Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS FRAGMENTAÇÃO & COMINUIÇÃO (Moagem) Prof.: Manoel Robério Ferreira Fernandes, Dr. 2013 - 2º sem PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS MOAGEM - Introdução Moagem - último estágio do processo de fragmentação (cm ao μm). Neste estágio as partículas são reduzidas pela combinação de impacto, compressão, abrasão e atrito. É a solução para aplicar pequenas frações de força em um grande número de partículas: o efeito alcançado pelo uso de meios moedores para produzir a cominuição O moinhos revolventes ou tubulares são, ainda, os mais usados. São cilindros rotativos onde é realizada a fragmentação em seu interior pela ação de corpos moedores. Corpos moedores Barras cilíndricas Bolas Cylpebs - tronco de cone Fragmentos do minério Carga = corpos moedores + material a ser fragmentado Carga = 30 a 50 % do volume interno do moinho EXERCícios Curvas Fragmentartiz PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS Classificação Moinhos 1) Moinhos revolventes ou tubulares; Moinhos de barras; Moinhos de bolas; Moinhos autógenos; Moinhos semi-autógenos; Moinhos de seixos. 2) Moinhos de trajetória fixa: Moinhos de rolos; Moinhos de rolos e mesa giratória; Moinhos tipo torre; Moinhos vibratórios. Moinhos de martelo; Moinhos de discos; PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS Carcaça feita de chapa de aço carbono furada para colocação dos parafusos de fixação do revestimento; Tampas – são feitas de aço fundido ou de ferro fundido, ligadas a carcaça através de flanges e parafusos; Munhão – fabricado em ferro fundido ou aço, faz parte da cabeceira do moinho. tem superfície altamente polida para reduzir o atrito com os mancais; Acionamento – é feito por transmissão de coroa e pinhão. A coroa é presa a um flange na carcaça do moinho. MOINHOS REVOLVENTES OU TUBULARES - Constituição básica PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS Algumas variáveis da moagem: • Diâmetro e comprimento do moinho • Porcentagem de enchimento • Porcentagem da velocidade crítica • Porcentagem de sólidos • Tipo e material do corpo moedor • Tipo e material do revestimento PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS Moagem - a fragmentação ocorre através da movimentação da carga. Em moinhos de bolas podem ocorrer dois regimes distintos de movimentação da carga: • Cascata - menor velocidade • Catarata - maior velocidade Velocidade crítica = ponto de mudança de trajetória das partículas de Circular para parabólica: operação entre 40 e 80% da Velocidade Crítica Nc = 42,30 √D - d Nc = velocidade crítica (rpm) D = diâmetro interno do moinho (m) d = diâmetro da bola (m) PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS Velocidade crítica PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS Movimento das Bolas dentro de um moinho PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS Movimento das Bolas dentro de um moinho CATARATA CASCATA PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS Velocidade de Operação Na década de 20 usavam-se velocidades acima de 80% da velocidade crítica, nos maiores moinho da época diâmetro 2,4m. Entretanto Tagartt mostrou que operando-se a 57% da velocidade crítica reduzia-se o consumo de energia, assim como o de revestimento e de bolas sem baixar a capacidade do moinho Atualmente os fabricantes são unânimes e recomendam uma sensível diminuição da velocidade com o aumento do diâmetro do moinho. PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS Revestimentos internos Controles e avaliações PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS Moagem - os moinhos são revestidos internamente ( aços especiais, ferro fundido e borracha). proteger a carcaça diminuir escorregamento da carga moedora adequar levantamento e trajetória da carga moedora PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS Moagem - Moinhos de Barras - usam como carga moedora barras de aço cilíndricas. Relação comprimento / diâmetro (L/D) > 1,25 / 1. Barras 150 mm menores que o moinho e de aço de alto carbono. Usual circuito aberto. Descarga por transbordo: relações L/D entre 1,4 a 1,7 /1, grau de redução de 15 a 20/1, velocidade entre 60 e 65% Vc Descarga periférica central: alimentação nas duas extremidades, L/D entre 1,3 a 1,5/1, grau de redução entre 4 e 8/1 velocidade entre 65 e 70% Vc Descarga periférica: L/D entre 1,3 e 1,5/1, grau de redução entre 12 e 15/1 entre 65 e 70% Vc Moinho de dupla