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Componente da Emulsão Radiográfica Estrutura: A emulsão é impregnada nas duas faces da base do filme (poliéster, ace tato de celulose, polietileno etc.). Essa base, finíssima, tem coloração azulada para tornar mais agradável sua visualização, melhoran do, assim, a qualidade. Componente: ●Embora chamada de emulsão, na realidade é uma suspensão de gelatina (orgânico) do halogeneto de prata ●O halogeneto de prata é principalmente de brometo de prata (AgBr). Outros são: iodeto de prata (AgI) e cloreto de prata (AgCl). Curva característica (propriedades do filme radiográfico) Grau de escurecimento (densidade radiográfica) Significado: Mais precisamente, é chama do de densidade radiográfica (D) e refere-se ao grau de escurecimento do filme sensibilizado. Definição Clínica: Para os cirurgiões clínicos gerais, com o foco principal no diagnóstico inicial do paciente a densidade média deverá ser o objetivo. 0 FILME INTRABUCAL e Estrutura do Filme → O filme é considerado inrrabucal quando → acomodado dentro da cavidade bucal → O filme é constituído de uma base de poliéster, recoberta por un1a emulsão em ambos os lados → com uma lâmina de chumbo em um dos lados envolto por uma fina camada de papelão preto e embalado em um material plástico, colorido, conforme a especificação do produto Para decorar: Envelope de plástico protege o filme de luz, umidade e controle de infecção. Indica: localização do picote, lado sensível e especificações do filme. Papel preto: danos físicos, Lamina de chumbo: Aumenta a resistência e rigidez e diminui a radiação que chega nos tecidos do paciente. Película ou filme: composta pela base, camada adesiva, emulsão e camada protetora. Onde acontece a mágica ( a radiografia). Base (Película) ► Sua principal função é o de suporte para a emulsão. ► Deve ser rígida, porém flexível, para se acomodar na cavidade bucal.. Emulsão A constituição da emulsão é baseada cm dois componentes principais, os sais halogenados de prata e a matriz onde se encontram os sa.is suspensos. filmes e processamentos radiográficos Os sais são compostos principalmente por cristais de brometo de prata e em menor grau cristais de iodeto de prata. O iodeto é adicionado, por possuir cristais com diâmetro maior do que os de brometo, com a finalidade de desorganizar a es rrun1ra regular dos cristais de brometo, assim, aumentando a sensibilidade aos raios X. A sensibilidade do filme (discutido mais adiante) depende da estrutura, organização, tamanho, formato e da presença de uma determinada quantidade de um composto de enxofre. A matriz no qual se encontram os sais suspensos é formada por uma substância coloide gomosa com aspecto gelatinoso. Possui como características a absorção de produtos químicos presentes no processamento radiográfico (discutido mais adiante), não se dissolve em água e endurece ao final do processamento radiográfico. Uma película protetora é colocada por sobre a emulsão para evitar contaminação, prevenir estragos acidentais, como "riscar" a radiografia. Esta emulsão é colocada em ambos os lados para que a sensibilidade seja maior, diminuindo o tempo de exposição ao paciente. Embalagem A embalagem do filme tem como finalidade protegê-lo mecânica e, quimicamente, e parte da radiação secundária responsável pelo véu, que dificulta a interpretação da imagem radiográfica. Envolvendo a película, é adicionado um fino papel- carrão preto para proteger a emulsão, mecanicamente, e impedir a exposição à luminosidade, pois além de sere1n sensíveis aos raios X, também são sensíveis à luz. Por cima de um dos lados deste conjunto (película-papel cartão), é colocada uma lâmina de chumbo fina que ajuda a impedir a ação da radiação secundária produzida pdos teci dos bucais. Ainda, é colocada uma marca em relevo, parecido com marcas de pneus no asfalto, para indicar se houve erro na técnica durante a aquisição da imagem. Sensibilidade dos Filmes lntrabucais A sensibilidade do filme intrabucal corresponde à quantidade necessária de radiação X, para que se forme a imagem radiográfica com uma densidade padrão. CARACTERÍSTICA DA IMAGEM RADIOGRÁFICA O estudo da formação da imagem radiográfica é composto por vários fatores intrínsecos e extrínsecos. Fazem parte dos fatores intrínsecos a densidade, o contraste, a latitude e os artefatos inerentes. PROPRIEDADES SENSITOMÉTRICAS DOS FILMES PARA DECORAR 1. Densidade Grau de escurecimento ou enegrecimento de uma imagem: INDICA O GRAU DE RADIAÇÃO QUE INCIOU EM UM FILME. 