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Insulina, Glucagon e Diabetes Mellitus INSULINA Química e Síntese Molécula proteica formada por 2 cadeias de aminoácidos conectadas por ligações dissulfeto; Quando as duas cadeias se separam a atividade funcional da insulina desaparece; Sintetizada nas células beta pelo modo usual (tradução do RNAm por meio dos ribossomos ligados ao RE); Forma-se pré-pró-insulina, que será clivada e formará pró-insulina. A pró-insulina é formada por 3 cadeias, A B e C. A maior parte da pró-insulina é novamente clivada no aparelho de Golgi. A insulina e o peptídeo cadeia C são revestidos nos grânulos secretores e secretados em quantidades equimolares; Pró-insulina e peptídeo C não tem atividade insulínica. O peptídeo C se liga à estrutura da membrana (receptor acoplado à proteína G) e elicita ativação da NA-K-ATPase e óxido nítrico sintetase endotelial; Diabéticos tipo I, incapazes de produzir insulina, têm normalmente níveis diminuídos de peptídeo C; Quando a insulina é secretada no sangue, circula livremente com meia-vida de 10-15 minutos. Com exceção da porção que se liga a receptores de células-alvo, o restante da insulina é degradado pela insulinase no fígado e rins. A rápida remoção do plasma é importante para o controle das funções; Ativação dos Receptores pela Insulina e Efeitos Celulares O receptor de insulina é a combinação de 4 subunidades (2 alfa e 2 beta) unidas por ligações dissulfeto; A insulina se acopla às subunidades alfa, as subunidades beta projetam-se para o interior celular e se autofosforilam; Autofosforilação das subunidades beta ativa a tirosina-cinase local, que causa fosforilação de enzimas intracelulares, substratos do receptor de insulina (IRS); Tipos diferentes de IRS são expressos. O efeito global é a ativação/inativação de enzimas; Efeitos Finais da Estimulação da Insulina Aumento da captação de glicose. A glicose transportada para as células é rapidamente fosforilada; A membrana celular fica mais permeável a aminoácidos, íons de K e fosfato; Efeitos lentos (10-15 minutos) modificam a atividade de várias enzimas intracelulares; Efeitos mais lentos incluem variações na velocidade de tradução do RNAm; Efeito da Insulina sobre o Metabolismo dos Carboidratos A glicose absorvida causa secreção rápida de insulina. A insulina causa captação, armazenamento e utilização da glicose por quase todos os tecidos, em especial pelo músculos, tecido adiposo e fígado; Armazenamento de Glicogênio Muscular Se os músculos não estiverem se exercitando depois das refeições, e ainda assim, a glicose for transportada para as células musculares, esta é armazenada como glicogênio muscular; Glicogênio é útil durante períodos curtos de uso energético extremo por meio da conversão em ácido lático, o que pode ocorrer até mesmo na ausência de oxigênio; Insulina Promove Captação, Armazenamento e Utilização da Glicose Hepática Insulina inativa a fosforilas hepática impedindo a clivagem do glicogênio hepático; Insulina causa aumento da captação de glicose pelas células hepáticas. Isso ocorre por aumento da atividade da glicocinase. Depois de fosforilada, a glicose é retida nos hepatócitos (glicose fosforilada não se difunde); Insulina aumenta a atividade de enzimas que promovem glicogênese, principalmente a glicogênio sintase; O efeito global é de aumentar a quantidade de glicogênio no fígado; Glicose é Liberada do Fígado entre as Refeições Redução da glicose sanguínea faz com que o pâncreas reduza a secreção de insulina; Ausência da insulina reverte todos os efeitos relacionados ao armazenamento de glicogênio; Ausência de insulina (aumenta glucagon) ativa a fosforilase, causando clivagem do glicogênio em glicose-P; A glicose fosfatase, inibida pela insulina, é ativada pela ausência de insulina e faz com que o radical fosfato seja retirado da glicose possibilitando a difusão da glicose para o sangue; Insulina Promove Conversão do Excesso de Glicose em Ácidos Graxos e Inibe Gliconeogênese no Fígado Quando a quantidade de glicose que penetra no fígado é maior da que pode ser armazenada como glicogênio ou utilizada para o metabolismo local, a insulina promove a conversão de todo o excesso em ácidos graxos; Esses ácidos graxos são subsequentemente empacotados em triglicerídeos de VLDL; Insulina também inibe gliconeogênese. Efeito causado pela redução da liberação de aminoácidos dos músculos e outros tecidos e disponibilidade desses precusores necessários para a gliconeogênese; Falta do Efeito de Insulina sobre a Captação e Utilização da Glicose pelo Cérebro A maioria das células neurais é permeável à glicose e pode utilizá-la sem a intermediação da