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Legislação
Brasília | 2010
2010
Câmara dos
Deputados
A série Legislação reúne normas jurídicas, textos ou conjunto 
de textos legais sobre matérias específicas, com o objetivo de 
facilitar o acesso da sociedade à legislação vigente no país, pois 
o conhecimento das normas que regem a vida dos brasileiros 
é importante passo para o fortalecimento da prática da cida-
dania. Assim, o Centro de Documentação e Informação, por 
meio da Coordenação Edições Câmara, cumpre uma das suas 
mais importantes atribuições: colaborar para que a Câmara dos 
Deputados promova a consolidação da democracia.
LEGISLAÇÃO BRASILEIRA 
SOBRE MEIO AMBIENTE
3ª edição
Legislação
 B
rasileira so
bre M
eio
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bien
te
 | 3
a edição
Capa_Legislação_Brasileira_Sobre_Meio_Ambiente_3ed_21_1_11.indd 1 1/7/2011 14:17:06
Legislação
Centro de Documentação e Informação – Cedi
Coordenação Edições Câmara – Coedi
Anexo II – Praça dos Três Poderes
Brasília (DF) – CEP 70160-900
Telefone: (61) 3216-5809; fax: (61) 3216-5810
edicoes.cedi@camara.gov.br
Legislação Brasileira sobre Meio Ambiente 
3ª edição
Apresentação
Incluída entre as mais modernas e mais avançadas 
do mundo, a legislação brasileira sobre o meio 
ambiente é motivo de orgulho para a Câmara dos 
Deputados. Isso devido ao esforço com que bus-
camos corresponder às expectativas da sociedade 
quanto ao tema que é, indubitavelmente, umas 
das nossas grandes preocupações.
No entanto, não basta apenas elaborar leis: é 
preciso também divulgá-las e fazê-las chegar ao 
povo para que possam ser conhecidas, aplicadas 
e cumpridas efetivamente. Com tal propósito, a 
Câmara dos Deputados publica a 3ª edição desta 
Legislação Brasileira sobre Meio Ambiente.
O interesse despertado pelas edições preceden-
tes comprova a importância de que o tema se re-
veste hoje no Brasil, pois a ecologia não é o avesso 
da economia e que a defesa ambiental e o desen-
volvimento do país podem sim caminhar juntos.
A expectativa é que esta coletânea seja útil às 
brasileiras e aos brasileiros que dão 
o melhor de si na construção 
de um futuro melhor, mais 
saudável e mais feliz.
Marco Maia
Presidente da Câmara 
dos Deputados
Mesa da Câmara dos Deputados
54ª Legislatura – 1ª Sessão Legislativa
2011
Presidente
1ª Vice-Presidente
2o Vice-Presidente
1o Secretário
2o Secretário
3o Secretário
4o Secretário
Marco Maia
Rose de Freitas 
Eduardo da Fonte
Eduardo Gomes
Jorge Tadeu Mudalen 
Inocêncio Oliveira 
Júlio Delgado 
1o Suplente 
2o Suplente 
3o Suplente 
4o Suplente 
Geraldo Resende 
Manato
Carlos Eduardo Cadoca 
Sérgio Moraes 
Suplentes de Secretário 
Diretor-Geral
Sérgio Sampaio 
Contreiras de Almeida
Secretário-Geral da Mesa
Rogério Ventura Teixeira 
LEGISLAÇÃO BRASILEIRA 
SOBRE MEIO AMBIENTE
3ª edição
Legislação Brasileira 
sobre Meio Ambiente
Centro de Documentação e Informação 
Edições Câmara 
Brasília | 2010
Câmara dos Deputados
3ª edição
CÂMARA DOS DEPUTADOS
DIRETORIA LEGISLATIVA
Diretor Afrísio Vieira Lima Filho 
CENTRO DE DOCUMENTAÇÃO E INFORMAÇÃO
Diretor Adolfo C. A. R. Furtado 
COORDENAÇÃO EDIÇÕES CÂMARA
Diretora Maria Clara Bicudo Cesar 
COORDENAÇÃO DE ESTUDOS LEGISLATIVOS
Diretora Lêda Maria Louzada Melgaço
CONSULTORIA LEGISLATIVA
Diretor Ricardo José Pereira Rodrigues
2009, 1a edição; 2010, 2ª edição (e-book).
