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PERSONALIDADE ADOLESCÊNCIA

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Desenvolvimento da Personalidade durante a Adolescência.
Desenvolvimento Psicológico e Educação: Psicologia Evolutiva. Vol. 1. Artmed, 2004. P. 335-349.
As tarefas destinadas da fase de adolescência
Fase do desenvolvimento popularmente conhecida por ser responsável pela formação da identidade;
Alguns dos desafios:
 - Delineamento da autoimagem;
 - Assumir compromissos existenciais 
 (ideológicos e/ou religiosos);
 - Escolha profissional;
 - Definir-se sexualmente;
 - Adotar um estilo de vida;
 - Assumir valores morais.
Desenvolvimento do autoconceito
Autoimagem corporal (avaliação das mudanças físicas);
Identidade em torno do sistema de crenças;
Delinear as expectativas de futuro;
Tendência para a introspecção (a partir do desenvolvimento do pensamento formal);
Auto avaliação e alo avaliação nas relações sociais;
A evolução do autoconceito
As Abstrações integradoras
Palácios, 1999 a.
Estrutura e Organização
Primeirasabstraçõesintegradoras
Conteúdo
Habilidades e autoimagem social
ADOLESCÊNCIA PRECOCE – 11 A 14 anos
ADOLESCÊNCIA MÉDIA – 15 a 17 anos
Estrutura e Organização
Primeirasconexõesentre os traços opostos – confusão diante da existência
Conteúdo
Discernimento das próprias habilidadesde acordo com os contextos.
ADOLESCÊNCIA TARDIA – 18 a 21 anos
Estrutura e Organização
Abstraçõesque busquem resolver as contradições
Conteúdo
Relação entre oautoconceito e os papéis sociais.
Estrutura e organização do pensamento
O desenvolvimento das capacidades cognitivas:
 - Lenta e progressiva conexão e coordenação da própria imagem e habilidades contraditórias;
É necessário tempo para que essas conexões ocorram para se evitar confusões desnecessárias;
A exploração de papéis sociais poderá trazer novas informações sobre o próprio conceito;
O autoconceito múltiplo e contextual.
Susan Harter
A construção do “Eu” e do 
“Falso “Eu”.
O falso “eu”
Susan Harter (1996)
Fase onde é comum a criação de múltiplos “eus”:
 - condicionada às expectativas dos outros (necessidade de aceitação no grupo);
Necessidade em agradar e ser aceito:
Busca por segurança e autonomia no grupo;
Pode ser mais frequente em jovens mais necessitados de apoio familiar;
A tomada de consciência dentre as disparidades entre o “eu” verdadeiro e o imaginário;
Autoestima adolescente
Atividade exploratória na adolescência precoce: a busca pelo conhecimento das habilidades;
Essas informações poderão ser úteis para a escolha profissional, assim como para as relações amorosas;
Tendência em se valorizar as áreas de maior domínio;
Maior definição dos papéis de gênero;
A questão do gênero
Meninas: maior valorização das relações e habilidades interpessoais;
Meninos: atividades esportivas e o sentimento de auto eficácia em geral;
Importância da supervisão dos pais: análise sobre os comportamentos de risco envolvidos e garantia de um espaço para a autonomia;
A relação entre eles
A popularidade entre os jovens costuma ser almejada;
Ênfase no grupo:
 - Se excessiva: se muito centrado na aprovação do grupo, poderá aumentar a participação nas atividades de risco;
 - Pode interferir negativa no desempenho escolar;
- Do lado oposto, se a ênfase for muito voltada à família e a vida escolar, pode aumentar a incidência depressiva, sobretudo nas meninas (Dubois, et al, 1998);
- 
Fatores que podem alterar a autoestima 
 no início da adolescência:
As exigências culturais da atratividade física: 
 - maior ênfase no corpo feminino;
 - A passagem do ensino fundamental para o médio (sobretudo para os meninos) - Wigfield, et al, 1991;
 - O início das relações sexuais: as relações interpessoais passam a ser importante fonte de desequilíbrio (Wadsworth, 2003);
 
