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Portfolio - UTA FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO FASE I

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CENTRO UNIVERSITÁRIO INTERNACIONAL UNINTER 
 
RAIMUNDO ADRIANO VIEIRA MESQUITA, 1264730, 2015/07 
 
 
 
 
 
 
 
 
PORTFÓLIO 
UTA – FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO 
FASE I 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CURITIBA 
2015 
 
RAIMUNO ADRIANO VIEIRA MESQUITA, 1264730, 2015/07
 
 
 
 
 
 
 
PORTFÓLIO 
UTA – FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO 
FASE I
 
 Relatório de Portfólio da UTA – FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO - FASE I Disciplinas: Fundamentos Psicológicos da Educação e Fundamentos Socioantropológicos da Educação apresentado ao Curso de 
Licenciatura em Matemática do Centro 
Universitário Internacional UNINTER. 
 
Tutor Local: Flávio Mota 
Centro Associado: Fortaleza/Ceará 
 
 
 
 
CURITIBA 
2015 
Índice
Introdução .................................................................................................................04
PRIMEIRA PARTE
Jean Piaget (biografia) .............................................................................................05
Epistemologia genética ............................................................................................06
SEGUNDA PARTE
Sobre o filme MACHUCA .........................................................................................09
Principais ideias em relação a visão social e antropológica .....................................10
Ideias principais relações a educação ......................................................................11
Sobre o filme EVIL – RAÍZES DO MAL ....................................................................11
Principais ideias em relação a visão social e antropológica .....................................12
Ideias principais relações a educação ......................................................................12
Sobre o documentário PRO DIA NASCER FELIZ ....................................................14
Principais ideias em relação a visão social e antropológica .....................................14
Ideias principais relações a educação ......................................................................15
Considerações Finais ...............................................................................................16
Referencias bibliografias ..........................................................................................18
Anexos ......................................................................................................................20
INTRODUÇÃO
O presente portfólio tem por objetivo apresentar as duas disciplina que compõem a Unidade Temática de Aprendizagem – Fundamentos da Educação – Fase I: Fundamentos Psicológicos da Educação e Fundamentos Socioantropológicos da Educação e foi divido em duas partes. 
Na primeira parte desse trabalho vamos enfocar em Jean Piaget, um dos pensadores da Psicologia da Educação, mesmo não tendo escrito nenhum legado para a educação, suas ideias foram implantadas para o educadores e muito bem aceita na área educacional.
Na segunda parte, temos a analise social e antropológica e ideias centrais para a educação a partir dos filmes: Machuca, Evil – Raízes do mal e do documentário: Pro dia nascer feliz.
PRIMEIRA PARTE
- JEAN PIAGET (1896-1980)
Biografia:
	Natural de Neuchâtel na Suíça, aos 11 anos publicou seu primeiro artigo, sobre um pardal albino, aos 19 anos, em 1915, licenciou-se em Ciências Naturais e depois em Filosofia, além dos interesse por religião, sociologia e psicologia.
	Aos 22 anos, em 1918, finalizou sua tese de doutorado na área da biologia, após se graduar, Piaget foi morar em Zurique, onde trabalhou como psicólogo clinico e experimental. Além disso, passou a assistir ás aulas de Carl Gustav Jung, aos 23 anos, mudou-se para a França para estudar psicopatia, lógica, epistemologia e filosofia da ciência. Efetuou a técnica de entrevista clínica, que possibilitou acompanhar o fluxo de pensamentos do paciente. Em seguida trabalhou com Alfred Binet, psicólogo, um dos criadores do teste do QI, foi nessa época que iniciou os estudos sobre o desenvolvimento, de acordo com a idade da criança.