Câmara Barra / Bola PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS M O IN H O S D E B A R R A S - T IP O S D E D E S C A R G A S M O IN H O S D E B O L A S - T IP O S D E D E S C A R G A S PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS Esquema de moinho de Bolas ou Placas com descarga por overflow PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS Moagem - Moinhos de Bolas - usam bolas, cylpebs e ballpebs como carga moedora (relação L/D 1 a 2/1). Material normalmente aço ou ferro fundido, silex, alumina. Operação é normalmente feita em circuito fechado e descarga por transbordo. Velocidade entre 65 e 78% da Vc. ballpeb cylpeb bola PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS Moagem - Autógena/Semi-autógena - Usam fragmentos grandes do próprio minério ou mistura de fragmentos e bolas como corpos moedores. Possibilitam redução de custo de corpos moedores e eventual eliminação de estágios de britagem. Diâmetro muito maior que o comprimento ( L/D 1/ 1,5 a 3). % de enchimento de carga de 25 a 35% do volume do moinho. PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS Moagem - Moinhos de rolos de alta pressão - Pistãos hidráulicos forçam um dos rolos contra o outro rolo que é fixo. A pressão comprime um leito de partículas levando à quebra “entre partículas”e induzindo trincas residuais. Aplicações em carvão, calcário, cimento, produção de pellet feed e outros produtos. Parâmetro Faixa de Valor Diâmetro do rolo 750 - 2100 mm Largura do rolo 260 - 1600 mm Velocidade periférica do rolo 0,5 - 2,0 m/s Pressão 2000 - 8500 KN/m Potência motor 100 - 4000 kW Produção 10 - 2000 t/h PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS Moagem - Moinhos de rolos de alta pressão - PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS Circuito Descrição Aplicações A Moinho de barras em circuito aberto moagem grosseira. Minério de urânio. Produção sinter-feed. Moagem a seco de coque B Moinho de barras em circuito fechado pouco comum. Moagem relativamente grossa com pequena produção de slimes. Serrana, moagem de silvinita C Moinho de bolas em estágio único muito comum em minério de cobre. Alimentação deve ser britada fina D Moinho autógeno ou semi-autógeno em estágio único usado na África do Sul e em moagem de taconito. Alimentação brita primária. Alto consumo energético E Moinho de barras em circuito aberto e de bolas em circuito fechado alto investimento, baixo consumo energético. Recomendado para materiais de difícil britagem fina F Moinho autógeno ou semi-autógeno seguido de moinho de bolas aplicações tendem a expandir-se por apresentarbaixo investimento e razoável consumo energético G Idêntico ao anterior substituindo o moinho de bolas por de seixos investimento mais elevado que no F e custos mais baixos H Circuitos A-B-C. Moinho autógeno, britador e moinho de bolas utiliza britador para moer partículas nas faixas granulométricas críticas do moinho autógeno I Moinho multi-câmara. Circuito fechado a seco moagem de cimento ou bauxita J Moinho de rolos (roller-mill) moagem a seco de materiais pouco abrasivos. Usado em moagem de carvão, fosfato e cru de cimento (quando o teor de sílica livre na matéria prima é baixo) PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS MOINHOS DE BARRAS Utilizam barras cilíndricas como corpos moedores. Podem ser alimentados com materiais de até 50 mm e fornece um produto tão fino quanto 500 µm, a relação de redução na faixa de 15 a 20:1. A moagem geralmente é feita a úmido. As barras usadas são de aço carbono (0,95 a 1 % de C). No caso da moagem de silvita recomenda-se utilizar barras de aço inoxidável. Os moinhos até 4,5 m de diâmetro e 6 m de comprimento.A capacidade de fluxo de transporte, aumenta com o quadrado do diâmetro ao passo que a potência aumenta com o expoente 2,5 do diâmetro. Outro problema o comprimento das barras(empenos e quebras). O atravessamento das barras é evitado mantendo-se a relação comprimento das barras/diâmetro do moinho > 1,3. Normalmente esta relação situa-se na faixa de 1,4 a 1,6. PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS Os moinhos de barras são classificados de acordo com a natureza de sua descarga: Moinho com Descarga Periférica Central – alimentação pelos dois lados e descarga pelo centro. Oferece um produto grosseiro com baixa percentagem de finos e baixa relação de redução. Este moinho pode ser utilizado para moagem a seco ou a úmido. Aplicação: beneficiamento de