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POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A AGRICULTURA FAMILIAR
A consolidação de política pública agropecuária brasileira voltada exclusivamente para o público rural tem seu marco inicial com a institucionalização do Sistema Nacional de Crédito Rural, que data de meados da década de 60. Entre outros, tinha os objetivos de:
Possibilitar o fortalecimento econômico dos produtores rurais, notadamente pequenos e médios;
Incentivar a introdução de métodos racionais de produção, visando ao aumento da produtividade, à melhoria do padrão de vida das populações rurais e à adequada defesa do solo. 
Entretanto, no decorrer do tempo, o crédito rural (esse importante instrumento de desenvolvimento rural), estabeleceu um modelo agrícola discriminador e excludente, favorecendo os médios e grandes produtores e as culturas de exportação, e deixando os produtores que trabalhavam com suas famílias à margem dos benefícios oferecidos pelas políticas de financiamento rural, assistência técnica e preços mínimos (AQUINO, [2010?]).
Assim, até meados da década de 90 não se tem notícias de recursos específicos para o financiamento da agricultura familiar no Brasil. Na realidade, não existia o próprio conceito de agricultura familiar. O agricultor familiar era considerado "mini- produtor" (e pequeno produtor) para efeito de enquadramento no Manual de Crédito Rural (MCR).
Com isto, além do produtor familiar disputar o crédito com os demais produtores, este era obrigado a seguir a mesma rotina bancária para obter um empréstimo que tinha o perfil voltado para o (médio e) grande produtor (BELIK, [2000?]).
Observa-se que a expressão “agricultor familiar”�, utilizada a partir da década de 90, só foi formalmente instituída em 2006 (DE CONTI; ROITMAN, 2011).
A criação do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (PRONAF) em 1995 - inicialmente como uma linha de financiamento� dentro da política nacional de crédito rural - é um marco histórico das políticas públicas agrícolas voltadas para essa categoria de público rural. 
 E, no ano seguinte o PRONAF ganha status de programa governamental por meio do Decreto 1.946, de 28 de junho de 1996 – assim, esse passa a ser o ano oficial de criação do PRONAF. 
A sua concepção teve como finalidade: “promover o desenvolvimento sustentável do segmento rural constituído pelos agricultores familiares, de modo a propiciar-lhes o aumento da capacidade produtiva, a geração de empregos e a melhoria de renda”. O PRONAF estruturou-se em quatro linhas de ação: 
Negociação e articulação de políticas públicas; 
Instalação e melhoria de infraestrutura e serviços nos municípios;
Financiamento da produção da agricultura familiar (custeio e investimento);
Capacitação e profissionalização de agricultores familiares e técnicos. Na época, face as fortes reivindicações dos agricultores por recursos financeiros, o governo elegeu o financiamento da produção (PRONAF-Crédito), como o principal instrumento a ser utilizado para promover o desenvolvimento sustentável da agricultura familiar (AQUINO, [2010?]).
 Mas, dentro dessa nova ótica e lógica – seguindo as linhas de ação - nos últimos 15 (quinze) anos as políticas públicas federais para a agricultura familiar tiveram um enorme crescimento: em modalidades diferentes e volume de recursos ofertados.
 Também, nesse mesmo período, o Estado do Espírito Santo – seguindo a tendência da política federal – fortalece e dinamiza as políticas públicas estaduais para a agricultura familiar: crescendo em modalidades e volume de recursos financeiros ofertados. 
A seguir são descritas, de forma breve as diferentes políticas públicas ofertadas para a agricultura familiar, e operacionalizadas pelo governo federal e estadual.
 Crédito Rural para agricultura familiar - PRONAF CRÉDITO
O PRONAF-Crédito financia projetos individuais ou coletivos, desde que gerem renda aos agricultores familiares. O programa possui as mais baixas taxas de juros dos financiamentos rurais, além das menores taxas de inadimplência entre os sistemas de crédito do País. 
As taxas de juros de financiamentos rurais são diferenciadas da agricultura familiar para a agricultura não familiar. Também, dentro dessas categorias de público rural há diferença de taxas para valores tomados, e ainda, entre as modalidades de crédito custeio e investimento. Assim de forma geral e resumida, citam-se os limites de taxas de juros anuais (aa) cobradas pelo sistema financeiro de crédito rural: i) Custeio�: a) Agricultura familiar - varia entre 1,5% e 3,5%; b) Agricultura não familiar – 4,5% e 5,5%; ii) Investimento�: Agricultura familiar - varia entre 0,5% e 2,0%; b) Agricultura não familiar – 4,5% e 5,5%. Os valores das taxas de juros da agricultura não familiar correspondem a médios e grandes produtores, respectivamente, menor e maior valor. O acesso a financiamento do Pronaf inicia-se na discussão da família sobre a necessidade do crédito, seja ele para o custeio da safra ou atividade agroindustrial, seja para o investimento em máquinas, equipamentos ou infraestrutura de produção e serviços agropecuários ou não agropecuários. 
Após a decisão do que financiar, a família deve procurar as instituições credenciadas pelo Ministério de Desenvolvimento Agrário - MDA (sindicatos rurais; empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater); ou outra) para obtenção da Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP)�, direcionando o agricultor para as linhas específicas de crédito a que tem direito. Para os beneficiários da reforma agrária e do crédito fundiário, o agricultor deve procurar, respectivamente, o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) ou a Unidade Técnica Estadual (UTE). Para ter acesso ao crédito o agricultor deve estar com o CPF regularizado, sem restrições cadastrais e ter capacidade de pagamento. As condições de acesso ao Crédito Pronaf, formas de pagamento e taxas de juros correspondentes a cada linha são definidas, anualmente, a cada Plano Safra da Agricultura Familiar, divulgado entre os meses de junho e julho de cada ano. 
Desde a sua criação, o PRONAF se firmou como a principal política pública adotada pelo governo brasileiro para apoiar as formas familiares de produção e trabalho no meio rural (AQUINO, 2010?). Desse modo, pode-se observar na Figura 1 a evolução dos montantes de recursos financeiros aplicados e o total de contratos firmados por meio do PRONAF. O crescimento mais acentuado se verifica do ano safra 2003/2004 para 2008/2009 – chegando nesse ano a ultrapassar R$ 10 bilhões aplicados, e os números de contratos feitos que chegam a 1,9 milhões na safra 2005/2006. Outra informação importante que se pode extrair desses números é o valor dos contratos por agricultor: que passam de R$ 2,3 mil em 2001/2002, para R$ 7,8 mil em 2009/20010 – grande parte desse aumento está relacionada à elevação dos limites de recursos por tomador (DE CONTI; ROITMAN, 2011).
Fonte: De Conti; Roitman (2011). 
Figura .. – Evolução do valor financiado e número de contrato do Pronaf, do período de 1995 a 2010, por ano safra.
Beneficiários
São beneficiários do PRONAF, com base no critério renda, os agricultores familiares (proprietário, posseiro, arrendatário, comodatário, parceiro, concessionário do Programa Nacional de Reforma Agrária (PNRA), ou permissionário de áreas públicas, silvicultores, aquicultores, pescadores artesanais, quilombolas, indigenas, extrativistas) que compõem as unidades familiares de produção rural e que comprovem seu enquadramento mediante apresentação da DAP “válida”, observado que a renda bruta familiar anual seja de até R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais) – resoluções (res.) do Banco Central do Brasil (BCB): Nº 4.107; Nº 4.164; Nº 4.228. Lembra-se que há outros requisitos que devem ser satisfeitos simultaneamente para o devido enquadramento – conforme Lei 11.326/06. O tempo para composição da renda compreende os últimos 12 meses de produção normal, que antecedem à solicitação da DAP. 
