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Análise de custo, volume e lucro Ely Célia Corbari1 Joel de Jesus Macedo2 Análise custo, volume e lucro A análise de custo-volume-lucro (CVL) é uma técnica de apoio no plane- jamento e tomada de decisão que permite ao gestor compreender o com- portamento dos custos de uma empresa frente a diferentes variações da ca- pacidade instalada, ou seja, ela aborda os inter-relacionamentos de custos, preços e quantidades vendidas. Em suma esta técnica agrupa toda a infor- mação financeira da empresa. Os instrumentos utilizados para análise são: Pontos de Equilíbrios (PE), Margem de Segurança Operacional (MSO) e Alavancagem Operacional (AO). O primeiro instrumento se desdobra em Ponto de Equilíbrio Contábil (PEC), Ponto de Equilíbrio Financeiro (PEF) e Ponto de Equilíbrio Econômico (PEE). A utilização das técnicas proporciona ao gestor a compreensão do compor- tamento dos custos dentro de um intervalo de limite mínimo e máximo de produção. Mínimo no sentido de quantidade necessária para cobrir os de- sembolsos com a produção e máximo limitando-o pela capacidade insta- lada. Assim, é possível analisar o comportamento dos custos de produção dadas as variações na capacidade instalada de produção. Além da análise do comportamento de custos de produção, os instrumen- tos de pontos de equilíbrios, margem de segurança operacional e alavanca- gem operacional fornecem informações referentes ao risco das empresas e consequentemente norteia o planejamento empresarial. O principal objetivo das empresas é a maximização de lucros. Para atingi- rem seus objetivos elas procuram adequar a capacidade instalada de acordo com a quantidade demandada por seus bens e serviços. De modo que sua capacidade instalada não fique ociosa, pois incorreria em perdas, tampouco fique com oferta reprimida, pois perderia mercado para seus concorrentes. Assim ela procura estabelecer um nível ótimo na capacidade instalada que atenda estas duas premissas. Os instrumentos utilizados na CVL permitem aos tomadores de decisão avaliar a gestão da estrutura dos ativos e da composição dos custos e des- 111 1Mestre em Contabilidade pela Universidade Federal do Paraná – UFPR. Pós- graduada em Gestão Pú- blica e, em Contabilidade e Gestão Estratégica pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná – Unio- este. Bacharel em Ciên- cias Contábeis também pela Unioeste. Atua como professora de graduação e pós-graduação em ins- tituições de nível superior. Possui diversos artigos publicados em revistas e congressos, é autora do livro Contabilidade Societária e do livro Con- trole Interno e Externo na Administração Pública, ambos publicados pela Editora IBPEX. 2Mestre em Engenharia de Produção pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná – PUC/PR, bacharel em Ciências Econômicas pela Universidade Federal do Paraná – UFPR. Atua como professor de gra- duação e pós-graduação em instituições de nível superior. É consultor nas áreas de finanças públicas e de mercado de capitais. Possui artigos publicados, direcionados para a área pública e privada. Rece- beu em dois anos conse- cutivos o prêmio Sérgio Scorsin de melhor artigo científico na área de pes- quisa operacional, no Congresso Internacional de Administração – ADM 2010 e no Congresso In- ternacional de Administra- ção – ADM 2011. É autor do livro Controle Interno e Externo na Administração Pública editado pela Edi- tora IBPEX. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br 112 Análise de custo, volume e lucro pesas da empresa. Permite ainda, fazer simulações nos resultados da em- presa decorrentes de variações nos preços e nos volumes de produção e de venda, e também de variações da participação dos custos fixos e variáveis da empresa. Ponto de equilíbrio e suas variações Muitas empresas desconhecem o volume mínimo de produção e venda necessário para atingirem resultados positivos. O conhecimento do volume necessário é possível com auxílio de algumas técnicas que visam identificar o nível mínimo de atividades no qual a empresa deve operar para não gerar prejuízos, esta análise de quantidade é conhecida na literatura contábil por análise da equação do Ponto de Equilíbrio. O Ponto de Equilíbrio, também denominado por Padoveze (2009) de ponto de ruptura (break-even point), é uma abordagem matemática da aná- lise custo, volume e lucro, que expressa