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CIRCUITOS DE FRAGMENTAÇÃO, 
PENEIRAMENTO E CLASSIFICAÇÃO
UNIDADE III
CLASSIFICAÇÃO
Elaboração
Cristiane Oliveira de Carvalho
Produção
Equipe Técnica de Avaliação, Revisão Linguística e Editoração
SUMÁRIO
UNIDADE III
CLASSIFICAÇÃO ....................................................................................................................................................................................5
CAPÍTULO 1
ASPECTOS GERAIS DA CLASSIFICAÇÃO .............................................................................................................................. 7
CAPÍTULO 2
CLASSIFICADORES .................................................................................................................................................................... 12
CAPÍTULO 3
OUTROS CLASSIFICADORES ................................................................................................................................................. 16
REFERÊNCIAS ...............................................................................................................................................19
5
UNIDADE IIICLASSIFICAÇÃO
A unidade III apresenta um resumo da classificação de partículas no tratamento de 
minérios. 
O capítulo 1 explana sobre a importância da classificação e o movimento realizado pelas 
partículas.
O capítulo 2 mostra os equipamentos de classificação, além de apresentar o funcionamento 
dos classificadores e diferenciar as partículas nesse processo. 
O capítulo 3 segue apresentando os demais classificadores.
Objetivos da Unidade 
 » Entender a necessidade da classificação na separação das partículas.
 » Estudar as forças que agem nas partículas.
 » Identificar os movimentos realizados pelas partículas.
 » Conhecer alguns classificadores.
6
UNIDADE III | CLASSIFICAÇÃO
Você sabia que classificadores do tipo hidrociclones possuem revestimentos contra 
o desgaste a abrasão?
O grande desgaste dos revestimentos usados na classificação de partículas em 
descargas de moinho é um fator crítico nas operações de uma instalação de 
beneficiamento de minérios.
A taxa de desgaste dos revestimentos pode ser grande, especialmente, na entrada de 
alimentação. Alguns dos materiais mais usados são espessas borrachas, cerâmicas, 
componentes em cerâmica/poliuretano e metais duros.
A figura a seguir mostra alguns componentes do hidrociclone e ele completo em 
Poliuretano de Alta Performance, o PUAP.
Figura 16.
 
APEX de PUAP 
Câmara de alimentação e tampa 
PUAP 
Fonte: http://www.delreyminerals.com.br/theme/delrey/produtos/hidrociclone/catalogo.pdf. Acesso em: 7/11/2019.
7
CAPÍTULO 1
ASPECTOS GERAIS DA CLASSIFICAÇÃO
As etapas de que abrangem a classificação e o peneiramento no tratamento de minérios 
têm como principal finalidade separar duas ou mais porções, com partículas que possuem 
tamanhos diferenciados.
O método de classificação, ou seja, a segregação dessas partículas é efetuado fundamentado 
no conceito da velocidade em que os grãos deslocam determinado meio fluido.
Se uma partícula está em queda livre no vácuo, ela é submetida a uma aceleração constante, 
e a velocidade aumenta indeterminadamente, seja qual for o tamanho e ou densidade.
Quando a partícula cai em um meio diferente do vácuo, este promove uma resistência ao 
seu movimento e que aumenta em proporção direta a velocidade até conseguir atingir 
um valor constante.
As duas forças que agem na partícula (gravitacional e resistência do fluido) tendem a 
se igualarem e, quando isso acontece, a partícula alcança a velocidade conhecida como 
terminal e ocorre a queda livre com velocidade constante.
A velocidade de queda é influenciada pela resistência do fluido, ou seja, para pequenas 
velocidades o movimento é lento, isso porque a película de fluido em contato com a 
partícula tem o mesmo movimento que ela; em contrapartida, o fluido se mantém estático.
Em altas velocidades, a resistência está associada à perturbação do fluido pela partícula 
atingindo um regime nomeado como turbulento.
A aceleração da partícula, com o tempo, tende a diminuir com rapidez, sob a atuação 
das forças e sempre se alcança a velocidade terminal.
Sedimentação em queda livre
O movimento em que uma partícula realiza em fluido e que por ação da gravidade segue 
a uma distância infinita, em teoria, é conhecido como sedimentação em queda livre.
Ela ocorre quando a quantidade de sólidos for inferior a 15% em peso. 
