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Fernandosilvestrefs2@gmail.com +258861786161/841662161/845620718 DIVISÃO DE ENGENHARIA TRABALHO DE CONCLUSÃO DO CURSO EM ENGENHARIA DE PROCESSAMENTO MINERAL CARACTERIZAÇÃO TECNOLÓGICA DO REJEITO DE CARVÃO MINERAL DA VULCAN MOZAMBIQUE, VISANDO O SEU REAPROVEITAMENTO ECONÓMICO. DISCENTE: FERNANDO SILVESTRE BENDZANE SUPERVISOR: DAVID SELEMANE JOSÉ, PhD TETE, 2023 mailto:Fernandosilvestrefs2@gmail.com Fernandosilvestrefs2@gmail.com +258861786161/841662161/845620718 DIVISÃO DE ENGENHARIA FERNANDO SILVESTRE BENDZANE CARACTERIZAÇÃO TECNOLÓGICA DO REJEITO DE CARVÃO MINERAL DA VULCAN MOZAMBIQUE, VISANDO O SEU REAPROVEITAMENTO ECONÓMICO. Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao instituto Superior Politécnico de Tete como Requisito Parcial a Obtenção do Grau de Licenciado em Engenharia de Processamento Mineral. Supervisor: David Selemane José, PhD TETE, 2023 mailto:Fernandosilvestrefs2@gmail.com iii AGRADECIMENTOS Agradeço primeiramente ao pai Celestial, o Grande Arquiteto do Universo que iluminou meu caminho, e que tem estado na dianteira ao longo da labutação deste trabalho e de toda a vida. Agradecer aos meus pais, Silvestre Bendzane e Marta Macuacua que me deram toda a educação, apoio, incentivo, amor, sacrifício para a minha formação e que sem os quais este trabalho não existiria. Meu agradecimento especial ao supervisor David Selemane PhD, pelo auxílio e pelo acompanhamento prestado durante a realização deste TCC. Agradecer ao Instituto Superior Politécnico de Tete e a todos os docentes pela excelente qualidade de ensino por eles proporcionado. Agradecer ao Instituto Superior Politécnico de Tete, por me conceder uma bolsa de estudos que facultou me na conclusão do meu curso com excelência. Agradecer aos supervisores Engenheiro Lisboa e Engenheiro Arsénio Chaputeira, pelo auxílio no estágio profissional que teve lugar no Laboratório de Processamento Mineral no Instituto Superior Politécnico de Tete. Agradecer aos meus amigos e colega Rodrigues Cumbe, Benildo Massingue, Tuarique Zavale, Neldes Macuacua, Gil Mugoi Macaixawane, Leonardo Mendes, Silvestre Matável, Debora Pack, Duarte Manecas, Negrão, skean, Buller Black, Kly ideas, Bendita da Wilma, Edilson Ricardo, Lider Daniel Nota, minha varoa Edna Chavele, e ao Apóstolo Taveira. iv DEDICATÒRIA Dedica-se este trabalho aos meus pais Silvestre Manuel Bendzane, Marta Eugénio Macuacua e aos meus irmãos Salvador Bendzane, Lígia Bendzane, Apolinário Vilanculos, Rodrigues Cumbe e a toda minha família que, com muito carinho apoiou me, e pelo sacrifício por eles concedido no sentido de proporcionar-me uma boa educação. v DECLARAÇÃO DE HONRA Eu, FERNANDO SILVESTRE BENDZANE estudante de curso de Engenharia de Processamento Mineral, declaro por minha honra que este Trabalho de Licenciatura nunca foi apresentado para a obtenção de qualquer grau académico, seja neste ou em qualquer outro estabelecimento de ensino, por conseguinte, ele provém de uma investigação por mim feita, com a orientação do supervisor David Selemane José, PhD, estando citadas todas as referências no texto para a elaboração deste trabalho. Tete, Julho 2023 ------------------------------------------------------- (Fernando Silvestre Bendzane) vi EPIGRAFE Lembrem-se: Aquele que semeia pouco também colherá pouco, e aquele que semeia com fartura também colherá com fartura 2 Coríntios 9:6 vii RESUMO Este estudo realizado no Laboratório do Instituto Superior Politécnico de Tete, com amostras de carvão mineral provenientes da Vulcan Mozambique, localizada no distrito de Moatize, atualmente consagrada cidade, na província de Tete. Esta pesquisa foi realizada com o objetivo de caracterizar tecnologicamente o carvão mineral da Vulcan Mozambique visando reaproveitamento económico, com uma recuperação que apresenta baixo teor de Cinza. Para que fosse alcançado esse objetivo, este estudo compreendeu três etapas fundamentais: a revisão Bibliográfica, pesquisa e ensaios de Campo; e a fase das análises laboratoriais e interpretação dos resultados. Foi ensaiado o rejeito de carvão mineral, o qual foi flotado usando Reagente Betacol e 2˚ Ensaio usando reagentes MIBIC (espumante), Óleo Diesel (coletor) tendo sido alcançado resultados satisfatórios neste último, onde os resultados estão próximos aos padrões de qualidade a Vulcan Mozambique, sendo: teor de Cinza 12,55% para 10%, humidade de 14,3% para 1.60%, matéria volátil de 19,9% para 22,84% e carbono fixo de 55,25% para 53,86%. Palavras-chave: Caracterização, Rejeito, Carvão Mineral. viii ABSTRACT This study was carried out at the Laboratory of the Instituto Superior Politécnico de Tete, with samples of mineral coal from Vulcan Mozambique, located in the district of Moatize, currently a consecrated city, in the province of Tete. This research was carried out with the aim of technologically characterizing Vulcan Mozambique mineral coal, aiming at economic reuse, with a recovery that has low ash content. In order to achieve this objective, this study comprised three fundamental stages: the bibliographic review, research and field tests; and the stage of laboratory analysis and interpretation of results. mineral coal waste was tested, which was floated using Betacol Reagent and 2nd Test using MIBIC reagents (foaming agent), Diesel Oil (collector) with satisfactory results being achieved in the latter, where the results are close to Vulcan quality standards Mozambique, being: ash content from 12.55% to 10%, moisture from 14.3% to 1.60%, volatile matter from 19.9% to 22.84% and fixed carbon from 55.25% to 53.86%. Keywords: Characterization, Reject, Mineral Coal. ix Índice AGRADECIMENTOS .................................................................................................... iii DEDICATÒRIA ........................................................................................................................ iv DECLARAÇÃO DE HONRA ................................................................................................... v EPIGRAFE ................................................................................................................................ vi RESUMO ................................................................................................................................. vii ABSTRACT ............................................................................................................................ viii LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS .............................................................................. xii LISTA DE TABELAS ............................................................................................................ xiv LISTA DE FIGURAS .............................................................................................................. xv LISTA DE GRÁFICOS ........................................................................................................... xvi 1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 17 1.1. PROBLEMATIZAÇÃO ................................................................................................ 18 1.2. JUSTIFICAVA ..............................................................................................................18 1.3. OBJECTIVOS ................................................................................................................. 19 1.3.1. GERAL .......................................................................................................................... 19 1.3.2. ESPECÍFICOS ............................................................................................................. 19 1.4. HIPÓTESES ...................................................................................................................... 