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Jogos na educação infantil

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA UNEB
PLANO NACIONAL DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DA EDUCAÇÃO BÁSICA – PARFOR
GRADUAÇÃO EM PEDAGOGIA
IVANILDE DE LIMA BATISTA
MARIA VALDELICE LIMA DA CRUZ
MIRALVA BARBOSA DOS SANTOS
ZENIVALDO FRANCISCO DA SILVA
JOGOS NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Habilidades e Competências desenvolvidas na educação infantil a partir de jogos na perspectiva de Piaget e Vygotsky
RUY BARBOSA, BA – 2014
IVANILDE DE LIMA BATISTA
MARIA VALDELICE LIMA DA CRUZ
MIRALVA BARBOSA DOS SANTOS
ZENIVALDO FRANCISCO DA SILVA
JOGOS NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Habilidades e Competências desenvolvidas na educação infantil a partir de jogos na perspectiva de Piaget e Vygotsky
Monografia apresentada a Universidade do Estado da Bahia, como requisito para obtenção do grau de Licenciatura em pedagogia.
Orientadora: Elisabete Meneses das Neves
RUY BARBOSA, BA – 2014
IVANILDE DE LIMA BATISTA
MARIA VALDELICE LIMA DA CRUZ
MIRALVA BARBOSA DOS SANTOS
ZENIVALDO FRANCISCO DA SILVA
JOGOS NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Monografia apresentada a Universidade do Estado da Bahia, como requisito para obtenção do grau de Licenciatura em pedagogia.
Aprovada em ___ de Agosto de 2014.
Banca Examinadora
___________________________________________________________________
Orientadora Profª Ma. Elisabete Meneses das Neves 
Profª
Universidade do Estado da Bahia
Profª
Universidade do Estado da Bahia
AGRADECIMENTOS
Primeiramente o nosso agradecimento a Aquele que está acima de tudo e todos, “o Onipotente Deus”. As lutas foram grandes, as batalhas pesadas, mas Ele é quem nos concede vitórias. A missão de educar nos foi dada por Ele, que é o Mestre dos mestres, na profissão que resiste aos séculos e que prevalecerá por toda a vida, a mais sublime.
Nossa gratidão também aos nossos familiares, que foram base estruturante para buscarmos alcançar os nossos sonhos, um deles se concretiza neste momento, que é a conclusão do nosso curso de Licenciatura em Pedagogia. Alguns respeitaram a nossa ausência, nos deram suporte moral e alicerce para a concretização da conclusão dos nossos estudos.
Aos nossos professores que não mediram esforços para mediar nossas ações, transmitindo tolerância, carinho e amor de maneira sábia. Nossas atividades acadêmicas alcançaram êxito porque fomos instruídos por profissionais comprometidos com a Educação.
Da turma ficará a saudade de momentos de estudos, pesquisas, passeios, descontração, entretenimento, discussões, limitações, imposição de pontos de vistas, brincadeiras diversas, respeito às diversidades, que mostraram o quanto somos valentes e quanto nos tornamos fortes.
A todos que, direta e indiretamente, com palavras de incentivo, nos impulsionaram a estar aqui, com o sentimento do dever cumprido, com total cooperação na Educação, o nosso muito OBRIGADO por tudo, pela torcida para alcançarmos os nossos objetivos.
RESUMO
O objetivo desta monografia é considerar habilidades e competências a serem desenvolvidas na Educação Infantil a partir da ludicidade, criando expectativas para uma aprendizagem atrativa e de integração através de experiências vivenciadas por docentes e discentes, enriquecendo o conhecimento fomentando no alunado o prazer de aprender. O jogo ocupa um importante papel na educação infantil, como ampliar o desenvolvimento cognitivo e social do educando, através de atividades atrativas podemos somar pontos positivos que irão favorecer a educação, pois a criança estará engajada no processo de aprender jogando e ao tempo que aprende ela ensina, é a soma de valores e a troca de experiências que faz o ensino ser eficiente e alcançar êxito.
Palavras-chave: Aprendizagem, brincadeiras, apoio pedagógico e atividades atrativas.
ABSTRACT
The purpose of this monograph is to consider skills and competencies to be developed in Early Childhood Education from playfulness, creating expectations for an attractive learning and integration through the experiences of teachers and students, enriching the student body by fostering knowledge the pleasure of learning. The game plays an important role in early childhood education, such as expanding the cognitive and social development of the students through attractive activities we can add positive points that will encourage education because the child will be engaged in the learning process and the playing time that she learns teaches, is the sum of values ​​and the exchange of experience that makes learning to be efficient and achieve success.
Keywords: Learning, pranks, pedagogical support and attractive activities.
	
1-INTRODUÇÃO
Atualmente vivemos em tempos onde o lazer e os jogos tem perdido espaço para instrumentos tecnológicos, estamos conscientes de que há uma necessidade de modificação no âmbito escolar para que sejam trabalhadas atividades lúdicas, jogos, brincadeiras, artes, danças e outros meios educativos que contribuam para atração das crianças em aprender brincando e socializando.
Os jogos fazem parte de suas vidas, influenciam de modo gratificante tanto pelo simples prazer de brincar, quanto de aprender ou até mesmo de competir, neste tocante, fica a alerta de um apoio pedagógico para o resgate da práticas de jogos e brincadeiras envolventes e que aguçam a curiosidade e proporcionam a criatividade.
O desafio de aprender é constante, a inovação do educador é exigida mas, ele têm o instrumento principal para realização das atividades: as crianças, que podem ser estimuladas a explorar seus cotidianos, resgatando brincadeiras passadas e simples com o intuito de contribuir com o contexto curricular. Nessa realidade, é importante a interação dinâmica de professor e alunos, pois a Educação tende a fluir positivamente, quando o aluno é participativo, sentindo-se peça importante da Educação.
 Quanto a esse protagonismo do aluno nesse processo Piaget (1969, p16) afirma que “a própria criança constrói o seu conhecimento a partir de conhecimentos anteriores, desde que suas estruturas mentais estejam prontas para relacioná-las organizando-os de tal modo que chegue a construir um conceito novo e ampliar um conhecimento anteriormente construído”. 
Ao brincar, as crianças recriam e repensam fatos que fazem parte de seu cotidiano fortalecendo a sua autoestima e transformam os conhecimentos adquiridos, na brincadeira. O aluno associa e começa entender sobre as mais diferentes esferas de conhecimentos socializando o conhecimento adquirido com outros sujeitos do processo educativo, seja no âmbito escolar, comunitário ou familiar.
A Educação Contemporânea tem como parceira a Educação Virtual e outros meios tecnológicos, este recurso tem contribuído muito, mas em controvérsia tem dispersado as crianças de manterem contatos físicos e afetivos para melhor adaptação ao meio social em que está inserido, ao que chamamos “tão próximos e tão distantes”.
Desde sempre o ser humano tende a desenvolver atividades para ativar o seu cognitivo, sendo através de brincadeiras ou atividades físicas que estimulam o prazer, a auto estima, principalmente aguçam a curiosidade de aprender algo mais com o próximo, e o que observamos é que perdemos um pouco dessa essência.
O objetivo geral dessa monografia é considerar a importância dos jogos e brincadeiras nas instituições escolares, criar a perspectiva de desenvolver atos de cidadania, sensibilização ao próximo, aptidão prazerosa em conhecer o novo, aplicando-se a novas culturas, exercício de raciocínio, lembrando que se aprende mais quando mais se adaptam, é a chamada soma de conhecimentos. E, com isso, propor intervenções pedagógicas para que atividades lúdicas sejam praticadas com mais intensidade nas instituições escolares. Buscando oportunizar as crianças o desenvolvimento de suas habilidades, a medida em que, participam do processo de adquirir novos conhecimentos com prazer e passam a socializar as brincadeiras e jogos como experiências que os acompanharão por muito tempo.
Para alcançar esse propósito, pretende-se também valorizaros conhecimentos dos alunos, oportunizando aprender de forma lúdica; compreender o papel dos jogos e recreações na Educação Infantil; demonstrar a importância do aluno desenvolver e participar dos jogos, descobrindo e superando desafios; aguçar a curiosidade de aprender com jogos, ampliando o conhecimento; tornar o ambiente escolar mais atrativo para as crianças aprenderem com prazer; e estimular o desenvolvimento de habilidades através de jogos e brincadeiras;
Os jogos e brincadeiras, nada mais são que a valorização do ser, aprende-se a compartilhar momentos, dividir o prazer de vitórias em competições, assim como, apoiar-se, em momentos negativos. O instante de ludicidade, no âmbito escolar, proporciona às crianças interação, prazer, entrega, companheirismo e desenvolvimento de capacidades, criando oportunidades de protagonismo em suas ações. Isso contribuí muito para o aprendizado, pelo fato de não se isolarem por acanhamento sendo que, nessa dinâmica, é necessário o olhar atento do educador para fornecer o apoio pedagógico necessário a esse processo de aprendizado.
O Educador que aplica seus conteúdos inserindo neles a dinâmica dos jogos e brincadeiras provavelmente obterá bons resultados, partindo da ideia de se trabalhar o coletivo, a integração e interação social da comunidade escolar, aguçando a curiosidade e a inteligência. Para apoiar essa iniciativa do docente a escola deve disponibilizar esses recursos objetivos, com o intuito de facilitar as execução de atividades criativas, que resgatem também as brincadeiras culturais dos nossos antecedentes. Já que, historicamente, esses recursos vem sendo aplicados as disciplinas curriculares, enriquecendo o aprendizado e tornando as aulas mais atrativas e eficazes.
