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Imunologia Veterinária Imunologia veterinária (Universidade Federal de Santa Maria) Digitalizar para abrir em Studocu A Studocu não é patrocinada ou endossada por nenhuma faculdade ou universidade Imunologia Veterinária Imunologia veterinária (Universidade Federal de Santa Maria) Digitalizar para abrir em Studocu A Studocu não é patrocinada ou endossada por nenhuma faculdade ou universidade Baixado por Raissa Melo Anjoletto (raissamelo.anjoletto@gmail.com) lOMoARcPSD|38796524 https://www.studocu.com/pt-br?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=imunologia-veterinaria https://www.studocu.com/pt-br/document/universidade-federal-de-santa-maria/imunologia-veterinaria/imunologia-veterinaria/11682434?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=imunologia-veterinaria https://www.studocu.com/pt-br/course/universidade-federal-de-santa-maria/imunologia-veterinaria/4041099?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=imunologia-veterinaria https://www.studocu.com/pt-br?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=imunologia-veterinaria https://www.studocu.com/pt-br/document/universidade-federal-de-santa-maria/imunologia-veterinaria/imunologia-veterinaria/11682434?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=imunologia-veterinaria https://www.studocu.com/pt-br/course/universidade-federal-de-santa-maria/imunologia-veterinaria/4041099?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=imunologia-veterinaria IMUNOLOGIA VETERINÁRIA Sistema imune: Proteção contra patógenos (quem causa doença) e eliminação de células tumorais. Patógeno: Organismo que causa doença. Patogenicidade: Capacidade de um microrganismo causar doença. Virulência: grau de patogenicidade, capacidade de produzir efeitos graves ou fatais. Patogenia: desenvolvimento da doença desde a sua origem, através da sequência de eventos dos mecanismos de agressão e de defesa. CÉLULAS DO SISTEMA IMUNE: São originadas na medula óssea e se dividem em células de linhagem mielóide e células de linhagem linfoide, a partir da hematopoiese, processo de formação e diferenciação das células sanguíneas, por ação das citocinas (maturação das linhagens) e/ou fatores de crescimento. Granulócitos: núcleo com mais de 2 lóbulos (ex. basófilos, neutrófilos, eosinófilos, mastócitos) Células de defesa: leucócitos Agranulócitos: mononucleares (ex. monócitos, macrófagos) A. Linhagem mielóide Neutrófilos – Sangue; tecidos (mastócitos); primeiros a chegar; núcleo multilobular; citop granulado; fagocitose. Eosinófilo – Sangue; migra p tecidos; núcleo bilobular; resposta à alergia e parasitas. Basófilos – Sangue; núcleo lobulado; não fagocitário; associado à alergia. Mastócitos – Tecidos; núcleo único; lig à IgE; resposta inflamatória. Monócitos/Macrófagos – Mata e informa; sangue (monócito); tecido (macrófago – fagocitose); processa e apresenta Ac para os linfócitos. Célula dendrítica – Encontradas em tecidos epiteliais e linfoides, mas quando imatura pode ser encontrada no sangue; célula sentinela (ativa defesa inata); fagocitose; principais células apresentadoras de Ag que pode ativar as cél T que nunca encontraram um Ag (cél virgens); expressam grandes quantidades de receptores para PAMPs. B. Linhagem linfoide Células NK – sangue e baço; imunidade inata; induz apoptose; atividade citotóxica (têm a capacidade de destruir outras células através da liberação de certas substâncias nocivas); secreta citocinas que participam da ativação de linfócitos. Linfócitos T – medeiam respostas mediadas por células. Linfócitos B – medeiam a resposta humoral. ÓRGÃOS DO SISTEMA IMUNE: o Linfa: fluido que fica no espaço intersticial; é conduzida pelos músculos pelos movimentos do indivíduo; grande quantidade de linfócitos (gl. Brancos). Órgãos linfoides primários: regulam o desenvolvimento dos linfócitos; onde acontece a maturação. Ex. Timo (linf T) – primatas e roedores Medula (linf B) – primatas e roedores Placas de Peyer (linf T) – suínos, cães e ruminantes Bursa (linf B) – aves Órgãos linfoides secundários: onde acontece o encontro do patógeno com os linfócitos. Forma-se no final da vida fetal e persistem durante a vida adulta. Baixado por Raissa Melo Anjoletto (raissamelo.anjoletto@gmail.com) lOMoARcPSD|38796524 https://www.studocu.com/pt-br?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=imunologia-veterinaria Primários: A. Timo – cavidade torácica próx ao coração; maturação de linf T e produção de hormônios como timiosina, timopoietina e timulina; timócito (aquele que está em processo de maturação). B. Medula óssea – ossos longos; parte interna dos ossos; função de hematopoiese e maturação de linf B. C. Bursa de Fabricius – aves; acima da cloaca; local de maturação e diferenciação das células que compõem o sistema produtor de anticorpos; maturação linf B; a Bursa não é um órgão primário simplesmente, pois nela podem ocorrer a captura de Ag e a síntese de alguns Ac. D. Placas de Peyer – paredes int delgado; maturação linf B; órgão linf secundário para todo mundo, mas para alguns também é órgão linf primário. Secundários: A. Linfonodos – filtros posicionados para que interceptem os Ag presentes na linfa; processamento do patógeno começa no córtex (predominam linf T) e passa para o paracórtex (predominam linf B); facilitam a interação entre as células apresentadoras de Ag e as células sensíveis aos Ag (T e B); B. Hemolinfonodos – estruturalmente semelhante aos linfonodos, estando associados aos vasos sanguíneos de ruminantes e outros mamíferos; função desconhecida; apresenta hemácias nos seios linfáticos e isso o diferencia dos linfonodos. C. Baço – filtra Ag no sangue; estoca hemácias e plaquetas, recicla o ferro e responde pela produção das hemácias durante a vida fetal; polpa vermelha (filtragem do sangue e acúmulo de hemácias), polpa branca (rica em linfócitos – local onde ocorrem as respostas imunes. Apresenta linf T e B. Bainha linfoide periarteriolar predomínio de cél T. Folículos primários arredondados, cél B). D. Tecidos linfoides associados à mucosa (MALT) – organizados em folículos isolados ou agrupados; presente nas tonsilas e apêndice; membrana mucosa que reveste grande parte do corpo. Desenvolvimento de uma doença infecciosa: Infecção -> período de incubação (replicação) -> desenvolvimento doença -> cura ou morte Imunidade ativa: imunidade adaptativa induzida pela exposição natural a patógenos ou por vacinação. Quando o organismo adquire capacidade de produzir Ac contra o patógeno. Imunidade passiva: quando se recebe Ac de uma fonte externa. Forma natural: através da placenta ou leite materno (mãe produziu Ac). Forma artificial: soro anti-ofídico. Disfunções da resposta imune e suas consequências: Resposta excessiva – pode causar alergias, auto-imunidade, amiloidose, tumores linfoides. Resposta defeituosa – aumento da incidência de infecções, aumento incidência de tumores. Barreiras físicas: pele; autolimpeza (lágrima, tosse, espirro, vômito, diarreia); flora normal IMUNIDADE INATA: primeira linha de defesa; não apresenta memória imunológica; a intensidade é sempre a mesma; resposta rápida (minutos-horas); presente no organismo antes mesmo do