19 2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ............................................................................................. 20 2.1. Carvão Mineral .................................................................................................................. 20 2.1.1. Definição ........................................................................................................................ 20 2.1.2. Origem, processos de formação e classificação ............................................................. 20 2.1.3. Composição .................................................................................................................... 20 2.2. Caracterização dos carvões ................................................................................................ 21 2.2.1. Composição Petrográfica ................................................................................................ 21 2.2.2. Grau (de incarbonização)................................................................................................ 21 2.2.3 Categoria .......................................................................................................................... 22 2.2.1.6 Parâmetros .................................................................................................................... 23 2.2.1.6.1 Parâmetros químicos ................................................................................................. 23 2.2.7 Caracterização de carvão mineral .................................................................................... 23 2.3 Metodo de exploração e Beneficiamento do carvão Mineral ............................................. 23 2.3.1 Metodo de Exploração. .................................................................................................... 23 2.3.2 Beneficiamento ................................................................................................................ 23 x 2.3.1.1 Usina de beneficiamento de Moatize (Vulcan Mozambique). ..................................... 24 2.3.1.2 Operações unitárias do Fluxograma de beneficiamento de Moatize-I ......................... 24 3. Metodologia .......................................................................................................................... 25 3.1. Fluxograma de processos .............................................................................................. 27 3.2. MATERIAIS E MÉTODOS .......................................................................................... 28 3.2.1 Materiais .......................................................................................................................... 28 3.2.2Métodos ............................................................................................................................ 28 3.2.2.1.Flotação ........................................................................................................................ 28 3.2.2.2 Analises Imediatas ........................................................................................................ 28 3.2.2.3 Humidade total ............................................................................................................. 29 3.2.2.4 Material Volátil ............................................................................................................ 30 3.2.2.4 Cinzas ........................................................................................................................... 31 3.2.2.5 Carbono fixo ................................................................................................................. 32 4. PRESENTACAO DE DADOS E DISCUSAO DOS RESULTADOS ............................. 33 4.1. Apresentação de Dados ................................................................................................. 33 4.2. Preparação das amostras ................................................................................................ 33 4.3. Ensaios de flotação ........................................................................................................ 35 4.3.1. Ensaio usando reagente Betacol ..................................................................................... 35 4.4 Discussão dos resultados .................................................................................................... 36 4.4.1.1 Análise de Teor de Cinza (Cz) ..................................................................................... 37 4.4.1.2 Teor de material Volátil (MV) ..................................................................................... 37 4.4.1.3 Teor de Humidade Total ............................................................................................... 38 4.4.1.5 Teor de carbono fixo (CF) ............................................................................................ 38 4.4.1.6. Ilustração simplificada das análises Laboratoriais ...................................................... 39 4.4.2. Ensaio usando reagentes MIBIC (espumante), Óleo Diesel (colector) .......................... 39 4.4.2.1 Análise de dados e discussão dos resultados ................................................................ 40 4.4.2.2. Análise de Teor de Cinza (Cz) .................................................................................... 41 4.4.2.3. Teor de material Volátil (MV) .................................................................................... 42 4.4.2.4. Teor de Humidade (Ht)................................................................................................ 42 4.4.2.5.Teor de carbono fixo (CF) ............................................................................................ 43 4.4.2.6. Ilustração simplificada das análises laboratoriais ........................................................ 44 5. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES ............................................................................ 45 5.1 Conclusões .......................................................................................................................... 45 xi 5.2 Recomendações .................................................................................................................. 47 5.3. BIBLIOGRAFIA ........................................................................................................... 48 xii LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS ASTM Sociedade Americana para Testes Materiais ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas BR Regras Brasileiras CF Carbono fixo Cz Cinza CO2 Dióxido de carbono CaCO3 Carbonato de cálcio CrO3 Óxido de crómio (VI) ºC Grau centígrado DAM Drenagem Ácida de Mina g Grama Ht Humidade total h Hora H2O Água ISPT Instituto Superior Politécnico de Tete ISO Organização Internacional para Padronização IUPAC União Internacional de Química Pura e Aplicada ICTAC Confederação Internacional para Analises Térmica e Calorimétrica J/kg Joule por quilograma Km Quilómetro Kg Quilograma MV Material voláti MAE Ministèrio de Administração Estatal mm Milímetro m Metro MJ/kgMegajoule por quilograma MnSO4 Sulfato de manganês (II) mg Miligrama ml Mililitro xiii Nº Número ROM Runof mine SO2 Dióxido de enxofre TGA Análise Termogravimétrica TG Termogravimétrica TA Análise Térmica TCC Trabalho de Conclusão do Curso µg Micrógrama µm Micrómetro xiv LISTA DE TABELAS Tabela 1: Origem e composição - química de carvão mineral ................................................. 20 Tabela 2: Resultado do ensaio com Betacol com 306,7g ......................................................... 36 Tabela 3: Ilustração simplificada das análises Laboratoriais ................................................... 