2. Sensibilidade: É a eficiência com qual um filme responde a exposição dos raios X. : OS FILMES QUE REQUEREM POUCA EXPOSIÇÃO AOS RAIOS X PARA PRODUZIRUMA IMAGEM SÃO DITOS SENSÍVEIS. 3. Latitude: Capacidade de um filme de ser tanto subexposto como superexposto e ainda produzir imagens aceitáveis para diagnóstico. 4. Detalhe ou definição: Relaciona-se com o tamanho dos cristais de prata da emulsão. QUANTO MAIORES OS CRISTAIS, MENORES OS DETALHES DA IMAGEM. Contraste, são diferentes matizes de branco, cinza e preto encontrados na radiografia. Alto contraste: Grande diferença entre preto e branco. Baixo contraste: Muitos tons de cinza, pouca diferença entre preto e branco. PROCESSAMENTO RADIOGRÁFICO: Processo pelo qual a imagem latente formada no superfície do filme após sensibilização pelos raios X se transforma em imagem real visível. A temperatura da substância determina quanto tempo a película ficará imersa dentro do revelador Revelador Função: Atua preferencialmente nos sois de prata que foram sensibilizados pelos raios X, transformando-os em prata metálica negra FORMAÇÃO DO PRETO E DOS TONS DE CINZA. LAVAGEM INTERMEDÍARIA Finalidade NEUTRALIZAR A AÇÃO DO Revelador Remover o excesso de solução reveladora da emulsão Colocar em água limpa durante 10-20seg Agitação suave e contínua (evitar bolhas de ar no filme) FIXADOR Função: FIXADOR Dissolver os sais de prata que não foram sensibilizados pelos raios x. Também tem função de endurecera gelatina, para o filme ficar resistente e seque mais rápido TEMPO DE PROCESSAMENTO SERÁ O DOBRO DO TEMPO QUE A PELÍCULA FICA NO REVELADORREMOÇÃO E CRISTAIS NÃO SENSIBILIZADOS ITENS ESSENCIAIS: CÂMARA ESCURA Mesa manipuladora Colgaduras Tanque Termometro de imersão Cronômetro Negatoscópio Exaustor Luz de segurança O que é densidade radiográfica? É o quão escuro fica um filme de raio X após ser exposto. Quanto mais raio X passar pelo corpo (ex: pulmão), mais escuro fica. Se menos raio X passar (ex: osso), fica mais claro. Basicamente, densidade radiográfica mostra a diferença entre áreas escuras e claras no raio X.. Contraste da Imagem Radiográfica O termo contraste da imagem radiográfica é utilizado para descrever a ga.ma de densidades existentes em uma radiografia. Também é definido como a diferença de densidade entre as áreas mais escuras (mais densas) e as mais claras (menos densas). Quando esta diferença é muito grande, denominamos alto contraste, pois poucas nuanças de cinza estão presentes entre a imagem preta e a branca, caracterizando uma curta escala de cinza. Já quando remos uma imagem composta por áreas de cinza-claro e cinza-escuro e existem pequenas diferenças entre si, denominamos baixo contraste, pois muitas nuanças de cinza estão presentes. Ruído da Imagem Radiográfica Muitos detalhes da estrutura do paciente não são visualizados na imagem radiográfica, devido à técnica utilizada e também pelo "ruído" inerente. ► O "ruído" na imagem radiográfica é causado pela radiação secundária resultante da interação do efeito Comptom com o paciente. Este "ruído" temuma aparência de densidade desigual no filme, que foi uniformemente exposto aos raios X. Podemos observar melhor o "ruído" nas radiografias excrabucais ao usarmos o conjunto filme com relas intensificadoras rápidas. ► Os artefatos tê.m inúmeras causas, pois são defeitos causa dos desde a manipulação incorreta do filme, erros de processa mento radiográfico, danificações na emulsão do filme, etc. ERROS DE PROCESSAMENTO 1. Filmes Manchados: 2. Pingar água no filme antes do processamento; 3. Pingar revelador 4. manchas negras; 5. Pingar fixador pontos brancos, 6. Não lavar o filme adequadamente (lavagem final) 7. mancha amarelada ou marrom. 