Câmara dos Deputados
Centro de Documentação e Informação – Cedi
Coordenação Edições Câmara – Coedi
Anexo II – Praça dos Três Poderes
Brasília (DF) – CEP 70160-900
Telefone: (61) 3216-5809; Fax: (61) 3216-5810
edicoes.cedi@camara.gov.br
Coordenação Edições Câmara 
Projeto gráfico Paula Scherre e Tereza Pires
Capa Giselle Sousa
Diagramação Giselle Sousa e Valter Luiz
Revisão Seção de Revisão e Indexação
SÉRIE
Legislação 
n. 58
Dados Internacionais de Catalogação-na-publicação (CIP)
Coordenação de Biblioteca. Seção de Catalogação. 
Legislação brasileira sobre meio ambiente. – 3. ed. – Brasília : Câmara dos Deputados, Edições 
 Câmara, 2010. 
 576 p. – (Série legislação ; n. 58)
 ISBN 978-85-736-5786-9
 1. Meio ambiente, legislação, coletânea, Brasil. I. Série.
 CDU 504(81)(094)
ISBN 978-85-736-5746-3 (brochura) ISBN 978-85-736-5786-9 (e-book)
- NOTA DO EDITOR -
Esta coletânea reúne as principais normas federais relacionadas ao meio 
ambiente – direito de todos e bem de uso comum do povo, conforme 
assevera a Constituição Federal em seu art. 25. Considerando-se que a 
expressão meio ambiente é bastante abrangente e possui várias e distintas 
definições no meio acadêmico, a seleção de normas que compõem esta 
coletânea orientou-se pelo conceito expresso na Lei nº 6.938, de 31 de 
agosto de 1981 (art. 3º, I), que define meio ambiente como “o conjunto 
de condições, leis, influências e interações de ordem física, química e bio-
lógica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas”.
A amplitude de conceito e a relevância do tema, entretanto, ensejaram 
um conjunto muito extenso de normas que estão relacionadas ao meio 
ambiente, o que inviabiliza sua reprodução integral em volume único. 
Assim, deu-se preferência àquelas de alcance mais geral, como as que 
definem direitos e obrigações genéricos, estabelecem políticas ambien-
tais ou tratam da proteção de espécies e áreas ameaçadas.
O volume é dividido em três partes. Nas duas primeiras são reproduzidos 
na íntegra, respectivamente, os dispositivos constitucionais relativos ao meio 
ambiente, além de leis, decretos-leis e das medidas provisórias anteriores a 
2001 (que têm força de lei por tempo indeterminado, conforme o art. 2º da 
Emenda Consticional nº 32/2001). A terceira parte compõe-se de uma lista 
de decretos do Executivo que regulamentam a legislação selecionada e de 
outras normas relacionadas ao tema, porém de aplicação mais restrita ou que 
não tratam especificamente de meio ambiente. As normas que acrescem, 
revogam ou alteram dispositivos de norma preexistente são apenas referidas 
em notas de rodapé na lei alterada, cujo texto já se encontra atualizado.
Devido à grande quantidade de leis e à consequente dificuldade de pes-
quisa, é possível que algumas normas ambientais ainda em vigor não 
tenham sido citadas. Não obstante, acredita-se que este volume será um 
precioso instrumento de consulta a todos quantos quiserem se informar 
sobre a legislação ambiental vigente em nosso país. 
