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UNIDADE 6 
RETÍCULO ENDOPLASMÁTICO GRANULAR E LISO 
O retículo endoplasmático (RE) faz parte de um de um conjunto de 
membranas encontradas no citoplasma de praticamente todas as células 
eucarióticas, e que estão envolvidas na, degradação de drogas, 
síntese/modificação pós-traducional de macromoléculas e de lipídeos. Suas 
membranas delimitam uma série de cavidades que permitem uma 
caracterização morfológica, por meio da microscopia eletrônica. Em termos 
estruturais pode ser observado o RE granular e o agranular. 
O RE granular (REG) apresenta uma expansão do envoltório nuclear, e 
ambos apresentam polirribossomos aderidos à face citoplasmática de suas 
membranas. O REG mostra-se especialmente desenvolvido em células que 
secretam proteínas de exportação, tais como plasmócitos e células exócrinas 
do pâncreas. Uma exceção a esta regra são os neurônios que apresentam, em 
seu corpo celular, grandes áreas ocupadas por esta organela, o 
ergastoplasma. As membranas do REG delimitam lâminas achatadas que se 
dispõem de forma paralela (Figura 01 A). A distribuição das mesmas no 
citoplasma varia, pois nos tecidos que sintetizam proteínas de exportação, mas 
não as acumulam, como os plasmócitos, por exemplo, o REG apresenta-se 
disperso pelo citoplasma. Já nas células acinosas do pâncreas a organela 
concentra-se, principalmente, ao redor do núcleo, tendo uma disposição mais 
basal. O quadro 01 apresenta alguns tipos celulares e o produto de síntese 
protéica. 
 
Quadro 01. Principais produtos protéicos encontrados na luz do REG. 
Hepatócitos Albumina, lipoproteínas plasmáticas 
Linfócitos tipo B imunoglobulinas 
Fibroblastos Colágeno, fibronectina, proteoglicanos 
 
O retículo endoplasmático liso (REL) é formado por uma rede de túbulos 
contorcidos (Figura 01 B), que em muitos casos apresenta comunicação com o 
REG. O REL mostra-se especialmente desenvolvido em células envolvidas no 
metabolismo de lipídeos, tais como células intersticiais do testículo e da 
glândula supra-renal, nas quais se mostra envolvido na síntese e secreção de 
hormônios esteróides; nestas observa-se a associação do REL com as 
mitocôndrias, que também participam desta síntese (Figura 02). 
 
 
A B 
Figura 01. Desenhos esquemáticos representando o retículo endoplasmático 
granular (A) e o liso (B). 
 
Nos rins, pele e no fígado a organela mostra-se envolvida no 
metabolismo de drogas. 
 
Membranas do RE 
 Membrana 
mitocondrial 
 
Membranas do RE 
Acetato (2C) 
 
Colesterol (27C) 
 
Pregnonelona 
 
 
 
 
 
 
 
 
Malevonato (6C) 
 
 
 
17-hidroxipregnonelona 
 
 
Isopentenilpirofosfato 
(5C) 
 
 
 
Isopentenilpirofosfato 
(5C) 
 
 
 
 
 
 
Escaleno (30C 
 
 
 
Androstenediona 
 
 
 
 
Colesterol (27C) 
 
Pregnonelona 
 
Testosterona 
 
Figura 02. Síntese de colesterol e de testosterona, a partir de acetato, pelas membranas do RE 
e da mitocôndria. 
 
COMPOSIÇÃO QUÍMICA 
As membranas do RE são formadas por 30% de lipídeos, encontrando-
se principalmente os fosfolípideos formados por ácidos graxos de cadeia curta 
e insaturada, características que levam a um aumento da fluidez. A 
monocamada citoplasmática apresenta maiores concentrações de 
fosfatidilcolina e fostatidilserina, enquanto a monocamada luminal contêm 
maiores quantidades de fosfatidilinositol e esfingomielina. A composição 
lipídica das membranas do RE, em comparação com outras, é apresentada na 
tabela 0. As proteínas formam 70% da composição química das membranas do 
RE e algumas delas podem ser utilizadas para a identificação bioquímica, 
indicando se a mesma é proveniente do REG ou do REL. 
 
Tabela 01. Comparação entre a composição lipídica de alguma 
organelas 
 Fosfolipídeos Colesterol Glicolipídeos Outros 
Plasmalema 57 15 6 22 
Complexo golgiense 57 9 0 34 
RE 85 5 0 10 
 
O REG apresenta, aproximadamente 20 tipos diferentes de proteínas 
específicas, dentre elas encontram-se as proteínas de ancoragem do 
ribossomo, glicosilases e peptidades. Nas membranas do REL podem ser 
encontradas proteínas transportadoras de elétrons, como o citocromo P450, 
que participa da hidroxilação de substratos durante as reações de 
destoxificação (Figura 03), este também participa da via de biossíntese de 
hormônios esteróides. 
 