o nível de operação em que as recei- tas igualam o custo total. Dito de outra forma, o ponto de equilíbrio mostra a quantidade mínima que a empresa deve produzir e vender para que seu lucro líquido seja zero, ou seja, as receitas auferidas das quantidades vendi- das são apenas suficientes para cobrir o custo total de produção. Receita Despesa Figura 1 – Ponto de equilíbrio. IE SD E Br as il S. A . O Ponto de Equilíbrio ocorre no momento em que a receita total é igual aos custos totais e permite avaliar o resultado da empresa quando as opera- ções se expandem ou encolhem, pois permite a compreensão dos custos e sua relação com o volume de produção. Permite também, a avaliação da via- bilidade do negócio considerando a relação entre o volume de produção e a Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br Análise de custo, volume e lucro 113 venda da empresa permite ainda, analisar a estrutura de custos da empresa e os preços praticados pelo mercado. Em ambientes competitivos o preço é estipulado pelo mercado, restando para o gestor apenas avaliar se a produção é viável ou não considerando sua estrutura fabril. Martins (2009) expõe que é mais provável que uma empresa analise seus custos e despesas para verificar se é viável trabalhar com um produto cujo preço é dado pelo mercado, do que determinar o preço a partir de sua estrutura de custos. A análise do ponto de equilíbrio está dividida em: PEC, PEF e PEE, porém, o ponto de partida para compreensão dos PE-s é o ponto de equilíbrio con- tábil, a partir deste é possível, compreender os demais. A diferença entre este e os outros, teoricamente, está na inclusão de algumas variáveis na fórmula do cálculo a exemplo da introdução do lucro, inserção das dívidas e da exclu- são da depreciação e amortização. Portanto, o ponto de equilíbrio pode ser analisado sob três aspectos distintos: Ponto de Equilíbrio Contábil. Ponto de Equilíbrio Econômico. Ponto de Equilíbrio Financeiro. Ponto de Equilíbrio El y Cé lia C or ba ri/ Jo el de Je su s M ac ed o. Figura 2 – Tipos de ponto de equilíbrio. Para o cálculo do PE é necessário conhecer o preço de venda do produto, para esta situação estamos assumindo que o preço é dado pelo mercado, portanto, a empresa está inserida num ambiente de concorrência perfeita. Além do preço é necessário conhecer também o custo variável unitário de produção e a respectiva margem de contribuição unitária. Ponto de equilíbrio contábil (PEC) O Ponto de Equilíbrio Contábil (PEC) é o momento em que a quantidade de vendas gera receitas suficientes apenas para cobrir os custos e as despe- sas fixas e variáveis. O resultado no ponto de equilíbrio contábil é nulo, ou seja, a quantidade vendida não gera nem lucros nem prejuízos. O Ponto de Equilíbrio Contábil iguala a receita total aos custos totais, então temos a seguinte fórmula: Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br 114 Análise de custo, volume e lucro Receita total = Custo total (1) Custo total = Custos fixos + Custos variáveis (2) Substituindo (2) em (1), temos: Receita total = Custos fixos+ Custos variáveis (3) O Ponto de Equilíbrio Contábil indica o mínimo que a empresa precisa produzir e venderpara conseguir arcar com sua estrutura, ou seja, para não ficar no prejuízo. O lucro começa a ocorrer com vendas adicionais à quanti- dade encontrada pelo PEC, ou seja, após ter atingido o Ponto de Equilíbrio Contábil é que a empresa começa a ter algum lucro. Isto pode ser facilmente observado no gráfico 1, o qual mostra a relação Custo, Volume e Lucro. Preju ízo Luc roPonto de equilíbrio Receitas totaisCustos e despesas totais Variáveis Fixos $ (m) Volume Gráfico 1 – Ponto de equilíbrio (M A RT IN S, 2 00 9. A da pt ad o. ) Observa-se nesse gráfico que o custo fixo, representado pela reta horizon- tal logo acima do eixo x, mantém-se constante em relação ao volume de pro- dução, representado no eixo x, dada determinada capacidade instalada. Os custos variáveis, por sua vez, aumentam (variam) na mesma proporção que aumenta o volume produzido. As receitas possuem o mesmo comportamento dos custos variáveis, quanto mais vendas ocorrerem mais receitas se obtêm. No gráfico 1, o ponto no eixo x que é tocado pela linha vertical tracejada do ponto de equilíbrio indica a quantidade total produzida onde a empresa teria lucro zero, portanto, este ponto seria o ponto de equilíbrio contábil. A região em destaque (hachurada) indica o ponto crítico da empresa, ou seja, nesta região a empresa estaria incorrendo em prejuízo, porque qual- quer quantidade produzida abaixo do PEC não seria suficiente para cobrir os custos e despesas, portanto, a empresa não conseguiria honrar os seus compromissos. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br Análise de custo, volume e lucro 115 De forma resumida, qualquer quantidade ou ponto abaixo daquela determinada pelo PEC a empresa estaria na zona de prejuízo, e por outro lado, qualquer quantidade ou ponto acima daquela estaria em zona de lucratividade. Outro modo de obter o Ponto de Equilíbrio Contábil, além da fórmula que indica a quantidade mínima que a empresa deve produzir e vender, pode ser por meio da fórmula que indica o valor mínimo de receita a ser obtido para que a empresa não tenha nem lucro nem prejuízo. As duas fórmulas de cálculo utilizam o conceito de margem de contribui- ção que é calculada pela diferença entre o preço de venda de um produto e seus custos e despesas variáveis. Pode ser entendida como a contribuição dada por esse produto para cobrir o montante de custos e despesas fixos da empresa (PARISI; MEGLIORINI, 2011). As duas formas de se calcular o Ponto de Equilíbrio Contábil estão apresentadas a seguir. Quadro 1 – Fórmulas para o PEC El y Cé lia C or ba ri/ Jo el de Je su s M ac ed o. Pec Fórmula Em valor Ponto de Equilíbrio em valor = _ Custos Fixos Totais___ % Margem de Contribuição Em quantidade Ponto de Equilíbrio em quantidade = Custos Fixos Totais Margem de Contribuição Unitária Considerando que “cada produto vendido irá cobrir, com sua margem de contribuição unitária, uma parte dos custos fixos totais da empresa” (WERNKE, 2004, p. 50), ao dividir os custos e despesas fixos pela margem de contribuição unitária, obtém-se a quantidade de unidades necessárias para que a margem de contribuição de todas as unidades se iguale aos custos e despesas fixas. Exemplo: Preço de Venda Unitário (PV): R$500,00 Custo Variável Unitário (CV): R$400,00 Custos Fixos (CF): R$60.000,00 Este exemplo nos fornece o preço de venda unitário, o custo variável uni- tário e o custo fixo, para o cálculo dos pontos de equilíbrio é necessário co- nhecer, também, a margem de contribuição percentual e a margem de con- tribuição unitária deste produto, que são dadas pelas seguintes equações: Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br 116 Análise de custo, volume e lucro MC un. = PV – CV = 500–400 =100 (4) %MC = MC un./ PV = 100/500 = 0,2 ou 20% (5) A margem de contribuição encontrada na equação (4) nos diz que: dado o preço de venda de R$500 menos o custo variável de R$400, a produção e venda de uma unidade do produto contribuirá com R$100 para cobrir os custos fixos da empresa. A equação (5) representa o montante percentual, em relação ao preço da venda de uma unidade do produto, que este contribuirá para contribuir com o pagamento dos custos fixos. Conhecida a margem de contribuição do produto e considerando que ainda deseja-se conhecer a quantidade necessária para se chegar ao ponto de equilíbrio, aplicam-se os seguintes cálculos: Quadro 2 – Exemplo – PEC El y Cé lia C or ba ri/ Jo el d e Je su s M ac ed o. Fórmula Resolução Interpretação PEC = C F MC un. PEC = 60.000,00 100,00 PEC = 600 O Ponto de Equilíbrio Contábil será alcançado no momento em que a empresa produzir e vender 600 unidades. PEC = C F_ % MC PEC = 60.000,00 20% PEC = 300.000,00 O Ponto de Equilíbrio Contábil será alcançado no mo- mento em que as receitas alcançarem R$ 300.000,00. Ponto de equilíbrio econômico (PEE) O Ponto de Equilíbrio Econômico (PEE) apresenta a quantidade de vendas necessária para atingir o lucro desejado, ou seja, o volume de vendas que obtém receitas suficientes para pagar os custos fixos e, ainda, cobrir o custo de oportunidade expresso pela remuneração do capital (lucro desejado). Para entender o custo de oportunidade vamos pensar que se o empresá- rio depositasse na poupança os R$60.000,00, durante o mesmo prazo que le- varia para ele produzir e vender o seu produto, ele obteria juros no montante de R$5.000,00. Portanto, o custo de oportunidade, ou seja, a oportunidade que ele abandonou para abrir a empresa, produzir e vender R$5.000,00, Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br Análise de custo, volume e lucro 117 assim, o lucro desejado