39 Tabela 4: Resultado do ensaio com Reagentes MIBIC (espumante), Óleo Diesel (colector), com 307,6g ....................................................................................................................................... 40 Tabela 5: Ilustração simplificada das análises Laboratoriais ................................................... 44 xv LISTA DE FIGURAS Figura 1: Classificação ISO 11760: 2005 para os carvões (SOUSA,etal, 2012)..……………22 Figura 2: Fluxograma geral de circuito de beneficiamento dos grossos (Moatize-I)………...25 Figura 3: O fluxograma abaixo representa as etapas do processo e ensaios com reagente Betacoal, MIBIC e Oleo Diesel………………………………………………………………27 Figura 4: Balança em mg do Laboratório do ISPT…………………………………………...29 Figura 5: Estufa (ecoterm) do Lab. do ISPT………………………………………………....30 Figura 6: Alto-fornocarbolite para analise de (Mv)……………………………...…………..31 Figura 7: Alto forno mufla para análise de Cinza……………………………………………32 Figura 8: Processo de Secagem das Amostras no forno de Humidade………………..…….33 Figura 9: Preparação da amostra quarteamento………………………………………..……34 Figura 10: Moinho de bolas/Pulverizador…………………………………………………..34 Figura 11: Célula de flotação Denver………………………..……………….………….….46 xvi LISTA DE GRÁFICOS Gráfico 1: Distribuição mássica em função do tempo .............................................................. 49 Gráfico 2: Variação dos Teores de cinza (Cz) em amostras. .................................................... 49 Gráfico 3: Variação dos teores de Material Volátil em amostras ............................................. 50 Gráfico 4: Variação dos teores de Humidade em amostras ...................................................... 50 Gráfico 5: Variação dos teores de Carbono Fixo em amostras ................................................ 51 Gráfico 6: Ilustração Simplificada de resultados de análises imediatas ................................... 52 Gráfico 7: Distribuição mássica em função do tempo .............................................................. 53 Gráfico 8: Variação dos Teores de cinza (Cz) em amostras ..................................................... 54 Gráfico 9: Variação dos teores de Material volátil em amostras .............................................. 54 Gráfico 10: Variação dos teores de Humidade em amostras .................................................... 55 Gráfico 11: Variação dos teores de Carbono Fixo em amostras .............................................. 55 Gráfico 12: Ilustração Simplificada de resultados de análises imediatas ................................. 56 Anexo I: demonstração dos cálculos das vazões para os ensaios com Betacol ……………...67 Anexo II Ensaios Específicos de Flotação com Óleo Diesel mais MIBIC …………………..68 17 1. INTRODUÇÃO Nos dias atuais, o carvão mineral é uma importante matéria-prima para a produção de energia a nível Mundial, Para Moçambique e muitos outros países, carvão mineral constitui uma fonte de grande potencial económico e desenvolvimento dos mesmos. De enfatizar que, o carvão mineral é uma fonte de energia não renovável, é um combustível fóssil abundante e económico, só enquanto houver reservas tal como a bacia de Moatize disponíveis, que é muito utilizado mundialmente. Portanto, é necessário que o seu uso seja racional. O carvão de Moçambique, apresenta características diferenciadas em relação aos carvões estrangeiros e contém elevado teor de carbono e baixo teor de cinza, sendo normalmente classificado como de alto rank, e é de extrema importância que seja constituído como um objeto de estudo. Pois, por isso, O rejeito do carvão produzido pela empresa Vulcan Mozambique, do circuito dos finos merece, portanto, atenção especial, para a recuperação do carvão mineral e um estudo que indiquem os processos que melhor se adaptem a essas particularidades. Entretanto O Laboratório de química e de processamento mineral foi o local usado nos estudos para a determinação das análises químicas e físicas do carvão mineral, com principal objetivo de caracterizar as principais componentes, classificação e utilização com vista a oferecer o melhor rank. Sendo assim, foi possível determinar os teores de cinza 12,55%, humidade de 14,3%, matéria volátil de 19,9% e carbono fixo de 55,25%. Os resultados mostraram que o rejeito descartado pela Vulcan Mozambique tem um aproveitamento para a produção de energia nas termoelétricas assim como para aplicação na indústria metalúrgica. 18 1.1.PROBLEMATIZAÇÃO Após o processamento mineral, aproximadamente 60% do material é descartado e disposto em pilhas de rejeito. Esses pilhas são caracterizados por conter sedimentos que associam ao carvão mineral e minério de pirita (KALKREUTH et al., 2010), ocupando grandes áreas. Deve-se mencionar que os rejeitos de carvão apresentam ainda uma fração energética decorrente de material deslocado devido a questões de liberação mineral e parcial eficiência de equipamentos tradicionalmente empregados, como os jigues (AMARAL FILHO et al., 2013). Sendo assim, levanta-se uma questão: Esses grandes volumes de carvão descartado da planta de processamento da Vulcan Mozambique no distrito de Moatize, não possuem qualidade apreciável a uma possível recuperação, ou por outra, um teor suficiente para o mercado? 1.2.JUSTIFICAVA Pela importância do Carvão mineral na atualidade, aumenta a necessidade de se incrementar investimentos por forma em aperfeiçoar as tecnologias com o propósito de se conhecer ainda mais em detalhe o comportamento do carvão mineral para a sua utilização futura, seja para queima ou para uso em altos fornos. JOSÉ, D. S.: (2019) Moçambique é um dos países que possui grandes reservas de carvão mineral economicamente explorável, sendo que uma delas é a que esta sendo explorada pela Vulcan Mozambique, em Moatize, onde após o beneficiamento do Carvão na planta de processamento da Vulcan Mozambique o Concentrado é levado pala o mercado, mas o rejeito è direcionando ao armazenamento em pilhas de rejeito. Os depósitos de rejeito são conhecidos como pilhas de carvão que possui baixa qualidade suficiente para ser aplicados de forma direta. Sendo que a Caracterização Tecnológica do carvão visa a obter resultados que permitem conhecer as principais características através de ensaios laboratoriais específicos, que iram permitir apurar se será possível reaproveita-lo, proporcionando menor desperdício deste material. 19 1.3. OBJECTIVOS 1.3.1. GERAL Caracterizar tecnologicamente o rejeito de Carvão Mineral da planta de processamento da Vulcan Mozambique, para uma possível recuperação de carvão contido no rejeito dos finos, do ponto de vista de utilização usinas termoelétricas e indústrias metalúrgicas. 1.3.2. ESPECÍFICOS Estudar o comportamentodo rejeito de Carvão mineral mediante os ensaios de flotação com diferentes reagentes. Fazer analise imediata do rejeito proveniente da célula de flotação Avaliar as características do rejeito de Carvão Mineral para uma possível recuperação/reaproveitamento económico. 1.4. HIPÓTESES O Rejeito de Carvão mineral da planta de beneficiamento da Vulcan Mozambique, o qual seria um material descartado, pode tornar se em uma matéria-prima para outro processo. A empresa Vulcan Mozambique produz grandes quantidades do material fino, selecionados mediante a diferença de densidade, menor densidade considerado produto e maior densidade denominado rejeito do processo. É sabido que a tecnologia utilizada para a separação destas partículas não é 100% sempre eficientes, deixando passar algum material carbonoso. É possível fazer estudos de experimentação com exatidão com vista a recuperar carvão com teores de cinza Considerável a Comercialização. 