2 - A IMPORTÂNCIA DOS JOGOS NA EDUCAÇÃO INFANTIL
A Educação Contemporânea é recobrada de ações pedagógicas eficientes, pois a globalização e avanços tecnológicos vêm ocupando espaço na sociedade, e o ensino técnico vêm avançando, pois todos estão de olho precocemente no mercado de trabalho para si e seus filhos.Com esta observação nos atentamos para a importância dos jogos na Educação Infantil, sendo de competência do educador incluir atividades lúdicas no contexto de formação, pois os jogos e as brincadeiras fazem parte da vida das crianças, proporcionando prazer, a auto estima, curiosidade, criatividade, autoconhecimento, disciplina, tolerância, espírito de competição, sonhos, construção de personalidade, em resumo a construção da própria criança.
 A compreensão do termo jogo está baseada na consideração de que: 
A palavra jogo provém de jocu, substantivo masculino de origem latina que significa gracejo. Em seu sentido etimológico, portanto expressa um divertimento, brincadeira, passatempo sujeito a regras que devem ser observadas quando se joga. Significa também balanço, oscilação, astúcia, ardil, manobra. (ANTUNES, 2003, p.11)
Os jogos implicam na atitude do educador em uma postura de sensibilização, pois ele deve estar engajado com os alunos nas ações propostas por ele mesmo, ou seja, o professor deve ensinar a brincar, deve brincar e estar disposto a aprender as brincadeiras das próprias crianças, mantendo assim uma valorização, protagonismo e confiança.
Quando a criança é privada do direito de brincar, ela automaticamente se transforma em adulto-mirim, algumas vivem em risco de vulnerabilidade, vivendo a lei da sobrevivência, são obrigadas ao trabalho infantil, a exploração sexual, a autonomia imposta, e a precocidade entre outros casos.
Crianças que brincam vivem felizes, socializam entre si, aprendem a conviver com as diversidades e as respeitam, criam expectativas de vida, de profissão, discutem opiniões, impõem seus pontos de vista, resgatam culturas e colaboram com a dinâmica de aprender brincando. Desde o nascimento, as crianças apresentam relação com o mundo, existe a agregação de capacidade de imitar o que os outros fazem, emitem sons, pegam, agarram, puxam, rolam, mexem-se, engatinham, levam objetos à boca, e comunicam-se com os adultos.
 A partir das contribuições dos teóricos construtivistas, como Wallon , Vygotsky e Piaget, podemos descrever o papel do educador na educação infantil da seguinte forma: ele deve estimular a criatividade da criança através de desafios que partam dos interesses dela própria devendo também orientar as atividades exploratórias características dessa faixa etária, em que a criança procura descobrir o mundo através das interações socioculturais.
O educador têm que ter a base teórica e a prática para a elaboração de suas atividades pedagógicas. Deve ser assim também quando for aplicada uma atividade lúdica, pois, é preciso esclarecer, quanto ao recurso a ser utilizado: qual o objetivo e se o mesmo está inserido no contexto. Explorar as vivências das crianças é muito importante, assim como resgatar brincadeiras que fizeram parte da vida dos seus antecedentes. Se observarmos bem, brincadeiras passadas envolviam aprendizagens e aptidões de formação de vida a exemplo meninas que brincavam de casinha, cozinhar, costurar, meninos que brincavam de ossinhos, horta, pedrinhas, gudes e outros, isto também como ensinamento de valores morais.
Quanto ao âmbito escolar, existe a ausência de ludicidade, as aulas se tornam apáticas e as crianças perdem o interesse em aprender, sala de aula não é espaço para manter as crianças como robôs, não existe mais a ideia de que a educação bancária é a eficiente. A inquietude de alunos espelha a globalização, as ofertas de instrumentos tecnológicos, no tempo atual, fazem com que as crianças se dispersem das aulas presencias com educadores que teimam no tradicionalismo, é nesses casos que percebe-se a necessidade de uma dinâmica que crie o espaço da ludicidade.
Observamos que, com instrumentos simples, podemos transformar as aulas. O recurso humano é o mais eficiente, se o professor estabelecer atividades individuais e coletivas que trabalhem o cognitivo, relações interpessoais, diálogo, funções físicas e que atendam às necessidades das crianças, fazendo as mesmas se apropriarem das ações, de forma espontânea.
A importância das brincadeiras na infância é algo a ser observado, pois, crianças que não brincam tendem a sentirem-se acomodados e criar bloqueios futuros que os prejudicarão no convívio familiar, comunitário, social e escolar. Brincar revela e libera o que as crianças sentem, é a construção de identidade, protagonismo, relação consigo, com o mundo, e com a afetividade, isto oportuniza o individualismo saudável. A criança que se exercita de tais ações aprende a ser, conviver e fazer; pilares da educação, que norteiam a vida a partir da fase educacional infantil até a idade adulta. 
A experiência lúdica é descrita como algo que permite a criança, adolescente, ou adulto apropriar da construção de prazer, descoberta, criatividade, estabelece relações, soluciona problemas, é na verdade o engajamento do ser e a sociedade na qual ele está inserido. Se analisarmos, a valorização dos jogos é crescente em momento crítico onde existe a reformulação da educação. Esse fato, faz com que, as ações pedagógicas e a postura do educador seja direcionada para o caminho de procurar alternativas para tornarem suas aulas atraentes e eficazes. Cabe, à instituição escolar, estar disposta a ofertar jogos, brinquedos educativos, condições e espaço para realização de atividades físicas, lazer e recreações, proporcionando o direito a brincadeira e despertando nos alunos o prazer de fazer parte da comunidade escolar.
Quando os jogos educativos são voltados apenas a conteúdo específicos, foge do domínio a conduta lúdica, eliminando o prazer, a alegria e a gratificação de participar do processo de brincar. Para que haja um aproveitamento dos jogos no desenvolvimento infantil, o educador, em hipótese alguma, deve constranger as crianças de suas fantasias, seus métodos de brincar, de explorar livremente o que sabem. Ao contrário, ele deve inserir as vivências de todos para que surta o efeito positivo nas ações vivenciadas,pois cada um tem um potencial a ser agregado na sociedade. A esse respeito considera-se que
A esperança de uma criança, ao caminhar para escola, é encontrar um amigo, um guia, um animador, um líder – alguém muito consciente e que se preocupe com ela e que a faça pensar, tomar consciência de si e do mundo e que seja capaz de dar-lhes as mãos para construir com ela uma nova história e uma sociedade melhor. (ALMEIDA, 1978, p.195)
A educação, no todo, está fragilizada, e prejudicada por falta de afetividade, do seio familiar, que é a primeira escola da vida de qualquer criança. Na comunidade escolar o que percebe-se é que os pais atribuem a educação de seus filhos à escola, se esquivam de responsabilidades e compensam seus filhos com brinquedos, mas, não brincam com eles, alegando falta de tempo. Os pais acreditam que munindo seus filhos de bens materiais estão fazendo o seu papel de educador, e não acompanham o desenvolvimento pessoal e social dos mesmos, ficando estes à mercê das imposições da sociedade, autônomas de suas ações e vulneráveis aos riscos sociais.
Quando acontece de irem a escola e não encontrarem nada novo, eles tendem a se tornarem passivos e apáticos, pois não recebem atenção que acham merecer. Com isso, criam e realizam suas próprias brincadeiras, outras vezes, imitam super-heróis e vilões fictícios, da televisão, provocando um certo desconforto com brincadeiras de lutas, insultos verbais e diminuição o próximo para se sentirem mais fortes e melhores.
É visível a inquietação de crianças, e a influência dos instrumentos tecnológicos, por isso, é necessário que nos atentemos para nos valer destes mesmos instrumentos para somar nas realizações das aulas práticas. Diante dessa realidade, não devemos desconsiderar os jogos, pois aprendemos muito com a própria criança, percebendo que os mesmos podem se tornar suportes para a educação, no tocante de socialização e percepção de responsabilidades, para a construção do homem de amanhã.
A escola é um espaço social, portanto, é importante ressaltar que crianças não devem estar constantemente na sala de aula. O educador deve promover atividades extracurriculares, e extraclasse, interdisciplinares para manterem contato com outros espaços, explorarem seus potenciais e não se sentirem constrangido. Com esse intuito o professor pode se utilizar de jogos de exercício, jogos simbólicos e jogos de regras, mantendo a autonomia e confiança para realizações de atividades recreativas executadas por ele juntamente com seu alunos. Nesse contexto é necessário compreender que 
 (...) a potencialidade para aprender não é a mesma para todas as crianças, ou seja, a distância entre o nível de desenvolvimento real e o potencial, nas quais as interações sociais são centrais, faz com que ambos os processos de aprendizagem e desenvolvimento estejam inter-relacionados também nas atividades lúdicas para se desenvolver. (VYGOTSKY, 2003, p.95).
Fazem parte dessa relação o conhecimento adquirido através do convívio familiar e outros, nas vivências diferenciadas, o meio em que estão inseridos influencia parcialmente quando a criança ainda está construindo a sua personalidade. Nesse processo, o educador deve estabelecer uma relação com o aluno, manter-se próximo para compreender as suas carências e atender as suas aptidões. É na escola que as crianças estabelecem seus primeiros contatos sociais não devendo, desse modo, haver frustrações de atitudes inatas, pois, são elas que identificam a personalidade de cada um. 