No cálculo de velocidade constante que uma partícula alcança ao sedimentar em fluido 
(velocidade terminal) é necessário encontrar uma equação em que o somatório das 
forças que agem sobre a partícula seja igual a zero.
8
UNIDADE III | CLASSIFICAÇÃO
Conforme a lei de Newton, temos que:
F = m • a (Eq.16)
Sendo que:
F = força resultante que atua sobre a partícula (N);
m = massa da partícula (kg);
a = aceleração da partícula (m/ s2).
Nessa situação, as forças que agem na partícula são de gravidade (mg), de empuxo (m’g) 
e a de resistência (R), assim, a força resultante é representada por:
F mg m g R m
dv
dtR
� � � �' (Eq.17)
Sendo que:
m = massa da partícula (kg);
g = aceleração da gravidade (m/s2); 
m’ = massa do fluido deslocado (kg);
R = força de resistência (N).
v = velocidade da partícula (m/s).
O cálculo de massa das partículas (consideradas esféricas) e do fluido que se desloca 
pode ser obtido utilizando as seguintes equações:
m r ds�
4
3
3� (Eq.18)
m'
m
d
d
s
f= (Eq.19)
Sendo que:
ds = densidade do sólido; 
df = densidade do fluido; 
r = raio da partícula (m).
Ao atingir a velocidade terminal é atingida 
dv
dt
= 0 e logo a equação reduz-se:
R = g (m – m’) (Eq.20)
 
9
CLASSIFICAÇÃO | UNIDADE III
Os cálculos de força de resistência à sedimentação em queda livre são realizados 
fundamentados nas leis de Stokes e Newton, em ordem, para o regime laminar e turbulento.
Se as partículas são pequenas e possuem o raio inferior a 50µm, então o regime é tido 
como laminar e a força de resistência é determinada por:
R rvt� 6�� (Eq.21)
Em que:
µ = viscosidade do fluido (kg/ms); 
r =raio a esfera (mm);
Vt = velocidade terminal da partícula (m/s)
Fazendo a substituição na equação 20 das fórmulas 18, 19 e 21;
V
r g
d dT s f� �� �
4
18
2
�
 (Eq.22)
Já quando as partículas são grossas, maiores que 5mm, o regime é, então, turbulento 
e a lei de Newton agora é substituída pela lei de Stokes. A força de resistência é obtida 
pela expressão:
R Q d r vf�
�
�
�
�
�
�
�
2
2 2
 (Eq.23)
Em que Q é coeficiente de resistência.
Fazendo a substituição da equação 23 na equação 17 encontra-se a seguinte expressão 
para velocidade terminal:
V
gr
Q
ds df
dfT
�
��
�
�
�
�
�
8
3
 (Eq.24)
As leis de Stokes e de Newton podem ser simplificadas para certo fluido:
V K r d dT s f� �� �1 2 e (Eq.25)
V K r d dT s f� �� ��� ��2
1 2/
 (Eq.26)
Em que K1 e K2 são constantes e ds-df = densidade efetiva de uma partícula em fluido.
A velocidade terminal da partcícula, em certo fluido, é de acordo com o tamanho e a 
densidade da partícula e logo:
 » quando duas partículas possuem a mesma densidade, a partícula que tem o maior 
tamanho também terá a maior velocidade terminal;
10
UNIDADE III | CLASSIFICAÇÃO
 » quando duas partículas possuem o mesmo tamanho, a partícula que for mais densa 
também será a de maior velocidade terminal.
Quando duas partículas com densidades (da) e (db) e diâmetros (Da) e (Db), em queda 
num meio fluido com densidade df, com a mesma taxa de densidade de sedimentação.
Velocidades terminais precisam ser iguais e têm um emprego direto das leis de Newton 
e Stokes que:
�r
a
b
b f
a f
n
D
D
d d
d d
� �
�
�
�
�
�
�
�
� Eq.27
Sendo que:
Da e Db = diâmetros das partículas a e b respectivamente;
Da e db = densidades das partículas a e b respectivamente;
df = densidade do fluido;
n = 1 para lei de Newton;
0,5 para lei de Stokes.
Conhecida como razão da sedimentação livre, essa expressão representa a razão 
de tamanhoda partícula que é preciso para que dois minerais possuam velocidades 
terminais de sedimentação iguais.
Ao fazer substituição das fórmulas 18, 19 e 21 na equação 20, logo a velocidade terminal 
(VT) é:
V
r g
d dT s f� �� �
4
18
2
� (Eq.28)
Quando a faixa granulométrica é intermediária, ou seja, 0,05<r<5 mm, e a classificação 
é geralmente efetuada a úmido, não existe nenhuma lei que determina.