A busca da identidade pessoal
Está intimamente ligado ao autoconceito;
Os autores dão ênfase ao desenvolvimento cognitivo (Coll, Marchesi, Palacios, et al, 2004);
Desenvolvimento de um estilo próprio reconhecido pelos demais;
Importância das normas estabelecidas nos grupos;
Reconhecimento das experiências passadas e buscar integrações com o presente;
O desenvolvimento Pró-Social
Erik Erikson
Após as crises de identidade, o desenvolvimento poderá seguir diferentes trajetos;
É comum a despersonalização (estranhamento);
James Marcia (1966), inspirado em Erikson, elaborou os níveis de status de identidade 
James Marcia
Status de Identidade
Status de Identidade
James Marcia (1966)
Difusão de Identidade: sujeitos sem compromissos vocacionais ou ideológicos. Não exploram papéis para alcança-los no futuro.
Identidade Hipotecada: adotaram algum compromisso social mas não passaram por experiência exploratórias. Escolha sem considerar outras alternativas;
Identidade Moratória: em crise de identidade. Atividade exploratória e dificuldade para tomar decisões;
Conquista da Identidade: com compromissos duradouros após passarem por crises de identidade;
Níveis ou status de Identidade
James Marcia (1966)
Análise clínica e uso de entrevista semi-estruturada
STATUS
CRISE
COMPROMISSO
Difusão
Não
Não
Identidade Hipotecada
Não
Sim
Moratória
Sim
Não
Conquista da Identidade
Sim
Sim
Fatores que influem 
na conquista da identidade
A influência familiar:
 - As autoritárias – maior facilidade em desenvolver identidades hipotecadas;
 - As permissivas – maior dificuldade nos compromissos mais sérios e exigentes – poderá levar à difusão de identidade; 
 - As democráticas - aceitação e apoio.
Fatores que influem 
na conquista da identidade
As diferenças entre os componentes recebidos e os escolhidos na construção da identidade (Grotevant, 1992):
 - Gênero (muito importante)
 - Raça
 - Ideologia
 - Religião
 - Contexto social e cultural
- Pressões grupais e as possibilidades para a construção das identidades hipotecadas;
Identidade e ajustamento psicológico
O sentimento de identidade é dotar as suas atitudes de significados;
Difusão de Identidade: mais associado aos transtornos psicológicos (ansiedade e depressão);
 - Maior índice de ansiedade e depressão;
 - Orientação evitativa;
 - Maior conformismo e sugestionabilidade; 
 - Maior incidência de dependência química;
 - Evitam o enfrentamento dos problemas.
Identidade Hipotecada:
 - Melhor autoestima (em relação aos difusos);
 - Menor dependência química;
 - Menores níveis de ansiedade;
 
 - Por outro lado
 - Demasiadamente obedientes;
 - Emocionamente dependentes dos pais;
 - Dificuldades com as relações íntimas;
 - Orientação normativa (ajustam-se aos outros considerados importantes – referenciais sociais)
Adolescentes em moratória:
 - Emocionamente dependentes dos pais e figuras importantes (referências sociais;
 - Dificuldades com as relações íntimas;
 - Maior flexibilidade das atividades sociais;
 - Orientação maior para a informação e mudança;
 - Há maior cobrança interna e níveis maiores de insatisfação;
 
