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AULA 9 INTRODUÇÃO A SUCESSÃO TESTAMENTÁRIA 2

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SUCESSÃO TESTAMENTÁRIA
Introdução
Hipóteses de sucessão testamentária.
					absoluta 
Liberdade de testar
					relativa
Conceito de testamento: Ato solene e formal, por meio do qual alguém dispõe de seus bens para depois da sua morte e da outras providências.
Art. 1.857. Toda pessoa capaz pode dispor, por testamento, da totalidade dos seus bens, ou de parte deles, para depois de sua morte.
§ 2o São válidas as disposições testamentárias de caráter não patrimonial, ainda que o testador somente a elas se tenha limitado.
Ex: Reconhecimento de filhos (Art. 1609,III), nomeação de tutor para filho menor (Art. 1729, § ún.), reabilitação de indigno (Art. 1818), instituição de fundação (Art. 62), disposições a respeito do funeral e etc.
Testamento
Características:
Ato personalíssimo;
Art. 1.858. O testamento é ato personalíssimo, podendo ser mudado a qualquer tempo.
Ato eminentemente revogável, salvo quanto ao reconhecimento de paternidade (Art. 1069, III);
Ato unilateral;
Art. 1.863. É proibido o testamento conjuntivo, seja simultâneo, recíproco ou correspectivo.
Ato solene;
Ato gratuito e
Ato de efeitos contidos (sob condição suspensiva).
Capacidade para testar
Regra: Todas as pessoas podem fazer testamento.
Exceção: Apenas os incapazes não podem testar.
Art. 1.857. Toda pessoa capaz pode dispor, por testamento, da totalidade dos seus bens, ou de parte deles, para depois de sua morte.
Art. 1.860. Além dos incapazes, não podem testar os que, no ato de fazê-lo, não tiverem pleno discernimento.
	Parágrafo único. Podem testar os maiores de dezesseis anos.
Momento de aferição da capacidade – No ato de testar.
Art. 1.861. A incapacidade superveniente do testador não invalida o testamento, nem o testamento do incapaz se valida com a superveniência da capacidade.
Formas de testamento
					Público 	(Art. 1864/1867)
Formas ordinárias:	Cerrado	 (Art. 1868/1875)
					Particular	 (Art. 1876/1880)
					Marítimo	(Art. 1888/1892)
Formas especiais:	Aeronáutico	(Art. 1888/1892)
					Militar	(Art. 1893/1896)
Testamento Público (Art. 1864/1867)
O testamento público é escrito pelo tabelião em seu livro de notas, de acordo com as declarações do testador, em presença de duas testemunhas. O testador deve ouvir a sua leitura em voz alta, feita ao final pelo tabelião. Assim o surdo-mudo e o mudo não podem testar por esta forma ordinária. Mas podem fazê-lo o surdo (que não seja mudo), os analfabetos e os cegos. 
Deve ser escrito em língua nacional.
Se feito pelo surdo:
Art. 1.866. O indivíduo inteiramente surdo, sabendo ler, lerá o seu testamento, e, se não o souber, designará quem o leia em seu lugar, presentes as testemunhas.
Se feito pelo cego:
Art. 1.867. Ao cego só se permite o testamento público, que lhe será lido, em voz alta, duas vezes, uma pelo tabelião ou por seu substituto legal, e a outra por uma das testemunhas, designada pelo testador, fazendo-se de tudo circunstanciada menção no testamento.
Cegos e analfabetos só podem testar na forma pública.
Vantagens e desvantagens desta forma de testamento.
Testamento Cerrado (Art. 1868/1875)
O testamento cerrado (secreto ou místico) é escrito pelo próprio testador, ou  por alguém ao seu rogo, e só tem eficácia após o auto de aprovação lavrado por tabelião, na presença de duas testemunhas. 
Requisitos essenciais são: a cédula testamentária, o ato de entrega, o auto de aprovação e o cerramento;
Pode ser redigido em qualquer língua (Art. 1871);
Não podem fazer testamento cerrado: Analfabetos, cegos e surdos. Pode ser feito pelo mudo.
Vantagens e desvantagens: Apresenta o inconveniente de ser reputado revogado se apresentado em juízo com o lacre rompido, presumindo-se, até prova em contrário, ter sido aberto pelo próprio testador, além de poder desaparecer pela ação dolosa de algum herdeiro. A vantagem é a garantia do sigilo das disposições testamentárias.
Testamento Particular (Art. 1876/1880)
O testamento particular, ou hológrafo, caracteriza-se por ser totalmente escrito em próprio punho ou por processo mecânico assinado pelo testador, lido perante três testemunhas e por elas assinado. 
Art. 1.876. O testamento particular pode ser escrito de próprio punho ou mediante processo mecânico.
§ 1o Se escrito de próprio punho, são requisitos essenciais à sua validade seja lido e assinado por quem o escreveu, na presença de pelo menos três testemunhas, que o devem subscrever.
§ 2o Se elaborado por processo mecânico, não pode conter rasuras ou espaços em branco, devendo ser assinado pelo testador, depois de o ter lido na presença de pelo menos três testemunhas, que o subscreverão.
	
Pode ser redigido em qualquer língua, desde que as testemunhas a compreendam.
Art. 1.880. O testamento particular pode ser escrito em língua estrangeira, contanto que as testemunhas a compreendam.
Vantagens e desvantagens desta forma: É a forma menos segura de testar, porque depende de confirmação em juízo pelas testemunhas após a abertura da sucessão, porém é a mais fácil e econômica.
Somente pode ser efetuado por aqueles que sabem ler e escrever, não se admitindo assinatura a rogo. É vedado ao cego, ao analfabeto e os eventualmente incapacitados de escrever. 
Testamento Particular (Art. 1876/1880)
Morto o testador, será publicado em juízo, com citação dos herdeiros legítimos. As três testemunhas serão inquiridas em juízo, e, se pelo menos uma (testemunha) reconhecer a autenticidade, o juiz a seu critério, o confirmará. Se todas as testemunhas falecerem ou estiverem em local ignorado, ou não o confirmarem, o testamento particular não será cumprido. 
Art. 1.877. Morto o testador, publicar-se-á em juízo o testamento, com citação dos herdeiros legítimos.
Art. 1.878. Se as testemunhas forem contestes sobre o fato da disposição, ou, ao menos, sobre a sua leitura perante elas, e se reconhecerem as próprias assinaturas, assim como a do testador, o testamento será confirmado.
Testamento particular excepcional: 
Art. 1.879. Em circunstâncias excepcionais declaradas na cédula, o testamento particular de próprio punho e assinado pelo testador, sem testemunhas, poderá ser confirmado, a critério do juiz.
Codicilo (Art. 1881/1885)
Codicilo é ato de última vontade destinado à disposição de pequeno valor. Não se exigem maiores formalidades para a sua validade. Basta que o instrumento particular seja inteiramente escrito pelo testador (forma hológrafa) e por ele datado e assinado. A jurisprudência tem admitido codicilos datilografados. Revoga-se o codicilo por outro codicilo, ou por testamento posterior. A falta de qualquer referência ao codicilo no testamento posterior importa revogação tácita daquele. Testamento revoga codicilo, mas a recíproca não é verdadeira. 
Art. 1.881. Toda pessoa capaz de testar poderá, mediante escrito particular seu, datado e assinado, fazer disposições especiais sobre o seu enterro, sobre esmolas de pouca monta a certas e determinadas pessoas, ou, indeterminadamente, aos pobres de certo lugar, assim como legar móveis, roupas ou jóias, de pouco valor, de seu uso pessoal.

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