20 2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 2.1. Carvão Mineral 2.1.1. Definição JOSÉ (2011) define como carvão mineral sendo: uma rocha sedimentar combustível, formada a partir de determinados vegetais encontrados em diferentes estados de conservação e tendo sofrido soterramento e compactação em bacias originalmente pouco profundas, possuindo teores de carbono, hidrogénio e oxigénio variáveis de acordo com os diversos estágios de transformação da planta em carvão. 2.1.2. Origem, processos de formação e classificação MILLER & TILLMAN (2008), referem que na ausência de ar, os vegetais sofreram pela ação de bactérias, de temperaturas entre (100-600 °C) e pressão até (1500 atm), tendo um vasto número de complexas alterações. O processo de formação de carvão envolve diferentes processos dentre bioquímicos, geológicos e físico-químico tais como: decomposição da matéria vegetal, deposição e soterramento de sedimentos e compactação e transformação dessa matéria em rocha sedimentar orgânica conhecida hoje por carvão mineral. Processo Bioquímico: responsável pelo processo de transformação de restos de plantas em turfa; Estágio geoquímico: durante o qual tem lugar o metamorfismo. Nesse estagio a carbonização é que se processa gradualmente resultando a sequência: Turfa, Lenhite, Hulha (ou Carvão betuminoso) e antracite. 2.1.3. Composição Tabela 1: Origem e composição - química de carvão mineral Composição Madeira e combustíveis fósseis Madeira Turfa Linhito Carvão Antracite Carvão Carbono (%) 44-52 50-68 55-75 74-96 90-96 100 Oxigénio (%) 43-42 35-28 26-19 20 -3 3-0 0 Hidrogénio (%) 5-6 7-5 6-9 5-1 3-1 0 Fonte: (CHUMBO, 2020) Essas propriedades permitem estimar o Rank. 21 O rank de carvão se refere ao grau de coalificação suportado pela matéria orgânica, sendo calculado pelo conteúdo da mistura, da energia específica, da refletância da vitrinita ou da matéria volátil, estes são os parâmetros do rank. CORREIA da SILVA et al. (1987). 2.2. Caracterização dos carvões Segundo JOSÉ et al (2017), a caracterização tecnológica do carvão mineral, envolve uma série de ensaios Laboratoriais específicos, como as análises químicas, físicas, mineralógicas, petrográficas que podem definir com exatidão o tipo de carvão (Coque ou Metalúrgico). Segundo Manharange (2014), Os carvões minerais são caracterizados com base, essencialmente, nos seguintes parâmetros: Composição petrografia; Grau (ou grau de incarbonização); Categoria. 2.2.1. Composição Petrográfica Onde o estudo da composição petrográfica está ligado à natureza dos fragmentos vegetais e às condições de deposição. Este processo pode ocorrer em meio húmico, em condições anaeróbicas ou sujeitos a putrefação, em condições aeróbicas dando origem a carvões húmicos e sapropélicos respetivamente. 2.2.2. Grau (de incarbonização) A classificação tem os seguintes limites inferior e superior de grau (Figura 5): (a) Limite inferior (fronteira turfa – lignite C): “humidade em camada”, i.e., humidade total, calculada na base “como amostrado”, em percentagem de massa, menor que 75%; (b) limite superior (fronteira antracite A – semigrafite): Valor médio do poder refletor aleatório da vitrinite igual ou superior a 6% ou, em alternativa e preferencialmente, valor médio do poder refletor máximo da vitrinite igual ou superior a 8%. Entre os limites inferiores e superiores acima fixados, consideram-se várias divisões e subdivisões principais, a saber (Sousa et al, 2012): I. Divisões primárias: Carvão de grau inferior, Carvão de grau médio e Carvão de grau superior (Figura 5) a) Grau inferior: C, B e A - corresponde ao conjunto de Lignite e do Carvão sub-betuminoso (A). B) Grau médio: D, C, B e A - corresponde ao Carvão betuminoso, que se subdivide em D, C, B e A. c) Grau superior: C, B e A - corresponde à Antracite que se subdivide em C, B e A. 22 A Figura 1 apresenta um resumo do sistema de classificação dos carvões ISO 11760 (2005) com base em todos os parâmetros acima descritos. Figura 1: Classificação ISO 11760: 2005 para os carvões (SOUSA,etal, 2012) 2.2.3 Categoria Consideram-se as seguintes divisões classificativas: Cinzas altas, Cinzas moderadamente altas, Cinzas médias, Cinzas baixas e Cinzas muito baixas (SOUSA,etal, 2012). 23 2.2.1.6 Parâmetros 2.2.1.6.1 Parâmetros químicos A) Análise imediata, nomeadamente os teores em humidade, em cinzas e em matérias voláteis; b) Análise elementar, designadamente os teores em carbono. SOUSA et al. (2012). 2.2.7 Caracterização de carvão mineral A caracterização de carvão passa em descrever, analisar os seus parâmetros sendo análises elementares que indicam a composição do carvão em termos de carbono, hidrogénio, nitrogénio e oxigénio numa base isenta de humidade e cinzas. O carvão mineral não apresenta uma composição uniforme, assim, não se tem uma fórmula química definida que o caracterize por isso as análises químicas, imediatas e elementares são importantes. SAMPAIO (2005) 2.3 Metodo de exploração e Beneficiamento do carvão Mineral 2.3.1 Metodo de Exploração. Existem dois tipos de exploração, os quais se destacam: Mineração a Céu aberto e Mineração Subterrânea. Onde para o método de escolha do tipo de mineração obedece alguns parâmetros que são; a profundidade do Jazigo, a distribuição e disposição da mesma, o relevo local (condições geológicas), como principal temos, se os custos de exploração a céu aberto forem superiores em relação aos custos de exploração subterrânea então será mineração subterrânea. e se os custos de mineração subterrânea forem superiores em relação aos custos de mineração a céu aberto, então será mineração a Céu aberto. BENDZANE. F.S, (2022). Para a exploração do carvão de Moatize pela Vulcan Mozambique é efetuada através de mineração a céu aberto, usando usado o “stripmining”, por ser o método clássico de lavra a céu aberto para carvão e por melhor se adequar à configuração do terreno de Moatize e as condições geológicas o permitem SAMPAIO (2005). 2.3.2 Beneficiamento O tratamento de minérios é a parte do conhecimento da mineração que visa preparar os minérios por métodos físicos ou químicos sem alteração da constituição química dos minerais. Os métodos de tratamento são divididos segundo a propriedade diferenciadora dos minerais. Quando essa propriedade é a densidade a chamamos de métodos gravíticos (SAMPAIO & TAVARES, 2005). 24 2.3.1.1 Usina de beneficiamento de Moatize (Vulcan Mozambique). O objetivo do beneficiamento é separar o material valioso, contido no mineral, daquilo que não tem utilidade: as impurezas, também chamadas de ganga no vocabulário da mineração. Além de promover essa “limpeza” no minério, máquinas e equipamentos entram em ação para deixá-lo com tamanho compatível com as demandas do mercado consumidor, JOSÉ(2019). A caracterização fornece subsídios para a definição dos processos aos quais os minérios devem ser submetidos para possibilitar a sua utilização. Nesta etapa, estudos feitos em laboratório analisam, mineral valioso, as propriedades responsáveis pelo comportamento do minério ao passar pelos processos de beneficiamento. (CHUMBO, 2020). Os principais parâmetros de beneficiamento podem ser destacados os seguintes: Lométrica, Descrição qualitativa e quantitativa, Composição química, Tamanho de liberação, Índice de moabilidade. 2.3.1.2 Operações unitárias do Fluxograma de beneficiamento de Moatize-I As operações unitárias são etapas essenciais do fluxograma do beneficiamento mineral, constituído pela combinação adequada dessas operações. Os processos de beneficiamento mineral têm importância vital para a indústria de mineração, uma vez que constituem uma etapa, quase sempre, necessária para o aproveitamento dos minérios. JOSÉ (2019). Em seguida, faz-se uma análise de um fluxograma do beneficiamento da usina beneficiamento de Moatize-I. As operações possuem características próprias em cada caso, cujo inter-relacionamento forma o beneficiamento. Essas operações unitárias são de duas naturezas distintas: fragmentação e separação. Em tempo: em alguns casos, os minérios podem passar por todas as etapas, ou até repetir um mesmo processo. Por exemplo: quando há necessidade de mais de uma etapa de fragmentação para atingir a granulometria desejada do material. A seguir são descritas as principais operações unitárias da usina de beneficiamento de (Moatize- I) VALE (2015). A usina de beneficiamento instalada na Planta I (Moatize-I) apresenta em seus processos divididos em quatro módulos fundamentais, a saber: Planta de britagem; Circuito de finos; Circuito de grosso; Desaguamento. VALE (2015). 