Também não há mais diferentes categorias de beneficiários do PRONAF (antigos grupos C, De E, nem tampouco o recente grupo V), sendo todos denominados de agricultores familiares. Mas, se mantém os grupos especiais (res. 4.107; res. 4.253), conforme: 
a) Grupo "A": assentados pelo Plano Nacional de Reordenamento Agrário ou beneficiários do Programa Nacional de Crédito Fundiário (PNCF).
b) Grupo “B”: beneficiários cuja renda bruta familiar anual, não seja superior a R$ 20.000,00 (vinte mil reais), e que não contratem trabalho assalariado permanente (res. 4.253). 
c) Grupo "A/C": assentados pelo PNRA ou beneficiários do PNCF, que: (Res 4.107)
I - tenham contratado a primeira operação no Grupo "A"; 
II - não tenham contratado financiamento de custeio, exceto no próprio Grupo "A/C". 
 Linhas de crédito
As linhas de crédito do PRONAF são numerosas. Nesse espaço, citam-se algumas linhas e comenta-se um pouco sobre elas. 
 Pronaf Custeio 
Destina-se ao financiamento das atividades agropecuárias e de beneficiamento ou industrialização e comercialização de produção própria ou de terceiros enquadrados no Pronaf. 
 Pronaf Mais Alimentos - Investimento 
Destinado ao financiamento da implantação, ampliação ou modernização da infraestrutura de produção e serviços, agropecuários ou não agropecuários, no estabelecimento rural ou em áreas comunitárias rurais próximas. 
 Pronaf Agroindústria 
Linha para o financiamento de investimentos, inclusive em infraestrutura, que visam o beneficiamento, o processamento e a comercialização da produção agropecuária e não agropecuária, de produtos florestais e do extrativismo, ou de produtos artesanais e a exploração de turismo rural. 
 Pronaf Agroecologia 
Linha para o financiamento de investimentos dos sistemas de produção agroecológicos ou orgânicos, incluindo-se os custos relativos à implantação e manutenção do empreendimento. 
 Pronaf Eco 
Linha para o financiamento de investimentos em técnicas que minimizam o impacto da atividade rural ao meio ambiente, bem como permitam ao agricultor melhor convívio com o bioma em que sua propriedade está inserida. 
 Pronaf Floresta 
Financiamento de investimentos em projetos para sistemas agroflorestais; exploração extrativista ecologicamente sustentável, plano de manejo florestal, recomposição e manutenção de áreas de preservação permanente e reserva legal e recuperação de áreas degradadas. 
 Pronaf Semiárido 
Linha para o financiamento de investimentos em projetos de convivência com o semi-árido, focados na sustentabilidade dos agroecossistemas, priorizando infraestrutura hídrica e implantação, ampliação, recuperação ou modernização das demais infraestruturas, inclusive aquelas relacionadas com projetos de produção e serviços agropecuários e não agropecuários, de acordo com a realidade das famílias agricultoras da região Semiárida. 
 Pronaf Mulher 
Linha para o financiamento de investimentos de propostas de crédito da mulher agricultora. 
 Pronaf Jovem 
Financiamento de investimentos de propostas de crédito de jovens agricultores e agricultoras. 
 Pronaf Custeio e Comercialização de Agroindústrias Familiares 
Destinada aos agricultores e suas cooperativas ou associações para que financiem as necessidades de custeio do beneficiamento e industrialização da produção própria e/ou de terceiros. 
 Pronaf Cota-Parte 
Financiamento de investimentos para a integralização de cotas-partes dos agricultores familiares filiados a cooperativas de produção ou para aplicação em capital de giro, custeio ou investimento. 
 Microcrédito Produtivo Rural (Pronaf Grupo B) 
Os créditos destinados a esse grupo do Pronaf cobrem qualquer demanda que possa gerar renda para a família atendida, financiando atividades agropecuárias e não agropecuárias geradoras de renda�. Ele foi criado no ano 2000 com a finalidade de contribuir para a redução da pobreza rural. Desse modo o Microcrédito Rural (Pronaf Grupo B) é estratégico para os agricultores familiares pobres, pois valoriza o potencial produtivo deste público e permite estruturar e diversificar a unidade produtiva. 
Normalmente, a família enquadrada nessa modalidade de crédito é: agricultora familiar (proprietária, meeira, arrendatária, etc), pescadora, extrativista, ribeirinha, quilombola e indígena que desenvolve atividade produtiva no meio rural. Essas famílias devem ter renda bruta anual familiar de até R$ R$ 20 mil, sendo que no mínimo 50% da renda deve ser proveniente de atividades desenvolvidas no estabelecimento rural. 
A operacionalização do Microcrédito Rural é feita com recursos do Tesouro Nacional e dos Fundos Constitucionais do Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Oferece bônus� de adimplência sobre cada parcela da dívida paga até a data de seu vencimento. Além de ser ofertado com taxa de juros de 0,5% ao ano e ter prazo de reembolso de até dois anos para cada financiamento. 
Convém lembrar que cada financiamento tem suas normas próprias: prazo de reembolso, limite de financiamento, variação de taxa de juro, etc. e que ainda há outras modalidades de créditos disponíveis para a agricultura familiar que não foram aqui abordadas, a exemplo de : i) Programa de Garantia de Preços para Agricultura Familiar (PGPAF) e ii) Créditos para os Beneficiários do Plano Nacional de Crédito Fundiário (PNCF) e do Plano Nacional de Reordenamento Fundiário (PNRA); iii) etc. 
Para maiores informações sobre o Pronaf Crédito consultar o Manual de Créito Rural (MCR)� do Banco Central do Brasil – capítulo 10, que se encontra ilustrado na Figura 2. 
 	
Figura 2 – Página do site do Banco Central do Brasil, mostrando o Manual de Crédito Rural, aberto no capítulo 10 – Pronaf. 
REFERÊNCIAS
AQUINO, J. R. Avanços e limites da política de crédito do Pronaf no Brasil (1996-2008): uma reflexão crítica. Apresentação Oral - Agricultura Familiar e Ruralidade. Universidade do Estado do Rio Grande do Norte, Acu – RN, [2009?]. Disponível em: <http://www.sober.org.br/palestra/13/817.pdf>. Acesso em: 17 jul. 2013.
BELIK, W. Avaliação da Operacionalização do Programa PRONAF. [2000?]. Disponível em: <http://www.eco.unicamp.br/artigos/artigo175.htm>. Acesso em: 17 jul. 2013.
BRASIL. Ministério de Desenvolvimento Agrário. Programas. Disponível em: <http://portal.mda.gov.br/portal/saf/programas/pronaf>. Acesso em: 15 jul. 2013.
DE CONTI, B. M.; ROITMAN, F. B. Pronaf: uma análise da evolução das fontes de recursos utilizadas no programa. Revista do BNDES. n. 35, junho 2011. Disponível em: <http://www.bndes.gov.br/SiteBNDES/export/sites/default/bndes_pt/Galerias/Arquivos/conhecimento/revista/rev3504.pdf>. Acesso em: 17 jul. 2013. 
