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Os industriais paulistas, pouco tempo depois de se estabelecer a república, se tornaram um grupo econômico quase tão forte quanto as elites rurais e mercantis que os cercava. A elite ruralista, não aceitava determinadas atitudes dos industriais, como por exemplo, comprar matéria-prima dos estrangeiros, já que em São Paulo esses mesmos produtos eram vendidos. Os industriais continuavam a ser importadores por diversas razões. Primeiro de tudo precisavam de matérias-primas do estrangeiro, sempre que pudessem aproveitar vantagens oferecidas pelas taxas de direitos aduaneiros, que aumentavam o custo do produto acabado sem aumentar o custos dos materiais necessários a sua produção. Posto que os produtos importados viessem substituir produtos que não poderiam ser fornecidos localmente nos primeiros dias do comércio do café, os negócios de importação não constituíam obstáculo ao desenvolvimento da indústria. Pelo contrário, a indústria do café, tinha um amplo mercado, pois muitas fábricas tinham acordos com os fazendeiros. Os Europeus foram considerados como “salvadores” do café, mesmo não aceitando muito a cultura deles, porque precisavam de seus produtos com preços baixos e de sua mão de obra. É provável que os investimentos dos fazendeiros e importadores fossem menos importantes para o desenvolvimento da indústria nesse período do que o reinvestimento dos industriais. Os fazendeiros e os industriais paulistas tentaram se entender ao longo dos anos, mas com a formação de uma burguesia generalizada, as indústrias não tiveram muito êxito nessa junção. É provável que os investimentos dos fazendeiros e importadores fossem menos importantes para o desenvolvimento da indústria nesse período do que o reinvestimento dos industriais.
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