 
Figura 03. Aumento de atividade de enzimas relacionadas a destoxificação (Citocromo P450 e 
NADH citocromo P450 redutase), após o tratamento com fenobarbital. As enzimas envolvidas 
com a dessaturação de ácidos graxos (Citocromo b5 e NADH citocromo b5 redutase) não 
respondem ao tratamento. 
 500 
 400 
 300 
 
 200 
 100 
 
Citocromo P450 
 
NADH citocromo P450 
redutase 
 
 
Citocromo b5 
 
NADH citocromo b5 
redutase 
 
Dias de tratamento 
 
O citocromo b5, também encontrado nas membranas do REL está 
envolvido em reações de dessaturação de ácidos graxos. Nas células 
musculares esta organela é tão desenvolvida e especializada que recebe o 
nome de retículo sarcoplasmático. Neste tipo celular ela armazena grandes 
concentrações de cálcio, que é liberado no citoplasma durante a contração 
muscular. No fígado, a membrana do REL apresenta a enzima glicose-6-
fosfatase, que está envolvida nas reações de liberação para a corrente 
sangüínea, da glicose armazenada sob a forma de glicogênio. 
 
SÍNTESE DE PROTEÍNAS DE EXPORTAÇÃO 
A molécula de RNAm de uma proteína de exportação, apresenta em sua 
extremidade 5’ uma seqüência de 60 códons que, após traduzidos, levam a 
incorporação de 20 aminoácidos. Este trecho do RNAm é o primeiro a ser 
traduzido e esta seqüência inicial de aminoácidos é chamada de seqüência 
sinal, a qual contém em sua parte central, oito aminoácidos polares. 
Quando este segmento emerge na superfície do ribossomo é 
reconhecido pela partícula reconhecedora do sinal (PRS) e a associação, 
PRS/cadeia nascente interrompe, temporariamente, a síntese protéica, que 
somente será reiniciada sobre a superfície do REG. A PRS é uma molécula 
híbrida formada por um RNA 7S associado a seis cadeias polipeptídicas. 
Na membrana do REG a PRS interage, temporariamente, com o seu 
receptor, desligando-se do ribossomo, o qual, por intermédio de sua 
subunidade maior, associa-se ao translocom, o que permite que a síntese 
reinicie. O translocom é um complexo formado por 3 ou 4 complexos protéicos, 
e seu componente central é a proteína Sec 61, a qual é formada por três 
proteínas de membrana. É por intermédio da Sec 61, que a subunidade L 
ribossomal interage com os demais componentes do translocom, reiniciando a 
síntese. Associados ao translocom também estão as proteínas TRAM, TRAP, o 
complexo OST e a sinal peptidase. 
A TRAM auxilia na translocação, para o interior da luz do REG, da 
cadeia polipeptídica nascente, que passa a ser glicosilada pela OST. A sinal 
peptidase, por sua vez cliva o peptídeo sinal, que é degradado no interior do 
REG. As proteínas Sec 61 formam um canal hidrofílico transmembrana, por 
meio do qual irá passar a cadeia polipeptídica em formação. A abertura, 
voltada para a luz do REG é ocupada pela proteína BiP, que atua como uma 
rolha. Esta é deslocada de sua posição, após as mudanças conformacionais 
induzidas pela interação entre a Sec 61 e a subunidade L. A figura 04, de forma 
extremamente simplificada, mostra parte do complexo sistema de interações 
que ocorrem sobre a superfície do REG. 
 
Figura 04. Representação esquemática das primeiras etapas da síntese de uma proteína de 
exportação. 
 
GLICOSILANDO OS RESÍDUOS DE ASPARAGINA 
A glicosilação promovida pela OST, leva à ligação covalente de um 
oligossacarídeo formado por 14 carboidratos (2 N-acetilglicosamina; 3 glicoses 
e 9 manoses), o qual é transferido em bloco para o radical amina (Figura 05) do 
aminoácido asparagina (Figura 05). 
Ainda no interior do REG esta seqüência de oligossacarídeoscomeça a 
ser degradada, e sob a ação das enzimas glicosidase I e manosidase II, são 
clivados, respectivamente, em dois resíduos de glicose e um de manose. 
 
 
 
 
 
 
 
Ribossomo 
 
 
PRS 
 
Receptor 
de PRS 
Membrana 
do REG 
 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Imagem:L-
Asparagine.png 
 
 
A B 
Figura 05.(A) Aminoácido asparagina. A seta aponta para o grupamento amino que será 
glicosilado. (B) Oligossacarído transferido pela OST para a asparagina (N), S, serina e T, 
treonina. 
 
MARCAÇÃO DAS PROTEÍNAS RESIDENTES NO REG 
As proteínas localizadas na luz do REG devem ser retidas, caso 
contrário seriam transferidas para o complexo golgiense. Esta perda é evitada, 
pois as proteínas residentes do REG apresentam uma seqüência que atua 
como um sinal de retenção/destinação. As proteínas que devem ser retidas na 
luz do REG apresentam uma das seqüências marcadoras: lisina (K) ou 
histidina (H), seguidos por ácido aspártico (D), ácido glutâmico (E) e leucina (L) 
K/H-DEL e caso uma proteína contendo uma destas seqüências seja 
encaminhada para o complexo golgiense, receptores presentes em sua 
membrana reconhecem o sinal de identificação e as proteínas são devolvidas 
para o REG. 
A retenção das proteínas integrais, na bicamada lipídica do REG se dá 
pelo reconhecimento das seqüências de aminoácidos KKXX ou KXKXX, nas 
quais K é a lisina e x qualquer outro aminoácido. 
 
Os exercícios referentes a esta unidade poderão ser encontrados na 
plataforma Moodle. 
 
 
 NH3+---x-N-x-(S/T---COO-

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