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 Programa de Aquisição de Alimentos – PAA
O Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) foi instituído pela Lei Federal nº 10.696, de 2 de julho de 2003, e regulamentado pelo Decreto nº 6.447, de 07 de maio de 2008. Ao longo do tempo vem sendo aprimorado e ampliado visando melhorias na sua operacionalização, gestão e abrangência de atuação. Assim, novas leis, decretos e portarias vêm sendo editadas visando atender a esses propósitos, a exemplo do DECRETO Nº 7.775, DE 4 DE JULHO DE 2012, que o regulamenta e regulamenta o Capítulo III da Lei no 12.512, de 14 de outubro de 2011.
O PAA é uma ação criada pelo Governo Federal que fortalece a agricultura familiar e, ao mesmo tempo, colabora para o enfrentamento da fome e da pobreza no Brasil. Atendendo a esse duplo propósito ele atua junto aos beneficiários produtores - promovendo a aquisição de alimentos dos agricultores familiares� - diretamente ou por meio de suas organizações (associações, cooperativas, etc.) - com dispensa de licitação, destinando os produtos à formação de estoques governamentais ou à doação aos beneficiários consumidores - pessoas em situação de insegurança alimentar e nutricional, que são atendidas por programas sociais locais ou que estejam em condições específicas definidas pelo Grupo Gestor� do PAA, quer sejam pela rede pública ou pela rede filantrópica e de ensino. Os produtos são oferecidos para entidades da rede socioassistencial, nos restaurantes populares, bancosde alimentos e cozinhas comunitárias e ainda para cestas de alimentos distribuídas pelo Governo Federal.
Outra parte dos alimentos é adquirida pelas próprias organizações da agricultura familiar, para a formação de estoques próprios. Desta forma é possível comercializá-los em momentos mais propícios, em mercados públicos ou privados, permitindo maior agregação de valor aos produtos.
Pode-se dizer que o PAA atua garantindo mercado e remuneração adequada aos produtos combinados para serem ofertados ao programa pelos beneficiários- produtores. Assim, possibilita ao agricultor familiar reinvestir no seu sistema produtivo e custear as despesas de sobrevivência de sua família. 
Cada agricultor pode acessar até um limite anual e os preços não devem ultrapassar o valor dos preços praticados nos mercados locais.
 Modalidades do PAA
As diferentes modalidades de PAA atualmente em vigor são: i) Compra Direta da Agricultura Familiar; ii) Apoio à Formação de Estoques pela Agricultura Familiar; iii) Compra direta com doação simultânea; iv) Incentivo à Produção e ao Consumo do Leite - PAA Leite e v) Compra Institucional.
 Compra Direta da Agricultura Familiar - CDAF
Esta modalidade é voltada à aquisição da produção da agricultura familiar, quando os preços de mercado estão abaixo dos preços de referências� ou quando há necessidade de atendimento de demandas por alimentos para populações em condição de insegurança alimentar, buscando ajustar a disponibilidade de produtos às necessidades de consumo. 
Os produtos que têm sido adquiridos são: arroz, castanha de caju, castanha-do-brasil, farinha de mandioca, feijão, milho, sorgo, trigo, leite em pó integral e farinha de trigo. 
A CDAF é operacionalizada pela Conab com recursos do Ministério de Desenvolvimento Agrário (MDA) e do Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS). 
 Formação de Estoques pela Agricultura Familiar – CPR-Estoque
Esta modalidade de PAA, que é operacionalizada pela CONAB, disponibiliza recursos financeiros para que a organização dos agricultores familiares (associação, cooperativa, etc) adquira a produção da safra vigente de seus associados e forme estoques de produtos para posterior comercialização. O produto deve ser próprio para consumo humano, podendo ser “in natura” ou processado/beneficiado/industrializado.
Para acessar a CPR-Estoque a organização de agricultores familiares tem que elaborar uma proposta de participação, e para isso, é preciso usar uma ferramenta denominada de PAAnet – que está disponível do site da CONAB. A proposta define qual será o produto a ser estocado, o prazo para a formação de estoque, quais produtos serão adquiridos e seus respectivos preços e quem são os agricultores familiares beneficiados. Após o preenchimento, a proposta pose ser gravada em dispositivos apropriados para armazenamento de dados ou ser enviada via internet - em qualquer dos casos terá que ser entregue à Superintendência Estadual da Conab mais próxima, juntamente com os outros documentos exigidos para formalização do processo. Os dados da proposta servirão também para a elaboração da Cédula de Produto Rural (CPR)�. 
Uma vez aprovada a proposta, a organização emite a CPR e a Conab disponibiliza recursos financeiros do MDA para que a organização inicie o processo de aquisição de alimentos dos agricultores familiares listados. A CPR pode ser física ou financeira. Assim, quando da liquidação: se física, a organização dos agricultores familiares entrega o produto na Conab na data acordada na proposta de participação; se financeira vende o produto no mercado e quita a CPR com a Conab.
 Compra Direta com Doação Simultânea – CPR-Doação
É a modalidade do PAA na qual o agricultor familiar ou sua organização (associação, cooperativa, etc) vende sua produção para o Governo, por meio da Conab. Também, a execução do PAA pode ser feita por meio de órgãos ou entidades da administração pública estadual, distrital ou municipal, ou por consórcios públicos, e nesse caso será realizada mediante termo de adesão - dispensada a celebração de convênio. Em qualquer forma de execução o alimento é entregue diretamente aos beneficiários: instituições assistenciais sem fins lucrativos (públicas ou privadas) que servem alimentação à população em situação de insegurança alimentar e nutricional (restaurantes populares, cozinhas comunitárias, bancos de alimentos, asilos, APAES e Abrigos, etc).
Também é preciso se formular proposta através do PAANET da CONAB, e ser aprovada por esta instituição. Ao ser aprovada a proposta é preciso apresentar os documentos exigidos na forma da lei. 
A princípio todo alimento é passível de ser comercializado através dessa modadlidade de PAA, no entanto, é localmente que se combinam os tipos de alimentos a serem entregues às instituições.
Os beneficiários- produtores são os agricultores familiares, assentados da reforma agrária, comunidades indígenas, e demais povos e comunidades tradicionais ou empreendimentos familiares rurais portadores de DAP- Declaração de Aptidão ao Pronaf.
O PAA é executado com recursos dos Ministérios do Desenvolvimento Agrário (MDA) e do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate a Fome- MDS, em parceria com os Estados, municípios e com a Companhia Nacional de Abastecimento- CONAB.
 Incentivo à Produção e ao Consumo do Leite – PAA Leite
O PAA Leite foi criado para contribuir com aumento do consumo de leite pelas famílias que se encontram em situação de insegurança alimentar e também incentivar a produção de agricultores familiares. O PPA Leite atua na região da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), beneficiando todos os estados da região Nordeste e também o norte de Minas Gerais.
Para participar do PAA Leite os beneficiários (produtor e consumidor) devem satisfazer às normas do programa, entre as quais se cita: i) o beneficiário produtor deve produzir no máximo 100 litros de leite/dia e ter comprovante de vacinação dos animais; ii) beneficiário consumidor – é a família com renda máxima per capita de até meio salário mínimo e que tenha entre os membros da família: crianças entre 2 e 7 anos de idade; nutrizes até seis meses após o parto; gestante; idosos a partir de 60 anos de idade. Para outros casos, é preciso autorização do Conselho Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional (CONSEA). 
A proposta é feita por um período de seis meses, mantendo-se fixo durante esse tempo os preços do leite e as quantidades ofertadas. Terminado esse período faz-se nova proposta. Os procedimentos podem variar de estado para estado conveniado, mas, na grande maioria deles, o agricultor deve procurar o laticínio mais próximo de sua propriedade para participar do PAA Leite - o MDS contrata o laticínio por meio de licitação. E, há ainda estados que requerem que o agricultor deve participar de uma associação, a qual ficará responsável pelo contrato com o laticínio – isso dispensa a licitação.