pelo empresário deve ser no mínimo R$5.000,00. Considera-se custo de oportunidade a remuneração do capital investido, ou seja, a lucratividade mínima esperada pelo proprietário (CREPALDI, 2011). Parisi e Megliorini (2011 p. 86) relatam que o Ponto de Equilíbrio Econô- mico “diferencia-se do ponto de equilíbrio contábil, pois considera que a margem de contribuição, além de cobrir os custos e despesas fixos, deve, também, ser suficiente para, pelo menos, cobrir o custo de oportunidade do capital investido da empresa”. Assim, o Ponto de Equilíbrio Econômico é aquele que indica o mínimo que uma empresa deve produzir e vender para cobrir os juros sobre o capi- tal de terceiros (empréstimos e financiamentos) e remunerar o investimento nela realizados pelos proprietários (PARISI; MEGLIORINI, 2011). Diante do exposto, o Ponto de Equilíbrio Econômico é encontrado a partir da seguinte equação: PEE = Custos Fixos Totais + Lucro Desejado Margem de Contribuição unitária Exemplo: Preço de Venda Unitário (PV): R$500,00 Custo Variável Unitário (CV): R$400,00 Custos Fixos (CF): R$60.000,00 Lucro Desejado (Lucro): R$5.000,00 Dado o preço de venda, o custo variável unitário, os custos fixos e o lucro desejado é possível, a partir da equação a seguir, encontrar o ponto de equi- líbrio econômico: Quadro 3 – Exemplo – PEE El y Cé lia C or ba ri/ Jo el de Je su s M ac ed o. Fórmula Resolução Interpretação PEE = CF + Lucro MC un. PEE = 60.000,00 + 5.000,00 100,00 PEE = 650 O Ponto de Equilíbrio Econômico seráalcançado no momento em que a empresa produzir e vender 650 unidades. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br 118 Análise de custo, volume e lucro Ponto de equilíbrio financeiro (PEF) O Ponto de Equilíbrio Financeiro corresponde ao nível de vendas que gera receitas suficientes para cobrir todos os gastos que geram desembolsos financeiros para a empresa. Neste contexto, Parisi e Megliorini (2011) expõem que o Ponto de Equilí- brio Financeiro diferencia-se do ponto de equilíbrio contábil por considerar que a margem de contribuição deve ser suficiente para cobrir: os custos e despesas que geram desembolsos � – exceto depreciação, amortização e despesas provisionadas; o pagamento de juros e amortização de dívida � . No Ponto de Equilíbrio Financeiro calcula-se o nível de atividades (em unidades ou em valor monetário) suficiente para pagar os custos e despesas variáveis, os custos fixos (exceto os não desembolsáveis) e outras dívidas que a empresa tenha que saldar no período como empréstimos e financiamen- tos bancários (WERNKE, 2004). A equação do Ponto de Equilíbrio Financeiro em quantidade é: PEF = Custos Fixos Desembolsáveis Margem de Contribuição unitária Os custos fixos desembolsáveis representam aqueles que irão, em algum momento, representar saídas de caixa. Devem ser deduzidos os valores que não representam desembolsos para a empresa, a exemplo da depreciação, amortização e despesas provisionadas. Uma forma alternativa de calcular o ponto de equilíbrio financeiro é por meio da seguinte equação: PEF = Custos Fixos – Depreciação/Amortização + Dívida do período Margem de Contribuição unitária Para Parisi e Megliorini (2011, p. 86) “no ponto de equilíbrio financeiro não há preocupação com os resultados econômicos e sim com a geração dos recursos necessários para dar cobertura aos pagamentos demandados pelas operações”. Está relacionado aos fluxos de caixa da empresa. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br Análise de custo, volume e lucro 119 Exemplo: Preço de Venda Unitário (PV): R$500,00 Custo Variável Unitário (CV): R$400,00 Custos Fixos (CF): R$60.000,00 Depreciação/Amortização: R$10.000,00 Dívida do Período: R$5.000,00 Conhecidos o preço de venda unitário, o custo variável unitário, os custos fixos, a depreciação/amortização e a dívida do período é possível, a partir da seguinte equação, obter o ponto de equilíbrio financeiro. Quadro 4 – Exemplo – PEF El y Cé lia C or ba ri/ Jo el de Je su s M ac ed o. Fórmula Resolução Interpretação PEF = CF– Dep/Amort + Dívida MCun PEF=60.000–10.000+5.000 100 PEF = 550 O Ponto de Equilíbrio Financei- ro será alcançado no momen- to em que a empresa produzir e vender 550 unidades. A diferença básica em relação à fórmula do Ponto de Equilíbrio Contábil é que aqui se exclui dos custos fixos totais o valor relativo à depreciação por não ser um gasto desembolsável, além