Buscar

Prof. Reverbel, POLITICA E TEORIA DO ESTADO I

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 32 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 6, do total de 32 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 9, do total de 32 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Prévia do material em texto

ANOTAÇÕES DE AULA E PESQUISAS RELACIONADAS
Prova dia 07/07 (entregar portfólio)
Rec. 09/07
Bibliografia:
SOUZA JUNIOR, Cezar Saldanha. “A Crise da Democracia no Brasil”. Forense, Rio, 1978.
_____. “O Tribunal Constitucional como Poder”. São Paulo, Memória Jurídica, 2002.
FERREIRA FILHO, Manoel Gonçalves. “A democracia no Limiar do Século XXI”, Saraiva, 2001.
AZAMBUJA, Darcy. “Teoria Geral do Estado”. Globo, Rio.
SUMÁRIO
1	Aula 10/03/2014	2
Conceito de Estado	3
2	Aula 12/03/2014	4
3	Aula 17/03/2014	4
3.1	1ª fase: vai de Aristóteles até o inicio do século IXX	4
3.2	2ª Fase se desenvolve ao longo do século IXX	5
3.3	3ª Fase Independizar a ciência política, vai se desenvolver no século XX, nos Estados Unidos da América.	5
A disciplina Teoria Geral do Estado nasce na Alemanha (século IXX). (LER THOMAS ELVIN)	6
4	Aula 19/03/2014	6
Teoria Geral do Estado:	6
Ciência política:	7
5	Aula 24/03/2014	7
6	Aula 31/03/2014	8
6.1	Unidade Política Antiga Oriental	9
7	Aula 02/04/2014	10
Roma: tudo o que foi dito sobre Grécia vale para o Estado Romano “Cívitas romanas”	10
8	Aula 07/04/2014	11
9	Aula 09/04/2014	12
9.1	Desenvolvimento da Repartição de Poderes do Estado	13
10	Aula 14/04/2014	15
10.1	Características gerais do feudalismo	15
Famílias, operacionalizar o direito:	15
11	Aula 16/04/2014	16
12	Aula 23/04/2014	17
12.1	Características Políticas do Reino Medieval Feudal	17
13	Aula 28/04/2014	18
14	Aula 30/04/2014	18
Estado Burocrático Concentrado Territorial Nacional Moderno	18
15	Aula 05/05/2014	19
Viabilização do Estado Nacional Moderno	19
16	Aula 21/05/2014	20
17	Aula 26/05/2014	20
17.1	Max Weber	21
Racionalização	21
18	Aula 27/05/2014	22
Fins e Funções do Estado (últimos, intermediários e próximos)	23
Teoria dos Fins e Função do Estado	23
19	Aula 28/05/2014	25
20	Aula 02/06/2014	26
Estado Nacional Moderno	26
21	Aula 04/06/2014	26
FEDERALISMO	26
Os Estados Liberais	27
22	Aula 09/06/2014	29
FORMA DO ESTADO	29
5 grupos de competências:	30
23	Aula 11/06/2014	30
Exceção às competências residuais	31
Competências Comuns (horizontais)	31
Competências Concorrentes	31
24	Aula 16/06/2014	31
25	Aula 02/07/2014 Revisão para a prova	32
Fins e funções do estado => (correlacionar com a hexapartição).	32
Aula 10/03/2014
carlosreverbel@terra.com.br; cristianepunhopf@gmail.com
20pontos => SORTEIO => 5pontos => ESCOLHO => 1ponto => Artigo Científico
No dia da prova => entregar portfólio (pasta física com leituras importantes).
Questões para a prova:
características políticas do reino medieval feudal
diferença entre auctóritas do reino feudal medieval e apotestas do reino nacional moderno
questão genérica sobre o Reino Medieval Feudal, período histórico, características do feudalismo, as funçoes do rei
Conceito de Estado
O termo Estado como conhecemos hoje foi utilizado pela primeira vez por Nicolau Maquiavel em “O Príncipe”. Anteriormente acreditava-se que a ética e a política deveriam ser vinculadas. Com o passar do tempo, a ética foi retirada do político, com o principal argumento de que não é preciso, necessariamente, ser bom, mas sim parecer ser bom.
Este termo foi analisado por inúmeros autores, os quais criaram diversas visões sobre o mesmo. Inicialmente, o termo usado era Estado de Direito. As normas jurídicas eram supervalorizadas. Esta é a chamada visão unidimensional do Estado.
A visão bidimensional (Jellinek) é assim chamada, pois além de considerar a questão jurídica, ela leva em conta a questão social. Já a visão tridimensional (Miguel Reali) considera: os fatos, os valores e as normas. Os fatos criam valores, sendo estes a base da criação das normas. Assim, com base nestas últimas, são adotados novamente os fatos.
Saldanha Júnior aprofundou o estado da visão tridimensional e subdividiu os três fatores da seguinte maneira: fatos materiais e formais; valores finais e eficientes; e as normas seriam dadas como instrumento de ligação. Assim, foi criada a visão pentadimensional do estado.
Nestes cinco pontos, o estado pode ser analisado por cinco causas:
material: a sociedade;
formal: o território e a soberania;
final: aquilo que promove o bem comum;
eficiente: a natureza da sociedade;
instrumental: normas aplicadas pelas instituições.
SOUZA Júnior, César Saldanha. O Tribunal Constitucional como poder. 2002.
AZAMBUJA, Darcy. Teoria Geral do Estado. Globo, Rio.
Cezar Saldanha Souza Junior (1978) conceitua Estado de Direito como sendo “a sujeição do poder estatal à lei, lei que se fundamenta no consenso da comunidade”.
SOUZA JUNIOR, Cezar Saldanha. A crise da democracia no Brasil. Rio de Janeiro: Forense, 1978.
Aula 12/03/2014
Estado => povo (território), história e soberania (autonomia na gestão – proteção externa e interna, Bodin, Althusis)
Início no século XVI, Maquiavel (1º autor) => surge a maior parte dos estados modernos: XII, com Portugal, e IX com Alemanha.
Paz de Vestfália (1648) => Soberania, Luiz XIV “O Estado sou eu”.
Não são Estado:
Cívicas Romanas
Pólis Gragas
Reinos Medievais
Ingleses => Common Law (costumes): precedentes (julgamento com base em sentenças passadas semelhantes, “para haver um processo deve haver um caso”)
Romano (políticos)-Germânico (teóricos) => Cicil Law (julgamento com base nas leis)
Art. 19 da Constituição: O Estado não pode atrapalhar o funcionamento nem fomentar atividades religiosas.
Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembléia Nacional Constituinte para instituir um Estado Democrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia social e comprometida, na ordem interna e internacional, com a solução pacífica das controvérsias, promulgamos, sob a proteção de Deus, a seguinte CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL.
Aula 17/03/2014
1ª fase: vai de Aristóteles até o inicio do século XIX
filosofia política, sociologia e ciência política => na 1ª fase essas ciências não eram dissociadas, eram uma só disciplina.
filosofia política => é o ramo do conhecimento que estuda as últimas causas e os primeiros princípios da vida em sociedade.
sociologia => ramo do conhecimento que estuda as relações e as interações sociais (os fenômenos sociais).
ciência política => ramo do conhecimento que estuda a sociedade e o poder político (CRATOS = PODER em grego), estuda as relações de poder.
Os autores estudavam a Pólis (as relações e as interações sociais), o 1º foi Aristóteles com “A Política” e “Ética à Micômico”, estudando a vida em sociedade, nestas obras ele mostra que a finalidade do ser humano é buscar na sua vida privada a felicidade: eunamonia 
“O bem individual está atrelado ao bem comum (social)” => valoriza a amizade cívica (FILIA), os seres humanos devem iteragir com os demais, é uma animal político (ZOOPOLÍTICO).
Bem comum = “O bem de todos naquilo que todos temos em comum!” (“a dignidade da pessoa humana”)
humana => adjetivo, direito positivado para ser lembrado
Art. 5º Garantias individuais, direitos e deveres
“O ser humano deve buscar, como meta, a felicidade”
“Os fins não são dados, os fins são buscados”, “No momento que eu delimito o fim, eu elimino o fim. Os fins não são dados, os fins são buscados” => buscar o fim através da razão prática (PHRANE)
2ª Fase se desenvolve ao longo do século XIX
A sociologia ganha autonomia, passa a ter um fundamento empírico. Augusto Comte foi o grande idealizador, dizia que “a sociedade deve criar consensos”
filosofia política e a ciência política continuam ligadas à política
Os outros autores definiam que a política era a continuação da guerra por outros meios...
Pés do Estado: política (paz) e Direito (conflito. Justiça, dar a cada um o que é legítimo).
3ª Fase Independizar a ciência política, vai se desenvolver no século XX, nos Estados Unidos da América.