8. Filmes Claros demais: 9. Sub-revelade. 10. Revelador saturado ou com baixa temperatura, 11. lixador contaminado por revelador; 12. Deixar o filme mais de 24 horas na ( água) 13. Filmes escuros demais. 14. Super-revelação, 15. Aumento do concentração do revelador; 16. Aumento da temperatura do revelador; 17. Exposição do filme a luz antes do processamento; ERROS DE PROCESSAMENTO SUPER REVELAÇÃO 1. Revelação em excesso (temperatura muito dita, tempo muito longo) 2. Concentração do revelador muito alta 3. Tempo inadequado no fixador 4. Exposição acidental à luz 5. iluminação de segurança inadequada 6. Armazenamento de filmes sem proteção, em temperaturas muito lias ou com data de vencimento expirada Fatores que Influenciam na Formação da Imagem Radiográfica DETALHE OU NITIDEZ A radiografia realizada deve apresentar o máximo de detalhes e nitidez do objeto radiografado, dos mais suas aos mais evidentes. O detalhe ou nitidez está diretamente asso ciado ao tamanho da área focal do aparelho radiográfico, ao movimento do aparelho e/ou do paciente e/ou do filme durante a execução da técnica, do tipo de filme empregado e do processamento químico utilizado. DENSIDADE E CONTRASTE .............................................................. .............................................................. .. Densidade Poden1os definir a densidade cor no o grau de escureci mento da radiografia e em função dessa propriedade, a quantidade de luz que passa por ela. Em radiografias com alta densidade (escura), a passagem de luz é reduzida, ao passo que, em radiografias com baixa densidade (clara), essa passagem de luz é aumentada A densidade das radiografias está relacionada principal mente à miliamperagem do aparelho, assim como, ao tem pode exposição aos raios X, à distância foco/filrnc/objeto, à composição e espessura do objeto radiografado, à quilovoltagem e ao "véu" ou fag, que, por sua ve-1., está relacionado ao processamento radiográfico. Radiografias com alta densidade podem ocorrer devido à superexposição à radiação, superexposição e pequena distância foco/filme/objeto. Por sua vez radiografias com densidade baixa ocorrem em casos de subexposição às radiações e subrrevelação. Nas duas situações, os exames radiográficos ficam com pouca capacidade de nos auxiliar no processo de diagnostico. Contraste Contraste pode ser definido como a diferença entre as cores branca e preca, e os diferentes tons de cinza entre elas. Ponanto, radiografias com contrasce alto são aquelas onde a diferença entre o preto e o branco é muito marcante, ou seja, a escala de tons de cinza entre essas cores é muito curta Distorção radiográfica é qualquer alteração na forma original do objeto ou área radiografada, manifestando-se como alongamento ou encurtamento da imagem. 6 Fatores que Influenciam na Formação da Imagem Radiográfica: 1. Fator Energético • Definição: Relacionado à energia do feixe de raios X, controlada pelo kVp (quilovoltagem) e mAs (miliamperagem × tempo). • Influência: • kVp alto: Aumenta a penetração da radiação (ideal para estruturas densas), mas reduz o contraste. • kVp baixo: Melhora o contraste, mas limita a penetração. • mAs: Define a quantidade de radiação. Valores altos geram imagens mais densas (escuras), e baixos resultam em imagens claras. 2. Fator Objeto • Definição: Características físicas e químicas do objeto ou paciente radiografado. • Influência: • Espessura e densidade: Estruturas mais espessas ou densas (ex.: ossos) absorvem mais radiação, aparecendo brancas (radio pacas). • Composição: Materiais com alto número atômico (ex.: metais) são altamente radiopacos. • Biótipo do paciente: Pacientes maiores exigem ajustes técnicos (aumento de kVp/mAs). 3. Fator Geométrico • Definição: Posicionamento relativo entre foco de raios X, objeto e receptor de imagem. • Influência: • Distância Foco-Filme (DFF): Quanto maior a DFF, menor a intensidade da radiação (Lei do Inverso do Quadrado). • Distância Objeto-Filme (DOF): Objetos distantes do filme causam ampliação e perda de nitidez. • Alinhamento: Desvios angulares (vertical/horizontal) geram distorção (alongam ento ou encurtamento). 