	Então passou a se interessar pelo desenvolvimento infantil e observar que as crianças de uma mesma idade costumavam cometer os mesmo erros nos testes. Aos 25 anos, foi convidado a fazer parte do Instituto Jean Jacques Rousseau e iniciou as pesquisas que deram início a uma de suas grandes obras: Epistemologia genética.
	Piaget ainda lecionou cursos de filosofia, psicologia e sociologia. No período pós – Primeira Guerra Mundial, tornou-se membro executivo da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), faleceu aos 84 anos.
Os trabalhos não tinha vínculo direto com a Educação, mas despertaram interesse nos educadores, com o que fez que sua pesquisa se desenvolvesse quase e exclusivo para a educação.
1.1 - EPISTEMOLOGIA GENETICA
	O grande foco de Piaget foi elaborar uma teoria do conhecimento, que implica saber como o ser humano consegue organizar, estruturar e explicar o mundo que vive. O desenvolvimento individual é, na realidade, uma função de atividades múltiplas em seus aspectos de exercícios, de experiência e de ação.
	Conhecida como epistemologia genética, tem como fontes, o conhecimento científico (epistemologia) e, do outro, a gênese, ou seja, a origem desse conhecimento (genética), considerando que se estudássemos com cuidado e profundamente a maneira pela qual as crianças constroem as noções fundamentais de conhecimento (tempo, espaço, objeto, causalidade, etc), poderíamos compreender a gênese e a evolução do conhecimento humano, nesse processo abordou a construção do conhecimento pelo sujeito, do nascimento até a idade adulta, mas com enfoque principal no desenvolvimento infantil.
Conforme cita Ferraciolli, (1999, p. 181) 
“O conhecimento não está no sujeito-organismo, tampouco no objeto-meio, mas é decorrente das contínuas interações entre os dois”. 
Piaget formulou uma teoria sobre a inteligência humana, sendo que a partir disto surgiram propostas pedagógicas para formular as metodologias de ensino, ou seja, não existe um modelo pedagógico piagetiano, porém se tem uma teoria do desenvolvimento humano que oferece contribuições para o ensino. De acordo com Furth (1972), Piaget possui uma proposta construtivista de educação. Para ele, a evolução cognitiva ocorre por meio da equilibração, que se dá através da assimilação e acomodação. Portanto, baseando-se em Beard (1978 p. 11). 
“Acomodação é a modificação de esquemas como resultado de novas experiências e assimilação é a incorporação de novos objetos e experiências a esquemas existentes”. 
Segundo Piaget (1998), a escola tradicionalista não leva em conta o processo de assimilação (conhecimento prévio) para atingir a acomodação (aprendizagem de um novo conhecimento). A transmissão social pela linguagem, contatos educacionais ou sociais é um fator necessário, na medida em que a criança pode receber uma grande, quantidade de informações. Entretanto, não é suficiente, pois ela só assimilará as informações que estiverem de acordo com o conjunto de estruturas relativas ao seu nível de pensamento. Um dos principais equívocos da escola tradicional, afirma Piaget (1982), é imaginar que a criança tenha apenas de incorporar as informações já digeridas, como se a transmissão não exigisse uma atividade interna de assimilação-acomodação do indivíduo, no sentido de haver uma restruturação e daí uma correta compreensão do que foi transmitido. Cabe a nós educadores criar atividades, compatíveis com a evolução cognitiva do aluno, podendo utilizar os estágios piagetianos como referência, de modo que possa desenvolver o aprendizado infantil, criando atividades que favoreçam a ampliação do conhecimento. Ou seja, seria papel do professor criar situações de ensino e aprendizagem