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Componente da Emulsão Radiográfica 
Estrutura: A emulsão é impregnada nas duas faces 
da base do filme (poliéster, ace tato de celulose, 
polietileno etc.). Essa base, finíssima, tem coloração 
azulada para tornar mais agradável sua visualização, 
melhoran do, assim, a qualidade. 
 Componente: 
 ●Embora chamada de emulsão, na realidade é uma 
suspensão de gelatina (orgânico) do halogeneto de 
prata 
●O halogeneto de prata é principalmente de brometo 
de prata (AgBr). Outros são: iodeto de prata (AgI) e 
cloreto de prata (AgCl). 
Curva característica (propriedades do filme 
radiográfico) 
Grau de escurecimento (densidade radiográfica) 
Significado: Mais precisamente, é chama do de 
densidade radiográfica (D) e refere-se ao grau de 
escurecimento do filme sensibilizado. Definição 
Clínica: Para os cirurgiões clínicos gerais, com o foco 
principal no diagnóstico inicial do paciente a 
densidade média deverá ser o objetivo. 
 
 
0 FILME INTRABUCAL e Estrutura do Filme 
→ O filme é considerado inrrabucal quando 
→ acomodado dentro da cavidade bucal 
→ O filme é constituído de uma base de 
poliéster, recoberta por un1a emulsão em 
ambos os lados 
→ com uma lâmina de chumbo em um dos lados 
envolto por uma fina camada de papelão preto 
e embalado em um material plástico, colorido, 
conforme a especificação do produto 
 
 Para decorar: 
Envelope de plástico protege o filme de luz, umidade e 
controle de infecção. 
Indica: localização do picote, lado sensível e 
especificações do filme. 
Papel preto: danos físicos, 
 
 
Lamina de chumbo: 
 Aumenta a resistência e rigidez e diminui a radiação 
que chega nos tecidos do paciente. 
Película ou filme: composta pela base, camada 
adesiva, emulsão e camada protetora. Onde acontece 
a mágica ( a radiografia). 
 
Base (Película) 
► Sua principal função é o de suporte para a 
emulsão. 
► Deve ser rígida, porém flexível, para se 
acomodar na cavidade bucal.. 
Emulsão 
A constituição da emulsão é baseada cm dois 
componentes principais, os sais halogenados de prata 
e a matriz onde se encontram os sa.is suspensos. 
 filmes e processamentos radiográficos 
Os sais são compostos principalmente por cristais de 
brometo de prata e em menor grau cristais de iodeto 
de prata. 
 O iodeto é adicionado, por possuir cristais com 
diâmetro maior do que os de brometo, com a 
finalidade de desorganizar a es rrun1ra regular 
dos cristais de brometo, assim, aumentando a 
sensibilidade aos raios X. A sensibilidade do filme 
(discutido mais adiante) depende da estrutura, 
organização, tamanho, formato e da presença de 
uma determinada quantidade de um composto de 
enxofre. 
A matriz no qual se encontram os sais suspensos é 
formada por uma substância coloide gomosa com 
aspecto gelatinoso. 
 Possui como características a absorção de produtos 
químicos presentes no processamento radiográfico 
(discutido mais adiante), não se dissolve em água e 
endurece ao final do processamento radiográfico. 
Uma película protetora é colocada por sobre a 
emulsão para evitar contaminação, prevenir estragos 
acidentais, como "riscar" a radiografia. Esta emulsão 
é colocada em ambos os lados para que a 
sensibilidade seja maior, diminuindo o tempo de 
exposição ao paciente. 
Embalagem 
 A embalagem do filme tem como finalidade protegê-lo 
mecânica e, quimicamente, e parte da radiação 
secundária responsável pelo véu, que dificulta a 
interpretação da imagem radiográfica. 
Envolvendo a película, é adicionado um fino papel-
carrão preto para proteger a emulsão, 
mecanicamente, e impedir a exposição à 
luminosidade, pois além de sere1n sensíveis aos raios 
X, também são sensíveis à luz. 
 Por cima de um dos lados deste conjunto 
(película-papel cartão), é colocada uma lâmina 
de chumbo fina que ajuda a impedir a ação da 
radiação secundária produzida pdos teci dos 
bucais. Ainda, é colocada uma marca em 
relevo, parecido com marcas de pneus no 
asfalto, para indicar se houve erro na técnica 
durante a aquisição da imagem. 
Sensibilidade dos Filmes lntrabucais 
A sensibilidade do filme intrabucal corresponde à 
quantidade necessária de radiação X, para que se 
forme a imagem radiográfica com uma densidade 
padrão. 
 
