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Revolução Histórica do Direito do Trabalho no Brasil

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Universidade Católica do Salvador
Direito do Trabalho
Professora Adelia Marelin
Unidade I 
Ponto 1: Revolução histórica do Direito do trabalho no Brasil
1ª fase : 1824-1891 (liberalismo monárquico)
1824 - Constituição
1830 - Lei de locação de serviço para brasileiros e estrangeiros (livres/dentro do império)
1837 - Lei de locação de serviço de colonos e justacausas 
1846 - Lei limita dois estrangeiros por empresa
1850 - Código Comercial
1871 - Lei do ventre livre
1879 - Decreto revogando lei de 180 e 1837
1888 - Lei Áurea
1889 - Proclamação da República
1890 - Fundação do partido operário
1891 - Decreto Estados –membros legislação relação locator/locatário
2ª fase : 1891-1930 (liberalismo republicano)
1891 - Decreto regulamenta trabalho de menores nas fábricas ,na Capital Federal ( RJ )
1891 - Constituição ( República Velha)
1893 - Regulamentação da associação profissional
1903 - Lei de sindicalização dos profissionais da agricultura e indústria rural
1907 - Lei de sindicalização dos profissionais liberais
1908 - 1ª Conferência operária brasileira
1911 - S.P. patronato agrícola
1914 -1918- 1ª guerra mundial
1916 - Código Civil
1918 - Serviço de povoamento transforma-se em Departamento Nacional de Trabalho
1919 - Lei acidente de trabalho
1919 - S.P. Tribunais rurais
1923 - Regulamentação da lei acidentária
1923 - Conselho Nacional do Trabalho
1923 - Lei Eloi Chaves ( caixa de aposentadorias e pensões)
1925 - Lei de férias (15 dias remunerados)
1926 - Competência para legislar: Congresso Nacional
1927 - Código de menores
1929 - Lei de falência alterado – créditos trabalhistas privilegiados
3ª fase : 1930- 1946 (intervencionismo)
1ª fase: Era Vargas
1930 - Revolução dos tenentes (República Nova)
1930 - Decreto autoriza governo provisório legislar por decreto
1930 - Ministério do trabalho, indústria comércio
1930 - Cobrança de multa por infração a lei
1931 - Departamento Nacional do Trabalho e Delegacias
1932 - C.C.T.
1932 - Decreto (Comissão mista de conciliação DC
 Junta de conciliação e julgamento DI)
2ªfase
1934 - Constituição (influência de Weimar)
1934 - IAPM, IAPB, IAPC 
1935 - Intentona comunista
1935 - Indenização por despedida injusta e estabilidade na terminação do contrato (indústria e comércio)
1936 - IAPI
1936 - Salário mínimo e adicional de insalubridade (governo de Getúlio: o pai dos pobres)
3ªfase
1937 - Estado Novo (“carta del lavoro”)
1937 - Constituição
1939 - Organização da justiça do trabalho (R.E.)
1939-45 – 2ª guerra mundial
1942 - SENAI
1943 - CLT
1946 - SENAC
1946 - Magistratura do trabalho
4ª fase: 1946-1964 (intervencionismo)
1946 - Constituição (“Weimar”)
1949 - Lei 605-RSR
1955 - Adicional de periculosidade
1957 - Lei 3207 (comissões)
1962 - 4090 (13º salário)
1960 - LOPS ( Lei orgânica da previdência social)
1961 - 3999- salários mínimos de médicos e dentistas
1963 - ETR
1963 - Salário família
5ª fase: 1964-aos nossos dias (revisionismo)
1964 - Golpe militar (AI nº1)
1964 - Lei 4330 (lei de greve)
1965 - Política salarial (DC)
1967 - FGTS – Lei 5107
1967 - Constituição
1969 - Decreto-lei 779 (PT)
1969 - Constituição
1970 - Lei 5584 (PT)
1970 - Leis complementares nº7 (PIS) e nº8 (PASEP)
1972 - Trabalho doméstico, lei 5859
1973 - Lei 5859 rurais
1973 - FGTS retroativo
1974 - Lei 6019- trabalho temporário
1974 - MPAS
1974 - Salário maternidade 
1976 - CLPS
1977 - Nova lei de férias (CLT, 30 dias remunerados)
1977 - Nova lei de segurança e medicina do trabalho
1985 - Nova República
1985 - Vale transporte
1986 - Seguro desemprego
1988 - Constituição Federal
1989 - Lei 7783 ( lei de greve)
1990 - FGTS, lei 8036
1990 - ECA
1991 - Lei de P.S.
1998 - Lei de contrato a tempo parcial
Universidade Católica do Salvador
Direito do Trabalho
Professora Adelia Marelin
Ponto 2 
1.Denominação
Legislação : 
 Industrial
 Operária
 Do Trabalho
 Social
Direito Industrial
Direito Operário
Direito Corporativo
Direito do Trabalho
Direito Social
2.Conceito 
Corrente objetivista
 