compatíveis com o desenvolvimento cognitivo de seus alunos, de modo que eles possam evoluir para o estágio seguinte.O educador deve sempre levar em consideração os conhecimentos prévios do educando, cabendo à escola favorecer o aprendizado do sujeito através de uma concepção de educação problematizada, Leite (1995) diz que o educador deve proporcionar desafios compatíveis aos estágios de desenvolvimento infantis e condições sociais estimulantes para o enfrentamento desses desafios. Porém, segundo Moreira (1999), a escola muitas vezes ignora o nível de desenvolvimento mental da criança tentando ensinar conteúdos que pressupõem sua evolução cognitiva, ou pelo contrário, são muito simplicistas para a sua mente. Segundo Mizukami (1986), a equipe pedagógica deve possibilitar ao educando o desenvolvimento de suas possibilidades de ação motora, mental e verbal, e o sistema de ensino deve possibilitar para que o aluno atinja a autonomia, ao invés do professor impor apenas as suas ideias (método tradicionalista) e de oferecer-lhe a solução pronta, sendo depositado o conteúdo no aluno.
A partir da teoria de Piaget é possível fazer algumas considerações no que diz respeito as diretrizes educacionais:
Outorgar o aluno um papel central em suas aprendizagens;
(O Aluno está no centro de tudo, ele e somente ele deve ser responsável pela sua aprendizagem, sendo que o professor só serve de remediador desse processo.).
Aceitar que o processo de aprendizagem é um processo reconstrutivo, lento no qual o aluno deve carregar o peso da atribuição dos significados;
(O educador tem que levar em consideração que cada aluno tem seu ritmo e tempo e que a aprendizagem e o conhecimento vai acontecer em momentos diferentes para cada indivíduo e que essa aprendizagem seja autentica para que se produza um conhecimento.).
Pensar que o processo de equilibração é essencial em qualquer construção de conhecimentos;
(Que a interação com meio exigi novas adaptações em um ambiente que o desafia, e com isso o sujeito constrói uma nova equilibração, ou seja, um novo conhecimento. O professor deve criar situações desafiadoras que provoquem desequilíbrios cognitivos (desequilíbrios adequados ao nível de desenvolvimento) para que o aluno atinja novamente o equilíbrio, que se trata do aprendizado de um novo conceito que antes não era dominado, ou seja, incorporando o processo de acomodação, desenvolvendo-se cognitivamente.).
Defender que o ensino deve favorecer as situações nas quais ocorra esta aprendizagem significativa;
(Ou seja, relacionar fatos sobre que o aluno já sabe e que pode funcionar para impulsionar para as novas ideias. Não adianta introduzir conteúdos que ainda não foram assimilados pelos alunos, já que o ponto de partida da aprendizagem se faz pelo próprio sujeito.).
Não deve ser um processo mecânico e repetitivo.
(Sempre inovando para que a busca pela a aprendizagem e pelo o conhecimento seja prazerosa e estimulem os alunos sempre à procura do novo. Propondo atividades que provoquem o raciocínio, criatividade, interesses, reflexões, autonomia, trabalhos escolares grupais e outros. Para que o sujeito evolua no seu desenvolvimento cognitivo e afetivo.).
Assim, de acordo com Ferreiro (1999), a teoria piagetiana coloca o aluno no centro do processo, ao invés do professor. Além disso, afirma que Na teoria piagetiana os erros dos educandos são construtivos, pois a partir dos mesmos, que o sujeito alcança a resposta correta. Conforme afirma Piaget (1998), a contribuição de Psicologia à Pedagogia é a de oferecer uma teoria sobre o desenvolvimento intelectual, que se dá a partir de sucessivas construções da sociedade e da relação dialógica entre professor e aluno. Com as descobertas piagetianas, o professor pode realizar o planejamento escolar e o currículo com mais significância levando em conta, além da cultura e classe social também os estágios do desenvolvimentos dos alunos.
