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Manejo Sanitário Gustavo M. Chilitti Coordenador Técnico – MT Intervet do Brasil Vet. Ltda. Programa sanitário “A saúde do agronegócio depende da saúde de todos os rebanhos” Como garantir o sucesso do negComo garantir o sucesso do negóócio ?cio ? Assistência técnica Sanidade Genética Nutrição Recomendações básicas de controle sanitário: • Adoção de medidas preventivas (calendário anual de controle sanitário) • Seguir as orientações dos programas oficiais de prevenção de enfermidades. • Controle estratégico de endo e ectoparasitas • Monitorar o surgimento de resistência parasitária. • Manter um programa de manejo sanitário supervisionado por um veterinário. Manejo dos bezerros na maternidade Garantir o consumo de colostro • 2 litros nas primeiras 6 h • 10% do peso do recém-nascido em 24 h • Banco de colostro • Escolha da doadora • Manter congelado • Cuidados ao descongelamento Tratamento do umbigo • Primeiras 12 h após o parto • Cortar o umbigo a dois dedos da inserção Desinfecção com solução de iodo a 10% • Tratamento das primeiras infecções (Strongyloides papilosus) • Prevenção da bicheira de umbigo • Prevenção da onfaloflebite Aplicação de endectocidas 1 ml/animal na tábua do pescoço Vacinas “Prevenção, a chave para o sucesso !!!” Febre Aftosa: Impactos econômicos Vacinação contra Febre Aftosa: Febre Aftosa: Vacinação em duas, ou três etapas no ano, dependendo do estado. Raiva: Morte de 100% de animais infectados Zoonose PNCRH: Raiva: • Animais primovacinados deverão ser revacinados em 30 dias • O prazo para revacinação é de no máximo 12 meses Brucelose: Zoonose Orquite Aborto Vacinação contra brucelose: Brucelose: Vacinar todas as fêmeas entre 3 a 8 meses (dose única). Marcar as fêmeas vacinadas com o “V” seguido do ano de vacinação do lado esquerdo da cara. PNCEBT: • Aquisição de animais negativos • Monitoramento do títulos do rebanho PNCEBT (Tuberculose) Tuberculose: Diagnóstico e descarte de positivos Notificação obrigatória/Zoonose Carbúnculo Sintomático/Clostridioses: Carbúnculo Sintomático: Esquema de vacinação (clostridioses): Animais não vacinados: • Duas doses com intervalos entre 4 e 6 semanas • A 1ª dose é feita na 8ª semana em bezerros filhos de vacas vacinadas e na 2ª semana em bezerros filhos de vacas não vacinadas. Animais já vacinados: • Revacinar uma vez ao ano. • Fêmeas gestantes: revacinar 2 a 6 semanas antes do parto Botulismo: Botulismo: Prevenção: 1. Sal Mineral 2. Aguadas de qualidade 3. Eliminação de carcaças 4. Vacinação: • Iniciar aos 12 meses • Duas doses entre 4 a 7 semanas (primovacinação) • Revacinar anualmente Doenças reprodutivas: Leptospirose, Neosporose, IBR, BVD, Campilobacteriose, Tricomoníase. Prevenção: • Diagnóstico • Eliminação de cacimbas, manter alimentos protegidos de ratos (lepto) • Eliminação de fetos e placentas (abortos) • Evitar acesso de cães. • Vacinação Controle de endo e ectoparasitas: “Não divida seus lucros com os parasitas” Como os parasitas sugam os lucros da fazenda? Redução na produção de leite Redução na produção de carne Redução na fertilidade Couro Prejuízos econômicos causados pelos principais parasitas dos bovinos no Brasil Parasitose Nº de gerações por ano Prejuízo Anual 10 -12 US$ 2,5 bilhões 3 - 5 US$ 2,0 bilhões 8 - 9 US$ 300 milhões Vermes Carrapatos Bernes Fonte: Grisi & Cols, 2002 Verminose: Controle da verminose bovina BENEFÍCIOS (CONTROLE) Ganho: 1 a 3@ /ano Redução da idade de abate (+- 1 ano) Antecipação da idade de reprodução das novilhas (1 a 1,5 meses) Maior ganho de peso na próxima estação chuvosa Aumento da produção leiteira (+- 180 Kg/lactação) Retorno de 457,46% em 2 anos (EMBRAPA) DINDINÂÂMICA PARASITMICA PARASITÁÁRIA x LARVAS NAS RIA x LARVAS NAS PASTAGENSPASTAGENS JanJan FevFev MarMar AbrAbr MaiMai JunJun JulJul AgoAgo SetSet OutOut NovNov