A família que quer receber o leite, e que tenha o perfil de beneficiária consumidora, deve procurar a rede socioassistencial do município - normalmente o responsável pelo programa é a Secretaria Municipal de Assistência Social e/ou Centros de Referência em Assistência Social (CRAS) dos municípios.
 Compra Institucional
A Compra Institucional, última modalidade de PAA criada – vem ampliar as oportunidades de mercado para a agricultura familiar, permitindo que órgãos de administração direta ou indireta da União, estados, Distrito Federal e municípios – que fornecem alimentação regularmente - comprem, com seus próprios recursos, alimentos para atender as demandas de restaurantes universitários, presídios, hospitais, academias de polícia, entre outros. A compra dispensa licitação, utilizando as regras do PAA.
Podem fornecer alimentos para essa modalidade, os agricultores familiares organizados em associações ou cooperativas ou outras formas organizacionais que possuem DAP pessoa jurídica.
Observa-se que cada unidade familiar, caracterizada por uma DAP, pode vender alimentos até o limite máximo de R$ 8.000,00por ano nessa modalidade - independente dela estar fornecendo alimentos para outras modalidades do PAA e PNAE (Programa Nacional de Alimentação Escolar).
Para finalizar apresenta-se na Figura 1 um resumo de informações inerentes a cada modalidade de PAA. Observa-se que a coluna “Limites (R$/ano)” apresenta os valores máximos permitidos de comercialização para cada unidade familiar, em cada modalidade de PAA. Encontram-se também no rodapé da tabela informações complementares sobre algumas exceções da coluna “Limites”.
Tabela 1 – Resumo de informações das diferentes modalidades de PAA.
	Modalidade
	Fonte de Recurso
	Limites
(R$/ano)
	Executor
	Forma de acesso
	Compra direta
	MDS/MDA
	8.000,00
	CONAB
	Individual, associação e cooperativa
	Formação de estoque
	MDS/MDA
	8.000,00
	CONAB
	Associação e cooperativa
	Compra direta com doação simultânea
	MDS
	(*)
	CONAB, Estados e municípios
	Individual, associação e cooperativa
	PAA Leite
	MDS
	 (**)
	Estados do Nordeste e norte de MG
	Individual, associação e cooperativa
	Compra institucional
	Recursos do proponente
	8.000,00
	Proponente
	Associação e cooperativa
(*) O limite depende da forma de acesso: - individual é de 4.500,00/ano; - associação e cooperativa o limite é de 4.800,00/ano por produtor. 
(**) O limite é de 4.000,00/semestre.
FONTE: Adaptado de CONAB (2013).
REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério do Desenvolvimento Agrário. Programas. Disponível em: <http://portal.mda.gov.br/portal/saf/programas/paa>. Acesso em 17 jul. 2013.
BRASIL. Companhia Nacional de Abastecimento. Instrumentos da agricultura familiar. Disponível em: <http://www.conab.gov.br/conteudos.php?a=1131&t=2>. Acesso em: 15 jul. 2013.
BRASIL. Ministério de Desenvolvimento Social e Combate a Fome. Segurança alimentar. Disponível em: <http://www.mds.gov.br/segurancaalimentar/aquisicao-e-comercializacao-da-agricultura-familiar/entenda-o-paa/modalidades-1/compra-direta>. Acesso em 17 jul. 2013.
Banco Central do Brasil. Manual de Crédito Rural. Disponível em: <http://www4.bcb.gov.br/NXT/gateway.dll?f=templates&fn=default.htm&vid=nmsGeropMCR:idvGeropMCR>. Acesso em 18 jul. 2013.
 Programa Nacional de Alimentação Escolar – PNAE
O Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) foi criado pela Lei nº 11.947/2009. Essa lei determina que pelo menos 30% dos recursos repassados pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) para alimentação escolar –ao Distrito Federal, aos Estados e aos Municípios� - sejam utilizados para aquisição de produtos da agricultura familiar e do empreendedor familiar rural ou de suas organizações.
A Lei do PNAE foi regulamentada pela Resolução nº 38/2009, do Conselho Deliberativo do FNDE, que descreve os procedimentos operacionais que devem ser observados para venda dos produtos oriundos da agricultura familiar às Entidades Executoras. O limite atual de venda ao PNAE, por uma mesma unidade familiar, é de R$ 20.000,00 por DAP por ano.
O programa objetiva atender as necessidades nutricionais dos alunos durante o seu tempo de permanência na escola, contribuindo para o crescimento, o desenvolvimento, a aprendizagem e o rendimento escolar dos estudantes, bem como promover a formação de hábitos alimentares saudáveis. 
O repasse de recursos é feito diretamente aos executores, com base nas informações levantadas pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP) junto às escolas sempre com basse no ano anterior ao do atendimento. A fiscalização do PNAE é feito pela sociedade, por meio dos Conselhos de Alimentação Escolar (CAEs), pelo FNDE, pelo Tribunal de Contas da União (TCU), pela Secretaria Federal de Controle Interno (SFCI) e pelo Ministério Público. 
Para quem adquire esses produtos, o resultado desse avanço é mais qualidade da alimentação a ser servida, manutenção e apropriação de hábitos alimentares saudáveis e maior desenvolvimento local de forma sustentável.
Quem compra os produtos são as Entidades Executoras (EE): as Secretarias Estaduais de Educação, Prefeituras ou Escolas que recebem recursos diretamente do FNDE, inclusive utilizando e complementando recursos financeiros.
O Programa atende alunos matriculados na educação básica das redes públicas federal, estadual e do distrito federal, em conformidade com o censo escolar realizado pelo INEP. Educação básica corresponde a educação infantil (inclui creches); ensino fundamental; ensino médio; EJA (Educação de Jovens e Adultos); escolas comunitárias; entidades filantrópicas (inclusive as de educação especial; escolas localizadas em áreas indígenas e remanescentes de quilombos).
Para o sucesso do Programa é necessário o envolvimento de um conjunto de instituições parceiras igualmente importantes. São as denominadas Entidades Articuladoras (EA). Essas instituições assessoram e articulam o grupo informal para elaboração do Projeto de Venda. São entidades representativas da agricultura familiar, cadastradas no Sistema Brasileiro de Assistência Técnica e Extensão Rural- SIBRATER como as Empresas estaduais de ATER, Sindicatos de Trabalhadores Rurais e de Trabalhadores da Agricultura Familiar (SINTRAF), e entidades credenciadas pelo MDA para a emissão da DAP.
Essa política pública contribui para o fortalecimento da agricultura familiar, uma vez que garante um mercado seguro e permanente. E, também, faz com que os agricultores se organizem cada vez mais e qualifiquem suas ações comerciais. 
Espera-se também que se fortaleça reciprocamente, cada vez mais, os laços de respeito, consideração e responsabilidade entre os agricultores familiares e os executores. Pois isso estabelecerá uma relação duradoura entre esses agentes, onde todos se beneficiarão: oferta de produtos de qualidade, manutenção e apropriação de hábitos alimentares saudáveis e maior desenvolvimento local de forma sustentável. 
Observa-se que as ‘EA’s não podem receber remuneração, proceder à venda, assinar como proponente e, também, não têm responsabilidade jurídica nesse processo.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). Programas/PANE. Disponível em: <http://www.fnde.gov.br/programas/alimentacao-escolar/alimentacao-escolar-apresentacao>. Acesso em 23 jul. 2013.
