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Segurança de 
máquinas e 
equipamentos 
de trabalho
Meios de proteção contra 
os riscos mecânicos
Segurança de máquinas e 
equipamentos de trabalho
Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro
Eduardo EugEnio gouvêa viEira
Presidente
Diretoria-Geral do Sistema FIRJAN
augusto CEsar FranCo dE alEnCar
Diretor-Geral
Diretoria Regional / Superintendência
Maria lúCia tEllEs
Diretora Regional do SENAI-RJ e Diretora-Superintendente do SESI-RJ
Diretoria de Qualidade de Vida
BErnardo sChlaEpFEr
Diretor de Qualidade de Vida do SESI-RJ e SENAI-RJ
Gerência Geral de Qualidade de Vida
luiz ErnEsto dE aBrEu guErrEiro
Gerente Geral de Qualidade de Vida e Gerente Interino de Esporte e Lazer
Gerência de Segurança do Trabalho
José luiz pEdro dE Barros
Gerente
Segurança de máquinas e 
equipamentos de trabalho
Meios de proteção contra 
os riscos mecânicos 
2012
Rio de Janeiro – 2012
Segurança de máquinas e equipamentos de trabalho 
Meios de proteção contra os riscos mecânicos – 2012
© 2012 – SESI 
Cartilha realizada em parceria com a 
Superintendência Regional do Trabalho e 
Emprego do Estado do Rio de Janeiro – SRTE/RJ 
Ministério do Trabalho e Emprego – MTE
SESI – Rio de Janeiro
Diretoria de Qualidade de Vida
Gerência de Qualidade de Vida
Gerência de Segurança do Trabalho
FICHA TÉCNICA
Coordenação e pesquisa de conteúdo
aMadou ngouMB niang
José luiz pEdro dE Barros
Revisão gramatical e editorial
gratia doMinguEs
José Maria dE andradE paChECo
Diagramação e ilustrações
Cris MarCEla
paula Moura
Edição 
José Carlos Martins
Projeto gráfico e produção editorial
in-Fólio – produção Editorial E prograMação visual
Produção gráfica e impressão
graFitto – gráFiCa E Editora
Ministério do Trabalho e Emprego – MTE
Superintendência Regional do Trabalho e 
Emprego do Estado do Rio de Janeiro – SRTE/RJ
Av. Presidente Antônio Carlos, 251 – 13° andar – Centro
CEP 20020-010 – Rio de Janeiro – RJ 
SESI/RJ
Serviço Social da Indústria do Estado do Rio de Janeiro
Diretoria de Qualidade de Vida
Gerência Geral de Qualidade de Vida
Gerência de Segurança do Trabalho
Rua Mariz e Barros, 678, Bloco 01 – 5° andar – Tijuca
CEP 20270-903 – Rio de Janeiro – RJ
Veja aqui quais são as 
partes da Cartilha
7 
Apresentação
9 
Introdução
11 
Noções gerais sobre a Norma Regulamentadora NR-12
15 
Terminologia e definições
21 
Gestão dos riscos em máquinas e equipamentos
45 
Noções sobre sistemas de comando relacionados à segurança 
(Categoria de segurança)
52 
Bibliografia
53 
ANExo 
Resumo das formas de melhoria da segurança 
de máquinas e equipamentos pelo 
uso de dispositivos de proteção mais utilizados
Apresentação
Apresentação
SEGURANÇA DE MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS DE TRABALHO
7
conteúdo desta Cartilha trata com maior 
ênfase dos meios de proteção contra os 
riscos mecânicos e destina-se a facili-
tar suas escolhas. Porém, noções gerais serão da-
das sobre a parte de Sistemas de Comando rela-
cionadas à segurança e ao processo para seleção 
e projeto de medidas de segurança. Outras medi-
das de prevenção podem ser implementadas pa-
ra melhorar a segurança dos operadores de má-
quinas. Isso basicamente se refere a:
O
 Medidas de organização (reformulação 
dos postos de trabalho, adaptação 
dos modos operatórios etc.)
 Formação e informação dos operadores
 Uso de proteção individual
AoS EMpRESáRIoS E Ao CoRpo TéCNICo dAS EMpRESAS
Esta cartilha não tem a pretensão de solucionar todos os problemas específicos 
de segurança de máquinas e equipamentos, mas dá algumas noções gerais, 
aplicáveis em todos os ramos e seguimentos da indústria, de como abordar o 
problema com a segurança no trabalho com máquinas e aportar melhorias nas 
Apresentação
SEGURANÇA DE MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS DE TRABALHO
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o
condiçãos de trabalho, com a redução dos riscos, principalmente de ordem me-
cânica, conforme estabelece a NR-12. 
Não será tratada a parte da segurança de funcionamento que envolve os cir-
cuitos de comandos e de potência, porém serão apresentadas apenas noções 
gerais do processo de seleção e projeto destas medidas de segurança.
O objetivo visado é apresentar, de forma sucinta e objetiva, as etapas para 
identificar e solucionar a deficiência de segurança de máquinas e equipamentos.
Isto ajudará aos engenheiros, técnicos e empresários no entendimento do 
processo de melhoria da seguranças dos operadores de máquinas pela esco-
lha, instalação e utilização dos meios de redução dos riscos (protetores e dis-
positivos de proteção). 
Recomendamos, entretanto, 
que cada caso seja tratado 
de forma específica e criteriosa, 
considerando as 
particularidades de cada 
situação, para não criar 
condições e situações de falsa 
segurança ou a implementação 
de soluções que apresentam 
novos riscos.
Introdução
Introdução
SEGURANÇA DE MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS DE TRABALHO
9
odo trabalhador tem direito de não se aciden-
tar ou adoecer no trabalho. A Constituição Fe-
deral de 1988 1 diz que é direito do trabalha-
dor a redução dos riscos à vida e à saúde inerentes ao 
trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segu-
rança. Pela Lei 8.213 de julho de 1991, 2 acidente de tra-
balho é aquele que ocorre pelo exercício do trabalho, a 
serviço da empresa, dentro ou fora do ambiente de tra-
balho. Também são acidentes de trabalho os que acon-
tecem na ida e vinda entre a casa e o trabalho. 
Segundo o Ministério da Previdência Social, 3 25% dos 
acidentes do trabalho graves e incapacitantes registrados no país são causados 
por máquinas e equipamentos obsoletos. Estes acidentes, na maioria dos ca-
sos, são evitáveis e têm praticamente todos como causa principal o acesso às 
diferentes zonas de perigo das máquinas e/ou equipamentos de trabalho. O re-
sultado disto é choque, cisalhamento, esmagamento, amputação, corte, proje-
ção, entre outros acidentes graves.
T
1 Artigo 7° § XXII
2 Capítulo II, 
Seção I, art. 19
3 Coleção 
Previdência e 
Assistência Social 
MTE v. 13. René 
Mendes
O Ministério do Trabalho e Emprego, na preocupação 
de melhorar as condições de segurança e preservar a 
saúde dos operadores de máquinas e equipamentos, se-
ja na ocasião do conserto, da limpeza e manutenção e no 
decorrer dos processos de fabricação, vem atualizando 
a norma que trata deste assunto, a NR-12, cuja última 
versão e seus anexos, através da Portaria 197, foi publi-
Introdução
SEGURANÇA DE MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS DE TRABALHO
10
IN
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O
cada no DOU do dia 24 de dezembro de 2010. Ela estabelece requisitos míni-
mos para a prevenção de acidentes e doenças do trabalho em máquinas e equi-
pamentos de todos os tipos, nas fases que vão do projeto ao sucateamento de-
les. Trata ainda das fases de fabricação, importação, comercialização, exposição 
e cessão a qualquer titulo e em todas as atividades econômicas, sem prejuízo da 
observância do disposto nas demais Normas Regulamentadoras – NR.
Esta melhoria da segurança deve ser uma preocupação importante para to-
dos os responsáveis da indústria (Fabricantes, Empresários, Ministérios Públi-
co e o do Trabalho e Emprego, Trabalhadores através de seus Sindicatos, a Se-
guridade Social, entre outros). No entanto, apesar das providências de preven-
ção intrínseca, que cabem aos fabricantes de máquinas e equipamentos toma-
rem, para eliminar os riscos que possam gerar danos aos que irão operadorá-
los, subsistem, na maioria dos casos, perigos que podem colocar os operadores 
em situações risco. Estes riscos quando não reduzidos a níveis aceitáveis, de-
vem ser isolados dos operadores por protetores que permitem manter uma dis-
tância de segurança mínima das zonas de perigo. 
Várias medidas de proteção e meios de 
redução de risco podem ser usados. A escolha, 
porém, deve seguir uma hierarquia conforme 
recomenda a Norma NR-12 no seu item 12.4.
A Medidas de Proteção Coletiva
B Medidas Administrativas oué aceitável.
A ocorrência de um 
defeito pode levar à 
perda da função de 
segurança
Partes de sistemas de comando, 
relacionadas à segurança e/ou seus 
equipamentos de proteção, bem 
como seus componentes, devem ser 
projetados, construídos, selecionados, 
montados e combinados de acordo com 
as normas relevantes, de tal forma que 
resistam às influências esperadas
Principalmente 
caracterizado pela 
seleção de componentes
Principalmente 
caracterizado pela 
estrutura
Principalmente 
caracterizado pela 
estrutura
Principalmente 
caracterizado pela 
estrutura
B
1
2
3
4
RESUMO DE REQUISITOSCATEGORIAS1
COMPORTAMENTO 
 DO SISTEMA2
PRINCÍPIOS PARA 
ATINGIR A SEGURANÇA
A ocorrência de um 
defeito pode levar à perda 
da função de segurança, 
porém a probabilidade de 
ocorrência é menor que 
para a categoria B
Os requisitos de B se aplicam
Princípios comprovados e componentes 
de segurança bem testados devem ser 
utilizados 
 A ocorrência de um 
defeito pode levar à perda 
da função de segurança 
entre as verificações
 A perda da função de 
segurança é detectada 
pela verificação
Os requisitos de B e a utilização de 
princípios de segurança comprovados 
se aplicam
A função de segurança deve ser 
verificada em intervalos adequados 
pelo sistema de comando da máquina
 Quando um defeito 
isolado ocorre, a função 
de segurança é sempre 
cumprida
 Alguns defeitos, 
porém não todos, serão 
detectados
 O acúmulo de defeitos 
não detectados pode 
levar à perda da função 
de segurança
Os requisitos de B e a utilização de 
princípios de segurança comprovados 
se aplicam
As partes relacionadas à segurança 
devem ser projetadas de tal forma que:
 Um defeito isolado em qualquer 
dessas partes não leve à perda da 
função de segurança
 Sempre que razoavelmente 
praticável, o defeito isolado seja 
detectado
 Quando os defeitos 
ocorrem, a função de 
segurança é sempre 
cumprida
 Os defeitos serão 
detectados a tempo de 
impedir a perda das 
funções de segurança
Os requisitos de B e a utilização de 
princípios de segurança comprovados 
se aplicam
As partes relacionadas à segurança 
devem ser projetadas de tal forma que:
 Um defeito isolado em qualquer 
dessas partes não leve à perda da 
função de segurança
 O defeito isolado seja detectado 
durante ou antes da próxima demanda 
da função de segurança. Se isso não 
for possível, o acúmulo de defeitos 
não pode levar à perda das funções de 
segurança
Exemplo de esquema de um 
circuito de Categoria 2
FIGURA
14
Exemplo de esquema de um 
circuito de Categoria 1
FIGURA
13
RL2
RL1
RL1C
RL1B
RL2C
RL2B
ZS2
ZS1
M1
Relé de contatos guiados
Relé de contatos guiados
Contator do motor
Aberto Fechado
Fechado se o 
protetor estiver 
100% fechado
Fechado se o 
protetor não estiver 
100% fechado
RL1A
RL2A
Contator do motor
Aberto Fechado
RL1A
ZS1
Fechado se o protetor 
estiver 100% fechado
RL – Relé
RL – Relé
M1
RL1
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B
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Noções sobre sistemas de comando relacionados à segurança
SEGURANÇA DE MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS DE TRABALHO
50
Exemplo de esquema de um 
circuito de Categoria 3
Exemplo de esquema de um 
circuito de Categoria 4
FIGURA
15
FIGURA
16
ZS2
Aberto Fechado
RL – Relé
RL – Relé
RL2D
RL1B
RL1A
RL1E
RL1D
RL3E
RL2A
RL1B
ZS2A
ZS2B
ZS1
ZS1A
ZS1B RL1C
RL2C
RL1D
RL2B
RL2A
RL2E
RL2D
RL4D
RL3B
RL3A
RL4C
RL1C
RL3C
RL4E
RL3E
RL4B
RL4A
RL3D
RL2C
RL1A
RL2B
Relé de contatos guiados
Relé de contatos guiados
Relé de contatos guiados
Relé de contatos guiados
Relé de contatos guiados
Relé de contatos guiados
Contator 1 do motor
Contator 1 do motor
Contator 2 do motor
Contator 2 do motor
FechadoAberto
RL1
RL2
M1
M2
M2
M1
RL3
RL2
RL1
RL4
Fechado se o protetor 
estiver 100% fechado
Fechado se o 
protetor estiver 
100% fechado
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A
Noções sobre sistemas de comando relacionados à segurança
SEGURANÇA DE MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS DE TRABALHO
51
Bibliografia
SEGURANÇA DE MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS DE TRABALHO
52
Bibliografia 
ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas.
