização do poder, apoiando os municípios e lhes atribuindo receitas próprias.
 Segue os pontos destacados na obra suscitada:
- o desaparecimento das referências à bitributação feitas nas Constituições de 1934 e 1937, entendendo-se que toda ela seria inconstitucional, sem que isto precisasse ser dito;
- o conceito expresso da contribuição de melhoria para a hipótese de valorização do imóvel em consequência de obras públicas;
- as limitações ao poder de tributar foram ampliadas, tornando-se imunes os templos, bens e serviços de partidos políticos, instituições educacionais e assistenciais e o papel destinado exclusivamente a jornais, periódicos e livros;
-os impostos deveriam ser sempre que possíveis pessoais e graduados pela capacidade econômica do contribuinte;
-a visão de proteger os setores mais pobres, reduzindo a antiga tradição da tributação regressiva, onde se onera mais os que menos têm capacidade de pagar;
-o instituto do direito anglo-saxão (grants-in-aid) que implicava na redistribuição de tributos arrecadados pela competência federal para a órbita estadual e municipal. 
Em dezembro de 1965, o sistema tributário passa a ser sistemático através da Emenda Constitucional nº 18 - de 01 de dezembro de 1965 - procurou encontrar uma nova ordem tributária para o Brasil. Esta possuía as seguintes características:
Originou o IPI – imposto sobre produtos industrializados – com a característica da seletividade.
Originou o ICM – imposto sobre circulação de mercadorias –, antecessor do ICMS.
Fez surgir o ISS – imposto sobre serviços –, sucessor do IIP (imposto sobre indústrias e profissões).
Nesse mesmo período, destaca-se a Emenda Constitucional nº07, de 22 de maio de 1964, que suspendeu o princípio da anualidade, ou seja, a previsão de cobrança de um tributo mediante prévia previsão na respectiva lei orçamentária.
Origem do CTN e a Constituição de 1967 - Código Tributário Nacional foi proposto em 19.08.1953 sob a vigência da Constituição de 1946, mas só foi aprovado em 25.10.1966 por lei ordinária; logo após isso, foi tido como inconstitucional, pois a então Constituição de 1967 determinava que as matérias tributárias para serem tratadas por lei complementar. 
Atrelado a isso, surge o Ato Complementar nº36 que dispôs sobre a recepção do referido código pela Constituição vigente na época, mas este só poderia ser modificado por lei complementar. 
Por fim, a atual Constituição da República Federativa do Brasil de 05.10.1988 dispõe, no seu título VI, sobre a "Tributação e o Orçamento". Dentro deste título, há uma divisão, a saber: trata dos princípios gerais e das limitações do poder de tributar; discrimina as receitas dos impostos pela União, por Estados e o Distrito Federal e pelos Municípios; dispõe sobre a repartição das receitas tributárias.
4.0 O Poder de Tributação: a necessidade do estado.
Ocorre o fenômeno da tributação para que, o Estado, ao desenvolver atividade financeira, atenda às necessidades de toda a coletividade. 
O art. 173 da Constituição Federal faz referencia à regra de liberdade de iniciativa, vedando ao Estado exercer exploração direta de atividade econômica, a qual somente é permitida quando necessária aos imperativos da segurança nacional ou a relevante interesse coletivo. 
Diz-se que o Estado exercita apenas atividade financeira, como tal entendimento o conjunto de atos que o Estado pratica na obtenção, na gestão e na aplicação dos recursos financeiros de que necessita para atingir os seus fins. 
Tomando por base que, o Estado não pode intervir na Economia (ressalvado o art. 173 da CRFB/88), este se utiliza da Tributação para atender determinadas finalidades sociais. 
Tributar é a única forma de impedir a estatização da economia e permitir a existência de uma economia capitalista. Hugo de Britto Machado transmite que a carga tributária não poderá ser demasiadamente elevada, o que desestimularia a iniciativa privada. Pontua que, no exercício da sua soberania, o Estado exige que os indivíduos lhe forneçam os recursos de que necessita. Institui o tributo. 
O Poder de Tributar nada mais é que um aspecto da soberania estatal, ou uma parcela desta, é relação jurídica, embora o seu fundamento seja a soberania do Estado. Sua origem remota foi à imposição do vencedor sobre o vencido. Uma relação de escravidão, portanto.
Hugo de Britto Machado rechaça entender-se a relação tributária com relação de poder. Pontifica que grande parte da doutrina defende que os contribuintes consentem com a instituição dos tributos, através de seus representantes no Parlamento. 
O pagamento de tributos, conforme ensina Gabriel Ivo, trata-se de dever fundamental tendo em vista que se constitui em formade contribuir com o gasto público. 
A tributação permite que o Estado realize suas atividades essenciais, dando cumprimento a todos os direitos e garantias fundamentais previstos na Carta Magna. 
5.0 Limitações ao Poder de Tributar.
O artigo 150 da Constituição elenca algumas limitações ao poder de tributar, mas nem por isso o faz de maneira nítida e completa, existem também outros institutos nesta esfera como as imunidades que constituem limitações ao poder estatal de invadir a propriedade privada através da cobrança de tributos confiscatórios.
As limitações ao poder de tributar constituem-se, portanto, em normas legitimadas pela Constituição Federal que não conferem competências positivas para tributar, mas em dispositivos que visam impedir as situações por elas descritas, ou seja, que sejam utilizadas pela força tributária do Estado.
5.1 O Princípio da Legalidade Tributária.
O tributo é uma forma incontestável de limitação legal à liberdade e à propriedade privada, sendo campo de atuação restrito ao Poder Legislativo, criar, modificar ou extinguir a espécie tributária.
Desta feita estamos diante da principal característica do princípio da legalidade tributária, que reside na faculdade exclusiva do Estado de criar tributos e que esta só poderá ser exercida mediante lei.
Este princípio tem aplicação prática conjunta com o princípio da anualidade, pois, é este princípio que legítima, por exemplo, a lei de diretrizes orçamentárias (LDO), e é através desta lei que o Estado define as alterações tributárias para o ano subsequente. Constatamos, portanto, uma clara integração prática entre esses dois princípios.
Atualmente se diz que o princípio da legalidade encontra-se em crise ou atenuado, pelo fato de se outorgar ao Poder Executivo, atribuições para estabelecer alíquotas fiscais e suas penalidades, isto não é verdade.
A situação descrita constitui tão somente uma exceção ao princípio, posto que, a própria Constituição Federal nos incisos I, II, IV e V do artigo 153 legitima o Poder Executivo a exercer esta função. Esta suposta crise deve ser encarada apenas como um caso de delegação legislativa.
5.2 O Princípio da Anterioridade da Lei Tributária
Popularmente, podemos considerar a lei tributária uma lex imperfecta, ou seja, para que um tributo se torne exigível, mister se faz a existência não só da lei mas também a autorização orçamentária. 
Por isto além de atender ao princípio da anterioridade o tributo dever atender também, ao princípio da anualidade, mais uma vez deparamo-nos com este instituto de elevada relevância jurídica e abriremos um parêntese para mesmo que sucintamente explanar acerca dele.
Atendendo ao princípio da anualidade tributária é necessária a existência de duas leis distintas, mas que se completam.
Estas duas leis são:
À lei tributária – è a lei majoradora do tributo confere ao tributo existência, legitimidade, definindo suas características, vigência e as condições de exigibilidade.
À lei orçamentária - é através desta que se fixará a despesa e se fará a previsão de receita para cada exercício financeiro. É nela que se autoriza a cobrança do tributo no ano a que se refere.
Analisando as Constituições Federais brasileiras verifica-se que o princípio da anualidade sempre foi uma forma de resguardo constitucional e é através deste instituto que o princípio da anterioridade da lei tributária encontra sua afirmação prática.
As exceções ao princípio da anterioridade da lei tributária estão dispostas de forma clara e objetiva na Constituição Federal, mais precisamente, no parágrafo primeiro do artigo 150.
5.3 O Princípio da Igualdade Jurídica Tributária.
O princípio da igualdade jurídica tributária é uma mera decorrência do instituto presente no inciso I do artigo 5º da Constituição Federal, instituto este que defende a igualdade de todo perante a lei nos seguintes termos categóricos: "homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações".
Este instituto aplicado ao Direito Tributário visa coibir privilégios em matéria tributária, ou seja, todos aqueles que estiverem em situações idênticas devem contribuir da mesma maneira. 