CARACTERÍSTICA DA IMAGEM RADIOGRÁFICA 
 O estudo da formação da imagem radiográfica 
é composto por vários fatores intrínsecos e 
extrínsecos. Fazem parte dos fatores 
intrínsecos a densidade, o contraste, a 
latitude e os artefatos inerentes. 
 
 PROPRIEDADES SENSITOMÉTRICAS DOS 
FILMES PARA DECORAR 
1. Densidade Grau de escurecimento ou 
enegrecimento de uma imagem: INDICA O 
GRAU DE RADIAÇÃO QUE INCIOU EM UM 
FILME. 
2. Sensibilidade: É a eficiência com qual um 
filme responde a exposição dos raios X. : OS 
FILMES QUE REQUEREM POUCA 
EXPOSIÇÃO AOS RAIOS X PARA 
PRODUZIRUMA IMAGEM SÃO DITOS 
SENSÍVEIS. 
3. Latitude: Capacidade de um filme de ser 
tanto subexposto como superexposto e 
ainda produzir imagens aceitáveis para 
diagnóstico. 
4. Detalhe ou definição: Relaciona-se com o 
tamanho dos cristais de prata da emulsão. 
QUANTO MAIORES OS CRISTAIS, 
MENORES OS DETALHES DA IMAGEM. 
 
 Contraste, são diferentes matizes de branco, 
cinza e preto encontrados na radiografia. Alto 
contraste: Grande diferença entre preto e 
branco. Baixo contraste: Muitos tons de cinza, 
pouca diferença entre preto e branco. 
 
 
PROCESSAMENTO RADIOGRÁFICO: Processo pelo 
qual a imagem latente formada no superfície do filme 
após sensibilização pelos raios X se transforma em 
imagem real visível. 
 
 
A temperatura da 
substância determina 
quanto tempo a película 
ficará imersa dentro do 
revelador 
 
 
Revelador 
Função: Atua 
preferencialmente nos sois de 
prata que foram 
sensibilizados pelos raios X, 
transformando-os em prata 
metálica negra 
FORMAÇÃO DO PRETO E 
DOS TONS DE CINZA. 
LAVAGEM INTERMEDÍARIA 
Finalidade NEUTRALIZAR A AÇÃO DO Revelador 
Remover o excesso de solução reveladora da 
emulsão Colocar em água limpa durante 10-20seg 
 Agitação suave e contínua (evitar bolhas de ar no 
filme) 
FIXADOR 
Função: FIXADOR Dissolver os sais de prata que não 
foram sensibilizados pelos raios x. Também tem 
função de endurecera gelatina, para o filme ficar 
resistente e seque mais rápido 
 TEMPO DE PROCESSAMENTO SERÁ O DOBRO 
DO TEMPO QUE A PELÍCULA FICA NO 
REVELADORREMOÇÃO E CRISTAIS NÃO 
SENSIBILIZADOS 
ITENS ESSENCIAIS: 
CÂMARA ESCURA 
Mesa manipuladora 
Colgaduras 
Tanque 
Termometro de imersão 
Cronômetro 
Negatoscópio 
Exaustor 
Luz de segurança 
O que é densidade radiográfica? 
É o quão escuro fica um filme de raio X após ser 
exposto. Quanto mais raio X passar pelo corpo (ex: 
pulmão), mais escuro fica. Se menos raio X passar 
(ex: osso), fica mais claro. Basicamente, densidade 
radiográfica mostra a diferença entre áreas escuras e 
claras no raio X.. 
Contraste da Imagem Radiográfica 
O termo contraste da imagem radiográfica é utilizado 
para descrever a ga.ma de densidades existentes em 
uma radiografia. Também é definido como a diferença 
de densidade entre as áreas mais escuras (mais 
densas) e as mais claras (menos densas). 
 Quando esta diferença é muito grande, 
denominamos alto contraste, pois poucas 
nuanças de cinza estão presentes entre a 
imagem preta e a branca, caracterizando uma 
curta escala de cinza. 
 Já quando remos uma imagem composta por 
áreas de cinza-claro e cinza-escuro e existem 
pequenas diferenças entre si, denominamos 
baixo contraste, pois muitas nuanças de cinza 
estão presentes. 
 