A pesquisa psicológica de Jean Piaget tem uma reputação universal. O princípio orientador é que Piaget é essencial para compreender a formação dos mecanismos mental da criança para captar a sua natureza e operação no adulto. A única interpretação psicológica que pode ser dada é que a genética, está ligada ao desenvolvimento.
SEGUNDA PARTE
2. - SOBRE O FILME MACHUCA
O filme se passa em Santiago, no Chile, ambientado em 1973, e gira em torno da história de duas crianças, Gonzalo Infante e Pedro Machuca. Gonzalo é um garoto rico, que vive numa área nobre e estuda em um colégio particular, o Saint Patrick. Neste colégio existe um padre, McEnroe, que é americano e impõe uma educação muito rígida aos alunos. Este padre, com suas ideias e ações de caridade, e na tentativa de fazer com que as crianças aprendam a conviver com diferenças e respeito integra neste colégio alunos vindos da periferia da cidade, de condições sociais muito precárias, ao implementar estas medidas dividiu os pais, especialmente criando inimigos junto ao poder económico, contrários ao seu experimento.
Pedro Machuca é um dos alunos que passa a frequentar o colégio, e pertence então à turma onde Gonzalo Infante estuda. Os dois se conhecem e então começam a vivenciar uma amizade estranha no começo, mas que foi crescendo bastante, onde um começou a conhecer o mundo do outro, sendo que Gonzalo começou a vender bandeirinhas nos conflitos políticos, junto com Machuca, seu tio e uma prima. Os garotos trabalhavam muito, Machuca porque suas condições de vida eram estas e Gonzalo por passar a maior parte do tempo longe de casa, pois sua mãe era adultera e seu pai um socialista, que não davam muita importância a ele. Sua mãe mantinha relações com um homem mais velho, que tentava comprar Gonzalo com presentes. Então ele viu em Machuca uma atenção e amizade e faziam tudo juntos.
No desenrolar da história, as crianças, tanto Machuca, Gonzalo e a prima de Machuca (Manuela), vivenciavam um “triangulo amoroso”, fazendo brincadeiras e descobrindo o namoro. Enquanto isso os diferentes mundos eram descobertos da mesma cidade, mas que um não conhecia nada sobre a vida do outro. No passar do filme ocorre o golpe militar no país e onde as crianças presenciam violência dos militares contra os socialistas. Enquanto, Gonzalo, que tinha sido um desonestamente julgado por Machuca e Manuela, vai desesperado até a casa deles para encontrá-los e depara-se com milhares de militares acabando com as pessoas sem sentido, só por serem socialistas. O conflito acaba na morte de Manuela, o que deixa os garotos atordoados.
O colégio torna-se totalmente militar, o padre é expulso e o país fica tomado pelos militares, em regime quase ditatorial, enquanto isso a mãe de Gonzalo vive ao lado do então amante e seu pai que era socialista, como a maioria deles estava exilado. As condições no país tornaram-se muito diferentes e aqueles que eram socialistas perderam total direito de liberdade, ou estavam mortos, exilados, ou sem direito de expressão. O filme está baseado em facos reais e, em parte, é autobiográfico do diretor, que num estabelecimento similar, sendo estudante, viveu ao vivo algo similar.
2.1 - PRINCIPAIS IDEIAS DO FILME EM RELAÇÃO A VISÃO SOCIAL E ANTROPOLÓGICA
O diretor do estabelecimento, padre McEnroe, está a favor de uma educação igualitária. É um idealista e um sonhador, como costumam ser os bons mestres. No seu estabelecimento privado religioso tenta fazer realidade o sonho de integrar nas aulas elitistas rapazes de famílias de escassos recursos, procedentes de povoados marginais. Com o firme objetivo de que aprendam a respeitar-se mutuamente. O caminho não há de resultar fácil, pois vão ficar claros os preconceitos instalados nas mentes de pais, mães, alunos e docentes. A sociedade em geral boicotará a formosa e nobre ideia do diretor da escola. Dificuldades que vão ver-se incrementadas polo clima de aberto enfrentamento social que nesses momentos vive a sociedade chilena. Mas também há motivos para a esperança. E vemos a problemática social a partir dos rapazes que, por falta de meios, não podem escolarizar-se. Problema que é maior no caso das meninas. Vivem em contexto sociais reais, com todo os problemas cotidianose isso repercute no aprendizado, a partir do momento que o filme retrata a ditadura militar entramos em visão antropológica do que era essa época, modo de vida, costumes.