NBR 13759: 1996 – Segurança de máquinas – Equipamentos de parada de emergência 
– Aspectos funcionais – Princípios para projeto.
NBR 13930: 2008 – Prensas mecânicas – Requisitos de segurança.
NBR 14009: 1997 – Segurança de máquinas – Princípios para apreciação de riscos.
NBR 14152: 1998 – Segurança de máquinas – Dispositivos de comando bimanuais – 
Aspectos funcionais e princípios para projeto.
NBR 14153: 1998 – Segurança de máquinas – Partes de sistemas de comando relaciona-
dos à segurança – Princípios gerais para projeto.
NBR 14154: 1998 – Segurança de máquinas – Prevenção de partida inesperada.
NBR NM 213-1: 2000 – Segurança de máquinas – Conceitos fundamentais, princípios ge-
rais de projeto – Parte 1: Terminologia básica e metodologia.
NBR NM 213-2: 2000 – Segurança de máquinas – Conceitos fundamentais, princípios ge-
rais de projeto – Parte 2: Princípios técnicos e especificações.
NBR NM 272: 2001 – Segurança de máquinas – Proteções – Requisitos gerais para o pro-
jeto e construção de proteções fixas e móveis.
NBR NM 273: 2001 – Segurança de máquinas – Dispositivos de intertravamento asso-
ciados a proteções – Princípios para projeto e seleção.
NBR NM ISO 13852: 2003 – Segurança de máquinas – Distâncias de segurança para im-
pedir o acesso a zonas de perigo pelos membros superiores.
NBR NM ISO 13853: 2003 – Segurança de máquinas – Distâncias de segurança para im-
pedir o acesso a zonas de perigo pelos membros inferiores.
NBR NM ISO 13854: 2003 – Segurança de máquinas – Folgas mínimas para evitar esma-
gamento de partes do corpo humano.
ASPHME – Association Sectorielle Paritaire pour la Santé et la Sécurité du Travail du Secteur 
de Fabrication de Produits en Métal, de la Fabrication de Produits Électriques et des In-
dustries de L´Habillement. “Élaborer un Plan de Sécurité des Machines”. Ed 2011. 28 p.
INRS – Institut National de Recherche et de Sécurité. Sécurité des Machines et des Équi-
pements de Travail: Moyens de Protection contre les Risques Mécaniques. Ed. 807. 
2006. 101 p.
MTE – Ministério do Trabalho e Emprego. Norma Regulamentadora N° 12 – NR-12 de 
dezembro de 2010. 
CSST – Comission de la Santé et de la Sécurité du Travail de Quebec. Sécurité des Ma-
chines: Phénomènes Dangereux, Situations Dangereuses; Évènements Dangeureux; 
Dommages. Ed. 2004. 15 p. 
ISO 12.100/2010 – Safety of Machinery – General principles for design – Risk assessment 
and risk reduction.
IRSST – Institut de Recherche Robert – Sauvé en Santé e Sécurité du Travail. "Guide de con-
ception des circuits de Sécurité: introduction aux catégories de la norme ISO 13.849-
1:9º 2005. 73 p.
Anexo
Resumo das formas de 
melhoria da segurança 
de máquinas e 
equipamentos pelo 
uso de dispositivos de 
proteção mais utilizados
Anexo
SEGURANÇA DE MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS DE TRABALHO
53
Representação esquemática geral de 
uma máquina
FIGURA
1
MONITOR
ADVERTÊNCIAS/ 
AVISOS
ACIONADORES 
(MOTORES, CILINDROS)
ARMAZENAMENTO E PROCESSAMENTO LÓGICO OU 
ANALÓGICO LÓGICO OU ANALÓGICO DAS INFORMAÇÕES
Fonte: NBR NM 213-1.
INTERFACE OPERADOR/MÁQUINA
INTERFACE 
OPERADOR/MÁQUINA
PRÉ-AINADORES, CONTADORES, 
DITRIBUIDORES, VARIADORES, 
DE VELOCIDADE ETC.
SENSORES, 
DISPOSITIVOS 
DE SEGURANÇA
SISTEMA DE 
COMANDO
PARTE 
OPERATIVA
INTERFACE OPERADOR/MÁQUINA
ÓRGÃOS DE 
COMANDO MANUAL
DISPOSITIVOS DE COMANDO
ELEMENTOS DE TRANSMISSÃO – 
ELEMENTOS MÓVEIS DE TRABALHO
PROTETORES
Anexo
SEGURANÇA DE MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS DE TRABALHO
54
A
n
e
x
o
Sistema de Segurança
FIGURA
2
CRIAR PROTETORES E/OU DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO
Fonte: Adaptado da Figura 5 da página 33 desta Cartilha.
ENSEJO
EVITAR O CONTATOENTRE TRABALHADOR 
E AS PARTES MÓVEIS DA MÁQUINA
Limita o acesso 
do trabalhador 
isolando as 
partes móveis
Uso de barreiras 
físicas 
Instalação de sistema 
de bloqueio de 
acesso através de
A Proteção mecânica
Proteção fixa
 Enclausuramento
 Distante
Bloqueia os 
movimentos da 
máquina desligando-a 
de maneira segura no 
momento de uma 
situação de risco
Instalação de 
sistema de bloqueio 
por meio de:
B Proteção Mecânica 
Intertravada
C Sensoreamento 
óptico
D Parada de 
emergência
e Acionamento seguro
OBJETIVO
BA C D e
Anexo
SEGURANÇA DE MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS DE TRABALHO
55
A
n
e
x
o
Sistema de Segurança
FIGURA
3
Fonte: NBR NM 272/ 2001.
exemplo de proteção 
distante
Proteção em túnel, 
proporcionando 
proteção à área de 
alimentação ou 
descarga da máquina
PROTEÇÃO FÍSICAA
Proteção mantida em sua posição (isto é, fechada)
 Permanentemente (por solda, entre outros)
 Por meio de fixadores (parafusos, porcas etc.) tornando sua remoção ou abertura 
impossível, sem o uso de ferramentas (Ver NM 213-1 – item 3.22.1)
PROTEÇÃO DE ENCLAUSURAMENTOA1
 Proteção que impede o acesso à zona de perigo por todos os lados. Ver Figura A . 
Ver também NM 213-1 – item –3.5
Proteção de 
enclausuramento 
impedindo qualquer 
acesso ao sistema 
de transmissão 
da máquina 
A
B
PROTEÇÃO DISTANTEA2
 Proteção que não cobre completamente a zona de perigo, mas que impede ou reduz o 
acesso, em razão de suas dimensões e sua distância à zona de perigo, por exemplo, grade 
de perímetro ou proteção em túnel. Ver Figura B .
Anexo
SEGURANÇA DE MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS DE TRABALHO
56
A
n
e
x
o
Alguns conceitos básicos inerentes aos dispositivos de proteção são relati-
vamente simples e pouco variáveis. No entanto, a segurança de uma instalação 
depende deles. Aqui abordaremos os dispositivos de proteção mais utilizados 
nas condições mais frequentemente encontradas na indústria.
ABeRTURA FoRÇADA DoS ConTAToS
A abertura forçada dos contatos de um interruptor implementa o princípio da ma-
nobra de abertura positiva. Este princípio é em si um aplicativo do princípio do 
acionamento positivo. A manobra de abertura positiva dos contatos é: “a efeti-
vação da separação dos contatos do interruptor resultante de um movimento do 
corpo do comando e realizada por partes não elásticas (por exemplo uma mola)”.
Representação de abertura 
forçada dos contatos
FIGURA
4
INTERRUPTOR EM REPOUSO
ACIONAMENTO DO INTERRUPTOR
CIRCUITO ABERTO
A abertura dos contatos normalmente 
fechados é assegurada mesmo 
em presença de falhas 
(por exemplo, contatos colados) 
Simbologia 
normalizada 
servindo a 
identificar os 
dispositivos à 
abertura forçada
CIRCUITO FECHADO
Contato colado
Anexo
SEGURANÇA DE MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS DE TRABALHO
57
A
n
e
x
o
Representação de acionamento positivo
FIGURA
5
ACIonAMenTo PoSITIVo
É o princípio segundo o qual um componente mecânico em movimento inevi-
tavelmente aciona um outro componente, por contato direto ou através de ele-
mentos rígidos
 O protetor e o interruptor são instalados de modo que uma relação mecâni-
ca direta (ligação direta) do próprio protetor com o componente de contato do 
interruptor seja criada.
 Quando o protetor está fechado em uma posição segura, o interruptor está 
em repouso e libera o funcionamento da operação na máquina.
PROTETOR FECHADO
PROTETOR ABERTO
CIRCUITO FECHADO
CIRCUITO ABERTO
Movimento 
interrompido
Para garantir um nível de 
segurança maior, é essencial 
escolher um interruptor de 
abertura forçada (com o símbolo 
normalizado da seta cercado 
de um círculo) e realizar uma 
instalação respeitando o princípio 
da ação mecânica positiva
A abertura do protetor 
deve causar o acionamento 
do interruptor por uma 
ligação mecânica rígida
Anexo
SEGURANÇA DE MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS DE TRABALHO
58
A
n
e
x
o
PRoTeToR CoM InTeRTRAVAMenTo
Os dispositivos de travamento são geralmente associados à função de deteção 
de posição dos protetores móveis instalados nas máquinas. O dispositivo de 
travamento detecta a abertura do protetor, o que provoca geralmente a parada 
da máquina ou do fenômeno perigoso.
Os interruptores eletromecânicos são a melhor opção de escolha de compo-
nentes para a aplicação de segurança. Mas deve-se atentar para:
 A escolha dos interruptores (abertura forçada).
 O princípio da instalação para uma atuação por acionamento positivo.