BRASIL. Ministério de Desenvolvimento Agrário. Programas. Disponível em: <http://portal.mda.gov.br/portal/saf/programas/alimentacaoescolar/2500755>. Acesso em: 15 jul. 2013.
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 Programa Vida no Campo
O Governo do Estado do Espírito Santo, visando organizar, sistematizar, facilitar o planejamento e gestão das políticas públicas agropecuárias executadas no estado, criou o Programa Vida no Campo. Esse programa tem sob sua gerência 13 “projetos” estruturantes, a saber: i) assistência técnica e extensão rural (ATER); ii) programa de aquisição de alimentos (PAA); iii) programa nacional de alimentação escolar (PNAE); iv) crédito rural; v) infraestrutura produtiva; vi) habitação rural (convênio do governo estadual com a Caixa Econômica Federal); vii) crédito fundiário; viii) titulação de terras (somente para aquelas devolutas); ix) produção agroecológica e segurança alimentar (PAIS); x) agricultura orgânica; xi) revitalização dos assentos estaduais (são 23 no Estado); xii) empreendedorismo rural e agroindústria familiar e xiii) juventude rural. Observa-se que há projetos do governo federal (recursos da União) e outros do governo estadual, bem como também de diferentes ministérios e secretarias de estado. Vê-se então que essa foi uma forma inteligente de organizar tais políticas públicas, que anteriormente estavam dispersas e descoordenadas no espaço capixaba.
Alguns projetos do Programa Vida no Campo já foram comentados anteriores, assim, abordar-se-á agora os outros, a saber:
 Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER)
A Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER), segundo texto dado pela lei estadual 9.923/2012, compreende o serviço de educação não formal, de caráter permanente e continuado, que promova processos de formação, gestão, produção, beneficiamento e comercialização das atividades e dos serviçosagrícolas e não agrícolas, inclusive das atividades agroflorestais, agroextrativistas, florestais, pesqueiras e artesanais, objetivando o desenvolvimento rural sustentável.
Essa lei outorga a gestão orçamentária e financeira à Secretaria de Estado da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (SEAG); a gestão operacional ao Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (INCAPER) e gestão, controle social e formulação da política estadual de ATER ao Conselho Estadual de Desenvolvimento Rural Sustentável (CEDRS). Também, garante em seus princípios: “a gratuidade de ATER aos agricultores familiares e a contribuição da ATER para a segurança e soberania alimentar e nutricional”. 
Outro passo fundamental dado com esta lei é a de sistematizar e organizar o planejamento rural para o estado - focado na agricultura familiar - uma vez que deverá ser concebido o Programa Estadual de Assistência Técnica e Extensão Rural para a Agricultura Familiar e Reforma Agrária do Estado do Espírito Santo – PROATERES, tendo como base os Programas Municipais de Assistência Técnica do INCAPER; os Programas Territoriais e Municipais de Desenvolvimento Rural Sustentável. Cabe observar ainda que a lei reza que todo o processo de construção dos planos, em todas as instâncias (municipal, territorial e estadual) sejam protagonizados por representações legítimas dos agricultores familiares, e ainda que todo o processo seja participativo e dialógico. 
Por último, ressalta-se que essa lei ousa e inova o modelo de ATER do estado quando, além de adotar os procedimentos já descritos (e outros que aqui foram omitidos), abre espaço para que outras entidades (públicas ou privadas, com ou sem fins lucrativos), por meio de chamadas públicas (recursos financeiros do estado), possam se candidatar a assistir a agricultura familiar, podendo assim, quem sabe?, o estado conseguir universalizar o serviço de ATER à agricultura familiar capixaba. 
 Infraestrutura produtiva
As normas e procedimentos do Projeto Infraestrutura Produtiva foram estabelecidos pelo Decreto Nº 3043-R, de 02 de julho de 2012. O Projeto tem como objetivo implantar, ampliar, racionalizar e melhorar a infraestrutura necessária ao fortalecimento da agricultura familiar, ampliando as oportunidades para a inclusão social e produtiva no campo, cujos recursos serão aplicados para o benefício exclusivo dos agricultores familiares. Os valores a que cada município tem direito a tomar são diferentes, variando de R$ 250.000,00 a R$ 400.000,00 por ano. Esse valor foi estabelecido em função de uma equação matemática, que, entre outras variáveis, considerou: população rural; pobreza rural; famílias assentadas; receita municipal, etc.
A aplicação dos recursos em cada município ou território é definida pelo Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural Sustentável (CMDRS) e quando for o caso também pelo Conselho Territorial (CT), no qual estão representados os agricultores familiares e as diversas entidades de apoio à agricultura. Depois da deliberação dos respectivos conselhos e aprovação pelo CEDRS, a proposta segue como projeto para a SEAG, que o implementará após a assinatura de convênio com a prefeitura (proponente). 
As ações deste projeto devem promover a melhoria da infraestrutura necessária ao fortalecimento da agricultura familiar: edificações, abatedouros municipais, armazéns comunitários, aparelhos de irrigação, veículos, instalações, entre outros. Uma importante condicionante estabelecida nesse projeto é que o objeto pleiteado esteja relacionado à ação constante no Plano Municipal de Desenvolvimento Rural Sustentável. Essa importância redunda do fato do plano ter sido construído dentro de princípios democráticos-participativos ....
 Habitação Rural
O Governo do Estado em parceria com a Caixa Econômica Federal disponibiliza recursos financeiros para construção de casas em propriedades rurais. O agricultor fica por conta da mão de obra e do terreno. A parte de mobilização e cadastro dos beneficiários é feito por meio de diferentes organizações sociais existentes nos municípios (sindicatos, prefeituras, etc), variando de local para local. 
 Crédito Fundiário
O Governo Federal, através do Ministério de Desenvolvimento Agrário, disponibiliza recursos financeiros para financiamento de terras ao agricultor familiar sem terra ou com pouca terra. O governo do estado trabalha a parte operacional do programa, disponibilizando pessoal técnico para gerenciamento e análise das propostas. Esse programa apresenta duas modalidades de atuação: uma de combate à pobreza rural (CPR) e outra de consolidação da agricultura familiar (CAF). As condições de financiamento são diferentes entre essas modalidades.
Para saber mais sobre o crédito fundiário procure o Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal (IDAF-ES) e a Unidade Técnica Estadual (UTE).
 Titulação de Terras
Este projeto prevê a regularização fundiária de terras devolutas (ainda são do estado) que estão de posse de agricultores familiares. Após a identificação dessas áreas são emitidos os títulos para os agricultores. Com a propriedade regularizada, o agricultor poderá ter mais facilidade de acesso ao crédito e às demais políticas governamentais. 
 Produção Agroecológica e Segurança Alimentar
Também conhecido com Projeto de Produção Agroecológica Integrada e Sustentável (PAIS). Nesse projeto o Governo do Estado estimula os agricultores familiares a produzirem alimentos sem agrotóxicos, a diversificarem a produção, a utilizarem com eficiência e racionalidade os recursos hídricos, a reduzirem a dependência de insumos vindos de fora da propriedade e a produzirem em harmonia com a natureza. 
 Agricultura Orgânica
O Governo do Estado do Espírito Santo oferece mecanismos para certificação orgânica das propriedades e capacitação técnica aos agricultores que optam por esse modelo de produção. Também são priorizados os instrumentos de organização, adequação das propriedades à legislação, infraestrutura e comercialização. 