Ruído da Imagem Radiográfica 
Muitos detalhes da estrutura do paciente não são 
visualizados na imagem radiográfica, devido à técnica 
utilizada e também pelo "ruído" inerente. 
► O "ruído" na imagem radiográfica é causado 
pela radiação secundária resultante da 
interação do efeito Comptom com o paciente. 
Este "ruído" temuma aparência de densidade 
desigual no filme, que foi uniformemente 
exposto aos raios X. Podemos observar 
melhor o "ruído" nas radiografias excrabucais 
ao usarmos o conjunto filme com relas 
intensificadoras rápidas. 
► Os artefatos tê.m inúmeras causas, pois são 
defeitos causa dos desde a manipulação 
incorreta do filme, erros de processa mento 
radiográfico, danificações na emulsão do 
filme, etc. 
 
ERROS DE PROCESSAMENTO 
1. Filmes Manchados: 
2. Pingar água no filme antes do processamento; 
3. Pingar revelador 
4. manchas negras; 
5. Pingar fixador pontos brancos, 
6. Não lavar o filme adequadamente (lavagem 
final) 
7. mancha amarelada ou marrom. 
8. Filmes Claros demais: 
9. Sub-revelade. 
10. Revelador saturado ou com baixa 
temperatura, 
11. lixador contaminado por revelador; 
12. Deixar o filme mais de 24 horas na ( água) 
13. Filmes escuros demais. 
14. Super-revelação, 
15. Aumento do concentração do revelador; 
16. Aumento da temperatura do revelador; 
17. Exposição do filme a luz antes do 
processamento; 
ERROS DE PROCESSAMENTO 
SUPER REVELAÇÃO 
1. Revelação em excesso (temperatura muito 
dita, tempo muito longo) 
2. Concentração do revelador muito alta 
3. Tempo inadequado no fixador 
4. Exposição acidental à luz 
5. iluminação de segurança inadequada 
6. Armazenamento de filmes sem proteção, em 
temperaturas muito lias ou com data de 
vencimento expirada 
 
Fatores que Influenciam 
na Formação da Imagem 
Radiográfica 
DETALHE OU NITIDEZ 
A radiografia realizada deve 
apresentar o máximo de detalhes e 
nitidez do objeto radiografado, dos 
mais suas aos mais evidentes. O 
detalhe ou nitidez está diretamente 
asso ciado ao tamanho da área focal 
do aparelho radiográfico, ao 
movimento do aparelho e/ou do 
paciente e/ou do filme durante a 
execução da técnica, do tipo de filme 
empregado e do processamento 
químico utilizado. 
 
DENSIDADE E CONTRASTE 
..............................................................
..............................................................
.. Densidade Poden1os definir a 
densidade cor no o grau de escureci 
mento da radiografia e em função 
dessa propriedade, a quantidade de 
luz que passa por ela. Em radiografias 
com alta densidade (escura), a 
passagem de luz é reduzida, ao passo 
que, em radiografias com baixa 
densidade (clara), essa passagem de 
luz é aumentada 
 
 A densidade das radiografias está 
relacionada principal mente à 
miliamperagem do aparelho, assim 
como, ao tem pode exposição aos 
raios X, à distância 
foco/filrnc/objeto, à composição e 
espessura do objeto radiografado, 
à quilovoltagem e ao "véu" ou fag, 
que, por sua ve-1., está 
relacionado ao processamento 
radiográfico. 
 Radiografias com alta densidade 
podem ocorrer devido à 
superexposição à radiação, 
superexposição e pequena 
distância foco/filme/objeto. 
 Por sua vez radiografias com 
densidade baixa ocorrem em casos 
de subexposição às radiações e 
subrrevelação. Nas duas situações, 
os exames radiográficos ficam com 
pouca capacidade de nos auxiliar 
no processo de diagnostico. 
Contraste Contraste pode ser definido 
como a diferença entre as cores 
branca e preca, e os diferentes tons de 
cinza entre elas. Ponanto, radiografias 
com contrasce alto são aquelas onde a 
diferença entre o preto e o branco é 
muito marcante, ou seja, a escala de 
tons de cinza entre essas cores é 
muito curta 
Distorção radiográfica é qualquer 
alteração na forma original do objeto 
ou área radiografada, manifestando-se 
como alongamento ou encurtamento 
da imagem. 
 