4. Fator Receptor • Definição: Tipo e qualidade do sistema receptor de imagem (filme, sensor digital ou écrans). • Influência: • Sensibilidade do receptor: Sistemas mais sensíveis (ex.: écrans de terras raras) exigem menos radiação. • Resolução: Receptores digitais de alta resolução capturam detalhes finos. • Velocidade do filme: Filmes "rápidos" reduzem a dose, mas podem perder detalhes. 5. Fator Processamento • Definição: Etapas de revelação (filme) ou processamento digital. • Influência: • Revelação química: Temperatura e tempo inadequados geram imagens sub ou super- reveladas (contraste e densidade alterados). • Processamento digital: Algoritmos de pós- processamento ajustam brilho, contraste e nitidez. • Calibração: Equipamentos mal calibrados distorcem a imagem final. 6. Fator Véu-Fog • Definição: Presença de "névoa" ou densidade indesejada na imagem, causada por: • Radiação dispersa (espalhada): Aumenta com kVp alto ou campos grandes. • Luz ambiente: Exposição acidental de filmes à luz. • Armazenamento inadequado: Filmes velhos ou expostos a calor/umidade. • Ruído eletrônico: Em sistemas digitais, devido a interferências. • Solução: Uso de grades antidifusoras (reduzem radiação espalhada) e técnicas adequadas. Exemplo Integrado: Para uma radiografia odontológica: • kVp ajustado (energético): 60- 70 kVp para contraste adequado. • Posicionamento geométrico: Técnica do paralelismo (filme alinhado ao dente). • Receptor digital: Sensor de alta resolução para detalhes. • Processamento: Software ajusta contraste automaticamente. • Redução de véu-fog: Uso de colimação para limitar o campo de radiação. Conclusão: A qualidade da imagem radiográfica depende do equilíbrio entre esses seis fatores. Técnicas precisas, equipamentos calibrados e conhecimento anatômico são essenciais para evitar artefatos e garantir diagnósticos confiáveis. Causas Principais da Distorção radiográfica • Posicionamento e distância inadequados entre três elementos: • Foco (fonte de raios X): Deve estar o mais distante e perpendicular possível ao filme e ao objeto. • Objeto: Deve ser posicionado paralelo e próximo ao filme. • Filme: Deve estar alinhado corretamente para evitar descentralização. Fatores que Geram Distorção: 1. Erros técnicos: • Desalinhamento dos raios centrais. • Ângulos verticais ou horizontais incorretos. • Técnicas de exposição inadequadas. 2. Posicionamento incorreto: • Filme mal posicionado. • Área de interesse fora do centro. 3. Fatores geométricos: • Proximidade excessiva entre foco e objeto (aumenta distorção). • Objeto inclinado ou não paralelo ao filme. Recomendações para MinimizarDistorções: • Otimizar geometria: • Aumentar a distância foco- filme. • Posicionar o objeto paralelamente ao filme. • Garantir alinhamento: • Centralizar o feixe de raios X na área de interesse. • Evitar angulações não planejadas. Fatores Adicionais Críticos: • Qualidade do equipamento radiográfico. • Processamento adequado do filme (químico ou digital). • Características do objeto (ex.: densidade, espessura). Conclusão: A distorção radiográfica é evitada com atenção rigorosa à técnica, geometria, posicionamento e processamento. O controle desses fatores assegura imagens fiéis ao objeto real, essenciais para diagnósticos precisos. FATORES RELACIONADOS AO APARELHO RADIOGRÁFICO Miliamperagem (mA) A miliamperagem (mA) determina a quantidade de elétrons liberados pelo filamento de tungstênio do cátodo na ampola de raios X. Esse processo ocorre da seguinte forma: 1. Geração da "nuvem" de elétrons: • Uma descarga elétrica aquece o filamento, liberando elétrons que formam uma nuvem ao redor do cátodo (efeito termiônico). • Quanto maior o mA, maior a quantidade de elétrons disponíveis. 