2.2 - IDEIAS PRINCIPAIS RELACIONADAS A EDUCAÇÃO
Mostrar como devemos valorizar, respeito mútuo entre os alunos de diferentes classes que é um tema tão atual como naquela época e que ocorre nos mais diversos lugares da sociedade sem distinção, se colocamos para os dias atuais, se repete a história do filme, mas por causa do avanço globalizado estamos perdendo principalmente os valores e se distanciando do verdadeiro significado do respeito.
3. - SOBRE O FILME EVIL – AS RAÍZES DO MAL
Baseado no romance Best-Seller de Jan Guillou, promete continuar a polêmica lançada no momento da publicação do livro. O filme conta a história de Erik, um adolescente problemático de 16 anos, cuja vida foi pautada pela violência. Atormentado por um padrasto abusivo, Erik responde ao mundo da única forma que aprendeu, com violência. Após ser expulso da escola pública, Erik é enviado para Stjärnberg, um prestigiado colégio privado. Ciente de que esta poderá ser a sua última oportunidade, o jovem pretende modificar-se. No entanto, por trás da prestigiada fachada do colégio, regido por um rigoroso e por vezes injusto código, esconde-se um novo tormento. Erik é então rapidamente confrontado com uma nova e perigosa escolha: combater os seus opressores e arriscar-se à expulsão, ignorá-los e sofrer as suas humilhações ou deixar que os outros companheiros as sofram por si.
3.1 - PRINCIPAIS IDEIAS DO FILME EM RELAÇÃO A VISÃO SOCIAL E ANTROPOLÓGICA
No filme há uma sensação de que sempre vai acontecer algo a qualquer momento. Na “noite da clausura”, um dos rituais para ensinar os novatos o “espírito de equipe”, eles pegavam o que mais os desafiava para algum tipo de punição. Erik, sabendo que seria ele, tenta impedir a entrada em seu quarto colocando alguns móveis, mas não adiantou e os veteranos entraram e jogaram fezes em Erik e Pierre. Muitas discriminações que ferem o ser humano são legitimadas pelo mecanismo do bode expiatório. Estrangeiros, ciganos, muçulmanos e hebreus, entre outros, são considerados culpados pelas crescentes crises de determinados países e apontados como as vítimas a serem sacrificadas (ou, ainda, discriminadas) para o bem da comunidade, o que vemos no filme até hoje em dia pode se parecer “comum” pois vem desde o começo das civilização o que se acentua abertamente no filme é a ideia etnocêntrica, o que vemos é um fato que está engessado na sociedade tanto brasileira como em outros lugares do mundo.
Ao tomarmos partido pela segregação de grupos, bairros, locais e pessoas, deixamos agir dentro de nós a violência discriminadora e desencadeadora de outras violências. Quando o desejo de vingança se apodera do espírito, não há lugar nele senão para este desejo. Impulsionado cegamente para frente, não pára enquanto não encontrar alguém para saciar seu desejo de vingança. E isso remete a sempre o lado que a relação de “poder” pode exercer entre o mais forte contra o que é considerado mais fraco. O que é visto é que a violência é um elemento constitucional do existir humano, portanto, não é possível extinguir de uma vez mais aprender a conviver de forma harmônica sabendo que os conflitos sempre estarão presentes, há um interminável movimento entre a ordem e a desordem. 
3.2 - IDEIAS PRINCIPAIS RELACIONADAS A EDUCAÇÃO
No filme vemos a escola como local de rituais e também de sacrifícios que tinham como objetivo descarregar as frustrações, ódios e tensões acumuladas. Erik, ao afrontar as normas ali instituídas, passa a ser o bode expiatório para que os alunos descarregassem nele suas frustrações. 
