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Resenha 1

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Atividade 1 – Francisco Miguel Mateus, 3B
	Numero de Caracteres: 4002 
	Por volta do Século XIV, a Europa atravessava um periodo de grande instabilidade. Na metade do século XIV, acontecimentos como a Peste Negra e a Guerra dos Cem Anos resultaram em um grande declinio populacional, o que gerou uma grande desorganização nos processos produtivos. Como consequência, a economia entrou num periodo de acentuada decadência. Os Senhores Feudais faziam o que podiam para compensar “as perdas” e aumentavam ainda mais os já elevados impostos sobre os camponeses. Com isso, estouraram as “Revoltas Camponesas” por toda a Europa. As relações de servidão impostas no Sistema Feudal se tornavam cada vez mais inviáveis. Também nesta época, se desenvolvia cada vez mais o comércio entre feudos, o que era bastante complicado, pois havia muita burocracia: cada feudo tinha sua própria moeda, e cada vez que se passava de um feudo para o outro era necessário pagar altos impostos. Os custos de transação eram muito altos. Isto era um sério condicionante à obtenção de lucro por parte da Burguesia, mas também dificultava o abastecimento das cidades. Foi nesse contexto que surgiram os Estados Nacionais. 
	Os Estados Nacionais surgem com base em acordos entre o Rei e grupos sociais diferentes, entre eles, a Burguesia. Com os Estados Nacionais, houve uma diminuição drástica nos custos de transação, uma vez que agora em todo o Estado vigorava uma moeda única, e não existiam mais os tais “pedágios”. Além disso, os burgueses passavam a ter maiores garantias sobre o seu direito de propriedade, uma vez que são protegidos pelas forças do Rei, e isso é um grande estimulo à produção. 
	Num primeiro momento, essa centralização de poder foi necessária para estimular o crescimento da economia. Porém, mais tarde, os efeitos dessa centralização não se revelaram tão positivos, especialmente para os paises Ibéricos. Depois da formação dos Estados Nacionais deram-se os processos de expansão territorial; no caso de Portugal e Espanha, numa primeira fase, as suas colônias geraram um lucro desmedido para as duas metrópoles, mas com o passar do tempo, as dificuldades foram se sentindo. As cargas tributárias eram excessivas e a burocracia era muita, ou seja, o custo para os donos de produção eram muito altos. Além disso, o governo forçava monopólios locais, inviabilizando uma competição justa. Pode-se dizer que os dois paises eram “rent-see king”, pois os mais importantes obtinham previlégios junto ao Rei, e isso desestimulava a procura de riqueza por meio da produção. Além disso, os dois paises pecavam em não ter instituições formais, e por isso, os direitos de propridedade não eram totalmente garantidos. Todos estes fatores combinados levaram a uma estagnação dos dois paises
	Já no caso da Inglaterra, o poder era menos centralizado, uma vez que se estabeleceu um Parlamento, formado diversos setores da sociedade. O Parlamento garantia os direitos de propriedade (vale citar a criação de patentes...). Ao contrário dos paises ibéricos, na Inglaterra começavam a surgir instituições formais, e pode se dizer que eram eficientes. Isto estimulava a produção, pois era praticamente garantido que geraria um grande acumulo de riqueza para o individuo. Segundo Douglass North, esta estabilidade, aliada ao desenvolvimento tecnológico, fez com que o crescimento populacional reavivasse o comércio, evitando a crise Malthusiana. Toda essa sequência de fatores foi determinante para o pioneirismo industrial britânico.
	Resumindo, segundo a abordagem institucionalista de Douglass North, a Inglaterra, que se formou como um Estado Parlamentarista, garantido os direitos de propriedade e aumentando o estimulo sobre a produtividade, teve uma vantagem significativa sobre Portugal e Espanha no desenvolvimento a médio prazo (não se afetou pela Crise Malthusiana), mas principalmente, no longo prazo. Isto pode ser apontada como uma das justificativas para as divergências econômicas que os paises ibéricos e a Inglaterra apresentam entre si hoje em dia, praticamente oito séculos depois.

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