Disciplina Ciência Política:Estuda a sociedade e suas relações de poder sobre os demais Estados, os EUA passam a ser muito mal vistos... Os Estados criam uma organização internacional (1919), Liga das Nações (63 países, menos os EUA) => fracassou...2ª Guerra.
IPSA e APSA (associações de estudo da ciência política) => aprimorar as relações dos EUA com os demais Estados (PROCURAR)
Os italianos desenvolveram bons estudos de ciência política.
Brasil => 1945 (há uma certa indeterminação conceitual na disciplina de ciência política)
Conceito aproximado: “A ciência política possui um objeto material e um objeto formal. Um mesmo o objeto material pode ser enxergado por diversas formas (medicina, antropologia, matemática, etc.). A matéria da ciência política é a sociedade, pelas suas relações de poder (poder = objeto formal).
A disciplina Teoria Geral do Estado nasce na Alemanha (século XIX). (LER THOMAS ELVIN)
“A Alemanha é uma colcha de retalhos”, Por que a Alemanha não se unificava? => estudo da Teoria Geral do Estado.
4,4 vezes maior!
Quantos mais estados e municípios maior é a quantidade de recursos fornecidos pela União.
1º Autor da Teoria do Estado Blunchiri, defende a ideia de aglutinação (aglomeração) de estados.
2º Georgh Jellinek (1851-1911), escreveu a melhor obra até hoje.
3º Kelsen (aluno do Jellinek), atribuiu o Tribunal Constitucional Austríaco (ideia de Jellinek) a seu nome.
Aula 19/03/2014
Decreto Lei 2639 de 1940, Getúlio Vargas (PROCURAR), surge após a constituição outorgada de 1937, de inspiração fascista.
Os professores de Direito Constitucional eram nomeados pelo Regime. A disciplina Teoria de Estado foi da Pós-Graduação para a Graduação, surgindo em 1940.
1º Prof. da UFRGS: Francisco Brochado da Rocha.
Teoria Geral do Estado:
Objeto Material: Estado
Objeto Formal: Dalmo de Ebreu Dallari – “A Teoria Geral do Estado é uma disciplina de síntese, que sistematiza conhecimentos jurídicos, filosóficos, sociológicos, políticos, históricos, antropológicos, econômicos, psicológicos, valendo-se de tais conhecimentos para buscar o aperfeiçoamento do Estado, concedendo ao mesmo tempo como um fato social e uma ordem que procura atingir os seus fins com eficácia e com justiça.”
Teoria GERAL do Estado => se vale dos conhecimentos gerais multidisciplinar, fazendo uma síntese.
Ciência política:
Objeto Material: Sociedade
Objeto Formal: Poder
Portaria do MEC (PROCURAR) => a cadeira Ciência Política deve ser ministrada com Teoria Geral do Estado.
Ler para o Portfólio => O Federalismo nas Dimensões do Existir Humano. 
Visão Unidimensional do Estado: “Todo o Ser Humano, em qualquer época, em qualquer local, possui 6 dimensões: ética, científica, artística, política, etc.
(PROCURAR) O problema unidimensional/dimensões do existir humano.
O problema unidimensional leva ao autoritarismo.
KELSIN => “Estado de Direito (só pode ser de Direito, tautologia)” (dimensão jurídica), tese Escalonamento de Normas (lógica dedutiva, ordenamento jurídico).
A partir da Norma Fundamental (GRAN NORM, pressuposto lógico/dedutivo do direito), tudo se provém/emana...
Normas Fundamentais, Constituição, Lei Complementar, Lei Ordinária, Decreto Lei, Portaria, Resoluções.
“Todas as normas do ordenamento jurídico são normas de criação e de execução, exceto duas (as fundamentais/fundamento absoluto e as portarias/execução absoluta, que estão no topo e na base respectivamente).”
“Uma norma só é norma porque encontrou fundamento de validade em outra norma. A condição de eficácia de uma norma é a condição de uma norma superior que a dê fundamento.”
As normas executivas reforçam as normas fundamentais, que vão sendo modificadas logicamente.
Aula 24/03/2014
MARX => Visão econômica
COLCHING => social
KELSIN => jurídica
KEORGH JELLINEK => Visão bidimensional, o Estado de Direito pode estar submetido à lógica dedutiva/ordenamento jurídico, mas também deve estar submetido à ética/moral da sociedade (direitos humanos, direitos éticos mínimos reconhecidos no plano/esfera/âmbito internacional, valores éticos/normativos que todos os povos buscam conhecer).
“Direitos humanos = regras de ouro da boa convivência” – São Tomás de Aquino
Direitos Humanos (gêneros) fundamentam os Direitos Fundamentais (Espécies).
Pactos Internacionais => “novos estágios”, voto feminino, etc...
O sistema jurídico é teleológico (é indutivo, não apenas lógico-dedutivo), sentido ontológico (aspira o bem fundamental)
As normas executivas são boas quanto melhores são as normas fundamentais, que podem ser adicionadas conforme são solidificados os pactos internacionais.
MIGUEL REALI & ADERSON DE MENEZES => Visão tridimensional, (livro: TEORIA TRIDIMENSIONAL DO DIREITO), o Direito possui fatos, valores e normas (O Estado é um eterno diálogo entre fatos/naturais (desastres) e gerados por humanos (assume o risco); valores/costumes/hábitos; normas. Um melhora/conforma o outro).
“Quem não age como pensa acaba pensando como age.”
Há causação circular cumulativa positiva/negativa entre VALORES, FATOS e NORMAS. Mais valores positivos geram mais fatos (humanos) positivos, que geram mais normas positivas.
Aula 31/03/2014
REALI => fato, valor e norma (teoria tridimensional do Direito)
Conceito de Estado pelas cinco causas
material, formal, final, eficiente, instrumental
Aristóteles (4 causas) => material, formal, final, eficiente
EX. do APAGADOR => material (matéria prima), formal (forma física), final (finalidade = apagar), eficiente (quem fez)
São Tomás de Aquino (5 causas) => + causa instrumental (quais foram os instrumentos para fabricar)
ESTADO =>
material (povo, território; sociologia, geografia e economia);
formal (soberania, FRONTEIRAS, “o Estado é o que ele é e não outra coisa”; morfologia do Estado, estudo das formas do Estado, Ciência Política, Relações de Poder);
final (para que existe o Estado, garantir o bem comum, “Bem de todos naquilo que todos temos em comum”, dar as condições para que o ser humano consiga sua felicidade; Teoria Teológica do Estado), causa final INTRÍNSECA;
eficiente (a natureza social do ser humano; Teoria Justificativa da Origem do Estado), causa eficiente EXTRÍNSECA, relações entre seres humanos;
instrumental (Metodologia Operacional do Estado, Ordenamento Jurídico por leis escritas ou costumeiras, Ciências Jurídicas)
projeção fática => causas intrínsecas do ser (fazem parte do ser)
projeção valor => causas extrínsecas ao ser (estão fora do ser)
território => limitação fronteiriça do poder coersitivo do Estado
Constituição de 46, Art. 9º => Acre passa de território descentralizado da União para Estado Membro, contanto que chegasse a uma renda de impostos do menor estado Membro da Federação. Fernando de Noronha foi incorporado ao seu Estado de origem.
Povo, situado dentro de um determinado território soberano por suas fronteiras, por onde se estende o poder coesitivo do Estado tendo por finalidade alcançar o bem comum, fundado na natureza social do Humano, sendo constituído e operado pelo Direito. (PRIMEIRA QUESTÃO DA PROVA)
SEGUNDA QUESTÃO Causa material e formal da ciência política e da teoria geral do estado.
TERÇEIRA Visões unidimensional, bidimensional e tridimensional do Estado.
Unidade Política Antiga Oriental
(PORTFÓLIO)
Livro do Queirós Lima – Teoria Geral do Estado (Ler Política Oriental; Estado Grego e Estado Romano)
Aderson de Menezes – Teoria Geral do Estado (Ler O Estado Oriental, Grega e Romano -Unidades Políticas). Não sabia, mas não se pode chamar de ESTADO Grego e Romano.
Unidade Política Antiga Oriental => A UPAO era mal estruturada, não era coesa, misturava diversos ramos do conhecimento num único ramo (economia, arte, religião, ciência, ética; a religião dominava os demais, Teocrática sacerdotes na administração), Autocracia ou Monarquia Despótica, sociedade dividida em castas/hierarquizada, o rei ou monarca era tido como um sábio, suas palavras eram leis.
4.000 a.c. => nascimento da escrita, matemática, astronomia, religiões; a vida humana se organizava em torno dosrios Tigre e Eufrates em uma sociedade mal estruturada, conflitos e guerras constantes para a própria sobrevivência (saques de alimentos).
Unidade Política Antiga Grega => Na UPAG não há unidade política (não é Estado, não há uniformidade das leis no território), milhares de Cidades-Estado.