O que vemos no filme e em nosso cotidiano é que a violência é um elemento constitucional do existir humano, portanto, não é possível existir uma escola “sem mal”, nesse caso as escolas precisam aprender a conviver com os conflitos que sempre estarão presentes, há um interminável movimento entre a ordem e a desordem. Também não adianta torná-la uma organização cada vez mais policiada, uma vez que, os policiais podem estar sendo solicitados, pelos educadores, para ocupar um espaço que não é deles. Um dos caminhos possíveis para o enfrentamento do problema da violência na escola seria considerar que ela (a violência) sempre está presente em forma de luta, combate, confronto. Luta como o fundamento de qualquer relação social que pode ser modulada de maneira pacífica, com diplomacia, negociação, regulação, ou ainda, sob a forma de concorrência nos seus aspectos comerciais, culturais e científicos.
Agora imaginemos uma escola onde seja possível viver com originalidade, que estimule seus alunos a correr os riscos de formular hipóteses é desejável essa escola, uma vez que irai conciliar razão e sensibilidade e ume expectativa de pedagogia que não tirasse das crianças e dos jovens a vontade de conhecer e sonhar não acabe com sua percepção poética do mundo. Uma escola que permita aos seus alunos criarem seus próprios modos de expressão. 
Como já falamos aparece na escola diversas formas de violência que fazem parte da dinâmica escolar, e justamente por fazerem parte de sua dinâmica é necessário “apreender, a ambiguidade desses fenômenos e seus modos específicos de manifestação”. Neste caso, um acontecimento pode parecer absurdo e ter a sua razão, o seu fundamento. Prestar atenção ao ambiente escolar e considerar sua polissemia é abrir espaços para enfrentar com táticas diferente a várias formas de violência. 
4. - SOBRE O DOCUMENTÁRIO PRO DIA NASCER FELIZ
O documentário “Pro dia Nascer Feliz”, produzido por João Jardim, retrata em impactante imagens e preocupantes depoimentos, o estado de desigualdade da Educação no Brasil. Desnuda essa realidade e abre espaço para que os adolescentes, professores, diretores de escolas públicas e particulares dos grandes centros e de regiões pobres e interioranas do país exponham o modo como percebem, sentem e vivem essa situação. 
O documentário expõe a desigualdade das condições para o desenvolvimento pessoal e humano; do ensino direcionado a uma e a outra classe, de modo fulminante e gritante. Além dos equipamentos, instalações (ambiente, espaço), recursos, assistência e trato com o humano; a desigualdade que permite a uns experimentar a tragédia (da existência humana) enquanto outros, que representam a esmagadora maioria, estão limitados, presos ao drama (da sobrevivência).
4.1 - PRINCIPAIS IDEIAS DO FILME EM RELAÇÃO A VISÃO SOCIAL E ANTROPOLÓGICA
Através das possibilidades postas por seu enredo podemos perceber uma perspectiva marxiana/gramsciana, e daí podemos repensar e reorientar nossa práxis socioeducativa realizando alguns questionamentos, considerações e reflexões a respeito das condições de trabalho nas escolas, da concepção de educação e do papel que desempenham os professores naquilo que deveria ser ensinado e aprendido sobre a importância de estudar, produzir conhecimento, e a importância e valor humanizador e emancipador dessas atividades.
O Brasil do século XXI pode ser descrito como um país em que vigora um sistema político estável, sob o ponto de vista das instituições democráticas, do voto universal e do revezamento no poder. Por outro lado, também pode ser visto através da desigualdade social. Os ricos desfrutam dos benefícios do acúmulo do capital ou renda, enquanto os pobres se aglomeram em favelas e ocupam os piores postos de trabalho. A partir desse cenário construído utiliza-se como ferramentas argumentativas algumas das pontuações oriundas das ideias de Karl Marx e Antônio Gramsci, além de Pierre Bourdieu.