25 Na industrial beneficia o carvão mineral rum of mine (carvão bruto). Nesse processo de beneficiamento são produzidos dois principais produtos: Carvão metalúrgico com 10,5% de teores de cinzas e 10% de humidade; Carvão térmico com um teor de cinzas entre 20-24,9%. Figura 2: Fluxograma geral de circuito de beneficiamento dos grossos (Moatize-I) Fonte: VALE (2015). 1. 30% De massa constituída por carvão térmico produto usado para a queima (Produção de energia elétrica nas termoelétricas) contendo aproximadamente 20 a 24% de teores de cinzas. 2. 20% De massa é de carvão metalúrgico destinado para as indústrias siderúrgicas com um teor inferior a 10% de teores de cinzas. 3. Metodologia Para a realização do estudo em causa com vista a caracterizar tecnologicamente o rejeito de carvão mineral da Vulcan Mozambique visando reaproveitamento económico, foram coletadas as amostras de rejeito de carvão ultrafino da planta de beneficiamento em Moatize. Numa quantidade de 5kg de ultrafinos, foi submetido ao processo de pesagem, aonde confirmou-se a massa, bem como verificação do estado da amostra, e por apresentar certa quantidade de água, 26 foi submetido ao processo de secagem a uma temperatura 45˚C, em uma estufa durante 24 horas, após a secagem passou pela pesagem para determinar a massa da amostra que foi de 4.2kg. Onde depois foi submetida ao processo de pulverização no Moinho de Bolas, depois quarteadas manualmente de modo a separar uma parte representativa para ensaios de flotação, nos quais o primeiro ensaio foi com reagente Betacol numa quantidade de 2.0ml, massa 307,6g e segundo ensaio com MIBIC 1,49ml Óleo Diesel 1,8ml com uma massa de 307,6 kg. O rejeito foi descartado, e o concentrado foi endereçado a secagem e desaguamento, e pesado de modo a submete-lo as análises Imediatas, para obter percentagens de Humidade total, Material volátil, Cinza e Carbono fixo, de modo a avaliar o comportamento do rejeito de Carvão mineral da vulcan Mozambique. Foi feito um levantamento da literatura relacionada com a fundamentação teórica com os principais tópicos: Características geológicas do carvão de Moatize; Seleção do acervo bibliográfico como: (Livros, Teses e Dissertações, Mapas, Perfis, Esboços, Gráficos etc.) Relacionados com a temática em discussão. Foram realizados reuniões com engenheiros do Instituto Superior Politécnico de Tete (ISPT), com objetivo de harmonizar os aspetos técnicos. 27 3.1.Fluxograma de processos Figura 3: O fluxograma abaixo representa as etapas do processo e ensaios com reagente . Betacoal, MIBIC e Oleo Diesel. Fonte: do autor, 2023 Amostra de rejeito de carvão. 5kg Secagem da amostra (45˚C) Determinar Massa (pesagem). 4.2 Kg Homogeneização & Pulverização com Moinho de bolas Quarteamento manual 1ºE com Betacol. Rejeito Análises Imediatas (Cz) (MV) (CF) Concentrado (Ht) 2ºE com MIBIC e Oleo Diesel Concentrado Rejeito Análises Imediatas (CF) (MV) (Cz) (Ht) 28 3.2.MATERIAIS E MÉTODOS 3.2.1 Materiais Para a presente pesquisa, foram usadas amostras de Rejeito de carvão da planta de Beneficiamento da Vulcan Mozambique da camada Chipanga de Moatize. Equipamentos (para colocação de amostras no processo de afunda-flutua), papel filtro, diferentes líquidos densos, bandeja metálica, cadinhos cerâmicos, e fornos Deleo, mufla para análises imediatas e elementar, capelas para a secagem das amostras, balanças analíticas, quarteadores de bancada, PH metro, espeto grande, manual, Colher, uma célula de 5L, células de Flotação Denver e manuais. 3.2.2Métodos 3.2.2.1.Flotação A flotação é um tipo de processo físico de separação de misturas heterogéneas. Essa técnica consiste em adicionar bolhas de ar ao meio para que as partículas em suspensão no líquido aglutinem-se a essas bolhas. A espuma formada pode então ser removida, arrastando consigo as partículas de impurezas. Para a pesquisa o ensaio foi realizado segundo a norma ASTM D4371-06 (2012), nas densidades de corte em 1,2 e 1,3g/cm³. No primeiro ensaio foi usado o seguinte reagente: Betacol, que exerceu dupla função, como coletor e como espumante. No segundo ensaio foram usados os seguintes reagentes: MIBIC- como espumante e Óleo Diesel- como coletor. 3.2.2.2 Analises Imediatas Consiste na determinação das características básicas do carvão mineral, para estabelecer rank e condições de comercialização, obedecendo as normas estabelecidas pela ISO, nomeadamente a ASTM (Sociedade Americana para Testes Materiais), ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) e BR (Regras brasileiras), para caracterizar as seguintes composições físicas, (Antes de efetuar as analises é necessário pesar as amostras antes e depois da queima): 29 Figura 4: Balança em mg do Laboratório do ISPT Fonte: do autor, 2023. 3.2.2.3 Humidade total A determinação da humidade do carvão foi realizada com base na norma ISO 589 (2008). Esta técnica consiste em colocar aproximadamente 1g de amostra num forno pré-aquecido e mantê- la por uma hora entre 104°C e 110°C. Em seguida, as amostras são pesadas para determinar a diferença de massa. H% = A − B A × 100 (1) Onde: H% = Humidade % (p/p); A = massa da amostra antes do aquecimento; B = massa da amostra após o aquecimento. 30 Figura 5: Estufa para secagem da amostra Fonte: do autor, 2023. 3.2.2.4 Material Volátil Esta análise foi realizada de acordo com a norma ISO 562 (2010) para determinar a quantidade de matéria volátil emitida pelo carvão durante a queima controlada. A análise consiste em manter 1g de amostra em um forno pré-aquecido por sete minutos a 950°C, com pesagem posterior.O teor em matérias voláteis é calculado utilizando a seguinte fórmula: Mv = [( A − B A × 100) − H%] (2) Onde: Mv = matérias voláteis; A = massa da amostra antes de ter sido aquecida; B = massa da amostra após ter sido aquecida; H% = percentagem de humidade. 31 Figura 6: Alto-forno carbolite para analise de (Mv). Fonte: do autor, 2023 3.2.2.4 Cinzas Segundo ASTM D3174-89 (1991), esse método fornece o resíduo inorgânico que permanece após a ignição da combustão. É determinado pela pesagem dos resíduos após a queima do carvão sob condições rígidas de controle de peso da amostra, de temperatura, tempo e atmosfera. Pesa-se 1 g de amostra e leva-se a um forno de mufla, iniciando o aquecimento de forno gradualmente, até 500ºC durante uma hora e a 750ºC no final da segunda hora, mantêm-se por mais 2 h. Por fim, pesa-se novamente a amostra. Cz% = C − A B × 100 (3) Onde: Cz% = Cinzas; A = massa do cadinho vazio; B = massa do cadinho com amostra antes da combustão; C = massa do cadinho com as cinzas obtidas após a combustão. 32 Figura 7: Alto forno mufla para análise de Cinza Fonte: do autor, 2023. 3.2.2.5 Carbono fixo Expressa a quantidade de matéria orgânica não volátil no carvão. É um valor calculado pela soma dos percentuais de humidade, cinza e matéria volátil, subtraído dos 100%. Através da análise imediata é possível obter a quantidade relativa de compostos orgânicos leves (Matéria volátil) em oposição à matéria orgânica não volátil (Carbono fixo), além de determinar a quantidade de hhumidade no carvão e a medida dos compostos inorgânicos deixados como resíduos ou cinzas quando o carvão é submetido à combustão. Carbono fixo % = 100 − (%Cinzas + %Humidade + %Matéria volátil (4) 33 4. PRESENTACAO DE DADOS E DISCUSAO DOS RESULTADOS 4.1.Apresentação de Dados As amostras de Rejeito ultrafino de carvão mineral utilizado para a realização deste estudo foram provenientes da mina de Moatize VULCAN MOZAMBIQUE, Reflux Reject (Rejeito de fluxo-de uma fração fina -250mm), quantidade 5kg, nas densidades de corte 1,35 e 1,65g/cm³. Proveniente da planta de Beneficiamento da Vulcan Mozambique onde foram extraídos nos pontos de colecta o Rejeito ultrafino do termal (carvão térmico), e posteriormente enviadas para o Laboratório do ISPT, as amostras Foram recebidas em saco Plásticos, com sua devida identificação. 