Daí decorre a existência das categorias contributivas decorrentes também do princípio da capacidade contributiva que será posteriormente analisado.
No Dizer de Dino Jarach, "Igualdade Tributária quer dizer igualdade de condições segundo a capacidade contributiva" [5]. Fundamentado na igualdade perante a lei Aliomar Baleeiro diz, "não será possível à lei reservar tratamentos fiscais diversos aos indivíduos que se acham nas mesmas condições" [6].
5.4 O Princípio da Tributação Segundo a Capacidade Contributiva
Este princípio origina-se do ideal de justiça distributiva. Aqui o cidadão-contribuinte participa nas despesas da coletividade de acordo com a sua aptidão econômica, ou capacidade contributiva.
Concretamente o princípio da capacidade contributiva sempre esteve ligado a problemas políticos (distribuição da carga tributária) e econômicos (caráter regressivo dos impostos, tributos pessoais e direitos) do Estado.
Afirma Alfredo Augusto Becker que "o princípio da capacidade contributiva constitui uma regra de direito natural" [7], sendo corolário do princípio da igualdade (anteriormente analisado). "Capacidade Contributiva é expressão equivalente à capacidade econômica, representando a aptidão da pessoa para participar das despesas públicas, isto é, para pagar tributos" [8].
5.5 O Princípio da Indelegabilidade da Competência Tributária
Embora não esteja expresso no Texto Superior, a faculdade legislativa de instituir tributos e sobre eles dispor, inaugurando a ordem jurídica, não pode ser delegada, devendo permanecer no corpo das prerrogativas constitucionais da pessoa que a recolher da Constituição Federal.
A competência tributária conferida a uma entidade federativa não pode ser delegada, o máximo que pode ocorrer é que a entidade legitimada a instituir o tributo o faça e depois passe adiante tão somente a capacidade para ser sujeito ativo.
Atendendo desta forma o disposto no artigo 7º do Código Tributário Nacional:
A competência tributária é indelegável, salvo atribuição das funções de arrecadar ou fiscalizar tributos, ou de executar leis, serviços, atos ou decisões administrativas em matéria tributária conferida por uma pessoa jurídica a outra.
6.0 Imunidades
No dizer de Ruy Barbosa Nogueira "as imunidades aludem a uma exclusão do próprio poder de tributar". 
Diversos autores tratam das imunidades paralelamente ao trato das isenções. Paralelo este que não se justifica, pois, são proposições normativas de tal modo diferentes na composição do ordenamento positivo que poderíamos destacar tão somente três aspectos comuns: a circunstância de serem normas jurídicas válidas no sistema; integrarem a classe das regras de estrutura; e tratarem de matéria tributária.
As imunidades são preceitos constitucionais que antecedem o momento de incidência do tributo, diferindo notadamente das isenções que são oriundas de leis ordinárias, funcionando como um "redutor" do campo de abrangência dos critérios da hipótese ou da consequência da regra matriz do tributo.
7.0 E qual é o papel dos tributos?
Além da finalidade arrecadadora, alguns tributos exercem função regulatória, como mecanismo para executar política fiscal e econômica.
Ao instituir, aumentar e reduzir tributos, assim como ao conceder benefícios fiscais, os governos estão influenciando a economia como um todo. Sob essa ótica, os tributos exercem um papel importante na economia de qualquer país. 
7.1 O conceito de Tributo.
Em nosso dia-a-dia nos deparamos com expressões de uso comum, mas que temos dúvidas quanto ao seu real significado.  Muitas vezes utilizamos palavras como sinônimas, quando na verdade não querem dizer, exatamente, a mesma coisa.
	Exemplo disso são os termos tributo e imposto.  Afinal, imposto e tributo são sinônimos?  Imposto é um tributo, ou o tributo que é imposto?
	Para esclarecer: todo tributo é imposto, pois eles são obrigatórios(impositivos) e o imposto, que é espécie, é um tipo de tributo, que é gênero.
	Nos termos do art. 3º do Código Tributário Nacional, Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada. 
	Ou seja, tributo é uma prestação que o contribuinte dá ao Estado, de forma obrigatória, em dinheiro (regra geral) ou em títulos ou bens (exceções), que não é uma punição ou pena, criada através de lei e cobrada pela administração pública (fisco) através de procedimentos determinados também na lei.
	Os tributos são divididos em impostos, taxas e contribuições.  Tradicionalmente, os impostos são os tributos que mais arrecadam, apesar de que no Brasil o crescimento da arrecadação das contribuições é vertiginoso.
7.2 Os tributos podem ser classificados da seguinte forma
Vinculados, quando a instituição do tributo depende de uma “contraprestação do Estado”. As taxas e contribuições de melhoria são exemplos de tributos vinculados, que somente podem ser cobrados no caso de o Estado prestar ou colocar à disposição do contribuinte um serviço ou benfeitoria.
Não vinculados, quando a existência do tributo independe de uma atividade específica do Estado em relação ao contribuinte. São exemplos os impostos.
Fiscais, têm como objetivo a obtenção de receita para o Estado. São exemplos o ITBI, o ITCD e o IR.
Extrafiscais objetivam a interferência na economia. É exemplo o Imposto de Importação (II).
 Parafiscais custeiam uma atividade paralela às funções típicas do Estado. São exemplos as contribuições para a Seguridade social.
Diretos, o contribuinte sofre uma diminuição patrimonial em virtude do tributo. É exemplo o imposto de renda (IR).
Indiretos, o contribuinte, apesar de manter sua condição perante o Fisco, transfere para outra pessoa o ônus de custear o tributo. Exemplo: IPI, COFINS, PIS, ICMS e ISS.
Os Tributos clássicos são impostos, taxa e a contribuição de melhoria. Entretanto, nosso sistema constitucional tributário admite também os empréstimos compulsórios. 
As espécies tributárias são determinadas pela hipótese de incidência ou pelo fato gerador da respectiva obrigação é o que prevê o art. 4° do CTN.
O fato gerador consiste na situação que faz nascer à obrigação de pagar a importância pecuniária correspondente.
8.0 A evolução do sistema tributário brasileiro.
 O Sistema Tributário Nacional pode ser entendido como um complexo orgânico formado pelos tributos instituídos em um país ou região autônoma e os princípios e normas que os regem. 
Sendo que estes sejam previstos na Constituição Federal. Em outras palavras é um sistema parcial dentro de um sistema jurídico global (sistema constitucional), formado por um conjunto unitário e ordenado de normas subordinadas aos princípios fundamentais. 
A República brasileira herdou do Império boa parte da estrutura tributária que esteve em vigor até a década de 30. 
Sendo a economia eminentemente agrícola e extremamente aberta, a principal fonte das receitas públicas durante o Império era o comércio exterior, particularmente o imposto de importação que, em alguns exercícios, chegou a corresponder a cerca de 2/3 da receita pública. 
Às vésperas da proclamação da República este imposto era responsável por aproximadamente metade da receita total do governo.
A Constituição de 1988 foi a mais importante para os municípios, haja vista, que os municípios ganharam um poder maior para tributar e administrar seus próprios tributos.
 Houve neste período a descentralização dos recursos, sem contar que as transferências para estes entes foram revisadas e ampliadas.
Em 1988 foi criado um novo sistema tributário, desta vez através de um processo participativo com os políticos, o qual era democrático e permitia a participação da população, através das emendas populares.
Com a nova reforma foi ampliado o grau de autonomia fiscal dos estados e municípios, atribuindo-se a eles a competência de fixar autonomamente as alíquotas dos seus principais impostos. 
Foram fixadas parcelas fixas de recursos a serem repassados para fins sociais ocasionando um desequilíbrio do setor público. 
Não só a redução de recursos disponíveis pela União foi reduzida com a Constituição de 1988, também ocasionou as dificuldades financeiras da União, mas outros fatores como a estagnação econômica e a aceleração da inflação.
Em 1994 foi posto em pratica o Plano Real que diminui a inflação e como consequência a economia teve um crescimento.
A evolução do sistema tributário foi lenta até chegar ao sistema vigente, até mesmo para ser tratado como instrumento econômico, sendo que primeiramente e durante um período longo os impostos predominavam somente sobre o comércio exterior, passando a incidir sobre bens e serviços muito mais tarde e por interferências do comércio exterior.
As importantes revoluções tributárias que ocorreram são resultado de um século de evolução e desprezavam as estruturas vigentes.