Pólis Grega => Espaço privado (CASA “óicos”, mulher, filhos, escravos, estrangeiros, homens cidadãos) e público (“coidón” para entrar no espaço público o homem cidadão deveria preencher o espaço privado, “Ágora” praça pública onde ficavam meses escutando os outros quatro mil em suas deliberações políticas).
Aula 02/04/2014
Tanto na Grécia quanto em Roma, não existia o conceito de pessoa humana (direitos/dignidade humanos)
Barão de Montesquieu: Ideia da tripartição dos poderes (harmônicos e que se intertravem entre si “o poder trava o poder”, impede o Estado de atuar no mundo privado, tese liberal, encomendado pelo governo inglês);
Benjamin Constant (suíço françes): Tese do Poder Moderador, deve existir dentro da sociedade um poder neutro/árbitro (suprapartidário que não se misture aos demais poderes, mas capaz de arbitrar os conflitos entre os poderes). Texto: A contraposição entre a liberdade dos antigos comparada a liberdade dos modernos.
Aplicado no Brasil (antes da Europa) no reinado de Dom Pedro II (monarquia).
Benjamin Constant Botelho de Magalhães (brasileiro): contra a monarquia e o poder moderador.
Liberdade dos antigos: Grécia, quem saía do espaço privado e ia para o espaço público, democracia direta/ação positiva;
Liberdade dos modernos: Estado Absolutista; o Estado faz, administra, julga e executa as leis; ser livre é uma função negativa (proibir a ingerência do Estado na vida privada, o Estado tem que dar mais liberdade para a sociedade);
Liberdade dos contemporâneos (3ª onda): exigir do Estado que promova ao cidadão um melhoramento de sua vida privada, Estado Social;
(4ª onda): globalização das questões sociais, pactos internacionais.
Teso do Fustel de Coulange – “A Cidade Grega” – O grego, mesmo o cidadão, era um escravo do Estado.
Roma: tudo o que foi dito sobre Grécia vale para o Estado Romano “Cívitas romanas”
Gregos (teóricos, filosofia especulativa) X Romanos (práticos, pragmatismo => empirismo britânico)
“Rés pública” (República, “Cívitas Romanas”) => reunião de tribos/famílias (família = “gentes”)
Os romanos diferenciaram o Direito Público do Direito Privado. YELINEK – “O romano frente ao estado é uma pessoa (sem direitos humanos) a medida que o estado começa a reconhecer certa liberdade ao povo. O indivíduo romano não se deixa absorver pelo Estado, toda a ordem do Estado está posta à unidade do indivíduo.”. LOCKE – “Ao submeter-se ao todo o indivíduo foi ao todo recompensado. Tanto aos romanos quanto aos gregos faltou uma clara eficiência política de liberdade. O próprio poder do legislador tinha limites em sua relação com o indivíduo (o estado está vinculado às leis que ele mesmo faz, pois se o estado não cumpre, ele próprio, uma lei, então perde a moral para cobrar do privado)”. QUIRÓS LIMA – “se o estado produz a lei, não deve estar vinculado a ela.”. YELLING – “Só será arbitrário quem está em posição superior”.
(QUESTÃO NA PROVA => arbítrio sobre os três autores anteriores)
Aula 07/04/2014
ROMA
Limitação do poder das cívitas => início do conceito de liberdade
Divisão do Direito Público (todos) do Direito Privado (um) => caráter dualista, adormece na Idade Média para resurgir e se desenvolver na Idade Moderna
(PROVA) Autolimitação do Estado, Teoria Bilateral da Norma => "Uma Norma, sendo uma Norma do Estado, não teria limites através do Poder Legislativo (o Estado poderia legislar sobre qualquer coisa)"; Fundamento do Estado Democrático de Direito.
Escola alemã adverte sobre esta Teoria. => A Norma feita pelo Estado é vinculante para ele mesmo ?
YELLINEK – O Direito público pode ordenar a si próprio? A resposta a essa questão vai além do direito (metajurídica), e fundamenta todo o Direito (convicção imediata de sua obrigação/força determinante e normativa). Pois, caso contrário, estaremos em um sistema totalitário, absolutista ou anárquico (jurisdicisando o que há de pior nesses regimes; se o Estado pode, pelo Direito (por vias jurídicas), alterar todas as normas jurídicas diz-se que não há Autolimitação do Estado). Aquilo que aparece para o Direito Privado, deveria ser Direito também para o Estado.
O pressuposto básico da autolimitação do Estado é a ideia de separação dos poderes, que nasce em Roma.
A ideia que nenhuma ordem vincule ao ordenante, a que o superior não tenha limites só poderia ser levada a cabo por um regime teocrático, porém até um Deus deveria estar vinculado às normas que ele mesmo faz. Quando um Estado modifica as regras, ele deve ter regras para mudar as regras (critérios pré-definidos, Autolimitação); As regras se aplicam aos órgão do Estado; quando um Estado atua deste modo, ele estimula ao indivíduo a cumprir as regras.
Na teoria da Autolimitação do Estado o indivíduo está vinculado às normas afins do Estado, porém estas Normas não dever extrapolar os limites razoáveis/legítimos (proporcionalidade) para causar uma desobediência civil (ordem de fuzilamento não era uma ordem justa; a norma pode ser flexibilizada/admite conformações, passar no sinal vermelho de madrugada, cego entrar com cão em lugar que proíba animais; o juiz deve saber interpretar a essência das normas, porém quem contraria as normas está assumindo o risco de per punido).
Estado Democrático de Direito => O cidadão participa da produção do direito; o povo que faz o Estado/Constituição (Poder Constituinte Originário, permite ao povo escolher/delegar representantes que falem em seu nome). O Poder Constituinte é Perpétuo, porém após a proclamação o povo pode revisar o poder delegado; Constituição Diligente, Pluralismo de Ideias.
Aula 09/04/2014
Reino Medieval Feudal => iniciou com a queda do império romano do ocidente
Idade Média = média ‘têmpora’ entre a Idade Antiga e Moderna, rotulagem feita pelos pensadores do século XVI, renascentistas e iluministas, Descartes: contestação da filosofia existente, dúvidas sobre as justificativas teológicas, Copérnico: a Terra gira em torno do Sol; “A Idade das Trevas (Era da barbárie, ignorância e supertição) foi um hiato, não contribuiu para a história da humanidade.”
Séc. XVII (racionalismo e individualismo), anti-clericático, critica ainda mais o ‘medievo’. Diberau (1713-1784) – “Sem religião seríamos um pouco mais felizes.”. Condorset (1743-1794) – “A humanidade sempre marchou em direção ao progresso, com exceção do período pelo qual prosperou o cristianismo.”. Voltaire (1694-1778) – “Os papas eram símbolos do fanatismo e do atraso daquela fase histórica: é uma prova da divindade de seus caracteres terem subsistido a tantos crimes.”. Essa conturbação descrente gerou guerras.
Séc. XIX (românticos), resgate do pensamento do ‘medievo’, remédio há insegurança gerada pelo Séc. XVII e XVIII, a descrença total não é a melhor forma para a organização social, o ser humana precisa resgatar sua transcendência, se opõe ao racionalismo extremo, critica o pessimismo do Séc XVII, Era Romântica (Era dos Reinos Medievais). Lessing – “Noite da Idade Média, que seja, mas era uma noite resplandecente de estrelas.”. Jules Michelet – “Idade Média, aquilo que amamos, aquilo que nos amamontou quando pequenos, aquilo que foi nosso pai e nossa mãe, aquilo que nos cantava tão docemente no berço.”.
Séc. XX (espelho da Idade Média), ver a Idade Média como ela própria se via. 
(HILÁRIO FRANCO JÚNIOR => A Idade Média Nascimento do Ocidente)
Possíveis datas para o início da Idade Média:
330 a.c. => Reconhecimento da liberdade de culto aos cristãos;
392 d.c. => Oficialização do Cristianismo;
476 d.c. => Cai o Império Romano do Ocidente;
698 d.c. => Conquista muçulmânica de Cartago;
Término da Idade Média
1453 => Queda de Constantinopla e fim da Guerra dos Cem Anos;
1492 => Descoberta da América;
1517 => Início da Reforma Protestante (HAROLDBERMAN – “Foi a primeira vez que se aceitou pensar diferente, contestar a ordem existente e construir uma ordem nova”, Reforma Protestante, estimulada por Lutero => Leva à Democracia, pluralismo das diferenças).
O Estado é de todos, o Governo é de quem venceu as eleições.
Os verdadeiros estadistas não se importam com as ideologias radicais. Soluções práticas para os problemas podem originar de ideais de esquerda quanto de direita.
A história representa fases de ideias que se transpõem, por isso não há data de início e término.