2. Produção de raios X: • Os elétrons são acelerados em direção ao ânodo (alvo de tungstênio). • A colisão desses elétrons com o ânodo gera raios X. Assim, mA alto = mais elétrons = maior quantidade de raios X. 3. Características em Odontologia: • A maioria dos aparelhos odontológicos tem mA fixo (7 a 10 mA), simplificando o uso clínico. • O ajuste da exposição é feito principalmente pelo tempo (em segundos), resultando no mAs (mA × segundos). 4. Efeito Forrest: • Termo que descreve o movimento dos elétrons da nuvem em direção ao ânodo, essencial para a geração de raios X. Conclusão: O mA define a intensidade do feixe de raios X. Em aparelhos odontológicos, como o mA é fixo, o tempo de exposição é o parâmetro ajustado para obter imagens com densidade adequada, garantindo diagnósticos precisos com dose mínima de radiação. Quilovoltagem (kVp) em Radiografia Odontológica: A quilovoltagem-pico (kVp) determina a qualidade dos raios X, influenciando diretamente o comprimento de onda e o poder de penetração desses raios. De acordo com o texto: 1. Relação entre kVp, Comprimento de Onda e Penetração: • kVp baixo (ex.: 60-70 kVp): • Gera raios X com comprimentos de onda menores (mais energia). • Menor poder de penetração nos tecidos. • Resulta em imagens radiográficas de alto contraste (diferença nítida entre áreas claras e escuras). • kVp alto: • Produz raios X com comprimentos de onda maiores (menos energia). • Maior poder de penetração nos tecidos. • Gera imagens de baixo contraste (tons mais uniformes, menos definição entre estruturas). 2. Regulamentação e Funcionamento dos Aparelhos: • Os equipamentos odontológicos devem operar entre 60 e 70 kVp, conforme a Portaria 453/98. • O autotransformador ajus ta a tensão para compensar variações na rede elétrica, garantindo estabilidade na produção de raios X. 3. Importância do Contraste: • O contraste radiográfico é definido pela capacidade dos raios X de diferenciar estruturas (ex.: dente vs. osso). • kVp baixo é ideal para detalhar estruturas com densidades distintas, enquanto kVp alto é útil para visualizar tecidos com densidades similares. Observação: A relação entre kVp, energia e penetração descrita no texto apresenta inconsistências com princípios físicos (ex.: raios X de menor comprimento de onda, associados a kVp alto, normalmente têm maior penetração). Entretanto, o resumo reflete as informações conforme apresentadas na fonte fornecida. Distância A distância entre a fonte de raios X, o objeto e o filme influencia diretamente a intensidade da radiação e a densidade da imagem radiográfica, seguindo a lei do inverso do quadrado da distância: 1. Relação entre Distância, Intensidade e Tempo de Exposição: • Distância maior (ex.: 40 cm): • Intensidade da radiação diminui (inversament e proporcional ao quadrado da distância). • Tempo de exposição deve ser aumentado para compensar a perda de intensidade (ex.: quadruplicar o tempo se a distância dobrar). • Risco de imagem com baixa densidade (menos detalhes) se o tempo não for ajustado. • Distância menor (ex.: 20 cm): • Intensidade da radiação aumenta. • Tempo de exposição pode permanecer o mesmo ou ser reduzido. • Gera imagens com alta densidade (maior contraste e detalhes). 2. Exemplo Prático: • Técnica da Bissetriz: • Distância de 20 cm entre foco, objeto e filme. • Tempo de exposição típico: 0,5 segundos. • Técnica do Paralelismo: • Distância aumenta para 40 cm. • Tempo de exposição quadruplica para 2,0 segundos (para manter densidade similar). 3. Fatores Adicionais: • O ajuste do tempo também depende do tipo de filme, configuração do aparelho, biotipo do paciente e região radiografada. Conclusão: A distância é um parâmetro crítico para equilibrar intensidade, tempo de exposição e qualidade da imagem. Aumentar a distância exige aumento proporcional no tempo de exposição para evitar subexposição, enquanto distâncias menores permitem tempos mais curtos ou imagens mais densas. FATORES RELACIONADOS AO OBJETO: Número atômico, densidade física e espessura (nem sempre relevante) do objeto apresentarão maior ou menor absorção de raios X, determinando a formação das imagens radio pacas (RO) e radiolúcidas (RL) de uma radiografia. 