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DRENAGEM TORÁCICA


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ISBN 978-85-61091-05-7 
 
VI EPCC 
Encontro Internacional de Produção Científica Cesumar 
27 a 30 de outubro de 2009 
 
 
DRENAGEM TORÁCICA: INTERVENÇÕES 
DA EQUIPE DE ENFERMAGEM 
 
 
Talita Priscila Scomparin1; Daiane Cristina Domenicali2, Lina 
Cavalcanti de Góes Nakano3, 
 
 
RESUMO: Em muitos procedimentos hospitalares se faz necessário o uso de um dreno torácico que 
é inserido na cavidade pleural cirurgicamente e conectado a um sistema de drenagem. Dos 
procedimentos que ocorrem na unidade de terapia intensiva a drenagem torácica é um dos quais 
demanda muitos cuidados desde a inserção ate a remoção de um dreno de tórax. Nesse sentido há 
muitos cuidados a serem realizados pela equipe de enfermagem necessitando que os profissionais 
que atuam nessa área estejam em constante atualização das novas técnicas e dos novos avanços 
científicos. Sendo assim o presente estudo teve o objetivo de analisar o conhecimento da equipe de 
enfermagem sobre as intervenções a serem aplicadas aos pacientes com drenagem torácica em uma 
Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de adulto, visando, evidenciar a necessidade da qualificação e da 
constante atualização por parte dos profissionais em relação a esse procedimento. Foram 
selecionados aleatoriamente 8 membros da equipe de enfermagem da UTI de um hospital do 
noroeste do Paraná aos quais foram aplicados um questionário com questões abertas e de múltiplas 
escolhas. Para analise dos resultados a metodologia empregada foi construída por métodos 
investigativos, embasados em análise quantitativa descritiva. Verificou-se que 100% dos 
entrevistados conheciam as finalidades do dreno, 75% ressaltaram a importância que deve ser dada 
ao selo d’água e ao curativo. Quanto aos cuidados para manejar o dreno torácico com selo d’água, 
apenas 12,5% dos entrevistados responderam “não pinçar dreno”. 50% demonstraram conhecer os 
vários tipos de sistemas de drenagem torácica. Em se tratando das complicações causadas pela 
drenagem torácica 25% responderam mais de uma complicação importante (infecção e hemorragia), 
50% citaram apenas a infecção e apenas 12,5% relataram não praticar a educação permanente e 
nem ter o hábito de fazer pesquisa na literatura científica. Percebe-se que existem pontos importantes 
neste procedimento que precisam de maiores esclarecimentos. Isso demonstra a necessidade das 
práticas de estudos que possam não só capacitar como também atualizar os funcionários em relação 
às novas tecnologias. Sugere-se que sejam promovidos cursos internos de atualização e reciclagem 
dirigida aos funcionários, promovendo ações educativas que realmente venham de encontro às 
necessidades e dificuldades encontradas pelo grupo para manter-se atualizado, proporcionado assim 
uma melhor assistência ao paciente. 
 
 
Palavras chaves: Drenagem torácica, cuidado, educação permanente. 
 
 
 