 
 
 
 
6 Fatores que Influenciam 
na Formação da Imagem 
Radiográfica: 
1. Fator Energético 
• Definição: Relacionado à 
energia do feixe de raios X, 
controlada 
pelo kVp (quilovoltagem) 
e mAs (miliamperagem × 
tempo). 
• Influência: 
• kVp alto: Aumenta a 
penetração da radiação 
(ideal para estruturas 
densas), mas reduz o 
contraste. 
• kVp baixo: Melhora o 
contraste, mas limita a 
penetração. 
• mAs: Define a quantidade 
de radiação. Valores altos 
geram imagens mais 
densas (escuras), e baixos 
resultam em imagens 
claras. 
 
2. Fator Objeto 
• Definição: Características 
físicas e químicas do objeto ou 
paciente radiografado. 
• Influência: 
• Espessura e 
densidade: Estruturas 
mais espessas ou densas 
(ex.: ossos) absorvem mais 
radiação, 
aparecendo brancas (radio
pacas). 
• Composição: Materiais 
com alto número atômico 
(ex.: metais) são altamente 
radiopacos. 
• Biótipo do 
paciente: Pacientes 
maiores exigem ajustes 
técnicos (aumento de 
kVp/mAs). 
 
3. Fator Geométrico 
• Definição: Posicionamento 
relativo entre foco de raios 
X, objeto e receptor de 
imagem. 
• Influência: 
• Distância Foco-Filme 
(DFF): Quanto maior a 
DFF, menor a intensidade 
da radiação (Lei do Inverso 
do Quadrado). 
• Distância Objeto-Filme 
(DOF): Objetos distantes 
do filme 
causam ampliação e 
perda de nitidez. 
• Alinhamento: Desvios 
angulares 
(vertical/horizontal) 
geram distorção (alongam
ento ou encurtamento). 
 
4. Fator Receptor 
• Definição: Tipo e qualidade do 
sistema receptor de imagem 
(filme, sensor digital ou écrans). 
• Influência: 
• Sensibilidade do 
receptor: Sistemas mais 
sensíveis (ex.: écrans de 
terras raras) exigem menos 
radiação. 
• Resolução: Receptores 
digitais de alta resolução 
capturam detalhes finos. 
• Velocidade do 
filme: Filmes "rápidos" 
reduzem a dose, mas 
podem perder detalhes. 
 
5. Fator Processamento 
• Definição: Etapas de revelação 
(filme) ou processamento digital. 
• Influência: 
• Revelação 
química: Temperatura e 
tempo inadequados geram 
imagens sub ou super-
reveladas (contraste e 
densidade alterados). 
• Processamento 
digital: Algoritmos de pós-
processamento ajustam 
brilho, contraste e nitidez. 
• Calibração: Equipamentos 
mal calibrados distorcem a 
imagem final. 
 
6. Fator Véu-Fog 
• Definição: Presença de "névoa" 
ou densidade indesejada na 
imagem, causada por: 
• Radiação dispersa 
(espalhada): Aumenta 
com kVp alto ou campos 
grandes. 
• Luz ambiente: Exposição 
acidental de filmes à luz. 
• Armazenamento 
inadequado: Filmes 
velhos ou expostos a 
calor/umidade. 
• Ruído eletrônico: Em 
sistemas digitais, devido a 
interferências. 
• Solução: Uso de grades 
antidifusoras (reduzem 
radiação espalhada) e técnicas 
adequadas. 
 
Exemplo Integrado: 
Para uma radiografia odontológica: 
• kVp ajustado (energético): 60-
70 kVp para contraste adequado. 
• Posicionamento 
geométrico: Técnica do 
paralelismo (filme alinhado ao 
dente). 
• Receptor digital: Sensor de alta 
resolução para detalhes. 
• Processamento: Software 
ajusta contraste 
automaticamente. 
• Redução de véu-fog: Uso de 
colimação para limitar o campo 
de radiação. 
Conclusão: 
A qualidade da imagem radiográfica 
depende do equilíbrio entre esses seis 
fatores. Técnicas precisas, 
equipamentos calibrados e 
conhecimento anatômico são 
essenciais para evitar artefatos e 
garantir diagnósticos confiáveis. 
 