Existem ainda outras atitudes, como brincadeiras verbais, consideradas palavrões, que para eles é simples brincadeira, mas, para abordar essa diferenciação é necessário um cuidado no diálogo com o aluno que age com este comportamento. Pois, o mesmo aprende em casa como sendo algo normal e leva para a escola. Esse cuidado é exigido para evitar um conflito psicológico, pois para ele algo está errado, em casa aprende algo e na escola é corrigido, volta para casa e revive o mesmo. Então essa situação deve ser trabalhada para que que o educando entenda que essas atitudes não podem ser compreendidas como sendo um tipo de brincadeira.
Temos que propagar as brincadeiras de valor produtivo, como exemplos as antigas herdadas pelos nossos pais, avós, tios, primos e pessoas contribuintes da nossa cultura. Crianças que brincam coletivamente desenvolvem seus conhecimentos científicos espontaneamente a exemplo de brincadeiras como vender, costurar, construir, cozinhar, brincar de médico, confeccionar artesanato, cavalo de pau, mecânico, jogar bola, barro e outros.
O resgate dos jogos e brincadeiras tem que ser estabelecido nas instituições escolares, considerando a potencialidade de cada um, valorizando e premiando, quando forem jogos de competições. Com a invasão dos meios tecnológicos as crianças, adolescentes e adultos perderam-se no tempo, e raramente brincam no coletivo se utilizando do lúdico. O professor deve atentar-se de que brincadeiras antigas não podem ser esquecidas, é como se não permitíssemos a permanência da cultura, propagando apenas os jogos tecnológicos. Diante disso, é necessário incentivar o desempenho das diversas vertentes de atividades culturais e tecnológicas, para que possamos incentivar o desenvolvimento de competências diferenciadas dos alunos. Com esse intuito, o professor deve prestar a atenção no desenvolvimento desse momento e intervir, em meio a estas ações, orientando para que a finalidade pedagógica se evidencie nesse processo.
O ato de brincar promove a criança por toda uma vida, o apoio pedagógico é indispensável, deve existir todo um preparo para aceitações e adaptações do antigo e do novo. O educador e todo o corpo escolar devem elaborar metodologias que reestruturem a atração dos alunos a irem à escola e sentirem prazer em fazer parte da comunidade escolar. Para a construção desse despertar torna-se necessário realizar ações de importância para o desenvolvimento infantil, fazendo-se valer de brincadeiras e brinquedos tradicionais e modernos. 
Vale salientar que, derrotas também fazem parte da vida de uma criança, então, devemos prepará-las para aceitar as decepções em competições, é normal, cair e levantar, construir e destruir, juntar e separar, criar e recriar, mais importante que vencer é competir, a criança tem que ter esta leveza, paciência e estímulo, para sentir-se inserido ao meio social, com todas as aceitações e adversidades. 
Várias situações de aprendizagem favoráveis as crianças são proporcionadas através de jogos e brincadeiras, pois esses recursos produzem e incluem comportamentos, além dos habituais. Inegavelmente isto contribuí com o seu desenvolvimento intensamente, é uma entrega total do ser humano, pois, nessa oportunidade, exercita sua mente e corpo, envolvendo-se. Quando uma criança aprecia isto com frequência, na escola, se aproxima da sua comunidade escolar querendo estar sempre naquele espaço, pois, se sente acolhido e vai ao encontro de suas fantasias e perspectivas de vida, fazendo mais amizades com os coleguinhas de classe.
Como mediador de ações o professor se faz necessário aos jogos, ele deve criar situações, desafios e variações, acrescentando o entusiasmo para que assim os alunos se apropriem das atividades lúdicas, lembrando que, as crianças, nem sempre gostam das mesmas brincadeiras. Por isso é necessário ter estratégias para atraí-las, envolve-las, ou mantê-las com atividades ocupacionais, para que não se distancie ou exclua do grupo. Outra observação é o mediador-educador não constranger os alunos selecionando grupos como a exemplo ao “mais fortes e menos fortes”, ou quem “mais sabe e menos sabe”, tem que usar estratégias de engajamento do grupo, mesmo que haja divisões para a realização das propostas de jogos ou brincadeiras, quando houver situações desse tipo, deverá separar os grupos com uma certa mistura, ou seja colocar mais capacitados e menos capacitados no mesmo grupo.
Os jogos, brincadeiras e brinquedos na educação permitem a aproximação entre o sujeito e objetos, este encontroestabelece a soma de conhecimentos adquiridos, pois com estes vemos a linguagem do mundo, sendo com visão crítica, relações interpessoais, e a construção da aprendizagem individual, ferramentas para elaboração de conceitos. Valendo-se dos métodos lúdicos avaliamos um avanço nas ações didáticas, pois há uma retomada de autonomia, alegria, e instigação, a auto realização em torno de tudo que o estudante faz e pretende fazer, ele se aproxima dos seus anseios e avança no conceito de conhecimentos.
A construção dos seus próprios brinquedos, brincadeiras é muito importante para a criança, ela sente-se peça fundamental na educação, e tende a se tornarem adultos criativos, autônomos, responsáveis e imprescindíveis. Através de tais atividades, as crianças moldam o seu futuro, definindo assim profissões e /ou aptidões por algo que venham lhe proporcionar momentos de lazer e prazer na vida. Crescem como grandes profissionais porque durante toda a sua vida projetaram seus sonhos livremente.
É comum presenciarmos nas escolas a aplicação de jogos e algumas brincadeiras, mas o que mais nos atentamos é de que é necessário um acompanhamento pedagógico para que estas ações não sejam banais, ou seja feitas por fazer, tem que haver um objetivo para tais atividades, procurando compreender o que vai contribuir para a aprendizagem das crianças.
O educador tem que procurar estratégias e atribuir responsabilidades as crianças ao participarem dos jogos e/ou brincadeiras, assim sendo ele se torna parceiro do professor e auxilia nas realizações obtendo assim saldo positivo. A integração é imprescindível, quando interage com os alunos, outra observação é a postura, o mediador não pode aparentar desânimo, desinteresse, e até mesmo falta de atenção ao que ele próprio propõe, tem que existir total entrega para fazer com que pontos negativos revertam-se em experiências e oportunidades para novas situações.
Por anos, lecionamos e aplicamos as atividades recreativas, em um pequeno intervalo de aula, e recobramos uma intervenção pedagógica para que as instituições escolares abram mais espaço de tempo para realizações dos jogos e brincadeiras, com o intuito de promover a socialização das crianças e alegria de fazerem parte de um grupo social. Quando adultos, lembrarão sua infância com saudades dos momentos bons e engraçados, contarão aos seus filhos e netos e a cultura permanecerá por muito tempo. Infelizmente estamos perdendo estes momentos mágicos e permitindo que a tecnologia ocupe o espaço das brincadeiras, fazendo com que as pessoas mantenham-se afastadas, sendo que, o individualismo desnecessário não é objetivo de uma escola, que trabalha com coletivo, democracia e socialização.
A atração de aprender brincando é inato, a criança que chega à escola e percebe uma liberdade de expressar suas emoções, liberar seus anseios e colocar a prova as suas capacidades físicas e psicológicas, propaga nas suas ações o exercício de cidadania, pois muitas das suas virtudes vão se constituindo à medida em que passa a apreciar movimentos socioculturais, a exemplo de festinhas nas escolas, festejos folclóricos, campeonatos esportivos, festejos juninos, apresentações de paródias, pequenos teatros, dramatizações de histórias infantis, cantigas de roda, danças típicas, criação de novas brincadeiras e brinquedos entre muitas outras ações que são pertencentes ao universo infantil.
O enriquecimento do ser é visível, quando tudo é retratado na mente das crianças, a infância preenchida de momentos valiosos, alegres e prazerosos, é incontestável que aprender brincando é muito gostoso, e se bem avaliarmos fazer parte da brincadeira nos preenche por completo, sem contar que isto faz bem à saúde, física, mental e social. As possibilidades de desenvolvimento comtemplam todas as áreas da vida, o caminho que percorrer é facilitado, porque sabe lidar com situações de adaptação e inserir elementos novos ao seu cotidiano, não se prendendo as frustrações e superando as diferenças, diversidades e dificuldades.
Sentir, pensar e agir são sentimentos de pertencimento da criança desde o nascimento, os pequenos gestos conduzem as sensações do contato com o mundo, a dinâmica de como se adaptar ao desconhecido. Percebe-se que uma criança, adolescente ou adulto que tem a prática de brincar permanece com a juventude por muito tempo, pois seu espírito é jovial e muitas gostam de estar próximas das outras pessoas se relacionando bem com todos, conversam, brincam, dão gargalhadas, cantam, contam piadas, histórias, contestam ideias, e estão prontos a ouvir. Ao contrário, pessoas que não viveram sua infância com devida apropriação, tem uma criação severa, trabalham precocemente, sentem-se rejeitados de participarem de brincadeiras, são complexados, resmungões e a aparência facial é de pessoas que envelhecem cedo, porque adotam uma postura ranzinza.
Importante também lembrar que o corpo administrativo da instituição escolar, a coordenação pedagógica e o educador busquem meios de criar mobilizações para inserir a participação ativa de crianças portadoras de alguma deficiência, o poder público também pode dar a sua parcela de contribuição para a capacitação dos profissionais que atendem a este público, não permitindo preconceito, a exclusão e ausência de participação em atividades que possibilitem movimentos corporais que estimularão e contribuirão para o desenvolvimento destas crianças.
O comprometimento da Educação é promover uma manifestação maior nas escolas que provoque na criança o interesse de aprender, distinguindo brincadeiras de outras “brincadeiras”, compreendendo que algumas brincadeiras e jogos são sadios e contribuem com a nossa formação como homens do amanhã e outras que denigrem a imagem do próximo, como colocar apelidos, criticar a postura estética na frente dos coleguinhas, brincadeiras de agressão física, fazem com que cresçam com sentimento de revolta, resultando em cidadãos violentos, agressivos e porque não dizer, marginalizados.