- SUMáRIO -
NORMAS CONSTITUCIONAIS
CONSTITUIçãO dA RepúblICA FedeRATIvA dO bRASIl 
[dispositivos referentes ao meio ambiente] ............................................................... 13
leIS, deCReTOS-leIS e MedIdAS pROvISÓRIAS
leI Nº 4.771, de 15 de SeTeMbRO de 1965
Institui o novo Código Florestal ................................................................................ 23
leI Nº 5.197, de 3 de jANeIRO de 1967
dispõe sobre a proteção à fauna e dá outras providências .......................................... 51
leI Nº 6.225, de 14 de jUlhO de 1975
dispõe sobre discriminação, pelo Ministério da Agricultura, de regiões 
para execução obrigatória de planos de proteção ao solo e de combate 
à erosão e dá outras providências ............................................................................... 62
deCReTO-leI Nº 1.413, de 14 de AgOSTO de 1975
dispõe sobre o controle da poluição do meio ambiente provocada 
por atividades industriais . .......................................................................................... 65
leI Nº 6.803, de 2 de jUlhO de 1980
dispõe sobre as diretrizes básicas para o zoneamento industrial 
nas áreas críticas de poluição, e dá outras providências .............................................. 67
leI Nº 6.902, de 27 de AbRIl de 1981
dispõe sobre a criação de estações ecológicas, Áreasde 
proteção Ambiental e dá outras providências ............................................................. 74
leI Nº 6.938, de 31 de AgOSTO de 1981
dispõe sobre a política Nacional do Meio Ambiente, seus fins e 
mecanismos de formulação e aplicação, e dá outras providências ............................... 79
leI Nº 7.365, de 13 de SeTeMbRO de 1985
dispõe sobre a fabricação de detergentes não biodegradáveis ................................... 107
leI Nº 7.643, de 18 de dezeMbRO de 1987
proíbe a pesca de cetáceo nas águas jurisdicionais brasileiras 
e dá outras providências .......................................................................................... 108
leI Nº 7.661, de 16 de MAIO de 1988
Institui o plano Nacional de gerenciamento Costeiro 
e dá outras providências .......................................................................................... 109
leI Nº 7.735, de 22 de FeveReIRO de 1989
dispõe sobre a extinção de órgão e de entidade autárquica, 
cria o Instituto brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos 
Naturais Renováveis e dá outras providências .......................................................... 114
leI Nº 7.754, de 14 de AbRIl de 1989
estabelece medidas para proteção das florestas existentes nas 
nascentes dos rios e dá outras providências .............................................................. 117
leI Nº 7.797, de 10 de jUlhO de 1989
Cria o Fundo Nacional de Meio Ambiente e dá outras providências ........................ 119
leI Nº 7.802, de 11 de jUlhO de 1989
dispõe sobre a pesquisa, a experimentação, a produção, a embalagem 
e rotulagem, o transporte, o armazenamento, a comercialização, 
a propaganda comercial, a utilização, a importação, a exportação, 
o destino final dos resíduos e embalagens, o registro, a classificação, 
o controle, a inspeção e a fiscalização de agrotóxicos, seus componentes 
e afins, e dá outras providências ............................................................................... 122
leI Nº 8.723, de 28 de OUTUbRO de 1993
dispõe sobre a redução de emissão de poluentes por veículos 
automotores e dá outras providências ...................................................................... 137
leI Nº 9.433, de 8 de jANeIRO de 1997
Institui a política Nacional de Recursos hídricos, cria o Sistema 
Nacional de gerenciamento de Recursos hídricos, regulamenta 
o inciso XIX do art. 21 da Constituição Federal, e altera o 
art. 1º da lei nº 8.001, de 13 de março de 1990, que modificou a
lei nº 7.990, de 28 de dezembro de 1989 ............................................................... 145
leI Nº 9.605, de 12 de FeveReIRO de 1998
dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de 
condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e dá outras providências ................ 171
leI Nº 9.795, de 27 de AbRIl de 1999
dispõe sobre a educação ambiental, institui a política Nacional 
de educação Ambiental e dá outras providências ..................................................... 203
leI Nº 9.966, de 28 de AbRIl de 2000
dispõe sobre a prevenção, o controle e a fiscalização da poluição 
causada por lançamento de óleo e outras substâncias nocivas ou 
perigosas em águas sob jurisdição nacional e dá outras providências ........................ 213
leI Nº 9.984, de 17 de jUlhO de 2000
dispõe sobre a criação da Agência Nacional de Águas (ANA), 
entidade federal de implementação da política Nacional de 
Recursos hídricos e de coordenação do Sistema Nacional de 
gerenciamento de Recursos hídricos, e dá outras providências ............................... 235