É recomendado interpretar a resistência apresentada pelo fluido nesta faixa por meio 
da combinação das forças de resistência governada pelas leis de Stokes e Newton, 
encontrada por Oseen:
R rV
d V
T
f T� �
�
�
�
�
�
�6 1
3
8
��
�
 (Eq.29)
Sedimentação em queda impedida
Este tipo de sedimentação, também conhecida com sedimentação em queda retardada, 
é representado pelo movimento de uma partícula em polpa.
11
CLASSIFICAÇÃO | UNIDADE III
Se houver o aumento da densidade da polpa, o movimento de sedimentação de cada 
partícula sofrerá interferência pelo movimento das outras e pelo deslocamento da água 
pelos espaços que existem entre as partículas.
Isso resultará para esta partícula menor velocidade de sedimentação do que se ela 
estivesse em queda livre.
Em queda impedida, a velocidade de sedimentação pode ser pela modificação da lei de 
Newton para queda livre, obtendo a seguinte equação:
V k D d ds p� �� ��� ��
1 2/
 (Eq.30)
Sendo que:
k = constante;
D = diâmetro da partícula (m);
ds = densidade de partícula;
dp = densidade de polpa. 
Da mesma forma que na sedimentação em queda livre, pode-se determinar uma razão 
de sedimentação em queda impedida que será:
z
D
D
d d
d d
a
b
b p
a p
� �
�
�
�
�
��
�
�
�� (Eq.31)
Sendo que:
Da e Db = diâmetros das partículas a e b ;
da e db = densidades das partículas a e b; condição: (db > da).
A razão de sedimentação impedida é maior do que a razão em queda livre, e conforme a 
polpa se torna mais densa, a razão do diâmetro de partículas com velocidades terminais 
de sedimentação iguais será maior.
12
CAPÍTULO 2
CLASSIFICADORES
Os equipamentos utilizados na classificação são conhecidos como classificadores e 
consistem em colunas separadoras em que o fluido líquido ou gasoso está ascendendo 
com uma velocidade uniforme e aceleração nula.
A conhecida velocidade terminal das partículas presentes nessas colunas é que definem 
se elas vão ascender ou descender. Os produtos dessa coluna de separação são o overflow 
e o underflow.
As partículas que têm uma velocidade terminal inferior à velocidade do fluido, são 
conhecidas como overflow. Essas partículas são, normalmente, mais finas que sobem 
na coluna de separação.
Por sua vez, a underflow é o conjunto em que as partículas possuem velocidades terminais 
superiores à velocidade do fluido e descem na coluna de separação. A figura a seguir 
demostra uma representação de como um classificador funciona.
Figura 17. Princípio básico de funcionamento de um classificador.
 
“Overflow” 
“underflow” 
v 
Vt= velocidade 
terminal 
V= velocidade 
do fluido 
Vt< V 
Vt > V 
Fonte: Luz et al. (2018).
A separação sólido-sólido em diferentes faixas de tamanho influencia consideravelmente 
no desempenho da moagem e deslamagem.
A seleção dos equipamentos utilizados na classificação varia de acordo com os parâmetros 
de operação e com as características da partícula que será classificada.
13
CLASSIFICAÇÃO | UNIDADE III
Silva (2014) apresenta uma divisão dos grupos de classificadores conforme o mecanismo 
de funcionamento: mecânico, não mecânico, gravitacional e centrífugo. 
Ainda explica que a água é um dos fluidos mais usados na operação e o ciclone de 
funcionamento centrífugo é o mais utilizado na classificação de minérios.
Luz et al. (2010) mostra em um quadro com alguns autores e os tipos de classificadores 
conforme o mecanismo e o fluido utilizado. 
Quadro 3. Classificadores de acordo com o mecanismo e fluido utilizado.
Autor Tipos de classificação
Trajano
Úmido
Mecânico 
Não mecânico
Ar
Gravidade
Centrífugo
Mecânico
Perry
Mecânico
Não mecânico
Hidráulico
Horizontais
Wills Verticais
Fonte: Luz et al. (2010).
Classificadores horizontais
Esta classe de classificadores é principalmente do tipo sedimentação em “queda livre” 
e tem grande uso quando se quer uma separação somente por tamanho. 