As relações de assalariamento, nas quais o indivíduo que possui somente sua força de trabalho para vender ao mercado está submetido ao oferecimento de vagas por parte dos capitalistas, alguns traços deste novo modelo de organização já existissem em períodos anteriores. A competição que a Primeira República incorporou, sob os moldes do capitalismo, da urbanização crescente e daindustrialização, expôs as fraquezas das tradições escravistas, visto que o fim destas relações acompanhou uma nova onda de exclusão. Os políticos da época não pensaram duas vezes: trataram de incentivar as imigrações europeias, essenciais para a disseminação de mão-de-obra qualificada, ao mesmo tempo em que forjaram uma tentativa de subjugar os libertos ao desemprego. Além disso, a ideologia dominante na época encontrou seus pares mais difundidos no racismo científico.
Há uma origem histórica de exclusão racial na sociedade brasileira. A existência de um racismo estruturado neste país, imerso no mito da democracia racial, as questões de cunho socioeconômico conduzem o fio argumentativo a conclusões mais relevantes. É aí que as sentenças de Marx fazem algum sentido, ao passo em que se tornam plausíveis versões analíticas que dialoguem por intermédio da luta de classes, do modo de produção capitalista, do assalariamento e da extração de mais-valia. Nessa via caminham algumas das categorias marxistas centrais. 
4.2 - IDEIAS PRINCIPAIS RELACIONADAS A EDUCAÇÃO
Podemos de posicionar em duas extremidades: não acreditar no que foi dito; e acreditar, as cenas de Pro Dia Nascer Feliz escancaram aquilo que é sabido há bastante tempo. Não é preciso muito esforço para ver que as escolas públicas não constituem o alvo principal dos investimentos, seja no governo que for, enquanto as grandes escolas privadas, destinadas a uma elite hegemônica financeira e culturalmente, continuam a alocar seus alunos nas melhores posições sociais.
A escola, na sua perspectiva, organiza-se e sistematiza-se para reproduzir o arbitrário cultural das classes dominantes, porque estipula determinados conteúdos para serem inseridos nos currículos. Além dos currículos, o próprio sistema de ensino, o professor, suas ações e a autoridade pedagógica estão condicionados a reproduzir os interesses dos grupos dominantes. Aulas de reforço, aprendizado de línguas estrangeiras desde cedo, esportes em horários alternativos, vivência com plataformas informatizadas e outras regalias, percebe-se que o espaço de ambiente é privado e que saíram dessa instituições: médicos, engenheiros, etc.... Se for possível atentar para os colégios públicos, em sua maioria carente e desprovidos de recursos básicos, com professores desqualificados e muitas vezes preconceituosos, será intuitivo prever que aqueles que dali saírem encontrarão emprego com remunerações inferiores e baixo status. 
Um ponto fundamental a ser discutido está concentrado na atuação do professor. Paulo Freire, colocada a proposta de uma leitura de mundo que permita uma nova educação para os educadores, mas também para os demais segmentos envolvidos nos processos de aprendizagem. Seria, noutras palavras, a procura de que pais, educadores e alunos passassem a se perceber como detentores de cultura, de saberes e conhecimentos diferenciados. Em paralelo, surge a imperativa reflexão crítica sobre a prática e a teoria docentes, sendo que ambas podem fracassar ou alcançar êxito, embora tenha de ser evidenciado que educar não é transmitir conhecimento. Freire sugere que o educador democrático precisa manter-se atento para as armadilhas que os vícios ideológicos dominantes espalham indiscriminadamente.
Sem dúvidas, a obra audiovisual Pro Dia Nascer Feliz pauta novamente uma polêmica acirrada, na qual as opiniões divergem e se contrapõem, mas a reflexão contínua possui lugar central no embate por uma escola de maior qualidade e um futuro mais digno para muitas pessoas.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A presente pesquisa em sua primeira parte analisou a teoria piagetiana formulada sobre o desenvolvimento que ficou conhecida com epistemologia genética, para que os profissionais da educação compreendam o desenvolvimento dos alunos em diferentes etapas da vida. 