 A fixação sólida e o ajustamento permanente.
 A proteção contra choques.
Representação do protetor 
com intertravamento
FIGURA
6
Nota: Protetor com dispositivo de travamento conforme a normalização.
Interruptores magnéticos 
Vantajosos em certas situações.
Vantagens
 Modelo com imãs 
para reduzir as 
possibilidades de burla.
 Para mais segurança, controle 
de conflito do estado dos 
contatos necessários.
Desvantagens
 Não conformes aos critérios 
que definem a ação 
mecânica positiva.
Vantagens
 Componente aprovado 
 Disponibilidade dos 
interruptores ditos a 
“abertura forçada”
Interruptores a chaves 
Vantagens
 O elemento de comando é 
acionado pela introdução de 
uma “chave” provocando o 
acionamento pelo princípio de 
abertura forçada dos contatos.
 Permite uma redução das 
possibilidades de burla.
B1
Anexo
SEGURANÇA DE MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS DE TRABALHO
59
A
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e
x
o
Representação do protetor com 
intertravamento e bloqueio da abertura
FIGURA
7
PRoTeToR CoM InTeRTRAVAMenTo e 
BLoQUeIo DA ABeRTURA 
Quando o fenômeno perigoso requer algum tempo antes de desaparecer com-
pletamente (inércia de uma serra em movimento), é necessário o uso de um dis-
positivo de retardo.
 O protetor permanece bloqueado na posição fechado até o desaparecimento 
do fenômeno perigoso.
 O tempo de início da abertura do protetor só ocorre quando o fenômeno peri-
goso desapareceu ou até que seja possível o acesso seguro (atraso de abertura).
Nota: Protetor com dispositivo de intertravamento conforme a normalização.
Retardo à abertura 
mecânica se baseia no 
tempo necessário ao 
operador para 
desenroscar um 
parafuso que trava 
o protetor em 
posição fechada
B2
estágio 3
Componentes 
com movimento 
interrompido
PROTETOR FECHADO
PROTETOR ABERTO
DISPOSITIVO DE RETARDO
estágio 1
Componentes 
em movimento 
por força motriz
CIRCUITO FECHADO
AUTORIZAÇÃO
estágio 2
Componentes 
em movimento 
por inércia
Movimento 
da inércia
CIRCUITO ABERTO
AUTORIZAÇÃO
Anexo
SEGURANÇA DE MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS DE TRABALHO
60
A
n
e
x
o
CoRTInA De LUZ 
Estes dispositivos podem parar movimentos perigosos da máquina no tempo ne-
cessário quando uma pessoa ou parte do seu corpo cruza um limite de segurança.
O princípio de funcionamento está baseado na detecção do sombreamento do 
feixe óptico. Quando um ou mais dos feixes é sombreado, quer por uma parte do 
corpo de uma pessoa ou um objeto, um sinal de parada é dado para a máquina.
Representação de cortina de luz
FIGURA
8
CRitéRiOS iMPORtANteS
Deverá satisfazer ao tipo correspondente do nível de risco e do risco de aplicação 
(tipo máximo = tipo 4): em caso de defeito único, não deve apresentar 
falha perigosa e uma acumulação de defeitos, não deve levar a uma perda das 
funções de segurança. todas as zonas de acesso ao perigo devem ser cobertas.
VERIFICAÇÃO
C
VERIFICAÇÃO
A distância na qual está 
instalada a cortina é importante 
e deve ser compatível com o 
tempo de parada da máquina
O sinal de parada é dado 
quando um ou vários 
feixos são cortados
CIRCUITO FECHADO
CIRCUITO ABERTO
Anexo
SEGURANÇA DE MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS DE TRABALHO
61
A
n
e
x
o
CoMAnDoS De PARADAS De eMeRGÊnCIA 
(nBR 13759/1996)
Requisitos de segurança
 Requisitos gerais
 A função parada de emergência deve estar disponível e operacional a qual-
quer tempo, independentemente do modo de operação.
 O dispositivo de controle e seu acionador devem aplicar o princípio da ação 
mecânica positiva.
 O equipamentode parada de emergência não deve ser usado como alterna-
tiva a medidas adequadas de proteção ou a dispositivos automáticos de segu-
rança, devendo ser usado como uma medida auxiliar.
 Após a ativação do acionador, o equipamento de parada de emergência de-
ve operar de tal forma que o risco seja eliminado ou reduzido automaticamen-
te, da melhor maneira possível.
 A parada de emergência deve funcionar como:
 Parada de categoria 0, isto é, parada por imediata remoção da energia do(s) 
atuador(es) da máquina ou desconexão mecânica (embreagem) entre os ele-
mentos de risco e o(s) correspondente(s) atuador(es) da máquina; ou
 Parada de categoria 1, isto é, uma parada controlada, com fornecimento de 
energia ao(s) atuador(es) da máquina necessário para se atingir a parada e, en-
tão, quando a parada é atingida, a energia é removida.
 O equipamento de parada de emergência deve ser projetado de tal forma que a 
decisão de ativar o acionador de parada de emergência não requeira do operador 
considerações dos efeitos resultantes (zona de parada, razão de desaceleração etc.).
 O comando da parada de emergência deve prevalecer sobre todos os outros 
comandos.
 A resposta da máquina ao comando de parada de emergência não deve ge-
rar nenhum outro risco.
 A função parada de emergência não deve prejudicar a eficiência de disposi-
tivos de segurança ou dispositivos com funções relacionados com a segurança.
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CoMAnDoS BIMAnUAIS
O acionamento do botão de controle requer o uso síncrono de ambas as mãos, 
portanto, é emitido um sinal de partida para a máquina. O uso obrigatório de 
ambas as mãos do operador presupõe que elas não estejam em perigo por es-
tarem fora da área de operação da máquina.
Representação de comandos bimanuais
FIGURA
9
VERIFICAÇÃO
VERIFICAÇÃO
O sincronismo deve ser 
realizado em menos 
de meio segundo. 
A retirada das duas mãos 
é necessária para permitir 
um novo acionamento.
 A distância de instalação 
deve ser compatível ao 
tempo de parada da máquina.
ele só protege o operador da 
máquina e não os outros 
suscetíveis de se 
aproximarem da máquina
e
Anel distanciador
O comando é dado quando 
as duas mãos acionam 
simultaneamente os dois botões. 
O relaxamento de um dos 
dois botões deve provocar 
a parada do movimento
O circuito deverá satisfazer 
os critérios de concepção 
da categoria correspondente 
ao nível da aplicação 
(categoria máxima = categoria 4)
CIRCUITO FECHADO
CIRCUITO ABERTO
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SEGURANÇA DE MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS DE TRABALHO
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 A função parada de emergência não deve prejudicar qualquer meio projeta-
do para livrar pessoas presas.
 Qualquer ação no acionador que resulte na geração do comando parada de 
emergência deve também resultar na retenção do dispositivo de controle, de tal 
forma que, quando a ação do acionador for descontinuada, o comando da para-
da de emergência seja mantido até que o dispositivo de controle seja desacio-
nado. Não deve ser possível a retenção do dispositivo de controle sem a gera-
ção do comando de parada.
 O desacionamento do dispositivo de controle apenas deve ser possível como 
resultado de uma ação manual sobre este dispositivo. O desacionamento do dis-
positivo de controle não deve, por si só, gerar o comando de movimento da má-
quina. Não deve ser possível o acionamento do movimento da máquina sem que 
todos os dispositivos de controle de parada de emergência, que foram aciona-
dos, sejam manualmente desacionados, individual e intencionalmente.
 O estado da máquina, resultante do comando parada de emergência, não de-
ve ser alterado de forma não intencional (inesperada), durante o tempo em que 
o dispositivo de controle permanecer na condição atuada.
Requisitos específicos para 
equipamentos elétricos (Ver NBR 5410)
 Condições de operação e influências do meio
Os componentes do equipamento de parada de emergência devem ser selecio-
nados, montados e interconectados de forma que este equipamento suporte as 
condições de operação previstas, bem como as influências do meio. Isto inclui:
 Consideração da frequência de operação e a necessidade de ensaios perió-
dicos (chaveamentos especiais de segurança devem ser previstos no caso de 
operação não frequente).
 Considerações sobre vibração, choques, temperatura, poeira, corpos estra-
nhos, umidade, materiais corrosivos fluidos etc.
 Forma, cor e disposição dos acionadores de parada de emergência
 Os acionadores de parada de emergência devem ser projetados para fácil atu-
ação pelo operador ou outros que possam necessitar da sua operação. Os tipos 
de acionadores que podem ser utilizados incluem:
 Botões de acionamento tipo cogumelo.
 Cabos, barras.
 Alavancas.
 Em aplicações específicas, pedais sem coberturas protetivas.
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SEGURANÇA DE MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS DE TRABALHO
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 Os acionadores da parada de emergência devem ser posicionados de forma 
a permitir fácil acesso e operação pelo operador ou outras pessoas que neces-
sitem operá-lo sem riscos.
 Os acionadores de parada de emergência devem ter cor vermelha. Existindo 
uma superfície posterior ao acionador e, sendo possível, devem ter cor amarela.
 Quando a máquina for dividida em várias zonas de parada de emergência, o 
sistema deve ser projetado de forma a tornar de fácil identificação a correspon-
dência entre os acionadores e as respectivas zonas de atuação.
Requisitos adicionais para cabos ou 
barras, quando usados como acionadores
 Devem-se considerar:
 A deformação necessária para a geração de um sinal de parada de emergência.
 A deformação máxima possível.
 A mínima distância entre o acionador e a parte mais próxima da máquina.
 A força aplicada no acionador, necessária para a atuação da unidade de controle.
 Tornar os acionadores visíveis para os operadores (por exemplo, pela aplica-
ção de etiquetas).
 Na eventualidade de quebra ou desconexão de um cabo ou barra de aciona-
mento, o sinal de parada deve ser gerado automaticamente.
 Dispositivos de desacionamento devem ser localizados de tal forma que to-
do o comprimento do cabo ou barra de acionamento seja visível da posição do 
dispositivo de acionamento.
	AMADOU_CAPA1
	AMADOU_001_010ok
	AMADOU_011_014ok
	AMADOU_015_020
	AMADOU_021_035
	AMADOU_036_044
	AMADOU_045_054
	AMADOU_053_064
	AMADOU_CAPA4de Organização 
do Trabalho
C Medidas de Proteção Individual
Nesta mesma linha de hierarquisação e conforme a Norma Internacional ISO 
12.100, que trata também de segurança de máquinas, as proteções móveis e os 
dispositivos de proteção, escolhidos e instalados corretamente, podem ser mui-
to eficazes para se obterem níveis de segurança aceitáveis. As partes de circui-
tos de comando relativas a estas funções de segurança devem ser objeto de 
uma concepção minuciosa, descrita na Norma ISO 13849 – 1:1999 (Ref: EN 954). 
A importância da performance deste circuito “de segurança” é imprescindível. 
Este documento destina-se aos Engenheiros e Técnicos de Segurança do Tra-
balho, assim como ao corpo técnico das empresas de qualquer ramo de ativida-
de e aos especialistas que fazem a fiscalização do assunto, buscando o cumpri-
mento das recomendações da norma. O seu objetivo é trazer mais esclarecimen-
tos e ajudar de forma mais objetiva e prática o entendimento dos termos da nor-
ma. Constitui um suporte na busca de soluções para a melhoria da segurança 
das máquinas e equipamentos.