 
1
 Acadêmico do Curso Enfermagem. Departamento de Enfermagem Centro Universitário de Maringá 
– CESUMAR, Maringá – PR. enftalitaps@yahoo.com.br 
2
 Graduada em Enfermagem pelo Centro Universitário de Maringá – CESUMAR, Maringá – PR. 
3
 Docente do CESUMAR. Departamento de Enfermagem do Centro Universitário de Maringá – 
CESUMAR, Maringá – PR. mgatr@yahoo.com.br 
 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
A equipe que trabalha em UTIs necessita ser qualificada e estar bem 
preparada tendo em vista que os internados nestas unidades são pacientes que 
estão em estado grave, com problemas variados e que demandam monitoração 
constante. De acordo com Bongard e Sue (2005) a terapia intensiva é única entre as 
especialidades médicas. Enquanto as demais especialidades procuram estreitar o 
foco de interesse em um único sistema orgânico, em uma terapia em particular, ou 
em um grupo etário em particular, a terapia intensiva dirige-se a pacientes com uma 
ampla variedade de doenças, cujo denominador comum é a extrema gravidade do 
caso ou o potencial de desenvolver complicações graves a partir da própria moléstia 
ou do seu tratamento. 
 O acompanhamento dos pacientes nas UTIs deve ser permanente durante as 
24 horas por serem estes pacientes de alto risco que necessitam de monitoramento 
constante. A equipe de enfermagem tem um papel extremamente importante nesse 
contexto tendo em vista que a assistência de boa qualidade nesta fase do 
tratamento é decisiva para a recuperação e muitas vezes para a sobrevivência do 
paciente. 
A drenagem torácica é um procedimento usual nas UTIs e em função disso é 
importante conhecer a estrutura das regiões anatômicas envolvidas nesse 
procedimento. Em relação a esse assunto Laselva; Lamblet e Albaladejo in Knobel 
(2006) descreve:a pleura possui dois folhetos: visceral (adere ao tecido pulmonar) e 
parietal (adere ás estruturas da parede torácica). Esta dupla aderência é 
responsável pela manutenção da expansão torácica ao longo do ciclo respiratório. 
Sem essa força de tração, o tecido pulmonar estaria permanentemente colapsado 
em torno dos ramos brônquios. 
Durante as prescrições de enfermagem é importante explicar o procedimento 
ao paciente e a sua família, a fim de reduzir a ansiedade e promover a colaboração. 
Para Moreira; Teles e Espinheira in Knobel (2006) o paciente bem informado quando 
tem possibilidade, pode colaborar durante o procedimento posicionando-se 
adequadamente e mantendo-se imóvel facilitando a colocação do dreno e 
prevenindo complicações. Após o procedimento, o paciente deve receber 
orientações sobre o seu posicionamento para facilitar a remoção de secreções. 
Deve também ser informado que existe a possibilidade do uso de analgésicos, para 
retirar a dor facilitando a tosse e a sua mobilidade no leito diminuindo assim o 
estresse e a ansiedade do paciente. 
Os procedimentos de enfermagem em relação ao dreno torácico devem 
ocorrer no sentido de impedir a transmissão e o crescimento bacteriano em todas as 
etapas. Além disso, inclui também: posicionar o paciente adequadamente para a 
inserção do dreno, manter vigilância constante verificando se a drenagem está 
ocorrendo adequadamente, garantir o funcionamento correto dos equipamentos e o 
bem estar do paciente para evitar complicações (LASELVA; LAMBLET; 
ALBALADEJO in KNOBEL 2006). 
Para a inserção do dreno de acordo com o que descrevem Laselva; Lamblet e 
Albaladejo in Knobel (2006) e Schull (2001), a equipe de enfermagem se faz 
presente com participação em todo o processo intervindo desde o início com a 
preparação do material cirúrgico, e do paciente, na assistência ao médico e após a 
colocação do dreno nos cuidados com o curativo e na verificação do funcionamento 
correto dos materiais, checando as conexões, realizando ausculta pulmonar e 
inspecionando o tecido próximo ao local de inserção e solicitando a radiografia de tórax. 
Durante o período em que o paciente permanece com o dreno, muitas são as 
atribuições da enfermagem no sentido de garantir que o processo de drenagem 
ocorre adequadamente e sem complicações. Segundo Cintra; Nishide e Nunes 
(2005) o trabalho na UTI exige da equipe de enfermagem um conhecimento 
cientifico básico em diversas especialidades, além disso, é necessária a integração 
das suas habilidades técnicas e intelectuais à prática diária. Ressaltam ainda que “o 
sucesso de uma UTI depende de fatores tais como espaço físico, tecnologia e 
número de profissionais qualificados para atender as necessidades dos pacientes”. 
 Para Cintra; Nishide e Nunes (2005) os programas educacionais de 
treinamento para a admissão de funcionários devem se embasar no conhecimento 
das habilidades técnicas, normas e rotinas administrativas, uso de equipamentos, 
relacionamento interpessoal e atualização dos conhecimentos científicos. No 
gerenciamento das UTIs é necessário que haja um planejamento anual com base 
em uma metodologia de ensinoe aprendizagem, de acordo com a necessidade de 
cada instituição. O desenvolvimento constante deve ser um objetivo permanente 
para toda a equipe, visto que a falta de uma educação permanente pode afetar o 
recrutamento e a retenção dos profissionais. Os esforços devem estar direcionados 
á assistência aos pacientes, administração, pesquisa e educação. 
2 MATERIAL E MÉTODOS 
 