DezDez 100 100 -- 80 80 -- 60 60 -- 40 40 -- 20 20 -- 0 0 %% PerPerííodo secoodo secoPerPerííodo chuvosoodo chuvoso PerPerííodo chuvosoodo chuvoso Pastagem Animal AcreAcre Centro sulCentro sul AmazonasAmazonas RondRondôôniania Mato Mato GrossoGrosso M. G.M. G. do Suldo Sul GoiGoiááss TocantinsTocantins ParanParanáá SSãão o PauloPaulo Minas Minas GeraisGerais BahiaBahia PiauPiauíí ParParáá MaranhMaranhããoo PERPERÍÍODO SECOODO SECO JUNHOJUNHO JULHO JULHO AGOSTOAGOSTO AbrangeAbrange 60% do rebanho 60% do rebanho nacionalnacional CONTROLE ESTRATÉGICO JanJan FevFev MarMar AbrAbr MaiMai JunJun JulJul AgoAgo SetSet OutOut NovNov DezDez 100 100 -- 80 80 -- 60 60 -- 40 40 -- 20 20 -- 0 0 PerPerííodo secoodo secoPerPerííodo chuvosoodo chuvoso PerPerííodo chuvosoodo chuvoso Pastagem Animal 11ªª dosedose MaioMaio 33ªª dosedose SetembroSetembro 22ªª dosedose JulhoJulho precisamos nos programar..... CONTROLE ESTRATÉGICO JanJan FevFev MarMar AbrAbrMaiMai JunJun JulJul AgoAgo SetSet OutOut NovNov DezDez 270 270 -- 240 240 -- 210 210 -- 180 180 -- 150 150 -- 120 120 P e s o ( k g ) P e s o ( k g ) PerPerííodo secoodo seco PerPerííodo chuvosoodo chuvoso TT TT TT TT Mensal InicialInicial 160 kg160 kg Controle Estratégico FinalFinal 237 kg237 kg Final 222 kg FinalFinal 222 kg222 kg (Mello & Bianchin, 1979)(Mello & Bianchin, 1979) DiferenDiferenççaa 15 kg15 kg Gasto direto com vermífugos: AustrAustráálialia 15 milh15 milhõões dees de ddóólares/ano emlares/ano em antianti--helmhelmíínticosnticos 112 milh112 milhõões de des de dóólares/2006 lares/2006 EndectocidasEndectocidas e e EndoparasiticidasEndoparasiticidas EUAEUA 330 milh330 milhõõeses de dde dóólares/anolares/ano Usamos o vermífugo correto? Os parasitas estão resistentes aos vermífugos tradicionais? Autor Local Parasita Lactona Macrocíclica West et al. (1994) Nova Zelândia Cooperia Ivermectina Vermunt et al. (1996) Nova Zelândia Trichostrongylus e Teladorsagia Moxidectina e Doramectina Vermunt et al. (1996) Nova Zelândia Cooperia Doramectina Coles et al. (1998) Inglaterra Cooperia Ivermectina Fiel et al. (2000) Argentina C. oncophora, T. colubriformis e T. longispicularis Doramectina e Ivermectina Aziani et al. (2000) Argentina Cooperia Ivermectina 1% e 3,15%, Doramectina e Moxidectina Mejia et al. (2003) Argentina Cooperia Ivermectina Anziani et al. (2004) Argentina Haemonchus Ivermectina Soarez & Cristel (2005) Argentina Cooperia, Haemonchus e Teladorsagia Ivermectina e Doramectina Familton et al. (2001) Inglaterra Cooperia Ivermectina Sievers & Fuentealba (2003) Chile Cooperia Ivermectina Torres-Acosta et al. (2003) México Haemonchus e Trichostrongylus Ivermectina Sandoval et al. (2001) Venezuela Cooperia Ivermectina Coronado et al. (2003) Venezuela Cooperia Ivermectina Resistência a endectocidas em parasitas de bovinos Relatos de resistência verminótica em bovinos no Brasil: Local: Princípio ativo Helmintos (Gêneros) Autor: SP Ivermectina 1% Cooperia Haemonchus Paiva, 2001 RJ Ivermectina 1% Doramectina 1% Cooperia Cardoso, 2002 MG Ivermectina 1% Doramectina 1% Haemonchus Cooperia Rangel, 2004 MG e SP Ivermectina 3,15% Cooperia Haemonchus Borges, 2004 MG, RS, SP Ivermectina 3,15% Cooperia Haemonchus Borges, 2006 O que é a resistência parasitária?Dose terapêutica causa a morte e eliminação Dose terapêutica não causa a morte, com pouca eliminação “Quanto maior a freqüência de tratamento, mais rápido será o surgimento de resistência” Antes de iniciar um controle estratégico, deve-se verificar a eficácia do produto adotado Alternativa para controle de cepas resistentes BarnesBarnes e e DobsonDobson, 1990, 1990 Avaliar custo/benefício Fazenda Betel Proprietário: João Marcos Localidade: Delfinópolis - MG Período experimental: Janeiro a Julho de 2007 Animais: 90 animais Nelore (15 meses) divididos em 5 grupos de 18, com base no ganho de peso e no