de incluir os débitos bancários ou para com terceiros que a empresa necessita saldar. No Ponto de Equilíbrio Financeiro o nível de produção e venda é sufi- ciente apenas para cobrir os gastos desembolsáveis. Neste ponto o saldo de caixa é zero (CREPALDI, 2011). Margem de segurança operacional (MSO) A Margem de Segurança Operacional (MSO) compreende a quantida- de de produtos que é vendida acima do ponto de equilíbrio. Para Crepaldi (2011, p. 138) “a margem de segurança é um indicador de risco que aponta a quantidade a que as vendas podem cair antes de se ter prejuízo”. Para Wernke (2004) a Margem de Segurança Operacional pode ser expres- sa quantitativamente, em unidades físicas ou monetárias, ou sob a forma percentual. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br 120 Análise de custo, volume e lucro Segundo Warren, Reeve e Fess (2008. p. 112), “Margem de segurança é a diferença entre a receita de vendas atuais e as vendas no ponto de equi- líbrio”. Para estes autores a queda nas vendas do ponto atual ao ponto de equilíbrio é a variação que pode ocorrer sem que a empresa incorra em pre- juízo operacional. Para a obtenção da margem de segurança podem ser utilizadas as se- guintes equações: Quadro 5 – Equações da Margem de Segurança Descrição Fórmula Margem de Segurança em Valor Mo- netário Vendas efetiva em valor (–) vendas em valor no Ponto de Equilíbrio Margem de Segurança em Unidades físicas Quantidade vendida (–) quantidade no Ponto de Equilíbrio Margem de Segurança em percentual Margem de Segurança em valor / Vendas efeti-vas em valor (W ER N KE , 2 00 4. A da pt ad o. ) Como estamos tratando da MSO, portanto, da operação, não incluímos o lucro, amortização etc., sendo assim, abordamos o cálculo utilizando a MSO pela PEC. Caso o que estiver sendo discutido seja a margem de segu- rança financeira usa-se o PEF ou o PEE no caso da margem de segurança econômica. Exemplo: Tabela 1 – Exemplo – MSO El y Cé lia C or ba ri/ Jo el d e Je su s M ac ed o. Quantidade Valor Vendas Efetivas 830 R$124.500,00 Vendas no Ponto de Equilíbrio 600 R$90.000,00 Margem de Segurança em Valor: MSO = Vendas efetiva em valor (–) vendas em valor no Ponto de Equilíbrio MSO = 124.500,00 – 90.000,00 MSO = 34.500,00 Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br Análise de custo, volume e lucro 121 Margem de Segurança em Unidades: MSO = Quantidade vendida (–) quantidade no Ponto de Equilíbrio MSO = 830 unidades – 600 unidades MSO = 230 unidades Margem de Segurança em percentual: MSO = Margem de Segurança em valor / Vendas efetivas em valor MSO = 34.500,00 / 124.500,00 MSO = 27,71% Quanto menor a razão, maior o risco de se atingir o ponto de equilíbrio. Quanto mais positiva essa margem, maior será a segurança de que a empre- sa não incorra em prejuízos e maior será a parcela do faturamento destinado a gerar lucro (PARISI; MEGLIORINI, 2011). Alavancagem operacional Outra relação útil para o tomador de decisão a partir da análise de custo - volume e lucro é alavancagem operacional. O conceito de alavancagem em- presarial é similar ao conceito de alavanca usualmente empregado na física. Por meio da aplicação de uma força pequena no lado maior da alavanca, em relação a um calço de apoio da alavanca, é possível mover um peso muito maior no braço menor da mesma (BRUNI; FAMÁ, 2008). Figura 3 – Alavanca. IE SD E Br as il S. A . Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br 122 Análise de custo, volume e lucro O peso maior (100kg) no lado menor da alavanca representa os custos fixos da empresa. O peso menor (5 kg) no lado maior da alavanca representa as vendas. Quanto maior a alavanca (tábua), menor o esforço para movimen- tar o peso maior, portanto, mais sensível será a variação no peso maior em virtude de um aumento no peso menor. Em outras palavras, quanto maio- res os custos fixos, maior deverá ser a alavanca necessária. A alavanca maior, mais sensível, será o incremento nos resultados em virtude de um aumento nas vendas (peso menor). O gráfico 2, abaixo, mostra a relação entre custos fixos e o grau de alavan- cagem operacional (GAO). Margem de Contribuíção 100 1,10 100 1,25 100 2,00 100 2,50 100 5,00 100 10,00Grau de Alavancagem Operacional (GAO) Custos Fixos Gráfico 2 – Relação entre os custos fixos e o grau de alavancagem (A BR A D IF ,2 00 2. A da pt ad o. ) Quanto maiores os custos fixos em comparação