Idade Média: Prima, Alta, Média e Baixa Idade Média
Três civilizações nasceram: Leste, Oeste e Islã, foram criadas em pesos diversos da tradição greco-romana. Prima Idade Média, dos anos 400 aos 800 foi a Era do Chaos (morte por fome era a maior causa); então surgiu a Alta Idade Média com Carlos Magno, ordem e padronização dos meios de produção, rotação de culturas e repouso do solo. Média Idade Média => Revolução Industrial da Idade Média, enorme desmatamento e construção de mosteiros e castelos, surge a peste negra (matou 1/3 da população), Séc. XII Tomás D’Aquino, começam a ensinar os leigos com obras traduzidas do latim, surgem as universidades. Depois do Séc. XIII começa a Baixa Idade Média.
Estrutura Estamental (pactos entre classes), o servo era preso à terra (se vendia a terra, vendia o servo)
Desenvolvimento da Repartição de Poderes do Estado
Concentração de Poder
Com uma sociedade descentralizada e totalmente voltada para o campo, o medievo via no Rei a união do poder bélico e religioso. Isso porque a soberania era vista como um desígnio de Deus. Então, o que importava era a proteção (devido a constantes invasões) e a figura divina na Terra que sustentava as crenças no desconhecido. Essa sociedade, formada por feudos autônomos, se constituía em contratos de suserania e vassalagem. Os servos, para viverem nas terras de seu suserano, faziam um acordo vitalício garantindo produção da terra. Em troca, recebia proteção.
A Igreja dominava o saber da época e controlava as atitudes do cotidiano da população. O Rei, junto à Igreja, obtém o domínio das funções executiva, legislativa e judiciária. Além de criar leis e executá-las, possuía o poder administrativo-burocrático.
A medida que chegou a Baixa Idade Média, com o crescente aumento populacional, mais trabalhadores livres foram para as cidades. Nelas, havia artesões e bastante comércio. Havia também, autonomia em relação aos impostos cobrados pelo Rei. Posteriormente, os burgueses teriam maior influência sobre o mesmo, dando início ao Estado Nacional Moderno.
Bipartição do Poder
Depois de um longo período voltado para a descentralização econômica agrária, e do domínio da Igreja, o pensamento urbano aumentava e a burguesia ganhava força perante o Rei. Assim, passaram a reivindicar mudanças no setor político a fim de ter voz nas decisões que envolvessem a sociedade. Então, na Inglaterra, foi criado o Parlamento, que retirou a função legislativa do Rei. Essa bipartição do poder ficou conhecida como parlamentarismo, entretanto, as funções executiva e judiciária ainda estavam com o Rei. O idealizador da bipartição foi John Locke, que colocava o poder legislativo acima do executivo – o rei estava submetido ao Parlamento e com ele colaborava (Kings Parliament).
Tripartição do Poder
Com o Ato de Estabelecimento de 1701, o poder judiciário saiu das mãos do Rei e passo a ter autonomia. Na tripartição, tem-se a supremacia do direito em relação a outros ordenamentos. Os juízes, então, passaram a receber rendimentos fixos e não mais depender da vontade arbitrária do Rei.
Conforme idealizado por Barão de Montesquieu, o rei, como poder executivo, também acumulava as funções de chefia de estado, de governo e administração. Entretanto, com a crescente dificuldade na esfera social, necessitou-se a criação de uma Chefia de Estado separada dos assuntos ideológicos governamentais.
Tetrapartição do Poder
Com a criação de um conselho de Ministros, formados por ajudantes do Rei, acabou por originar mais um poder autônomo, apartidário, capaz de auxiliar no controle da política. Esse novo poder é o governamental, encabeçado pelo primeiro-ministro. A chefia de estado permaneceu com o Rei. Utilizando essa teoria de Benjamim Constant, inverteu-se a monarquia inglesa (chefe de estado) para o Presidencialismo nos EUA (chefe de governo+chefe de governo+ministros). No Brasil imperial, foi criado o Poder Moderador.
Pentapartição do Poder
Com as crises sociais, a função governamental ligava-se cada vez mais a assuntos polêmicos, enquanto a chefia de estado e a administração deveriam permanecer neutros. Conforme defendeu Zafra Valverde, esse modelo é caracterizado pela separação do poder administrativo das mãos do Rei. Neste caso, seria técnico e o menos político possível, para definição dos melhores caminhos a tomar pelo Estado. Essa divisão foi essencial na consolidação de um governo baseado em partidos políticos de massa, uma característica do Estado Social Contemporâneo.
Hexapartição do Poder
Hans Kelsen elaborou um escalonamento do ordenamento jurídico, onde a Constituição ficava no topo. Na hierarquia das normas, todas as normas seriam de criação e execução ao mesmo tempo, exceto duas: a Constituição, apenas criação e as ordens apenas execução. Todas as normas são tipos de execução da norma hierarquicamente superior e de criação da norma hierarquicamente inferior.
A necessidade de adequar todo o ordenamento jurídico à Constituição levou Kelsen a idealizar o Tribunal Constitucional, no campo jurídico. Então, dada a função da chefia de estado no campo político, definindo as diretrizes políticas para o estado no âmbito suprapartidário, o campo jurídico teria o Tribunal Constitucional como poder. Neste caso, teríamos a mesma função jurídica do Rei medieval. Neste sistema, não é atribuição do juiz de primeira instância o controle de constitucionalidade, mas do TC.
SOUZA Júnior, César Saldanha. O Tribunal Constitucional como poder. 2002.
AZAMBUJA, Darcy. Teoria Geral do Estado. Globo, Rio.
Aula 14/04/2014
Sistema de arroteamento, rotação de cultura e pousio (repouso da terra) => crescimento demográfico na Prima Idade Média.
Clímax da Idade Média => Média Idade Média, florescimento cultural, traduções (grego para o latim) e interpretações das obras (acessíveis ao povo), Mosteiros e Universidades (Bolonha, primeira universidade), ideia de Estado Nação.
Características gerais do feudalismo
Econômicas => predominavam as atividades agrícolas dentro do feudo, feitas pelos servos; as atividades comerciais dependiam do feudo (vinculadas): excesso de produção e quantidade de servos; as atividades industriais praticamente inexistiam; o setor rural predominava sobre o setor urbano.
Sociais => Senhores feudais (duques e o alto clero) e sevos (estrutura medieval)
Culturais => Teocentrismo (influência latina), preservar os valores do cristianismo latino, Séc. XIII São Tomás de Aquino, 
Jurídicas => predominava um direito costumeiro, Séc XI (1066, invasão da Grã-Bretanha pelo Guilherme o Conquistador, pelo norte; traz consigo o direito costumeiro); Séc XII o direito começa a se bifurcar em duas famílias: Common Law e Romano Germânico.
Políticas: (COMPARAR as funções do Rei Medieval e o Rei Moderno).
Dominação Auctóritas (Rei Feudal, cumprimento da ordem pelo respeito) ou Potestas (Rei Moderno, cumprimento da ordem por medo).
Weber => Maneiras de dominação:
- racional/burocrática (Auctóritas) – Igreja, Estado e o Exército;
- carismática/irracional ou tradicional/patrimonialista (o sujeito cumpre/obedece em razão da história) (Potestas).
“O direito racional deve ser positivado/legalizado.”
Famílias, operacionalizar o direito:
Common Law (sistema genético), reiteradas decisões judiciais que servem de embasamento para outras decisões, vinculam esses precedentes ao sistema. Nasce na sociedade e se complementa no sistema jurídico, o juiz faz o direito “judge made law”.
Romano Germânico (sistema operativo), sistema legalista, possuiprecedente, mas o que impera são as leis.
Se modernizam a partir da sociedade e o poder político organizado. Direito Bruto (não regulamentado): nasce na sociedade por CONSENSO (soluções pacíficas) e por CONFLITO (apoio no poder político, vai sendo trabalhado ganhando CDF, certeza de aplicação da lei, duração e garantia da lei e força executiva, apoio judiciário). A partir dos casos concretos, criam-se os precedentes: Direito Vivo (leis nos códigos que não tem função prática), a sociedade aceita o direito legislado (exemplo: lei do kit de primeiros socorros “percebeu-se que as pessoas não eram capacitadas para usá-lo”).
Evolução necessária do direito => Direito Bruto (costumes), Direito dos juristas (julgamentos), Direito Legislado (aplicado somente em uma sociedade ultra-moralista), Direito Vivo (leis que não práticas).
Aula 16/04/2014
No Common Law pode ter um julgamento com base eu um precedente de 50 anos atrás.
No Romano-Germânico pode ter um julgamento com base em uma lei de aplicação para um horizonte de 50 anos.
O precedente ou a lei deve estar de acordo com o que a sociedade pensa.