Atualmente há incompatibilidade entre fisco e contribuinte, pois, com a grande carga tributária acabam ocorrendo sonegações por parte do contribuinte, fazendo-se necessário uma reforma com o objetivo de simplificar o sistema tributário.
Os objetivos desejáveis para uma futura reforma baseiam-se em harmonizar a necessidade de arrecadar com a de melhorar as condições de competitividade do setor produtivo, aprimorando o sistema tributário quanto à alocação de recursos, melhorar a distribuição de carga tributária entre contribuintes, bem como simplificar o sistema tributário.
8.1 Dicas de Economia Tributária.
O termo "economia tributária" relaciona-se à obtenção, de forma lícita (legal, dentro da lei), de redução do pagamento de um ou mais tributos devidos pelo contribuinte.
O nível de tributação sobre os produtos e serviços no Brasil é absurdo, chegando a inviabilizar vários negócios. 
A frase mais adequada desta situação é; "aqui criamos tributos e na China criam-se empregos..." Daí a necessidade imperiosa de busca por economia tributária.
Portanto, é imprescindível que os gestores empresariais se debrucem em alternativas para minimizar a carga fiscal sobre suas operações, visando oferecer preços mais compatíveis (em comparação com os preços internacionais de produtos similares) sob pena de "entregar de bandeja" os negócios aos concorrentes mais afortunados estes, simplesmente por não estarem produzindo no Brasil, têm vantagem competitiva em comparação com as empresas tupiniquins.
Observe-se, ainda, que a tributação não alcança somente produtos, serviços e operações, mas também a renda e salários. Segundo um estudo chamado "Cálculos de Encargos Sociais e Trabalhistas", diz que um salário-hora pode chegar a ter 96,75% de incidências fiscais, trabalhistas e previdenciários sobre seu valor nominal.
A atividade que gera economia tributária denomina-se "planejamento fiscal", importante esclarecer que se o contribuinte pretende diminuir os seus encargos tributários, poderá fazê-lo legal ou ilegalmente. A maneira legal chama-se elisão fiscal ou economia legal (planejamento tributário) e a forma ilegal denomina-se sonegação fiscal.
Um exemplo de economia tributária é a obtenção da redução dos encargos devidos ao governo no faturamento (receita) empresarial. No Brasil, há 03 sistemas de tributação: Lucro Real, Lucro Presumido e Simples Nacional. 
Caso tenha a possibilidade de optar pelo sistema mais econômico (Simples Nacional), poder-se obter significativa economia de pagamento de tributos sobre o faturamento (ICMS, IPI, PIS e COFINS) e também sobre o lucro (IRPJ e CSLL).
Outra hipótese que deve ser considerada pelo contribuinte é a utilização de benefícios e incentivo fiscais previstos na legislação, como o ressarcimento do PIS e COFINS ao exportador, utilização do regime Drawback, etc.
PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO – LUXO OU NECESSIDADE?
No Brasil, existem mais de 80 diferentes taxas, impostos e contribuições (veja a listacompleta em www.portaltributario.com.br/tributos.htm). Todos nós, direta ou indiretamente, somos contribuintes destes encargos. 
Por exemplo, quando você compra uma mercadoria qualquer no supermercado, está embutido no preço até 27,25%, dependendo do estado em que a compra está sendo feita, em tributos pagos pelo comerciante, somente a título de ICMS, PIS e COFINS.
Como contribuintes, temos duas formas de diminuir encargos tributários. A maneira legal chama-se elisão fiscal (mais conhecida como planejamento tributário) e a forma ilegal denomina-se sonegação fiscal. 
O planejamento tributário é um conjunto de sistemas legais que visam diminuir o pagamento de tributos. O contribuinte tem o direito de estruturar o seu negócio da maneira que melhor lhe pareça, procurando a diminuição dos custos de seu empreendimento, inclusive dos impostos. Se a forma celebrada é jurídica e lícita, a fazenda pública deve respeitá-la.
DIFERENÇAS ENTRE SONEGAÇÃO FISCAL E ELISÃO FISCAL (PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO)
A fraude ou sonegação fiscal consiste em utilizar procedimentos que violem diretamente a lei fiscal ou o regulamento fiscal. É uma fraude dificilmente perdoável porque ela é flagrante e também porque o contribuinte se opõe conscientemente à lei. Os juristas a consideram como repreensível.
Já no planejamento tributário, sem ter relação com a fraude propriamente dita, se admite que os contribuintes tem o direito de recorrer aos seus procedimentos preferidos, autorizados ou não proibidos pela lei, mesmo quando este comportamento prejudica o Tesouro. 
FINALIDADES DO PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO
O planejamento tributário tem um objetivo a economia (diminuição) legal da quantidade de dinheiro a ser entregue ao governo. 
Os tributos (impostos, taxas e contribuições) representam importante parcela dos custos das empresas, senão a maior. Com a globalização da economia, tornou-se questão de sobrevivência empresarial a correta administração do ônus tributário.
Em média, 33% do faturamento empresarial é dirigido ao pagamento de tributos. Do lucro, até 34% vai para o governo. 
Da somatória dos custos e despesas, mais da metade do valor é representada pelos tributos. Assim, imprescindível a adoção de um sistema de economia legal.
Três são as finalidades do planejamento tributário:
01- Evitar a incidência do fato gerador do tributo.
Exemplo: Substituir a maior parte do valor do pró-labore dos sócios de uma empresa, por distribuição de lucros, pois a partir de janeiro/1996 eles não sofrem incidência do IR nem na fonte nem na declaração. Dessa forma, evita-se a incidência do INSS (20%) e do IR na Fonte (27,5%) sobre o valor retirado como lucros em substituição do pró-labore.
02- Reduzir o montante do tributo, sua alíquota ou reduzir a base de cálculo do tributo.
Exemplo: ao preencher sua Declaração de Renda, você pode optar por deduzir até 20% da renda tributável como desconto padrão (com limite anual fixado) ou efetuar as deduções dos dependentes, despesas médicas, plano de previdência privada, etc. Você certamente escolherá o maior valor, que lhe permitirá uma maior dedução da base de cálculo, para gerar um menor Imposto de Renda a pagar (ou um maior valor a restituir).
03- Retardar o pagamento do tributo, postergando (adiando) o seu pagamento, sem a ocorrência da multa.
Exemplo: transferir o faturamento da empresa do dia 30 (ou 31) para o 1º dia do mês subsequente. Com isto, ganham-se 30 dias adicionais para pagamento do PIS, COFINS, SIMPLES, ICMS, ISS, IRPJ e CSLL (Lucro Real por estimativa), se for final de trimestre até 90 dias do IRPJ e CSLL (Lucro Presumido ou Lucro Real trimestral) e 10 a 30 dias se a empresa pagar IPI. 
9.0 Definições de Taxas, Contribuições e Impostos.
TAXAS
Taxa é uma exigência do governo, tanto para pessoa física como jurídica, não possui base de cálculo e os valores dependem do serviço prestado, pode ser citado como exemplo taxa de bombeiros, coleta de lixo e sendo assim temos que ter o cuidado de não confundir com valores cobrados pela prestação de serviços públicos ou empresas de economia mista como tarifas telefônicas, energia elétrica, água, etc...
Nas tarifas o serviço prestado é facultativo e o pagamento é coletado indiretamente pelo Estado através de terceiros.
O destino do valor arrecadado na cobrança de taxas é destinado à manutenção e desenvolvimento do próprio serviço prestado.
CONTRIBUIÇÕES
É o ato de contribuir, abonar de forma voluntaria uma quantia para um determinado fim, ou seja, ajudar terceiros através de sua participação.
Uma contribuição é uma obrigação que um contribuinte paga pelos seus rendimentos, ou quando aumenta o valor de seus bens após benfeitorias feitas no mesmo.
Existem diversos tipos de contribuição, a direta que pesa sobre pessoas ou bens e a indireta que gera atos como de produção, consumo ou comércio.
De um modo geral a contribuição é uma espécie de ajuda que se da seja à uma pessoa, organização, campanha, etc... A contribuição social é uma espécie de tributo com finalidade constitucionalmente definida.
As contribuições podem ser de dois tipos, uma delas é a cobrada em uma situação que representa um beneficio ao contribuinte, como por exemplo, uma obra pública que valoriza o seu imóvel, a qual é chamada contribuição de melhoria.
Já a outra contribuição trata-se de contribuição especial que são cobradas quando há um destino especifico, ou seja, um determinado grupo como por exemplo o PIS ( Programa de Integração do Patrimônio) e PASEP ( Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público) que são direcionados à um fundo dos trabalhadores do setor privado ou público.
IMPOSTOS
Os impostos são tributos pagos pelas pessoas físicas e jurídicas para atender as necessidades da Receita Tributária do Poder Público, sejam eles, Municipal, Estadual ou Federal, para que possa assegurar o atendimento social e burocrático à população, e também investimentos em obras sociais.
