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BENEFICIAMENTO MINERAL UNIDADE III TÉCNICAS E EQUIPAMENTOS DE AMOSTRAGEM Elaboração Cristiane Oliveira de Carvalho Produção Equipe Técnica de Avaliação, Revisão Linguística e Editoração SUMÁRIO UNIDADE III TÉCNICAS E EQUIPAMENTOS DE AMOSTRAGEM ....................................................................................................................5 CAPÍTULO 1 TIPOS DE AMOSTRAGEM ........................................................................................................................................................... 7 CAPÍTULO 2 TÉCNICAS E EQUIPAMENTOS ............................................................................................................................................... 11 CAPÍTULO 3 OUTRAS TÉCNICAS E EQUIPAMENTOS ............................................................................................................................ 16 REFERÊNCIAS ...............................................................................................................................................20 4 5 UNIDADE III TÉCNICAS E EQUIPAMENTOS DE AMOSTRAGEM A Unidade III aborda um pouco sobre a amostragem na mineração. O Capítulo 1 demonstra como a amostragem é importante na mineração, apresenta a amostragem em alguns momentos da mineração e tipo de amostragem, bem como a relevância de realizar uma amostragem correta no controle de qualidade. O Capítulo 2 segue falando sobre a amostragem, algumas técnicas de amostragem e como a correta realização reduz os erros. Este capítulo ainda apresenta resumidamente o conceito de homogeneização e as pilhas de homogeneização, além de descrever o funcionamento dos amostradores. O Capítulo 3 expõe ainda sobre outra técnica conhecida como quarteamento, e os tipos de equipamentos que realizam essa operação como o quarteador do tipo Jones, quarteador de polpas e as mesas de homogeneização e divisoras. Objetivo da unidade » Entender alguns momentos e tipos de amostragem na mineração. » Compreender a relevância de realizar uma amostragem adequada para o controle de qualidade. » Conhecer algumas técnicas de amostragem. » Aprender o funcionamento dos equipamentos que realizam a amostragem. Bons estudos! 6 UNIDADE III | TÉCNICAS E EQUIPAMENTOS DE AMOSTRAGEM Fluxograma de processamento das amostras no laboratório físico executado na mineração de Maracá por Hajj (2013). Figura 14. Processamento das amostras no laboratório. Perfuratriz Britador secundário (-2mm) Amostra A Amostra B Pá Quarteador Mesmo procedimento da Amostra A 20 Kg Análises químicas Pulverizador 400g 2 Kg Divisor rota�vo 10 kg Fonte: (HAJJ, 2013). 7 CAPÍTULO 1 TIPOS DE AMOSTRAGEM Segundo Farias Jr. (2010) a amostragem é muito relevante na mineração e normalmente a amostragem aleatória é descartada, pois está irá levar a erros consideráveis, tais como obter teor maior que o real, pois para que esse tipo de amostragem seja representativo é preciso de um grupo totalmente homogêneo que não é frequente na mineração. Selecionar qual é o tipo da amostra e o número dessas amostras depende da: » Natureza da ocorrência mineral, o tamanho da partícula. » A condição em que se encontra o projeto. » O fácil acesso que exibe a mineralização. » O dispêndio realizado da coleta das amostras, que recursos estão disponíveis e qual é o valor da mineralização. É importante entender que grande parte das decisões tomadas, desde a exploração até o fechamento de uma mina de um projeto minerário, estão fundamentadas em valores alcançados por material amostrado. Farias Jr. (2010) explica sobre a amostragem em algumas fases de um empreendimento mineiro. A principal finalidade de realizar uma amostragem na fase de pesquisa mineral de um depósito é a necessidade de definir os parâmetros geológicos e geométricos, ou melhor, o entendimento dos teores e da distribuição espacial. Nessa fase a amostragem segue diferentes passos durante os processos de exploração, avaliação e extração. Na exploração a amostragem não é tão intensa e tem com principal finalidade avaliar as indicações de sondagem para análise das uniões de minério. No começo da lavra de um minério, a amostragem visa determinar os ensaios sobre aqueles processos que deverão ser aplicados no beneficiamento do minério, assim como analisar a diluição potencial dos materiais estéreis ou de pequeno teor. A amostragem nesse momento é bem adensada, pois consegue-se ter dados para que sejam determinados os blocos de lavra, áreas internas que possuam baixo teor ou de estéril, ou mesmo contaminação que possa prejudicar o beneficiamento e zonas com diversos comportamentos minerometalúrgicos e outros. 