contato com o patógeno; faz um reconhecimento grosseiro do patógeno. - Mecanismos de ação: barreiras físicas, químicas e biológicas, inflamação, peptídeos antimicrobianos (vasta atividade inibitória contra bac, vírus e fungos), fagocitose, sistema complemento, citotoxicidade (NK), interferon. - Células que atuam: monócitos, macrófagos, neutrófilos, célula dentrítica, NK e mastócitos. Processo inflamatório - Baixado por Raissa Melo Anjoletto (raissamelo.anjoletto@gmail.com)lOMoARcPSD|38796524 Reparação tecidual Reconhecimento dos invasores: PAMPs (padrões moleculares associados a patógenos): A presença de microrganismos invasores é detectada por células sentinelas, como os macrófagos, as células dendríticas e os mastócitos. Essas células apresentam receptores que podem se ligar a PAMPs expressos por bactérias, fungos e vírus (fazem parte do patógeno). A ligação dos PAMPs a esses receptores ativa as vias intracelulares de sinalização e faz com que as células sentinelas secretem moléculas que desencadeiam a inflamação e outras respostas imunes inatas. São padrões de moléculas reconhecidas pelo sistema imune inato como sinal de invasão. Ex: lipopolissacarídeo (bac GRAM -), DNA bacteriano, RNA vírus, peptídeoglicanos (bac GRAM +). TLRs (receptores Tipo Toll): São proteínas receptoras de membrana encontradas na membrana da célula ou internamente. São os receptores mais importantes no reconhecimento de PAMPs. São capazes de reconhecer componentes de bactérias, vírus e fungos e, assim, estimular a síntese e liberação de citocinas pós-inflamatórias. São expressos por muitos tipos de células, principalmente por células dendríticas, macrófagos e mastócitos. A ligação do patógeno ao TLR ou outro receptor para o PAMP desencadeia a ativação de vias metabólicas dentro da célula que irão culminar com a expressão de genes para proteínas e enzimas que atuam na resposta imune como citocinas que serão liberadas pelas células. A ligação dos PAMPs aos TLRs no macrófago e neutrófilo causa a fagocitose do patógeno. Na maioria das células, produção de citocinas e nas células dendríticas, processamento do Ag. Baixado por Raissa Melo Anjoletto (raissamelo.anjoletto@gmail.com) lOMoARcPSD|38796524 https://www.studocu.com/pt-br?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=imunologia-veterinaria PRRs (receptores de reconhecimento padrão): Moléculas solúveis ou ligadas à membrana do hospedeiro que interagem com os PAMPs. Então: Patógeno se liga a partir de um PAMP a um TLR na membrana ou citoplasma da célula, essa ligação desencadeia eventos de transmissão de sinal (ativação de vias metabólicas), ocasionando a expressão de genes pró-inflamatórios como a liberação de citocinas. DAMPs (padrões moleculares associados ao dano tecidual): Moléculas liberadas por tecidos lesionados ou secretadas pelas células sentinelas estimuladas e que são reconhecidas por células do sistema imune inato. Ex. Defensinas, catelicidinas, etc. Então: Lesão causada por trauma ou invasão por microrganismo leva a liberação do conteúdo celular e de DAMPs. Em seguida as células do sistema imune detectam esses DAMPs através de receptores e assim são informadas do que está acontecendo. Citocinas (interleucinas) – são produtos das células sentinelas (macrófagos, células dendríticas e mastócitos). São proteínas secretadas que medeiam interações celulares e regulam o crescimento e a secreção celular. Indução de citocinas: A ligação de um PAMP a um receptor na célula ativa vias metabólicas dentro da célula que levam à secreção de citocinas. A citocina produzida é liberada para o meio extracelular e irá atuar sobre outras células. A ativação destas células pelas citocinas terá um efeito biológico que irá variar de acordo com a citocina que tiver atuando e a célula sobre a qual ela está atuando. Ex. macrófago se liga a um PAMP de um patógeno através de um TLR, desencadeia a produção de Il-1 que é secretada atuando em basófilos e eosinófilos estimulando a degranulação destas células. Funções: - pleiotropia: uma citocina com diferentes respostas. - redundância: várias citocinas com a mesma resposta. - sinergismo: o efeito combinado de duas citocinas é melhor que o efeito aditivo das citocinas individualmente. “um mais um é melhor que dois”. - antagonismo: uma citocina inibe outra. Citocinas da resposta imune inata e febre: ocorre a invasão, as células são sinalizadas que algo errado aconteceu, secretam Il-1 que atua no hipotálamo induzindo um aumento na temperatura e aumento do metabolismo, provocando a febre, sonolência, perda de apetite. Cascata de indução: ocorre quando a ação de uma citocina sobre uma célula induz a produção de outras citocinas por esta célula que induz outras células a produzir outras citocinas. - As citocinas raramente agem isoladamente. A célula alvo é exposta a um ambiente contendo um conjunto de citocinas cujos efeitos combinados de forma sinérgica ou antagônica podem gerar diferentes consequências. Citocinas que atuam na resposta imune inata A. Interleucina 1 (IL-1): produzida por macrófagos; aumenta a degranulação de eosinófilos e basófilos; aumenta a produção de muco; aumenta a síntese de proteínas de fase aguda; aumenta a síntese de interferon; aumenta a exposição de integrinas; Baixado por Raissa Melo Anjoletto (raissamelo.anjoletto@gmail.com) lOMoARcPSD|38796524 aumenta o crescimento de fibroblastos e síntese de colágeno. Induz febre, sonolência e perda de apetite. B. Fator de necrose tumoral alfa (TNF α): produzido por macrófagos, céls endoteliais, mastócitos; O TNF α estimula a liberação local de quimiocinas e citocinas e promove a aderência, a migração, a atração e a ativação dos leucócitos ao sítio invadido. Mais tarde, o TNF α facilita a transição entre a imunidade inata e a imunidade adquirida, aumentando a apresentação de antígenos e a co-estimulação dos linfócitos T. A produção de TNF α ocorre bem no início do processo inflamatório e é seguida por ondas de Il-1 e então de Il-6; Um aumento local na [ ] de TNF α causa os sinais cardeais da inflamação, incluindo calor, edema, dor e rubor; Destrói algumas células tumorais. C. Interleucina 6 (IL-6): produzida por macrófagos e mastócitos; induz a síntese de proteínas de fase aguda; auxilia diferenciação de células da linhagem mielóide; estimula a diferenciação de linf B em plasmócitos; estimula produção de Ac. D. Interleucina 12 e 18 (IL-12 e IL-18): produzidas por macrófagos e células dendríticas; diferenciação de linfócitos TCD4 no subgrupo TH1; induz produção de interferon gama; aumenta a atividade da NK. E. Interferon (IFN): substâncias químicas produzidas por células infectadas por vírus e/ou por linfócitos e outras células do sistema imunológico em resposta à exposição a antígenos; interfere na replicação do vírus; Célula induzida (impede a replicação); Célula não induzida (morre com a replicação do vírus dentro dela). IFN alfa e beta (Tipo I): produzidas por células; mecanismo de ação: degradação mRNA viral, ativa NK, inibe síntese proteica. IFN gama (Tipo II): produzida apenas por linfócitos; mecanismo de ação: crescimento e diferenciação células T, B, NK e macrófagos; aumenta a expressão de MHCII nas APCs. Quimiocinas – pequenas proteínas