Os impostos diretos são pagos diretamente pelo contribuinte, ex.: Imposto de Renda, enquanto os indiretos que tem preço embutido no valor da transação, exemplo, o ICMS, os impostos indiretos não interferem na renda do contribuinte.
Existem impostos que incidem sobre o patrimônio, sobre a renda ou sobre o consumo e servem para financiamento de serviços universais como educação e segurança.
Os impostos que incidem sobre o Patrimônio, podemos citar o IPT e IPUA, sobre a Renda e IR e IRRF, já os sobre consumo são IPI, ICMS, PIS, COFINS, ISSQN que são impostos configurados no seu programa para Nota Fiscal e são calculados a cada item vendido.
9.1 O Lucro Real, Presumido e Simples.
A decisão tributaria deve ser efetivada anualmente pelos administradores empresariais. Dentre as opções temos o Lucro Real, Lucro Presumido e o Simples Nacional. A decisão se da normalmente em fevereiro de cada ano quando é recolhido o imposto.
	REGIMES DE TRIBUTAÇÃO DAS PESSOAS JURÍDICAS
	REGIME
	OBRIGATORIEDADE DA APURAÇÃO
	LUCRO REAL
	Receita do ano calendário anterior superior a 48.000.000,00;
Atividades que sejam de instituições financeiras ou assemelhadas;
Que obtiverem lucros ou dividendos do exterior;
Empresas que, autorizadas pela legislação tributária, tenham benefícios fiscais, relativos à isenção ou redução do imposto;
Que tenham efetuado pagamento mensal pelo regime de estimativa, ou seja, uma das formas mensais de antecipar o IR com base no lucro real. Esse cálculo é feito sobre um lucro presumido e ao final do ano se apura o IR Real e compara com os recolhimentos feitos no decorrer do ano através das antecipações mensais.
	LUCRO PRESUMIDO
	Poderá optar por este regime a empresa cuja receita bruta total, no ano-calendário anterior, tenha sido igual ou inferior a R$ 48.000.000,00;
	LUCRO ARBITRADO
	Poderá ser de ofício quando o contribuinte optar indevidamente pelo lucro presumido, não manter escrituração contábil e fiscal conforme determina a legislação, deixar de cumprir obrigações principais, recusar-se a apresentar livros ao fisco ou tiver sua escrituraçãodesconsiderada.
	SIMPLES NACIONAL
	Poderá optar por este regime as empresas que faturem até 3.600.000,00 ao ano observando as atividades permitidas e restrições relativas à constituição societária. 
LUCRO REAL
A empresa antecipa os tributos com base no faturamento mensal, sobre o qual se aplica percentuais de acordo como a empresa esta enquadrada.
Nesta opção há ainda a possibilidade de analisar balancetes mensais, reduzindo ou zerando o recolhimento do IRPJ e a CSLL e descontadas as antecipações realizadas mensalmente.
LUCRO PRESUMIDO
É uma forma de tributação simplificada para determinação da base de calculo do imposto de renda (IR) e da Contribuição Social Sobre o Lucro (CSLL) das pessoas jurídicas que não estiverem obrigadas ao lucro real. 
A base de calculo do lucro presumido incide sobre o faturamento trimestral, sem considerar, as despesas e os custos.
	Podem optar por lucro presumido as empresas que tenham receita bruta total igual ou inferior a 48.000.000,00 no ano calendário anterior ou a 4.000.000,00 multiplicado pelo numero de meses em atividade no ano calendário anterior, e também as empresas que não são obrigadas a tributação pelo lucro real em função da atividade exercida ou da sua constituição societária ou natureza jurídica.
SIMPLES NACIONAL
	É um regime especial de tributação para micro e pequenas empresas que permite realizar o pagamento unificado de tributos, com tratamento jurídico simplificado e diferenciado. As condições para tal modalidade são baseadas num faturamento anual.
Tabela das diferentes alíquotas dos impostos.
	Atividades
	Percentuais (%)
	Atividades em geral (RIR/1999, art. 518).
	8,0
	Revenda de combustíveis.
	1,6
	Serviços de transporte (exceto o de carga). 
	16,0
	Serviços de transporte de cargas.
	8,0
	Serviços em geral e Intermediação de negócios. 
	32,0
	Serviços hospitalares.
	8,0
	Administração, locação ou cessão de bens e direitos de qualquer natureza (inclusive imóveis).
	32,0
10.0 O Simples Nacional.
Simples Nacional ou Super Simples é um tratamento Tributário simplificado, pois é um regime único de arrecadação, inclusive obrigações acessórias, este implica no recolhimento mensal, mediante documento único de arrecadação do IRPJ, IPI, CSLL, COFINS, PIS, INSS, ICMS e ISS. Entretanto, em alguns desses tributos há exceções, pois o recolhimento será realizado de forma distinta conforme a atividade.
Esse Regime substituiu a partir de 01/07/2007 o Simples Federal (Lei 9.317/1996) que foi revogado a partir desta data.
São consideradas inscritas no Simples Nacional as microempresas e empresas de pequeno porte regularmente optantes pelo Simples Federal, salvo as que estiverem impedidas de optar por alguma vedação imposta pelo novo Regime do Simples Nacional.
As empresas optantes pelo Simples Nacional deverão apresentar anualmente declaração única e simples de informações socioeconômicas e fiscais que será entregue à Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB), pela internet até o último dia do mês de março do ano Calendário, ao de ocorrência dos fatos gerados dos impostos e contribuições previstas no Simples Nacional.
Tais empresas ficam obrigadas à entrega da Declaração Eletrônica de serviços, essa declaração substitui os Livros “Registro de Serviço Prestado” e “Registro de Serviços Tomados”.
10.1 Características Principais do Regime Simples Nacional.
Ser facultativo;
Ser irretratável para todo o ano-calendário;
Abrange os seguintes tributos: IRPJ, CSLL, PIS/Pasep, Cofins, IPI, ICMS, ISS e a Contribuição para a Seguridade Social destinada á Previdência Social a cargo da pessoa jurídica ( CPP).
Recolhimento dos tributos abrangidos mediante documento único de arrecadação – DAS;
Disponibilização às ME/EPP de sistema eletrônico para a realização do cálculo do valor mensal devido, geração do DAS e, a partir de janeiro de 2012, para constituição do crédito tributário;
Apresentação de declaração única e simplificada de informações socioeconômicas e fiscais;
Prazo para recolhimento do DAS até o dia 20 do mês subsequente aquele em que houver sido auferida a receita bruta;
Possibilidade de os Estados adotarem sublimites para EPP em função de respectiva participação no PIB. Os estabelecimentos localizados nesses Estados cuja receita bruta total extrapolar o respectivo sublimite deverão recolher o ICMS e o ISS diretamente ao Estado ou ao Município.
As ME e as EPP deverão adotar para os registros e controles das operações e prestações por elas realizadas.
	Livro Caixa no qual deverá estar escriturada toda a sua movimentação financeira e bancaria.
	Livro Registro de Inventário, no qual deverá constar registrados os estoques existentes no término de cada ano Calendário, quando contribuinte do ICMS. 
	Livro Registro de Entradas Modelo 1 ou 1- A, destinado à escrituração dos documentos fiscais relativos às entradas de mercadorias ou bens e às aquisições de serviços de transporte e de comunicação efetuadas à qualquer título pelo estabelecimento, quando contribuinte do ICMS.
	Livro Registro dos Serviços Prestados, destinado ao registro dos documentos fiscais relativos aos serviços prestados sujeitos a ISS, quando contribuinte do ISS.
	Livro Registro de Serviços Tomados, destinado ao registro dos documentos fiscais relativos aos serviços tomados sujeitos ao ISS.
	Livro de Registros de Entrada e Saída de Selo de Controle, caso exigível pela legislação do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI).
10.2 Principais Obrigações do Simples Nacional
Conforme a Resolução CGSN 10/2007 as principais obrigações das empresas ME e EPP optantes pelo SIMPLES NACIONAL são:
	PRINCIPAIS OBRIGAÇÕES DO SIMPLES NACIONAL
	OBRIGAÇÃO
	DESCRIÇÃO
	Declaração Única
	-Anualmente deverão entregar declaração única e simplificada de informações socioeconômicas e fiscais para a Receita Federal, por meio da Internet, dos fatos geradores dos impostos e contribuições previstos no Simples Nacional.
	Emissão de Nota Fiscal e Arquivamento
	-Emitir nota fiscal de venda ou prestação de serviço;
-Manter em boa ordem os documentos que fundamentaram a apuração dos impostos e contribuições devidos.
	Livros Fiscais e Contábeis
	-Deverá ser escriturado Livro caixa com toda movimentação financeira e bancária;
-Deverá ser escriturado Livro Registro de Inventário onde deverá constar o estoque existente no final do ano calendário-corrente;
-Deverá ser escriturado Livro Registro de Entrada destinado à escrituração dos documentos fiscais de entradas de mercadorias ou bens e aquisição de serviços de transporte e de comunicação quando a empresa for contribuinte do ICMS.
11.0 A analise das tabelas comparativas.
	Faturamento detalhado 2011
	 
