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PROPRIEDADES DOS MATERIAIS DISCORDÂNCIAS O QUE SÃO DISCORDÂNCIAS??? Uma discordância é um defeito linear ou unidimensional ao redor de alguns átomos desalinhados. � Origem: solidificação, deformação plástica, tensões térmicas (resfriamento rápido). � Responsáveis pela deformação plástica de sólidos cristalinos (especialmente metais). 2 PPGEM UFPB DISCORDÂNCIAS PPGEM UFPB 3 ◻ TIPOS DE DISCORDÂNCIAS �Aresta; �Espiral; �Mista DISCORDÂNCIA DE ARESTA PPGEM UFPB 4 • Corresponde à aresta de um semiplano adicional de átomos. • É representada pelo símbolo “┴”. • Gera tensões de tração/compressão na rede. DISCORDÂNCIA DE ARESTA PPGEM UFPB 5 ⚫Quando os metais são deformados plasticamente cerca de 5% da energia é retida internamente, o restante é dissipado na forma de calor; ⚫A maior parte desta energia armazenada está associada com as tensões associadas às discordâncias; ⚫A presença de discordâncias promove uma distorção da rede cristalina de modo que certas regiões sofrem tensões compressivas e DISCORDÂNCIA ESPIRAL 6 ◻ Os átomos formam uma trajetória helicoidal em torno da linha da discordância. DISCORDÂNCIA MISTA 7 ◻ Apresenta características de discordâncias aresta e espiral. DISCORDÂNCIAS NO MICROSCÓPIO ELETRÔNICO DE TRANSMISSÃO (MET)8 Discordâncias em uma liga de titânio (linhas escuras). Aumento de 51.450x Discordâncias em espiral em um monocristal de SiC. INFLUÊNCIA DAS DISCORDÂNCIAS NAS PROPRIEDADES MECÂNICAS DOS MATERIAIS 9 ■ Fornecem um mecanismo para a deformação plástica (metais); ■ Maior Ductilidade ■ Controle das propriedades mecânicas de um metal ou uma liga interferindo no movimento das discordâncias, para aumentar a dureza ou a ductilidade. ■ A resistência Mecânica pode ser aumentada restringindo-se o movimento das discordâncias. APLICAÇÃO DA TENSÃO MOVIMENTAÇÃO DAS DISCORDÂNCIAS DEFORMAÇÃ O PLÁSTICA INFLUÊNCIA DAS DISCORDÂNCIAS NAS PROPRIEDADES MECÂNICAS DOS MATERIAIS 10 ◻ O movimento das discordâncias pode parar na superfície do material, no contorno de grão ou num precipitado. SISTEMAS DE ESCORREGAMENTO 11 O movimento das discordâncias ocorrem de forma preferencial Planos de escorregamento Direção de escorregamento Sistemas de escorregamento 12 Mecanismos de aumento de resistência dos metais ◻ Aumento da resistência por adição de elemento de liga (formação de solução sólida ou precipitação de fases) ◻ Aumento da resistência por redução do tamanho de grão ◻ Aumento da resistência por encruamento ◻ Aumento da resistência por tratamento térmico (transformação de fase): será visto posteriormente 13 INTERAÇÃO DE DISCORDÂNCIAS EM SOLUÇÕES SÓLIDAS Quando um átomo de uma impureza esta presente, o movimento da discordância fica restringido, ou seja, deve-se fornecer energia adicional para que continue havendo escorregamento. Por isso soluções sólidas de metais são sempre mais resistentes que seus metais puros constituintes CONTORNO DE GRÃO 14 CONTORNO DE GRÃO 15 É a superfície que separa dois cristais adjacentes. Essa fronteira é um defeito bidimensional. CONTORNO DE GRÃO 16 ◻ Estado energético diferente; ◻ Presença de segregação e impurezas; • Menor área do contorno de grão e consequentemente menor energia ; •Maior ductilidade do material; •Ocorre a baixas taxas de resfriamento. • Grãos grandes: • Maior área do contorno de grão e consequentemente maior energia interfacial ; •Maior resistência mecânica; •Ocorre a altas taxas de resfriamento. • Grãos pequenos: CONTORNO DE GRÃO 17 � Ao reduzirmos o tamanho dos grãos, aumentamos a quantidade total das áreas de contornos de grão. Dessa forma, qualquer discordância irá se mover apenas por uma curta distância antes de encontrar um contorno de grão e ser bloqueada. Esse bloqueio do movimento das discordâncias eleva a resistência do material. A equação de Hall-Pech relaciona o tamanho dos grãos com o limite de escoamento: CONTORNO DE GRÃO PPGEM UFPB 18 PPGEM UFPB 19 ENCRUAMENTO 20 ENCRUAMENTO OU ENDURECIMENTO PELA DEFORMAÇÃO À FRIO ◻ É o fenômeno no qual um material endurece devido à deformação plástica (realizado pelo trabalho à frio) ◻ Esse endurecimento dá-se devido ao aumento de discordâncias e imperfeições promovidas pela deformação, que impedem o escorregamento dos planos atômicos ◻ A medida que se aumenta o encruamento maior é a força necessária para produzir uma maior deformação ◻ O encruamento pode ser removido por tratamento térmico (recristalização) 21 VARIAÇÃO DAS PROPRIEDADES MECÂNICAS EM FUNÇÃO DO ENCRUAMENTO O encruamento aumenta a resistência mecânica O encruamento aumenta o limite de escoamento O encruamento diminui a ductilidade 22 ENCRUAMENTO E MICROESTRUTURA ◻ Antes da deformação ◻ Depois da deformação 23 RECRISTALIZAÇÃO (Processo de Recozimento para Recristalização) ◻ Se os metais deformados plasticamente forem submetidos ao um aquecimento controlado, este aquecimento fará com que haja um rearranjo dos cristais deformados plasticamente, diminuindo a dureza dos mesmos 24 MECANISMO QUE OCORRE NO AQUECIMENTO DE UM MATERIAL ENCRUADO Ex: Latão 25 RECUPERAÇÃO ◻ Há um alívio das tensões internas armazenadas durante a deformação devido ao movimento das discordâncias resultante da difusão atômica; ◻ Nesta etapa há uma redução do número de discordâncias e um rearranjo das mesmas; ◻ Propriedades físicas como condutividade térmica e elétrica voltam ao seu estado original (correspondente ao material não-deformado) 26 RECRISTALIZAÇÃO ◻ Depois da recuperação, os grãos ainda estão tensionados; ◻ Na recristalização os grão se tornam novamente equiaxiais (dimensões iguais em todas as direções); ◻ O número de discordâncias reduz mais ainda; ◻ As propriedades mecânicas voltam ao seu estado original. 27 CRESCIMENTO DE GRÃO ◻ Depois da recristalização se o material permanecer por mais tempo em temperaturas elevadas o grão continuará à crescer ◻ Em geral, quanto maior o tamanho de grão mais mole é o material e menor é sua resistência 28 TEMPERATURAS DE RECRISTALIZAÇÃO ◻ A temperatura de recristalização é dependente do tempo; ◻ A temperatura de recristalização está entre 1/3 e ½ da temperatura de fusão. 29 TEMPERATURAS DE RECRISTALIZAÇÃO ◻ Chumbo - 4°C ◻ Estanho - 4°C ◻ Zinco 10°C ◻ Alumínio de alta pureza 80°C ◻ Cobre de alta pureza 120°C ◻ Latão 60-40 475°C ◻ Níquel 370°C ◻ Ferro 450°C ◻ Tungstênio 1200°C 30 DEFORMAÇÃO À QUENTE E DEFORMAÇÃO À FRIO ◻ Deformação à quente: quando a deformação ou trabalho mecânico é realizado acima da temperatura de recristalização do material; ◻ Deformação à frio: quando a deformação ou trabalho mecânico é realizado abaixo da temperatura de recristalização do material. 31 DEFORMAÇÃO À QUENTE VANTAGENS ∙ Permite o emprego de menor esforço mecânico para a mesma deformação (necessita-se então de máquinas de menor capacidade se comparado com o trabalho a frio). ∙ Promove o refinamento da estrutura do material, melhorando a tenacidade ∙ Elimina porosidades ∙ Deforma profundamente devido a recristalização DESVANTAGENS: ∙ Exige ferramental de boa resistência ao calor, o que implica em custo ∙ O material sofre maior oxidação, formando casca de óxidos ∙ Não permite a obtenção de dimensões dentro de tolerâncias estreitas 32 DEFORMAÇÃO À FRIO ∙ Aumenta a dureza e a resistência dos materiais, mas a ductilidade diminui ∙ Permite a obtenção de dimensões dentro de tolerâncias estreitas ∙ Produz melhor acabamento superficial 33 VARIAÇÃO DAS PROPRIEDADES EM FUNÇÃO DO ENCRUAMENTO PROPRIEDADES MECÂNICAS DOS MATERIAIS PROPRIEDADES FÍSICAS DOS MATERIAIS PROPRIEDADES FÍSICAS DOS MATERIAIS PROPRIEDADES FÍSICAS DOS MATERIAIS PROPRIEDADES FÍSICAS DOS MATERIAIS PROPRIEDADES FÍSICAS DOS MATERIAIS PROPRIEDADES FÍSICAS DOS MATERIAIS PROPRIEDADES FÍSICAS DOS MATERIAIS PROPRIEDADESFÍSICAS DOS MATERIAIS PROPRIEDADES FÍSICAS DOS MATERIAIS PROPRIEDADES FÍSICAS DOS MATERIAIS PROPRIEDADES MECÂNICAS DOS MATERIAIS PROPRIEDADES MECÂNICAS DOS MATERIAIS PROPRIEDADES MECÂNICAS DOS MATERIAIS PROPRIEDADES MECÂNICAS DOS MATERIAIS PROPRIEDADES MECÂNICAS DOS MATERIAIS PROPRIEDADES MECÂNICAS DOS MATERIAIS PROPRIEDADES MECÂNICAS DOS MATERIAIS PROPRIEDADES MECÂNICAS DOS MATERIAIS PROPRIEDADES MECÂNICAS DOS MATERIAIS PROPRIEDADES MECÂNICAS DOS MATERIAIS PROPRIEDADES MECÂNICAS DOS MATERIAIS