Noções gerais 
sobre a Norma 
Regulamentadora 
NR-12
Noções Gerais sobre a Norma Regulamentadora NR-12
SEGURANÇA DE MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS DE TRABALHO
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ideia de construir esta cartilha, em conjunto com a FIRJAN, partiu da 
constatação prática da necessidade de uma maior divulgação para o 
empresariado do Estado do Rio de Janeiro, quanto à profundidade e 
ao alcance da aplicação da Norma Regulamentadora – NR-12 sobre SEGURAN-
ÇA NO TRABALHO EM MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS.
Esta Norma Regulamentadora foi construída de forma tripartite, com a par-
ticipação ativa de representantes do governo, dos trabalhadores e dos empre-
gadores e, da mesma forma, foi aprovada por consenso de forma tripartite em 
duas instâncias, uma pela própria Comissão que discutiu a norma, e outra pe-
la Comissão Tripartite Paritária Permanente – CTPP – em nível nacional.
Uma NoRma NacioNal
Apesar da existência de normas ISO internacionais sobre o assunto e de diver-
sas normas da ABNT voltadas para a construção de máquinas seguras, faltava 
uma norma nacional abrangente, que criasse um marco regulatório, tornando 
obrigatória a existência de mecanismos e sistemas de segurança em todas as 
máquinas de uso industrial, capazes de garantir a saúde e a integridade física 
dos trabalhadores, bem como estabelecer requisitos mínimos para a prevenção 
de acidentes e doenças do trabalho nas fases de projeto e de utilização de má-
quinas e equipamentos de todos os tipos, e ainda a sua fabricação, importação, 
comercialização, exposição e cessão a qualquer título, em todas as atividades 
econômicas, sem prejuízo da observância do disposto nas demais Normas Re-
gulamentadoras – NR, aprovadas pela Portaria 3.214, de 8 de junho de 1978, 
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nas normas técnicas oficiais e, na ausência ou omissão destas, nas normas in-
ternacionais aplicáveis. 
A NR-12 já existia desde 1978 e precisava de uma revisão, pois sua aplica-
ção não dava conta de efetivamente proteger os trabalhadores contra a ocor-
rência de acidentes de trabalho. O objetivo principal, sem dúvida, foi o de fo-
mentar o mercado nacional para produzir máquinas dotadas de mecanismos de 
segurança capazes de evitar acidentes e, da mesma forma, evitar a importação 
de máquinas sem os mecanismos de proteção necessários.
A NR-12 atual, além de trazer informações sobre boas práticas em segurança de 
máquinas, abre caminho para uma nova geração de máquinas no nosso país, ten-
do como principal conceito a concepção de máquinas com segurança intrínseca.
Porém, como não poderia deixar de ser, as disposições desta Norma referem-
se a máquinas e equipamentos novos e usados, cabendo ao empregador, em úl-
tima instância, o dever de adotar medidas de proteção para o trabalho em má-
quinas e equipamentos, capazes de garantir a saúde e a integridade física dos 
trabalhadores, além de medidas apropriadas sempre que houver pessoas com 
deficiência envolvidas direta ou indiretamente no trabalho.
Neste primeiro ano de entrada em vigor da NR-12, o grande desafio percebi-
do pelo Ministério do Trabalho e Emprego, está na adequação das máquinas exis-
tentes. No Rio de Janeiro, nos deparamos frequentemente com máquinas sem os 
dispositivos de segurança obrigatórios previstos na Norma, e a ideia desta carti-
lha foi de justamente fornecer informações e conceitos técnicos que orientem o 
empresário a procurar profissionais habilitados no mercado de trabalho, capazes 
de promover a adequação de suas máquinas existentes. Ao mesmo tempo, este 
material deve também servir para um alerta ao empresariado fluminense quan-
do da ocasião da compra de máquinas nacionais novas ou usadas e, principal-
mente, na importação de máquinas estrangeiras. Em todos os casos devem ser 
feitas exigências para que a máquina venha com um manual técnico atestando 
o atendimento aos requisitos de segurança previstos na NR-12.
A NR-12 atual exige que todas as máquinas e equipamentos tenham suas 
zonas de perigo protegidas por sistemas de segurança, caracterizados por pro-
teções fixas, proteções móveis e dispositivos de segurança, interligados, que 
garantam a saúde e a integridade física dos trabalhadores. Para tanto, torna-se 
obrigatório que o empregador providencie, a partir de uma análise de risco fei-
ta por um profissional habilitado, a instalação de sistemas de segurança de mo-
do a atender a categoria de risco prevista na análise. Além disso, este sistema 
deve possuir conformidade técnica com os comandos da máquina, ser instala-
do de modo que não seja neutralizado ou burlado, e deve manter-se sob vigi-
lância automática, sendo capaz de paralisar os movimentos perigosos e demais 
riscos quando ocorrerem falhas ou situações anormais de trabalho. 
A Norma também prevê que as máquinas possuam dispositivos seguros de 
parada e partida, paradas de emergência, manuais técnicos, procedimentos de 
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trabalho escritos e que sejam sinalizadas. Além disso, os trabalhadores, direta-
mente envolvidos na operação, devem receber curso de capacitação ou de re-
ciclagem, e cada manutenção realizada nas máquinas deve ser registrada e do-
cumentada. Os locais onde estão instaladas as máquinas e equipamentos de-
vem possuir meios de acesso adequados, e o posto de trabalho deve atender 
aos princípios da ergonomia.
Por fim, a NR-12 possui um instrumento de força que proíbe a fabricação, im-
portação, comercialização, leilão, locação, cessão a qualquer título, exposição e 
utilização de máquinas e equipamentos que não atendam ao disposto nesta Nor-
ma. O empresário deve manter à disposição da fiscalização, da CIPA do SESMT e 
dos sindicatos, um inventário atualizado das máquinas e equipamentos com iden-
tificação por tipo, capacidade, sistemas de segurança e localização em planta bai-
xa, elaborado por profissional qualificado ou legalmente habilitado. As informa-
ções do inventário devem subsidiar as ações de gestão para aplicação da Norma.
Como se pode concluir, a proposta da NR-12 é de reformular todo o parque 
industrial brasileiro através da adaptação das máquinas existentes a uma con-
dição de funcionamento com segurança, e da fabricação e importação de no-
vas máquinas que obedeçam a requisitos rigorosos de segurança industrial, 
bem como a adoção de procedimentos de trabalho seguros. É um grande de-
safio a ser vencido que exige, além de grande esforço por parte das empresas, 
uma verdadeira mudança de cultura. Avaliamos que seja fundamentalneste 
momento o apoio político e técnico das entidades de classe que compõem os 
seguimentos industriais, e de entidades como o SENAI, SENAC e SEBRAE 
que, sem dúvida, podem dar uma contribuição importante na assistência téc-
nica às empresas.
O governo, que representa os interesses de toda sociedade, pretende com 
esta norma reduzir drasticamente os acidentes típicos com máquinas e equipa-
mentos. Assistimos todo ano o anuário estatístico da Previdência Social anun-
ciar centenas de milhares de acidentes fatais. Segundo a página da Previdên-
cia Social, em 2009 foram registrados 723.452 acidentes e doenças do trabalho, 
entre os trabalhadores assegurados. Deste total, 626.314 acidentes foram clas-
sificados como típicos, sendo o Rio de Janeiro responsável por 39.399.
A Previdência Social calcula, considerando exclusivamente o pagamento de 
benefícios pelo INSS, um custo anual da ordem de R$ 11,6 bilhões. Estima-se 
que o custo indireto, contando despesas operacionais mais despesas na área 
da saúde e afins, que este custo chegue a R$ 46,4 bilhões. Estudo realizado pe-
lo Ministério da Previdência indica que cerca de 25% destes acidentes estão re-
lacionados ao trabalho com máquinas e equipamentos, portanto, custos propor-
cionais da ordem de R$ 11,6 bilhões de reais.
Diante dessa realidade, o Ministério do Trabalho e Emprego adotou como 
política pública, direcionada para a prevenção de acidentes, a priorização de 
uma Norma voltada para a prevenção e proteção contra riscos relativos ao tra-
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balho com máquinas e equipamentos. Além da política de fiscalização, o Minis-
tério mantém integração com a Previdência Social na análise de acidentes, de 
modo a subsidiar a AGU nas ações regressivas, visando restituir aos cofres pú-
blicos os custos previdenciários relativos à Previdência Social. Recentemente, 
em decisão judicial subsidiada por um laudo técnico elaborado pela SRTE-MG, 
uma grande mineradora foi condenada, no caso de um acidente de trabalho 
ocorrido com um guindaste, ao pagamento ao INSS de um montante que gira 
em torno de R$ 1,1 milhão, considerando o valor que já foi pago a título de be-
nefício e à expectativa de vida da viúva.
A conclusão é que, do ponto de vista do Governo, das Empresas e, principal-
mente, dos Trabalhadores, acreditamos que a prevenção de acidentes através 
da proteção das máquinas e equipamentos representa, sem dúvida, um custo 
que vale a pena ser investido.
José RobeRto Moniz ARAgão
Auditor Fiscal do Trabalho
Engenheiro de Segurança do Trabalho
Terminologia e 
definições
Terminologia e definições
SEGURANÇA DE MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS DE TRABALHO
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Máquina e equipaMenTo
(nR-12) – GlossáRio – anexo iV
Para fins de aplicação da NR-12, o conceito inclui somente máquina e equipa-
mento de uso não doméstico e movido por força não humana.
Máquina (nBR nM 213-1 : 2000§ 3.1) e (nF en 292-1, § 3.1)
Conjunto de peças ou componentes ligados entre si, em que pelo menos um de-
les é móvel e, com os apropriados adutores, circuitos de comando e potência etc., 
reunidos de forma solidária com vista a uma aplicação definida, tal como a trans-
formação, o tratamento, a movimentação e o acondicionamento de um material. 
É também considerada ‘máquina’ um conjunto de máquinas que, a fim de se 
chegar a um mesmo resultado, estão dispostas e comendadas de modo a esta-
rem solidárias no seu funcionamento
peRiGo (nBR nM 213-1 :2000)
Causa capaz de provocar uma lesão ou dano para a saúde. 
Dano nBR 14009:1997
Ferimento físico e/ou dano à saúde ou propriedade.
Risco (nBR nM 213-1 :2000)
Combinação da probabilidade e da gravidade de uma possível lesão ou dano 
para a saúde, que possa acontecer numa situação perigosa. 
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Zona peRiGosa De uMa Máquina (nBR nM 213-1 :2000)
É qualquer zona dentro e/ou em redor de uma máquina, onde uma pessoa fica 
exposta a um risco de lesão ou dano à saúde. 
eVenTo peRiGoso nBR 14009:1997
Evento que pode causar ferimentos.
Risco ResiDual nBR 14009:1997
Risco remanescente, após a adoção de medidas de segurança.