Os classificadores horizontais são categorizados como: cone de sedimentação, 
classificadores mecânicos e classificadores espirais.
Cone de sedimentação
O cone de sedimentação é o classificador mais trivial, sendo o mais empregado na 
segregação de sólidos e líquidos, quer dizer, serve como unidade desaguadora para 
operações de pequenas capacidades. Ainda é utilizado na deslamagem de minérios.
São normalmente produzidos em concreto ou aço, contendo um coletor de materiais 
grossos no fundo e um lavador na parte superior, para que as partículas consideradas 
ultrafinas não sejam carregadas.
14
UNIDADE III | CLASSIFICAÇÃO
O cone duplo é o mais comum e está representado na Figura 18. Ele é formado por um 
cone externo fixo e um interno concêntrico e que regula. No espaço que existe entre os 
cones a agua sob pressão verte pelas canaletas laterais presentes nos arredores do cone 
externo.
Figura 18. Representação do funcionamento de um cone duplo.
 
“Alimentação do 
pulpo” Ajuste do cone 
interno 
Lavrador do 
Overflow 
Cone 
externo 
fixo 
Entrada de água 
Produto grosseiro 
Fonte: Luz et al. (2018).
Classificadores mecânicos
Esta classe de classificadores tem sido muito utilizada em operações de circuito fechado 
de moagem e na classificação em usinas de lavagem de minérios.
Diversas referências afirmam que os classificadores espirais são classificadores mecânicos. 
No entanto, os classificadores serão abordados à frente devido a sua relevância.
Os classificadores mecânicos podem ser divididos em: de arraste ou rastelo, apresentados 
na figura a seguir.
Figura 19. Classificadores de arraste e rastelo, respectivamente.
 
Underflow 
S 
Alimentaç
ão 
Bacia de alimentação 
Overflo
w 
Overflow 
underflow 
Alimentaç
ão 
Fonte: Luz et al. (2018).
15
CLASSIFICAÇÃO | UNIDADE III
Esses classificadores geralmente se apresentam como tanques retangulares ou bacias, 
além de terem o mesmo princípio de funcionamento. A única diferença entre o de 
arraste ou o rastelo é a forma do underflow a ser removido do classificador, que pode 
ser conduzido por arraste ou uma sequência de rastelo.
A alimentação da polpa ocorre dentro da calha inclinada e ocorre a sedimentação no 
tanque. O fundo do tanque recebe partículas com altas velocidades (material grosso e 
pesado) e na superfície permanecem as partículas leves e são escoadas como um overflow.
Classificador espiral
Este tipo de classificador, também conhecido como classificador parafuso, é o mais 
usado em operações em instalações com pequenas escalas, sendo limitado a aplicações 
com uma faixa de granulometria que deve estar entre 0,833 a 0,074mm.
Basicamente esse classificador é uma calha, onde existe um eixo envolto por hélices, 
que permanecem girando, permitindo que a polpa fique em suspensão.
A finalidade dessas hélices é retirar o material que está sedimentado na parte inferior 
da calha (fundo). Esse conjunto pode exibir diferentes níveis de inclinação, sendo 
considerada uma varável importante de processo.
Geralmente, o classificador em espiral é definido pelo diâmetro da sua espiral. Neste 
classificador, a alimentação é realizada em um nível inferior de polpa, e assim o material 
mais pesado afunda e é deslocado pelas hélices na extensão do declive e, por fim, é 
descarregado na parte de cima por meio de uma abertura na calha que fica acima do 
nível de água. 
Figura 20. Funcionamento do classificador em espiral.
 
Alimentação 
Underflow 
Overflow 
Fonte: Adaptado de https://cetm_engminas.catalao.ufg.br/up/596/o/apresentacao_separacao_solido_liquido2.pdf. 
Acesso em: 7/11/2019.
16
CAPÍTULO 3
OUTROS CLASSIFICADORES
Classificadores verticais
Diferente dos classificadoreshorizontais, os verticais consideram a densidade das 
partículas e normalmente são usados em regime de sedimentação impedida. Hoje em 
dia estão sendo trocados por hidrociclones em grande parte das aplicações.
Em um classificador vertical tem a água inserida à polpa de alimentação por meio de 
um fluxo contrário às partículas sedimentadas. Eles são compostos comumente de 
uma série de colunas em que as partículas contra a corrente da água são sedimentadas 
conforme as suas densidades.