leI Nº 9.985, de 18 de jUlhO de 2000
Regulamenta o art. 225, § 1º, incisos I, II, III e vII da Constituição 
Federal, institui o Sistema Nacional de Unidades de Conservação 
da Natureza e dá outras providências ....................................................................... 254
MedIdA pROvISÓRIA Nº 2.186-16, de 23 de AgOSTO de 2001
Regulamenta o inciso II do § 1º e o § 4º do art. 225 da Constituição, 
os arts. 1º, 8º, alínea j, 10, alínea c, 15 e 16, alíneas 3 e 4 da Convenção
sobre diversidade biológica, dispõe sobre o acesso ao patrimônio genético, 
a proteção e o acesso ao conhecimento tradicional associado, a repartição de 
benefícios e o acesso à tecnologia e transferência de tecnologia 
para sua conservação e utilização, e dá outras providências ...................................... 288
leI Nº 10.650, de 16 de AbRIl de 2003
dispõe sobre o acesso público aos dados e informações existentes 
nos órgãos e entidades integrantes do Sisnama ........................................................ 315
leI Nº 10.881, de 9 de jUNhO de 2004
dispõe sobre os contratos de gestão entre a Agência Nacional de 
Águas e entidades delegatárias das funções de Agências de Águas 
relativas à gestão de recursos hídricos de domínio da União 
e dá outras providências .......................................................................................... 319
leI Nº 11.105, de 24 de MARçO de 2005
Regulamenta os incisos II, Iv e v do § 1º do art. 225 da Constituição
Federal, estabelece normas de segurança e mecanismos de fiscalização 
de atividades que envolvam organismos geneticamente modificados (OgM) 
e seus derivados, cria o Conselho Nacional de biossegurança (CNbS), 
reestrutura a Comissão Técnica Nacional de biossegurança (CTNbio), 
dispõe sobre a política Nacional de biossegurança (pNb), revoga a 
lei nº 8.974, de 5 de janeiro de 1995, e a Medida provisória 
nº 2.191-9, de 23 de agosto de 2001, e os arts. 5º, 6º, 7º, 8º, 9º, 10 
e 16 da lei nº 10.814, de 15 de dezembro de 2003, e dá 
outras providências .................................................................................................. 325
leI Nº 11.284, de 2 de MARçO de 2006
dispõe sobre a gestão de florestas públicas para a produção sustentável; 
institui, na estrutura do Ministério do Meio Ambiente, o Serviço 
Florestal brasileiro (SFb); cria o Fundo Nacional de desenvolvimento 
Florestal (FNdF); altera as leis nos 10.683, de 28 de maio de 2003,
5.868, de 12 de dezembro de 1972, 9.605, de 12 de fevereiro de 1998, 
4.771, de 15 de setembro de 1965, 6.938, de 31 de agosto de 1981, 
e 6.015, de 31 de dezembro de 1973; e dá outras providências ................................ 354
leI Nº 11.428, de 22 de dezeMbRO de 2006
dispõe sobre a utilização e proteção da vegetação nativa do bioma 
Mata Atlântica, e dá outras providências ................................................................. 415
leI Nº 11.460, de 21 de MARçO de 2007
dispõe sobre o plantio de organismos geneticamente modificados 
em unidades de conservação; acrescenta dispositivos à lei nº 9.985, 
de 18 de julho de 2000, e à lei nº 11.105, de 24 de março de 2005; 
revoga dispositivo da lei nº 10.814, de 15 de dezembro de 2003; 
e dá outras providências .......................................................................................... 437
leI Nº 11.516, de 28 de AgOSTO de 2007
dispõe sobre a criação do Instituto Chico Mendes de Conservação da 
biodiversidade – Instituto Chico Mendes; altera as leis nos 7.735,
de 22 de fevereiro de 1989, 11.284, de 2 de março de 2006, 9.985, 
de 18 de julho de 2000, 10.410, de 11 de janeiro de 2002, 11.156, 
de 29 de julho de 2005, 11.357, de 19 de outubro de 2006, e 7.957, 
de 20 de dezembro de 1989; revoga dispositivos da lei nº 8.028, 
de 12 de abril de 1990, e da Medida provisória nº 2.216-37, de 31 
de agosto de 2001; e dá outras providências ............................................................ 438
leI Nº 11.794, de 8 de OUTUbRO de 2008
Regulamenta o inciso vII do § 1º do art. 225 da Constituição 
Federal, estabelecendo procedimentos para o uso científico 
de animais; revoga a lei nº 6.638, de 8 de maio de 1979; 
e dá outras providências ..........................................................................................448
leI Nº 11.828, de 20 de NOveMbRO de 2008
dispõe sobre medidas tributárias aplicáveis às doações em espécie 
recebidas por instituições financeiras públicas controladas pela 
União e destinadas a ações de prevenção, monitoramento e 
combate ao desmatamento e de promoção da conservação 
e do uso sustentável das florestas brasileiras ............................................................. 461
leI Nº 11.959, de 29 de jUNhO de 2009
dispõe sobre a política Nacional de desenvolvimento Sustentável da 
Aquicultura e da pesca, regula as atividades pesqueiras, revoga a lei 
nº 7.679, de 23 de novembro de 1988, e dispositivos do decreto-lei 