MeDiDa De seGuRanÇa nBR 14009:1997
Medida que elimina o perigo ou reduz o risco.
pRoFissional qualiFicaDo: (nR-12) 12.140
Considera-se trabalhador ou profissional qualificado aquele que comprovar con-
clusão de curso específico na área de atuação, reconhecido pelo sistema oficial 
de ensino, compatível com o curso a ser ministrado.
pRoFissional leGalMenTe capaciTaDo: (nR-12) 12.143.1
É considerado capacitado o trabalhador que possuir comprovação por meio de 
registro na Carteira de Trabalho e Previdência Social – CTPS – ou registro de 
empregado de pelo menos dois anos de experiência na atividade e que receba 
reciclagem conforme o previsto no item 12.144 da Norma NR-12.
pRoFissional leGalMenTe HaBiliTaDo: (nR-12) 12.141
Considera-se profissional legalmente habilitado para a supervisão da capacitação 
aquele que comprovar conclusão de curso específico na área de atuação, compatí-
vel com o curso a ser ministrado, com registro no competente conselho de classe.
pRoFissional auToRiZaDo: (nR-12) 12.143
São considerados autorizados os trabalhadores qualificados, capacitados ou pro-
fissionais legalmente habilitados, com autorização dada por meio de documen-
to formal do empregador.
pRincípio Da FalHa seGuRa
(nR-12) – GlossáRio – anexo iV
O princípio de falha segura requer que um sistema entre em estado seguro, 
quando ocorrer falha de um componente relevante a segurança. A principal pre-
condição para a aplicação desse princípio é a existência de um estado seguro 
em que o sistema pode ser projetado para entrar nesse estado quando ocorre-
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rem falhas. O exemplo típico é o sistema de proteção de trens (estado seguro = 
trem parado). Um sistema pode não ter um estado seguro como, por exemplo, 
um avião. Nesse caso, deve ser usado o princípio de vida segura, que requer a 
aplicação de redundância e de componentes de alta confiabilidade para se ter 
a certeza de que o sistema sempre funcione.
Item 12.5 – A concepção de máquinas deve atender ao princípio da falha segura.
pRoTeÇão (nBR nM 213-1: 2000)
Parte da máquina especificamente utilizada para prover proteção por meio de 
uma barreira física. 
Ela pode ser fixa ou móvel (ajustável ou não) e com dispositivos de travamento 
e/ou de intertravamento. 
DisposiTiVos De seGuRanÇa
(nR-12) – iTeM 12.42
Para fins de aplicação da NR-12, consideram-se dispositivos de seguranca os 
componentes que, por si só ou interligados ou associados a proteções, reduzam 
os riscos de acidentes e de outros agravos à saúde, sendo classificados em:
a Comandos elétricos ou interfaces de segurança
Dispositivos responsáveis por realizar o monitoramento, que verificam a inter-
ligação, posição e funcionamento de outros dispositivos do sistema e impedem 
a ocorrência de falha que provoque a perda da função de segurança, como re-
lés de segurança, controladores configuráveis de segurança e controlador lógi-
co programável – CLP – de segurança.
B Dispositivos de intertravamento
Chaves de segurança eletromecânicas, com ação e ruptura positiva, magnéti-
cas e eletrônicas codificadas, optoeletrônicas, sensores indutivos de seguran-
ça e outros dispositivos de segurança que possuem a finalidade de impedir o 
funcionamento de elementos da máquina sob condições específicas.
c Sensores de segurança
Dispositivos detectores de presença mecânicos e não mecânicos, que atuam 
quando uma pessoa ou parte do seu corpo adentra a zona de perigo de umamá-
quina ou equipamento, enviando um sinal para interromper ou impedir o início 
de funções perigosas, como cortinas de luz, detectores de presença optoeletrô-
nicos, laser de múltiplos feixes, barreiras óticas, monitores de área, ou scan-
ners, batentes, tapetes e sensores de posição.
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D Válvulas e blocos de segurança ou sistemas pneumáticos e hidraúlicos de 
mesma eficácia.
e Dispositivos mecânicos
Dispositivos de retenção, limitadores, separadores, empurradores, inibidores, 
defletores e retráteis.
F Dispositivos de validação
Dispositivos suplementares de comando operados manualmente, que, quando 
aplicados de modo permanente, habilitam o dispositivo de acionamento, como 
chaves seletoras bloqueáveis e dispositivos bloqueáveis.
aÇão posiTiVa
(nR-12) – GlossáRio – anexo iV
Quando um componente mecânico móvel inevitavelmente move outro com-
ponente consigo, por contato direto ou através de elementos rígidos, o se-
gundo componente é dito como atuado em modo positivo, ou positivamente, 
pelo primeiro.
RupTuRa posiTiVa
(nR-12) – GlossáRio – anexo iV
Operação de abertura positiva de um elemento de contato: efetivação da sepa-
ração de um contato como resultado direto de um movimento específico do atua-
dor da chave do interruptor, por meio de partes não resilientes, ou seja, não de-
pendentes da ação de molas.
pReVenÇão inTRínseca
(nF en 292-1, § 3.18)
Medidas de segurança que consistem em:
 Evitar ou reduzir tanto quanto possível os fenômenos perigosos escolhendo 
adequadamente determinadas características de concepção.
 Limitar a exposição de pessoas aos inevitáveis fenômenos perigosos ou que 
não puderam ser suficientemente reduzidos. Este resultado é obtido, reduzin-
do a necessidade de o operador intervir nas zonas perigosas
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FunÇões De seGuRanÇa DiReTa
(nF en 292-1, § 3.13.1)
As funções de uma máquina cuja disfunção imediatamente aumentaria o ris-
co de lesão ou de prejuízo à saúde
Há duas categorias de funções de segurança direta:
1. As funções de segurança propriamente ditas, que são funções de seguran-
ça direta especificamente destinadas para garantir a segurança. Exemplos:
 Função de prevenção contra inicialização inesperada/ não intencional (dispo-
sitivo de bloqueio associado a um protetor).
 Função de não repetição de ciclo.
 Função de controle bimanual.
 Outros.
2. Funções que condicionam a segurança, que são outras funções de seguran-
ça direta que não as de segurança propriamente ditas. Exemplos:
 Comando manual de um mecanismo perigoso durante as fases de ajuste, os 
dispositivos sendo neutralizados.
 Regulação de velocidade ou da temperatura mantendo a máquina dentro dos 
limites seguros de funcionamento.
FunÇões De seGuRanÇa inDiReTa
(nF en 292-1, § 3.13.2)
Funções cuja falha não gera imediatamente um risco, mas reduz o nível de 
segurança. Notadamente o automonioramento das funções de segurança dire-
ta (por exemplo, o automonitoramento do bom funcionamento de um detector 
de posição em um dispositivo de bloqueio)
DisposiTiVo De Bloqueio
(nF en 292-1, § 3.23.1)
Dispositivo de proteção mecânica, elétrica ou de outra tecnologia, projetada 
para impedir que certos elementos da máquina operem em determinadas con-
dições (geralmente enquanto um protetor não é fechado)
Terminologia e definições
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auToconTRole
(nF en 292-1, § 3.14)
Funções de segurança indireta com que uma ação de segurança é acionada 
se a habilidade de um componente ou de um constituinte que assegura esta 
função diminui, ou se as condições de funcionamento são modificadas de for-
ma que resulta a um risco
Há duas categorias de autocontrole:
1. Autoteste contínuo
Pelo qual uma medida de segurança é imediatamente acionada quando uma fa-
lha ocorre.
2. Autoteste descontínuo
Pelo qual uma medida de segurança é acionada durante um ciclo subsequente 
do funcionamento da máquina quando uma falha ocorre.
Gestão dos 
riscos em 
máquinas e 
equipamentos
Gestão dos riscos em máquinas e equipamentos
SEGURANÇA DE MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS DE TRABALHO
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 Inventário
 A apreciação do risco 
►A análise do risco
■ Determinação dos limites da máquina
■ A identificação dos fenômenos perigosos
■ A estimativa do risco
► A avaliação do risco
 A redução do risco 
► A eliminação do fenômeno perigoso e a redução do risco
► Protetores e dispositivos de proteção
■ Protetores fixos e protetores móveis
■ Dispositivos de proteção 
■ Distâncias de segurança
► Avisos, sinalização métodos de trabalho e equipamentos 
de proteção individual
■ Formação e informação
Veja aqui o conteúdo 
deste Capítulo
Gestão dos riscos em máquinas e equipamentos
SEGURANÇA DE MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS DE TRABALHO
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Procedimento interativo de apreciação 
e redução de riscos
FIGURA
1
IDENTIFICAÇÃO DOS FENÔMENOS PERIGOSOS
ESTIMATIVA DO RISCO
?RISCOS 
NOVOS
NÃO
Atualização da apreciação do risco
FORMAÇÃO / INFORMAÇÃO
SIMFIM
DETERMINAÇÃO DOS LIMITES DA MÁQUINA
AVALIAÇÃO DO RISCO: 
(a máquina está segura)
INÍCIO
ANÁLISE 
DO 
RISCO
APRECIAÇÃO 
DO RISCO ETAPA 1
ETAPA 2REDUÇÃO 
DO RISCO
Fonte: Adaptado de Sécurité des machines: phénomènes; situations; événements dangereux et dommages 
CSST/IRSST; Canadá 2006.
?
NÃO
SIM?FENÔMENO 
PERIGOSO EVITÁVEL
PREVENÇÃO 
INTRÍNSECA?5
NÃO
SIMSINALIZAÇÕES E ADVERTÊNCIAS ?
ELEMENTOS DE 
SINALIZAÇÃO E 
ADVERTÊNCIAS
8
4
3
2
1
NÃO
SIMRISCO REDUZÍVEL ? REDUÇÃO 
DO RISCO 6
NÃO
SIMMÉTODOS DE TRABALHO ? MÉTODOS DE 
TRABALHO
9
NÃO
SIMÉ VIÁVEL O USO DE PROTETORES ?
PROTETORES
PROTETORES COM 
DISPOSITIVOS 
7
NÃO
SIMEQUIPAMENTOS DE 
PROTEÇÃO INDIVIDUAL ? EPI10
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InventárIo
Recomenda-se, antes de iniciar o processo de Gestão, fazer o inventário do par-
que maquinário. Este deve ser feito conforme o item 12.153.1 da NR-12.
Apreciação e redução do risco
A gestão de risco comporta duas grandes etapas: A Apreciação do risco e a Re-
dução do risco (conforme a Figura 1). 
A apreciação do risco é o primeiro passo antes de qualquer decisão e ação 
seletivas de meios de redução. O procedimento é iterativo pois, após a seleção 
dos meios de redução de risco, uma nova 
apreciação deve ser feita. As mudanças 
adotadas e acrescidas (instaladas) devem 
passar por análise completa a fim de ga-
rantir que: 
1. Elas não apresentem novos riscos.
2. O objetivo de redução seja alcançado.
nota
A norma ISO 14.121:1999 
segurança de máquinas – princípios 
para a avaliação de risco, trata 
essencialmente das noções sobre 
apreciação de risco e é composta 
da análise e avaliação do risco. 
A etapa de redução do risco é 
abordada na norma ISO 12.100. 
ETAPA 1
a aprecIação do rIsco
De forma geral, toda melhoria da segurança de uma máquina inicia pela apre-
ciação dos riscos. Esta apreciação dos riscos associados às máquinas perigo-
sas segue aproximadamente o mesmo caminho em todos os documentos nor-
mativos que tratam da segurança das máquinas. Para cada posto e situação 
de trabalho deve ser feito um estudo completo e exaustivo de identificação 
dos fenômenos perigosos, de estimativa e avaliação dos riscos e aplicação do 
procedimento de eliminação ou redução destes riscos. 
 
A análise do risco
Análise de risco é o conjunto das três primeiras etapas da apreciação do risco. 
Ela é composta de: 
 A determinaçãodos limites da máquina ou equipamento.
 A identificação dos fenômenos perigosos. 
 A estimativa do risco. 
1 Determinação dos limites da máquina
O primeiro passo para a abordagem de gerenciamento de risco é aquele onde 
o projetista deve determinar os limites da apreciação do risco. 
Nesta fase, deve-se ter informações para documentar as condições em que 
a máquina será usada. É aqui que o projetista deverá determinar quem irá usar 
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a máquina, por quanto tempo, com que materiais. Ele também irá detalhar as 
fases da vida da máquina, as utilizações previsíveis e o nível esperado de ex-
periência do usuário. Só depois destas condições determinadas é que a identi-
ficação dos fenômenos perigosos e a estimativa do risco podem iniciar.