Na primeira coluna serão depositadas as partículas mais grossas e na última coluna 
ficarão as partículas mais finas, já as lamas são conseguidas por transbordo. Essa 
sedimentação seletiva só é possível por causa do controle de velocidade das correntes 
de água que diminuem da primeira até a última coluna.
Figura 21. Representação esquemática de um classificador vertical.
 
Alimentação 
água água água 
Produto Grosso Produto médio Produto fino 
Coluna de classificação 
Lama 
Fonte: Luz et al. (2018).
Hidrociclones
São classificadores mais utilizados em circuitos fechados de moagem e possuem como 
princípio fundamental a sedimentação centrífuga.
As dimensões dos classificadores, as variáveis operacionais e as propriedades físicas dos 
materiais e da polpa alimentada interferem no desempenho dos hidrociclones.
Basicamente um hidrociclone é formado por uma câmara cilíndrico-cônica com entrada 
tangencial e duas saídas. A câmara cilíndrica possui um duto onde é inserida a polpa 
17
CLASSIFICAÇÃO | UNIDADE III
sob pressão e, como consequência da entrada tangencial, é formado um redemoinho 
no interior do aparelho.
Aquelas partículas que são mais grossas e mais densas são lançadas às paredes e liberadas 
através da abertura inferior, o apex, formando o underflow. Por outro lado, as partículas 
mais finas e menos densas, juntamente com boa parte da fase líquida são encaminhadas 
para a parte central do hidrociclone e são descarregadas por um cilindro situado na 
parte de cima do classificador, conhecido como Vortex Finder, formando o overflow.
Chaves (2003) e Silva (2014) explicam que alguns autores não fazem distinção entre 
ciclones e hidrociclones. No entanto, algumas referências detalham que os separadores 
ciclônicos são categorizados de acordo com a função do fluido e/ou sólidos que manipulam, 
ou seja, quando a fase contínua é um gás ou vapor, esse dispositivo é conhecido como 
ciclone, mas se a fase contínua for um líquido, ele é denominado hidrociclone. 
Entretanto, as características básicas e o princípio de funcionamento são similares.
Figura 22. Componentes de um classificador.
 
Conexão de descarga 
do overflow 
Conexão de entrada 
Cabeçote de entrada 
Vortex Finder 
Cilindro 
Cone 
Apex (alojamento/ 
revestimento) 
Saia contra respigo 
Fonte: https://cetm_engminas.catalao.ufg.br/up/596/o/apresentacao_separacao_solido_liquido2.pdf. Acesso em: 7/11/2019.
Os hidrociclones são usados principalmente para:
 » espessamento – elimina a maior parte da água de uma polpa;
 » deslamagem – elimina as partículas mais finas. Isto é normalmente necessário 
para os processos de separação magnética a úmido, filtração etc;
 » classificação – frequentemente utilizado no fechamento de circuito de moagem 
onde o underflow do hidrociclone retorna ao moinho;
 » classificação seletiva – por meio de uma configuração de hidrociclones em 
série, é possível obter-se um conjunto de produtos com granulometria definida;
18
UNIDADE III | CLASSIFICAÇÃO
 » pré-concentração – utilizando hidrociclones de fundo chato, pode-se realizar 
concentração por gravidade onde os minerais mais densos são descartados pelo 
underflow. (LUZ et al., 2018, p. 243-244).
Chaves (2002) e Luz et al. (2018) descrevem algumas vantagens e desvantagens dessa 
classe de classificadores:
Vantagens: 
 » Capacidade elevada de acordo ao seu volume e à área ocupada.
 » Simplicidade no controle operacional. 
 » Operação parcialmente estável. 
 » Baixo dispêndio de investimento, tornando possível colocar unidades reservas e 
elevar a disponibilidade da instalação.
 » Manutenção simples e facilitada por um bom projeto.
Desvantagens:
 » Impossibilidade de efetuar ajustes para reduzir os efeitos provocados pelas oscilações 
que ocorre na alimentação.
 » Para obter um controle efetivo de processo, normalmente é preciso instalações 
aprimoradas.
 » O dispêndio com manutenção das bombas e desses classificadores pode ser elevado 
se utilizarem minérios abrasivos.
 » Custo operacional maior que o classificador espiral, por causa da energia consumida 
no bombeamento.
 » Menor eficiência que os classificadores espiral ou de rastelos.
 » Não possui capacidade de armazenar grande quantidade de polpa e, por isso, 
possui efeito regulador.