(PROVA) Características políticas do reino medieval feudal:
Fragmentação territorial do poder em feudos => a característica preponderante da Idade Média, foi que a partir de territórios doados por Carlos Magno, passa-se a aumentar a fragmentação de feudos, o mapa político era uma subdivisão interna em milhares de feudos; cada feudo tinha uma administração própria pelo senhor feudal, julgamentos (direito costumeiro próprio, não escrito), quem organizava o exército do feudo era o Rei (o chefe do feudo/fisco era o Rei, o parlamento era um conselho responsável por aprovar as despesas de guerra do Rei).
- O Rei João Sem Terra (Inglaterra) assinou a Magna Carta Libertatum, concedendo direitos/privilégios aos Barões (não pode existir taxa sem justo motivo/contra-prestação), a Inglaterra é uma Monarquia Constitucional (não possui constutuição, toda a declaração histórica de direitos ingleses mais os direitos da Common Low).
*tratar distintamente os crimes (pena graduada a importância do veículo), ladrão de galinha e ladrão de banco.
**o sujeito deve ser julgados pelos seus pares (médico julga médico), surje o corporativismo (auto-proteção da categoria)
***declaração dos direitos do homem e do cidadão.
Hierarquização da sociedade política => a sociedade política medieval era estamental/escalonada:
- pactos (),
- contratos (ordem moral, não escritos/positivados; contratos auctóritas = “respeito ao Rei por sua autoridade pessoal, conhecimento, respeito” e não apotestas/terror/medo) e
auctóritas => o Rei era o juiz de segunda instância, o senhor feudal era a primeira; ao ser benevolente, afirmava a auctórita real.
- acordos (), 
Aula 23/04/2014
Pactos => 1º grau (servos e vassalos), 2º (vassalos e senhores), 3º (senhores e Rei), 4º (Reis e servos) e 5º (Rei e o Papa, pacto de intenção do papado mas não chegou a acontecer).
Cada feudo tinha o seu direito costumeiro, administrado pelo senhor feudal.
Na Idade Média, o Rei estava abaixo do direito (submetido ao consentimento popular)
Toda vez que o servo recorria ao Rei (o duplo grau de jurisdição, revisão das sentenças ordinárias, surgiu na Idade Média. O Rei deveria conhecer o direito costumeiro de cada feudo para julgar pelo “direito da terra”), recebia autoridade moral – o Rei era o fecho da abóboda social. A figura real podia não administrar o feudo, mas podia convocar o parlamento e cobrar impostos para a guerra.
O Rei participava ativamente da guerra.
Subsidiariedade da esfera medieval => nenhum ente superior pede ajuda para um ente inferior.
O servo morava no feudo pelo contrato de enfideuse => proteção
Características Políticas do Reino Medieval Feudal
O termo “Idade Média” remete a ideia de um período médio, ou seja, de transição entre outros dois, sem definir bem uma ideia histórica. Porém, apesar de não ter ocorrido grandes revoluções sociais nesse período, ele foi muito importante para o desenvolvimento do estado que temos hoje, em seu aspecto político-administrativo e até mesmo pelo desencadeamento de revoluções que permitiram avanços sociais.
O Reino Medieval Feudal surgiu pela soma dos costumes e cultura dos germânicos e das do Império Romano do Ocidente. No período, houve uma intensa fragmentação territorial e política. Deste modo, a sociedade era completamente dividida em feudos, os quais eram unidades autossuficientes. A sociedade era altamente hierarquizada e não havia mobilidade. O servo era ligado à terra, ou seja, o filho do servo não poderia deixar o feudo.
O feudo era comandado pelo Senhor Feudal, cobrando impostos, e julgando casos. Em última instância, o caso era decidido pelo Rei.
Um senhor feudal que tinha mais posses, podia fazer acordos de vassalagem com outros nobres, os quais deveriam dispor de um exército no caso de guerra. Devido a grande fragmentação política e econômica e, com auxílio dos burgueses, surgiu a figura do Rei. Com ele, poderia se ter unificação tributária e judiciária em casos de última instância, deste modo, se começou a ter uma ideia de nação, surgindo o Estado Burocrático Concentrado Territorial Nacional Moderno.
SOUZA Júnior, César Saldanha. O Tribunal Constitucional como poder. 2002.
AZAMBUJA, Darcy. Teoria Geral do Estado. Globo, Rio.
Aula 28/04/2014
O Rei não exercia a função legislativa, o povo consentia o poder do Rei, o qual estava subordinado ao direito da terra (vinculado ao direito comum).
Na sociedade medieval surgiu o direito romano-germânico e commom law.
O rei não exercia funções administrativas, que eram exercidas pelos senhores feudais (futura função das câmaras legislativas).
O Rei era chefe na guerra (unificava a monarquia contra os inimigos), era chefe do fisco (se aconselhava com os senhores feudais, parlamento que aprovava/aconselhava as despesas do rei).
O Rei era juiz em fase recursal (juiz de segunda instância, reformava as decisões dos senhores feudais para com os servos).
O Rei era fecho da abóboda (chefia de estado separada como fecho da abóboda => ideia de parlamentarismo moderno).
O Parlamentarismo é um sistema de governo em que as funções de estado não são misturadas com as funções de governo.
Estado => Questões de representação nacional, soberania, valores nacionais (defender aquilo que é de todos/apartidário).
Governo => Temporário (o Estado é permanente).
Supremacia do direito sobre o poder (o poder coersitivo do rei estava fundado no direito) => fundamento para o constitucionalismo.
O poder do rei era legitimado pelo povo.
Fundada a concepção de pessoa humana, dignidade (São Tomás D’Aquino, etc.) => influenciam a ideia de direitos fundamentais (séc XII e XIII).
A idade média influenciou na teoria da federação (ideia de descentralização do poder), autonomia dos estados federativos.
(ler artigo 21, 22, 153 da Constituição)
Aula 30/04/2014
Estado Burocrático Concentrado Territorial Nacional Moderno
O Estado nacional moderno nasce no século XVI
Palavra-chave para entender o EBCTNM: centralização e concentração.
Estado e Era Moderna nascem juntos (séc. XVI), “Estado Moderno”, período da centralização/aglutinação.
Os reis do séc. XVI alteraram consideravelmente a estrutura do estado. Brum Torres – “Figuras do Estado Moderno” -, foi a era da abstrativização (abstração de concentração dos poderes), foi criado efetivamente um direito público, separando-o do privado. O rei tomava uma decisão para muitos feudos (abstração, publicização). As ideias políticas modernas é que eram absolutistas (doutrina de direito divino), mas o rei era “restritamente absoluto”. As limitações eram originárias da Idade Média, o rei moderno tem potestas (se impõe pela força/medo).
Rei: funções administrativas (governativa), legislativa, e tinha juízes peregrinos (corpo burocrático nobre, financiado pelo rei, aplicavam a justiça consolidada pelo monarca em nome do rei, pois o reino moderno é muito grande). A territirialidade é um elemento central do Estado Moderno, basefísica delimitada por fronteiras, por onde se estende o poder coersitivo do rei. Jean Bobin utiliza a palavra “soberania” do território. Montesquieu – as pequenas Repúblicas tem uma fácil administração, as Monarquias (grandes) é forte mas são de difícil administração => transformar a Monarquia em uma República Federativa (descentralizada).
Governo por papéis de Felipe II (o primeiro rei a governar por papéis, estrutura burocrática).
Burocracia francesa de 1850 => governo público como conhecemos para gerenciamento do estado.
Surgimento da imprensa => Era das Codificações (códigos civis, tributários, comerciais), direito público positivado.
O Rei passou a ter poder físico (potestas), unilateral (sem relação recíproca), concentrado (centralizado) e autônomo (direito divino de poder); o Rei está acima da lei.
NACIONALIDADE
Jus-solis (direito do solo => países de imigração, Brasil séc. XVII); Jus-sanguinis (direito de sangue => países de emigração, Itália séc. XVII), passou-se a pensar em nacionalidade política e nacionalidade étnica.
Política => Estados nações, nacionalidade política. No estado nacional moderno a ideia de nação não está no sentido étnico, mas no sentido político.
Étnica => Formação do Estado.
Aula 05/05/2014
Viabilização do Estado Nacional Moderno
Mudança econômica e social => enriquecimento das pessoas que viviam nos feudos (classe de burocratas = citadinos ou burgos ‘burgueses’)
Papel moeda foi criado e expandido => financiamento e pagamento de impostos aos reis (a arrecadação tributária foi muito expressiva, o rei pagava para os burocratas, juízes, administrassem o Estado, cria-se de fato a institucionalização do serviço público).
O estado em si NÃO ERA absoluto, mas as ideias políticas ERAM absolutistas. O rei tinha limites das corporações, financeiro, da igreja. (COLOCAR NA PROVA!), a filosofia e a doutrina eram absolutistas.
As grandes navegações, bússola, proporcionaram a expansão comercial.
A imprensa favoreceu a criação/propagação de um direito público, aplicado a todos, direito codificado (C. V. Napoleônico Francês, alemão, Código criminal do Império Brasileiro).
