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NP1 - Análise Funcional do Comportamento · Análise do comportamento: entender a relação entre comportamento, ambiente e consequência. Permite prever e modificar comportamentos. É um sistema explicativo, e todo sistema explicativo é fundamentado em um modelo de causalidade. Na análise do comportamento, o modelo de causalidade é o de seleção por consequências. Sugere que: 1. eventos específicos causam comportamentos observáveis; 2. interações entre variáveis antecedentes e o comportamento são fundamentais; 3. Identificar a causa raiz pode levar a intervenções mais efetivas; · Modelo de causalidade se baseia em: como, causas e relações entre eventos estudados. Serve para prever e controlar o comportamento de um organismo. Como causa e efeito se relacionam. Vantagens: 1. Diferencia a análise do comportamento de outros sistemas explicativos; 2. Dá sentido aos conceitos da análise do comportamento; 3. Resume como a AC estabelece relações entre eventos e como procura explicações para os problemas; · Ambiente selecionador seleciona o comportamento através de reforços, enquanto o ambiente instanciador se trata de eventos imediatos que trazem e ativam esses comportamentos já selecionados (pode evocar uma situação onde há maior probabilidade de determinado comportamento já aprendido acontecer); · Filogênese: herdado. Sobrevivência. Ontogênese: história individual de alguém. Cultura: aprendido através da cultura; · Tanto a teoria de Darwin quanto a de Skinner rejeitam dois tipos de explicações: as baseadas em agentes iniciadores autônomos (as que atribuem o comportamento a forças internas que não dependem do ambiente - tipo alma e outras explicações do gênero) e explicações teleológicas (que dizem que o comportamento acontece porque existe um propósito, como por exemplo, estudar porque quer passar na prova - ou seja, sem a existência de um reforço que levou a tal comportamento); · Reforço diferencial: reforçar comportamentos que quer e punir comportamentos que não quer; · Ambiente é só aquilo que afeta o organismo e o comportamento. Não é separado do comportamento, mas sim parte do próprio fenômeno comportamental; · Eventos ambientais: 1. Evocativa: não ensina um novo comportamento, apenas altera a probabilidade dele acontecer (a mesma coisa que o instanciador). Normalmente ligado a lembranças e emoções; 2. Alteradoras de repertório: ocorre quando o ambiente modifica o repertório comportamental do indivíduo de forma duradoura; · Operações motivadoras: diminuem ou aumentam a efetividade de um estímulo (punindo ou reforçando): 1. Operações estabelecedoras (OE): AUMENTAM a efetividade reforçadora ou punidora da consequência; 2. Operações abolidoras (AO): DIMINUEM a efetividade reforçadora ou punidora da consequência; · Operações motivadoras incondicionadas: são eventos aos quais os organismos já nascem sensíveis, sem necessidade de aprendizado prévio. Operações motivadoras condicionadas: são eventos que se tornam motivadores por meio da experiência e do aprendizado; · Emoções: são respostas a estímulos internos ou externos. Uma predisposição para a ação. Não podem ser vistas como a causa para algum comportamento, porque também são comportamentos. Deve ser analisada em termos de relações entre organismo e ambiente e não se restringir às condições corporais momentâneas. Em um episódio emocional, há interação entre comportamento operante e respondente. Não é só o que sentimos, mas também a maneira como respondemos ao ambiente; · Eliciado: comportamento respondente (automático/reflexo). Evocado: comportamento operante (modificado por consequências - reforços/punições); · Condicionamento emocional: Quando se associa experiências emocionais com situações específicas; · Ansiedade: automática e incondicionada; · Supressão condicionada: quando o indivíduo reduz ou para completamente um comportamento quando um estímulo que foi pareado anteriormente a um evento aversivo está presente; · Por que as pessoas se comportam de determinada maneira? A resposta está na história de interação da pessoa com o ambiente; · Relação causal: tentar identificar o motivo, causa, como, quando e etc; · Se nosso “efeito” é o comportamento humano, tudo o que possa afetá-lo de alguma forma deve ser tratado como “causa”, e o que nos resta é o ambiente; · Liberdade: nos sentimos livres quando somos positivamente reforçados, pois sentimos que estamos fazendo o que queremos, gostamos ou escolhemos. Reduzir a coerção aumenta a sensação de liberdade. Autocontrole: identificar e controlar algumas das variáveis que controlam seu próprio comportamento; · A liberdade não existe porque: somos limitados por fatores sociais, econômicos e culturais; · Estímulo antecedente: o que antecede o comportamento (situações ou contextos). Comportamento: a resposta do organismo diante do estímulo que a antecedeu. Consequência: o que vem depois do comportamento e altera a probabilidade e frequência de sua ocorrência no futuro (através de reforços ou punições); · Avaliação funcional: identificar as variáveis que desencadeiam (evocam) e mantêm o comportamento e coletar informações sobre os antecedentes e as consequências que estão relacionadas à ocorrência do comportamento problema. Primeiro passo no uso de procedimentos de modificação do comportamento. Essencial para intervenções que buscam mudanças comportamentais. Objetivos: 1. entender a relação entre eventos ambientais e o comportamento; 2. entender relação entre estímulos e reações; 3. Facilitar a criação de intervenções; · Métodos de avaliação funcional: 1. Observação direta: observação do comportamento em seu contexto natural. Fornece dados em tempo real; 2. Observação indireta a) Entrevistas: envolve conversas com as pessoas que testemunham o comportamento. Ajudam a entender a perspectiva dos envolvidos; b) Questionários: coletam dados sobre a frequência e contexto do comportamento. Permitem comparar respostas de diferentes pessoas sobre o mesmo comportamento; 3. Métodos experimentais: antecedentes e consequências são manipulados para observar o seu efeito sobre o problema de comportamento; a)Análise funcional exploratória: identificar as variáveis que controlam o comportamento-problema, sem hipóteses predefinidas; b) Análise funcional por teste de hipótese: formulação e teste de hipóteses sobre a função do comportamento com base em informações preliminares (entrevistas e etc); · Intervenção visa: a) Estratégias para modificar o comportamento; b) Metas claras e possíveis de atingir para poder acompanhar o caso; c) Envolver quem está envolvido no caso na elaboração da intervenção para melhor adesão no processo; · Avaliação funcional: a) Entrevista comportamental; b) Desenvolva hipóteses sobre ABCs (S-R-C); c) Realize uma avaliação por observação direta; d) Confirme sua hipótese inicial dos ABCs (S-R-C); e) Realize avaliações adicionais; f) Realize uma análise funcional; · Análise funcional: 1. Definir precisamente o comportamento de interesse; 2. Identificar e descrever o efeito comportamental; 3. Identificar relações ordenadas entre variáveis ambientais e o comportamento de interesse. Identificar relações entre o comportamento de interesse e outros comportamentos existentes; 4. Formular predições sobre os efeitos de manipulações dessas variáveis e desses outros comportamentos sobre o comportamento de interesse; 5. Testar essas predições;