à Margem de Contribui- ção, maior será o Grau de Alavancagem Operacional. Quanto maior o Grau de Alavancagem Operacional, mais sensível ficará o Resultado Operacional se houver qualquer variação na Venda Bruta (ABRADIF, 2002). Assim, o conceito da alavancagem está ligado à utilização dos custos e des- pesas fixas, pois a alavancagem operacional é um índice que determina a pos- sibilidade de acréscimo do lucro total pelo incremento da quantidade produzi- da e vendida, buscando a maximização do uso dos custos e despesas fixas. O efeito de alavancagem ocorre pelo fato de que os custos fixos são dis- tribuídos por um volume maior de produção, fazendo com que o custo uni- tário da mercadoria produzida seja reduzido. A equação do Grau de Alavancagem Operacional é: Alavancagem Operacional = Porcentagem de acréscimo no lucro Porcentagem de acréscimo no volume Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br Análise de custo, volume e lucro 123 Exemplo: Tabela 2 – Exemplo – GAO El y Cé lia C or ba ri/ Jo el d e Je su s M ac ed o. Dados para cálculo do grau de alavancagem VOLUME DE ATIVIDADES 100.000 unid. 110.000 unid. Receita (R$5,20 unit.) R$520.000,00 R$572.000,00 ( – ) Custos Variáveis (R$2,30 unit) R$230.000,00 R$253.000,00 ( – ) Despesas Variáveis ( R$0,70 unit) R$70.000,00 R$77.000,00 ( = ) Margem de Contribuição Unitária R$220.000,00 R$242.000,00 ( – ) Custos Fixos R$120.000,00 R$120.000,00 ( – ) Despesas Fixas R$29.600,00 R$29.600,00 ( = ) Resultado antes da tributação dos lucros R$70.400,00 R$92.400,00 A tabela 2 representa o grau de alavancagem operacional dado um acréscimo na quantidade de atividades passando de 100 000 unidades para 110 000 unidades produzidas. Para obter a variação do nível de atividades deve-se proceder o seguinte cálculo: Variação percentual do volume de atividade = Q= . 100 q1 – q0 q0 onde: q1 é a quantidade final de atividade q0 é q quantidade inicial de atividade para saber a variação percentual basta multiplicar o valor encontrado por 100 Q= . 100 110.000 – 100.000 100.000 Q= . 100 10.000 100.000 Q= (0,10) . 100, Q= 10% Portanto a variação do nível de atividade é de 10%. Para saber a variação do lucro procede-se de forma análoga ao cálculo da variação da quantidade, ou seja: Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br 124 Análise de custo, volume e lucro Variação do lucro = L= . 100 l1 – l0 l0 onde: l1 é o lucro correspondente ao nível de atividade final, ou então, lucro final. l2 é o lucro correspondente ao nível de atividade inicial, ou então, lucro inicial. para saber a variação percentual do lucro, basta multiplicar o valor encon- trado por 100. L= . 100 l1 – l0 l0 Q= . 100 92.400 – 70.400 70.400 Q= (0,3125) . 100, Q= 31,25% Portanto, dado um aumento no nível de atividade, a variação percentual do lucro é de 31,25% Após calcular a variação percentual do nível de atividade e a variação per- centual do seu respectivo lucro é possível identificar o Grau de Alavancagem Operacional da empresa a partir da seguinte equação: GAO = = = 3,125 Variação Percentual do Lucro Variação Percentual do volume de atividade 31,25% 10% A alavancagem operacional ocorre quando um crescimento de x% nas vendas provoca um crescimento de n vezes x% no lucro bruto. Neste caso, o Grau de Alavancagem Operacional (GAO) permite que uma variação per- centual pequena nas vendas (por exemplo, 10%) resulte em uma variação percentual muito maior no resultado (por exemplo, 31,25%). O grau de alavancagem operacional encontrado de 3,125 representa o quanto o lucro é sensível em relação ao volume de atividades. Isto equivale Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br Análise de custo, volume e lucro 125 dizer que uma variação positiva, portanto aumento no nível de produção e venda, de 1% representa um aumento de 3,125% nos resultados da empre- sa, antes da tributação dos lucros. Tipos de grau de alavancagem operacional Há diversos tipos de Grau de Alavancagem Operacional. De acordo com a Abradif (2002) são: Quadro 6 – Tipos de Grau de Alavancagem Operacional Grau de Alavancagem Negativa: Ocorre quando um aumento na Receita Bruta provoca uma queda no Resultado Operacional. Isso acontece nas seguintes situações: a Margem de Contribui- ção é negativa ou o crescimento da Receita Bruta é acompanha- do pelo aumento das despesas fixas. ResultadoVenda Grau de Alavancagem Modesta: É registrado