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NUTRICÃO PARA SAÚDE E BOA FORMA

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NUTRICÃO PARA SAÚDE E BOA FORMA
Para que se possa entender melhor o tema, iniciaremos conceituando nutrição que, segundo Ferreira (2000), é o conjunto de processos que tem início com a ingestão dos alimentos, sendo finalizados com a assimilação desses alimentos pelas células.
O processo de nutrição, na realidade é muito mais complexo que a abordagem desse conceito e, envolve a ingestão, digestão, absorção, transporte e excreção de substâncias do alimento, resultando no metabolismo que consiste em produção de energia, para o funcionamento homeostático de cada célula e do organismo como um todo, conseqüentemente para prevenção, manutenção e restauração da saúde que é conceituada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como sendo: não apenas a ausência de doenças, mas, o completo bem-estar bio-psiquico-social.
Para saúde de cidadãos, os principais fatores intervenientes além de moradia, emprego e infra-estrutura, são a nutrição e a boa forma física.
Quanto à nutrição, nas décadas posteriores a II Guerra Mundial houve um exacerbado desenvolvimento do capitalismo, tendo como conseqüência à desigualdade social que gerou o caminho da fortuna e obesidade para uns e miséria aliada a fome para outros, pois pessoas que têm uma melhor condição financeira tendem a ingerir uma maior quantidade de calorias diárias do que pessoas desempregadas ou com baixos salários. O século XXI, por sua vez, traz um legado do século passado, pois conforme Dutra-de-Oliveira (1998), Um quinto da população brasileira é constituída de indigentes que não têm condições financeiras de comprar uma alimentação adequada ou suficiente e, atualmente o projeto fome-zero do governo federal não tem sido eficaz no combate a fome, assim como outros projetos anteriores. 
	A fome causa principalmente a desnutrição em crianças, gerando graves problemas de saúde e até mesmo a morte. 
	Algo muito interessante é que não apenas a fome é preocupante, mas também o excesso de alimentação que conduz a obesidade e, consiste no outro extremo ou polaridade, sendo problema foco de saúde pública no Brasil e em vários paises do mundo, principalmente nos Estados Unidos (USA).
	Segundo Mahan (2005), a obesidade é uma condição de excesso de gordura corporal quer localizada ou generalizada, podendo ter várias causas como, distúrbio endócrino, fatores genéticos e hereditários, bem como desequilíbrio de energia, gerando um balanço calórico positivo, ou seja, quando a ingestão calórica de um individuo é maior que o gasto calórico total diário. 
Ainda existe um grande problema ideológico no qual muitas pessoas acreditam que comer bem e estar bem nutrido consiste em ingerir grandes quantidades de alimento, no entanto, sem se preocupar com a qualidade do alimento que está sendo ingerido. Por isso, faz-se necessário haver um controle da ingestão calórica associado a pratica de uma atividade física regular.
Para classificação do nível de obesidade é comumente utilizado por nutricionistas, médicos e educadores físicos, o índice de massa corporal (IMC) que consiste em dividir o peso (kg) do individuo pela sua altura (em metros) ao quadrado, tendo como classificação ideal padrão, escores de 18,5 a 24,9 kg/m2, sendo considerado sobrepeso entre 25 e 29,9 kg/m2, com a obesidade iniciando a partir do resultado de 30 kg/m2.
Teoricamente e, já confirmado em pesquisa científicas conforme Nahas (2000), para cada 3.500 kcal dispendidas acima do gasto calórico diário, ocorrerá a perda de aproximadamente 0,5 kg de peso corporal. Essa informação é muito importante, pois conhecendo o Gasto de Energia Basal (GEB), o Gasto de Energia em Repouso (GER), a Energia Gasta em Atividade Física (EGAF) e o Efeito Termogênico dos Alimentos (ETA) é possível fazer uma planejamento nutricional individualizado, considerando o Gasto Total de Energia (GTE) que pode se calculado de acordo com equações de predição preconizadas pela literatura a exemplo de Mahan (2005). O controle de peso para saúde pode ser conseguido através de uma atividade física regular e de uma prescrição dietética com ênfase no balanço calórico que pode ser negativo quando a ingestão calórica é menor que a demanda energética, sendo utilizando para perda de peso corporal; balanço calórico positivo, já citado; e balanço calórico equilibrado ou nulo, quando há um equilíbrio entre a ingestão e a demanda de energia, teoricamente haverá manutenção do peso corporal.
O papel do nutricionista é de fundamental importância na escolha dos macro e micronutrientes, na qualidade e na quantidade de kcal a serem ingeridas.
Segundo Mahan (2005), uma dieta para perda de peso igual ou inferior a 1000 kcal/dia, é prejudicial à saúde.