8 UNIDADE III | TÉCNICAS E EQUIPAMENTOS DE AMOSTRAGEM Ao longo da lavra, a amostragem é feita para determinar o controle de teores, para diversas finalidades, tais como, sinalizar regiões com teores pequenos, aperfeiçoar o delineamento do corpo de minérios (ampliar as reservas e assim o aumento da vida útil do empreendimento) Freitas (2014) esclarece que existem diferentes formas de realizar uma amostragem e ainda apresenta as mais executadas na mineração: Amostragem em fluxo de minério Esta amostragem pode ser realizada na extensão da correia ou na região onde acontece a caída do minério. A amostragem em fluxo de minério pode ser tida como probabilística ou não probabilística e isso muda de acordo como são retirados os incrementos. A primeira ocorre quando se dispõe de amostrador automático que possibilita realizar um corte atravessando o fluxo (seção transversal), enquanto a não probabilística será realizada por meio da amostragem manual. Amostragem de Polpas Em grande parte das usinas de concentração mineral e de hidrometalurgia fazem o processamento de minérios utilizando água. A amostragem de fluxos de polpa é muito usada para avaliar a qualidade dos fluxos intermediários e finais nos circuitos piloto e industrial. Essa amostragem pode ser realizada com o uso de diferentes tipos de amostradores, que cortam todo o fluxo em certo intervalo de tempo. Amostragem em transportador de correia parada Aplicada apenas em materiais sólidos, nessa amostragem a coleta é realizada com ajuda de um gabarito que restringe a extensão de coleta do minério. Considerado como método modelo internacional, no entanto, a sua utilização não é tida como tão praticável, pois é preciso realiza paradas no processo de operação de uma usina. 9 TÉCNICAS E EQUIPAMENTOS DE AMOSTRAGEM | UNIDADE III Amostragem em vagão, caminhão, porão de navio e container Este tipo de amostragem pode ser probabilística ou não probabilística, conforme são coletados os incrementos. Nessas situações é aconselhável que a amostragem seja executada na alimentação do vagão, caminhão, navio ou container. Conforme aponta Sironvalle (2002) existe uma diferença de características entre a amostragem estatística e a amostragem de minerais. Figura 15. Exemplo das diferenças das características da amostragem estatística e amostragem de minerais. Amostragem estatística Amostragem minerais Fonte: Sironvalle (2002). Na figura acima é claramente visível que na amostragem estatística, o lote ou população são constituídos por objetos que possuem pesos semelhantes. Já na amostragem de minerais o lote é constituído por objetos de pesos diferentes. Grigorieff, Costa e Koppe (2002) explicam que o controle de qualidade na indústria mineral deve ser dividido em: » Selecionar a amostra. » Preparar a amostra. » Analisar a amostra que foi preparada. Para retirar amostras, primeiramente é preciso analisar aspectos elementares para atingir o propósito desejado (SIRONVALLE, 2002): » Propósito da amostragem. » População que precisa ser amostrada. » Características que precisam ser mensuradas. 10 UNIDADE III | TÉCNICAS E EQUIPAMENTOS DE AMOSTRAGEM » O métodode amostragem. » Exatidão requerida. Para os minerais é preciso que a amostragem seja equiprovável, que dizer os n fragmentos precisam ter a mesma probabilidade de compor de uma amostra. Se isso não acontecer, tem-se um exemplar e não uma amostra. 