A amostra desta pesquisa foi composta pelos profissionais da equipe de 
enfermagem (08) que trabalham na UTI (adulto) de um hospital privado do noroeste 
do Paraná. A metodologia empregada foi construída por métodos investigativos, 
embasados em análise quantitativa descritiva, através da aplicação de um 
questionário com perguntas abertas e de múltiplas escolhas.Para obtençao de 
dados foi agendado previamentea data e horário. Aplicou-se o questionário, tendo-
se antes o cuidado de esclarecer o objetivo da pesquisa, ler o TCLE e obter a 
assinatura do pesquisado. Os dados foram organizados e tabulados para elaboração 
das tabelas. Os resultados foram analisados e discutidos com base nos 
conhecimentos teóricos obtidos através da bibliografia consultada. Em seguida o 
trabalho foi concluído e redigido o relatório final para defesa pública 
 
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 
Em relação às intervenções a serem realizadas diariamente pela equipe com 
os pacientes com dreno torácico, verificou-se que 75% dos entrevistados 
ressaltaram a importância que deve ser dada ao selo d’água e ao curativo 
(Tabela 1). 
Tabela 1: Distribuição dos conhecimentos sobre intervenções de enfermagem 
realizadas diariamente junto aos pacientes com drenagem de tórax. 
 
 Intervenções realizadas diariamente 
 
Freqüência 
 
 Percentual(%) 
Selo d'água e curativo 6 75 
Cuidado geral 2 25 
Total 
 
 8 100 
Fonte: Hospital privado do Noroeste do Paraná, 2007. 
 
 
 De modo geral os cuidados de enfermagem são: manter a permeabilidade, 
posicionar corretamente o dreno, realizar curativo conforme a necessidade e com o 
material adequado para prevenir infecções, controlar a drenagem, observando a 
quantidade e aspecto do liquido drenado e registrar corretamente todos estes dados 
na evolução de enfermagem realizada diariamente em todos os períodos (BRASIL 
2003). 
Buscando atingir os níveis de conhecimento e as habilidades necessárias 
para fazer parte da equipe da enfermagem, que presta assistência nas UTIs e que 
com freqüência assistem pacientes com drenagem torácica, é muito importante que 
o profissional dessa equipe tenha como hábito procurar constantemente atualização 
por meio de cursos ou atividades semelhantes como também por meio da literatura 
cientifica. Nesse sentido três perguntas foram feitas aos entrevistados: perguntou-se 
se eles realizavam a educação permanente; há quanto tempo realizou o último curso 
para a atualização dos seus conhecimentos e se buscavam informações na literatura 
cientifica da área. 
 Na Tabela 2 observa-se que 87,5% dos entrevistados relataram que 
realizavam a educação permanente e que 12,5% não realizava. 
 
Tabela 2: Distribuição da freqüência da realização da educação permanente sobre a 
drenagem torácica por parte da equipe de enfermagem. 
 
Educação permanente sobre a drenagem 
 torácica 
 
Freqüência 
 
Percentual(%) 
Sim 7 87,5 
Não 1 12,5 
Total 
 
8 100 
Fonte: Hospital privado do Noroeste do Paraná, 2007. 
 
A Tabela 3 mostra que 62,5% realizou a menos de um ano atualização nesta 
área, 25% a mais de um ano e 12,5% a mais de três anos. 
Tabela 3: Distribuição das respostas relativas ao tempo que realizou o último curso 
de atualização em drenagem torácica. 
 