A conquista da identidade (Identidade é autonomia responsável):
 - Menor ansiedade;
 - Maior autonomia moral;
 - Com isso, maior cooperação e apoio social;
 - Menor sugestionabilidade;
 - Maior flexibilidade e ajuste às demandas do meio;
 - Menor egocentrismo e maior intimidade nas relações.
Papéis e Estereótipos de Gênero
Maior presença nos meninos, sobretudo relacionado ao sentimento de auto eficácia masculina;
Tendência a diminuir com os avanços da conquista da identidade;
Lawrence Kohlberg
O desenvolvimento Moral na adolescência
O Modelo de Kolberg
Os níveis de desenvolvimento moral*:
1 – Pré- convencional: o bem é definido pela obediência às normas estabelecidas;
2 – Convencional: elaboração das opiniões morais com base nas expectativas dos grupos sociais;
 - Em um segundo momento neste nível haverá maior orientação pela ordem e pela lei;
3 – Pós-convencional: julgamento moral a partir direitos
humanos universais que estão acima das normas sociais.
*Coll, Marchesi, Palacios et al. (2004)
O pensamento formal 
(a tendência ao que é universal)
O papel do desenvolvimento cognitivo para a conquista da identidade;
É necessária a capacidade de abstração para buscar coordenar os componentes do autoconceito;
Imprescindível adotar novas condutas e refletir sobre diferentes pontos de vista;
 - Explica-se aí a maior preocupação com os pontos de vista dos outros;
- O auge do formal seria alcançar linhas gerais de pensamento que englobassem ideias mais amplas em detrimento àquelas relacionadas com a cultura local;
Críticas ao modelo de Kolberg
O modelo privilegiaria o desenvolvimento moral masculino:
 As meninas: Maior inclinação aos problemas interpessoais;
 - Maior senso de responsabilidade com as necessidades alheias (Gilligan, 1982);
Os meninos: Maior distanciamento pessoal dos problemas interpessoais;
O Gênero Feminino 
e o Modelo de Kolberg
Pré-convencional – preocupação com os próprios interesses;
Convencional – maior ênfase em satisfazer as demandas alheias;
 - Busca de um maior equilíbrio entre a lealdade a si própria e a preocupação em atender os outros; 
Pós-convencional – necessidade de aplicar essas capacidades em um âmbito maior, no da esfera pública e participar das tomadas de decisões;
Comportamento Moral: 
os atos sociais e antissociais
A maior incidência dos atos antissociais:
 - Gênero masculino;
 - Intensificação entre os 16 aos 17 anos;
 - Oriundos de famílias com baixo índice de supervisão;
 - Provenientes de contextos sociais e culturais que valorizem e reforcem essas condutas;
As condutas morais:
Elkind (1985): o estudo das ações relacionadas ao egocentrismo próprio da adolescência.
 - Hipocrisia aparente – grandes diferenças entre as idéias dos jovens e suas práticas;
 - Ilusão de que o simples ato de pensar sobre as ideias nobres fosse o suficiente para alcançá-las, sem esforço próprio.
 - A dificuldade comum em passar de um plano abstrato para o concreto (cotidiano);
 - Audiência imaginária – intensa auto-referência;
 - Maior ênfase nos próprios sentimentos e sensações, como se elas fossem únicas;
O status de conquista de identidade pode não ser definitivo, se houver questionamentos sobre as escolhas realizadas;
Outros casos ocorrem em indivíduos com identidade hipotecada, que questionam o rumo de sua vida e parte para realizar compromissos mais pessoais; 
Desenvolvimento da Personalidade durante a Adolescência.
Desenvolvimento Psicológico e Educação: Psicologia Evolutiva. Vol. 1. Artmed, 2004. P. 335-349.
As tarefas destinadas da fase de adolescência
Fase do desenvolvimento popularmente conhecida por ser responsável pela formação da identidade;
Alguns dos desafios:
 - Delineamento da autoimagem;
 - Assumir compromissos existenciais 
 (ideológicos e/ou religiosos);
 - Escolha profissional;
 - Definir-se sexualmente;
 - Adotar um estilo de vida;
 - Assumir valores morais.
A evolução do autoconceito
As Abstrações integradoras
Palácios, 1999 a.
Estrutura e Organização
Primeirasabstraçõesintegradoras
Conteúdo
Habilidades e autoimagem social
ADOLESCÊNCIA PRECOCE – 11 A 14 anos
ADOLESCÊNCIA MÉDIA – 15 a 17 anos
Estrutura e Organização
Primeirasconexõesentre os traços opostos – confusão diante da existência
Conteúdo
Discernimento das próprias habilidadesde acordo com os contextos.
ADOLESCÊNCIA TARDIA – 18 a 21 anos
Estrutura e Organização
Abstraçõesque busquem resolver as contradições
Conteúdo
Relação entre oautoconceito e os papéis sociais.
O falso “eu”
Susan Harter (1996)
Fase onde é comum a criação de múltiplos “eus”:
 - condicionada às expectativas dos outros (necessidade de aceitação no grupo);
Necessidade em agradar e ser aceito:
Busca por segurança e autonomia no grupo;
Pode ser mais frequente em jovens mais necessitados de apoio familiar;
A tomada de consciência dentre as disparidades entre o “eu” verdadeiro e o imaginário;
A questão do gênero
Meninas: maior valorização às relações e habilidades interpessoais;
Meninos: atividades esportivas e o sentimento de auto eficácia em geral;
Importância da supervisão dos pais: supervisão sobre os riscos envolvidos e espaço para a autonomia;
Fatores que podem alterar a autoestima 
 no início da adolescência:
As exigências culturais da atratividade física: 
 - maior ênfase no corpo feminino;
 - A passagem do ensino fundamental para o médio (sobretudo para os meninos) - Wigfield, et al, 1991;
 - O início das relações sexuais: as relações interpessoais passam a ser importante fonte de desequilíbrio (Wadsworth, 2003);
 