Direito do Trabalho é conjunto de princípios, normas e instituições, que regula o contrato ou a relação jurídica de emprego.
Corrente subjetivista
“ Sistema legal de proteção do economicamente débil.”(Alejandro Gallart Folch )
Corrente mista ou eclética
É o conjunto de princípios, normas e instituições que disciplina o contrato de trabalho ou a relação jurídica de emprego e aspectos da vida dos sujeitos notadamente do empregado, dada a sua condição de hipossuficiente.
3.Taxinomia/natureza jurídica das normas
 
Direito Público
Direito Privado
Direito privado de ordem pública
4. Divisão interna
Direito individual do trabalho
Direito coletivo/sindical do trabalho
Direito administrativo/tutelar do trabalho
5.Fontes
Conceito
Classificação geral (François G’ény)
 
 Reais, materiais, substanciais
 Formais ou jurídicas, propriamente ditaa
3.Classificação de fontes formais no Direito do Trabalho ( José M. Catharino e Orlando Gomes)
 Primária/voluntária- contrato de trabalho 
 Autônomas De origem profissional Usos e costumes
 CCT-ACT
 Regulamento de empresa
 Heterônomas De origem estatal- lei
 De origem mista- sentença normativa , E. TST,277
4.Hierarquia - conflito de fontes 
 Solução - princípio da norma mais favorável
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Direito do Trabalho
Professora Adelia Marelin
Ponto 3: Autonomia do Direito do Trabalho
1.Autonomia relativa
2.Critérios para sua afirmação
a)Autonomia legislativa C.L.T. (922)
 Legislação extravagante
b)Autonomia científica Vastidão da matéria doutrinária e jurisprudencial
 Princípios próprios
 Institutos próprios
c)Autonomia constitucional
 C.F. 46, 67, 69 e 88 (arts. 7º, 8º, 9º, 10, 11, 22, I)
d)Autonomia administrativa
 1930-MTIC
 Atual- TEM
e)Autonomia docente, didática e universitária
 1926, 1936, 1956
f)Autonomia Jurisdicional
 Justiça do Trabalho 
3.Relações
Leis Constitucionais
Direito Civil
Direito Administrativo
Direito Internacional público e privado
Direito Comercial
Direito Penal
Direito Previdenciário
Direito Processual do Trabalho
Direito Fiscal
Principiologia do Direito do Trabalho
Princípio geral: Da proteção tutelar do trabalho
Princípio da norma mínima
Princípio da autodeterminação coletiva
Princípio da irrenunciabilidade dos direitos
Princípio da norma mais favorável
Princípio da condição mais benéfica
Princípio da multinormatividade/pluricentrismo normativo 
Princípio do favor “In dúbio pro operário” 
Princípio da primazia da realidade
Princípio da continuidade dos contratos
Princípio da razoabiliade 
Princípio do rendimento
Princípio do trabalho igual/salário igual
Princípio da irretroatividade da nulidade total do contrato de trabalho
Princípio da irredutibilidade do salário
Princípio da equidade
 Dentre outros
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Direito do Trabalho
Professora Adelia Marelin
Continuação do ponto 3
4.Interpretação
a)Métodos tradicionais
 Gramatical ou filológico
 Histórico – evolutivo
 Lógico – sistemáticoSociológico
 Teleológico 
b)Fontes secundárias integrativas
 