peso. Tratamentos Solution 3,5% L.A. (n=18) Moxidectina 10%* (n=18) Ivermectina 4%* (n=18) Ivermectina 3,15% (n=18) Controle (n=18) Pesagens efetuadas 90 dias após o tratamento Fonte: CPPAR/Unesp-Jaboticabal. * Produto comercial adquirido no mercado Ganho de peso médio de bovinos, da raça Nelore tratados com diferentes endectocidas - Delfinópolis - MG * Produto comercial adquirido no mercado FAZENDA BETEL 4 , 3 k g a m a i s d o q u e a M o x i d e c t i n a 1 0 % Fonte: CPPAR/UNESP - Jaboticabal Ganho adicional de peso em 90 dias Custo/Benefício Solution® 3,5% L.A. x Moxidectina 10%** + 4,3 kg = 0,143@ Solution® 3,5% L.A. x Controle + 14,6 kg = 0,486@ Preço @ = R$ 56,00 Ganho adicional Solution 3,5% LA x Moxidectina 10%** = R$ 8,00 (0,143*@ Ganho adicional Solution 3,5% LA x Controle = R$ 27,21 (0,486*@) Custo dose: R$ 2,10 (5 ml) Lucro: R$ 5,90 e R$ 25,11 *50% do Rendimento / Carcaça **Produto comercial adquirido no mercado Controle de carrapatos: RecomendaRecomendaçõçõeses dede Controle EstratControle Estratéégicogico G1 G2 G3 G4 Fonte: Revista Patolgia Tropical 21(2): 235-242. Jul-Dez/1992 Dinâmica Populacional Região Centro-Oeste – GO-MS Tratamento estratégico Tratamento estratégico Tratamento tático Fonte: Revista Patologia Tropical 21(2):235-242. Jul-Dez1992 Qual será o intervalo entre aplicações ? Demaneira geral, recomenda-se: 21 dias para pulverização (cinco ou seis tratamentos) 30 dias para Pour-On / Injetáveis (três a quatro tratamentos) Fonte: Furlong et al., 2004 Antes de implementar-se um programa de controle estratégico de carrapatos, deve-se verificar a eficácia do produto utilizado. BIOCARRAPATICIDOGRAMA ••Usar bico em lequeUsar bico em leque ••Alta pressAlta pressãão (para banhar os o (para banhar os carrapatos, ncarrapatos, nãão os po os pêêlos)los) ••Pulverizar no sentido contrPulverizar no sentido contráário aos rio aos ppêêloslos ••Pulverizar de baixo para cimaPulverizar de baixo para cima Pulverizando:Pulverizando: Pulverizar todo o corpo do animal Usar, cinco litros da calda por vacaUsar, cinco litros da calda por vaca deixar ao animal bem molhado...deixar ao animal bem molhado... “Aspersão” (brete pulverizador) ““AspersAspersããoo”” ((bretebrete pulverizadorpulverizador)) “Pour On”““PourPour OnOn”” Exemplo de um controle estratégico de B.microplus: Faz. Jataí - Sr.Ivaldo (Pindamonhangaba-SP) Iniciar o programa em época pré-definida para cada região D zero: Outubro (início das chuvas) O segundo tratamento deve ser feito 21 dias após o primeiro Mesmo que aparentemente os animais não precisem ser pulverizados, precisamos fazer o segundo tratamento 21 dias após o primeiro E o terceiro tratamento será 21 dias após o segundo, mesmo que não visualizemos os carrapatos. Lembrem das larvas e ninfas... Em fevereiro, iniciamos outra sequência de três tratamentos de 21 em 21 dias. A população de carrapatos na fazenda já estará bem controlada ao final... ApApóós a implantas a implantaçãção desse programa, so desse programa, sóó iremos efetuar iremos efetuar tratamentos no intratamentos no iníício da prcio da próóxima primavera (outubro).xima primavera (outubro). Nesse meio tempo iremos pulverizar somente os animais Nesse meio tempo iremos pulverizar somente os animais mais susceptmais susceptííveis (veis (““sangue docesangue doce””) quando observarmos) quando observarmos infestainfestaçõções (tratamentos tes (tratamentos tááticos)ticos) Para se obter sucesso em programas sanitários: • Assistência técnica • Estabelecer um calendário de vacinação • Estabelecer um controle estratégico de parasitas • Diagnosticar problemas e agir rápido • Investir em prevenção • Fazer parcerias sólidas para um bom controle sanitário GADO SADIO É GADO PRODUTIVO Muito obrigado !!!!Muito obrigado!!! Gustavo.chilitti@intervet.com (65) 9203- 4818
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