19
REFERÊNCIAS
CHAVES, Arthur Rotênio Pinto. Teoria e prática do tratamento de minérios –Vol. 1 (Bombeamento 
de Polpa e Classificação). Oficina de Texto, 2002.
CHAVES, Arthur Rotênio Pinto; PERES, Antônio Eduardo C. Teoria e prática do tratamento de 
minérios – Vol. 3 (Britagem, Peneiramento e Moagem). Oficina de Texto, 2003.
CARVALHO, Marly de Ávila. Avaliação da disposição de moinhos em circuitos de moagem 
de minério de ferro. 2015. Dissertação (Mestrado em Engenharia de Minas) –Escola de Minas da 
Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, 2015.
FOGGIATTO, Bianca. Previsão de desempenho do circuito de moagem de Carajás. 2009. 
Dissertação (Mestre em engenharia) – Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, São Paulo, 2009.
IIZUKA, Eduardo Kenji. Análise de tensões em peneiras vibratórias através de modelagem 
numérica utilizando o método dos elementos finitos e experimentalmente por extensometria. 
2006. Dissertação (Mestrado em Engenharia Mecânica) – Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 
2006.
LUZ, A. B.; SAMPAIO, J. A.; FRANÇA, S. C. A. Tratamento de minérios. 5ª edição. Rio de Janeiro: 
Cetem/CNPq, 2010. 932p. 
LUZ, A. B.; SAMPAIO, J. A.; FRANÇA, S. C. A. Tratamento de minérios. 6ª edição. Rio de Janeiro: 
Cetem/CNPq, 2018. 94p. 
MASSOLA, Camila Peres. Abrasão – corrosão em corpos moedores na moagem do minério 
de ferro. 2015. Tese (Doutorado em ciências ) – Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, São 
Paulo, 2015.
MAZZINGHY, Douglas Batista. Modelagem e simulação de circuito de moagem através da 
determinação dos parâmetros de quebra e da energia específica de fragmentação. 2009. 
Dissertação (Mestrado em Engenharia Metalúrgica e de Minas) – Universidade Federal de Minas Gerais, 
Belo Horizonte, 2009.
MILHOMEM, Felipe de Orquiza. Modelagem de desaguamento em peneira. 2013. Dissertação 
(Mestrado em Engenharia Mineral) – Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, 2013.
PINTO, Pedro. Desenvolvimento de rotas para cominuição de itabiritos compactos do 
quadrilátero ferrífero. 2016. Dissertação (Mestrado em Engenharia) – Escola Politécnica da 
Universidade de São Paulo, São Paulo, 2016.
ROSA, Andréia Carolina. Desempenhos dos circuitos de moagem direto e inverso da Samarco. 
2013. Dissertação (Mestrado em Engenharia) – Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, São 
Paulo, 2013.
SILVA, Anatália Lara. Moagem semiautógena piloto do minério de ouro da Rio Paracatu 
Mineração. 2012. Dissertação (Mestrado em Engenharia) – Escola Politécnica da Universidade de São 
Paulo, São Paulo, 2012.
20
REFERÊNCIAS
SILVA, José Pedro da. Caracterização dos hidrociclones utilizados nas etapas de classificação 
dos concentradores I e II da Samarco Mineração. 2014. Dissertação (Mestrado em Engenharia 
Mineral) – Universidade Federal De Ouro Preto, Ouro Preto, 2014.
Referências Ilustrativas
Figura 3
Fonte: http://www.mineracaoflorense.com.br/services/britagem-primaria-movel/
Figura 4
Fonte: https://cetm_engminas.catalao.ufg.br/up/596/o/03._Britagem.pdf
Figura 6
Fonte: Adaptado de https://cetm_engminas.catalao.ufg.br/up/596/o/03._Britagem.pdf
Figura 18
Fonte: Adaptado de https://cetm_engminas.catalao.ufg.br/up/596/o/apresentacao_separacao_solido_
liquido2.pdfFigura 20
Fonte:https://cetm_engminas.catalao.ufg.br/up/596/o/apresentacao_separacao_solido_liquido2.pdf
Figura 24
Fonte: http://www.imic.com.br/produtos-novos/grelhas-vibratorias/
	UNIDADE III
	CLASSIFICAÇÃO
	Capítulo 1
	Aspectos gerais da classificação
	Capítulo 2
	Classificadores
	Capítulo 3
	Outros classificadores
	Referências

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