11 CAPÍTULO 2 TÉCNICAS E EQUIPAMENTOS Estudar as técnicas de amostragem tem como finalidade reduzir os erros praticados nas fases de amostragem e da preparação da amostra primária. Na preparação da amostra é possível cometer diversos erros, como perder as partículas pertencentes à amostra, contaminação da amostra durante a preparação, modificação da propriedade analisada, descuido do operador, ou mesmo erros intencionais. Como o erro fundamental é o único que não se pode impedir, isso porque na teoria a massa ideal da amostra seria a que abrangesse todo o universo. Então para manusear uma amostra com menor massa, é preciso reduzir a granulometria. Portanto essa redução pode ser efetuada da seguinte forma (LUZ et al., 2010): » por meio de britadores de mandíbulas, até 50,8mm; » por meio de britadores cônicos ou de rolos, de 50,8 até 1,2 mm; » moinho de barras ou bolas, moinhos de disco, pulverizados ou por trituradores manuais, inferior a 1,2 mm. Nas pilhas e silos onde se encontram as partículas maiores e/ ou mais densas se fragmentam, tem-se o erro de segregação. Esse erro é minimizado por meio da homogeneização do material que vai passar por amostragem e da redução da dimensão dos incrementos e como resultado aumento do número de incrementos que constituem a amostra. Em usinas de beneficiamento piloto e/ ou industrial a amostragem é realizada por meio da tomada de incrementos e está sujeita aos erros de amostragem. O erro cometido é menor quanto maior é o número de incrementos e esse está vinculado à massa mínima necessária para compor a amostra primária. Para realizar a tomada de minérios em fluxo é preciso que seja feita em intervalos de tempo e com a constância da vazão e os parâmetros desejados do minério. Em situações em que a vazão não é considerada constante, o incremento extraído deve ser conforme certa quantidade de massa acumulada no decorrer do tempo e preparada aleatoriamente quando existir oscilações periódicas de vazão e dos parâmetros requeridos do minério. Quando é preciso realizar amostragem em certos pontos na usina concomitantemente, determinados pelo plano de amostragem, é recomendável o uso de amostradores automáticos. 12 UNIDADE III | TÉCNICAS E EQUIPAMENTOS DE AMOSTRAGEM Havendo impossibilidade da tomada concomitante, é aconselhável então que seja executada no sentido inverso ao fluxo, para que não ocorram modificações das características das amostras de acordo com a remoção do material montante. Amostradores Amostradores são equipamentos utilizados nas tomadas de incrementos e podem ser divididos conforme a sua trajetória em retilíneos ou circulares. Os primeiros são os mais utilizados e precisam de arestas retas, paralelas, simétricas com relação ao eixo e espessura uniforme. Neste tipo, há a interrupção do fluxo de minério e a extração do incremento para constituir a amostra, de acordo com a figura 16a. Já os amostradores que possuem trajetória circular são dotados de aberturas radiais que interrompem, extraindo um incremento para compor a amostra, conforme apontado na figura 16b. Figura 16. Amostrador de trajetória retilínea e amostrador de trajetória circular. a) b) Fonte: Luz et al., (2010). Esses amostradores precisam se mover ortogonalmente ao eixo do fluxo, ao longo de uma seção total do fluxo com velocidade que não varia ao longo do tempo. O volume deve ser no mínimo três vezes maior que o volume da amostra, impedindo o derramamento. Homogeneização e quarteamento Os estágios de preparação devem ser realizados avaliando as técnicas de homogeneização e quarteamento. E para isso é preciso usar pilhas e/ ou equipamentos que ajudem. 13 TÉCNICAS E EQUIPAMENTOS DE AMOSTRAGEM | UNIDADE III A homogeneização da amostra primária visa conseguir uma distribuição mais uniforme possível dos seus constituintes possibilitando assim o quarteamento em parcelas menores de massa. Na homogeneização, as pilhas na forma de tronco de cone ou longitudinais são os métodos mais utilizados (MAIA, 2011). Logo após a homogeneização o quarteamento é feito com o propósito de redução de massa para ser trabalhada e a preparação de partes para análises (granulométrica, química, mineralógica, peso específico etc.) São operações executadas a seco e ainda podem ser manuais ou por meio de equipamentos triviais. O quarteamento é importante para produzir amostras finais, com características finais semelhantes da perspectiva estatística. Figura 17. Exemplo genérico do processo de amostragem em tratamentos de minério. Universo ou lote Incremento Incremento Incremento Amostra primária Preparação Homogeneização e Quarteamento Amostra final Arquivo Fonte: Sampaio, (2007). 