Entrevistamos uma professora que atua na Educação Infantil, e de acordo o diálogo que mantemos com ela foi possível compreender melhor a importância dos jogos nas práticas didáticas, em especial na sala de aula.
A mesma deixou claro que os jogos são importantes na educação infantil porque através deles as crianças podem desenvolver livremente suas habilidades. Questionamos como os jogos cooperam para o desenvolvimento da turma, onde a mesma deixa claro que os jogos desenvolvem a expressão corporal, criatividade, lateralidade, agilidade, relações sociais, competências, entre outros sentimentos. 
Afirmou que os jogos rompem barreiras de dificuldades de aprendizagem, pois, os mesmos tornam as aulas mais atrativas e lúdicas.
As práticas dos jogos promovem a disciplina, a afetividade entre os alunos, e o estímulo prazeroso em estar na escola, pois a mesma oferece oportunidades da criança se desenvolver feliz, e ampliando o seu conhecimento do mundo, integrando a sociedade de forma participativa. Oportunizando a criança desenvolver suas aptidões recreativas, seja pelo simples fato de brincar, competir, participar, a instituição escolar tende a somar pontos positivos para os projetos da mesma. 
Cabe ao corpo docente, permitir a participação do aluno no planejamento de suas ações didáticas, pois a partir daí conhecemos os anseios das crianças e ficamos mais próximos. Aprender a aprender, aprender brincando, aprender com prazer, com entusiasmo com alegria, é um prêmio para o professor, que quando se dá conta de que as crianças gostam de suas aulas, participam e recomendam; de que o aluno foi conquistado e se encantou com a educação; de que o mesmo vê suas ideias e ações como referências para toda vida; e de que se espelha no modelo de educador que fez parte da história da sua infância, tem o sentimento de dever cumprido.
3 - HABILIDADES E COMPETÊNCIAS DESENVOLVIDAS PELOS JOGOS
Os jogos na Educação Infantil estabelecem uma correlação das crianças com o mundo, outras crianças, professores e consigo, é um trabalho organizadoque envolve muito prazer por seu aspecto lúdico, em muitas situações aprendemos atividades desenvolvidas em diversas escalas encaradas como estimulantes e desafiadoras.
A educação e suas práticas didáticas não devem encarar os jogos e brincadeiras apenas como algo abstrato, que não interfere na vida cotidiana. Mas, estabelecer regras para que os jogos adotem subsídios para provocar, nos sujeitos envolvidos, uma transformação de vida à medida em que possibilite o encontrar de seu lugar no mundo, o expressar e o reconhecer da importância encontrada no convívio da troca de experiências do lúdico.
É evidenciado que a prática de jogos e brincadeiras promovam habilidades e competências a exemplo comum de campeonatos de futebol que estabelecem regras aos seus jogadores, se observarmos em um time tem técnico, capitão do time, o número de jogadores cada um com suas atribuições, ou seja, todo um processo de organização para a realização da competição. Em uma partida de futebol vemos respeito ao adversário, jogadores padronizados de uniforme, tempo estabelecido para as partidas, organização do evento, escolha do local, entrosamento dos jogadores, envolvimento com os torcedores, reconhecimento de suas habilidades, além da fama e do sucesso profissional.
Praticando os jogos a criança desenvolve-se fisicamente, emocionalmente, moralmente e promove o prazer para outros, pois é um exercício de viver bem e transmitir isto. É muito importante quando os pais fazem um acompanhamento das ações de seus filhos, eles sentem-se valorizados em saber que alguém se preocupar em apoiá-los, e em reanimá-los quando não obtém um resultado almejado.
Segundo Antunes (2005, p.36) “O jogo ajuda-o a construir suas novas descobertas desenvolvendo e enriquecendo sua personalidade e simboliza um instrumento pedagógico que leva ao professor a condição de condutor e avaliador da aprendizagem”. Diante disso, educador planeja, executa e avalia as suas ações e neste processo ele determina os objetivos que pretende alcançar ao realizá-las. Pois, cada situação promove habilidades, e isto é particularidade de cada criança, já que, umas desenvolverão muito bem, outras parcialmente e algumas possivelmente não consiga executar com êxito a proposta do exercício. 
O mediador deve ser sensível as demandas que poderão surgir usando uma postura adequada, que sustente a sua proposta, mas, não obrigue as crianças. É preciso deixar que elas hajam livremente, até mesmo observando num momento de aproximação para que posteriormente sintam vontade de fazer parte da brincadeira. Lembramos que o professor têm que ter planos estratégicos fazendo com que a classe se envolva com suas aulas atrativas.
Os jogos e brincadeiras promovem habilidades como a construção da autonomia e uma certa estruturação cognitiva para as possibilidades de pensar e agir diante das demandas do meio em que está inserido.
Durante nossas experiências didáticas, aplicamos o jogo de “Acertar a caçapa”, as crianças se divertem quando acertam o maior número de bolinhas na caçapa desenvolvendo habilidades como percepção visual, coordenação motora, estímulo psicológico, competividade, metas, estratégias e associam a afetividade as suas ações, porque, mesmo pequenos, eles têm torcida organizada, que é muito importante na vida de cada um. Não haveria graça nenhuma jogar ou ganhar sozinho, sem uma plateia para admirar suas vitórias e apoiar em seus fracassos durante os jogos. 
Muitos jogos expõem as habilidades das crianças, cabe a instituição dispor de profissionais com qualificação para orientar aos educadores sobre práticas esportivas, de lazer e recreações, com isso, não queremos dizer que o professor não poderá aplicar a dinâmica na classe, mas sim, que deve existir um reforço para a evolução das aulas e para a inclusão de versatilidades.
Fatores importantes como sensibilidade, entusiasmo, determinação e competência fazem parte dos jogos. O mediador das ações desportivas deve saber lidar com estes sentimentos para não ferir as crianças no tocante aos seus desempenhos, se colocar como amigo e manter uma postura dialógica para envolve-las em suas atividades. Ao iniciar uma brincadeira, o professor deve manter um contato com elas para entender os seus anseios, e observar se alguma delas possa estar com algum problema pessoal que impossibilite de participar, ou seja, alguma limitação física ou psicológica.
As crianças que se mantém em atividades ocupacionais, crescem com pensamentos de liberdade e dificilmente se envolverão com o mundo marginalizado, porque conhecem o lado bom e alegre da vida, aprenderão virtudes e valores morais, procurando não se iludir com as felicidades ilusórias como as drogas, violências, a prostituição e ganhos fáceis. 
Jogar proporciona o exercício de trabalhar as várias ciências, das mais simples, como brincar de casinha a se tornar uma boa dona de casa, s cabeleireira, modista, professora, cozinheira, empresária e outras brincadeiras que exercitam o aprender a comercializar objetos, a ser vaqueiro, caminhoneiro, fazendeiro, jogador de futebol, mecânico, polícia, médico etc. Eles imitam o que veem nos adultos, e o apoio moral dos pais e professores devem estar presente nestas ações.
O desenvolvimento sócio afetivo e psicomotor é observado e avaliado durante as práticas. O mediador deve se fazer necessário para motivar as crianças de maneira cooperativa para a formação da cidadania. Mas, o seu papel não se resume a isso, pois esse profissional não deve deixar de compreender também a teoria desses instrumentos, para entender a origem dos jogos ou brincadeiras e demonstrar que tudo tem um objetivo e que, cada brincadeira, deixará uma lição para suas vidas.
Interessante notar que, quando uma criança participa de jogos matemáticos, montam jogos de quebra-cabeça ou participam de aulas com experiências científicas, elas procuram meios de solucionar problemas, e, nesse processo, é curioso e divertido ver os diferentes caminhos que elas percorrem para encontrar tais respostas. Durante essas vivências, é montado um universo de ideias, suposições e até lógicas, muitos caminhos levam ao mesmo objetivo e é divertida a aprendizagem coletiva que explora os saberes.
Algumas das brincadeiras mais antigas que demonstram muita habilidade são as de subir em árvores e saltar de lugares altos. Muitos pais não gostam, temem que seus filhos caiam e se machuquem, mas, se observarmos é uma atividade importante, pois percebemos a habilidade de equilíbrio, percepção, cuidado, estratégia, impulso, segurança, e superação. Dessas experiências podem ser extraídas lições para a vida, como em casos de sofrer pequenos acidentes, que podem ensinar as crianças o aprendizado de se levantar, e não levar consigo o sentimento de derrota, praticando assim, um exercício de resiliência.
Brincar de escolinha provoca reflexão e sensibilização tanto nas crianças quando nos professores. É emocionante quando os alunos imitam seus tutores dentro e fora do âmbito escolar, vestem roupas para dramatizar cenas, mostram uma autonomia, auto domínio, algumas demonstram até autoritarismo. É gratificante presenciar tais cenas, pois a partir destas exposições os educadores vislumbram suas próprias ações.
Criar paródias, dançar, imitar artistas, desenhar e outras expressões artísticas são brincadeiras que permite a observação da linguagem das crianças. Nesse processo criativo, a dinâmica de aprender é complexa e ao mesmo tempo prazerosa.
Compete ao educador conduzir os jogos, sejam eles por simples diversão, ou até mesmo estratégicos para a dinâmica do conhecimento. Essas são situações que modelam contextos socioculturais, pois envolvem a criação da identidade para a vida.