Surgimento das leis fundamentais do reino (leis que protegessem a liberdade, segurança/propriedade, vida). Declarações de direitos. As leis mais fundamentais ganharam o nome de constituição. A partir do séc XVIII começa o Estado Democrático de Direito (a partir do Estado Nacional Moderno).
Direito absolutista, conjunto de ideias que fundamentou o absolutismo. Foram os reis protestantes que criaram a teoria do absolutismo (teoria do direito divino dos reis, o rei teria um corpo sobrenatural e um corpo concreto), o rei estaria acima do direito (na Terra, o Rei não teria pares).
Funções: última instância, administrativa, governativa, judiciária e legislativa/nova. No Estado Nacional Moderno, o Rei nomeava os juízes, que aplicavam no território a justiça em nome do Rei.
O Rei vai perdendo seu poder aos poucos:
legislativa => parlamento
judiciária => magistratura
governativa => ministérios
administrativa => órgãos burocráticos administrativos
Concentração de poder (Bodin e Hobbes)
Nascimento do poder legislativo 1678 (a partir de uma Revolução Gloriosa inglesa, exigiu do rei a soberania do parlamento). A câmara dos lordes (democracia elitista), câmara dos comuns (exigiam a representação) exigiram do rei respeitar a soberania do parlamento – John Loke, teoria da repartição dos poderes.
Aula 21/05/2014
(FALTEI)
Aula 26/05/2014
Max Weber
A principal característica do método é a individualização na compreensão social (motivação psicológica de cada indivíduo individualmente, não criando regras gerais de compreensão, compreensão momentânea: racionalização/método científico; secularização).
Autonomia Canteana.
Consideração de classes: Não estabeleceu uma divisão por classes. A Compreensão social se deu por conjunto de fatores – economia, política, cultura, dados geográficos e religiosidade.
Racionalização
Divide o avanço social em dois: empreendimento capitalista (produção de bens) e aparato burocrático (o estado moderno de desenvolve através de um corpo de profissionais pagos e responsáveis por seus atos).
O Ocidente estava se tornando cada vez mais racional, com maior capacidade de lidar com seus problemas.
“Política Como Vocação” – O que leva alguém a aceitar certas formas de dominação/governo; legitimação da dominação.
Estado: território, povo e governo;
Soberania: característica do estado de ser o poder supremo internamente e de se relacionar com igualdade nas relações internacionais.
Três tipos de dominação para legitimar um governo: CARISMA x TRADIÇÃO x RACIONALIDADE.
CARISMA: é uma excepcional santidade (as pessoas acreditarem que o líder tem poderes especiais), líder respeitado entre seus pares, heroísmo ou exemplar características de uma pessoa individual e das ordens normativas reveladas ou ordenadas por ele. Característica voltada ao passado, concentrada na arbitrariedade do líder. Difícil sucessão de liderança (governo com tendência a sofrer revolução). É um governo do tipo irracional;
TRADIÇÃO: Os governos do tipo carismático tendem a buscar rituais sucessórios para garantir a estabilidade social, gerando a tendência a governos estabelecidos pela tradição (cumprimento voluntário as leis). São importantes as leis antigas, os rituais, etc. Não há uma burocracia organizada, predominando um estilo social extremamente hierárquico com proteção e estabilidade provida pelos estratos superiores. A organização do governo era feita pelos escolhidos das tradições. Exemplos: Clãs, Patrimonialismo (típico governo da Península Ibérica nos anos 1800 – o Rei Dom Pedro não era alguém muito contestado pela população, não enfrentou resistência portanto não separou seu patrimônio do patrimônio do estado), Antiguidade Oriental (existência de governos bastante religiosos em que pessoas aceitam ser servas, vínculos voluntários ao governo), Reino Medieval Feudal (Feudos).
RACIONALIDADE: Governo Racional Legal é aquele determinado por escolhas, cálculos e decisões no qual representantes eleitos são responsáveis por criar a lei (REPRESENTAÇÃO e IMPÉRIO DA LEI – Sócrates: consentir com as leis criadas). Se criam procedimentos/processos para que a lei seja garantida da melhor maneira possível, juízes independentes, sufrágio universal, depende da burocracia.
Relação entre os três tipos:
Normalmente os três tipos estão presentes em uma sociedade;
Esses sistemas são ideais;
Irracionais: carisma e tradição;
O único racional é o Racional Legal.
Burocracia: forma de divisão de trabalho dentro do estado (potencialmente positiva, garante mais efetividade e liberdade de escolha), a racionalidade impõe e aprofunda essa divisão no capitalismo e na estrutura estatal. É uma decorrência do avanço social.
No aparato estatal, a burocracia é extremamente hierarquizada (subordinação – a inferior recebe ordens e é fiscalizada e punida para garantir resultados), se foca em resultados específicos e realiza controles intensos para alcança-los.
Legalidade: é feita através de leis e não com a limitação de atos, e dependente de processos formais.
Equinicidade: rotinas e procedimentos. São criadas para aumentar a capacidade de trabalho.
Em uma burocracia as pessoas são livres (decidem participar do aparato estatal), são apontadas por suas qualificações (profissionais), são assalariadas, há existência de carreiras e responsabilidades.
Requisitos de surgimento da burocracia:
Aumento populacional;
Complexidade estatal;
Avanço econômico (ligação com capitalismo);
Transporte e comunicação (imprensa);
Democracia.
Aula 27/05/2014
Luis Galtês Vignal (espanhol) – “Maquiavelo”: parte final (maquiavelismo) e parte inicial (questão da prova)
Fraule (espanhol) – “Filosofia” pág. 298 até 306.
Jean Jaques Chavallier – “Le Etat e la Moral em Maquiavel” pág. 221 até 237.
Duvernoy – “” pág. 80 até 114.
Pensamento político de Maquiavel, o primeiro a utilizar o termo estado (questão da prova) – “O Príncipe” e “Os Intrusos”.Fins e Funções do Estado (últimos, intermediários e próximos)
Livro Prof. – Jurisdição Constitucional na Ibero-América.
(ponto da prova) => pode usar o tópico SEPARAÇÃO DE PODERES, e vice-versa.
4ª FASE (Tetrapartição dos poderes, Benjamin Constant, 1832 – Reform Act, necessidade de separação da chefia de estado e de governo)
1º poder a sair das mão do rei: Legislativo, Parlamento com a Rev. Gloriosa – John Locke.
2º poder a sair das mão do rei: Judiciário, Ato de Estabelecimento – Montesquieu “O espírito das leis”, chancela a tri-partição dos poderes, importância da autonomia do poder judiciário.
3º => Função de Chefe de Governo é exercida pelo Primeiro Ministro (eleito pelo povo) – Benjamin Constant. O Chefe de Governo governa em função do Parlamento (é eleito pela maioria do Parlamento)
Falava de um Poder Moderador (exercido pelo Rei), árbitro/controle dos poderes. Evitar conflito entre os poderes (poder neutro/supra-nacional).
5ª FASE (1919, Pentapartição dos Poderes – Max Weber)
No séc XX, a função administrativa (surge na Alemanha) não poderia ser mais exercida pelo rei, questão técnica, administração é uma ciência burocrática.
O Poder Judiciário fica cada vez mais independente do rei.
Etat-Gendarm => Estado Democrático de Direito, o estado sai de uma postura passiva e passa a ter uma postura ativa, implementação dos direitos sociais (educação, trabalho, saúde, ...) com administração mais técnica/científica/burocrática.
O executivo faz as políticas (econômica, de saúde, etc...) e os bancos/escolas/etc. administram estas políticas.
6ª FASE (Hexapartição dos poderes, 1945, Pós Segunda Guerra)
Com a violação dos direitos humanos, foram criados tribunais constitucionais separados do poder judiciário (órgão jus-político, define questões de direito e questões políticas – Hans Kelsen, Tribunal Constitucional austríaco), discutir a constitucionalidade das leis.
Teoria dos Fins e Função do Estado
Conforme Thomas Hobbes em “O Leviatã”, o principal fim do Estado é fornecer segurança. Desta forma, fundou-se sobre uma espécie de pacto entre os homens, surgindo as relações públicas. As funções do estado foram distribuídas de diferentes maneiras ao longo da história. Só se pode falar em divisão entre poderes diversos quando começou a existir separação entre o público e o privado.
O período medieval é caracterizado pela união das culturas romana e germânica. O governo era exercido pelos próprios senhores feudais, assim, não existia uma esfera pública de poder e o direito baseava-se principalmente no Corpus Iuris Civilis de Justiniano e nos costumes dos povos bárbaros. O rei estava submetido ao direito da “lei da terra”, e detinha as funções de juízo de última instância, governo e chefia de Estado.