A obesidade pode desencadear outros problemas com conseqüências deletérias à saúde a exemplo do aumento do colesterol sérico com diminuição do colesterol HDL (Lipoproteína de Baixa Densidade), aumento do LDL (Lipoproteína de Baixa Densidade) e aumento dos triglicerídeos que, juntos podem causar aterosclerose e até mesmo a morte por infarto do miocárdio ou AVC (acidente vascular cerebral). A hipertensão arterial também é um fator preocupante nesse contexto, sendo necessária à redução de cafeína e de cloreto de sódio na dieta, já que ambas tendem a ser prejudiciais.
A ingestão de alimentos em excesso, além da obesidade e dos demais problemas anteriormente citados, pode desencadear o diabetes tipo 2 (principalmente pelo uso dos açucares como sacarose) que induz a membrana das células se tornar resistente a insulina. Nesse caso recomenda-se minimizar consideravelmente o uso dos açucares e demais carboidratos de alto índice glicêmico.
Como prevenção dessas doenças, é importante reduzir a quantidade de gorduras da dieta, principalmente as saturadas, devendo o consumo de gorduras de uma dieta saudável corresponder de 20 a 30% de kcal totais/dia, provenientes de vegetais ou peixes; o consumo de carboidratos deve ser de 50 a 65% kcal totais/dia de fontes como hortaliças, frutas e grão integrais com baixo índice glicêmico; quanto as proteínas, devem corresponder entre 10 e 15% das kcal totais/dia, sendo importante ainda, de 2 a 2,5L de água diários e sais minerais provenientes principalmente das verduras como espinafre, repolho etc.
O estilo de vida é, na realidade o fator primordial para uma vida com qualidade, portanto, para o obeso, uma perda inicial de 5 a 10% do seu peso corporal pode ser muito benéfico para saúde, especialmente quando essa perda é de gordura, sendo comprovada pela avaliação do percentual de gordura, realizada 2 meses após o inicio da dieta baseada em menos 500 a 1000 kcal/dia associada ao atividade física que trará além de outros benefícios uma perda maior de gordura corporal, ganho extra de massa corporal magra (MCM) e melhor eficiência dos sistemas cardiorrespiratório, endócrino, digestório etc.
O estilo de vida com ênfase na nutrição adequada, também irá favorecer a saúde óssea, oral e dental. Apesar de as doenças relacionadas ao osso (osteomalácia, osteopenia e osteoporose), terem varias causas, seu desenvolvimento pode ser atenuado se no decorrer da vida for proporcionada uma ingestão adequada de nutrientes aliada ao exercício físico.
Os ossos do esqueleto humano estão em constante processo de reabsorção e formação e tem seu pico de massa óssea aproximadamente aos 30 anos de idade, esse pico está diretamente relacionado à ingestão de cálcio na dieta e a uma atividade física de sustentação do peso corporal que seja desencadeadora de estresse mecânico não lesivo. O estresse mecânico sobre o osso, irá proporcionar o processo fisiológico natural de melhor utilização dos minerais (cálcio, fósforo, magnésio, potássio, etc) e vitaminas (D e K) necessárias à formação óssea realizada pelos osteoblastos, reduzindo assim, a ação de absorção osteoclástica que tende a desencadear osteoporose e fraturas como conseqüência.
Quando a ação dos osteoclástos é superior a dos osteoblastos ocorre perda de massa óssea, esse processo ocorre comumente no gênero feminino durante e após a menopausa devido à redução
da ação dos hormônios estrógenos para o metabolismo ósseo. Os estrógenos atuam no sentido de bloquear a produção de citocinas (hormônios de reabsorção) estimulada pelo hormônio paratireóideo (PTH).
No gênero masculino com faixa etária entre 60 e70 anos, ocorre um declínio da produção de testosterona que também causa desequilíbrio para baixo em relação à atuação osteoblástica gerando perda de massa óssea em um nível menor que no gênero feminino. Em ambos os gêneros, principalmente na infância e na terceira idade, faz-se necessário uma ingestão mais equilibrada de cálcio e vitaminas D e K dos alimentos, pode ser feita ainda, a suplementação caso seja extremamente necessária. Alimentos como a soja, o tomate e a goiaba (fitoestrógenos) têm um papel importante na manutenção óssea, no aumento do colesterol HDL, na prevenção do câncer de próstata etc.
É necessária também, uma dieta equilibrada para manutenção da saúde oral e dental, com suporte nos princípios nutricionais adequados.
Baseando-se nessa abordagem, pode-se concluir que: a nutrição adequada aliada ao exercício físico podem conduzir todas as funções orgânicas a homeostase de modo a manter a saúde ou restaurá-la, bem como promover ou manter a boa forma física, protegendo a integridade esquelética, muscular, neural, cardiovascular etc. Para isso, basta manter um estilo de vida saudável acrescentando vida aos anos.

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