Por meio do jogo a criança aprende a coagir a si mesma, a se investir em uma atividade duradoura, a conhecer e desenvolver as forças do seu corpo. Em geral, os melhores jogos são aqueles nos quais aos exercícios de habilidade acrescentam-se exercícios dos sentidos. (KANT apud DUFLO, 1999, p.57)
 Diante disso, pode-se observar que, em tornode uma competição esportiva, são grandes as expectativas, ganhar ou perder faz parte de jogos competitivos, nossas crianças psicologicamente ficam agitadas, também sentem esta ansiedade e almejam ganhar algo, isso ocorre também com os adolescentes e adultos, quando isto fez parte de sua infância. Campeonato de futebol, futsal, e até mesmo um baba (pelada) no campinho são modelos de jogos competitivos, que estimulam muito o prazer e implica no desenvolvimento de muitas habilidades, a exemplo do uso do corpo, preparação física, aquecimento, correr, fôlego, estímulo, autoestima, disciplina, respeito, percepção visual e auditiva além de promover um entrosamento dentro dos grupos.
Com o evento da Copa Mundial de Futebol, realizada no Brasil, neste ano de 2014, presenciamos e observamos o comportamento de algumas crianças ao assistirem as partidas de futebol. A mobilização foi, desde a preparação, ao vestir uniforme com as cores da seleção, usar alguns adereços pessoais, chegando ao lado emocional, pois, cantavam o Hino Nacional, gritavam, sorriam, se emocionavam, sofriam, comemoravam, questionavam e se espelhavam nos ídolos, que mais lhe chamavam atenção, fosse pela postura estética, ética, ou pela forma que desempenham o seu papel como jogador de futebol.
Para muitos, jogos é futilidade, engana-se quem não dá importância. Alguns acham que jogar bola é algo para pessoas que não têm o que fazer. Porém, se analisarmos, veremos que existem muitas habilidades para o desenvolvimento da criança. Na verdade, tudo que é realizado, com metas, é aproveitado, quando há um pensamento educacional com fundamentos e objetivos que aguçam o cognitivo. Esse processo envolve as dimensões da expressão cultural, do entendimento e da transmissão de informações.
Autores defendem a tese de que desde as primeiras fases do desenvolvimento os jogos acompanham os seres humanos. Nos jogos infantis são evidenciados elementos sensórios, ritmo, habilidades, competição individual e coletiva, julgamento prático, representações dramáticas, que são ferramentas pedagógicas. Muitos dos jogos sugeridos, fazem ligação do lúdico com as regras, é o caso dos jogos tradicionais, jogos de faz de conta e brincadeiras.
Considerando que o desenvolvimento dos jogos está ligado a história do homem Franco Cambi (1999, p.312) afirma, sobre a construção de um novo homem, que:
Com a Modernidade, o indivíduo é posto como protagonista do imaginário e da ação educativa. Um sujeito indivíduo deve ser formado, despertando sua interioridade, favorecendo a problematização do seu mundo moral, estimulando seu empenho para construir-se uma identidade pessoal e social e um determinado projeto de vida. 
 Nesse processo, é da competência do educador mediar a construção do conhecimento, com aulas teóricas e práticas que envolvam os jogos. Esse desempenho profissional é muito requisitado, porque as intenções não garantem resultados positivos nas ações, estamos sucessivos a erros e acertos, sendo que, na Educação, é indispensável conhecer as necessidades de cada criança, facilitando o entendimento e entretenimento.
A mídia promove a oportunidade de cada criança conhecer e se interessar por jogos, muitos dos eventos esportivos são divulgados e apresentados a nível de rede nacional, não há porque negar que essas ações fazem bem a saúde física, mental, social, afetiva, e especialmente na estruturação de valores.
Atualmente, percebemos, nas instituições escolares, a ausência de um número suficiente de profissionais na área de educação física. Sendo de responsabilidade dos órgãos competentes disponibilizar cursos de capacitação para aperfeiçoamento, nesta área educacional, também, se faz necessário um espaço adequado para a realização das atividades propostas pelo facilitador de jogos, em qualquer âmbito.
Ao apropriar-se da prática dos jogos as crianças fomentam novos experimentos. Nesse movimento o que preocupa o educador é o privilégio do aspecto lúdico e das possibilidades de iniciativa e criatividade de um trabalho de agrupamento, socializando dentro e fora da sala de aula.
De acordo com Kishimoto (2005, p.36), utilizar o jogo na educação infantil significa “transportar para o campo do ensino-aprendizagem condições para maximizar a construção do conhecimento, introduzindo as propriedades do lúdico, do prazer, da capacidade de iniciação e ação ativa e motivadora”.
O conhecimento é ampliado com a cultura do lúdico, não é à toa que crianças que se envolvem com os jogos, se associam melhor, crescem com pensamentos progressivos, determinam suas aptidões profissionais, e conseguem êxito, pois, são focadas, usam da dinâmica para driblar as adversidades, respeitam e sabem distinguir situações problemas com postura ética. Além disso, futuramente saberão agir, sem perder a razão, quando se sentirem fragilizados, desafiados, desmotivados e, até mesmo, em meio as opiniões relacionadas as diversidades.
Quando as crianças são motivadas a ação ativa é instantânea e nos pega de surpresa quando elas desenvolvem outras habilidades. É uma pena que os jogos perdem espaço para meios tecnológicos, praticar atividades físicas faz bem à saúde, enquanto jogo mecânico mantém o indivíduo preso, introspectivo, com um comportamento egoísta, nada sociável e muitas vezes o uso recorrente desse recurso pode causar LER (lesões por esforços repetitivos).
Não é aceitável jogos ou brincadeiras que não fazem o menor sentido, não tem graça, e não despertam o interesse dos alunos. Para que haja resultados positivos é necessário que a escola disponha de vários recursos, e que sejam usadas versatilidades visando alcançar a meta desejada. O mediador tem que desempenhar o seu papel com estímulo, equilíbrio e foco, em hipótese alguma deverá deixar as crianças sozinhas, pois o fato de alguns jogos serem competitivos, criam uma certa rivalidade, podendo assim haver ocorrências de atos violentos sejam físicos ou verbais. Os jogos, na educação, tem que ter o intuito de socializar, com responsabilidade. Já que, uma prática pedagógica transformadora, entende o homem como ser responsável pela construção de uma nova realidade social.
Outro exemplo de jogo, que envolve o despertar emoções nas crianças é a gincana, através de tarefas relâmpagos, criativas e competitivas. No momento da execução das tarefas os alunos demonstram o potencial criativo, individual e coletivo, mas sempre que realizada o mediador, ou organizador do evento deve preocupar-se com uma premiação relevante, sejam troféus, medalhas ou outro prêmio. Esses recursos motivam muito a participação com alegria, prazer e muita competição, o aluno quando desafiado em uma gincana é instigado a buscar conhecimentos
Os jogos trazem as perspectivas, muitos projetos são criados, esperando que ao executá-los nas escolas, eles oportunizem crianças a conhecerem uma realidade diferente da que eles já estão acostumados, são atitudes que merecem apoio e respeito de toda a sociedade, é a articulação da cultura, esporte e lazer. 
A Constituição Federal estabelece no art. 227 que: 
“É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com a absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e a convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão”.
 Nesse caso, participar dos jogos e atividades esportivas apropria as crianças e adolescentes das ferramentas para o seu desenvolvimento, como a noção de valores sociais, éticos e morais. Os esportes favorecem a prevenção de doenças e a manutenção da saúde, uma vez que, as crianças possam gozar de seus direitos constitucionais como o de viver bem.
A introdução dos jogos na Educação impulsiona ações diferenciadas, e as crianças têm posse de aprendizados como respeito para consigo, transformação de um cidadão com autoestima elevada, que sabe construir a sua história, respeita os seus familiarese professores, respeitam também os funcionários dos espaços que frequentam, assumem responsabilidade diante dos compromissos e de regras estabelecidas, sabendo assim, utilizar sua liberdade com sabedoria. É de competência dos jogos unir povos, interagir com outras crianças de outras crenças e etnias, aliar o conhecimento humano com base na estrutura de cada um. Nesse sentido se tornam fortes aliados para a educação, e significativa influência para sua formação integral.
Kishimoto (2003, PP. 37/38), propõe criar situações em que os alunos possam sistematizar aprendizagens, para isso sinaliza que:
A utilização do jogo potencializa a exploração e construção do conhecimento, por contar com a motivação interna, típica do lúdico, mas o trabalho pedagógico requer a oferta de estímulos externos e a influência de parceiros, bem como a sistematização de conceitos em outras situações que não jogos.
 Com esse intuito e valendo-se dos instrumentos que são as crianças e outros recursos, o educador pode introduzir os jogos nas suas ações didáticas, fazendo parcerias. Outra atividade que vemos frequentemente, nas escolas, é a capoeira. A mesma proporciona muitas habilidades para a criança, desde a disciplina, a preparação física, a execução das manobras pertinentes até a brincadeira, que promove a alegria entre os participantes, exigindo respeito, união, obedecer as regras do instrutor, e construir valores éticos e estéticos. Extraída de cultura estrangeira além de oportunizar aos alunos a utilização habilidades físicas, através da cantoria que acompanham os movimentos, há a possibilidade de aprender mais sobre a cultura dos afro descendentes.
4 - JOGOS NA PERSPECTIVA DE PIAGET E VYGOTSKY
O lúdico é indispensável princípio, no que refere à construção do saber, em especial, na Educação Infantil. Com fundamentação teórica, foca a perspectiva social e cultural das crianças permitindo um processo educacional que compreende seus conceitos teóricos e práticos a partir de um apoio pedagógico atuante nas instituições escolares.