	Faturamento detalhado 2012
	 
	Mês
	Valor R$
	Mês
	Valor R$
	Janeiro 
	 R$ 25.000,00
	Janeiro
	 R$ 67.000,00
	Fevereiro 
	 R$ 32.000,00
	Fevereiro
	 R$ 85.000,00
	Março
	 R$ 41.000,00
	Março 
	 R$ 110.000,00
	Abril 
	 R$ 44.000,00
	Abril 
	 R$ 120.000,00
	Maio 
	 R$ 36.000,00
	Maio
	 R$ 10.000,00
	Junho
	 R$ 52.000,00
	Junho
	 R$ 140.000,00
	Julho 
	 R$ 45.000,00
	Julho 
	 R$ 120.000,00
	Agosto
	 R$ 28.000,00
	Agosto
	 R$ 85.000,00
	Setembro
	 R$ 35.000,00
	Setembro
	 R$ 101.000,00
	Outubro 
	 R$ 32.000,00
	Outubro 
	 R$ 105.000,00
	Novembro
	 R$ 44.000,00
	Novembro
	 R$ 120.000,00
	Dezembro 
	 R$ 36.000,00
	Dezembro 
	 R$ 137.000,00
	Total 2011
	 R$ 450.000,00
	Total 2012
	 R$ 1.200.000,00
Simples Nacional em 2011.
	MÊS
	RECEITA
	REC. BRUTA ACUMULADA
	ALIQUOTA
	VALOR DEVIDO
	Janeiro
	25.000,00
	R$ 25.000,00
	4%
	R$ 1.000,00
	Fevereiro
	R$ 32.000,00
	R$ 57.000,00
	4%
	R$ 1.280,00
	Março
	R$ 41.000,00
	R$ 98.000,00
	4%
	R$ 1.640,00
	Abril
	R$ 44.000,00
	R$ 142.000,00
	5,47%
	R$ 2.406,80
	Maio
	R$ 36.000,00
	R$ 178.000,00
	5,47%
	R$ 1.969,20
	Junho
	R$ 52.000,00
	R$ 230.000,00
	5,47%
	R$ 2.844,40
	JulhoR$ 45.000,00
	R$ 275.000,00
	6,84%
	R$ 3.078,00
	Agosto
	R$ 28.000,00
	R$ 303.000,00
	6,84%
	R$ 1.915,20
	Setembro
	R$ 35.000,00
	R$ 338.000,00
	6,84%
	R$ 2.394,00
	Outubro
	R$ 32.000,00
	R$ 370.000,00
	7,54%
	R$ 2.412,80
	Novembro
	R$ 44.000,00
	R$ 414.000,00
	7,54%
	R$ 3.317,60
	Dezembro
	R$ 36.000,00
	R$ 450.000,00
	7,54%
	R$ 2.714,40
	TOTAL
	R$ 450.000,00
	 