2 A identificação dos fenômenos perigosos
Os fenômenos perigosos estão na origem de todas as situações de risco. Expos-
to a um fenômeno perigoso, o trabalhador está em uma situação de risco e a 
ocorrência de um evento perigoso poderá levar a lesões; é o acidente.
Portanto a identificação dos fenômenos perigosos é uma das etapas mais im-
portantes no processo. Os fenômenos perigosos de todas as origens devem ser 
cuidadosamente listados. Seja de peças em movimento (perigo mecânico), de 
elemento sob tensão (perigo elétrico), de parte da máquina muito quente (pe-
rigo térmico) ou muito fria ou ruidosa ou com presença de radiação a níveis pe-
rigosos, ou em condições ergonômicas desfavoráveis, todas as fontes de ener-
gia que podem afetar a saúde e a segurança dos trabalhadores expostos devem 
ser identificados com cuidado. Associam-se depois a estes fenômenos perigo-
sos as situações de risco a que os trabalhadores estão expostos. 
Ressaltamos que este documento tem como foco os perigos mecânicos. De-
signa-se assim na NBR NM 213-1:2000, como sendo o conjunto dos fatores físi-
cos que podem estar na origem de um ferimento causado pela ação mecânica 
de elementos de máquinas, de ferramentas, de peças ou de projeções de mate-
riais sólidos ou fluidos.
Este perigo mecânico ou fenômeno perigoso mecânico apresenta-se especí-
fica e elementarmente sob as seguintes formas: 
 Perigo de esmagamento
 Perigo de corte por cisalhamento
 Perigo de golpe ou decepamento 
 Perigo de agarramento, enrolamento
 Perigo de choque ou impacto
 Perigo de perfuração ou de picada
 Perigo de abrasão ou de fricção
 Perigo de ejeção de fluido sob alta pressão
Veja nas páginas seguintes
alguns exemplos que 
facilitarão a identificação 
destes perigosos 
fenômenos mecânicos.
Exemplos de fenômenos mecânicos perigosos 
associados a componentes mecânicos e ferramentas
FIGURA
2
POSSÍVEIS CONSEQUÊNCIASFENÔMENOS PERIGOSOS
 Enrolamento
 Agarramento
 Puxamento
 Enrolamento
 Agarramento
 Choque
 Esmagamento
 Puxamento
 Queimadura
 Picada
 Agarramento
 Abrasão
 Puxamento
 Queimadura
 Projeção
 Puxamento
 Esmagamento
 Queimadura
Continua
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Exemplos de fenômenos mecânicos perigosos 
associados a componentes mecânicos e ferramentas
FIGURA
2
 Esmagamento
 Cisalhamento
 Seccionamento
 Projeção
 Choque
 Esmagamento
 Corte
 Seccionamento
 Projeção
 Puxamento
Continuação
Continua
POSSÍVEIS CONSEQUÊNCIASFENÔMENOS PERIGOSOS
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Exemplos de fenômenos mecânicos perigosos 
associados a componentes mecânicos e ferramentas
FIGURA
2
 Puxamento
 Esmagamento
 Seccionamento
 Enrolamento
 Agarramento
 Choque
 Puxamento
 Seccionamento
 Cisalhamento
 Puxamento
 Esmagamento
 Arrancamento
 Seccionamento
 Choque
 Choque
 Esmagamento
 Seccionamento
 Puxamento
Continuação
POSSÍVEIS CONSEQUÊNCIASFENÔMENOS PERIGOSOS
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Exemplos de fenômenos perigosos 
relacionados ao efeito gravitacional
FIGURA
3
 Queda
 Escorregamento
 Degringolamento
 Queda
 Escorregamento
 Tropeçamento
 Queda
 Tropeçamento
 Escorregamento
POSSÍVEIS 
CONSEQUÊNCIAS
FENÔMENOS PERIGOSOS
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Diferença de nível 
sem guarda-corpo
Piso escorregadio 
sob certas condições
Escada de acesso com desnível 
sem guarda-corpo e corrimão
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O risco é definido como sendo a combinação da gravidade (ou severidade) G 
de um dano e a probabilidade da ocorrência desse dano. Conforme ilustrado na 
Figura 4, a norma ISO 14121 divide os elementos da probabilidade de ocorrência 
de danos em três partes: 
3 A estimativa do risco
A estimativa do risco consiste em estabelecer uma relação entre as diferentes 
situações perigosas identificadas. Uma comparação relativa entre estas situa-
ções será, em seguida, possível e usada, por exemplo, para estabelecer uma 
prioridade de ação.
Elementos do risco
Conforme a NBR – 14009/1997 e a ISO 12.100/2010
RISCO
 Relacionado 
ao perigo 
considerado
SEVERIDADE
 Do possível 
dano para 
o perigo 
considerado
PROBABILIDADE DA 
OCORRÊNCIA DESSE DANO
 Frequência e duração da 
exposição
 Probabilidade de ocorrência de 
evento perigoso
 Possibilidade de evitar ou 
limitar o dano
É 
FUNÇÃO 
DE
E
FIGURA
4
Para facilitar esta estimativa um índice de risco pode ser definido. Uma vez 
estabelecido, este índice, uma comparação global e relativa de cada situação 
de risco poderá ser realizada e as ações corretivas poderão ser decididas com 
uma base objetiva.
Na prática, é importante fixar de início os limites objetivos para os fatores 
G F o p , baseando-se nas referências existentes.
Exemplo: para o fator de G ou pela fixação de referências temporais.
Exemplo: para o fator F . 
O estabelecimento destes limites favorecerá a relação dos resultados da es-
timativa das situações perigosas que poderão assim ser comparados, uns aos 
outros, de forma mais eficaz.
Combinando o resultado obtido para os quatro parâmetros, o índice de ris-
co é definido utilizando o gráfico de risco que permite estabelecer seis índices 
de risco com variação de 1 a 6, como mostrado na Figura 5.
1 A frequência e a duração da exposição a este fenômeno perigoso. 
2 A probabilidade da ocorrência de um evento perigoso. 
3 A possibilidade de evitar esse dano. Ela cita e descreve em 
detalhes os fatores considerados na ocasião da estimativa do risco.
F
o
p
Continua
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Gráfico do índice de risco de uma 
máquina com quatro parâmetros
GRAVIDADE 
DO PERIGO
LESÃO LEVE BAIXO
ALTO
LESÃO GRAVE
INÍCIO
INDÍCE 
DE RISCOS
POSSIBILIDADE 
DE EVITAR 
PERIGO
PROBABILIDADE 
DA OCORRÊNCIA 
DE ELEVADOS
PERIGOS
FREQUÊNCIA 
E/OU DA 
EXPOSIÇÃO DE 
FENÔMENOS 
PERIGOSOS
2
3
4
5
6
FIGURA
5
Fonte: Sécurité des machines : phénomènes dangereux, situations dangereuses, événements dangereux, dommages., 
Aide-mémoire sur l’analyse du risque, CSST, DC 900-337 [CS-000837].
G
G1
RAROF1
G2
FREQUENTEF2o1 o2 p1 p2
IMPOSSÍVELp2
POSSÍVELp1
IMPOSSÍVELp2
POSSÍVELp1
IMPOSSÍVELp2
POSSÍVELp1
IMPOSSÍVELp2
ELEVADOo3
MUITO FRACOo1
FRACOo2
ELEVADOo3
MUITO FRACOo1
FRACOo2
ELEVADOo3
POSSÍVELp1
p1 p2
F o
FATOR FATOR FATOR
p
FATOR
1
GravIdade ou severIdade do dano G
A gravidade ou severidade do dano pode ser estimada considerando a gravidade 
das lesões ou do dano à saúde. As escolhas propostas são: 
G1 Ferimento leve (normalmente reversível)
Exemplos: abrasão, lacerações, contusões, pequena lesão que requer, primeiros so-
corros etc.
G2 Ferimento grave (normalmente irreversível incluindo morte)
Exemplos: membro quebrado, arrancado; grave ferimento com pontos, morte e outros.
FrequêncIa e/ou duração da exposIção ao Fenômeno perIGoso F
A exposição pode ser estimada considerando:
 A necessidade de acesso à zona perigosa.
Exemplo: para o funcionamento normal da máquina, a manutenção ou reparo.
 A natureza do acesso.
Exemplo: alimentação manual de materiais.
 O tempo de permanência na área de perigo.
 O número de pessoas com necessidade de acesso a área.
 A frequência do acesso.
Continuação
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SNBR – 14009 
item 7.1.2
As opções são:
F1 Raro a bastante frequente e/ou exposição de curta duração. 
F2 Frequente a permanente e/ou exposição por longo período. 
probabIlIdade de ocorrêncIa do evento perIGoso o
A probabilidade da ocorrência de um evento perigoso pode ser estimada conside-
rando:
 Os dados de confiabilidade e outros dados estatísticos.
 O histórico de acidentes. 
 O histórico de danos à saúde.
 A comparação com riscos de outra máquina similar (sob certas condições).
As opções são:
o1 Probabilidade muito baixa: índice que vai de muito baixo para médio
Tecnologia estável, com comprovação de aplicação segura e robustez.
o2 Probabilidade baixa: índice que vai de baixo para médio
Evento perigoso relacionado a uma falha técnica, ou evento provocado pela ação de 
uma pessoa qualificada, experiente, treinada, tendo consciência do nível alto de ris-
co etc.
o3 Probabilidade alta: índice que vai de médio a alto
Evento perigoso provocado pela ação de uma pessoa sem experiência ou sem trei-
namento especial.
possIbIlIdade de evItar o danos p
A possibilidade de evitar permite evitar ou limitar os danos, em função: 
 Das pessoas que operam a máquina.
 Da velocidade de aparição do evento perigoso (se é repentina).
 Da consciência do perigo.
 Da possibilidade humana de evitar ou limitar os danos.
Exemplo: ação do reflexo; agilidade; possibilidade de fuga.
As opções são:
p1 É possível sob certas condições.
p1 Impossível ou raramente possível.
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4 A avaliação do risco
O último passo no processo de apreciação do risco é fazer um julgamento sobre 
o nível de risco estimado. Deve-se determinar se este risco é tolerável ou into-
lerável. Se é intolerável, medidas de redução de risco devem ser selecionadas 
e instaladas. Para garantir que a solução atenda aos objetivos e não gere ne-
nhuma nova situação de risco, repete-se o procedimento de apeciação tendo 
em conta o novo meio de redução instalado.
ETAPA 2
a redução do rIsco
Uma vez a fase da apreciação do risco concluída e se a avaliação prescrever uma 
redução do risco (julgado intolerável), o projetista deve determinar os meios que 
julgar adequados para atingir os objetivos de redução do risco. A ação propos-
ta na norma ISO 12100 (NBR 14009) é mostrado na Figura 1, e orienta sobre os 
meios de redução do risco previlegiando ordem hierárquica e eficiência.
Ferramentas para a estimativa de 
risco, como mostrado na Figura 5, 
muitas vezes são levadas em conta 
na fase de tomada de decisão. 
Por exemplo, um índice escolhido 
servirá de referência para 
determinar o limiar de tolerância de 
uma situação.