Importante lembrar que a criança tem como objeto referencial para as atividades lúdicas, seu próprio corpo desde a infância, pois o ato de jogar e brincar são pertencentes ao homem, desde a pré-história, quando assumiam sua ludicidade nas práticas de desenhar em paredes de cavernas, juntar ossinhos, caçar, pescar, construir alguns objetos com pedras, acender fogueiras e se divertir diante dela.
Os jogos e brincadeiras são perpetuados na vida da criança que imitam os adultos e recriam a cultura infantil. Essas ações são renovadas ou substituídas por gerações, tanto nas práticas livres como as dirigidas, de maneira que haja uma reflexão do que se pode extrair para o cotidiano.
Para Lev Seminovtch Vygotsky (2003, p.51), o desenvolvimento do individuo é resultante de um processo sócio histórico, à medida em que assume ser:
(...) é relevante o ato de brincar na constituição do pensamento infantil. É brincando, jogando, que a criança revela seu lado cognitivo, visual, auditivo, tátil, motor, seu modo de aprender e de entrar em uma relação cognitiva com o mundo de eventos, pessoas, coisas e símbolos. 
Para o autor essa relação de sentidos é o que promove a integração da criança com o mundo despertando o interesse em ser criativo, pois, as práticas exigem seriedade. É compromisso do educador transformar os espaços educativos em espaços que possibilitem habilidades lúdicas, sendo que, nesse contexto o mediador deve apossar-se das mudanças oportunizando as mesmas desenvolverem e externarem suas emoções e o imaginário infantil.
A internalização dos conhecimentos é constituída a partir das relações das pessoas e o mundo, a escola poderá favorecer a aprendizagem estabelecendo um elo entre as atitudes internas e externas das crianças. Piaget contribui com o pensamento de que o desenvolvimento cognitivo submete-se a estágios e subestágios, onde o desenvolvimento é construído por etapas, estruturando-se com organização e combinação.
Com a experiência cotidiana, presenciamos durante as aulas práticas, nas séries iniciais, da Educação Infantil, a existência da curiosidade e da criatividade das crianças no desenvolvimento de seus exercícios. Foi realizando uma observação direta que percebeu-se o fato delas exercem suas funções sensórias, desde a presença de um imaginário fantástico até a construção de seus próprios jogos e/ou brinquedos. Então, nos propomos a compreender a criatividade individual valorizando o potencial, isto faz parte da inovação da Educação. Percebemos que, a mesma atividade é desenvolvida de modo diferente por cada uma o mediador deve respeitar, e levar em conta que muitas vezes está relacionado ao meio que este inserido. Nessa dinâmica elas representam o que veem, se brincam em ambientes que transmitem paz, são retratadas as ações, assim como podem ser reproduzidas brincadeiras violentas, que provavelmente fazem parte das vivências, desses alunos, nos outros espaços em que se desenvolvem.
Portanto, a escola é transformadora. Os mediadores dos jogos devem inverter situações de preconceito, negligência, desconforto entre as crianças e o corpo docente promovendo um ambiente acolhedor, com relação de confiança, capacitando o aprender com respeito à natureza da criança e uma maneira de se aproximar de pessoas e objetos. Quanto as possibilidades de jogos que podem se desenvolver com esses propósitos pode-se dizer que
De início tem-se o jogo de exercício que é aquele em que a criança repete uma determinada situação por puro prazer, por ter apreciado seus efeitos. Em período posterior surgem os jogos de regras, que são transmitidos socialmente de criança para criança e por consequência vão aumentando de importância de acordo com o progresso de seu desenvolvimento social. (Piaget, 1981, p.87).
Durante esse processo de desenvolvimento percebemos que somos cobrados para que haja um aceleramento nas atividades que nos são atribuídas. Somos estruturados mentalmente o que nos faz possibilitar atuar diante a tudo o que nos rodeia nos capacitando a compreender.
Acompanhamos o crescimento de nossos filhos, sobrinhos e netos, sendo que, percebemos esta evolução presente em todas as famílias. Muitas vezes, usamos parte do tempo para observar as atitudes e as novidades inatas de cada um. Essa atitude nos proporciona o presente de presenciá-los em constante adaptação com o mundo exterior, é prazeroso para a criança e para os educadores, pois, cada ser humano necessita dos outros, e é imprescindível que as crianças tenham a atenção de seus pais, tutores e até dos amiguinhos da sua faixa etária.
Outra observação importante é o primeiro contato com a escola, muitas delas fazem questão de se aproximar de outras, tocá-las, brincam e muitas das vezes também competem à posse de brinquedos. Algumas são extrovertidas porque, já do seio familiar, participam deste contato social; outras não se comportam da mesma maneira e aí que entra o apoio pedagógico, para que cada uma se sinta importante na nova comunidade social que vão vivenciar por alguns anos.
No âmbito escolar, quando há o compromisso por parte dos órgãos públicos competentes, existe a preocupação da existência de espaço apropriado para a realização das atividades como quadra esportiva, campinho de futebol, área de lazer, brinquedoteca e na própria sala de aula recursos para atender as necessidades.
Para as crianças é importante este encontro com o lúdico, esta promoção de desenvolvimento humano. É relevante registrar que há um aceleramento da globalização e que o educador tem que abraçar o modernismo, sem apagar do contexto histórico culturas, jogos ou brincadeiras antigas, pois, através delas aprendemos muito sobre valores morais.
Um joguinho muito praticado por crianças menores de sete anos é o de “se esconder”, elas desenvolvem muitas habilidades como estratégias de como se esconder do outro para não ser encontrado, como procurar o novo, eles correm, riem, gritam, se surpreendem, despertam muitas emoções pertencentes ao seu mundo de fantasias,alegrias e exercícios imaginários. Não há como discutir o porquê não incluir as práticas de jogos e recreações no contexto curricular, pois, é provado cientificamente, que tais recursos estimulam muito o aprendizado, e o mais importante, aprende-se com prazer de aprender.
Está ultrapassada a ideia de educação bancária, na qual os alunos vão para a escola sentarem, e ouvirem os professores só aplicar o conteúdo teórico. Isso já pode ser feito de forma multidisciplinar, a criança pode aprender trabalhando seus sentidos, exercitando sua estrutura física e cognitiva, realizando assim a troca de experiências.
Crianças têm mesmo é que correr, pular, dançar, cantar, criar, desenhar, conversar, fazer novas amizades, exercitar seus movimentos, demonstrar suas aptidões artísticas, juntar e separar, pintar, ouvir e falar, montar e desmontar objetos, subir e descer escadas ou árvores, de modo que, sejam assistidos e supervisionados, ao agirem livremente, par que se possa colaborar com a construção de sua personalidade, e autonomia.
O direito a educação, ao lazer e a liberdade é constitucional para todas as crianças, não podemos privá-los de terem acesso. Não dá para imaginar um mundo onde crianças vivam como adultos obrigadas a trabalhar ainda na sua infância, pois, já existem programas sociais que trabalham para a erradicação do trabalho infantil. Contudo ainda existe o trabalho escravo infantil, lugar de criança é na escola, espaço no qual devem ser realizados trabalhos envolvendo jogos, resgate de memórias referentes a jogos antigos e associando a outros atuais. Com essa estratégia obteremos mais sucesso na didática aplicada, fazendo com que diminua a evasão escolar ou emigração para outra escola, provocada por falta de incentivo e ludicidade. Jogar ou brincar socializa as crianças, quando encontram o apoio a seus anseios elas querem permanecer na mesma escola.
A proposta pedagógica estabelecida por Piaget induz que empreguemos o despertar do interesse das crianças, para a estruturação do seu aprendizado. Nesse aspecto, os jogos de manipulação e construção são instrumentos importantes para o progresso do desenvolvimento motor e intelectual da criança. Nesse sentido
(...) a escola deve partir dos esquemas de assimilação da criança propondo atividades desafiadoras que provoquem desequilíbrios e reequilíbrios sucessivos, promovendo a descoberta e a construção do conhecimento (...) O ato de brincar é uma ação mediada pelo contexto sociocultural e o significado construído pela criança sobre a função de determinados objetos e da sua participação em certas brincadeiras, não é estático. (PIAGET, 1973, p.112)
O fato de um educador levar a atividades lúdicas para sala de aula não quer dizer que ele vai estar seguro da aprovação das crianças. Nessa iniciativa deve ter um equilíbrio para associar que algumas aceitarão facilmente e outras farão resistência. A proposta é que haja uma provocação, o professor converse antes da atividade proposta demonstrando a importância da ludicidade na convivência escolar e fora dela, pois, muitos alunos temem serem ridicularizados em público, por acharem que não vão conseguir fazer ou pelo complexo do bullyng praticado pelos colegas, ou até mesmo por preconceito a própria aparência física, como ser gordo ou magro, alto ou baixo, feio e bonito, classe rica, média, ou baixa, jogos só para meninos ou só para meninas e outros fatores que os deixam afastados da integração social.
É trabalho da escola apoiar-se nos planejamentos, e ter a família como parceira de ações pedagógicas, pois, sem ela não haverá fundamento algum trabalhar a socialização, uma vez que a família faz parte de seu contexto social e histórico, sendo que, nesse processo, os pais devem apropriar-se dos seus direitos e deveres educacionais. As múltiplas interações podem ser favorecidas com a relação do professor e o aluno, este contato estreita laços afetivos e a integração do conhecimento com participações especiais, como o próprio educador, os pais e coleguinhas.
Para concretizar esta aprendizagem tão almejada, é exigida uma ação pedagógica em um ambiente rico e estimulante, as atividades devem ser organizadas, selecionadas e significativas, que oportunizem transformar o ambiente aonde se sintam como se estivessem no seu próprio lar, ou seja, a escola tentar acolher as crianças, como num aconchego maternal.