Tempo que realizou o último curso 
 
Freqüência 
 
 Percentual(%) 
Menos de 1 ano 
Mais de 1 anos 
Mais de 3 anos 
5 
2 
1 
 62,5 
 25 
 12,5 
 
Total 
 
8 100 
Fonte: Hospital privado do Noroeste do Paraná, 2007. 
 
De acordo com Cintra; Nishide e Nunes a educação permanente é construída 
sobre habilidades previamente adquiridas, sendo assim, necessário que haja um 
planejamento anual com base em uma metodologia de ensino e aprendizagem, de 
acordo com a necessidade de cada instituição, tendo por objetivo ser permanente 
para toda a equipe, visto que a falta dessa prática pode afetar o recrutamento e a 
retenção dos profissionais. 
Quanto à terceira pergunta os resultados estão demonstrados na tabela 4 
onde se nota que 87,5% declarou que realizava a pesquisa em literatura cientifica 
para a sua atualização e 12,5% não tinha esse hábito. 
Para Cintra; Nishide e Nunes as exigências da UTI, quanto a uma ampla base 
de conhecimentos científicos e de especializações, implica na busca constante 
desse embasamento através de pesquisas da literatura cientifica associadas à 
realidade prática. Isso significa que a equipe de enfermagem precisa integrar suas 
habilidades técnicas e intelectuais á prática diária do exercício da sua profissão. 
 
4 CONCLUSÃO 
 
Analisando-se os resultados da pesquisa com os dados na literatura, percebe-
se que apesar do conhecimento demonstrado sobre o assunto por essa equipe de 
enfermagem, existem pontos importantes neste procedimento que precisam de 
maiores esclarecimentos. Isso demonstra a necessidade das práticas de estudos 
que possam não só capacitar como também atualizar os funcionários em relação às 
novas tecnologias. 
Sugere-se que sejam promovidos cursos internos de atualização e reciclagem 
dirigida aos funcionários, promovendo ações educativas que realmente venham de 
encontro às necessidades e dificuldades encontradas pelo grupo para manter-se 
atualizado, proporcionado assim uma melhor assistência ao paciente. 
 
REFERÊNCIAS 
 
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Gestação do trabalho e da educação 
em Saúde. Departamento da Gestação da Educação na Saúde. Projeto de 
profissionalização dos trabalhadores da área de enfermagem. Profissionalização 
dos auxiliares de enfermagem: cadernos do aluno: saúde do adulto, 
assistência cirúrgica, atendimento de emergência / Ministério da Saúde. 
Secretaria de Gestação do trabalho e da educação em Saúde. Departamento da 
Gestação da Educação na Saúde. Projeto de profissionalização dos trabalhadores 
da área de enfermagem. 2. ed.1. a.Reimpressão. Brasília: ministério da Saúde; Rio 
de janeiro: Fiocruz, 2003. 
 
BONGARD,Freceric S; SUE ,Darryl Y.Terapia intensiva diagnóstico e tratamento. 
2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2005. 
 
CINTRA, Eliane de Araújo; NISHIDE, Vera Médice; NUNES, Wilma Aparecida. 
Assistência de Enfermagem ao paciente gravemente enfermo. 2 . ed. São Paulo: 
Atheneu, 2005. 
 
LASELVA, Claudia Regina; LAMBLET,Luiz Carlos Ribeiro; ALBALADEJO, Renata in 
KNOBEL, Elias.Terapia intensiva:enfermagem. São Paulo: Atheneu, 2006. 
 
MOREIRA, Alceni do Carmo, TELES, Cristiane Ramos ; Espinheira, Ana Paula in 
KNOBEL, Elias.Terapia intensiva:enfermagem. São Paulo: Atheneu, 2006. 
 
 
SCHULL, Patrícia Dwyer. Enfermagem básica: teoria e prática. 2. ed .São Paulo: 
Rideel, 2001