4.2.Preparação das amostras As amostras foram pulverizadas, homogeneizadas e quarteadas manualmente. Os procedimentos de pulverização, homogeneização e quarteamento podem ser testemunhados nas figuras (8, 9, 10). Devido à presença de humidade aparente, as amostras foram secadas a uma temperatura 42˚ graus, em uma estufa durante 24horas, as imagens abaixo ilustram. Figura 8: Processo de Secagem das Amostras no forno de Humidade. Fonte: do autor, 2023. 34 Figura 9: Preparação da amostra quarteamento Fonte: do autor, 2023. Figura 10: Moinho de bolas/Pulverizador Fonte: do autor, 2023. Figura 11: Célula de flotação Denver Fonte: do autor, 2023. 35 4.3. Ensaios de flotação O material o qual provem do estágio posterior. Foi submetido aos ensaios de flotação, onde no primeiro ensaio foi utilizado o Reagente Betacol, segundo regras de medição de dosagens abaixo mencionados. 4.3.1. Ensaio usando reagente Betacol O processo foi realizado em condições de parâmetros controlados, tais como a vazão de água, ar, sólido, espumante e coletor. No entanto para o trabalho em destaque, a água foi 3 538,6 ml, Sólidos 307,6g, reagente 2,0ml e PH da água natural, vazão de ar 30psi, velocidade de rotação 130-930rpm. Deu se inicio da flotação sem reagente com intuição de homogeneizar a polpa, após passar se 3 minutos, adicionou-se reagente, e esperou se 5minutos para que inicie o processo de coleta. Para que a flotação ocorra é preciso que a molécula da substância migre do seio da solução para a superfície da bolha e ai se deposite, dando assim o aparecimento das bolhas de ar, a superfície que a partícula mineral apresente torna-se não mais a sua superfície própria, mas sim um nova superfície, revestida dessa substância hidrofóbica, onde a substância hidrofóbica é o carvão mineral que adere ao ar ou as bolhas. Depois do ensaio o material concentrado e foi coletado e armazenado em bandejas e endereçadas a estufa de humidade para o seu desaguamento e secagem, esta pratica visa posterior analise de cinzas, humidade, materiais voláteis e carbono fixo. Mas caso dos valores de massa de água, carvão, Betacol usados não foram obtidos de forma aleatória e nem empírica efetuou-se cálculos que são apresentados abaixo: Foi submetido 306,7g obteve-se cerca de 261g de concentrado após o desaguamento e secagem na estufa, e cerca de 46,6g de rejeito. Valores de recuperação mássica, Analises imediatas, humidade total (Ht), matéria volátil (MV), cinza (Cz) e carbono fixo (CF), de tal forma a concluir sobre o comportamento do rejeito do carvão ou de material fino. 36 4.4 Discussão dos resultados Os resultados apresentados foram dos ensaios feitos em escala laboratorial no ISPT. Tabela 2: Resultado do ensaio com Betacol com 306,7g Ensaio PH da água Reagente Betacol (g/t) Tempo Recuperação mássica Resultados das análises imediatas Amostra A Amostra B Amostra C 1 6,7 2.0 ml- 306,7g 1 31g Cinza (Cz) 27,27% 10,37% 16,25% 2 63g Matéria volátil (MV) 20,9% 21,4% 21,3% 3 66g Humidade total (Ht) 30% 21% 18% 4 75g Carbono fixo (CF) 21,83% 47,23% 44,45% 5 88g Total 5 261g A partir dos resultados apresentados na análise imediata de diversas propriedades ou características encontradas, baseadas em experimentos laboratoriais, foi possível analisar e discutir os resultados. Foi encontrado o método gráfico de dispersão utilizado, para melhor explicar o comportamento de cada teor em amostras. Será discutido em quatro (4) situações, nomeadamente: Gráfico1: Distribuição mássica em função do tempo Fonte: do autor, 2023. 0 20 40 60 80 100 120 1 2 3 4 5 D is t. m á ss ic a ( g ) Tempo (min) Distribuição mássica em função do tempo Massa 37 No gráfico da recuperação mássica pode se observar que há um crescimento gradual da recuperação devido a variação gradual da velocidade de rotação e vazão de ar. 4.4.1.1 Análise de Teor de Cinza (Cz) Gráfico 2: Variação dos Teores de cinza (Cz) em amostras. Fonte: do autor, 2023. É possível observar que os testes de Cinza realizados em 3 amostras submetidas ao forno, tem quantidades que variam de 10,37 % a 27,7. Isto explica-se pelo facto de ter sido influenciada a sua humidade de equilíbrio. 4.4.1.2 Teor de material Volátil (MV) Gráfico 3: Variação dos teores de Material volátil em amostras Fonte: do autor 2023. 0 5 10 15 20 25 Amostra A Amostra B Amostra C % d o T eo r d e (C z) Distribuição da variação de Cinzas em amostras Amostra A Amostra B Amostra C 0 5 10 15 20 25 Amostra A Amostra B Amostra C % d o T eo r d e (M V ) Distribuição da variação de (MV) em amostras Amostra A Amostra B Amostra C 38 Nos voláteis, observa-se semelhança na natureza dos resultados, com diferençasinsignificantes, mas quanto a média dos crivos é quase a mesma de 21,3 %. 4.4.1.3 Teor de Humidade Total Gráfico 4: Variação dos teores de Humidade em amostras Fonte: do autor 2023. É possível observar que os testes de humidade totalrealizados, tem quantidades médias de 18%isto explica-se pelo facto de ter sido influenciada a sua humidade de equilíbrio. 4.4.1.5 Teor de carbono fixo (CF) Gráfico 5: Variação dos teores de Carbono Fixo em amostras Fonte: do autor 2023. 0 5 10 15 20 25 30 35 Amostra A Amostra B Amostra C % d o T eo r d e (H t) Distribuição da variação do teor de Humidade em amostras Amostra A Amostra B Amostra C 0 10 20 30 40 50 Amostra A Amostra B Amostra C % d o T eo r d e (C F ) Distribuição da variação de Teor de (CF) em amostras Amostra A Amostra B Amostra C 39 Para o caso do carbono fixo, é notável que o teor de carbono Varia em função das amostras, onde nas duas ultimas não carrega uma discrepância, sendo aceitável tratando-se de Rejeito. 4.4.1.6. Ilustração simplificada das análises Laboratoriais Tabela 3: Ilustração simplificada das análises Laboratoriais Análises imediatas do produto flotado Teores (%) Humidade Matéria volátil Cinza Carbono fixo Total 30 20,9 27,27 21,83 100 Fonte: do autor 2023. Gráfico 6: Ilustração Simplificada de resultados de análises imediatas Fonte: do autor 2023. 4.4.2. Ensaio usando reagentes MIBIC (espumante), Óleo Diesel (colector) O processo foi realizado em condições de parâmetros controlados, tais como a vazão de água, ar, sólido, espumante e coletor. No entanto para o trabalho em destaque, a água foi 3 538,6 ml, Sólidos 307,6g, reagente MIBIC 1,49ml Diesel 1,8ml e PH da água natural, vão de ar 30psi, velocidade de rotação 130-760rpm. Deu se inicio da flotação sem reagente com intuição de homogeneizar a polpa, após passar se 3 minutos, adicionou-se reagente MIBIC e Diesel, e esperou-se 5 minutos para que inicie o processo de coleta. 0 5 10 15 20 25 30 35 Ht MV Cz CF % d o s te o re s Resultados das análises imediatas Ht MV Cz CF 40 Depois do ensaio o material concentrado e foi coletado e armazenado em bandejas e endereçadas a estufa de humidade para o seu desaguamento e secagem, esta prática visa posterior analise de cinzas, humidade, materiais voláteis e carbono fixo. Foi submetido 307,6gde massa de carvão em uma célula de flotação Denver, usando Reagentes MIBIC (espumante), Óleo Diesel (coletor) onde obteve-se cerca de 220g de concentrado após o desaguamento e secagem na estufa, e cerca de 87,7g de rejeito. Valores de recuperação mássica, Analises imediatas humidade total (Ht), matéria volátil (MV), cinza (Cz) e carbono fixo (CF), de tal forma a concluir sobre o comportamento do rejeito do carvão ou de material fino. Tabela 4: Resultado do ensaio com Reagentes MIBIC (espumante), Óleo Diesel (colector), com 307,6g Ensaio PH da água Reagente MIBIC (espumante), Óleo Diesel (colector) (g/t) Tempo Recuperação mássica Análises imediatas Amostra A Amostra B Amostra C 1 6,7 MIBIC 1,49ml- 306,7g Óleo Diesel 1,8ml- 307,6g 1 30g Cinza (Cz) 12,55% 12,88% 11,45% 2 44g Matéria volátil (MV) 19,9% 19,5% 19,8% 3 68.4g Humidade total (Ht) 14,3% 5,2% 16,7% 4 85g Carbono fixo (CF) 55,25% 62,42% 52,05% 5 99g Total 5 307,6g Fonte: Autor, 2022. 