Os jogos estreitam relações interpessoais e eternizam os laços de amizade, visando a integridade das crianças e sua estrutura quanto cidadão atuante. Seguindo técnicas e práticas para a transformação da realidade introduzindo o conhecimento para melhor convivência social, participação cidadã e encaminhamento para profissão futura, quando assim tiverem idade para exercerem.
O educador constrói pontes entre os alunos e a própria escola, quando trabalha coletivamente, desenvolvendo a percepção e refletindo sobre as práticas de jogos com elaboração no contexto curricular. Já a instituição escolar deve apresentar as distinções entre a aptidão física e saúde, os limites e possibilidades das atividades de jogos para a promoção da saúde motora e mental de cada criança possibilitando, com isso, a criação e adaptação de regras. O educador, nessa lógica, proporciona ainda práticas de jogos e/ou brincadeiras da cultura local e regional que correspondem à realidade vivenciada em manifestações esportivas e lúdicas. Para esse movimento é importante perceber que:
É através do jogo com objetos que inicia saberes, que a criança também formula hipóteses e conceitos. Por meio de brincadeiras e jogos a criança recria a própria vida, vivenciando prazeres e conflitos, resolvendo-os e compensando-os por meio do imaginário. (VYGOTSKY, 2001, p.78)
São muitas as teorias existentes para compreender as relações do indivíduo e a construção dos processos cognitivos, com os jogos e as possibilidades do comprometimento com a Educação e as etapas da aprendizagem. Essas indicam que as crianças são ativas, e assim colaboram com o processo de ludicidade, externando ações, e pensamentos, além de influenciar na capacidade e desenvolvimento do aluno.
Importante ressaltar que, o jogo pode induzir a criança a desenvolver a estratégia da leitura, estimular na vida seja para o processo de estruturação do conhecimento, seja para lidar como outros fatores envolve o processo do aprendizado. Elas jogam com palavras, com letras, jogo de memória, números, além de ganharem conhecimento, conquistam liberdade e entusiasmo com o que é feito, pois, descobrem que passam a dominar esses conteúdo. Com o instrumento de ações, domínio das práticas do jogo, as crianças sentem-se realizadas ao ir ao encontro de um mundo fantástico de novas descobertas e expectativas.
Os jogos podem ser praticados não só nas escolas, como também nos parques, nas praças públicas, e até nos hospitais onde também crianças precisam deste momento da ludicidade. Muitos pedagogos já trabalham na área da saúde e sempre estão sendo desenvolvidos programas e projetos como o “Doutores da Alegria”, que são voluntários caracterizados que visitam centros de saúde, levando esperança, integração e alegria às crianças. É lindo de ver o desempenho profissional destes, conscientemente ou inconscientemente trabalham em prol de uma educação significativa.
Um jogo considerado muito significativo por nós foi o “Soletrando” da emissora Rede Globo de televisão, apresentado por Luciano Hulk, este jogo promove a descoberta de novas palavras e enriquecimento do vocabulário, uma vez que, observamos certa deficiência no tangente da escrita e pronúncia das palavras. Têm uma dinâmica para desenvolver esta atividade, compete o apoio pedagógico estruturar a escola para trabalhar jogo de tal tipo, e porque não copiar o método já existente para realizá-lo e, se houver necessidade, fazer novas adaptações para que seja atrativo aos alunos. Este jogo, além de trabalhar a significação da palavra somando conhecimento, exercita a atenção de pensamentos, a concentração, raciocínio, imaginário, flexibilidade e tolerância.As teorias piagetianas defendem a compreensão da realidade, idealizando atingir o equilíbrio cognitivo. O professor de educação infantil tem que se adentrar no universo infantil para dar uma significação às práticas lúdicas. Piaget (1990) denominou três grandes estruturas para explicar a criança o seu processo de compreensão com o mundo, e a realidade em que está inserida, em resumo ele defende que os jogos é o próprio desenvolvimento humano.
O desenvolvimento da inteligência é distinguido em três estágios principais, segundo Piaget são eles:
- Sensório-motor;
-Das operações concretas;
-Das operações formais;
A respeito dos estágios, Piaget (1969, p.15) fez a seguinte afirmativa:
Cada estágio é caracterizado pela aparição de estruturas originais, cuja construção o distingue dos estágios anteriores. O essencial dessas construções sucessivas permanece no decorrer dos estágios anteriores, como subestruturas, sobre as quais se edificam as novas características.
 Nesse caso, com o passar do tempo a criança se desenvolve fisicamente e mentalmente, tem que expressar o seu potencial adquirindo e ir enriquecendo suas habilidades. Anteriormente elas já absolvem algo, mas durante o seu processo de aprendizagem este conhecimento é ampliado, das partes para o todo, ou seja, a integração de ideias é parcelada de acordo com a sua faixa etária.
Observamos os joguinhos de formar palavras, de encaixe de objetos, quebra-cabeça, entre muitos outros que fazem parte do contexto da educação infantil, encontramos um conjunto de habilidades propícias a atingir o potencial máximo de aprendizagem. Nessas interações uma criança pode até sentir-se desmotivada a participar do jogo, pois, não se identifica com o mesmo, isso acontece com crianças que tenham a mesma faixa etária, pois, dependem de estímulo. O educador tem que levar em consideração o meio cultural e as experiências da criança, ou seja, as vivências que trazem consigo, já que, algumas tem facilidade em encaixar os objetos, algumas não tentam e outras não conseguem, existe a barreira da introspecção.
Com base em estudos Piaget desenvolveu suas teorias sobre a ludicidade observando seus próprios filhos Jacqueline, Lucienne e Laurent e outras crianças que conviviam com eles, suas observações foram relatadas com grande propriedade de que as crianças são espelhos do que ver, e fazem questão de chamar atenção, e quem ganha com tudo isso somos nós, que também participamos destes momentos mágicos, encantadores, divertidos, alegres, prazerosos, em especial momentos ricos.Piaget desenvolveu à ideia de que os jogos correspondem a estruturas mentais e que são classificados em três categorias que são:
- Jogo de exercício sensório-motor
- Jogo simbólico (de ficção, ou imaginação, e de imitação)
– Jogo de regras
4.1 Jogos de Exercício
Segundo Piaget, do nascimento até a fase de dois anos o jogo predomina como jogo de repetição, a criança observa e imita os adultos. Isso está caracterizado nos jogos de exercício, que é o reflexo de nossas atitudes, a exemplo, nos dias atuais, de crianças que imitam gestos, falas, calçam sapatos dos adultos, dançam e cantam com eles, gesticulam com a boca, se maquiam, querem pentear os cabelos, e outras ações presenciadas por elas, tanto no seio familiar como na comunidade que estar inserida. Nesse processo é relevante perceber que,
No que diz respeito à sua adaptação, é interessante notar que o reflexo, por muito bem montado que esteja como mecanismo fisiológico hereditário e por muito bem fixado que pareça em seu automatismo imutável, nem por isso necessita menos de certo exercício para adaptar-se verdadeiramente e nem por isso é menos suscetível de acomodação gradual a realidade exterior. (Piaget, 1986, p. 39)
 Diante desse caminho, é muito divertido registrar as travessuras das crianças nesta fase, desde o desenvolvimento da linguística como exemplo “papá”, mamã, “titi”, como jogar brinquedos para fora do berço, chutar objetos, puxar cabelos, ouvir música , começar a bater palmas, gostar de morder, apertar os dedos, esconder dentro dos móveis, segurar objetos com as duas mãos, abrir livros e começar a ler com uma linguagem estranha, se interessar por cores, se apossar dos seus brinquedos, mudar as coisas de lugar, apertar os animais, querer morde-los, criar uma nova coreografia para dançar, subir em objetos, pular de altura, resumindo, querem impor a sua existência significativa que formará a sua personalidade.
Isto significa que algumas crianças herdarão hábitos familiares e de pessoas próximas, mas se não houver a integração elas ficarão submetidos a se adaptarem a hábitos estranhos, aprendendo assim, a se desenvolverem sozinhas. Nessa situação, pode ocorrer um conflito de personalidade ou autoritarismo, na verdade, a criança chama ou quer chamar a atenção para ser assistida, por outra criança ou, até mesmo, por adultos.
Para Piaget (1986), o ser humano nasce desprovido de qualquer conhecimento, não herdamos conhecimento de nossos pais, tudo deverá ser aprendido pelo sujeito, o que herdamos como espécies são os reflexos e os sentidos.
Em torno dos dois anos os jogos de exercício são predominantes. Para que haja um pensamento formal é importante que a criança interaja com o mundo e isto depende de uma estrutura hereditária. Concordamos parcialmente com o autor quando fala que a criança nasce como se um papel em branco, pois cientificamente existem pessoas autodidatas, isto significa que tem conhecimentos inatos. Se observarmos algumas crianças elas desenvolvem motoramente ações sem que estes sejam ensinados. Existem situações em que pais são apáticos e seus filhos têm um comportamento oposto, outras refletem ações de seus pais, muitas vezes, sem nem ter conhecido.
A criança desenvolve o ato de inteligência esquematizando o equilíbrio, é o juntar de peças, a socialização de tudo que a rodeia. Nesta primeira fase da vida a criança prepara a acomodação e a assimilação, com isto, deve-se lembrar que a realização de tais ações e a repetição não quer dizer que a criança deva estacionar, mas atraí novas atenções, possibilitando um aprendizado maior, que ocorrerá por etapas de sua vida, desde que, esta seja assistida e instruída.