areias; PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS Moinhos com descarga por transbordo – são os mais usados na indústria mineral, e só podem realizar moagem a úmido. Sua principal função é adequar o material para alimentação do moinho de bolas. A fim de criar um gradiente de fluxo dentro do moinho, o mancal pertencente ao lado da descarga do moinho deve ter de 10 a 20 cm a mais de diâmetro do que o da entrada da alimentação. PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS MOINHO DE BOLAS As bolas têm maior área superficial por unidade de peso do que as barras, tornando-se mais adequadas à moagem fina. O termo moinho de bolas é restrito àqueles que têm a relação comprimento/diâmetro de 1,5 a 1 e até menor. Moinhos longos com relação L/D de 3 a 5, usando bolas com meio moedor, são geralmente compartimentados, sendo que em cada compartimento têm-se um diâmetro de bolas diferente. PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS Os moinhos de bolas também são classificados pela natureza da descarga Os moinhos com descarga por grade possuem uma grelha entre o corpo cilíndrico da carcaça e o cone de descarga. Ocorre muito pouca sobremoagem e o produto contém uma grande fração de material grosseiro, que retorna para o moinho. Portanto, estes moinhos produzem menor quantidade de finos e consomem de 10 a 15 % a mais de energia do que um moinho de descarga por transbordo do mesmo tamanho. Os moinhos com descarga por transbordo são mais simples de operar e usados principalmente para moagens finas e remoagens. PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS Diversos fatores influenciam na eficiência um moinho de bolas, tais como: A densidade da polpa de alimentação deve ser tão alta quanto possível. Polpa muito diluída aumenta o contato metal com metal, aumentando então o consumo de aço e reduzindo a eficiência. Depende da área superficial do meio moedor. Deste modo as bolas serão tão pequenas quanto o possível e a carga será graduada de tal modo que as bolas maiores sejam pesadas o bastante para moer as partículas maiores e mais duras da alimentação. Na moagem primária a carga é graduada de 5 a 10 cm de diâmetro de bolas, enquanto na moagem secundária é de 5 a 2 cm. PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS Hardinge mill Trata-se de um moinho onde a forma de tambor convencional é modificada pelo ajuste de uma seção cônica. Neste tipo de moinho ocorre a segregação da carga. Devido a força centrífuga, as bolas são segregadas de tal maneira que as maiores e mais pesadas situam-se na parte cilíndrica (próximo a alimentação) e as menores na parte cônica (próximo a descarga). Diâmetro máximo de bolas Tipo de moagem Alimentação 80% passante(µm) Diâmetro máximo L/D Úmida 5.000 a 10.000 60 a 90 1:1 a 1,25 : 1 Úmida 900 a 4.000 40 a 50 1,25:1 a 1,75:1 Umida/seca Remoagem fina 20 a 30 1,5:1 a 2,5:1 Úmida/seca Fina (circuito aberto) 20 a 50 2,0:1 a 3,0:1 Seca 5.000 a 10.000 60 a 90 1,3:1 a 2,0:1 Seca 900 a 4.000 40 a 50 1,5:1 a 2,0:1 PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS MOINHO AUTÓGENOS A moagem pode ser realizada a seco ou a úmido. A moagem a seco tem mais problemas ambientais, não pode ser realizada para materiais que contém argila e é mais difícil de controlar que moagem a úmido. Em comparação com moinhos de grande diâmetro, os quais são usualmente operados com 70 a 80 % da velocidade crítica, os moinhos autógenos das minas de ouro da África do Sul têm se limitado ao diâmetro de 4,88 m e acima de 12,2 m de comprimento, e são normalmente operados em altas velocidades, acima de 90% da velocidade crítica. A diferença na prática é atribuída a alta dureza do minério de ouro. Utiliza um minério de granulometria mais grosseira, geralmente retirado do circuito de britagem ou direto da mina como meio moedor. A vantagem em relação ao convencional inclui: baixo custo de capital, facilidade de moer material úmido, circuitos de moagem simples, grandes tamanhos de equipamentos disponíveis, baixa potência requerida e mínimo gasto com meio moedor. Iniciou sua fabricação em 1950 e atingiu maior utilização em 1980. PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS O moinho autógeno primário pode alcançar uma redução de tamanho de 25 cm para 0,1 mm. A abrasão é considerada como o principal mecanismo de cominuição em moinhos autógenos. Os moinhos autógenos primários não podem ser selecionados a partir de ensaios de moagem realizados em escala de