Status de Identidade
James Marcia (1966)
Difusão de Identidade: sujeitos sem compromissos vocacionais ou ideológicos. Não exploram papéis para alcança-los no futuro.
Identidade Hipotecada: adotaram algum compromisso social mas não passaram por experiência exploratórias. Escolha sem considerar outras alternativas;
Identidade Moratória: em crise de identidade. Atividade exploratória e dificuldade para tomar decisões;
Conquista da Identidade: com compromissos duradouros após passarem por crises de identidade;
Identidade e ajustamento psicológico
O sentimento de identidade é dotar as suas atitudes de significados;
Difusão de Identidade: mais associado aos transtornos psicológicos (ansiedade e depressão);
 - Maior índice de ansiedade e depressão;
 - Orientação evitativa;
 - Maior conformismo e sugestionabilidade; 
 - Maior incidência de dependência química;
 - Evitam o enfrentamento dos problemas.
Identidade Hipotecada:
 - Melhor autoestima (em relação aos difusos);
 - Menor dependência química;
 - Menores níveis de ansiedade;
 
 - Por outro lado
 - Demasiadamente obedientes;
 - Emocionamente dependentes dos pais;
 - Dificuldades com as relações íntimas;
 - Orientação normativa (ajustam-se aos outros considerados importantes – referenciais sociais)
Adolescentes em moratória:
 - Emocionamente dependentes dos pais e figuras importantes (referências sociais;
 - Dificuldades com as relações íntimas;
 - Maior flexibilidade das atividades sociais;
 - Orientação maior para a informação e mudança;
 - Há maior cobrança interna e níveis maiores de insatisfação;
 
A conquista da identidade (Identidade é autonomia responsável):
 - Menor ansiedade;
 - Maior autonomia moral;
 - Com isso, maior cooperação e apoio social;
 - Menor sugestionabilidade;
 - Maior flexibilidade e ajuste às demandas do meio;
 - Menor egocentrismo e maior intimidade nas relações.
O Modelo de Kolberg
Os níveis de desenvolvimento moral*:
1 – Pré- convencional: o bem é definido pela obediência às normas estabelecidas;
2 – Convencional: elaboração das opiniões morais com base nas expectativas dos grupos sociais;
 - Em um segundo momento neste nível haverá maior orientação pela ordem e pela lei;
3 – Pós-convencional: julgamento moral a partir direitos humanos universais que estão acima das normas sociais.
*Coll, Marchesi, Palacios et al. (2004)
Críticas ao modelo de Kolberg
O modelo privilegiaria o desenvolvimento moral masculino:
 As meninas: Maior inclinação aos problemas interpessoais;
 - Maior senso de responsabilidade com as necessidades alheias (Gilligan, 1982);
Os meninos: Maior distanciamento pessoal dos problemas interpessoais;
O Gênero Feminino 
e o Modelo de Kolberg
Pré-convencional – preocupação com os próprios interesses;
Convencional – maior ênfase em satisfazer as demandas alheias;
 - Busca de um maior equilíbrio entre a lealdade a si própria e a preocupação em atender os outros; 
Pós-convencional – necessidade de aplicar essas capacidades em um âmbito maior, no da esfera pública e participar das tomadas de decisões;
Comportamento Moral: 
os atos sociais e antissociais
A maior incidência dos atos antissociais:
 - Gênero masculino;
- Intensificação entre os 16 aos 17 anos;
 - Oriundos de famílias com baixo índice de supervisão;
 - Provenientes de contextos sociais e culturais que valorizem e reforcem essas condutas;
As condutas morais:
Elkind (1985): o estudo das ações relacionadas ao egocentrismo próprio da adolescência.
 - Hipocrisia aparente – grandes diferenças entre as idéias dos jovens e suas práticas;
 - Ilusão de que o simples ato de pensar sobre as ideias nobres fosse o suficiente para alcançá-las, sem esforço próprio.
 - A dificuldade comum em passar de um plano abstrato para o concreto (cotidiano);
 - Audiência imaginária – intensa auto-referência;
 - Maior ênfase nos próprios sentimentos e sensações, como se elas fossem únicas;
O status de conquista de identidade pode não ser definitivo, se houver questionamentos sobre as escolhas realizadas;
Outros casos ocorrem em indivíduos com identidade hipotecada, que questionam o rumo de sua vida e parte para realizar compromissos mais pessoais;

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