14 UNIDADE III | TÉCNICAS E EQUIPAMENTOS DE AMOSTRAGEM Pilha de homogeneização A pilha de homogeneização é considerada uma técnica bastante útil para caracterizar e alimentar um circuito constante de concentração do mineral. Fundamentado nas pilhas, o material que alimenta as plantas de beneficiamento tem uma distribuição mais homogênea dos constituintes em relação às propriedades físico- químicas e mineralógicas. Essas pilhas são muito comuns nas operações de campo, pois não requerem equipamentos sofisticados. Nas plantas industriais, as pilhas de minério que fazem a alimentação precisam ser capazes de permanecer com as características de alimentação iguais por até uma semana (SAMPAIO, 2007). Realizar a amostragem dessas pilhas é imprescindível para definir as características granulométricas, químicas e mineralógicas das usinas. No entanto, é preciso compreender que os volumes dos sólidos e a distribuição granulométrica, neste estágio, são mais grossas. Isto dificulta a possibilidade de se obter amostras representativas de pilhas. Logo, o melhor caminho a seguir na amostragem é então tomar incrementos ao longo do processo de formação da pilha e então compor a amostra final e encaminhar para a fase de preparação. Pilhas Na pilha cônica consegue-se uma boa homogeneização do material na preparação da pilha. Para construí-la o material é distribuído sobre uma lona quadrada e os seus vértices são levantados, intercalando, de modo que o material que fique no alicerce da pilha de um dos lados seja destinado ao topo da pilha a cada passada. Já as pilhas longitudinais são executadas através da distribuição do material, longitudinalmente, em passadas consecutivas. Após a construção, as extremidades precisam ser retomadas e mais uma vez devem ser espalhadas sobre o centro. Esta pilha depois de formada possui a seção em tronco pirâmide. A figura abaixo mostra a construção das pilhas: cônica e longitudinal. 15 TÉCNICAS E EQUIPAMENTOS DE AMOSTRAGEM | UNIDADE III Figura 18. Construção das pilhas. Vista lateral Vista superior Pilha Longitudinal Pilha cônica Fonte: Sampaio, (2007). 16 CAPÍTULO 3 OUTRAS TÉCNICAS E EQUIPAMENTOS Quarteamento Segundo Sampaio (2007) o quarteamento realizado em pilhas cônicas é um dos procedimentos mais antigos que existe para se segregar uma amostra. Ao formar uma pilha cônica o fracionamento deverá ser simétrico ao vértice do cone. Após a formação do cone, o vértice é achatado auxiliando a separação, dividindo o material em quatro partes. Estas quatro frações são realizadas conforme dois planos verticais que atravessam cortando no eixo geométrico do cone, ou seja, as duas porções em diagonais são combinadas e as demais rejeitadas. Se for preciso dividir ainda mais a amostra, utiliza-se uma das pilhas e replica-se a operação. Conhecida também como quarteamento em lona ou bancada, esse método é usado para volumes pequenos de amostra. Ainda são recomendados para realizar amostras de minérios sem homogeneidadee com granulometria grossa. Sua utilização é comum por conta de sua simplicidade na execução. Abaixo há uma figura que mostra os estágios de quarteamento em uma pilha do tipo cônica. Figura 19. Representação dos estágios de uma pilha cônica. Fonte: Sampaio, (2007). 