laboratório; Para moagem primária o custo de energia pode ser mais alto que na moagem convencional, entre 25 e 100%. Para moagem secundária e intermediária o custo unitário de energia é comparável com o da moagem convencional. Neste método utiliza-se como meio moedor a combinação do minério com uma reduzida carga de bolas de aço. O volume de bolas na faixa de 6 a 10% do volume do moinho. Este tipo de moinho é utilizado atualmente na moagem a seco de asbesto, talco e mica. Para controlar o tamanho crítico, alguns pesquisadores sugeriram a introdução no circuito de um britador de mandíbulas pequeno que pode ser incluído ou excluído do fluxograma de acordo com a exigência de carga do moinho. MOINHOS SEMIAUTÓGENOS PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS Revestimento visto apenas como proteção contra desgaste e, nesta função, a sua característica básica resumia-se, simplesmente, a seu preço e a sua vida útil. Para se ter um correto projeto de revestimentoo mesmo deve assegurar: Desempenho ótimo da moagem Redução dos custos de energia, de corpos moedores e do revestimento em si. Funções Proteger a carcaça do desgaste Reduzir o escorregamento de carga Existem diferentes sistemas de revestimento, mas todos devem ser resistentes e de fácil substituição. Dentre eles citamos: Revestimentos de borracha Revestimentos de aço Revestimentos combinados, empregando polímeros e aço Cerâmicos Conceitos – Revestimentos Aqui sábado PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS ONDAS SIMPLES, características e indicações: moagem grossa, bolas de grande diâmetro (> 60 mm) recomenda-se onda arredondada e assimétrica espessura de 50 a 60 mm; ondas: 60 a 75 mm; mecanismo de quebra: impacto material utilizado: aço liga especial (Cr, Ni, Mo) ONDAS DUPLAS, características e indicações: moagem fina, com bolas de diâmetro < 60 mm altura da onda = 1,5 a 2,0 vezes a espessura do revestimento; espaçamento entre ondas: mínimo 1,5 vezes o diâmetro da maior bola. Os revestimentos podem ser de ondas simples ou duplas Revestimentos de borracha Decréscimo de 5 a 10% em peso, tornando o equipamento mais leve; Os revestimentos internos são mais finos; Evita o atravessamento das barras, nos moinhos de barras. Mantém o tempo de vida útil das paredes; PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS Um dos mais importantes modos de acompanhar a instalação consiste em verificar periodicamente o estado de desgaste. Desta forma, acompanha-se a taxa de desgaste e o desempenho global da moagem, programa-se a necessidade de peças de reposição e aprimora-se qualquer projeto. O melhor meio de se comparar diferentes aplicações consiste no uso da taxa de desgaste específico na unidade g/kWh. Desta forma, consegue-se consultar aplicações semelhantes. Conceitos – Procedimentos de Inspeção PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS Procedimentos de Inspeção Posicionar segundo uma marca de referência ( seta de cor amarela) colocada externa à carcaça. Os moinhos devem sempre estar limpos e com a “janela de visita” aberta. Cuidado extremo com o bloqueio elétrico À medida que se concluam as inspeções nos moinhos, deve-se liberá- los e informar à manutenção mecânica pois, muitas vezes, é preciso movimentar (galear) o equipamento, a fim de se concluir os trabalhos previstos. PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS Inspeção nos Moinhos Envolvem duas etapas, a saber: Pré-inspeção antes da parada programada, para verificar inclusão de eventuais serviços não previstos na programação; Inspeção durante as paradas programadas de manutenção da usina, na qual se realizam medições do nível de enchimento, da espessura de revestimento e da carga de bolas, e se faz uma minuciosa avaliação do estado geral dos moinhos. Principais itens do conjunto do revestimento a serem inspecionados: Espelho de Alimentação Cilindro Espelho de descarga Descarregadores e trommel Cones de alimentação e de descarga Inspeção nos Moinhos: Observações de campo PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS Moinhos de Barras: Posição das barras dentro do moinho, que nunca devem encontrar- se atravessadas. Verificar se há barras empenadas ou quebradas e observar o diâmetro das barras. Moinho de Bolas: Verificar se há grande quantidade de bolas deformadas, que podem indicar má qualidade do produto, além de comprometer a eficiência do processo de moagem. Medir a altura livre entre a carga de bolas e o revestimento do