que controlam a migração celular, regulam a migração de leucócitos do sangue para os tecidos. Liberadas, principalmente, por macrófagos e mastócitos. Ex. MCP-1 = proteína quimiotática de monócitos 1 Mecanismos de destruição do patógeno o Peptídeos antimicrobianos – peptídeos que reconhecem e ligam a alguns patógenos e que podem promover a destruição destes patógenos; são encontrados nos grânulos de neutrófilos que são liberados; são produzidos por macrófagos, células epiteliais da pele e mucosas; possível forma de ação: formação de poros na membrana do patógeno levando ao rompimento da membrana e lise. Ex. catelicidinas, defensinas o Proteínas de fase aguda - são uma classe de proteínas cuja concentração plasmática aumenta ou diminui em resposta à inflamação. Essa resposta é chamada de resposta de fase aguda. Em resposta a danos, células inflamatórias locais (neutrófilos, granulócitos e macrófagos) secretam diversas citocinas na corrente sanguínea, notavelmente as interleucinas IL1, IL6 e IL8, além de TNFα. O fígado responde produzindo um número de reagentes de fase aguda (proteína C reativa, proteínas do complemento, lecitina ligadora demanose). Proteína C reativa (PCR): se liga à superfície do patógeno atuando como opsonina (substância que promove a fagocitose dos antígenos quando se liga a eles). Lecitina ligadora de manose (MBL): ligam a carboidratos na superfície de vários patógenos atuando como opsonina ou ativando o sistema complemento. Atua na neutralização do microrganismo patogênico por um mecanismo independente de anticorpo. Baixado por Raissa Melo Anjoletto (raissamelo.anjoletto@gmail.com) lOMoARcPSD|38796524 https://www.studocu.com/pt-br?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=imunologia-veterinaria Opsonina: diversas moléculas presentes no plasma que se ligam aos microrganismos estranhos ao organismo, tornando-os mais susceptíveis à fagocitose e à lise. Opsonização: é a deposição de opsoninas em um antígeno promovendo um contato de adesão estável com a célula fagocítica adequada. Fagocitose: 1. Aderência: a membrana celular do fagócito adere à superfície do patógeno. Fica mais fácil se o patógeno tiver sigo opsonizado. 2. Ingestão: pseudópodos envolvem o patógeno que fica então dentro de uma vesícula (fagossoma). 3. Digestão: fagossoma entra no citoplasma, entra em contato com lisossomas, formando um fagolisossoma. Este destrói a maioria dos tipos de patógenos, formando o corpo residual (material não digerível). Este corpo move-se na direção da membrana celular e descarrega o seu lixo para fora da célula. Principais células que realizam fagocitose: macrófagos e neutrófilos. Ativação das células NK Age induzindo a apoptose. As células NK possuem receptores ativadores e inibidores que regulam sua ativação através do balanço de sinais gerados por esse receptor. Em geral, os sinais ativadores têm que ser bloqueados pelos sinais inibidores para evitar a ativação e ataque das células NK contra as células normais. Esses receptores inibidores das células NK se ligam a moléculas de MHCI, as quais são normalmente expressas na maioria das células sadias não infectadas. Dessa forma a ligação dos receptores inibidores aos seus ligantes desencadeiam uma cascata de sinalização dependente de fosfatases as quais se contrapõem aos efeitos das sinapses nas cascatas de sinalização iniciadas pelos receptores ativadores. Por conta da especificidade dos receptores inibidores para o MHCI próprio, as células normais do hospedeiro são protegidas da destruição mediada pelas células NK. A infecção das células hospedeiras, especialmente por vírus frequentemente leva a expressão reduzida das moléculas de MHCI e por isso, os ligantes para os receptores das células NK inibidores são perdidos. Como resultado, as células NK são liberadas do seu estado normal de inibição. Associado a isso ligantes para receptores ativadores são expressos e assim as células infectadas são destruídas. Essa especificidade em comum dos receptores inibidores das células NK para o MHCI normal, permite ao sistema imunológico natural atacar células com infecção viral que poderiam ser invisíveis às células T, as quais requerem a expressão de MHC para o reconhecimento. Baixado por Raissa Melo Anjoletto (raissamelo.anjoletto@gmail.com) lOMoARcPSD|38796524 Sistema complemento – grupo de proteínas séricas que interagem umas com as outras ou com outras moléculas da imunidade inata ou adaptativa resultando na geração de cascatas enzimáticas com uma variedade de consequências biológicas. Interagem quando há lesão de tecidos, alteração da composição do sangue, presença de microrganismos ou reação Ag-Ac. Consequências biológicas: opsonização de antígenos, ativação da inflamação, quimiotaxia, citólise e remoção e solubilização de imunocomplexos. A clivagem de uma proteína torna-o ativo. Ativação do sistema complemento 1. Via Clássica - Ac encontra um patógeno e se liga a ele - A esse complexo liga-se a proteína C1, que ativa C4 através da clivagem – C4a e C4b - C4a é liberada no sangue - Forma-se o complexo C4b+ C2a (C3 convertase), que vai clivar C3 em C3a e C3b - C3a é liberada no sangue - Forma-se o complexo C4bC2aC3b (C5 convertase), que vai clivar C5 em C5a e C5b - C5a é liberada no sangue e C5b se liga à superfície do patógeno e chama as demais proteínas para formar o poro - C5b+C6+C7+C8+ quantas C9 forem necessárias para formar o poro (MAC – complexo de ataque à membrana) - são formados MAC até a morte do patógeno 2. Via Alternativa - Começa com C3 que pode clivar espontaneamente. C3b se liga ao patógeno - Chega o fator B, que é clivado pelo fator D, formando C3bBb - Para dar estabilidade ao complexo, se liga a ele a Propedina, formando o complexo C3bBbP (C3 convertase), que cliva C3a e C3b - C3a é liberada no sangue - Forma-se o complexo C3bBb3b (C5 convertase), que cliva em C5a e C5b - C5a vai para o sangue e C5b se liga à superfície do patógeno, chamando as demais proteínas para formar o poro - C5b+C6+C7+C8+C9... (igual a outra via) 4. Via da Lecitina - Proteína ligadora de manose (MBL) se liga ao patógeno - A enzima MASP-2 cliva C4 e C2, formando C4bC2a (C3 convertase) que vai clivar C3 em C3a e C3b - C3a vai para o sangue Baixado por Raissa Melo Anjoletto (raissamelo.anjoletto@gmail.com) lOMoARcPSD|38796524 https://www.studocu.com/pt-br?