 
Causas Principais da Distorção 
radiográfica 
• Posicionamento e distância 
inadequados entre três 
elementos: 
• Foco (fonte de raios 
X): Deve estar o mais 
distante e perpendicular 
possível ao filme e ao 
objeto. 
• Objeto: Deve ser 
posicionado paralelo e 
próximo ao filme. 
• Filme: Deve estar alinhado 
corretamente para evitar 
descentralização. 
Fatores que Geram Distorção: 
1. Erros técnicos: 
• Desalinhamento dos raios 
centrais. 
• Ângulos verticais ou 
horizontais incorretos. 
• Técnicas de exposição 
inadequadas. 
2. Posicionamento incorreto: 
• Filme mal posicionado. 
• Área de interesse fora do 
centro. 
3. Fatores geométricos: 
• Proximidade excessiva 
entre foco e objeto 
(aumenta distorção). 
• Objeto inclinado ou não 
paralelo ao filme. 
Recomendações para MinimizarDistorções: 
• Otimizar geometria: 
• Aumentar a distância foco-
filme. 
• Posicionar o objeto 
paralelamente ao filme. 
• Garantir alinhamento: 
• Centralizar o feixe de raios 
X na área de interesse. 
• Evitar angulações não 
planejadas. 
Fatores Adicionais Críticos: 
• Qualidade do equipamento 
radiográfico. 
• Processamento adequado do 
filme (químico ou digital). 
• Características do objeto (ex.: 
densidade, espessura). 
Conclusão: 
A distorção radiográfica é evitada com 
atenção rigorosa à técnica, geometria, 
posicionamento e processamento. O 
controle desses fatores assegura 
imagens fiéis ao objeto real, essenciais 
para diagnósticos precisos. 
 