cilindro, usando-se essas leituras para se efetuar o cálculo posterior do nível de enchimento. Inspeção nos Moinhos: Observações dos Corpos Moedores PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS Medição de altura livre da carga Utiliza-se régua graduada, posicionada verticalmente no interior do moinho. Medições nas placas, segundo a direção do eixo, evitando desvios laterais. Anotam-se as alturas livres referentes a vale e a crista de cada uma das placas do revestimento. Evita-se fazer medições muito próximo aos setores de alimentação e de descarga, onde a carga de bolas se acomoda de forma irregular. PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS Medição de Espessura das Placas Sensor do medidor ultrasônico para revestimentos de aço deve ser perfeitamente apoiado na superfície metálica. Para facilitar a leitura de dados, aplica-se uma camada de silicone Deve-se também limpar a superfície do revestimento antes de se efetuar a medição. O sensor do medidor ultrasônico deve estar bem apoiado na superfície metálica, caso contrário, não se consegue efetuar a medição. PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS Carga final de bolas (Tf): Tf = Vm * v * e , onde: Vm - volume interno do moinho (m3); v - enchimento (%). e - densidade da carga moedora (t/m3). MOINHOS DE BOLAS - Medições e Cálculos Aplicáveis Nível de enchimento (v): v = 113 – 126 * h/d, onde: h - altura livre entre o revestimento e a carga de bolas (mm) ou m d - diâmetro interno útil do moinho (mm) ou m v - nível de enchimento (%) Variações típicas do Nível ou Fator de enchimento por tipo de equipamento PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS v i i h h n e c j j h h n , onde: hv altura livre média entre a carga de bolas e o vale do revestimento (mm); hc altura livre média entre a carga de bolas e a crista do revestimento (mm); hi somatório das alturas livres entre a carga de bolas e o vale do revestimento; hj somatório das alturas livres entre a carga de bolas e a crista do revestimento; ni número total de determinações para hi; nj número total de determinações para hj. A partir dos valores de hv e hc, determina-se o valor de h da seguinte forma: h h h 2 v c MOINHOS DE BOLAS - Medições e Cálculos Aplicáveis PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS Controle do consumo de corpos moedores: determinar a carga final no moinho, pelo nível de enchimento, e a recarga de bolas ao longo do período; Nível de enchimento é determinado a partir de medições da altura livre entre a carga de bolas e o revestimento do moinho e da espessura desse revestimento; A espessura permite obter o diâmetro interno útil do moinho. Consumo de corpo moedor (CM): CM = Ti Tr Tf , onde: Ti - carga inicial de bolas e/ou barras; Tr - recarga durante o período considerado; Tf - carga final de bolas/barras. MOINHOS DE BOLAS - Medições e Cálculos Aplicáveis PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS MOINHOS DE BOLAS - Tamanho dos Corpos Moedores PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS Recarga de barras toneladas (Tr): Tr = N Pb , em que: N – n.o de barras repostas ao longo do período Pb - peso da barra (t). Nível de enchimento (v): Calculado empiricamente através da seguinte equação: V = 0,05 * Pi Onde: Pi - potência consumida no dia anterior à parada (kw) MOINHOS DE BARRAS PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS Exemplo: Medições e Cálculos Aplicáveis Sendo encontrado Altura livre média (h) = 2.336mm Espessura média (e) = 66,04mm Diâmetro de projeto Dp = 13,5 pés; ou 4.115 mm. Portanto; d Dp 2 e d 4.115 2 66,04 d 3.982,9mmEntão, o nível de enchimento será dado por: v 113 126 hd v 113 126 2 336 3982 9 . . , v 39 1%, 66,04 PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS Calcule a massa de bolas no moinho, conhecendo-se: O volume do moinho (Vm) = 81,07m3; A densidade da carga dos corpos moedores (e) = 4,59t/m3 . Com um nível de enchimento de 39,1%. Medições e Cálculos Aplicáveis – EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO Resolução: Tf = 81,07 0,391 4,59 Tf = 145,50 toneladas Fórmula aplicável: Tf = Vm * v * e PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS Calcule o consumo de corpos moedores (CM), em um determinado período, com o seguinte cenário de fixaçãolevantado em campo: “A tonelagem de bolas no início do período considerado, equivalendo à carga final calculada na última medição foi de 138,06t, a reposição no período foi de 