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=imunologia-veterinaria - Forma-se o complexo C4bC2aC3b (C5 convertase), que vai clivar em C5a e C5b - C5a é liberada no sangue e segue os mesmos passos das outras vias. IMUNIDADE ADQUIRIDA: adquirida após a primeira exposição ao antígeno; apresenta memória imunológica; aumenta a intensidade conforme o número de exposições; resposta lenta (dias-semanas); resposta específica para determinado patógeno. Como ela é ativada? O antígeno é levado através da linfa do local onde iniciou a infecção para o tecido linfóide organizado que estiver mais próximo, geralmente um linfonodo. O antígeno pode ir livre ou ser carreado por células dendríticas. No linfonodo este antígeno será processado e a resposta adaptativa ativada. Os linfócitos B e T ativados e seus produtos são levados para o local da infecção através do sangue. Imunidade humoral – células responsáveis: linfócitos B É a imunidade presente nos fluidos do organismo (sangue, linfa e até mesmo na saliva. Linf B: mononuclear; receptores de superfície (imunoglobulinas); ativo quando o Ag chega, assim muda a morfologia e começa a secretar Ac; localiza-se no sangue e órgãos linfoides secundários. Principal função: produzir proteínas, os anticorpos, principais mediadores da resposta da imunidade humoral. Desenvolvimento de linfócitos B: O desenvolvimento divide-se em duas fases, a fase independente do antígeno que ocorre na medula (primatas), bursa (aves), placas de peyer (ruminantes, equinos, suínos, caninos), nela o linf B se desenvolve de pré linf para linf B imaturo. E a fase dependente do antígeno ocorre nos órgãos linfóides periféricos, nela o linf B imaturo entra em contato com o antígeno, tornando-se maturo, mudando sua classe para plasmócito e fazendo a secreção de antígenos. Maturação do linfócito B: Quimiocinas atraem linfócitos B imaturos para linfonodos e posteriormente para dentro dos folículos primários, onde a interação com células dendríticas foliculares e citocinas leva à maturação desta célula. Células B maduras (apresentando IgM e IgD na sua membrana) então recirculam entre linfa, sangue e órgãos linfóides secundários. Os linfócitos B sofrem um longo processo de maturação em órgãos linfóides primários antes de serem liberados para atuar nos órgãos linfóides secundários. Esta maturação ocorre através de várias fases e, em cada fase, a célula vai acrescentando novos marcadores de membrana (receptores). Na maturação por afinidade, as células B e T que migram do paracórtex localizam-se nos folículos primários que se desenvolvem então como folículos secundários onde as células que migraram ficarão em contato com as células dendríticasfoliculares. As células B e T farão uma nova migração para o centro dos folículos secundários, formando os centros germinativos. O centro germinativo é o local onde ocorre a maturação por afinidade e a troca de classes de imunoglobulinas. A maturação por afinidade consiste na seleção daqueles linfócitos B que possuem alta afinidade pelo antígeno. As células que apresentarem baixa afinidade serão destruídas por apoptose. As células dendríticas foliculares (que são diferentes das células dendríticas que apresentam antígeno para células T) auxiliam neste processo. As células B passam pelo processo de hipermutação somática neste período de maturação. Esta hipermutação somática consiste em mutações em ponto no genoma, especificamente nos genes da região variável das imunoglobulinas. Baixado por Raissa Melo Anjoletto (raissamelo.anjoletto@gmail.com) lOMoARcPSD|38796524 Rearranjo genético: À medida que uma célula se diferencia em uma célula B madura que irá fazer uma cadeia leve, ocorre um rearranjo dos vários genes (exons) e o gene começa a ser expressado. No decorrer da maturação os genes das imunoglobulinas serão rearranjados para que o linfócito possa produzir uma imunoglobulina específica para um determinado antígeno. Quando ocorrer a definição desta especificidade o linfócito está maturo e será liberado para a circulação. Este rearranjo genético pode ocorrer porque os genes das imunoglobulinas são formados por vários segmentos e a imunoglobulina só poderá ser formada pela reunião destes segmentos, sendo um segmento de cada tipo como explicado a seguir. As cadeias pesadas e leves das imunoglobulinas são formadas por regiões constantes e variáveis. A região constante de cada cadeia será formada por um segmento C ( de constante), enquanto a região variável será formada pela reunião de dois (cadeia leve) ou três (cadeia pesada) segmentos. Então a diversidade de imunoglobulinas produzidas também se deve ao rearranjo genético. O número de combinações possíveis entre os segmentos é muito grande. E além disto, o processo todo de rearranjo é feito de muitos passos. Em cada passo destes pode acontecer algum detalhe diferente que pode introduzir ainda mais diversidade. Cada linfócito B maturo tem especificidade por apenas um antígeno. Esta especificidade foi determinada durante a maturação no órgão linfóide primário. O linfócito B maturo apresenta IgM e IgD na sua membrana. Quando ele for ativado irá proliferar (produzir muitas células iguais, com a mesma especificidade) e dará origem a plasmócitos que produzem e secretam imunoglobulinas e células de memória. Receptor de linfócitos B (BcR) Consiste de várias cadeias: (Fab) Cadeias variáveis – imunoglobulinas. Função: reagir com antígenos específicos (Fc) Cadeias invariáveis – cadeias alfa e beta. Função: transmitir o sinal para o interior da célula para iniciar a produção de anticorpos. Baixado por Raissa Melo Anjoletto (raissamelo.anjoletto@gmail.com) lOMoARcPSD|38796524 https://www.studocu.com/pt-br?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=imunologia-veterinaria ANTICORPO: molécula de glicoproteína, também chamada de imunoglobulina, sintetizada após contato com o antígeno. O anticorpo possui a função de reconhecer um e somente um tipo de antígeno. Ele não necessariamente vai reconhecer uma molécula inteira do antígeno, pode existir uma região onde ele tenha uma afinidade e se ligue a ela. Principal linha de defesa contra patógenos extracelulares Epítopo: região do antígeno que se liga ao anticorpo O anticorpo apresenta em sua estrutura duas cadeias leves e duas cadeias pesadas ligadas entre si por pontes disulfídicas. Imunoglobulinas: 1. IgM: receptor na memb plasm do linf B; quando secretada é pentamérica e quando está na membrana é monomérica; 2ª Ig mais abundante no soro; Ig + eficiente na ativação com Complemento; 1ª Ig produzida quando se tem uma infecção aguda. 2. IgG: monomérica; Ig + abundante no soro; principal na resposta secundária; fica complemento, opsonização. 3. IgA: no soro é monomérica e nas secreções é dimérica; presente no colostro, leite, muco (principalmente) e saliva; proteção das mucosas. 4. IgE: monomérica; baixa [ ] no soro; importante em alergias e infecções parasit´rias; liga a receptores de basófilos/eosinófilos e leva a degranulação. 5. IgD: monomérica; baixíssima [ ] no soro; função desconhecida; encontrada na membrana do linf B maduro Aves: IgA, IgY (=IgG) e IgM Funções das imunoglob: o Neutralização de toxinas -> ligam-se às toxinas evitando que elas sejam ativadas; o Neutralização viral -> vários Ac ligam-se ao vírus evitando que ele entre na célula; o Ativação Complemento; o Opsonização (marcam o patógeno pra morrer); o Citotoxicidade celular dependente de anticorpo; o Proteção das membranas mucosas; o Degranulação de eosinófilos. Por que o linf B não atacará os antígenos próprios? 