Para mais detalhes 
consulte a Norma ISO 
12.100/10/NBR 14009
O objetivo visado neste processo 
é principalmente impedir o 
acesso ao operador às áreas ou 
zonas de perigo das máquinas, 
conforme Figura 6.
procedImento
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Resumo do processo de redução de risco 
mecânico de máquinas e equipamentos
MECANISMOS DE PROTEÇÃO COMPLEMENTARES
Freio motor; válvula de sobre pressão etc.
OBJETIVO VISADO
Impedir que o operador 
tenha acesso às partes 
em movimento perigoso 
das máquinas
DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO
 Protetores fixos
 Protetores móveis 
com dispositivos 
de travamento e 
intertravamento
 Células fotoelétricas
 Tapete ou fitas 
sensíveis etc.
 Controle da velocidade
 Limitação de torque
 Parada de emergência
 Comando de 
manutenção de ação
MEIOS DE REDUÇÃO OU 
CONTROLE DE ENERGIAS
FÍSICOS POR DETECÇÃO DE 
PRESENÇA E PASSAGEM
FIGURA
6
Fonte: Adaptado de Comprendre les risques associés aux machines en imprimerie INRSST, ASPRIMERIE; Canadá 2006.
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5 e 6 A eliminação do fenômeno perigoso e a redução do risco
A regra primordial de segurança em um processo de garantia da melhoria das 
condições de segurança em máquinas e equipamentos é a eliminação dos fenô-
menos perigosos na concepção destes, o que chamamos de prevenção intrínse-
ca. De acordo com o item 6.2, da Norma ISO 12.100/ 2010
A prevenção intrínseca é o primeiro e mais importante passo da redução 
do risco... é para evitar fenômenos perigosos ou para reduzir o risco pela esco-
lha das características de concepção da máquina
Portanto é na ocasião da concepção da máquina que a segurança do opera-
dor é obtida. O designer vai procurar melhorar as características da máquina, 
por exemplo, o espaçamento entre as peças móveis para eliminar áreas de ar-
madilha, removendo bordas cortantes, colocando uma limitação de esforços ou 
restrições das massas e velocidades das partes móveis.
A Norma que trata das exigências sobre a melhoria da segurança obtida pe-
lo bom projeto do sistema de comando é a NBR 14.153/98 (ISO 12100/10). Atra-
vés da utilização de alguns destes princípios, procurar-se-á evitar por exemplo, 
as partidas inesperadas (EN 292-2), variações de velocidade descontroladas 
(ISO 12100/10) e situações de impossibilidade de paradas do equipamento. A 
Seção 4.11 da norma trata do assunto e aborda os conceitos como: inicialização 
indesejada, modos de controle, comandos manuais e a automonitoramento de 
sistema de comando. A NBR NM 272 tem 25 recomendações básicas para o pro-
jeto de construção de protetores.
Norma internacional 
ISO 12100:2010 Segurança 
de Máquinas – Concepção, 
Princípios Gerais de Apreciação 
do Risco e Redução do Risco.
7 Protetores e dispositivos de proteção
Os protetores, sejam eles fixos ou equipados com dispositivos de travamento 
ou intertravamento, aparecem logo após a prevenção intrínseca em termos de 
eficiência na hierarquia dos meios de redução de riscos. Seguido dos dispositi-
vos de proteção, tais como barragens imateriais (cortina de luz), tapetes sensí-
veis, detectores de presença para áreas e outros comandos bimanuais. 
7.1 Protetores fixos e protetores móveis (NBR NM 272/2002)
Considera-se impedir ao operador o acesso às zonas perigosas, pela instalação 
de um protetor, uma das melhores maneiras de reduzir a sua exposição aos fe-
nômenos perigosos. Idealmente, ele será "fixo"; precisando usar uma ferramen-
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ta para removê-lo. Este tipo de proteção, porém, não é válido para muitas situa-
ções. Acontece que muitas vezes, necessita-se abrir o protetor periodicamente 
para ter acesso à zona de perigo, por exemplo, para fins de alimentação em ma-
téria-prima, ajustes ou limpeza.
Estes protetores sendo "móveis" deverão emitir um sinal para parar a máqui-
na assim que forem abertos. 
Caso o tempo da parada da máquina (por exemplo movimentos por inércia) 
seja curto o suficiente para que o operador não alcance o fenômeno perigoso, 
usaremos um dispositivo de travamento. Este dispositivo será instalado para 
detectar a posição do protetor e emitir um sinal na sua abertura. 
No entanto, caso o tempo do fenômeno perigoso (por exemplo movimentos por 
inércia) seja longo, um dispositivo de intertravameno será usado, dispositivo que, 
além de cumprir a função de travamento, bloqueará o protetor e impedirá a sua 
abertura até que o fenômeno perigoso (inércia) esteja completamente parado.
7.2 Dispositivos de proteção
A inviabilidade do uso de protetores, fixos ou móveis leva ao uso de outro dis-
positivo de proteção; refere-se aos meios de proteção como por exemplo, bar-
reiras imateriais de luz, um detetor de presença de área, um comando bimanual 
ou um tapete sensível. Esses dispositivos são especificamente concebidos pa-
ra reduzir o risco associado à uma situação perigosa.
É a escolha, a instalação e a utilização destes meios de redução dos riscos que 
representam as proteções e dispositivos de proteção. A segurança do trabalha-
dor está baseada no bom funcionamento destes dispositivos; os circuitos de co-
mando associados deverão ter propriedades muito específicas e precisas, confor-
me propostos em norma (ISO 13849-1:1999.) O Anexo (ver página 53 desta carti-
lha) apresenta um resumo dos dispositivos mais usados de melhoria da seguran-
ça de máquinas e equipamentos nas condições e situações mais frequentes. 
7.3 Distâncias de segurança (Tirado da NR-12 Anexo I)
A eliminação da maioria dos riscos de origem mecânica pode ser obtida na con-
cepção das máquinas respeitando distâncias mínimas de segurança. O respei-
to destas distâncias de segurança permite manter a área de perigo longe do al-
cance do corpo humano ou de parte dos membros. Os principais fatores a se-
rem considerados para uma proteção eficaz são:
 A acessibilidade à área perigosa pelo corpo humano ou partes dos membros 
do corpo humano.
 As dimensões antropométricas do corpo humano ou de partes deste.
 As dimensões das zonas perigosas.
a Distâncias de segurança para impedir o acesso a zonas de perigo quando utili-
zada barreira física.
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Distâncias de segurança para impedir o acesso 
a zonas de perigo pelos membros superiores 
Dimensões em milímetros – mm
FIGURA
7
e ≤ 4
eds
≥ 2 ≥ 2 ≥ 2
4 2.700mm
Para risco baixo
h > 2.500mm
h – Altura da zona de perigo
Se a zona de perigo oferece 
baixo risco, deve-se situar a uma 
altura h igual ou superior a 
2.500mm (dois mil e quinhentos 
milimetros), para que não 
necessite proteções.
Se existe um alto risco na zona 
de perigo:
 A altura h da zona de 
perigo deve ser, no mínimo, 
de 2.700mm (dois mil e 
setecentos milimetros).
 Devem ser utilizadas outras 
medidas de segurança.
Fonte: ABNT NBR NM-ISO 13852:2003 – Segurança de Máquinas – Distâncias de segurança para impedir o acesso 
a zonas de perigo pelos membros superiores.
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Alcance ao redor – movimentos fundamentais
Dimensões em milímetros – mm
FIGURA
10
Fonte: ABNT NBRNM-ISO 13852 – Segurança de Máquinas – Distâncias de segurança para impedir o acesso a 
zonas de perigo pelos membros superiores.
≥ 850
≥ 550
≥ 230
≥ 130
120*
A
A
A
A
A
120*
120*
120*
Limitaçãodo movimento 
apenas no ombro e axila
Braço apoiado 
até o cotovelo
Braço apoiado 
até o punho
Braço e mão apoiados 
até a articulação 
dos dedos
Sr
Sr
Sr
Sr
300
620
720
A – Faixa de movimento do braço
Diâmetro de uma abertura circular, 
lado de uma abertura quadrada ou largura 
de uma abertura em forma de fenda
LIMITAÇÃO DO MOVIMENTO
DISTÂNCIA DE 
SEGURANÇA 
Sr
ILUSTRAÇÃO
≥
≥
≥
≥
≥
≥
≥
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B Cálculo das distâncias mínimas de segurança para instalação de detectores de 
presença optoeletrônicos – ESPS usando cortina de luz – AOPD.
1. A distância mínima na qual ESPS usando cortina de luz – AOPD deve ser po-
sicionada em relação à zona de perigo, observará o cálculo de acordo com a nor-
ma ISO 13855. Para uma aproximação perpendicular, a distância pode ser calcu-
lada de acordo com a fórmula geral apresentada na seção 5 da ISO 13855, a saber:
Onde:
S – e a mínima distância em milímetros, da zona de perigo até o 
ponto, linha ou plano de detecção.
K – e um parâmetro em milímetros por segundo, derivado dos dados 
de velocidade de aproximação do corpo ou partes do corpo.
T – e a performance de parada de todo o sistema - tempo de resposta 
total em segundos.
C – e a distância adicional em milimetros, baseada na intrusão contra 
a zona de perigo antes da atuação do dispositivo de proteção.
 A fim de determinar K, uma velocidade de aproximacao de 1.600mm/s (mil 
e seiscentos milímetros por segundo) deve ser usada para cortinas de luz dis-
postas horizontalmente. Para cortinas dispostas verticalmente, deve ser usada 
uma velocidade de aproximação de 2.000mm/s (dois mil milimetros por segun-
do) se a distância mínima for igual ou menor que 500mm (quinhentos milime-
tros). Uma velocidade de aproximação de 1.600mm/s (mil e seiscentos milime-
tros por segundo) pode ser usada se a distância mínima for maior que 500mm 
(quinhentos milímetros).
 As cortinas devem ser instaladas de forma que sua área de detecção cubra 
o acesso à zona de risco, com o cuidado de não se oferecer espaços de zona mor-
ta, ou seja, espaço entre a cortina e o corpo da máquina onde pode permanecer 
um trabalhador sem ser detectado.
 Em respeito à capacidade de detecção da cortina de luz, deve ser usada pe-
lo menos a distância adicional C quando se calcula a mínima distância S. 
Ver Quadro 2, na página a seguir.
 Outras características de instalação de cortina de luz, tais como aproxima-
ção paralela, aproximação em ângulo e equipamentos de dupla posição, devem 
atender as condições específicas previstas na norma ISO 13855. A aplicação de 
cortina de luz em dobradeiras hidraúlicas deve atender a norma EN 12622.
S = (K x T) + C
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C Requisitos para uso de detectores de presença optoeletrônicos laser – AOPD em 
dobradeiras hidráulicas.
1. As dobradeiras hidráulicas podem possuir AOPD laser de múltiplos feixes des-
de que acompanhado de procedimento de trabalho detalhado que atenda as re-
comendações do fabricante, a EN12622 e os testes previstos neste Anexo.
 Os testes devem ser realizados pelo trabalhador encarregado da manuten-
ção ou pela troca de ferramenta e repetidos pelo próprio operador a cada troca 
de ferramenta ou qualquer manutenção, e ser realizados pelo operador a cada 
início de turno de trabalho e afastamento prolongado da máquina.
 Os testes devem ser realizados com um gabarito de teste fornecido pelo fa-
bricante do dispositivo AOPD laser, que consiste em uma peça de plástico com 
seções de dimensões determinadas para esta finalidade, conforme Figura 11.