27,90t. Sabendo-se que a tonelagem final de bolas prevista pelo projeto é de 145,5t.” CM = Ti Tr Tf , onde: Ti = 138,06t Tr = 27,90t Tf = 145,50t Então; CM = 20,46 toneladas Exercício de fixação PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS Maximizar a utilização da potência instalada Reposição de carga sempre em função da potência e NUNCA em função de custos) Manter o nível e o perfil de equilíbrio de carga moedora no moinho Nunca permitir variações bruscas Reclassificar periodicamente a carga e eliminar corpos deformados Nunca repor uma carga nova sobre outra desequilibrada Determinar o tamanho ótimo de bolas a recarregar Em função do colar e garantia do equilíbrio da carga Definir o perfil ideal do revestimento do moinho Fundamental curvas suaves e contínuas Estabelecer vida útil do revestimento somente com base na eficiência de moagem A troca deve ocorrer antes de se manifestarem os efeitos maléficos no processo O custo do revestimento é a menor fração no custo total da moagem Implantar sistema especialista de controle da moagem Sem informação da malha de controle não se otimiza a moagem Desenvolver parcerias estratégicas com fornecedores Sempre se pode conseguir melhorias e redução de custos Efetuar diagnóstico operacional periódico do circuito Balanço de massas para diagnosticar, analisar, corrigir ineficiência e otimizar (ex. uma classificação otimizada reduz custos de energia) Regularizar a taxa de alimentação do moinho Deve ser compatível com a granulometria do produto e grau de enchimento Ações Determinantes Para Melhorar o Desempenho da Moagem PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS LEGENDA ROTA ALTERNATIVA PENEIRAMENTO SECUNDÁRIO PENEIRAMENTO TERCIÁRIO BRITAGEM TERCIÁRIA BRITAGEM SECUNDÁRIA PELLET FEED NATURAL ROM BRITAGEM PRIMÁRIA SINTERFEED PENEIRAS CLASSIFICADORAS PENEIRAS CLASSIFICADORAS PENEIRAS DESBASTADORAS PENEIRAS DESAGUADORAS FILTRO A DISCO PLANTA DE FRD BARRAGEM DE REJEITO BARRAGEM MOAGEM DE SINTER FEED PENEIRAS DESAGUADORAS CLASSIFICADOR ESPIRAL CICLONAGEM TRIPLA CLASSIFICADOR ESPIRAL PENEIRAS DESBASTADORAS GRANULADO T R A B A L H O : P re e n c h e r c o m d a d o s f ic tí c io s , p o ré m c o e re n te s , o f lu x o g ra m a d e p ro c e s s o a b a ix o . V a lo r: 1 0 P to s PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS 2) Calcule a carga circulante em um circuito fechado reverso de britagem secundária, que utiliza peneira vibratória, considerando-se os seguintes dados: - abertura da peneira: 12,5 mm - granulometria da descarga do britador secundário: 60% < 12,5 mm - granulometria da descarga do britador primário: 30% < 12,5 mm - eficiência da peneira: 85% 1) Calcule a carga circulante em um circuito fechado normal de britagem secundária, que utiliza peneira vibratória, considerando-se os seguintes dados: - abertura da peneira: 12,5 mm - granulometria da descarga do britador secundário: 60% < 12,5 mm - eficiência de peneiramento: 85 % EXECÍCIOS DE BRITAGEM PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS Calcule a carga circulante em um circuito fechado normal de britagem secundária, que utiliza peneira vibratória, considerando-se os seguintes dados: - abertura da peneira: 12,5 mm - granulometria da descarga do britador secundário: 60% < 12,5 mm - eficiência de peneiramento: 85 % R = 10 - 100 EY 6 1 EXERCÍCIOS PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS Calcule a carga circulante em um circuito fechado reverso de britagem secundária, que utiliza peneira vibratória, considerando-se os seguintes dados: - abertura da peneira: 12,5 mm - granulometria da descarga do britador secundário: 60% < 12,5 mm - granulometria da descarga do britador primário: 30% < 12,5 mm - eficiência da peneira: 85% R = 1 10 - 100 Z Y E 6 2 PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS Exemplo Cálculo de redução e potência para moinhos Considerando-se: - granulometria da alimentação: 80% < 15000mm - granulometria do produto: 80% < 1500 mm - Wi = 12 kwh / tonelada curta - alimentação: 500 t/h a) Determine o grau de redução do moinho. b) Determine a potência necessária ao moinho (HP) PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS Analise o fluxograma abaixo, crie um cenário estipulando um minério condizente com o este fluxo. Estabeleça uma taxa de alimentação inicial xx t/h e indique para cada produto a quantidade de produção por dia ( 1 turno de 8h), considere também uma perda média de processo de 3%.
Compartilhar