1. IgM de célula B imatura liga a antígeno próprio na medula 2. Esta célula B recebe a “chance” de rearranjar os genes da cadeia leve 3. Esta célula B imatura faz uma nova cadeia leve e então a IgM tem uma nova especificidade 4. Se o novo receptor reconhece antígeno próprio ele sofrerá novo rearranjo. Se o novo receptor não reconhece antígeno próprio a célula B é considerada “pronta” para encontrar o antígeno na periferia e portanto deixa a medula (órgão de maturação) 5. Se o receptor rearranjado ainda reconhecer antígeno próprio, esta célula B será destruída por apoptose. Ativação de linf B por Ag timo-dependentes e timo-independentes: Antígenos timo – dependentes (TD): são assim denominados porque é necessária a ligação de linfócitos T CD4+ para a ativação dos linfócitos B. A maioria dos antígenos para os quais o sistema imune responde são TD. A estrutura destes antígenos é proteica. Induzem intensa troca de isotipos, maturação da afinidade e memória imunológica. Antígeno timo-independente (TI) – são assim denominados porque não há necessidade da ligação de linfócitos TCD4+ para a ativação dos linfócitos B. São ainda classificados em TI-1 e TI-2. TI-1 ativa os linfócitos B através da sua extensa ligação aos receptores nestas células. Não induzem mudança de isotipos, maturação da afinidade e memória imunológica. Exemplo: Baixado por Raissa Melo Anjoletto (raissamelo.anjoletto@gmail.com) lOMoARcPSD|38796524 lipopolissacarídeo de bactérias. Por outro lado TI-2 necessita da presença das citocinas liberadas pelos linfócitos TCD4+ para ativar linfócitos B. Induzem limitada mudança de isotipos, e não induz maturação por afinidade nem memória imunológica. Exemplo: estruturas altamente repetitivas como a proteína flagelina do flagelo de bactérias. RESPOSTA POLICLONAL: O antígeno tem vários epítopos. Então este mesmo antígeno vai ativar vários clones de linfócitos B, cada um específico para um epítopo diferente. No exemplo da figura são mostrados três diferentes epítopos no antígeno. Cada um é destacado por uma cor diferente. Cada um vai ativar um clone de linfócitos B diferente. Ativação do linfócito B no linfonodo: O antígeno é levado para os linfonodos pelas células dendríticas ou livre na linfa. Este antígeno terá contato com as células B e T na região do paracórtex. As células dendríticas apresentarão o antígeno para as células T tornando estas células ativas. Os linfócitos B detectam o antígeno livre , processam o antígeno e o apresentam às células T. Estas, juntamente com o antígeno, ativam as células B. As células B ativadas proliferam formando focos de células nas proximidades do córtex. Estas células sofrem alteração transformando-se em plasmócitos que produzem imunoglobulinas M e G. A maior parte dos anticorpos na resposta imune primária vem destes focos ( e similares produzidos em outros órgãos linfóides como o baço) Após alguns dias algumas células B ativadas juntamente com células T migrarão para os folículos primários. Papel das citocinas - LinfócitosB com receptores idênticos (para o mesmo epítopo) podem diferenciar em plasmócitos ou células de memória de acordo com a citocina que atuar sobre ele. - IL-10 induz a maturação de plasmócitos - IL-4 induz a maturação de células de memória Mudança de classe de imunoglobulina - Na resposta primária há predominância da IgM porque esta é a primeira imunoglobulina produzida pelo linfócito B maduro. - Dependendo da natureza do antígeno haverá extensa mudança de classe de imunoglobulinas (TD) ou não (TI). - Para que ocorra a mudança de classe de imunoglobulinas é necessária a atuação de determinadas citocinas sobre o linfócito B que irá produzir estas imunoglobulinas. A citocina ou conjunto de citocinas presentes determinará o isotipo de imunoglobulina produzido. Então, por exemplo; a predominância de interferon gama induz a produção de IgG, enquanto a predominância de IL-2, IL-4 e IL-5 induzem a produção de IgM. MHC (Complexo principal de Histocompatibilidade) - Receptores de membrana, responsáveis pela apresentação de antígenos para as células T e pela rejeição de enxertos. - Indivíduos que apresentam os antígenos de histocompatibilidade principal (MHC) idênticos são histocompatíveis. Enxertos entre estes indivíduos é geneticamente aceito. - As moléculas de MHC são codificadas por genes localizados no MHC. - Todos os vertebrados, desde os peixes cartilaginosos até os mamíferos possuem moléculas de histocompatibilidade (Tizard, 2009). Baixado por Raissa Melo Anjoletto (raissamelo.anjoletto@gmail.com) lOMoARcPSD|38796524 https://www.studocu.com/pt-br?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=imunologia-veterinaria Como ocorre a apresentação: As principais células apresentadoras de antígeno são os macrófagos, os linfócitos B e as células dendríticas. As CD estão presentes em diversos locais do corpo e quando encontram um Ag, prontamente processam e encaminham ele para o linfonodo, local onde estão os linfóticos T. No caminho para o linfonodo, as células dendríticas vão amadurecendo, deixando de ser especialmente uma célula fagocitária para ser uma célula apresentadora de antígeno. As CD vão para o linfonod o através de sinais (quimiocinas) liberadas pelo linfonodo, no caminho ela vai processando o Ag internamente porque quando ela chega no linfonodo, ela vai mostrar esse Ag para o linf T. Para que o linf reconheça o Ag e ative a resposta, são necessários dois sinais, um sinal vem do antígeno, que é esse Ag sendo apresentado para o receptor que existe no linfócito, essa apresentação é feita via MHC (molécula de membrana da célula apresentadora, na qual o Ag é exposto para o linfócito). O segundo sinal é dado por outra molécula que é chamada de coestimuladora presente na célula apresentadora e se liga em um receptor próprio pra esse coestimulador no linfócito T. Há dois tipos principais de MHC: MHCI – receptores de superfície de quase todas as células nucleadas. A principal função destes receptores é a apresentação de antígenos para linfócitos T CD8. MHCII – receptores expressos em células apresentadoras de antígeno e a principal função é a apresentação de antígenos para linfócitos T CD4. Linfócitos T só reconhecem o antígeno quando este é apresentado por uma célula apresentadora de antígeno através do MHC! MHC I – α1 e α2 formam os sítios de ligação ao Ag *Pertence à família das imuglobulinas* Membrana da cél. Ancorado na memb por um segmento transmembrana MHC II – α1 e β1 formam o sítio de ligação ao antígeno *Pertence à família das imuglobulinas* Qualquer célula nucleada Baixado por Raissa Melo Anjoletto (raissamelo.anjoletto@gmail.com) lOMoARcPSD|38796524 Membrana da cél. O MHC tem ampla especificidade, ou seja, muitos peptídeos diferentes podem se ligar à mesma molécula de MHC; Cada molécula de MHC expõe um peptídeo por vez; Moléculas de MHC se ligam somente a peptídios. Polimorfismo – presença de um grande número de alelos para cada gene do MHC. Alelo – duas ou mais formas de um gene que confere características alternativas. A presença de múltiplos alelos resulta em polimorfismo. Haplótipo – série de alelos de genes ligados presente no cromossoma parental. Usado para se referir aos genes do MHC. As moléculas de MHC são altamente polimórficas; o que permite que cada animal responda, individualmente, a um grupo diferente de antígenos. Cada espécie apresenta um número variável de alelos. Deste “pool” de alelos existentes na população, cada indivíduo recebe um conjunto; que será similar ao conjunto recebido por alguns outros indivíduos nesta população e diferente dos conjuntos recebidos por muitos outros indivíduos nesta população. Imunidade celular – Células principais: linf T Principal função é defender o organismo contra patógenos