	 
	R$ 26.972,40
Simples Nacional em 2012.
	MÊS
	RECEITA
	REC. BRUTA ACUMULADA
	ALIQUOTA
	VALOR DEVIDO
	Janeiro
	67.000,00
	R$ 67.000,00
	4%
	R$ 2.680,00
	Fevereiro
	R$ 85.000,00
	R$ 152.000,00
	5,47%
	R$ 4.649,50
	Março
	R$ 110.000,00
	R$ 262.000,00
	6,84%
	R$ 7.524,00
	Abril
	R$ 120.000,00
	R$ 382.000,00
	7,54%
	R$ 9.048,00
	Maio
	R$ 10.000,00
	R$ 392.000,00
	7,54%
	R$ 724,00
	Junho
	R$ 140.000,00
	R$ 532.000,00
	7,60%
	R$ 10.640,00
	Julho
	R$ 120.000,00
	R$ 652.000,00
	8,28%
	R$ 9.936,00
	Agosto
	R$ 85.000,00
	R$ 737.000,00
	8,36%
	R$ 7.106,00
	Setembro
	R$ 101.000,00
	R$ 838.000,00
	8,36%
	R$ 8.443,60
	Outubro
	R$ 105.000,00
	R$ 943.000,00
	8,45%
	R$ 8.872,50
	Novembro
	R$ 120.000,00
	R$ 1.063.000,00
	9,03%
	R$ 10.836,00
	Dezembro
	R$ 137.000,00
	R$ 1.200.000,00
	9,12%
	R$ 12.494,40
	TOTAL
	R$ 1.200.000,00
	 
	 
	R$ 92.954,00 
11.1 Cálculos do Lucro Presumido.
Ano de 2011
	MÊS
	RECEITA
	PIS - 0,65%
	COFINS - 3%
	Janeiro
	25.000,00
	 R$ 162,50 
	 R$ 750,00 
	Fevereiro
	R$ 32.000,00
	 R$ 208,00 
	 R$ 960,00 
	Março
	R$ 41.000,00
	 R$ 266,50 
	 R$ 1.230,00 
	Abril
	R$ 44.000,00
	 R$ 286,00 
	 R$ 1.320,00 
	Maio
	R$ 36.000,00
	 R$ 234,00 
	 R$ 1.080,00 
	Junho
	R$ 52.000,00
	 R$ 338,00 
	 R$ 1.560,00 
	Julho
	R$ 45.000,00
	 R$ 292,50 
	 R$ 1.350,00 
	Agosto
	R$ 28.000,00
	 R$ 182,00 
	 R$ 840,00 
	Setembro
	R$ 35.000,00
	 R$ 227,50 
	 R$ 1.050,00 
	Outubro
	R$ 32.000,00
	 R$ 208,00 
	 R$ 960,00 
	Novembro
	R$ 44.000,00
	 R$ 286,00 
	 R$ 1.320,00 
	Dezembro
	R$ 36.000,00
	 R$ 234,00 
	 R$ 1.080,00 
	TOTAL
	R$ 450.000,00
	R$ 2.925,00 
	R$ 13.500,00 
	
	
	IRPJ
	BASE CÁLCULO 8%
	ALIQUOTA 15%
	1º TRIM/2011
	 R$ 98.000,00 
	 R$ 7.840,00 
	 R$ 1.176,00 
	2º TRIM/2011
	 R$ 132.000,00 
	 R$ 10.560,00 
	 R$ 1.584,00 
	3º TRIM/2011
	 R$ 108.000,00 
	 R$ 8.640,00 
	 R$ 1.296,00 
	4º TRIM/2011
	 R$ 112.000,00 
	 R$ 8.960,00 
	 R$ 1.344,00
	TOTAL
	
	
	
	
	CSLL
	BASE CÁLCULO 12%
	ALIQUOTA 9%
	1º TRIM/2011
	 R$ 98.000,00 
	 R$ 11.760,00 
	 R$ 1.058,40 
	2º TRIM/2011
	 R$ 132.000,00 
	 R$ 15.840,00 
	 R$ 1.425,60 
	3º TRIM/2011
	 R$ 108.000,00 
	 R$ 12.960,00 
	 R$ 1.166,40 
	4º TRIM/2011
	 R$ 112.000,00 
	 R$ 13.440,00 
	 R$ 1.209,60 
Ano de 2012
	MÊS/ANO
	RECEITA
	PIS - 0,65%
	COFINS - 3%
	Janeiro
	R$ 67.000,00
	 R$ 435,50 
	 R$ 2.010,00 
	Fevereiro
	R$ 85.000,00
	 R$ 552,50 
	 R$ 2.550,00 
	Março
	R$110.000,00
	 R$ 715,00 
	 R$ 3.300,00 
	Abril
	R$120.000,00
	 R$ 780,00 
	 R$ 3.600,00 
	Maio
	R$ 10.000,00
	 R$ 65,00 
	 R$ 300,00 
	Junho
	R$140.000,00
	 R$ 910,00 
	 R$ 4.200,00 
	Julho
	R$120.000,00
	 R$ 780,00 
	 R$ 3.600,00 
	Agosto
	R$ 85.000,00
	 R$ 552,50 
	 R$ 2.550,00 
	Setembro
	R$101.000,00
	 R$ 656,50 
	 R$ 3.030,00 
	Outubro
	R$105.000,00
	 R$ 682,50 
	 R$ 3.150,00 
	Novembro
	R$120.000,00
	 R$ 780,00 
	 R$ 3.600,00 
	Dezembro
	R$137.000,00
	 R$ 890,50 
	 R$ 4.110,00 
	TOTAL
	R$1.200.000,00
	 
	 
	
	
	
	
	
	IRPJ
	BASE CÁLCULO 8%
	ALIQUOTA 15%
	1º TRIM/2011
	 R$ 262.000,00 
	 R$ 20.960,00 
	 R$ 3.144,00 
	2º TRIM/2011
	 R$ 270.000,00 
	 R$ 21.600,00 
	 R$ 3.240,00 
	3º TRIM/2011
	 R$ 306.000,00 
	 R$ 24.480,00 
	 R$ 3.672,00 
	4º TRIM/2011
	 R$ 362.000,00 
	 R$ 28.960,00 
	 R$ 4.344,00 
	
	
	
	
	
	CSLL
	BASE CÁLCULO 12%
	ALIQUOTA 9%
	1º TRIM/2011
	 R$ 262.000,00 
	 R$ 31.440,00 
	 R$ 2.829,60 
	2º TRIM/2011
	 R$ 270.000,00 
	 R$ 32.400,00 
	 R$ 2.916,00 
	3º TRIM/2011
	 R$ 306.000,00 
	 R$ 36.720,00 
	 R$ 3.304,80 
	4º TRIM/2011
	 R$ 362.000,00 
	 R$ 43.440,00 
	 R$ 3.909,60 
11.2 Cálculos do Lucro Real.
Ano de 2011
	2011 – CALCULO IRPJ
	(=) RECEITA OPERACIONAL BRUTA
	 R$ 450.000,00 
	(-) DEDUÇÕES
	R$ 0,00
	(=) RECEITA LIQUIDA
	 R$ 450.000,00 
	(-)CMV
	 R$ 157.500,00 
	(=) LUCRO BRUTO
	 R$ 292.500,00 
	(-) DESPESAS ADMINISTRATIVAS
	 R$ 67.500,00 
	(-) OUTRAS DESPESAS
	 R$ 45.000,00 
	(=) RESULTADO OPERACIONAL ANTES DO IR E CSLL
	 R$ 180.000,00 
	