Após as transformações ocorridas no fim da era medieval, como o mercantilismo, o Estado passou a centralizar-se e a concentrar-se na figura do Rei. O Estado Moderno tinha as seguintes características:
Burocratização: as funções públicas eram executadas por um quadro de funcionários mantidos pelo rei. Teve início com Felipe II da Espanha, que é dito “governo por papéis”;
Concentração: todas as funções encontravam-se em poder do rei (chefia de estado, de governo, administração, última instância judiciária e a recém criada função legislativa);
Território: o Estado estabelecia-se em um território com fronteiras firmes;
Nação: a população unia-se com um sentimento de unidade, buscando, de certa forma, o bem comum da população e os interesses do Estado;
Modernidade: compartilhava características com a Idade Moderna, por isso, convencionou-se dizer que o Estado, na definição que temos hoje, surgiu apenas a partir do século XVI.
Foi nesse contexto que surgiu o espaço público independente, embora ainda sem as características necessárias para configurar um Estado de Direito.
Com as revoluções burguesas, ocorreu então uma transição para a Idade Liberal (reformas liberais). Na Inglaterra, ocorreu a Revolução Gloriosa, que reforçou o Parlamento (desvinculou-se o poder legislativo das mãos do rei) e retirou a Inglaterra do absolutismo. Na França, com a Revolução Francesa, onde o “Terceiro Estado” destituiu o poder do Monarca e da Igreja. E em Portugal, onde foi destituído o regente inglês com a Revolução do Porto, que teve apoio de toda a sociedade, inclusive da nobreza e do clero e então foi feita a primeira constituição portuguesa.
A divisão de poderes diz respeito às funções de cada instituição, garantidas por uma Constituição. As funções elencadas são:
Chefia de Estado: é uma função neutra e suprapartidária, que serve de fecho da abóboda social, seguindo e promovendo os valores sociais;
Chefia de Governo (executivo): é uma função que se encontra no plano partidário e ideológico. Ela lida com questões polêmicas sobre as quais há dissenso social, e é imediatista, relacionada à função de Líder de Estado. Tem responsabilidade perante o Parlamento, o qual pode destituir o Chefe de Governo se este não tiver maioria;
Legislativo: cria as leis, tem legitimação popular;
Administração: garante à população os bens e serviços básicos de que necessita. É formada por profissionais de conhecimento técnico;
Judiciário: julga os casos concretos, adequando-se à uma norma ou precedente. Trata-se de um processo de subsunção, onde se adéqua o preceito menor (suporte fático) a regra geral e abstrata;
Função de Controle: desempenhada pelo Tribunal Constitucional, adéqua as normas do ordenamento jurídico do Estado a seu suposto de fundamentação: a Constituição.
O Estado distribui essas funções a diferentes órgãos a fim de que possa atingir determinados fins. Para muitos autores, o papel fim do estado é a segurança (Thomas Hobbes). Mas há outros, como a garantia dos direitos de primeira geração (LIBERDADE – liberdade, propriedade, vida) e segunda geração (IGUALDADE – educação, saúde, trabalho). A garantia da liberdade e igualdade gera justiça, que com o tempo, gera segurança e harmonia/fraternidade.
Quanto maior é a divisão das funções entre os poderes, maior é a limitação do poder do estado e maior a possibilidade de democracia. Cada poder fiscaliza e controla os demais em um sistema chamado de “freios e contrapeso”, que impede que um poder tente subjulgar os demais.
Aula 28/05/2014
(questão de prova) => pode usar o tópico FINS E FUNÇÃO DO ESTADO, e vice-versa
CAMPO DOS VALORES NACIONAIS (Controle dos campos intermediários => maior fusão jus-política):
Chefe de Estado (defende os valores políticos nacionais);
Tribunal Constitucional.
CAMPO INTERMEDIÁRIO (Motor propulsor dos governos):
Chefe de Governo (deliberar políticas governamentais);
Parlamento.
CAMPO DE APLICAÇÃO (execução política/jurídica => maior distinção entre jurídico e política)
Administração (aplica as políticas de governo);
Judiciário.
Aula 02/06/2014
Estado Nacional Moderno
Legados para os povos contemporâneos:
Soberania Nacional => o rei passou a ser o titular da soberania, o monarca passou a ser o representante do estado – “Edmund Burg; Siey” – Propagação da titularidade da soberania: está com o príncipe/rei, as leis do parlamento representam a soberania nacional, o parlamento faz a lei independente do poder do rei;
Representação Moderna => representação do estado, primeiramente burguesa (‘governante’ e não ‘governada’, ‘aristocrática’ e não ‘popular’), “Stuart Mill” – representação pautada nos interesses (voto na representação específica), utilitarismo ;
Limitação do Poder ao Direito => cada feudo tinha um direito costumeiro (estamento), no estado nacional moderno tem-se a limitação do poder ao direito (positivado/escrito); criaram-se os direitos fundamentais, declarações de direito, liberdades públicas (direitos humanos); separação dos poderes das mãos do rei;
Constituições Escritas => limitaram ainda mais o poder do estado (separa poderes), foram um estágio avançado de onde se alcançou as liberdades públicas, direitos fundamentais, etc.
Liberalismo inglês => “Edmund Burg” – liberalismo moderado/pragmático (prático/realista),busca uma legitimação no passado (voltado para a tradição/reforma, conservadores), se preocupa em proteger as instituições (fins e funcionalidade), hierarquia das instituições, teor religioso, partido progressista e partido conservador.
Liberalismo francês => “Doctor Price” – liberalismo radical/racionalista (teórico/idealista), não representa o passado (implementação de nova filosofia/revolucionário, progressistas), busca de desvincular das instituições (está acima das instituições), anulação das autoridades, teor laico, partidos reacionários e revolucionários.
Aula 04/06/2014
(questão de prova)
FEDERALISMO
O Federalismo corresponde à descentralização, entregando poder aos estados, e os mesmos entregando poder aos municípios.
Simétrico (busca a mesma identidade de tradição/cultura) => está relacionado à cultura, língua e as competências repartidas aos entes federados, Brasil.
Assimétrico => Canadá (civil law e common law) e Suíça. Diferentes competências para cada ente federativo.
Centrípeto => Tira competências do município, passa para os estados e depois para a União.
Centrífugo => Municípios com maior autonomia.
Cooperativo => Alemanha, mais horizontalizado (educação é função dos estados, municípios e da União).
Dual => EUA, mais verticalizado do que horizontalizado (funções definidas).
Por agregação => Os federalismos reais se formaram por agregação de estados separados (FOEDERIS).
Por segregação => Um estado grande, com muitas províncias, formam vários estados para descentralização do poder (No Brasil, Marechal Deodoro da Fonseca – decreto 15/11/1889 as províncias passam a ser estado, porém o Brasil já era unido e independente, “não foi um pacto federativo para a formação da União”).
Formação do Brasil: Vicente Licilho Cardoso - “Foi-se vendo pouco a pouco, e até hoje vemos ainda com surpresa que o Brasil de formara às avessas, começara pelo fim: tivera a coroa antes de ter povo, teve parlamentarismo mas não tinha eleição, tivera bancos antes de ter economia, fizera empréstimos antes de ter riqueza consolidada, aspirara a grandeza exterior antes de ter a paz interior. O oficialismo garantiu a identidade linguística. Começou pelo fim, mas garantiu a unidade nacional.”
Dom Pedro II, Ato adicional de 1834 – descentralizou muitas competências do Imperador para as províncias (Bernardo Pereira de Vasconcelos). Os caudilhos que surgiram começaram a criar movimentos separatistas. 1840 – Regresso: lei que passou-se a chamar lei interpretativa do ato adicional de 34, João Camilo de Oliveira Torres – “podou os excessos do ato de 34, senão poderíamos termos nos separado”.
Os Estados Liberais
O Estado Liberal Clássico (é um tipo morto, mas historicamente deve ser analisado) => final do séc XVIII, França, .
Estado Liberal Pluralista => iniciou no final do séc XIX, EUA, é um estado intermediário (meio-termo).
Estado Social Contemporâneo => Alemanha.
Aula 09/06/2014
Forma do Estado: Federal, Unitário, Confederado, Autonômico, Regional
Forma de Governo: Monarquia República
Regime de Governo: Democracia, Autoritarismo
Sistema de Governo: Presidencialismo, Parlamentarismo
Sistema de Poderes: Leg, Exe, Jud...
Democracia é “governo para o povo”, vale dizer, governo que procura realizar o bem do povo, o bem comum, proporcionando as condições necessárias aos membros da comunidade, para que tenha suas exigências básicas (direitos fundamentais) respeitadas e promovidas.
O regime que reconhece, respeita e promove os direitos da Pessoa Humana (respectivamente, os direitos políticos, as liberdades públicas e os direitos econômicos e sociais).
SOUZA JUNIOR, Cezar Saldanha. A crise da democracia no Brasil. Rio de Janeiro: Forense, 1978.