 Subsidiária – CLT, art. 8º, § único
 Supletivas – CLT, art. 8º, “caput” 
c)Referência
LICC, art. 5º
CLT, art. 8º, “caput” e § único
5.Aplicação no tempo
Direito intertemporal
Princípio da imediatidade
Princípio da irretroatividade
Regência
LICC, art.1º, §§ e art. 6º
C.F./88, art. 5º, §1º, LXXVII e XXXVI
CLT, art. 912
TST, E. 131
6.Aplicação no espaço
Princípio da territorialidade/nacionalidade
Princípio “lex loci executionis” 
Regência
LICC, art. 9º, §1º
CLT, 651
TST, E. 207
Código BUSTAMANTE, 1928, art. 198
Carta Internacional Americana de Garantias Sociais, 1948
c) Exceção – “Lei do pavilhão”
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Direito do Trabalho
Professora: Adelia Marelin
II UNIDADE
1º Ponto: Empregado
1. Importância do conceito
 Empregado é destinatário das normas protetoras.
2. Análise do conceito legal - C.L.T., art. 3º 
 Requisitos qualificativos do “status”
pessoalidade:
Obrigação “ intuitu personae”;
Obrigação de fazer “faciendi necessitas”;
Obrigação infungível,personalíssima,intransmissível não pode se fazer representar por outro;
Prestação por pessoa física (energias físicas ou psíquica dispendidas)
Subordinação,dependência:
Sujeição às ordens, fiscalização,controle. Não existe autonomia. 
Subordinação jurídica, pessoal e hierárquica.
Pode variar de grau e intensidade segundo fatores:
		empresários
	 mesológicos ou locais
		profissionais
Essencial ao empregado e ao contrato.
Onerosidade:
Trabalho mediante salário.
Essencial ao empregado e ao contrato.
Continuidade, não eventualidade
Integra-se à vida normal da empresa.
Segundo Mário Levi Deveali e Paolo Greco, há 2 formas de continuidade:
		de caráter permanente
 		de caráter provisório(adventício): safristas
 suplentes
 
3. Classificação geral de trabalhadores
 capitalistas
 não capitalistas:
 empregados 
 não-empregados:
Autônomos 
1)sem vinculação com a justiça do trabalho
2)com vinculação com a Justiça do Trabalho( C.L.T.652,III) 
 
 Avulsos
 CF/88,art 7º, XXXIV
 Dec.3048/99, art.9º,VI, e § 7º(I/VI)
 Eventuais 
4. Classificação geral de empregados
 a)Comum: 
 urbano
 rural – Lei 5889/73
CF/ 88, art.7º, “caput”
 b)Alto-empregado
 C.L.T., arts. 62,II,§ único e 469, § 1º
 c)Adventício: 
 safrista
 suplente
 d)Doméstico: Lei 5859/72
 CF/88, art.7° § único
 e)Temporários: Lei 6019/74
 E., TST, 256 e 331, I
 f)Interessados, acionistas
 C.L.T., art. 63
 g)Em/ a domicílio
 C.L.T., art. 6°
 h)Aprendizes
 CF/88, art. 7°, XXXIII, E.C. 20/98
 Lei 10.097, de 19.12.00
 i)Terceirizado
 E. TST, 331, 256 e 239
 Lei 8212/91, art. 31 reconhece a responsabilidade das tomadoras quanto aos recolhimentos previdenciários não feitos pela prestadora.
 j)Diretor eleito de AS
 E. TST, 269
 Dec 3048/99 art. 9°, § 2° empregado
 Art.9°, § 3° não empregado
 k)Em condomínio residencial
 Lei 2757, de 23.04.56
5)Espécies de trabalhador na “zona intermediária” a ser examinada se se trata de autônomo ou de empregado.
profissionais liberais/ trabalhadores intelectuais
mandatários:
agentes corretores de seguros e de imóveis. Lei 4597/64 e Lei 6530/78
representantes comerciais. Lei 4886/65
empregados- sócios
pequenos empreiteiros
parceiros e meeiros
cooperado. Lei 5764/71
estagiário Lei 6494/77 e Dec. 3048/99,art.9, I, “h”(empregado) e art.11, VII (não empregado).
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Direito do Trabalho
Professora: Adelia Marelin
II UNIDADE
2º Ponto: Empregador
1.Conceito Doutrinário
É a pessoa física ou jurídica que admite, dirige e remunera a prestação pessoal e contínua de serviço.
2.Crítica do conceito legal da CLT, no art.2º, “caput”
a)Empresa propriedade de pessoa física ou jurídica.
b)Empregador assume riscos da atividade econômica (lucrativa ou não).
c)Prestação pessoal, contínua, subordinada e remunerada de trabalho.
3.Empregador por equiparação legal
CLT ,§ 1º do art. 2º
4.Despersonalização física
Werner Sombart: “O moderno capitalismo.”
Origem do fenômeno:
 Desenvolvimento da sociedade industrial
 Alargamento de mercado
 Progresso da sociedade 
3 estágios:
 Relação primária (patrão tipo clássico)
 Relação intermediária (desconcentração de autoridade)
 Fenômeno da despersonalização (macro – empresa)
CONSEQUÊNCIAS LEGAIS
Sucessão subjetiva e objetiva: CLT, 448
Solidariedade passiva e ativa: CLT, § 2º do art. 2º
Patrimônio da empresa (Capital social) é a garantia dos créditos trabalhistas.
OBS.: Responsabilidade dos sócios
Hoje, há uma tendência jurisprudencial de levar a responsabilidade pelos créditos trabalhistas além dos limites do capital social da empresa, comprometendo também os bens particulares dos sócios, sobretudo dos sócios gerentes.
Na desconsideração dos limites da pessoa jurídica, alguns julgados presumem a culpa do sócio ou administrador e exigem configuração de fraude à lei ou violação de norma contratual.
5.Poder hierárquico do empregador
Poder hierárquico: Complexo de poderes. A hierarquia só existe no sentido vertical.
PODER: Quando o titular de direito pode diretamente, pessoalmente exigir a satisfação do direito, sem precisar recorrer ao judiciário.
Ex.: Direito público.
Exceções: Direito privado
 Direito de Família – Pátrio poder
 Direito do Trabalho – Poder hierárquico do empregador
Direito subjetivo privado
O titular do direito somente pode exigir sua satisfação por meio da prestação jurisdicional.
6.Natureza jurídica do poder hierárquico
a)Teoria contratual
O contrato é o fundamento da subordinação do empregado. Ele exercerá, quando necessário, “ius resistentiae” , CLT, 444 e 468.
b)Teoria institucionalista
Empresa é instituição (Teoria da década de 40), seus dirigentes têm poderes equivalentes ao legislativo, executivo e judiciário.
c)Teoria do direito de propriedade da empresa
Sendo o empregador proprietário dos meios de produção, ele é detentor da fonte primária de poder (o capital) na relação com o empregado.
7.Manifestações do poder hierárquico do empregador
 Poder diretivo
 Poder disciplinar
 Poder regulamentar
8.Poder diretivo
Poder de comando, fiscalização, controle do trabalho do empregado. Pode ser exercido diretamente ou por meio de prepostos. As ordens são verbais ou escritas, gerais ou particulares. Seus limites são as normas de ordem pública (violação resultante de justa causa, por ex. ,art. 483 da CLT), sentença normativa, CCT, ACT e contratos de trabalho.
No exercício do poder diretivo, o empregador poderá exercer “ius variandi ” e o empregado, o “ius resistentiae”.
9.Poder disciplinar
Poder de punir, apenar, aplicar penalidades, corolário do poder diretivo.
Direito Penal da empresa: Limites ao seu exercício nos princípios de Direito Penal. Pode ser exercido diretamente ou por meio de prepostos. Sujeito a controle judicial prévio (empregado estável) e posterior(empregado sem estabilidade).
Penalidades trabalhistas:
 Advertência, admoestação e censura (escrita ou verbal)
 Suspensão – CLT, 474
 Despedida, dispensa ou despedimento com justa causa 
10.Poder regulamentar 
 