17 TÉCNICAS E EQUIPAMENTOS DE AMOSTRAGEM | UNIDADE III A pilha alongada pode ser utilizada tanto em laboratórios como em grandes quantidades de minério. Essa pilha é confeccionada dividindo o lote em quatro regiões o mais idênticas possível. Para realizar a construção da pilha, primeiramente distribui-se uma fração de minério da esquerda para direta e a próxima no sentido contrário (direita para a esquerda) e o processo segue dessa forma. É importante que a quantidade de minério do lote inicial seja considerável para distribuir na extensão de toda a pilha a uma velocidade constante. Depois de formada a pilha, esta precisa ser fracionada, usando como referência a largura da pá ou instrumento selecionado para a coleta do minério, sendo numerados como mostra a figura a seguir. Figura 20. Formação e quarteamento de uma pilha longitudinal. Fonte: Sampaio, (2007). O quarteamento é realizado produzindo duas pilhas, definindo uma como as porções com índices ímpares e índices pares. Se for preciso replica-se a operação com uma das pilhas. Se for utilizada para quantidades de amostras pequenas (quilogramas), a produção da pilha é feita descarregando o minério, com velocidade constante, na extensão da pilha, em determinado sentido e no sentido contrário o quarteamento segue o procedimento explicado anteriormente. (LUZ et al., 2010). Quarteador Jones ou divisor de Riffles O quarteador de Jones é formado por diversas calhas dotadas de inclinação. Ée importante ressaltar que quanto mais calhas, mais fiável é a amostra. 18 UNIDADE III | TÉCNICAS E EQUIPAMENTOS DE AMOSTRAGEM Essas calhas precisam ter uma inclinação superior a 45°, sem cantos vivos, devem ter números pares e, além disso, as larguras precisam ser maiores que 2d (diâmetro da partícula)+ 5mm. A amostra deve ser alimentada pela parte superior de forma lenta e constante, para que não ocorra bloqueio nas calhas e o lançamento das partículas. É preciso que na hora de realizar o quarteamento a amostra esteja quase seca. E se necessitar alcançar amostras com massas pequenas é preciso refazer o procedimento com o material que se encontra em um recipiente coletor. Quarteador de Polpa Este equipamento é formado por um alimentador e um disco giratório que contém uma quantidade par de recipientes. Deve possuir um agitador no alimentador para que o material permaneça sempre homogeneizado e uma válvula de descarga para que a vazão de polpa não seja interrompida no disco giratório Os recipientes recebem, em cada um, uma parcela do quarteamento. Se a massa desejada for maior, é preciso que sejam misturadas as amostras dos recipientes opostos. Figura 21. a) Quarteador do tipo Jones; b) Quarteador do tipo polpa. Fonte: <https://www.nei.com.br/modelo/quarteador-de-amostras-tipo-jones-astecma-equipamentos-para-moagem- ltda?id=883e4ca0-7a19-4975-b466-d745a770497a>.e <http://www.brastorno.com.br/produto/quarteador-de-polpa/>. Acesso em: 27/7/2019. Mesa homogeneizadora/ divisora A mesa homogeneizadora é uma calha que vibra, como vazão e altura de descarga que não são constantes e que se desloca sob uma trajetória circular, sobre uma mesa e o minério chega por meio de um silo com acionamento de motovariador. 19 TÉCNICAS E EQUIPAMENTOS DE AMOSTRAGEM | UNIDADE III Esse equipamento possibilita que seja formada uma pilha circular com secção triangular em que diâmetro e altura são monitorados por uma calha com secções articuladas e também vibratória. Em seguida, a pilha é fracionada por dispositivo composto por dois interceptadores triangulares, articulados e passíveis de regulagem. Mesa divisora Neste equipamento o quarteamento é realizado por meio da distribuição do material no silo, na extensão de várias calhas coletoras. É importante ter em mente que a velocidade de rotação da calha e o quanto de material será colocado no silo devem ser definidos de modo a garantir que todas as calhas coletoras recebam quantidades igualitárias de amostras. A figura abaixo mostra a mesa homogeneizadora e a mesa divisora. Figura 22. a) Mesa homogeneizadora/divisora; b) Mesa divisora. 1-Silo alimentador. 2-Calha vibratória. 3-Vibrador eletromagnético. 4-Mesa homogeneizadora. 5-Divisor de pilhas. 6-Mesa suporte. 7-Motovariador. 8-Controlador de rotação. 9- Quadro de comando. 10-Quadro de proteção. 11-Estrutura com rodízios. 12-Porta para manutenção. 13-Pilha com secção triangular. 4-Mesa Divisora. 5-Orientador De Fluxo. 6-Calha Coletora. 7-Mesa Suporte. 8-Motovariador. 10-Quadro de comando. 11- Quadro de proteção. 12-Estrutura com rodízios. 13-Porta para manutenção. Os demais números da mesa divisora são iguais aos números da mesa homogeneizadora/divisora. a) b) Fonte: Luz et al., (2010). 20 REFERÊNCIAS BRAGA, P. F. A. 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