4.4.2.1 Análise de dados e discussão dos resultados A partir dos resultados apresentados na análise imediata de diversas propriedades ou características encontradas, baseadas em experimentos laboratoriais, foi possível analisar e discutir os resultados. Foi encontrado o método gráfico utilizado, para melhor explicar o comportamento de cada teor em amostras. Será discutido em quatro (4) situações, nomeadamente: 41 Gráfico 7: Distribuição mássica em função do tempo Fonte: do autor 2023. De acordo com o gráfico pode se observar um crescimento gradual da messa do recuperado em função do tempo, isso devido a variação da velocidade de rotação. 4.4.2.2. Análise de Teor de Cinza (Cz) Gráfico 8: Variação dos Teores de cinza (Cz) em amostras Fonte: do autor 2023. É possível observar que os testes de Cinza realizados em 3 amostras submetidas ao forno, tem quantidades que variam dentro de limites, onde comparando com o primeiro ensaio feito com reagente betacol è possível constatar-se que o teor de cinzas è mais baixo no segundo ensaio do que no primeiro. 0 20 40 60 80 100 120 1 2 3 4 5 D is t M a ss ic a e m ( g ) Tempo em (min) Distribuição mássica em função do tempo Massa 0 5 10 15 Amostra A Amostra B Amostra C % d o T eo r d e (C z) Distribuição da variação de Cinzas em amostras Amostra A Amostra B Amostra C 42 4.4.2.3. Teor de material Volátil (MV) Gráfico 9: Variação dos teores de Material volátil em amostras Fonte: do autor 2023. Nos voláteis, observa-se semelhança na natureza dos resultados, com diferençasinsignificantes, comparativamente com o primeiro ensaio com Betacol pode ser considerada mais eficiente. 4.4.2.4. Teor de Humidade (Ht) Gráfico10: Variação dos teores de Humidade em amostras Fonte: do autor 2023. 0 5 10 15 20 25 Amostra A Amostra B Amostra C % d o T eo r d e (M V ) Distribuição da variação de (MV) em amostras Amostra A Amostra B Amostra C 0 5 10 15 20 Amostra A Amostra B Amostra C % d o T eo r d e( H t) Distribuição da variação de (Ht) em amostras Amostra A Amostra B Amostra C 43 É possível observar que os testes de humidade total realizados, tem quantidades médias de 5,2%isto explicaa-se pelo facto de ter sido influenciada a sua humidade de equilíbrio. 4.4.2.5.Teor de carbono fixo (CF) Gráfico 11: Variação dos teores de Carbono Fixo em amostras Fonte: do autor 2023. Para o caso do carbono fixo, é notável que o teor de carbono Varia em função das amostras, onde nas duas ultimas não carrega uma discrepância, sendo aceitável tratando-se de Rejeito comparando com o primeiro ensaio. 0 10 20 30 40 50 60 70 Amostra A Amostra B Amostra C % d o T eo r d e (C F ) Distribuição da variação de (CF) em amostras Amostra A Amostra B Amostra C 44 4.4.2.6. Ilustração simplificada das análises laboratoriais Tabela 5: Ilustração simplificada das análises Laboratoriais Análises imediatas do produto flotado Teores (%) Humidade Matéria volátil Cinza Carbono fixo Total 14,3 19,9 12,55 55,25 100 Fonte: do autor 2023. Gráfico12: Ilustração Simplificada de resultados de análises imediatas Fonte: do autor 2023. 0 10 20 30 40 50 60 Ht MV Cz CF % d o s te o re s Resultados das analises imediatas Ht MV Cz CF 45 5. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES 5.1 Conclusões Com bases nos estudos de caracterização desenvolvidos no laboratório do Instituto Superior politécnico de Tete, com amostras de carvão da Vulcan Mozambique com vista, caracterizar tecnologicamente o rejeito de carvão mineral da planta de beneficiamento da Vulcan Mozambique – visando obter recuperação com baixo teor de Cinza, para possível reaproveitamento económico, pode se concluir o seguinte. De acordo com a mineralogia o rejeito de Carvão Mineral da Vulcan Mozambique ele pertence a uma classe composta basicamente por Carbono, Enxofre, Hidrogénio, Oxigénio e nitrogénio constituído por rochas de origem Sedimentar, tais como siltitos e arenitos e sendo que ele carrega uma baixa percentagem de pirita, pertencente a camada chipanga sendo ele Térmico. No primeiro ensaio com reagente Betacol foi submetido cera de 306,7g de massa de Carvão na célula de flotação, onde obteve-se cerca de 261g de concentrado após o desaguamento e secagem na estufa, e cerca de 46,6g de rejeito de rejeito, quantidade essa que é favorável. Onde nas análises imediatas o teor de cinza foi de 27% e carbono fixo 21,83%, concluindo-se que os resultados devem ter sido influenciado pelo reagente que não foi eficiente para o beneficiamentodo rejeito de carvão, para com os resultados esperados. E de acordo com os resultados obtidos no segundo ensaio de flotação, onde cerca de 307,6g de massa de carvão foi submetido em uma célula de flotação Denver, usando Reagentes MIBIC (espumante), Óleo Diesel (coletor) onde obteve-se cerca de 220g de concentrado após o desaguamento e secagem na estufa, e cerca de 87,7g de rejeito, no qual as analises imediatas obteve se cerca de 12,55% teor de Cinzas e 55,25% Carbono Fixo resultados excelentes comparados com os do primeiro ensaio, e para com o padrão de qualidade da Vulcan Mozambique que è: Cinza 23,3% Carbono fixo 53,86%. Contudo respondendo a questão proposta no início do trabalho, constatou-se que o Rejeito de carvão Mineral da Vulcan Mozambique pode ser reaproveitado economicamente, por seus resultados estarem próximo ao rank do aproveitamento deste combustível fóssil para o uso em usinas termoelétricas e indústrias metalúrgicas. Contudo a questão da variação dos resultados pode-se afirmar dentre as varias as causas e/ou fatores que contribuem para que este rejeito apresente muitas discrepâncias nos 46 resultados são: a contaminação da amostra, que pode ter ocorrido antes, durante e/ou depois da coleta; erros durante a homogeneização e quarteamento, má limpeza nos equipamentos durante os ensaios, estes foram os fatores constatados durante a realização dos ensaios. 47 5.2 Recomendações Recomenda-se: Para reduzir as discrepâncias nos resultados dos ensaios realizados é necessário que o processo de amostragem, desde a coleta, preparação, Homogeneização, quarteamento até a realização dos testes seja feito com muitos cuidados e por profissionais bem treinados, utilizando equipamentos adequados e nos pontos certos de coleta. Antes de qualquer ação, fazer uma limpeza dos equipamentos e do local onde serão realizados os ensaios, fazer verificação e a eficiência dos equipamentos. E também verificar estado da amostra antes de realizar qualquer teste. Haja calibração dos equipamentos dos laboratórios do (ISPT), para a obtenção da qualidade dos resultados; Sejam criadas as condições para que os técnicos do laboratório tenham um tempo extraordinário, para evitar que os equipamentos sejam desligados antes do término dos testes. E para futuras pesquisas, pode-se estudar e estimar a quantidade de consumidores que podem se beneficiar deste bem/ energia elétrica produzida. Estudar a o índice de emissões de poluentes causados pelo uso desta tecnologia na geração da energia elétrica. 48 5.3. BIBLIOGRAFIA 1) ARAÚJO, A. C.; VALADÃO, G. E. S. (2007): Introdução ao tratamento de Minérios. Belo Horizonte: UFMG. 2) ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas). NBR 8289 - Carvão Mineral: Determinação do Teor de Cinzas. 4 p., 1983. 3) Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT - Carvão Mineral - Determinação do teor de cinza. NBR 8289. 