Inerente ao poder diretivo. Poder de elaborar normas gerais e abstratas com o fim de uniformizar as condições de trabalho na empresa, adaptando a execução do trabalho às particularidades técnicas do estabelecimento. TST, E. 186.
11.Regulamento de empresa
É ato ou instrumento pelo qual o empregador especifica em normas gerais e abstratas as ordens e instruções necessárias a boa condução dos trabalhos da sua empresa.
No Brasil, seus limites são as normas de ordem pública e demais fontes superiores. Deve ser publicado e conhecido.
12.Natureza jurídica do regulamento de empresa
a)Teoria contratual
O consentimento expresso ou tácito do empregado, ao celebrar o contrato, lhe serve de fundamento: CLT , 444, TST, E. 51 e 77.
b)Teoria contratual de adesão
O empregado consente em branco. É convenção acessória ao contrato.
c)Teoria institucionalista
Coleção de regras de trabalho ditadas pelo empresário – dirigente da empresa – instituição (teoria da década de 40) voltada para um fim determinado e elevado.
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Universidade Católica do Salvador
Direito do Trabalho
Professora Adelia Marelin
II Unidade
Ponto 3: Empresa
Empresa é prismática
Exame sob os ângulos econômicos, sociológico, político, jurídico, etc.
Sob o ângulo jurídico
Diferente abordagem pelo Direito Comercial, Civil, Industrial, Financeiro, Trabalhista (relações pessoais e relações sindicais).
Empresa como célula econômica
Reunião de meios materiais coordenados por um empresário, para produzir bens e fornecer serviços para a sociedade.
Empresa como célula social
Quadro em que trabalhadores põem sua força de trabalho a disposição de um empresário para obterem os recursos necessários à sua subsistência e de sua família.
Conceito para o Direito do Trabalho
“ É a organização que reúne trabalhadores sob autoridade de um chefe para a realização de um trabalho comum”. (Nicole Catala) 
Pressupostos da existência da empresa, no Direito do Trabalho 
Autoridade organizadora e dirigente
Pessoal executor subordinado
Fim determinado a alcançar
Elementos organizacionais (empresa já constituída)
Elemento humano (universalidade de pessoas – “Universitas personarum”)
OBS.: Direito do Trabalho distingue-se de Direito Comercial, Civil, Industrial, Financeiro.
Elemento material (universalidade de fato, coisa, “Universitas rerum”)
Elemento intelectual (fim a alcançar)
Diferença entre empresa e estabelecimento
Empresa noção profundamente abstrata e imaginária, por não ser mais que criação jurídica, social, e , nos dias atuais, política (é halo ou coifa superposta e bem visível ao estabelecimento).Waldemar Ferreira .
Estabelecimento
Determinado pela Natureza da empresa
 