Finalizando, com base nesta teoria os educadores possam criar didáticas baseadas no desenvolvimento do sujeito, visto que as crianças apresentam características particulares de sua faixa etária diferenciadas dos adultos. Assim sendo, se deve procurar não expor as crianças a atividades que sejam de uma complexidade muito além de seu estágio de desenvolvimento. Por outro lado, as muito simples também devem ser evitadas (pois impossibilita seu desenvolvimento, fazendo com que não evoluam de estágio). 
Também cabe ao professor ter senso crítico ao criar estímulos adequados para o desenvolvimento das potencialidades, considerando os fatores culturais e sociais de cada indivíduo.
Já na segunda parte do portfólio se deu pela a análise de dois filmes: Machuca e Evil – raízes do mal e do documentário: Pro dia nascer feliz. Com uma perspectiva história, social e antropológica, em contrates com os dias atuais, percebemos que pouca coisa foi mudada apesar de que muito foi dito.
O que nos faz refletir que a sociedade passar por uma transformação ao longo do tempo em termos externos, mais o interior das pessoas, suas maneiras ainda de certa forma discriminatória permanece. Assim, cabe ao professor fornecer estímulos no ambiente escolar, criando atividades desafiadoras e condições necessárias para o enfrentamento das mesmas, por meio de uma concepção construtivista de educação. 
Assim, se deve propor atividades que provoquem certo grau de desafio estimulando o educando para a sua evolução e quebrando todas as barreiras possíveis da discriminação. 
Referências Bibliográficas
http://www.portaleducacao.com.br/educacao/artigos/37942/jean-piaget-e-epistemologia-genetica-psicologia-da-educacao.
MELO, ALESSANDRO DE MELO. Fundamentos socioculturais da educação. 1ª edição. Curitiba. Editora intersaberes, 2012 – (Série Fundamentos da Educação).
LEAL, DANIELA.; NOGUEIRA, MAKELINY OLIVEIRA GOMES. Teorias da aprendizagem: um encontro entre os pensamentos filosóficos, pedagógicos e psicológicos. 2ª edição. Curitiba. Editora Intersaberes, 2015.
http://penta.ufrgs.br/~marcia/teopiag.html.
http://revistaescola.abril.com.br/formacao/formacao-continuada/adaptacao-equilibracao-626714.shtml.
FILMOGRAFIA: MACHUCA, Direção: Andrés Wood, Fotografia: Miguel J. Littin. Intérpretes: Matias Que, Ariel Mateluna, Manuela Martelli, Ernesto Malbrán e Federico Luppi, entre outros. Chile/Espanha, 2004, 120 min., color.
FILMOGRAFIA: EVIL, RAÍZES DO MAL (Ondskan). Direção: Mikael Håfström. Roteiro: Jan Guillou, Hans Gunnarsson, Mikael Håfström & Klas Östergren. Fotografia: Peter Mokrosinski. Montagem: Darek Hodor. Música: Francis Shaw. Suécia/Dinamarca: Moviola Film och Television AB, 2003, 113 min, color.
FILMOGRAFIA: PRO DIA NASCER FELIZ. Roteiro, Direção e Edição: João Jardim. Produção: Flávio R. Tambellini e João Jardim. Música: Dado Villa Lobos. Pesquisa e Colaboração no Roteiro: Renée Castello Branco. Direção de Fotografia: Gustavo Hadba. Fotografia Adicional: André Horta, Uli Burtin, Maritza Caneca e Manoel Águas. Direção de Produção e Assistência de Direção: Gabriela Weeks. Som: Aloysio Compasso e Heron Alencar. Colaboraram na Edição: Renata Baldi, Joana Ventura e Pedro Duran. Edição de Som: Waldir Xavier. Mixagem: Tom Paul. Produção: Tambellini Filmes e Fogo Azul Filmes. Produtora Associada: Casa Redonda. Brasil. 2006.
Piaget, Jean. Inteligencia y afectividad, Psicologia cognitiva e educación. Introducción, revisión y notas: Carretero, Mario. 1ª edição. Buenos Aires. Aique grupo editor. 2005. Publicação original (1945); "Les relation entre l’inlelligence et l’affectivité dans le développement de l’enfant” Bullentin de Psychologie VII.
Piaget, Jean. O Estruturalismo. 3ª edição. Tradução: Moacir Renato de Amorim. São Paulo. 1979. DIFEL. Titulo do original: Le structuralisme.
Piaget, Jean. Seis estúdios de psicologia. Titulo de la obra original: Six études de psychologie. Traducción de: Jordi Marfá. Nueva serie 2. Editoria Lllabor, S.A. Barcelona. 1991.
 
ANEXOS

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