intracelulares. Maturação de linfócitos T: Os linfócitos T são produzidos na medula e transportados através da circulação sanguínea até o timo, onde ocorre a sua maturação. A maturação é um longo processo que irá culminar na produção de quatro diferentes populações de linfócitos T: linfócito T gama-delta, TCD4, TCD8 e Treg (T reguladoras). Durante a maturação ocorre rearranjo genético dos genes do receptor de célula T. Como ocorre com as imunoglobulinas, este rearranjo genético é responsável pela especificidade do receptor de células T e também pela diversidade de receptores. O primeiro ponto de definição de linhagem é a produção de linfócitos T gama- delta. Os receptores funcionais de linfócitos são formados por apenas duas cadeias. Existem as possibilidades de combinação de gama e delta OU alfa e beta. A combinação de gama-delta produz uma linhagem de células com propriedades e funções diferentes das outras linhagens. Na formação destas cadeias não há tanta diversidade genética como ocorre com a combinação alfa-beta. O receptor formado por cadeias alfa-beta dará origem aos linfócitos TCD4, TCD8 e Treg. Ao longo da maturação haverá uma fase em que as células irão “aprender” a reconhecer antígenos apresentados pelos receptores de MHC. Linfócitos que reconhecem o antígeno apresentado pelo MHCI maturam como TCD8. Linfócitos que reconhecem antígenos apresentados pelo receptor MHCII maturam como TCD4. Aquelas células que não forem capazes de reconhecer antígeno apresentado por MHC irão morrer por apoptose. Este passo é chamado de seleção positiva. Estas células devem também saber fazer a diferenciação entre o que é antígeno próprio e antígeno estranho e somente reagir aos estranhos. As células que reconhecerem e ligarem a antígenos próprios com avidez morrerão por apoptose. Este passo é conhecido como seleção negativa. Baixado por Raissa Melo Anjoletto (raissamelo.anjoletto@gmail.com) lOMoARcPSD|38796524 https://www.studocu.com/pt-br?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=imunologia-veterinaria Linfócitos T • Podem reconhecer Ag sem MHC ou apresentados por moléculas de MHCI não- clássicas, poderia reconhecer PAMPs de bactérias. Ex: Mycobacterium tuberculosis • Fixos em tecidos (ep intestinal, pulmonar, mucosas, pele) • Função: produção de citocinas e evidências de ação citotóxica. Receptor de células T • É um membro da superfamília das imunoglobulinas porque apresenta a estrutura organizada da mesma forma que a imunoglobulina. • É formado por duas cadeias ligadas à membrana plasmática e entre si por pontes dissulfídricas. Estas cadeias apresentam uma pequena região intracitoplasmática, região transmembrana e parte externa. • A parte externa das cadeias alfa e beta é formada por uma região constante (mais próxima à membrana) e uma região variável (mais distante da membrana, na parte exposta do receptor) • Esta região variável é a parte do receptor que reconhece e liga ao antígeno. • O receptor de linfócitos T propriamente dito é formado ainda de mais algumascadeias auxiliares que irão completar o complexo TCR-CD3. Estas cadeias próximas são necessárias para que haja a passagem do sinal da ligação do antígeno ao receptor para dentro da célula, para, posteriormente a célula ser ativada. • O reconhecimento do MHC será feito por uma molécula auxiliar que é específica dos linfócitos TCD4 e TCD8. A molécula CD4 irá fazer o reconhecimento do MHCII e a molécula CD8 irá reconhecer o MHCI. Ativação e diferenciação dos linf T Linfócitos TCD4 e TCD8 são ativados inicialmente por células dendríticas apresentando antígenos através dos receptores MHCI e MHCII. Após a ativação inicial estas células irão proliferar e gerar populações de células efetoras e de células de memória. Ativação de linfócitos T CD4+ (T Helper ou T auxiliar): produção de células efetoras e de memória. Para a ativação ser efetiva são necessários os dois sinais (ligação MHCII/receptor linfócito T + B7/CD28). Se houver a ligação de apenas um deles, o linfócito T não é ativado. O linf T CD4 é ligado à cél apresentadora de Ag pelo MCHII e moléculas acessórias (moléc na memb do linf T, a qual auxilia na ativação do linf, uma vez que propicia um maior contato entre as céls). Baixado por Raissa Melo Anjoletto (raissamelo.anjoletto@gmail.com) lOMoARcPSD|38796524 • ação sobre macrófagos: Linfócito TCD4 e macrófago se encontram; Linfócito TCD4 liga e ativa o macrófago • ação sobre linfócitos B: Linfócito TCD4 ativado por células dendríticas liga e ativa linfócitos B que apresentam antígenos; Linfócitos B ativados proliferam e produzem anticorpos • ação sobre linfócitos T citotóxicos (CTL): A ativação do linfócito TCD4 pela célula dendrítica leva à produção da citocina interleucina-2. Esta citocina é necessária para a proliferação de linfócitos. Após ter sido ativado pelo linfócito TCD4 o linfócito TCD8 será capaz de realizar sua função citotóxica. - O linfócito T virgem será ativado apenas por aquele antígeno para o qual ele tem especificidade. Esta especificidade foi determinada ao longo da maturação que ocorre no timo. Quando ele se ligar a uma célula apresentadora de antígeno através do MHC e reconhecer o antígeno ele será ativado. Para estabilizar esta ligação ocorrem também a ligação de várias moléculas acessórias. Isto quer dizer que esta célula ativará o ciclo celular e dividirá inúmeras vezes criando um clone de células com a mesma especificidade. Este linfócitos ativados são capazes de realizar as suas funções na destruição do antígeno. Parte das células deste clone serão chamadas de células efetoras porque irão atuar neste exato momento. Parte destas células serão células de memória porque atuarão em um segundo momento quando e se este organismo for novamente atacado pelo mesmo patógeno que induziu a resposta imune neste evento. Citocinas e a indução de diferentes subpopulações de linfócitos T CD4+ O linfócito TCD4 proveniente do timo irá encontrar o antígeno nos órgãos linfóides periféricos, será ativado e proliferará. Dependendo do antígeno presente e das citocinas produzidas, este linfócito poderá se diferenciar em linfócito TCD4 Th1, Th2, Th17 ou Treguladora (Treg). Cada uma destas subpopulações produz um diferente conjunto de citocinas e terá uma atuação direcionada para o tipo de antígeno presente. Ativação linfócitos T CD8 ou citotóxicos (CTL): ligação com a célula apresentadora de antígeno (APC) através do MHCI e moléculas acessórias. Quando são expostos a células infectadas ou disfuncionais, os LTC libertam citotoxinas como perforina, granzima e granulisina. Através da ação da perforina, as granzimas e granulisinas entram no citoplasma da célula-alvo e desencadeiam uma cascata de eventos que eventualmente causam apoptose (morte celular programada). A afinidade dos receptores CD8+ com o MHC tipo I mantem as células ligadas durante a ativação dos antígenos. Baixado por Raissa Melo Anjoletto (raissamelo.anjoletto@gmail.com) lOMoARcPSD|38796524 https://www.studocu.com/pt-br?