Para Ferreira Filho (2001), democracia consiste numa forma de governo em que o povo participa decisivamente da escolha dos seus governantes (eleição), todos os seus integrantes estando em pé de igualdade quanto ao peso de sua participação (voto) e à elegibilidade. É este o traço fundamental: o governo pelo povo (dentro do possível), ou seja, o governo por meio de representantes que o povo elege, a fim de servir os seus interesses.
FERREIRA FILHO, Manoel Gonçalves. A democracia no Limiar do Século XXI, Saraiva, 2001.
FORMA DO ESTADO
Autonômico (Espanha) => respeitar as assimetrias, possibilitando aos estados fazerem suas próprias normas, estados = comunidades autonômicas.
Regional (Itália) => Como o autonômico, mas divide o Estado por regiões.
Federal => Se opõe ao estado Unitário. Surge a partir dos estados Confederados com liberalismo.
Nos Estados Federais, os estados detém autonomia, com possibilidade de fazerem as próprias normas.
“A Federação é a unidade na multiplicidade (culturas, geografias)”.
No Brasil, que tem os encargos, não tem os recursos, quem tem os recursos, não tem os encargos (princípio da subsidiaridade = entende do problema que está mais próximo do problema).
Unitário => busca uma maior centralização das competências (políticas e adminstrativas). Surgem das Monarquias Absolutistas.
As Monarquias centralizavam as competências (federalismo centrípeto). Política do Centro e Administração do Município.
“A tendência é dos estados evoluírem na descentralização.”
E.U.Centralizado
E.U.Descentralizado Politicamente
E.U.Descentralizado Pol. e Administrativamente => estão de federalizando.
Confederado => Os estados de uma Confederação detém soberania (cada estado membro tem as suas competências, sem ser vinculado à União/Confederação). São organizados por tratados internacionais (possuem o direito de secessão, podem sair do pacto confederado).
EUA, 4 jul, 1876, após declaração de independência, cada Estado ficou soberano (já em 1777, haviam os Artigos da Confederação – cada um dos estados, sem justificativa, poderá exercer o direito de secessão). Hamilton, Jay, Medson (federalistas), criticaram a Confederação for sua fragilidade na proteção mútua entre os estados.
1787, acaba a confederação, “A última decisão soberana de um estado é decidir-se federar (ultimo ato soberano)”.
5 grupos de competências:
expressas ou enumeradas
residuais ou remanescentes
comuns
concorrentes
autorizadas
Ler art. 1, 18, 21-25, 29, 30 (incisos I e II), 153, 155 e 156.
Art. 24, parágrafos: 1, 2, 3 e 4 (questão da prova).
Aula 11/06/2014
Competências Expressas ou Enumeradas: são entregues aos estados e aos municípios.
Competências Residuais ou Remanescentes Art. 25, parágrafo 1º – Sabendo as competências da União e dos Municípios, restam as competências dos Estados.
Emenda Constitucional nº X (EUA) => todos os poderes não espessamentos outorgados à União e os Municípios, são reservados aos Estados e ao povo norte-americano. Competências da União: Declarar a guerra, celebrar a paz, arbitrar conflitos entre estados membros, emitir moeda e arrecadar os impostos federais.
Art. 21 – Competências Exclusivas da União (indelegáveis aos estados ou municípios)
Art. 22 – Compete Privativamente à União legislar sobre (Competências Privativas porém delegáveis mediante Lei Complementar)
Na Constituição de 1934, havia competências comuns da União e dos Estados, isto é, se excluíam os Municípios destas competências (nessa Constituição o Município era relegado).
Art. 25 – Os estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que adotarem.
Art. 29 – Sua lei orgânica deve respeitar a Constituição Federal e a Constituição Estadual.
Exceção às competências residuais
Art. 155 – Impostos dos Estados
Emenda Complementar nº 5/95 => redundou no Art. 25, parágrafo 2º - cabe aos estados explorar o serviço de gás canalizado, vedada a formulação de Medida Provisória do Executivo Federal (que poderia fazer uma MP tornando essa competência da União)
Competências Comuns (horizontais)
Art. 23 (NORMAS PROGRAMÁTICAS: objetivam uma meta para a Federação) – é competência comum da União, dos Estados, do DF e dos Municípios:
I – zelar pela guarda das leis e da Constituição. Etc.
Competências Concorrentes
Art. 24 – Compete a União, dos Estados, do DF legislarconcorrentemente sobre: .....
Art. 30, Inciso II – Compete ao Município suplementar legislação Federal e Estadual no que couber.
Aula 16/06/2014
Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar CONCORRENTEMENTE sobre:
§ 1º - No âmbito da legislação concorrente, a competência da União limitar-se-á a estabelecer normas gerais.
§ 2º - A competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a competência suplementar dos Estados.
§ 3º - Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa plena, para atender a suas peculiaridades.
§ 4º - A SUPERVENIÊNCIA de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei estadual, no que lhe for contrário.
O choque normativo não pode se dar entre palavras, mas ocorre, por vezes, contrariedade entre parágrafos, alíneas ou artigos.
Trata-se de suspensão (a norma do estado caminhava normalmente – status quo -, então foi suspendida; vai ter momentaneamente sua vigência, validade e eficácia suspensas) e não de revogação.
Art. 30. Compete aos Municípios:
I - legislar sobre assuntos de interesse local;
II - suplementar a legislação federal e a estadual no que couber;
Com a analogia acima, diz-se que o Município também pode fazer normas gerais, mas contrastada com a hierarquia das normas do estado e da União.
Aula 02/07/2014 Revisão para a prova
Não vai cair na prova:
Estado Liberal Clássico, Estado liberal pluralista e Estado social contemporâneo.
Regime de governo.
Autoritarismo, totalitarismo e democracia.
Ponto que pode cair, entre os pontos que podem ser sorteados:
O pensamento político de Nicolau Maquiavel.
Fins e funções do estado => (correlacionar com a hexapartição).
Os fins e funções é um meio para atingir um fim, e não um fim em si mesmo. O Estado existe para ajudar o ser humano a se realizar plenamente (completar o ser humano em suas dimensões individual e social).
Jellinek => os fins do estado possuem uma dimensão política (sociocultural) e uma dimensão jurídica, mas sem interconexão entre as dimensões. Campos formal (abstrato e concreto) e material.
Foi um dos grandes defensores do freio do poder estatal. Para ele, não só os privados deveriam se submeter ao direito, mas o estado também.
Caetano => lado político (chefia de estado, de governo e administração) e não político (judiciária, legislativa e de controle). Pode haver conexão entre as dimensões.
Kelsen => o estado possuí pelo menos três níveis (tríade - vertical): fins últimos, intermediários e próximos
O grau supremo (fim último), diz respeito aos valores abstratos da sociedade, e inclui as funções de chefia de estado e de controle jurídico; o grau primário (fim intermediário), trata da criação das leis e da determinação de políticas públicas fundamentais, são as funções legislativa e de chefia de governo; o grau secundário (fim próximo), refere-se a execução das deliberações do governo, porém é um órgão técnico de administração, já no âmbito jurídico tem-se a função judiciária de subsunção de uma norma a determinado suporte fático, não cabendo a análise de constitucionalidade.
Loewenstein => todo o poder possuí uma função, tudo começa pelo fim intermediário (parlamento), que é o órgão responsável por iniciar o funcionamento do estado (determinação/deliberação). A lei que é deliberada passa então do campo do direito para o campo político (lei plurianual).
Ao definir as políticas de governo, o mesmo não executa as políticas de governo pois está no campo da DETERMINAÇÃO (fim intermediário). A função de administração é apartidária (está no lado político – o chefe é indicado pelo governo –, mas deveria ser técnica, observando e denunciando as leis inexequíveis).
A administração sendo técnica (“sabendo o que faz” – científica), ainda pode falhar, por isso deve ter um controle dos atos administrativos pelo poder judiciário (FIM PRÓXIMO e DIMENSÃO DO DIREITO).
O controle de constitucionalidade (campo do DIREITO e FIM ÚLTIMO), não deveria ser feito pelo juiz ordinário, mas pelo Tribunal Constitucional. Mesmo assim, toda a lei feita pelo Legislativo (Parlamento) não deve sofrer um controle preventivo do Tribunal Constitucional, pois “o problema da lei só é visto quando é aplicada”.
Para uma lei ser reclamada como institucional, não deveria ser feito por uma das partes, mas pelo juiz => remeter para o Tribunal Constitucional (o controle de constitucionalidade só deveria ser feito pelo TC – última instância –, devido à maior segurança. Se feito pelos juízes ordinários, cada um faz um julgamento, para então ser julgado, muito depois, pelo TC).
Chefe de Estado (FIM ÚLTIMO e DIMENSÃO POLÍTICA) => faz o controle das políticas de governo aplicadas pela administração, política internacional e valores do estado.

Outros materiais