 Sistema de testes em dobradeiras hidráulicas providas de detector de pre-
sença optoeletrônico laser:
A Teste 1
Verificar a capacidade de deteção entre a ponta da ferramenta e o feixe de la-
ser – o mais próximo da ferramenta. O espaco deve ser ≤ 14mm (menor que qua-
torze milímetros) por toda a área da ferramenta. O teste deve ser realizado com 
a alça – parte cilíndrica com 14mm (quatorze milímetros) de diâmetro do gaba-
rito de teste, conforme Figura 11.
Distância adicional C
QUADRO
2
Fonte: ISO 13855 – Safety of machinery – The positioning 
of protective equipment in respect of approach speeds of 
parts of the human body.
DISTÂNCIA ADICIONAL C 
(mm)
≤ 14
> 14 ≤ 20
> 20 ≤ 30
> 30 ≤ 40
> 40
0
80
130
240
850
CAPACIDADE DE DETECÇÃO 
(mm)
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B Teste 2
A seção de 10mm (dez milímetros) de espessura do gabarito de teste colocado 
sobre a matriz – parte inferior da ferramenta – não deve ser tocada durante o 
curso de descida da ferramenta. Em adição, a seção de 15mm (quinze milíme-
tros) de espessura do gabarito de teste deve passar entre as ferramentas.
C Teste 3
A seção de 35mm (trinta e cinco milímetros) de espessura do gabarito de teste 
colocado sobre a matriz – parte inferior da ferramenta – não deve ser tocada du-
rante o curso de alta velocidade de descida do martelo.
Gabarito de teste
FIGURA
11
Nas dobradeiras hidráulicas providas de AOPD 
laser que utilizem pedal para acionamento de 
descida, este deve ser de segurança e possuir as 
seguintes posições:
Primeira posição – Parar
Segunda posição – Operar
Terceira posição – Parar em caso de emergência
 A abertura da ferramenta pode ser ativada, desde que 
controlado o risco de queda do produto em processo, com 
o acionamento do pedal para a terceira posição ou 
liberando-o para a primeira posição.
 Após o acionamento do atuador até a terceira posição, 
o reinício somente será possível com seu retorno para a 
primeira posição. A terceira posição só pode ser acionada 
passando por um ponto de pressão; a força requerida não 
deve exceder 350N (trezentos e cinquenta Newtons).
Fonte: EN12622 - Safety of machine tools – Hydraulic press brakes.
50
35
15 10
50 50 50
120
Alça
14
Gestão dos riscos em máquinas e equipamentos
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8, 9 e 10 Avisos, sinalização, métodos de 
trabalho e equipamentos de proteção individual
Os meios usados nos procedimentos, os avisos, as sinalizações, os métodos de 
trabalho e os equipamentos de proteção individual aparecem hierarquicamen-
te em escalões inferiores no ranking de escolha dos sistemas de proteção (item 
12.4 da NR-12). Embora essenciais em muitas situações onde nenhuma outra 
solução parece fornecer resultados adequados, seus impactos sobre a melhoria 
da segurança são considerados de menor importância. Porém eles são frequen-
temente utilizados em conjunto com outros meios de redução de riscos.
11 Formação e informação
Em todos os casos onde o fenômeno perigoso não puder ser removido ou se a 
redução de risco não for suficiente para torná-lo tolerável, capacitações, treina-
mentos e qualificação devem ser oferecidos aos trabalhadores para torná-los 
cientes e informá-los sobre a natureza dos riscos a que estão expostos e sobre 
os meios de redução selecionados e instalados.
Noções sobre 
sistemas de comando 
relacionados à 
segurança
(Categoria de segurança)
Extraído da Norma ABNT NBR 14153
Noções sobre sistemas de comando relacionados à segurança
SEGURANÇA DE MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS DE TRABALHO
45
artes de sistemas de comando de máqui-
nas têm, frequentemente, a atribuição de 
prover segurança; essas são chamadas as
partes relacionadas à segurança. Essas partes podem 
consistirde hardware e software e desempenham as 
funções de segurança de sistemas de comando. Po-
dem ser parte integrante ou separada do sistema de 
comando. O desempenho, com relação à ocorrência 
de defeitos, de uma parte de um sistema de coman-
do, relacionada à segurança, é dividido, em cinco ca-
tegorias (B, 1, 2, 3 e 4), que devem ser usadas como 
pontos de referência.
OBjETivO
É a NBR 14153 que especifica os requisitos de segurança e estabelece um guia 
sobre os princípios para o projeto de partes de sistemas de comando relaciona-
das à segurança. Para essas partes, especifica categorias e descreve as carac-
terísticas de suas funções de segurança. Isso inclui sistemas programáveis pa-
ra todos os tipos de máquinas e dispositivos de proteção relacionados. Ela se 
aplica a todas as partes de sistemas de comando relacionadas à segurança, in-
dependentemente do tipo de energia aplicado, por exemplo, elétrica, hidráuli-
ca, pneumática, mecânica. Ela abrange todas as aplicações de máquinas, para 
uso profissional ou não profissional.
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Noções sobre sistemas de comando relacionados à segurança
SEGURANÇA DE MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS DE TRABALHO
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dEfiNiçõEs
CATEgORiA dE sEguRANçA (NR-12; ANExO iv)
Classificação das partes de um sistema de comando relacionadas à segurança, 
com respeito à sua resistência a defeitos e seu subsequente comportamento na 
condição de defeito, que é alcançada pela combinação e interligação das par-
tes e/ou por sua confiabilidade. 
fuNçãO sEguRANçA dE siNAis dE COmANdO (NBR 14.153 § 3.7)
Função iniciada por um sinal de entrada e processada pelas partes do sistema 
de comando, relacionadas à segurança, para permitir à máquina (como um sis-
tema) alcançar um estado seguro.
PROCEssO PARA sElEçãO E 
PROjETO dE mEdidAs dE sEguRANçA
Este item especifica um processo para a seleção das medidas de segurança a 
serem implementadas e, então, para o projeto de partes de sistemas de coman-
do relacionadas à segurança. 
Nem todos os quesitos 
são válidos a todas as aplicações. 
Algumas aplicações requerem 
quesitos adicionais.
ANálisE dO PERigO E APRECiAçãO dE RisCOsPAssO 1
 Identificar os perigos presentes à máquina durante todos os modos de ope-
ração e a cada estágio da vida da máquina, pelo seguimento do guia da EN 292-1 
e NBR 14009.
 Avaliar os riscos provenientes daqueles perigos e decidir sobre a apropriada 
redução de risco para essa aplicação, de acordo com as EN 292-1 e NBR 14009.
É importante que as interfaces entre as partes relacionadas à segurança e 
aquelas não relacionadas à segurança do sistema de comando e todas as ou-
tras partes da máquina sejam identificadas. Então, a contribuição à redução do 
risco pode ser especificada dentro da apreciação do risco da máquina, de acor-
do com a NBR 14009.
Ver os Passos de 1 a 5 
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Noções sobre sistemas de comando relacionados à segurança
SEGURANÇA DE MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS DE TRABALHO
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dECisãO dAs mEdidAs PARA REduçãO dO RisCOPAssO 2
Definir medidas de projeto na máquina e/ou a aplicação de proteções para le-
var à redução do risco.
Partes do sistema de comando que contribuem como parte integral das me-
didas de projeto ou no comando de proteções devem ser consideradas como 
partes do sistema de comando relacionadas à segurança.
 Especificar as funções de segurança a serem cumpridas no sistema de co-
mando. 
 Especificar como a segurança deve ser atingida e selecionar a(s) categoria(s) 
para cada parte e combinações de partes, dentro das partes de sistemas de co-
mando relacionadas à segurança. Ver Figura 12 e Quadro 2, na página seguinte.
O desempenho com relação à ocorrência de defeitos, de uma parte de um 
sistema de comando, relacionado à segurança, é dividido em cinco categorias 
(B, 1, 2, 3 e 4) segundo a norma ABNT NBR 14.153 – Segurança de máquinas –
Partes de sistemas de comando relacionadas à segurança – Princípios gerais 
para projeto, equivalente à norma EN 954-1 – Safety of machinery – Safety re-
lated parts of control systems, que leva em conta princípios qualitativos para 
sua seleção. 
Na comunidade internacional a EN 954-1, em processo de substituição, con-
vive com sua sucessora, a EN ISO 13849-1:2008 – Safety of machinery – Safety 
related parts of control systems, que estabelece critérios quantitativos, não mais 
divididos em categorias, mas em níveis de A a E, sendo que o E é o mais eleva-
do. Para seleção do nível, denominado Perfomance Level – PL, é necessária a apli-
cação de complexa fórmula matemática em função da probabilidade de falha dos 
componentes de segurança selecionados Safety Integrity Level – SIL, informado 
pelo fabricante do componente. Pode-se dizer que um determinado componente 
de segurança com característica SIL3 atende aos requisitos da Categoria 4.
PROjETOPAssO 4
 Projetar as partes de sistemas de comando relacionadas à segurança de acor-
do com as especificações desenvolvidas no Passo 3, e a estratégia geral de pro-
jeto. Listar os aspectos de projeto incluídos que proporcionam a base lógica de 
projeto para a(s) categoria(s) alcançada(s).
 Verificar o projeto a cada estágio, para assegurar que as partes relacionadas 
à segurança preencham os requisitos do estágio anterior no contexto
da(s) função(ões) e categoria(s) especificada(s).
EsPECifiCAçãO dOs REquisiTOs dE sEguRANçA PARA As PARTEs 
dE sisTEmAs dE COmANdO RElACiONAdAs à sEguRANçA
PAssO 3
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Noções sobre sistemas de comando relacionados à segurança
SEGURANÇA DE MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS DE TRABALHO
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vAlidAçãOPAssO 5
 Validar as funções e categoria(s) de segurança alcançadas no projeto com re-
lação às especificações do Passo 3. Reprojetar, se necessário.
 Quando a eletrônica programável for usada no projeto de partes de sistemas 
de comando relacionadas à segurança, outros procedimentos detalhados são 
necessários.
Guia para a seleção de 
categoria de segurança
FIGURA
12
Fonte: ABNT – NBR 14153: 1998 – Segurança de máquinas – Partes de sistemas de comando relacionados à 
segurança – Princípios gerais para projeto.
S – Severidade do ferimento
S1 – Ferimento leve (normalmente reversível)
S2 – Ferimento sério (normalmente irreversível)
F – Frequência e/ou tempo de exposição ao perigo
F1 – Raro a relativamente frequente e/ou baixo tempo de exposição
F2 – Frequente a contínuo e/ou tempo de exposição longo
P – Possibilidade de evitar o perigo
P1 – Possível sob condições específicas
P2 – Quase nunca possível
B, 1 a 4 – Categorias para partes relacionadas à 
segurança de sistemas de comando (Ver Quadro 3)
Categorias preferenciais para pontos de referência
Categorias possíveis que requerem medidas adicionais
Medidas que podem ser superdimensionadas para o risco relevante
B 2
CATEGORIA
1 3 4
Ponto de partida 
para a estimativa 
do risco para 
partes relacionadas 
à segurança de 
sistemas de comando
S1
F1
P1
P1
S2
F2
P2
P2
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Noções sobre sistemas de comando relacionados à segurança
SEGURANÇA DE MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS DE TRABALHO
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Resumo dos requisitos por 
categorias (para requisitos plenos) 
QUADRO
3
Fonte: ABNT – NBR 14153: 1998 – Segurança de máquinas – Partes de sistemas de comando relacionados à 
segurança – Princípios gerais para projeto.
1. As categorias não objetivam sua aplicação em uma sequência ou 
hierarquia definidas, com relação aos requisitos de segurança.
2. A apreciação dos riscos indicará se a perda total ou parcial da(s) 
função(ões) de segurança, consequente de defeitos,

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