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=imunologia-veterinaria • Canais de perforina: linf T citotóxicos totalmente diferenciados têm numerosos grânulos que contém perforina e granzimas. Por ocasião do contato com células-alvos, perforina é liberada e polimeriza a formação de canais na membrana da célula-alvo. Granzimas, que são proteases de serina, penetram na célula-alvo através dos canais e ativam caspases e nucleases na célula-alvo resultando em apoptose. IMUNIDADE FETO/NEONATO E VACINAS Desenvolvimento do sistema imune - Há algumas diferenças entre as espécies, mas em todos os casos há o aparecimento lento e gradual das células e órgãos proporcionalmente ao tempo de gestação. Baixado por Raissa Melo Anjoletto (raissamelo.anjoletto@gmail.com) lOMoARcPSD|38796524 Neonato: apresenta uma baixa imunidade, mais deficiente em relação ao animal adulto, necessitando de uma assistência imunológica = mãe = imunidade passiva = passagem Ac e possivelmente células T. Primeiro órgão linfoide a se desenvolver: timo Secundários desenvolvem depois CORDEIROS - O período de gestação é de aproximadamente 145d. - Células MHCI positivas podem ser detectadas aos 19d. - Células MHCII positivas podem ser encontradas aos 25d. - O timo e linfonodos são identificáveis aos 35d e 50d, respectivamente. - Células TCD4+ e TCD8+ aparecem no timo entre 35 e 38d. - Linfócitos B são detectados aos 48d no baço. - As placas de Peyer aparecem aos 60d. - Receptores para C3 aparecem aos 120d, mas receptores Fc só aparecem no animal neonato. LEITÃO - Período de gestação 115d. - Leucócitos no fígado 17d. - Desenvolvimento do timo 40d. - Ao nascimento não apresenta células T no tecido linfóide intestinal. - LTCD4+T aparece no intestino 2 semanas após nascimento e LTCD8+ após 4 semanas. - Linfócitos B IgM+ são encontrados no sangue aos 50d gestação. - Células NK se desenvolvem várias semanas após o nascimento. - O rearranjo genético já é detectado aos 30d. - Transcritos de IgM, IgA, and IgG estão presentes aos 50d. PINTOS - 21d - Células tronco migram para timo e bursa entre 5 e 7 dias de incubação. - Linfócitos IgM+ estão presentes na bursa aos 14d. Anticorpos são produzidos entre 16 e 18d. - Linfócitos IgY+ desenvolvem ao redor do dia 21. - Linfócitos IgA+ aparecem no intestino 3 a 7 dias após nascimento. - Vacinação de ovos embrionados com 18d é comumente empregada. INFECÇÃO INTRA-UTERINA A mãe pode ser reservatório de um patógeno e não apresentar sinais clínicos devido ao seu sistema imune estar maduro e estável, porém quando prenhe, pode passar para o feto o patógeno, pois o mesmo apresenta o sistema imune imaturo. Exemplos: BTV, BoHV-1 e BVDV. Então a presença de imunoglobulinas no soro de um animal recém-nascido que não fora amamentado sugere uma infecção intra-uterina. - animais PI RESPOSTA IMUNE DOS ANIMAIS RECÉM-NASCIDOS Os recém-nascidos provém de um ambiente estéril e a partir do nascimento passam a ser expostos a inúmeros micro-organismos. Os filhotes dos animais domésticos são capazes de responder através da resposta imune inata e adquirida ao nascimento. Entretanto, a resposta imune ainda não tem a mesma eficiência que no adulto. Após os primeiros meses de vida a resposta reverte para o padrão adulto normal. Se não receber auxílio imunológico, o recém-nascido pode ser morto por organismos que apresentam pouco risco para os animais adultos. Ao nascer o animal começa a ter contato com a microbiota que coloniza as mucosas, principalmente intestinos; e este contato estimula o desenvolvimento do sistema imune. Resposta imune inata no recém-nascido: Baixado por Raissa Melo Anjoletto (raissamelo.anjoletto@gmail.com) lOMoARcPSD|38796524 https://www.studocu.com/pt-br?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=imunologia-veterinaria - Produz diversificada quantidade de moléculas antimicrobianas (peptídeos como defensinas; algumasproteínas do complemento, lectinas, lactoferrinas, lisozimas); - Os TLRs (receptores semelhantes a toll) estão presentes e funcionais; - Os macrófagos apresentam resposta quimiotáxica debilitada e são mai susceptíveis à destruição por vírus; - O soro é deficiente em alguns componentes do complemento, então a opsonização é menos eficiente; - Em leitões as concentrações de C3 sérica aumentam rapidamente alcançando níveis de adulto em 14 dias; - Os neutrófilos de potros recém-nascidos tem locomoção lenta se comparado à de suas mães. Resposta imune adquirida no recém-nascido: - O sistema imune adquirido é muito lento na resposta no recém- nascido, por não ter sido ainda estimulado; - Capazes de montar resposta imune, mas de forma lenta e baixas concentrações de anticorpos; - Não produzem interferon no início e a resposta será predominantemente Th2; - Maior susceptibilidade de potros a patógenos intracelulares. Ex: Rhodococcus equi IMUNIZAÇÃO - Para responder contra a invasão de um agente infeccioso, é necessário que o indivíduo seja imunizado contra esse agente, de forma ativa ou passiva. Imunidade ativa: indivíduo é exposto ao agente ou partes. Imunidade passiva: indivíduo recebe anticorpos ou linfócitos produzidos por outro indivíduo. Transferência de imunidade da mãe para a prole - Cada espécie animal apresenta um tipo de placenta, que conecta o feto com o endométrio, e isso influi diretamente na passagem de imunidade. Em algumas espécies não há passagem, em outras essa passagem é intensa. PLACENTA EPITÉLIO- CORIAL: - O epitélio coriônico fetal fica em contato com o epitélio uterino intacto. Equinos, suínos - Bloqueio total da passagem transplacentária das imunoglobulinas. - dependentes do colostro! PLACENTA SINDESMOCORIAL: - O epitélio coriônico fica em contato direto com os tecidos uterinos. Ruminantes - Bloqueio total da passagem transplacentária das imunoglobulinas. - dependentes do colostro! PLACENTA ENDOTÉLIO-CORIAL: - O epitélio coriônico fica em contato com o endotélio dos capilares maternos. Caninos, felinos - 5 a 10% da IgG da mãe é transferida para os filhotes. - Mas a maior parte é pelo colostro! PLACENTA HEMO- CORIAL: - O córion fetal está em contato quase direto com o sangue da mãe Humanos, outros primatas e roedores - Há a passagem de Imunoglobulinas! IMUNIDADE PASSIVA COLOSTRO: secreções acumuladas nas glândulas mamárias nas últimas semanas de gestação juntamente com proteínas ativamente transferidas pela corrente sanguínea, sob influência de Baixado por Raissa Melo Anjoletto (raissamelo.anjoletto@gmail.com) lOMoARcPSD|38796524 estrógenos e da progesterona. Rico em IgA e IgG, mas também possui uma quantidade de IgM e IgE. - Secretado nas primeiras horas pós-parto - Presença de imunoglobulinas -> protege o recém nascido - Leucócitos - Lactoferrina, lisozima, algumas proteínas do complemento - Citocinas - Importante principalmente para espécies em que não há passagem pela placenta - [ ] de Ac depende de quando a mãe foi vacinada ou entrou em contato com o agente - Imunidade passiva não responde ativamente, se ele está com a passiva, não vai responder com a ativa - [ ] maior de IgG no colostro que é absorvida e vai para a circulação - IgA atua localmente - Receptor FcRn nas células epiteliais intestinais do recém nascido para IgG - A presença de Ac maternos, retarda a síntese de imunoglobulinas pelo recém nascido Nas aves: IgY (corresponde a IgG) vem pelo sangue e é encontrada na gema, que o pintinho vai ingerir. IgA: encontrada na clara e ingerida também SORO HIPERIMUNE: anticorpos