 Revitalização dos Assentamentos Estaduais
O Espírito Santo possui 23 assentamentos criados pelo governo do estado. São mais de 500 famílias que trabalham e produzem e, muitas vezes, em condições precárias. Por isso o governo está investindo em infraestrutura social básica e na emancipação dos agricultores por meio da emissão dos títulos de terra.
 Juventude Rural
Através deste Projeto, os jovens do interior aprimoram seus conhecimentos e sua qualificação profissional. Têm acesso à informação, à inicialização científica e também às atividades esportivas e culturais, como a música, o teatro e o cinema. 
Projeto Incluir no Campo: 
“Uma cesta de oportunidades para quem mais precisa”
Considerações gerais:
Visando fortalecer a política social a favor dos mais pobres, o Governo Federal lançou o Plano Brasil Sem Miséria (PBSM)� no ano de 2011. O Plano tem como meta superar a extrema pobreza� em todo território nacional até o ano de 2014. O Plano se alicerça em três eixos: i) garantia de renda, para alívio imediato da situação de extrema pobreza – garantido pela Bolsa Família e Benefício de Prestação Continuada (BPC); ii) acesso a serviços, para melhorar as condições de educação, saúde, segurança alimentar, assistência e cidadania das famílias que compõem o público-alvo; e iii) inclusão produtiva, para aumentar as capacidades e as oportunidades de ocupação e geração de renda para as famílias extremamente pobres urbanas e rurais (BRASIL, 2012). Com esse mesmo propósito: reduzir a pobreza e erradicar a extrema pobreza na esfera estadual, o Governo do Estado criou, em 6 de junho de 2011, o Programa Capixaba de Redução da Pobreza Incluir. Observando-se que o PBSM foi utilizado como referência para construção das diretrizes e eixos norteadores do Incluir (ESPÍRITO SANTO, 2012). 
Para facilitar a execução do terceiro eixo do Programa Incluir, o Governo do Estado criou o Projeto Incluir no Campo - sob a coordenação da Secretaria de Estado da Agricultura, para ofertar oportunidades de inclusão produtivaao público rural, e delegou à Agência de Desenvolvimento das Micro e Pequenas Empresas e do Empreendedorismo (ADERES) a responsabilidade de fazer a inclusão produtiva do público urbano. 
Nesse documento são abordados, de forma simples e resumidos, aspectos para melhor entender e balizar a operacionalização municipal o Projeto Incluir no Campo.
Embora, nos últimos anos, muitos agricultores familiares� tenham melhorado a sua qualidade de vida, ainda há no meio rural capixaba cerca de 14 mil famílias� em situação de extrema pobreza. Por isso, o Governo do Estado do Espírito Santo lançou em 08 de novembro de 2012 o Projeto Incluir no Campo que tem como objetivo levar oportunidades de inclusão produtiva e de promoção da cidadania aos agricultores familiares que estão em situação de vulnerabilidade socioeconômica. 
O projeto Incluir no Campo é coordenado pela Secretaria da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (SEAG) e executado em parceria com a Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos (SEADH); o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA); Agência de Desenvolvimento das Micro e Pequenas Empresas e do Empreendedorismo (ADERES); Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (INCAPER); Secretarias Municipais de Agricultura e de Assistência Social. 
O Incluir no Campo é uma importante ação estratégica do Governo do Estado do Espírito Santo para superação da extrema pobreza no meio rural capixaba. Pois, disponibiliza diversas políticas públicas rurais para os agricultores familiares nessa situação. E, tudo isso sem necessidade de criar estruturas físicas, financeiras e de recursos humanos adicionais.
O Projeto apresenta aspectos inovadores para o sistema público assistencial agrícola do estado, destacando-se: i) assistir a um público que se encontra no primeiro degrau da escada de satisfação das necessidades humanas – a de sobreviver. Observa-se que esse público tem se passado “invisível” para a extensão rural oficial, pois historicamente eles não têm demandado esse tipo de serviço; ii) acompanhamento familiar multi-institucional, feito pelo INCAPER e Assistência Social Municipal – duas instituições sem tradição alguma de trabalhos conjuntos; iii) os técnicos vão de encontro à família rural beneficiária, invertendo a lógica de demanda; e iv) disponibiliza todas as políticas públicas rurais para a família.
A meta do Incluir no Campo é assistir 8.000 famílias rurais capixabas em situação de extrema pobreza até 2014.
Operacionalização
O primeiro e mais importante passo a ser dado pelo projeto consiste no estabelecimento de uma ambiência interinstitucional favorável à sua operacionalização – isso deve ser feito entre INCAPER e o Centro de Referência em Assistência Social (CRAS) municipal. O INCAPER e o CRAS são os responsáveis diretos pela execução do Incluir no Campo no município. Portanto é necessário que as duas instituições tomem a iniciativa de se reunirem e se programarem, estabelecendo um cronograma de ações a serem realizadas. Desse modo se estabelece um passo a passo a ser seguido na operacionalização do projeto Incluir no Campo, que de modo geral compreende: 
1.Construção compartilhada de uma relação (lista) das famílias rurais potencialmente beneficiárias a serem visitadas no município. Uma das fontes de consulta dos nomes dessas famílias rurais é o Cadastro Único de Acesso às Políticas Sociais do Governo Federal (CAD ÚNICO) – todo município tem, outra fonte é o programa (software) Gestão Plena da Assistência Social no Município (GEPS)� - que funciona em alguns municípios e não em outros. Observa-se que o GEPS trabalha com o banco de dados do CAD ÚNICO. Em todos os municípios existem pessoas responsáveis por atualizarem e retirarem informações desses bancos de dados. No caso do CAD ÚNICO, normalmente, o responsável é o gestor municipal do programa bolsa família. É bom lembrar que as informações inerentes às famílias devem ser atualizadas, por meio de recadastramento, minimamente a cada dois anos – isso é feito pelo CRAS. 
A “lista”� pode ser construída ao longo do tempo, paulatinamente, não devendo os executores municipais esperarem que todas as famílias em situação de extrema pobreza do município nela estejam contidas para então iniciarem o trabalho de inclusão produtiva. A justificativa para esse procedimento baseia-se na demora que acarreta a construção completa e atualizada dessa relação de nomes. E, enquanto isso, o tempo passa e as famílias continuam sem acesso às políticas públicas de inclusão. Também é preciso lembrar-se da dinamicidade da realidade, pois, novas famílias podem ser cadastradas a qualquer momento; famílias podem se deslocar para outros locais, seguindo um fluxo campo-cidade ou até sair do seu município ou do seu Estado à busca de melhores condições de vida. Então, é preciso agir rápido e disponibilizar oportunidades a essas famílias. 
2.De posse do nome da família é preciso ir de encontro a ela em seus domicílios e ou espaços de trabalho. Nessa oportunidade já se começa a estabelecer as metodologias� de extensão rural adequada a cada situação. Recomenda-se que, quando possível, essa primeira abordagem à família seja uma ação conjunta do INCAPER e CRAS. Entre as diversas razões para essa ação conjunta cita-se – oportunidade de usar a multidisciplinaridade das duas instituições para potencializar a visão holística e sistêmica às famílias e ao seu ambiente, bem como ampliar o leque de visão das potencialidades existentes e das proposições de ações de inclusão produtiva. 