	
	APLICAÇÃO DO PERCENTUAL SOBRE A RECEITA 8%
	 R$ 14.400,00 
	
	
	ALIQUOTA DE 15% SOBRE 14.400,00
	 R$ 2.160,00 
	
	
	Imposto de Renda Anual a pagar
	 R$ 2.160,00 
	2011-CSLL
	(=)RECEITA OPERACIONAL BRUTA
	 R$ 450.000,00 
	(-)DEDUÇÕES
	 R$ - 
	(=)RECEITA LIQUIDA
	 R$ 450.000,00 
	(-)CMV
	 R$ 157.500,00 
	(=)LUCRO BRUTO
	 R$ 292.500,00 
	(-)DESPESAS ADMINISTRATIVAS
	 R$ 67.500,00 
	(-)OUTRAS DESPESAS
	 R$ 45.000,00 
	(=)RESULTADO OPERACIONAL ANTES DO IR E CSLL
	 R$ 180.000,00 
	
	
	APLICAÇÃO DO PERCENTUAL SOBRE A RECEITA 12%
	 R$ 21.600,00 
	
	
	ALIQUOTA DE 9% SOBRE 21.600,00
	 R$ 1.944,00 
	
	
	CSLL Anual a pagar
	 R$ 1.944,00 
	RECEITA ANUAL-2011
	PIS 1,65%
	COFINS 7,60%
	 R$ 50.000,00 
	 R$ 7.425,00 
	 R$ 34.200,00 
	2012-IRPJ
	(=)RECEITA OPERACIONAL BRUTA
	 R$ 1.200.000,00 
	(-)DEDUÇÕES
	 R$ - 
	(=)RECEITA LIQUIDA
	 R$ 1.200.000,00 
	(-)CMV
	 R$ 400.000,00 
	(=)LUCRO BRUTO
	 R$ 800.000,00 
	(-)DESPESAS ADMINISTRATIVAS
	 R$250.000,00 
	(-)OUTRAS DESPESAS
	 R$ 120.000,00 
	(=)RESULTADO OPERACIONAL ANTES DO IR E CSLL
	 R$ 430.000,00 
	
	
	APLICAÇÃO DO PERCENTUAL SOBRE A RECEITA 8%
	 R$ 34.400,00 
	
	
	ALIQUOTA DE 15% SOBRE 34.400,00
	 R$ 5.160,00 
	
	
	Imposto de Renda Anual a pagar
	 R$ 5.160,00 
	
	
	
	
	
	
	2012-CSLL
	(=)RECEITA OPERACIONAL BRUTA
	 R$ 1.200.000,00 
	(-)DEDUÇÕES
	 R$ - 
	(=)RECEITA LIQUIDA
	 R$ 1.200.000,00 
	(-)CMV
	 R$ 400.000,00 
	(=)LUCRO BRUTO
	 R$ 800.000,00 
	(-)DESPESAS ADMINISTRATIVAS
	 R$ 250.000,00 
	(-)OUTRAS DESPESAS
	 R$ 120.000,00 
	(=)RESULTADO OPERACIONAL ANTES DO IR E CSLL
	 R$ 430.000,00 
	