quando a empre- sa opera no prejuízo e quando os seus Custos Fixos estão acima do dobro da Margem de Contribuição. Nesse caso, um aumento na Receita Bruta de x% colabora para diminuir o prejuízo, mas em uma porcentagem menor. ResultadoVenda Grau de Alavancagem em Equilíbrio: Ocorre quando a empre- sa opera no prejuízo e quando os seus Custos Fixos são exata- mente o dobro da Margem de Contribuição. Nesses casos, um aumento na Receita Bruta de x% colabora para diminuir o preju- ízo, na mesma proporção. ResultadoVenda Grau de Alavancagem Operacional: É o que ocorre na maioria dos casos, ou seja, um aumento ou uma diminuição da Receita Bruta de x% gera um aumento ou uma diminuição do Resultado Operacional num porcentual sempre maior. ResultadoVenda (A BR A D IF , 2 00 2. A da pt ad o. ) Conhecendo o Grau de Alavancagem Operacional a empresa pode iden- tificar as áreas mais sensíveis aos aumentos de vendas e fazer os devidos incrementos. Quanto maior o Grau de Alavancagem Operacional, maior o risco, pois o Resultado Operacional ficará muito sensível a qualquer variação na Receita Bruta, tanto para mais como para menos. Assim, em épocas de dificuldades de vendas, a empresa sente fortemente os reflexos. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br 126 Análise de custo, volume e lucro Ampliando seus conhecimentos Equilíbrio nas vendas (CREPALDI, 2011) A análise do equilíbrio é o processo de se calcular as vendas necessárias para cobrir os custos de forma que os lucros e os prejuízos sejam iguais a zero. O ponto de equilíbrio que se obtém pela análise é importante para o processo de planejamento do lucro. Esse conhecimento permite manter e melhorar os resultados operacionais. Ele também é importante quando se introduz um novo produto ou serviço, moderniza-se um dispositivo, começa-se um novo negócio ou, ainda, nas atividades administrativas. A análise do equilíbrio pode também ser usada como unidade seleciona- dora como primeira tentativa para determinar a viabilidade econômica de uma proposta de investimento. A formação de preços também pode ser facili- tada com o conhecimento do ponto de equilíbrio de um produto. A análise do equilíbrio presume que: o preço de venda é constante; � há somente um produto ou grupo constante de produtos; � a eficiência da produção é constante; � os estoques não sofrem mudanças significativas de período para período; � o custo variável por unidade é constante. � As linhas mestras do equilíbrio são: um aumento no preço de venda diminui o ponto de equilíbrio das vendas; � um aumento no custo variável aumenta o ponto de equilíbrio das vendas; � um aumento no custo fixo aumenta o ponto de equilíbrio das vendas. � O objetivo, é claro, não é atingir o equilíbrio, mas obter lucro. Para decidir- mos quais produtos devemos produzir mais, manter a produção ou deixar de produzir, o ponto de equilíbrio não é o único fator a ser considerado. As con- diçõeseconômicas, o fornecimento e a procura, a repercussão a longo prazo e o relacionamento com os fregueses também devem ser consideradas. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br Análise de custo, volume e lucro 127 Atividades de aplicação 1. Ao implantar novos instrumentos de controle gerencial na controladoria da sua empresa, você precisou explicá-los à sua equipe, mencionando a funcionalidade de cada instrumento e sua função na empresa. Desta forma, relacione os instrumentos gerenciais às suas conceituações. (A) Ponto de Equilíbrio Contábil ( ) É a possibilidade de acréscimo do lucro total, pelo aumento da quantidade produzida e vendida, pela maximização do uso dos cus- tos e despesas fixas. (B) Ponto de Equilíbrio Econômico ( ) Considera a visão do fluxo de caixa da em- presa, pois leva em consideração o desem- bolso da empresa frente às vendas feitas no período. (C) Ponto de Equilíbrio Financeiro ( ) É a diferença entre a receita total auferida pela empresa e a receita total no ponto de equilíbrio. (D) Alavancagem Operacional ( ) É o estágio alcançado pela empresa no mo- mento em que as receitas se igualam aos custos e despesas totais. (E) Margem de Segurança ( ) É quando se considera um retorno (margem de ganho), além dos custos de produção. 