A criança apoderada dos seus movimentos tem a sensação de prazer, pois nesta fase brincam com o próprio corpo, é a fase de estabelecimento da percepção e movimentos, refletem o que veem com um valor exploratório, pois, o mundo não foi apresentado a eles, houve um contato imediato e as adaptações são assimiladas constantemente em um processo lento e de paciência. Se observarmos os jogos de exercício não são ignorados em outras etapas da vida do ser humano, são reutilizados, adaptados e retransmitidos para gerações futuras, muito divertido ao redigir este texto, foram as lembranças de atitudes de nossos filhos na primeira infância, e isso nós contamos a eles, certamente serão refletidos aos nossos descendentes em momentos de descontrações familiares, com um gosto de saudade.
4.2 Jogos Simbólicos
Os jogos são marcantes na vida das crianças e é importante ressaltar o valor da permanência deles junto a educação para a infância, pois, estão relacionados a imaginação, perspectivas, e símbolos. O homem é um ser simbólico que é constituído coletivamente, dotado de capacidade de raciocínio e de associar a realidade existente à medida em que reproduz o imaginário para transformar o meio que estar inserido. Para descrever esse segmento de jogo afirma-se que:
Uma segunda categoria de jogos infantis é a que denominaremos o jogo simbólico. Ao invés do jogo de exercício, que não supõe o pensamento nem qualquer estrutura representativa especificamente lúdica, o símbolo implica a representação de um objeto ausente, visto sem comparação entre um elemento dado e um elemento imaginado, é uma representação fictícia, porquanto essa comparação consiste numa assimilação deformante (Piaget, 1971, p.146) 
Com essas experiências, momentos marcantes e decepções ficam na memória da criança e pode acompanhá-la por toda a suavida, é o Registro Automático da Memória (RAM). É, nesse processo, que a criança pode não se lembrar da sua primeira professora, mas sim daquela que mais se aproximou dele, de alguns brinquedos marcantes, dos coleguinhas mais próximos na infância e das travessuras que praticaram juntas. 
No estágio pré-operatório dos dois aos sete anos aproximadamente, surgem os jogos simbólicos para as crianças ou chamados de egocêntricos. Os pensamentos e manipulações de seu interior são externados ao mundo.
Nesta fase as crianças possuem uma capacidade de armazenar pensamentos e vivências anteriores assim como, de se programar para atitudes posteriores e de manipular de ações, pois, elas manipulam mentalmente a fala, e também os objetos físicos. Atividades lúdicas facilitam o domínio das relações som, representações e letramento.
Culturalmente ser criança está associado a brincar, procuramos defender a tese de que a educação garanta as crianças gozar o direito de ludicidade. Jogos variados podem ser aplicados nas instituições escolares garantindo que as crianças brinquem, todos os dias. Isto questiona e envolve a alfabetização, fazendo-se uso de jogos especiais. Nesta fase, acompanhamos o mundo das fantasias, o faz de conta do mundo infantil, as crianças apreciam as histórias contadas, inventam as suas, criam e recriam personagens, imaginam um objeto e o transforma em outro, é a assimilação de ideias, construindo o mundo imaginário, que elas acreditam ser real. Nesse caso é ampliação de conhecimento decorrente dos reflexos e exercício da mente.
O brinquedo cria uma Zona de Desenvolvimento Proximal na criança, a zona de desenvolvimento real é a do conhecimento já adquirido, é o que a pessoa traz consigo, já a proximal só é atingida, de início, com o auxílio de outras pessoas que já tenham adquirindo esse conhecimento. (VYGOTSKY, 2003, p.46).
 Com a utilização desses recursos a criança vai de encontro a vários sentidos através dos jogos, a prática do ato de brincar estimula a compreensão e o desafio de crescimento sensório-motor, então, o educador deve focar o dinamismo na aprendizagem extinguindo as aulas mecânicas, pois, os jogos e brincadeiras consequentemente despertam a integração e interação no processo educativo. O aluno participativo ao ser beneficiado contribui para o seu desenvolvimento afetivo, cognitivo e o seu desenvolvimento social, lembrando que. a criança é o principal recurso pedagógico a ser utilizado e instrumento imprescindível para o ensino.
Ao educador cabe respeitar e instruir o interesse da criança, e para favorecer esta aprendizagem é relevante refletir os jogos e brincadeiras como uma metodologia a ser inserida na Educação.
No instante em que a criança está aprendendo ela ensina simultaneamente, é a troca e transmissão de conhecimentos, a imitação, os sonhos, a imaginação, os cálculos, gestos, viagens, como se vivesse em um mundo da imaginação, e ela se sente adulta, o jogo faz com que tudo isso ocorra, e esta vivência lúdica pode fazer parte do cotidiano educacional.
Quem nunca presenciou uma criança de dois a sete anos imitando um (a) professor (a)? O amigo imaginário também é uma forma de jogo simbólico. Espontaneamente as crianças expressam o que julgam entender sobre o cotidiano dos adultos, só alteram e reelaboram algumas ações para representar, é o jogo do faz de conta que permite o equilíbrio emocional, oportunizando a criança a retratar a realidade, seja por prazer, para compensar algo, ou, até mesmo, para contagiar o ambiente escolar.
O pedagogo tem que questionar o aluno, quais brinquedos gostam, por qual motivo o interesse do jogo, como é o jogo e outras questões. A intervenção do apoio pedagógico deve permitir que a criança tenha espaço para jogar simbolicamente, sem que haja constrangimento no seu desenvolvimento intelectual. Para que isto aconteça, o planejamento deve tornar as atividades lúdicas atraentes, atentando para a demanda da falta de interesse, por parte de alguns alunos, que têm baixa autoestima e pouco estímulo a aprenderem.
Nada de rotina, as aulas têm que ser aprimoradas, assim que repetidas, as crianças perdem o interesse, em um mundo globalizado a inovação é cobrada e recobrada tanto pelas instituições quanto pelas próprias crianças.
Aprender brincando é intenso, é fascinante, é divertido, e emite a relação interessante entre os participantes, associados ao compromisso, o trabalho, o esforço, a superação e a satisfação de estar sendo vitorioso em um jogo ou de sentir-se melhor que antes. Realmente o jogo nos proporciona um caráter lúdico satisfatório aos nossos anseios, como formadores de seus pensamentos e o domínio das situações e objetos.
O jogo simbólico é o exercício da inteligência, a capacidade de distinguir símbolos norteia a linguagem do mundo, em algumas situações, as crianças inventam seus jogos e brincadeiras, como por exemplo, a brincadeira de casinha. É importante perceber que, nesta fase, eles recriam a vida dos próprios pais ou tutores, zelam da casa, brincam de serem pais, cuida da boneca como se fosse o próprio filho com cuidados de higiene, os meninos brincam de carrinho, ser empresário e outros. Além disso, se observarmos veremos a dramatização linguística dos pequenos, seja emocionalmente, ou autoritários. O mais curioso deste universo do faz de conta, é mergulhar no passado e se ver presente naquilo que presenciamos.
Sobre essa criação entende-se que:
O jogo é construtivo porque pressupõe uma ação no indivíduo sobre a realidade. É uma ação carregada de simbolismo, que dá sentido à própria ação, reforça a motivação e possibilita a criação de novas ações. O jogo carrega em si um significado muito abrangente. Ele tem uma carga psicológica, porque é revelador da personalidade do jogador, a pessoa vai se conhecendo enquanto joga, ele tem também uma carga antropológica, porque faz parte da criação cultural de um povo. (MALUF, 2004, p. 83).
 Quanto a esse processo construtivo, quem nunca presenciou uma criança imitando alguém ou algo? Quando a criança absorve algo que ver, automaticamente ela recria consolidando assim o que pensam, externando suas vontades. Nesta fase, de dois a sete anos, onde predominam os jogos simbólicos, e se observa o fase das operações concretas, as crianças são inquietas querem mexer em tudo, falar é a verdadeira descoberta de que se abriram as portas para o conhecimento, pois, a partir daí, elas já associam e distinguem pessoas e objetos, e começam a aceitar-se como ser sociável que é.
Analisamos as atividades de jogos em nossas escolas e avaliamos que, de fato, a participação, muitas vezes, está relacionada ao meio social. Algumas crianças são participativas e ativas, algumas são passivas. Existem as calmas, agitadas, inquietas, que chamam atenção e as que são apáticas a tudo, sendo que, muitas vezes, é o resultado do espelho da sua comunidade social ou familiar, o que denominamos como comportamento “fruto do meio”. Neste momento, o apoio pedagógico é fundamental para compreender e procurar transformar este quadro, que mantêm crianças afastadas ou criando um subgrupo no espaço escolar.
As crianças, ao brincarem demonstram o seu lado emocional ,pois, demonstram se têm paciência em esperar a sua vez de jogar, se aceitam as pressões do jogo, se evitam ou não os pequenos conflitos, se usam a lei do mais forte, de quem mais sabe ou é o mais bonito, se respeitam ou não as regras, se trabalham em grupo, memorizam, prestam atenção, dominam a linguagem oral, alimentam a auto estima positiva, avaliam os momentos lúdicos, valorizam os valores e sentimentos éticos morais, distinguindo o certo e o errado, se respeitam os professores e coleguinhas. Além disso, percebe-se se são estimuladas a cuidar de si e dos seus objetos, suas atitudes de afinidades e outro. Todo este experimento comportamental constrói a personalidade do ser humano enriquecendo-o como o próprio instrumento pedagógico.
Positivamente ou negativamente a sociedade vai influenciar a vida de uma criança, a família e a escola cabem as atribuições

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