	
	APLICAÇÃO DO PERCENTUAL SOBRE A RECEITA 12%
	 R$ 51.600,00 
	
	
	ALIQUOTA DE 9% SOBRE 34.400,00
	 R$ 4.644,00 
	
	
	CSLL Anual a pagar
	 R$ 4.644,00 
	RECEITA ANUAL-2012
	PIS 1,65%
	COFINS 7,60%
	 R$ 1.200.000,00 
	 R$ 19.800,00 
	 R$ 91.200,00 
11.3 Tabela comparativa Lucro Real x Lucro Presumido.
	ANO
	2011
	ENQUADRAMENTO
	PIS
	COFINS
	IRPJ
	CSLL
	LUCRO REAL
	 R$ 7.425,00 
	 R$ 34.200,00 
	 R$ 2.160,00 
	 R$ 1.944,00 
	LUCRO PRESUMIDO
	 R$ 2.925,00 
	 R$ 13.500,00 
	 R$ 5.400,00 
	 R$ 4.860,00 
	ANO
	2012
	ENQUADRAMENTO
	PIS
	COFINS
	IRPJ
	CSLL
	LUCRO REAL
	 R$ 19.800,00 
	 R$ 91.200,00 
	 R$ 5.160,00 
	 R$ 4.644,00 
	LUCRO PRESUMIDO
	 R$ 7.800,00 
	 R$ 36.000,00 
	 R$ 14.400,00 
	 R$ 12.960,00 
11.4 A opinião da Equipe.
Após efetuarmos os cálculos dos valores dos tributos que foram recolhidos nos anos de 2011 e 2012, conseguimos analisar que no ano de 2011 a melhor forma de tributação seria pelo Simples Nacional, pois a empresa obteria de lucro 34,65%, com relação ao faturamento bruto.
Já no ano de 2012, podemos concluir que a melhor forma de tributação seria pelo lucro presumido, onde a empresa conseguiria obter lucro de 29,90% com relação ao faturamento bruto.
Essa diferença de tributação se dá pelo fato do faturamento da empresa ter aumentado, com isso quando ela está pelo Simples Nacional, conforme aumenta o faturamento acumulado, as alíquotas também vão aumentando, gerando assim um valor de tributo maior a ser recolhido.
12.0 - Principais aspectos do CPC 32
Pronunciamento Técnico CPC 32 - Tributos Sobre o Lucro
O objetivo principal do Pronunciamento Técnico CPC 32 é prescrever o tratamento contábil de todas as formas de tributos sobre o lucro. 
Para fins do Pronunciamento, o termo tributo sobre o lucro inclui todos os impostos e contribuições nacionais e estrangeiros que são baseados em lucros tributáveis.
 	De acordo com a CPC 32, o ponto principal no reconhecimento dos tributos sobre o lucro é como contabilizar os efeitos fiscais correntes e futuros de: futura recuperação (liquidação) do valor contábil dos ativos (passivos) que são reconhecidos no balanço patrimonial da empresa; operações e outros eventos do período atual que são reconhecidos nas demonstrações contábeis da empresa.
Aspectos Conceituais
 	Tributo sobre o lucro (imposto sobre a Renda): Imposto sobre a renda pode ser definido como uma operação de tributação sobre o lucro auferido em determinado período, cobrado pelas autoridades tributárias.
Lucro Tributável: É o lucro de um período, determinado de acordo com as regras estabelecidas pelas autoridades fiscais, sobre o qual são pagos (ou recuperáveis) impostos sobre a renda.
Tributo Corrente: é a quantia a pagar (ou recuperar) de impostos sobre a renda conforme o lucro tributável de um período.
Passivos por impostos diferidos: são as quantias de impostos sobre a renda pagáveis em períodos futuros com respeito a diferenças temporárias tributáveis.
 	Ativos por impostos diferidos: são as quantias de impostos sobre a renda recuperáveis em períodos futuros inerentes: diferenças temporárias dedutíveis; compensação de perdas fiscais não utilizadas; compensação de créditos tributáveis não utilizados.
 	Diferença temporária é a diferença entre o valor contábil de ativo ou passivo no balanço patrimonial e sua fase fiscal. As diferenças temporárias podem ser tanto:
Tributáveis: diferença temporária que resulta em valores tributáveis para determinar o lucro tributável (prejuízo fiscal) de períodos futuros quando o valor contábil de ativo ou passivo é recuperado e liquidado;
Dedutíveis: diferença temporária que resulta em valores que são dedutíveis para determinar o lucro tributável (prejuízo fiscal) de futuros períodos quando o valor contábil do ativo ou passivo é recuperado ou liquidado.
A Base Fiscal do Ativo
Segundo o CPC 32, a base fiscal de um ativo é o valor que será dedutível para fins fiscais contra quaisquer benefícios econômicos tributáveis que fluirão para a empresa quando ela recuperar o valor contábil desse ativo. Se aqueles benefícios econômicos não serão tributáveis, a base fiscal do ativo é igual ao seu valor contábil.
A Base Fiscal de Passivo
Conforme o CPC 32, a base fiscal de um passivo é o seu valor contábil menos qualquer valor que será dedutível para fins fiscais relacionados aquele passivo em períodos futuros. 
No caso da receita que é recebida antecipadamente, a base fiscal do passivo resultante é o seu valor contábil menos qualquer valor da receita que não será tributável em períodos futuros.
A Diferença Temporária Tributável
De acordo com o CPC 32, um passivo fiscal diferido deve ser reconhecido para todas as diferenças temporárias tributáveis, exceto o passivo fiscal diferido que advir de reconhecimento inicial de ágio derivado da expectativa de rentabilidade futura; reconhecimento inicial de ativo ou passivo em transação que não é combinação de negócios e não afeta o lucro contábil nem o lucro tributável (prejuízo fiscal) no momento da transação.
Diferença Temporária Dedutível
O ativo fiscal diferido deve ser reconhecido para todas as diferenças temporárias dedutíveis na medida em que seja provável a existência de lucro tributável contra o qual a diferença temporária dedutível possa ser utilizada, a não ser que o ativo fiscal diferido surja do reconhecimento inicial de ativo ou passivo em transação que não é uma combinação de negócios e não afeta o lucro contábil nem o lucro tributável (prejuízo fiscal) no momento da transação.
Prejuízos e Créditos Fiscais não utilizados
Um ativo fiscal diferido deve ser reconhecido no balanço patrimonial para o registro de prejuízos e créditos fiscais não utilizados na medida em que seja provável que estarão disponíveis os lucros tributáveis futuros contra os quais eles possam ser utilizados.
Mensuração
O CPC 32 ressalta que os ativos e passivos fiscais diferidos devem ser mensurados pelas alíquotas correspondentes, e espera que sejam aplicáveis no período quando for realizado o ativo ou liquidado o passivo, com base nas alíquotas e legislação tributária em vigor ao final do período que está sendo reportado.
Segundo a CPC 32, a empresa só pode compensar os saldos dos ativos e passivos fiscais correntes, para fins de apresentação no balanço patrimonial, se ela tiver o direito legalmente executável de compensar os valores reconhecidos e pretender liquidar em bases líquidas, ou realizar o ativo e liquidar o passivo simultaneamente.
13.0 Considerações Finais
Diante de tudo exposto, percebe-se a fragilidade do nosso sistema tributário,apesar de estar amparado por princípios como o da isonomia, da solidariedade, da irretroatividade, da legalidade, dentre outros. 
Nota-se um presente desequilíbrio na sua distribuição, mesmo porque não consiste em tarefa fácil administrar e controlar valores que ultrapassam a importância dos trilhões.
Além disso, a origem do processo de arrecadação se deu de forma exploratória e despreocupada com a condição do contribuinte.
	Aprendemos muito sobre a história dos tributos e a evolução tributária no Brasil, as alíquotas correspondentes a cada tipo de empresas e como aplicar nas empresas.
Na verdade, as aplicações são tantas e estão ligadas a várias receitas que o contador ou gestor tem que estar muito atento, tanto para as atuais alíquotas como para uma respectiva mudança. 
Também nos informamos e aprendemos sobre o Pronunciamento Técnico CPC 32, que prescreve o tratamento contábil de todas as formas de tributos sobre o lucro.
 	Enfim, uma das mais diversas áreas da contabilidade que é preciso muito estudo, tanto da sua organização como da sua definição, para poder saber aplicá-la com perfeição no dia a dia da contabilidade. 
Assim, esperamos que a atividade tenha sido proveitosa para o aprendizado e esclarecimento de todos. 
14.0 Referências Bibliográficas.
REZENDE, Amaury J.; PEREIRA, Carlos A.; ALENCAR, Roberta C. de. Contabilidade
tributária: entendendo a lógica dos tributos e seus reflexos sobre os resultados das empresas.
São Paulo: Atlas, 2010. PLT 370.
KIRCHNER, Juliana. Contabilidade Tributária: História dos Tributos e Poderes, Atribuições e Limitações do Estado em Direito em Matéria Tributária. Caderno de Atividades. Anhanguera Publicações: Valinhos, 2014.
A evolução do sistema tributário brasileiro ao longo do século: anotações e reflexões para
futuras reformas. Disponível em:
<https://docs.google.com/a/aedu.com/file/d/0BwpCSyf5J660VURuM0l6cEl4TW
M/edit>. Acesso em: 10 agosto 2015.
Dicas de Economia Tributária - Pessoa Física. Disponível em:
<https://docs.google.com/a/aedu.com/document/d/1eM4bBvBfbfMEzHtAoKfR
4FSiBwsCepIHXpr4c9SQVes/edit>. Acesso em: 10 agosto 2015.
Dicas de Economia Tributária. Disponível em:
<https://docs.google.com/a/aedu.com/document/d/1--81BH-
6dUAMepelRL6lZ7UFioA-Wngh_iIAbMSUYtc/edit>. Acesso em: 10 agosto 2015.
Taxas, contribuições, impostos... Você conhece bem essas definições? Disponível em:
<https://docs.google.com/a/aedu.com/document/d/15fg2RSe0XZwznuzzHfHu9
f0q7UUh1fkpGI6ivEGkcco/edit>. Acesso em: 14 agosto 2015.
Lucro Real, Presumido ou Simples? Disponível em:
<https://docs.google.com/a/aedu.com/document/d/1xth3GJUy2qf9WycV01PMR
WmeAw-8_JyHeGOidT3BD68/edit>. Acesso em: 14 agosto 2015.
As Espécies Tributárias: Impostos, Taxas e Contribuições. Disponível em:
<https://docs.google.com/a/aedu.com/document/d/1cQ9kyltvl2eQkCd6r4prlAE
759JHA1TY8-YkxOKnFlY/edit>. Acesso em: 14 agosto 2015.
Simples Nacional ou Super Simples. Disponível em:
<http://www.portaltributario.com.br/guia/simplesnacional.html>. Acesso em: 18 agosto 2015.
 Simples Nacional – Obrigações Acessórias. Disponível em:
<https://docs.google.com/a/aedu.com/document/d/1cSNb3PMsy1_b8M_Wq5H
V2-3mLEXEP2rNYFeJIO9rVZ4/edit>. Acesso em: 18 agosto 2015.
<https://docs.google.com/a/aedu.com/document/d/1De3h0SyGk1gIAJVQqj28zyBVGEsfXXHfqj0zywh8f8/
edit>. Acesso em: 18 agosto 2015.
Sumário do Pronunciamento Técnico - CPC 32. Disponível em:
<https://docs.google.com/a/aedu.com/file/d/0BwpCSyf5J660TjNMOTV3ZjR5Zz
A/edit>. Acesso em: 25 agosto 2015.
<www.receita.fazenda.gov.br>. Acesso em: 15 agosto 2015.
http://www.crc-ce.org.br/crcnovo/files/IRPJ_LUCRO_REAL.pdf Acesso em 22 agosto 2015.
www.portaltributario.com.br Acesso em 20 agosto 2015.
www.sefaz.rs.gov.br Acesso em 20 agosto 2015.
http://www.webartigos.com/artigos/a-historia-do-brasil-pelos-tributos/37019/#ixzz3m7IRb88U Acesso 10 agosto 2015.
http://www.tmf-group.com/pt-br/companies/services/tax-compliance?gclid=CJWLuJXE_8cCFVKAkQodX-MJ5g Acesso 10 agosto 2015.

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