FATORES RELACIONADOS 
AO APARELHO 
RADIOGRÁFICO 
Miliamperagem (mA) 
A miliamperagem (mA) determina a 
quantidade de elétrons liberados pelo 
filamento de tungstênio do cátodo na 
ampola de raios X. Esse processo 
ocorre da seguinte forma: 
1. Geração da "nuvem" de 
elétrons: 
• Uma descarga elétrica 
aquece o filamento, 
liberando elétrons que 
formam uma nuvem ao 
redor do cátodo (efeito 
termiônico). 
• Quanto maior o mA, maior 
a quantidade de elétrons 
disponíveis. 
2. Produção de raios X: 
• Os elétrons são acelerados 
em direção ao ânodo (alvo 
de tungstênio). 
• A colisão desses elétrons 
com o ânodo gera raios X. 
Assim, mA alto = mais 
elétrons = maior 
quantidade de raios X. 
3. Características em 
Odontologia: 
• A maioria dos aparelhos 
odontológicos tem mA 
fixo (7 a 10 mA), 
simplificando o uso clínico. 
• O ajuste da exposição é 
feito principalmente 
pelo tempo (em 
segundos), resultando 
no mAs (mA × segundos). 
4. Efeito Forrest: 
• Termo que descreve o 
movimento dos elétrons da 
nuvem em direção ao 
ânodo, essencial para a 
geração de raios X. 
Conclusão: 
O mA define a intensidade do feixe de 
raios X. Em aparelhos odontológicos, 
como o mA é fixo, o tempo de 
exposição é o parâmetro ajustado para 
obter imagens com densidade 
adequada, garantindo diagnósticos 
precisos com dose mínima de 
radiação. 
Quilovoltagem (kVp) em Radiografia 
Odontológica: 
A quilovoltagem-pico 
(kVp) determina a qualidade dos raios 
X, influenciando diretamente 
o comprimento de onda e o poder 
de penetração desses raios. De 
acordo com o texto: 
1. Relação entre kVp, 
Comprimento de Onda e 
Penetração: 
• kVp baixo (ex.: 60-70 
kVp): 
• Gera raios X 
com comprimentos 
de onda 
menores (mais 
energia). 
• Menor poder de 
penetração nos 
tecidos. 
• Resulta em imagens 
radiográficas de alto 
contraste (diferença 
nítida entre áreas 
claras e escuras). 
• kVp alto: 
• Produz raios X 
com comprimentos 
de onda 
maiores (menos 
energia). 
• Maior poder de 
penetração nos 
tecidos. 
• Gera imagens 
de baixo 
contraste (tons mais 
uniformes, menos 
definição entre 
estruturas). 
2. Regulamentação e 
Funcionamento dos 
Aparelhos: 
• Os equipamentos 
odontológicos devem 
operar entre 60 e 70 kVp, 
conforme a Portaria 
453/98. 
• O autotransformador ajus
ta a tensão para 
compensar variações na 
rede elétrica, garantindo 
estabilidade na produção 
de raios X. 
3. Importância do Contraste: 
• O contraste 
radiográfico é definido 
pela capacidade dos raios 
X de diferenciar estruturas 
(ex.: dente vs. osso). 
• kVp baixo é ideal para 
detalhar estruturas com 
densidades distintas, 
enquanto kVp alto é útil 
para visualizar tecidos com 
densidades similares. 
Observação: A relação entre kVp, 
energia e penetração descrita no texto 
apresenta inconsistências com 
princípios físicos (ex.: raios X de 
menor comprimento de onda, 
associados a kVp alto, normalmente 
têm maior penetração). Entretanto, o 
resumo reflete as informações 
conforme apresentadas na fonte 
fornecida. 
 Distância 
A distância entre a fonte de raios X, 
o objeto e o filme influencia 
diretamente a intensidade da 
radiação e a densidade da imagem 
radiográfica, seguindo a lei do 
inverso do quadrado da distância: 
1. Relação entre Distância, 
Intensidade e Tempo de 
Exposição: 
• Distância maior (ex.: 40 
cm): 
• Intensidade da 
radiação 
diminui (inversament
e proporcional ao 
quadrado da 
distância). 
• Tempo de 
exposição deve ser 
aumentado para 
compensar a perda 
de intensidade (ex.: 
quadruplicar o tempo 
se a distância 
dobrar). 
• Risco de imagem 
com baixa 
densidade (menos 
detalhes) se o tempo 
não for ajustado. 
• Distância menor (ex.: 20 
cm): 
• Intensidade da 
radiação aumenta. 
• Tempo de 
exposição pode 
permanecer o 
mesmo ou ser 
reduzido. 
• Gera imagens 
com alta 
densidade (maior 
contraste e detalhes). 
2. Exemplo Prático: 
• Técnica da Bissetriz: 
• Distância de 20 
cm entre foco, objeto 
e filme. 
• Tempo de exposição 
típico: 0,5 segundos. 
• Técnica do Paralelismo: 
• Distância aumenta 
para 40 cm. 
• Tempo de exposição 
quadruplica para 2,0 
segundos (para 
manter densidade 
similar). 
3. Fatores Adicionais: 
• O ajuste do tempo também 
depende do tipo de 
filme, configuração do 
aparelho, biotipo do 
paciente e região 
radiografada. 
Conclusão: A distância é um 
parâmetro crítico para equilibrar 
intensidade, tempo de exposição e 
qualidade da imagem. Aumentar a 
distância exige aumento proporcional 
no tempo de exposição para evitar 
subexposição, enquanto distâncias 
menores permitem tempos mais curtos 
ou imagens mais densas. 
FATORES RELACIONADOS AO 
OBJETO: Número atômico, 
densidade física e espessura (nem 
sempre relevante) do objeto 
apresentarão maior ou menor 
absorção de raios X, determinando a 
formação das imagens radio pacas 
(RO) e radiolúcidas (RL) de uma 
radiografia. 
1. Densidade Física: Quanto maior a 
densidade do objeto, maior a 
absorção dos raios X e vice-versa, 
ou seja, quanto menor a densidade, 
menor a absorção dos raios X. 
2. Espessura: Quanto maior a 
espessura do objeto, maior a 
absorção dos raios X e vice-versa, 
ou seja, quanto menor a espessura, 
menor a absorção dos raios X. 
Todavia, a espessura do objeto nem 
sempre é relevante, por exemplo, o 
esmalte dentário, cuja camada não é 
muito espessa, entretanto, 
apresenta número atômico alto e 
densi dade alta, dando origem às 
imagens radiopacas. 
FATORES GEOMÉTRICOS 
Na busca da imagem perfeita, 
deparamo-nos com a projeção 
geométrica, responsável pela 
resolução da imagem. 
 Princípios de óptica devem ser 
respeitados, levando-se em 
consideração que os raios X assim 
como a luz propagam-se em linha reta. 
Os fatores geométricos são regidos 
pela inclinação da fonte de radiação 
(foco), posição do objeto a ser 
radiografado e do anteparo (filme). 
 