 Desenvolvimento da empresa
Caracteriza-se pelo 
 
 Fracionamento geográfico
 Dispersão de pessoal
 Desconcentração de autoridade 
CONCEITO DE ESTABELECIMENTO:
Reunião de meios humanos, materiais e imateriais coordenados, tendo-se em vista atingir, por meio da realização de uma atividade contínua, uma finalidade de caráter técnico.
Não pode existir empresa (“impresa”) sem estabelecimento(“azienda”), como não pode existir estabelecimento sem empresa.
Paul Durand e André Rouast:
 
Empresa – Unidade econômica de produção.
Estabelecimento – Unidade técnica de produção.
Natureza jurídica da empresa (Catharino)
Corrente subjetivista – Empresa sujeito (teoria da década de 40)
Corrente objetivista – Empresa como objeto de direito de propriedade do empresário.
Corrente mista – Empresa sujeito de direito nascente.
Tertium genus” – Empresa é atividade, é um “quid immateriale” (Catharino).
Personalização e democratização(Catharino) 
PERSONALIZAÇÃO : Colaboração entre assalariados e assalariantes.
DEMOCRATIZAÇÃO: Quando deixa de ser propriedade de uma pessoa ou grupo de pessoas.
O equívoco da S.A: Há democratização do capital na empresa capitalista, o poder emana do capital.
Na empresa democrática, o poder emana, também, do trabalho, com a participação dos trabalhadores – empregados, na gestão e no lucro. 
A personalização levará à democratização da empresa, para o Direito do Trabalho.
Princípios básicos relativos a empresa 
7.1.Princípio da continuidade da empresa
 
Origem: Fenômeno da despersonalização física do empregador.
Conseqüência: Continuidade da relação de emprego.
Exceção ao princípio: A mudança do elemento intelectual da empresa.
Como uma única exceção à regra de que o contrato de trabalho não é “intuitu personae”, em relação ao empregador, há o fato morte do empregador, “pessoa física”. É facultado ao empregado terminar o contrato (CLT, 483, §2º). Não há justa causa, dispensado-se o aviso prévio e a multa do FGTS.
 Subjetiva, CLT, 448
 SUCESSÃO 
 Objetiva, CLT 10, 448
 
Sucessão subjetiva: De empregadores. O patrimônio empresário muda de dono. Mudança na titulariedade da propriedade da empresa.
Proteção: A alienação não é justa causa para a sumária terminação/cessação do contrato de trabalho.
Sucessão objetiva: Mudança na estrutura jurídica da empresa por força de :
 
 Incorporação: Quando uma ou mais empresas são absorvidas por outra.
Transformação: Transferência do tipo de sociedade, exemplo: de responsabilidade limitada para S.A..
Fusão: Quando duas ou mais empresas se unem para formar uma terceira empresa.
Permanecem exigíveis todas as obrigações trabalhistas vencidas anteriormente e ainda não cumpridas. As questões referentes a transformação da empresa são de índole Civil ou Comercial e em nada afetam os empregados, que aliás, nem são parte da avença.
7.2.Princípio da solidariedade das empresas 
Origem: Princípio da despersonalização da empresa.
Conseqüência: Proteção do empregado.
CARACTERÍSTICAS (Orlando Gomes)
Várias empresas dirigidas, controladas e administradas por uma delas;
Empresas se constituem em grupo de qualquer atividade econômica;
 Empresa com personalidade jurídica distinta.
CLT, art. 2º, §2º
Princípio da unidade do grupo de empresas
Responsabilidade solidária de todas as empresas (solidariedade ativa e passiva).
Grupo de empresas, uma só empresa, ou seja, empregador único.
Conseqüências jurídicas da solidariedade passiva e ativa:
Reconhecimento da “accessio temporis” entre empresas;
Reconhecimento da unidade do vínculo empregatício;
Reconhecimento da possibilidade de transferência (CLT, 469);
Reconhecimento da possibilidade de equiparação salarial (CLT, 461).
8.TST - Enunciados

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