1. Densidade Física: Quanto maior a densidade do objeto, maior a absorção dos raios X e vice-versa, ou seja, quanto menor a densidade, menor a absorção dos raios X. 2. Espessura: Quanto maior a espessura do objeto, maior a absorção dos raios X e vice-versa, ou seja, quanto menor a espessura, menor a absorção dos raios X. Todavia, a espessura do objeto nem sempre é relevante, por exemplo, o esmalte dentário, cuja camada não é muito espessa, entretanto, apresenta número atômico alto e densi dade alta, dando origem às imagens radiopacas. FATORES GEOMÉTRICOS Na busca da imagem perfeita, deparamo-nos com a projeção geométrica, responsável pela resolução da imagem. Princípios de óptica devem ser respeitados, levando-se em consideração que os raios X assim como a luz propagam-se em linha reta. Os fatores geométricos são regidos pela inclinação da fonte de radiação (foco), posição do objeto a ser radiografado e do anteparo (filme). Perguntas feitas na aula 4 1. Como seria uma radiografia perfeita? R:Uma radiografia perfeita é nítida, com bom contraste e densidade ideal, permitindo a visualização clara dos detalhes. O posicionamento correto do paciente e do filme é essencial, assim como a técnica de exposição adequada, com kVp e mA ajustados. A imagem deve estar livre de artefatos e incluir proteções para minimizar a radiação desnecessária. Informações de identificação devem estar presentes, e a técnica deve ser reprodutível para comparações futuras. Por fim, a imagem deve ser interpretável por profissionais qualificados para garantir diagnósticos precisos. FATORES DO FILME 1. Cristais de Brometo de Prata: • Cristais pequenos → Mais nitidez e contraste (filme menos sensível). • Cristais grandes → Menos nitidez/contraste (filme mais sensível). 2. Dupla Emulsão: • Vantagem: Processam ento mais rápido. • ❌ Desvantagem: Risco de penumbra (imagem dupla). 3. Espessura da Base: • Ideal: ≤ 0,2 mm → Evita sobreposição e penumbra PROCESSAMENTO • Automático: • Padroniza resultados (melhor para qualidade). • Manual: • Exige câmara escura e controle rigoroso de tempo/temperatura.SOLUÇÕES PROCESSADORAS 1. Controle de Temperatura: • Seguir a tabela temperatura-tempo do fabricante. • Temperaturas muito altas/baixas ou tempos de processamento longos/curtos demais → Alteram o contraste radiográfico. 2. Validade das Soluções: • Determinada por: • Oxidação (contato com o ar). • Número de filmes processados. • Como prolongar a vida útil: • Usar tampas nos tanques. ARMAZENAMENTO DE FILMES 1. Condições Ideais: • Ambiente ventilado, seco, sem exposição a luz solar ou luz actínica (ex.: raios X). • Caixas devem ser embaladas em plástico e guardadas na geladeira (gaveta ou última prateleira). 2. Preparo para Uso: • Nunca usar filme gelado: Deixar atingir temperatura ambiente antes do uso. 3. Validade: • Verificar data de vencimento na embalagem. 4. Proteção contra Radiação: • Armazenar em dispensadores metálicos blindados → Evita danos por radiação secundária. VÉU OU FOG (RADIAÇÃO SECUNDÁRIA) Definição • Radiação Secundária: Principal responsável pela formação do "véu" ou fog em radiografias. Fatores que Aumentam a Radiação Secundária 1. Espessura do Objeto: Objetos mais espessos aumentam a radiação secundária. 2. Tamanho da Área de Incidência: Áreas maiores favorecem a formação de radiação secundária. 3. kVp Elevado: Aumento do kVp contribui para mais radiação secundária. Principais Fontes de Radiação Secundária (Intraoral) • Filtros de Alumínio • Posicionadores de Filmes • Sensores Radiográficos • Elementos da Cavidade Bucal Métodos para Reduzir Radiação Secundária 1. Uso de Cilindros Abertos: Substituir cones localizadores por cilindros abertos. 2. Colimadores de Chumbo: Diâmetro máximo de 6 cm para limitar a radiação. 3. Grades Antidifusoras (Extraoral): • Compostas por lâminas de chumbo e plástico dispostas alternadamente. • Reduzem a divergência do feixe de raios X absorvendo radiação secundária. Dicas para Estudo • Lembre-se: A radiação secundária causa o "véu" nas radiografias. • Fatores de risco: Espessura, área de incidência e kVp. • Redução: Cilindros abertos e colimadores são essenciais para minimizar a radiação secundária.