 
 
 
 
 
 
Perguntas feitas na aula 4 
1. Como seria uma radiografia 
perfeita? 
R:Uma radiografia perfeita é nítida, com 
bom contraste e densidade ideal, 
permitindo a visualização clara dos 
detalhes. O posicionamento correto do 
paciente e do filme é essencial, assim 
como a técnica de exposição adequada, 
com kVp e mA ajustados. A imagem deve 
estar livre de artefatos e incluir proteções 
para minimizar a radiação desnecessária. 
Informações de identificação devem estar 
presentes, e a técnica deve ser 
reprodutível para comparações futuras. 
Por fim, a imagem deve ser interpretável 
por profissionais qualificados para 
garantir diagnósticos precisos. 
 
 
 
FATORES DO FILME 
1. Cristais de Brometo de Prata: 
• Cristais pequenos → Mais 
nitidez e contraste (filme menos 
sensível). 
• Cristais grandes → Menos 
nitidez/contraste (filme mais 
sensível). 
2. Dupla Emulsão: 
• Vantagem: Processam
ento mais rápido. 
• ❌ Desvantagem: Risco 
de penumbra (imagem 
dupla). 
3. Espessura da Base: 
• Ideal: ≤ 0,2 mm → Evita 
sobreposição e penumbra
 
PROCESSAMENTO 
• Automático: 
• Padroniza resultados 
(melhor para qualidade). 
• Manual: 
• Exige câmara escura e 
controle rigoroso 
de tempo/temperatura.SOLUÇÕES PROCESSADORAS 
1. Controle de Temperatura: 
• Seguir a tabela temperatura-tempo do fabricante. 
• Temperaturas muito altas/baixas ou tempos de 
processamento longos/curtos demais → Alteram 
o contraste radiográfico. 
2. Validade das Soluções: 
• Determinada por: 
• Oxidação (contato com o ar). 
• Número de filmes processados. 
• Como prolongar a vida útil: 
• Usar tampas nos tanques. 
 
ARMAZENAMENTO DE FILMES 
1. Condições Ideais: 
• Ambiente ventilado, seco, sem exposição a luz 
solar ou luz actínica (ex.: raios X). 
• Caixas devem ser embaladas em plástico e 
guardadas na geladeira (gaveta ou última prateleira). 
2. Preparo para Uso: 
• Nunca usar filme gelado: Deixar atingir temperatura 
ambiente antes do uso. 
3. Validade: 
• Verificar data de vencimento na embalagem. 
4. Proteção contra Radiação: 
• Armazenar em dispensadores metálicos 
blindados → Evita danos por radiação secundária. 
 
VÉU OU FOG (RADIAÇÃO 
SECUNDÁRIA) 
Definição 
• Radiação Secundária: Principal 
responsável pela formação do 
"véu" ou fog em radiografias. 
Fatores que Aumentam a Radiação 
Secundária 
1. Espessura do Objeto: Objetos 
mais espessos aumentam a 
radiação secundária. 
2. Tamanho da Área de 
Incidência: Áreas maiores 
favorecem a formação de 
radiação secundária. 
3. kVp Elevado: Aumento do kVp 
contribui para mais radiação 
secundária. 
Principais Fontes de Radiação 
Secundária (Intraoral) 
• Filtros de Alumínio 
• Posicionadores de Filmes 
• Sensores Radiográficos 
• Elementos da Cavidade Bucal 
Métodos para Reduzir Radiação 
Secundária 
1. Uso de Cilindros 
Abertos: Substituir cones 
localizadores por cilindros 
abertos. 
2. Colimadores de 
Chumbo: Diâmetro máximo de 6 
cm para limitar a radiação. 
3. Grades Antidifusoras 
(Extraoral): 
• Compostas por lâminas de 
chumbo e plástico 
dispostas alternadamente. 
• Reduzem a divergência do 
feixe de raios X 
absorvendo radiação 
secundária. 
 
Dicas para Estudo 
• Lembre-se: A radiação 
secundária causa o "véu" nas 
radiografias. 
• Fatores de risco: Espessura, 
área de incidência e kVp. 
• Redução: Cilindros abertos e 
colimadores são essenciais para 
minimizar a radiação secundária.

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