pré-formados são transmitidos para o indivíduo. - Animal é imunizado sucessivamente com o patógeno ou antígeno e o soro é coletado - Animais utilizados para produção: aves, coelhos, equinos, cobaias… - Usado no tratamento de enfermidades -> uso terapêutico Exemplos: soro antiofídico, soro anti-parvovirose, soro antitetânico, soro antirrábico. IMUNIDADE ATIVA – vacinação ou infecção natural Objetivo: indução de uma resposta imune protetora e de memória VACINA: suspensão de microrganismos ou fragmentos de microrganismos que é usado para induzir imunidade. Usada profilaticamente – antes do contato com o patógeno; Indução células de memória; Boa resposta humoral e celular; Persistência de antígeno – fica circulando para produzir uma boa resposta; Vacina ideal: induzir longa imunidade com dose única, permanecer estável mesmo sem refrigeração e que seja barata (em negrito as 3 expectativas imunológicas de uma vacina!!!) - Vacina viva: o microorganismo, obtido a partir de um indivíduo ou animal infectado, é atenuado por passagens sucessivas em meios de cultura ou culturas celulares. Esta atenuação diminui o seu poder infeccioso. Ele mantém a capacidade de se multiplicar no organismo do indivíduo vacinado (não causando doença) e induz uma resposta imunitária adequada. As vacinas vivas atenuadas têm como desvantagem o risco de poder induzir sintomas (ainda que normalmente mais ligeiros) da doença que se pretende evitar e o risco de infecção do feto, no caso de vacinação de grávidas. Exemplo de vacinas vivas atenuadas: BCG (vacina contra a tuberculose), vacina contra o rotavírus, vacina contra a varicela, VASPR (vacina contra o sarampo, papeira e rubéola) e vacina contra a febre amarela. - Vacina inativada ou morta: os microrganismos são mortos por agentes químicos. A grande vantagem das vacinas inativadas é a total ausência de poder infeccioso do agente Baixado por Raissa Melo Anjoletto (raissamelo.anjoletto@gmail.com) lOMoARcPSD|38796524 https://www.studocu.com/pt-br?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=imunologia-veterinaria (incapacidade de se multiplicar no organismo do vacinado), mantendo as suas características imunológicas. Ou seja, estas vacinas não provocam a doença, mas têm a capacidade de induzir proteção contra essa mesma doença. Estas vacinas têm como desvantagem induzir uma resposta imunitária subótima, o que por vezes requer a necessidade de associar adjuvantes ou proteínas transportadoras e a necessidade de administrar várias doses de reforço. VACINA VIVA Vantagens: - estimula resposta imune humoral e celular - longa duração da imunidade, não necessita adjuvante - pequena quantidade de antígeno por dose, menor número de doses (geralmente uma) Desvantagens: - lábil - pode ocorrer reversão à virulência (embora raro) - não recomendado o uso em gestantes. VACINA INATIVADA Vantagens: - estável, - sem risco de ocorrer reversão à virulência, - podem ser usadas em gestantes. Desvantagens: - curta duração da imunidade (são necessários reforços), - necessita adjuvante - grande quantidade de antígeno por dose, - maior número de doses (várias), Objetivos de um programa de vacinação: - prevenir as manifestações clínicas e suas conseqüências - atenuação da doença clínica - proteger o feto - proteger o neonato - reduzir a excreção viral Na maioria dos casos, a vacina serve como profilaxia. Contudo, algumas vacinas possuem uso terapêutico, como é o caso da papilomatose. Essa vacina é usada depois que o animal já está infectado para induzir imunidade e eliminar o agente do organismo, com objetivo de acelerar o sistema imune. Uma vacinação funciona devido à memória imunológica. A resposta à vacina estimula linfócitos T e B a proliferar, se diferenciar e montar uma resposta de memória, capazes de responder rápida e eficientemente num segundo encontro com o antígeno. Portanto, a grande maioria das vacinas na verdade previnem doença, severidade clínica, mas não impedem a infecção, ou seja, a entrada do microorganismo no hospedeiro. PREVENIR DOENÇA – PROTEGER O FETO – PROTEGER O FILHOTE – REDUZIR EXCREÇÃO/SECREÇÃO NO REBANHO – EXCLUIR O AGENTE DA POPULAÇÃO (AFTOSA) Estratégias para produção de vacinas Com agente atenuado Atenuação por métodos clássicos: - O patógeno perde sua patogenicidade quando replicadoum grande número de vezes em um sistema in vitro. Ex.: atenuação em cultivo celular em ovo embrionado. Atenuação por manipulação genética: Atenuação por deleção de um gene: Baixado por Raissa Melo Anjoletto (raissamelo.anjoletto@gmail.com) lOMoARcPSD|38796524 - Neste caso um ou mais genes são retirados do genoma do patógeno. Ocorre a atenuação quando este gene é o responsável ou um dos responsáveis pela patogenicidade do agente infeccioso. - Vacinas diferenciais: para saber se o animal tem Ac por contato com o Ag natural ou se foi vacinado. Ex. vacina com um gene deletado é aplicada, se o soro do animal testado por Elisa der positivo, a origem dos anticorpos é por contato natural, se der negativo a origem é da vacina. - Vetores virais: Utilização de vírus para carrearem genes daquele agente para o qual se quer fazer a vacina. Ex: Vírus Vaccinia CARACTERÍSTICAS DO VETOR - Apatogênico para a espécie em que a vacina será aplicada - Possuirem genoma grande - Serem facilmente manipuláveis - Não serem disseminados na população/ sem imunidade prévia - Replicar em locais apropriados - Efetiva na presença de imunidade passiva Com agente inativado - Vacinas de subunidades: Influenza. Neste caso o vírus é replicado in vitro em grande quantidade e posteriormente as subunidades do vírus são purificadas. Proteínas do vírus utilizadas como vacina: hemaglutinina e neuraminidase. - Produção de vacinas recombinantes de subunidades: neste caso os genes do agente etiológico (vírus, bactérias, etc) que interessa são retirados do genoma deste patógeno e inseridos em um plasmídeo. O plasmídeo é um pequeno DNA que pode ser introduzido dentro de uma bactéria ou levedura. Uma vez que seja introduzido nesta bactéria, a mesma irá produzir as proteínas do gene inserido. Tudo isto é realizado com técnicas de recombinação genética. Ex. vírus hepatite B. - Vacina DNA - Vacina autógena: vacina preparada de microrganismos extraídos de lesões do próprio indivíduo a quem vai ser feita a vacinação. Ex.: Papilomatose bovina, canina, equina, suína, Streptococcus sp., Salmonelose e colibacilose ADJUVANTES – substâncias que tem a função de potencializar a resposta imunológica induzida por vacinas não-replicativas. Substâncias comumente usadas como adjuvantes: - sais orgânicos (hidróxido de alumínio, fosfato de alumínio) - Adjuvantes de depósito - componentes de bactérias ( LPS) - Adjuvantes imunoestimulantes - partículas lipídicas (lipossomos) - Adjuvantes particulados - citocinas (IL-1, 2 e 12, interferon) - Adjuvante completo de Freund – bactéria Mycobacterium tuberculosis inativada associada à emulsão de água e óleo. - Adjuvante combinado (depósito + imunoestimulante) (VER EXEMPLOS DE VACINAS/ESPÉCIE NOS SLIDES) Baixado por Raissa Melo Anjoletto (raissamelo.anjoletto@gmail.com) lOMoARcPSD|38796524 https://www.studocu.com/pt-br?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=imunologia-veterinaria