insulina; É esscencial que o nível de glicose sanguínea se mantenha sempre acima do nível crítico; Choque hipoglicêmico caracteriza-se por irritabilidade progressiva, perda de consiência, convulsões e coma; Efeito da Insulina no Metabolismo das Gorduras O efeito a longo prazo da falta de insulina provoca aterosclerose extema; Insulina Promove Síntese e Armazenamento de Gorduras A insulina aumenta a utilização da glicose pela maioria dos tecidos, funcionando como poupador de gordura; Também promove a síntese de ácidos graxos que ocorre quase toda nas células hepáticas. Os ácidos graxos são levados do fígado por lipoproteinas plasmáticas; A insulina aumento o transporte da glicose para as células hepáticas; O ciclo do ácido cítrico produz íons citrato e isocitrato, quando quantidade excessiva de glicose é utilizada como fonte de energia; A maior parte dos ácidos graxos é sintetizada no fígado e utilizada para formar triglicerídeos; Papel da Insulina no Armazenamento das Gorduras nos Adipócitos Insulina inibe a ação da lipase hormônio-sensível, enzima que promove a hidrólise de triglicerídeos armazenados nos adipócitos; Insulina promove o transporte da glicose através da membrana celular para os adipócitos; Deficiência de Insulina Aumenta o Uso das Gorduras como Fonte Energética Ocorre quando a secreção de insulina é mínima; É extremo no diabetes mellitus quando a secreção é quase nula; Deficiência de insulina causa lipólise das gorduras armazenadas e liberação dos ácidos graxos livres; Deficiência de insulina aumenta a concentração de colesterol e fosfolipídeos plasmáticos; Utilização Excessiva das Gordura Durante a Falta de Insulina causa Cetose e Acidose Nas mitocôndiras a betaoxidação de ácidos graxos ocorre rapidamente liberando acetil-CoA; Grande parte desse acetil-CoA é condensado para formar ácido acetoacético que é liberado no sangue; Efeito da Insulina nas Proteínas e no Crescimento Estimula o transporte de aminoácidos para as células, dividindo essa função com o Gh; Aumenta o processo de tradução do RNAm; Aumenta a transcrição de sequências genéticas selecionas do DNA; Inibe o catabolismo das proteínas reduzindo a liberação de aminoácidos das células; No fígado, deprime a gliconeogênese; Poupadora de proteínas; Deficiência de insulina causa depleção de proteínas e aumento dos aminoácidos plasmáticos; Insulina e o hormônio do crescimento interagem de modo sinérgico para promover o crescimento; Mecanismos de Secreção Células beta contêm grande número de transportadores de glicose (GLUT-2) que permitem influxo de glicose proporcional à concentração plasmática na faixa fisiológica; Uma vez nas células, a glicose é fosforilada pela glicocinase em glicose-6-fosfato. Esta é a etapa limitante para o metabolismo da glicose pelas células beta e é considerado o principal mecanismo sensor de glicose e ajuste da quantidade de insulina secretada; Glicose-6-fosfato é oxidada de modo a formar o ATP, que inibe os canais de K sensíveis a ATP abrindo os canais de Ca dependentes de voltagem. Isso produz influxo de Ca que estimula a fusão das vesículas de insulina com a membrana e a exocitose; Outros nutrientes, como aminoácidos também podem ser metabolizados pelas células beta para estimular a secreção de insulina;Aumento da glicose sanguínea estimula a secreção de insulina – feedback positivo; GLUCAGON Hormônio secretado pelas células alfa das ilhotas de Langherans quando a concentração de glicose cai; Possui diversas funções opostas à insulina; Efeitos sobre o Metabolismo da Glicose Provoca glicogenólise e aumento da concentração de glicose sanguínea; Glucagon ativa a adenilil-ciclase na membrana do hepatócito; AMPc é formado; AMPc ativa a proteína reguladora de proteinocinase; Proteína reguladora de proteinocinase ativa a proteinocinase; Proteinocinase ativa a fosforilase cinase b; Fosforilase cinase b converte fosforilase b em fosforilase a; Fosforilase a promove a degradação de glicogênio em glicose-1-fosfato; Glicose-1-fosfato é desfosforilada, e a glicose é liberada; Glucagon aumenta a gliconeogênese; Ativa a lipase das células adiposas; Inibe o armazenamento de triglicerídeos; Regulação da Secreção de Glucagon Glicose aumentada inibe a secreção; Aumento de aminoácidos no sangue estimula a secreção de glucagon; Exercício estimula a secreção de glucagon; Somatostatina, Glucagon e Insulina Somatostatina age localmente nas ilhotas para deprimir a secreção de insulina e glucagon; Diminui a motilidade estomacal, do duodeno e da vesícula biliar; Diminui a secreção e absorção do TGI; Prolonga o tempo que os nutrientes ficam no sangue;
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