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Butterworth-Heinemann. 33) Mapa de divisão administrativa Disponível no endereço eletrônico e acessado em 15/11/22:http: www.portaldogoverno.gov.mz. 34) Localização do Laboratório de processamento Mineral do ISPT. Earth Google Map (2022). 35) MAE- Ministério da Administração Estatal (2005):perfil do distrito de Moatize, província de Tete. Série perfis distritais. Maputo, Moçambique. http://worldcoal.org/ http://www.portaldogoverno.gov.mz/ 51 5.5 ANEXOS ANEXO I: DEMONSTRAÇÃO DOS CÁLCULOS DAS VAZÕES PARA OS ENSAIOS COM BETACOL. Com o valor já conhecido do volume do recipiente usado, onde o V= 4 000ml de H2O, considerando o volume total em um Cp/p de 8% então deve-se: Cálculo de massa de carvão Dados 𝑉𝑐𝑒𝑙𝑢𝑙𝑎 = 4 000 𝑚𝑙 𝐶𝑝∕𝑝 = 8% 𝑑𝑠ó𝑙𝑖𝑑𝑜 = 1,5𝑘𝑔/𝑙 𝑑𝑜𝑑 = 0,853 𝑘𝑔/𝑙 𝑑𝑚𝑏 = 0,805 𝑘𝑔/𝑙 𝑑𝑏 = 8 𝑔/𝑐𝑚 3 𝑚𝐶𝑎𝑟𝑣ã𝑜 =? 𝑚á𝑔𝑢𝑎 =? Fórmula/resolução 𝐶𝑝∕𝑝 = 8 100 = 𝑚𝑐𝑎𝑟𝑣ã𝑜 𝑚𝑐𝑎𝑟𝑣ã𝑜 + 𝑚á𝑔𝑢𝑎 = 8 100 = 𝑚𝑐𝑎𝑟𝑣ã𝑜 𝑚𝑐𝑎𝑟𝑣ã𝑜 + (𝑣𝑐𝑒𝑙𝑢𝑙𝑎 − 𝑑𝑠ó𝑙𝑖𝑑𝑜 × 𝑚𝑐𝑎𝑟𝑣ã𝑜) 𝐶𝑝∕𝑝 = 8 100 = 𝑚𝑐𝑎𝑟𝑣ã𝑜 𝑚𝑐𝑎𝑟𝑣ã𝑜 + (4 000 − 1,5 × 𝑚𝑐𝑎𝑟𝑣ã𝑜) 100 × 𝑚𝑐𝑎𝑟𝑣ã𝑜 = 8 × 𝑚𝑐𝑎𝑟𝑣ã𝑜 = 32 000 − 12 × 𝑚𝑐𝑎𝑟𝑣ã𝑜 100 × 𝑚𝑐𝑎𝑟𝑣ã𝑜 = 32 000 − 4 × 𝑚𝑐𝑎𝑟𝑣ã𝑜 → 104 × 𝑚𝑐𝑎𝑟𝑣ã𝑜 = 32 000 𝑚𝑐𝑎𝑟𝑣ã𝑜 = 32 000 104 → 307,6 𝑔 𝑚á𝑔𝑢𝑎 = 𝑣𝑐𝑒𝑙𝑢𝑙𝑎 − 𝑑𝑠ó𝑙𝑖𝑑𝑜 × 𝑚𝑐𝑎𝑟𝑣ã𝑜 → 4 000 − 1,5 × 307,6 = 3 538,6 𝑚𝑙. BETACOL 𝑥 − − − − − − − 307,6 𝑔 5 000 𝑔 𝑡 − − − −307,6 𝑔 𝑥 = 5 000 𝑔 𝑡 × 307,6𝑔 1 000 000𝑔 𝑥 = 1,53 𝑔 𝑡 𝑚𝑏 = 𝑚𝑜𝑑 𝑑𝑏 𝑚𝑏 = 2.0 𝑚𝑙 53 Resultados de análise imediata com Reagente Betacol Para completar o estudo, foram realizados análises imediatas, com o principal objectivo de estudar as características físicas imediatas, respectivamente humidade total (Ht), matéria volátil (MV), cinza (Cz) e carbono fixo (CF), de tal forma a concluir sobre o comportamento do rejeito do carvão ou de material fino, nomeadamente. Análise de Teor de Cinzas Tabela 6: Ilustração da análise de determinação de teor de Cinzas (reagente Betacol) ID Amostra 1ª Ensaio 2ª Ensaio 3ª Ensaio ID Forno Carbolite AAF 1100 Carbolite AAF 1100 Carbolite AAF 1100 Carbolite AAF 1100 Carbolite AAF 1100 Carbolite AAF 1100 ID Cadinho Z1 Réplica Z2 Y1 Réplica Y2 X1 Réplica x2 A- massa do cadinho 37,6905g 37,6536g 37,8037g 37,6056g 37,8300g 37,5595g B- Massa da amostra 0,9993g 0,9993g 0,9996g 0,9996g 0,9999g 0,9990g C- Massa de cadinho e cinzas após a queima 37,9631g 37,9311g 37,9074g 37,7129g 37,9925g 37,7600g Cinza % 27,27% 27,76% 10,37% 10,73% 16,25% 20,07% Cinza % 27,27% 10,37% 16,25% Fonte: do autor 2023. Análise de Teor de Material Volátil Tabela 7: Ilustração da analise de determinação de teor Material Volátil(reagente Betacol) ID Amostra 1ª Ensaio 2ª Ensaio 3ª Ensaio ID Forno Carbolite VMF 1000 Carbolite VMF 1000 Carbolite VMF 1000 Carbolite VMF 1000 Carbolite VMF 1000 Carbolite VMF 1000 ID Cadinho A1 Réplica A2 B1 Réplica B2 C1 Réplica C2 A- massa do cadinho 39,1714g 39,3046g 35,5771g 38,6992g 35,5615g 37,2702g B- Massa da amostra 0,9990g 0,9995g 0,9990g 1,0000g 0,9993g 0,9992g C- Massa de cadinho e cinzas após a queima 39,9609g 40,0931g 36,3620g 39,4823g 36,3471g 38,0569g D- massa do cadinho +Amostra seca 40,1704g 40,0455g 36,5761g 39,6992g 36,5608g 38,2694g Teor de MV % 20,9% 4,7% 21,4% 21,69% 21,3% 21,2% Fonte: do autor 2023 Análise de Teor de Humidade 54 Tabela8: ilustração da análise de determinação de teor de Humidade (reagente Betacol) ID Amostra 1ª Ensaio 2ª Ensaio 3ª Ensaio ID Forno Ecotherm Ecotherm Ecotherm Ecotherm Ecotherm Ecotherm ID da Amostra A1 Réplica A2 B1 Réplica B2 C1 Réplica C2 A- massa da bandeja 37,7681g 37,6260g 37,6039g 37,8216g 37,8158g 37,5992g B- Massa da amostra 0,9996g 0,9995g 0,9996g 0,9999g 0,9990g 0,9998g C- Massa da Bandeja + Amostra 38,7680g 38,6263g 38,6054g 38,8231g 38,8166g 38,6001g D- Massa da Bandeja + Amostra seca 38,7677% 38,6255% 38,6033% 38,8215% 38,8148% 38,5990% Teor de Humidade % 30% 8% 21% 16% 18% 11% Fonte: do autor 2023. Análise de Teor de Carbono fixo Carbono fixo % = 100 − (%Cinzas + %Humidade + %Matéria volátil) Carbono Fixo% = 100- (27,27 + 30 + 20) Carbono Fixo% = 100 - 77,27 Carbono Fixo% = 22,73%. ANEXO II: ENSAIOS ESPECÍFICOS DE FLOTAÇÃO COM ÓLEO DIESEL MAIS MIBC Dados 𝑉𝑐𝑒𝑙𝑢𝑙𝑎 = 4 000 𝑚𝑙 𝐶𝑝∕𝑝 = 8% 𝑑𝑠ó𝑙𝑖𝑑𝑜 = 1,5𝑘𝑔/𝑙 𝑑𝑜𝑑 = 0,853 𝑘𝑔/𝑙 𝑑𝑚𝑏 = 0,805 𝑘𝑔/𝑙 𝑑𝑏 = 8 𝑔/𝑐𝑚 3 𝑚𝐶𝑎𝑟𝑣ã𝑜 =? 𝑚á𝑔𝑢𝑎 =? 𝐶𝑝∕𝑝 = 8 100 = 𝑚𝑐𝑎𝑟𝑣ã𝑜 𝑚𝑐𝑎𝑟𝑣ã𝑜 + 𝑚á𝑔𝑢𝑎 = 8 100 = 𝑚𝑐𝑎𝑟𝑣ã𝑜 𝑚𝑐𝑎𝑟𝑣ã𝑜 + (𝑣𝑐𝑒𝑙𝑢𝑙𝑎 − 𝑑𝑠ó𝑙𝑖𝑑𝑜 × 𝑚𝑐𝑎𝑟𝑣ã𝑜) 55 𝐶𝑝∕𝑝 = 8 100 = 𝑚𝑐𝑎𝑟𝑣ã𝑜 𝑚𝑐𝑎𝑟𝑣ã𝑜 + (4 000 − 1,5 × 𝑚𝑐𝑎𝑟𝑣ã𝑜) 100 × 𝑚𝑐𝑎𝑟𝑣ã𝑜 = 8 × 𝑚𝑐𝑎𝑟𝑣ã𝑜 = 32 000 − 12 × 𝑚𝑐𝑎𝑟𝑣ã𝑜 100 × 𝑚𝑐𝑎𝑟𝑣ã𝑜 = 32 000 − 4 × 𝑚𝑐𝑎𝑟𝑣ã𝑜 → 104 × 𝑚𝑐𝑎𝑟𝑣ã𝑜 = 32 000 𝑚𝑐𝑎𝑟𝑣ã𝑜 = 32 000 104 → 307,6 𝑔 𝑚á𝑔𝑢𝑎 = 𝑣𝑐𝑒𝑙𝑢𝑙𝑎 − 𝑑𝑠ó𝑙𝑖𝑑𝑜 × 𝑚𝑐𝑎𝑟𝑣ã𝑜 → 4 000 − 1,5 × 307,6 = 3 538,6 𝑚𝑙 Equação. 8 Com o valor já conhecido do volume do recipiente usado, onde o V= 4 000ml de H2O, considerando o volume total em um Cp/p de 8% então deve-se ÓLEO DIESEL 𝑥 − − − − − − − 307,6 𝑔 5 000 𝑔 𝑡 − − − −307,6 𝑔 𝑥 = 5 000 𝑔 𝑡 × 307,6𝑔 1 000 000𝑔 𝑥 = 1,53 𝑔 𝑡 𝑚𝑜𝑑 = 𝑚𝑜𝑑 𝑑𝑜𝑑 𝑚𝑜𝑑 = 1,53 𝑔 𝑡 0.853 𝑘𝑔/𝑙 𝑚𝑜𝑑 = 1.8 𝑚𝑙 MIBC 𝑥 − − − − − − − 307,6 𝑔 4 000 𝑔 𝑡 − − − −307,6 𝑔 𝑥 = 4 000 𝑔 𝑡 × 307,6𝑔 1 000 000𝑔 𝑥 = 1,2 𝑔 𝑡 𝑚𝑚𝑏 = 𝑚𝑚𝑏 𝑑𝑚𝑏 𝑚𝑚𝑏 = 1,2 𝑔 𝑡 0.805𝑔/𝑚𝑙 𝑚𝑚𝑏 = 1.49 𝑚 Resultados de análises imediatas com reagente MIBIC e Óleo Diesel. Para completar o estudo, foram realizados análises imediatas, com o principal objectivo de estudar as características físicas imediatas, respectivamente humidade total (Ht), matéria 55 volátil (MV), cinza (Cz) e carbono fixo (CF), de tal forma a concluir sobre o comportamento do rejeito do carvão ou de material fino, nomeadamente Análise de Teor de Cinzas Tabela 9: Ilustração da análise de determinação de teor de Cinzas (reagente MIBIC e Diesel ID Amostra 1ª Ensaio 2ª Ensaio 3ª Ensaio ID Forno Carbolite AAF 1100 Carbolite AAF 1100 Carbolite AAF 1100 Carbolite AAF 1100 Carbolite AAF 1100 Carbolite AAF 1100 ID Cadinho A1 Réplica A2 B1 Réplica B2 C1 Réplica C2 A- massa do cadinho 37,9339g 37,7256g 37,9063g 37,8446g 37,5681g 37,7463g B- Massa da amostra 0,9998g 1,0000g 1,0000g 0,9995g 0,9996g 0,9995g C- Massa de cadinho e cinzas após a queima 38,0594g 37,8586g 38,0351g 37,9385g 37,6826g 37,8598g Cinza % 12,55% 11,33% 12,88% 9,39% 11,45% 11,35% Cinza % 11,33% 9,39% 11,35% Fonte: do autor 2023. Análise de Teor de Material Volátil Tabela 10: ilustração da analise de determinação de teor Material Volátil (reagente MIBIC Óleo Diesel) ID Amostra 1ª Ensaio 2ª Ensaio 3ª Ensaio ID Forno Carbolite VMF 1000 Carbolite VMF 1000 Carbolite VMF 1000 Carbolite VMF 1000 Carbolite VMF 1000 Carbolite VMF 1000 ID Cadinho A1 Réplica A2 B1 Réplica B2 C1 Réplica C2 A- massa do cadinho 39,1708g 38,6986g 35,5616g 35,5768g 39,3055g 37,2702g B- Massa da amostra 0,9999g 0,9995g 0,9991g 0.9999g 0,9997g 0,9996g C- Massa de cadinho e cinzas após a queima 39,9718g 39,5082g 36,3658g 36,3836g 40,1067g 38,0788g D- massa do cadinho +Amostra seca 40,1708g 39,6981g 36,5607g 36,5767g 40,3052g 38,2698g Teor de MV % 19,9% 19% 19,5% 19,3% 19,8% 19,1% Fonte: do autor 2023. Análise de Teor de Humidade 55 Tabela 11: Ilustraçãoda análise de determinação de teor de Humidade (reagente MIBIC e Óleo Diesel) ID Amostra 1ª Ensaio 2ª Ensaio 3ª Ensaio ID Forno Ecotherm Ecotherm Ecotherm Ecotherm Ecotherm Ecotherm ID da Amostra A1 Réplica A2 B1 Réplica B2 C1 Réplica C2 A- massa da bandeja 37,8684g 37,8641g 37,8902g 37,7255g 37,7162g 37,8377g B- Massa da amostra 0,9994g 0,9999g 0,9999g 0,9999g 0,9999g 0,9996g C- Massa da Bandeja + Amostra 38,7239g 38,7180% 38,8379% 38,7970% 38,8834% 38,8436% D- Massa da Bandeja + Amostra seca 38,8678% 38,864% 38,8901% 38,7254% 38,7161% 38,8373% Teor de Humidade % 14,3% 14,6% 5,2% 7,1% 16,7% 6% Fonte: do autor 2023. Análise de Teor de Material Volátil Carbono fixo % = 100 − (%Cinzas + %Humidade + %Matéria volátil) Carbono Fixo% = 100-( 9,39 + 19 + 5,6) Carbono Fixo% = 100 – 33,99 Carbono Fixo% = 66,01%. 56
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