3.Verificar a possibilidade de inclusão produtiva� da família, a qual poderá ser concretizada ou não, a depender de sua condição. Em caso afirmativo é preciso fazer um diagnóstico de suas necessidades e potencialidades. Nesse ponto são elencadas as ações a serem desenvolvidas para satisfazer as necessidades levantadas, bem como as potencialidades vislumbradas. Nesses termos, espera-se que seja preciso fazer uma priorização das ações, com base em critérios, que pode ser: aquelas que demandam maior rapidez na sua execução; menores dispêndios de recursos financeiros; maior retorno econômico e maior empregabilidade dos membros da unidade familiar; etc. Não obstante é preciso deslumbrar um horizonte a curto, médio e longo prazo para realização das ações planejadas, construindo-se um cronograma - isso significa estabelecer um tempo (época, por exemplo: mês) para realização de cada ação estipulada a partir desse momento – denominado Cronograma fase 1 – das ações. 
As oportunidades para inclusão produtiva que podem ser ofertadas aos beneficiários do Incluir no Campo são basicamente os 13 projetos estruturantes do "Programa Vida no Campo”: i) assistência técnica e extensão rural (ATER); ii) programa de aquisição de alimentos (PAA); iii) programa nacional de alimentação escolar (PNAE); iv) crédito rural; v) infraestrutura produtiva; vi) habitação rural (convênio do governo estadual com a Caixa Econômica Federal); vii) crédito fundiário; viii) titulação de terras (somente para aquelas devolutas); ix) produção agroecológica e segurança alimentar (PAIS); x) agricultura orgânica; xi) revitalização dos assentos estaduais (são 23 no Estado); xii) empreendedorismo rural e agroindústria familiar e xiii) juventude rural. Cabe salientar que alguns desses projetos são de aplicação imediata, constituindo-se em excelentes opções de geração de renda e emprego às famílias, que são: ATER e crédito rural, que dão o suporte para a produção agropecuária e o PAA e PNAE, que dão o suporte para a comercialização da produção. Quanto aos outros, cada um tem suas particularidades e especificidades, podendo ser aplicados em alguns casos e não a outros. 
É óbvio também que cada município tem suas políticas públicas que podem e devem ser ofertadas ao agricultor familiar em situação de vulnerabilidade. Dentro desse enfoque é preciso lembrar também que há diversas outras organizações/instituições que atuam no município, e que têm ações no meio rural. Desse modo, elas podem ser possíveis parceirasna execução do projeto. Então, cabe à equipe executora municipal a capacidade de ampliar a força de trabalho para atuar no projeto, bem como conseguir ampliar o leque de ofertas de oportunidades.
4.Elaboração dos projetos produtivos – face ao exposto no tópico anterior, de nº 3, a natureza dos projetos serão diversas, a depender das ações programadas e priorizadas de inclusão produtiva para a família. Desse modo, o projeto produtivo pode se constituir em: orientação técnica; curso de qualificação profissional para os membros da família; encaminhamento para um ou mais projeto estruturante específico do programa Vida no Campo; ou outros que houver. Assim, na elaboração de projeto produtivo pode haver ou não necessidade de aporte de recurso financeiro. E ainda, é imprescindível que conste no projeto produtivo os canais de comercialização vislumbrado para aquela produção e ou cliente para o serviço a ser prestado.
5.Acompanhamento das famílias e Implantação do projeto produtivo – independente do aporte ou não de recursos financeiros às famílias, é necessário acompanhamento técnico econômico e social às famílias beneficiárias. Deve-se então, a partir da implantação do projeto produtivo, estabelecer um cronograma das ações previstas no projeto produtivo e suas respectivas épocas de realização, denominado Cronograma fase 2 – projeto produtivo. 
5.3. Considerações finais
a) Divulgar o Incluir no Campo no município é importantíssimo e necessário, no entanto, isso não implica em se propalar facilidades, ao contrário, o projeto exige muito trabalho, criatividade e capacidade de articulação de todos aqueles que fazem parte dele. Também é importante não se criar falsas expectativas, prometendo o que não se pode cumprir. 
b) Observa-se que cada local e ou cada situação irá demandar estratégia de atuação própria quanto ao uso das metodologias de ATER. E, é de se esperar também, que a especificidade da ação irá influenciar na escolha da metodologia a usar. Portanto, é necessário discernir qual ou quais são adequadas para cada caso. Convém lembrar ainda que todo o trabalho deva transcorrer dentro de um espaço democrático, participativo, dialogado e de caráter construtivista. Lembrando que a melhor solução para a família é aquela em que ela participa ativamente, sendo protagonista da construção do seu futuro. Agindo assim, ela se apropriará do projeto e envidará todo o esforço necessário para obtenção de bons resultados.
c) A gestão do projeto Incluir no Campo, a nível estadual, é feita através do Comitê Gestor Estadual – em vias de formalização - composto por representantes da SEAG; SEADH; ADERES; DFDA/MDA-ES e INCAPER. A nível municipal é operacionalizado por meio do INCAPER e CRAS, conforme descrito no item 2.0.
d) As famílias em situação de extrema pobreza, localizadas no espaço rural espírito santense estão distribuídas por todos os municípios do estado, exceto na capital Vitória, que só possui espaço urbano. Esse público é composto qualitativamente por diferente gênero; etnia e relação de uso e posse da terra. Assim, de modo genérico podem-se relacionar algumas características dessas famílias, com base em informações “in loco” e alguns apanhados: - podem ser proprietários, meeiros, parceiros, assentados, quilombolas, indígenas, pescadores, etc.; muitos trabalham a dia em outras propriedades; condições de moradia e saúde precárias; muitos moram longe da sede municipal; possuem pouca ou nenhuma escolaridade. Em geral, demonstram descrédito com o poder público.
REFERÊNCIAS 
BRASIL. Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Plano Brasil Sem Miséria: 1 ano de resultados. Maio 2012. Disponível em: <http://www.brasilsemmiseria.gov.br/documentos>. Acesso em: 17 ago. 2013.
ESPÍRITO SANTO. Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos. Programa Capixaba de Redução da Pobreza Incluir. Vitória, 2012.
6. Outros programas:
6.1 Programa Energia Mais Produtiva
O Governo do Espírito Santo disponibiliza recursos financeiros para reforçar a rede trifásica nas propriedades e comunidades rurais, com predominância de agricultura familiar. 
6.2 Programa de Fortalecimento da Aquicultura e Pesca
O Governo do Estado disponibiliza recursos para capacitação de aquicultores e pescadores e recursos para investimentos para melhoria da infraestrutura (entrepostos de pescados marinhos e aquícolas, implantação de laboratório de formas jovens de camarão).
6.3 Polos de Frutas do Estado do Espírito Santo
No Espírito Santo existem diversos fatores positivos para desenvolvimento da fruticultura, citando: diversidade de clima e solo; localização geográfica privilegiada do estado, com relação a outros estados; existência de bons canais de comercialização de frutas para indústria e para mesa, etc. Alicerçado nesses e outros fatores, o estado tem fomentado a implantação, a revitalização e a consolidação de polos de fruticultura. Ao todo já são 13 Pólos implantados: abacaxi, acerola, goiaba, manga, maracujá, uva, morango, mamão, coco, tangerina, banana e laranja, cacau e caju.
6.4 Programa de Fortalecimento da Pecuária Bovina
O estado desenvolve diversas ações com vistas a melhoria da produtividade, da qualidade e da competitividade da pecuária bovina capixaba, especialmente a de leite. O Programa é implementado através de ações direcionadas aos diversos segmentos que compõem a cadeia produtiva da pecuária bovina. 