2. A Indústria InterFac está viabilizando a fabricação do Produto X: Preço de Venda (R$) 400,00 (unit) Custos e Despesas Variáveis (R$) 300,00 (unit) Custos e Despesas Fixos (R$) 280.000,00 (mês) Depreciação (inclusa nos custos e despesas fixos) (R$) 30.000,00 (mês) Patrimônio Líquido (R$) 2.000.000,00 Lucro Desejado (R$) 1,5% ao mês do PL Dívidas (R$) 100.000,00 (mês) Com base nos dados acima, assinale a alternativa que indique, respec- tivamente, o Ponto de Equilíbrio Contábil, Econômico e Financeiro: a) 3 200 unidades; 2 800 unidades; 2 500 unidades. b) 2 800 unidades; 3 100 unidades; 3 500 unidades. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br 128 Análise de custo, volume e lucro c) 2 800 unidades; 5 800 unidades; 3 300 unidades. d) 2 500 unidades; 2 800 unidades; 3 200 unidades. 3. Calcule a MSO de uma empresa que produz e vende o Produto Y. Os seguintes dados estão disponíveis. Preço de Venda (R$) 8.000,00 (unit) Custos e Despesas Variáveis (R$) 5.200,00 (unit) Custos e Despesas Fixos (R$) 78.400,00 (mês) Quantidade Vendida 53 unidades Qual é a MSO em unidades? a) 53 unidades. b) 25 unidades. c) 28 unidades. d) 42 unidades. Referências ASSOCIAçãO Brasileira dos Distribuidores Ford – Autos e Caminhões (ABRADIF). Alavancagem Operacional: Nem sempre aumento de vendas significa maior lucro. In: Guia Prático de Atualização (2002). Disponível em: <www.abradif.com.br/ upload/portal/pt/departamentos/treinamento/financeiro1102.pdf.>. Acesso em: 1 nov. 2011. BRUNI, Adriano Leal; FAMÁ, Rubens. Gestão de Custos e Formação de Preços: com aplicação na calculadora HP 12C e Excel. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2008. CREPALDI, Silvio Aparecido. Contabilidade Gerencial: teoria e prática. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2011. MARTINS, Eliseu. Contabilidade de Custos. 9. ed. São Paulo: Atlas, 2009. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br Análise de custo, volume e lucro 129 PARISI, Claudio; MEGLIORINI, Evandir (organizadores). Contabilidade Gerencial. São Paulo: Atlas, 2011. PADOVEZE, Clóvis Luís. Controladoria Estratégica e Operacional: conceitos, es- trutura, aplicação. 2. ed. São Paulo: Cengage Learning, 2009. WARREN, Carl S.; REEVE, James M.; FESS, Philip E. Contabilidade Gerencial. Tra- dução técnica André Olimpio Mosselmann Du Chenoy Castro. 2. ed. São Paulo: Thomson Learning, 2008. WERNKE, Rodney. Gestão de Custos: uma abordagem prática. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2004. Gabarito 1. (A) Ponto de Equilíbrio Contábil (D) É a possibilidade de acréscimo do lucro total, pelo aumento da quantidade pro- duzida e vendida, pela maximização do uso dos custos e despesas fixas. (B) Ponto de Equilíbrio Econômico (C) Considera a visão do fluxo de caixa da empresa, pois leva em consideração o desembolso da empresa frente às vendas feitas no período. (C) Ponto de Equilíbrio Financeiro (E) É a diferença entre a receita total aufe- rida pela empresa e a receita total no ponto de equilíbrio. (D) Alavancagem Operacional (A) É o estágio alcançado pela empresa no momento em que as receitas se igualam aos custos e despesas totais. (E) Margem de Segurança (B) É quando se considera um retorno (margem de ganho), além dos custos de produção. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br 130 Análise de custo, volume e lucro 2. B Resolução Interpretação PEC = _C F__ MCun PEC = 280.000,00 100,00 PEC = 2.800 O Ponto de Equilíbrio Contábil será alcançado no momento em que a empresa produzir e vender 2 800 unidades. Ou seja, neste momen- to o resultado é zero, ou seja, a empresa não terá nem lucro nem prejuízo. PEE = CF + Lucro MC un PEE = 280.000,00 + 30.000,00 100,00 PEE = 3.100 O Ponto de Equilíbrio Economico será alcança- do no momento em que a empresa produzir e vender 3 100 unidades. Ou seja, neste ponto a empresa além de cobrir os custos e despesas, obterá o retorno desejado. PEF = CF–Dep+ Dívida MCun PEF = 280.000,00 – 30.000,00 + 100.000,00 100,00 PEF = 3.500 O Ponto de Equilíbrio Financeiro será alcança- do no momento em que a empresa produzir e vender 3 500 unidades. Neste volume de pro- dução a empresa terá recursos suficiente para pagar todos os gastos desenbolsáveis. 3. B Ponto de equilíbrio em quantidades PEC = CF MCun PEC = 78.400,00 2.800,00 PEC = 28 unidades Margem de Segurança em Unidades: MSO = Quantidade vendida (–) quantidade no Ponto de Equilíbrio MSO = 53 unidades – 28 unidades MSO = 25 unidades Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br
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