As ações desenvolvidas são: i) apoio à construção de matadouros regionais e entrepostos de carnes e derivados; ii) apoio à implantação de tanques de resfriamento e granelização do transporte de leite; iii) apoio à implantação de núcleos de inseminação artificial; iv) implementação do Programa Especial de Melhoramento Genético da Pecuária Leiteira no ES; e v) campanha de controle e erradicação da brucelose. 
REFERÊNCIAS
ESPIRITO SANTO. Secretaria de Estado da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca. Programas. Disponível em: < http://www.seag.es.gov.br/default.asp >. Acesso em: 24 jul. 2013.
ESPÍRITO SANTO (Estado). Lei Nº 9.923, de 19 de novembro de 2012. Diário Oficial [do] Estado do Espírito Santo, Vitória, 19 nov. 2012. Poder Executivo.
� A Lei 11.326/06 caracterizou o agricultor familiar como sendo o produtor que atende, simultaneamente, aos seguintes requisitos: i) não possui área maior do que quatro módulos fiscais; ii) utiliza preponderantemente mão de obra da própria família em seu estabelecimento; iii) possui renda familiar originada primordialmente de atividades econômicas vinculadas ao próprio estabelecimento; e iv) dirige com sua família o estabelecimento (DE CONTI; ROITMAN, 2011).
� Resolução 2.191/95 do Conselho Monetário Nacional (CMN).
� Custeio corresponde às coisas que são consumidas no processo de produção de um produto, basicamente: insumos (fertilizante, agroquímico, etc) e serviços (mão-de-obra, hora máquina, etc). Assim, manutenção de lavoura permanente e implantação de lavoura temporária (arroz, feijão, milho, olerícolas, etc) é custeio.
� Investimento - corresponde à aquisição de bens (duráveis), aqueles que não são consumidos no processo de produção de um produto ou na realização de um serviço. Exemplo: máquinas e equipamentos (irrigação, trator, etc); construção; etc. Também é investimento: os insumos e serviços utilizados na implantação de cultura perene ou semi-perene (café, cacau, cana de açúcar, mamão, etc).
� A DAP é uma espécie de identidade do agricultor familiar para acessar as políticas públicas governamentais para a agricultura familiar, por exemplo, Pronaf, PAA, PNAE. Para obtê-la, o agricultor familiar deve dirigir-se a um órgão ou entidade credenciado pelo MDA, munido de CPF e de dados sobre seu estabelecimento de produção (área, número de pessoas residentes, composição da força de trabalho e da renda, endereço completo).
� Entende-se por atividades não agropecuárias os serviços relacionados com turismo rural, produção artesanal, agronegócio familiar e outras prestações de serviços no meio rural, que sejam compatíveis com a natureza da exploraçãorural e com o melhor emprego da mão de obra familiar. BANCO CENTRAL DO BRASIL. FAQ - Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar – Pronaf. Disponível em: <http://www.bcb.gov.br/pre/bc_atende/port/PRONAF.asp#1>. Acesso em: 224 jul.2013.
� É o valor correspondente ao percentual a ser deduzido sobre o valor da parcela (capital+juro) a ser paga na data do vencimento do contrato. O percentual varia de região: na área da SUDENE é de 40% e nas demais é de 25%. Exemplo: bônus de 25% sobre uma parcela a ser paga no valor de R$ 1.000,00 (capital +juro) – será descontado R$ 250,00, e o beneficiário irá pagar R$ 750,00.
� MCR Disponível em: <� HYPERLINK "http://www4.bcb.gov.br/NXT/gateway.dll?f=templates&fn=default.htm&vid=nmsGeropMCR:idvGeropMCR" �http://www4.bcb.gov.br/NXT/gateway.dll?f=templates&fn=default.htm&vid=nmsGeropMCR:idvGeropMCR�>. Acesso em 18 jul.2013.
� São aqueles estabelecidos pela Lei nº 11.326, de 24 de julho de 2006: - agricultores familiares, assentados da reforma agrária, silvicultores, aquicultores, extrativistas, pescadores artesanais, indígenas e integrantes de comunidades remanescentes de quilombos rurais e de demais povos e comunidades tradicionais.
� O Grupo Gestor do PAA é um órgão colegiado de caráter deliberativo vinculado ao Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome, que tem como objetivos orientar e acompanhar a implementação do PAA (Decreto nº 6.447, de 7 de maio de 2008 e Decreto 7.775, de 04 de julho de 2012). 
� Os preços de referência correspondem aos preços mínimos dos produtos que são divulgados pelo governo federal para cada ano safra, através da CONAB.
� É um aplicativo desenvolvido e disponibilizado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), com o objetivo de facilitar e descentralizar o preenchimento das propostas de participação dos mecanismos do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA): i) Formação de Estoque pela Agricultura Familiar - CPR-Estoque e ii) Compra da Agricultura Familiar com Doação Simultânea - CPR-Doação. CONAB. PAANET. Disponível em: <http://www.conab.gov.br/produtosServicos-PAANET-interna.php?a=1129&t=2>. Acesso em: 17 jul. 2013.
� O distrito federal, estados e municípios são os responsáveis pela execução do programa, por meio de suas respectivas secretarias de educação.
�Para maiores informações, consultar: � HYPERLINK "http://www.mds.gov.br/" �http://www.mds.gov.br/� e � HYPERLINK "http://www.brasilsemmiseria.gov.br/" �http://www.brasilsemmiseria.gov.br/�
� Considera-se em extrema pobreza aquela população com renda familiar per capita mensal de até R$ 70,00 (setenta reais). BRASIL. DECRETO Nº 7.492, DE 2 DE JUNHO DE 2011. Institui o Plano Brasil Sem Miséria. Diário Oficial [da] União, Brasília: MDS, 2011. N. 106, Seção 1, p. 6-7. (ISSN 1677-7042). Disponível em: <http://www.in.gov.br/visualiza/index.jsp?jornal=1&pagina=6&data=03/06/2011>. Acesso em 25 abr. 2013.
� Agricultores Familiares são aqueles agricultores inseridos no Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar, segundo a Lei nº 11.326, de 24 de julho de 2006.
� Família: a unidade nuclear composta por uma ou mais pessoas, eventualmente ampliada por outras que contribuam para o rendimento ou tenham suas despesas atendidas por ela, todas moradoras em um mesmo domicílio. BRASIL. MINISTÉRIO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL E COMBATE À FOME PORTARIA Nº 177, DE 16 DE JUNHO DE 2011. 
� O GEPS cria uma base unificada de informações sociais sobre as famílias mais carentes do município, cujo objetivo é subsidiar a formulação, a implantação, monitoramento e a posterior avaliação de políticas e programas na direção da Gestão Plena da Assistência Social no Município. Disponível em: <http://www.portulan.com.br:8080/gepsMun.aspx>. Acesso em: 15 maio 2013.
� No caso de dificuldades em se construir essa “lista” é preciso solicitar ajuda ao Comitê Gestor Estadual: telefones (27) 3636 3653 – SEAG e (27) 3636 6841 - SEADH.
� Metodologias utilizadas pela ATER: visita reunião, oficina, encontro, etc. 
� A inclusão produtiva rural é multidimensional. E, se vista dessa forma, ela passa a disponibilizar diversas e diferentes opções de trabalho e renda às famílias rurais em situação de extrema pobreza. Entende-se que há uma grande diversidade de explorações agropecuárias possíveis de serem implantadas no espaço rural, incluindo-se também quaisquer outras atividades não agropecuárias geradoras de renda e emprego. Lembrando que a capacitação, a assistência técnica, os recursos financeiros e acesso a mercados são também partes do processo de inclusão produtiva. 
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