nº 221, de 28 de fevereiro de 1967, e dá outras providências ................................... 463
leI Nº 12.305, de 2 de AgOSTO de 2010
Institui a política Nacional de Resíduos Sólidos; altera a lei nº 9.605, 
de 12 de fevereiro de 1998; e dá outras providências ................................................ 485
lISTA de OUTRAS NORMAS CORRelATAS
leIS e deCReTOS-leIS .............................................................................533
deCReTOS legISlATIvOS ......................................................................541
deCReTOS ...................................................................................................549
NORMAS CONSTITUCIONAIS
Legislação Brasileira sobre Meio Ambiente – 3ª edição
13
- CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA 
FEDERATIVA DO BRASIL1 -
[Dispositivos referentes ao meio ambiente.]
............................................................................................................
TÍTUlO II
DOS DIREITOS E GARANTIAS 
FUNDAMENTAIS
CApÍTUlO I
Dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos
 Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de 
qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e 
aos estrangeiros residentes no País a inviolabilida-
de do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à se-
gurança e à propriedade, nos termos seguintes: 
................................................................................. 
 LXXIII – qualquer cidadão é parte legítima para propor ação 
popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio 
público ou de entidade de que o Estado participe, 
à moralidade administrativa, ao meio ambiente e 
ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, 
salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais 
e do ônus da sucumbência;
 .............................................................................
1 Publicada no Diário Oficial da União de 5 de outubro de 1988.
Série Legislação
14
TÍTUlO III
DA ORGANIZAÇÃO DO ESTADO
CApÍTUlO II
Da União
 Art. 20. São bens da União:
 .............................................................................
 II – as terras devolutas indispensáveis à defesa das fron-
teiras, das fortificações e construções militares, das 
vias federais de comunicação e à preservação am-
biental, definidas em lei;
 .................................................................................................
 Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do 
Distrito Federal e dos Municípios:
 .............................................................................
 VI – proteger o meio ambiente e combater a poluição 
em qualquer de suas formas;
 VII – preservar as florestas, a fauna e a flora;
 .............................................................................
 Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal 
legislar concorrentemente sobre:
 .............................................................................
 VI – florestas, caça, pesca, fauna, conservação da nature-
za, defesa do solo e dos recursos naturais, proteção 
do meio ambiente e controle da poluição;
Legislação Brasileira sobre Meio Ambiente – 3ª edição
15
 .............................................................................
 VIII – responsabilidade por dano ao meio ambiente, ao 
consumidor, a bens e direitos de valor artístico, es-
tético, histórico, turístico e paisagístico;
 .............................................................................
TÍTUlO Iv
DA ORGANIZAÇÃO DOS PODERES
............................................................................................................
CApÍTUlO Iv
Das Funções Essenciais à Justiça
Seção I
Do Ministério Público
 ....................................................................................................
 Art. 129. São funções institucionais do Ministério Público:
 .............................................................................
 III – promover o inquérito civil e a ação civil pública, 
para a proteção do patrimônio público e social, 
do meio ambiente e de outros interesses difusos 
e coletivos;
 .............................................................................
Série Legislação
16
 TÍTUlO vII
DA ORDEM ECONÔMICA E FINANCEIRA
CApÍTUlO I
Dos Princípios Gerais da Atividade Econômica
 Art. 170. A ordem econômica, fundada na valorização do traba-
lho humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar 
a todos existência digna, conforme os ditames da justi-
ça social, observados os seguintes princípios:
 .............................................................................
 2VI – defesa do meio ambiente, inclusive mediante trata-
mento diferenciado conforme o impacto ambiental 
dos produtos e serviços e de seus processos de ela-
boração e prestação; 
....................................................................................................
 Art. 174. Como agente normativo e regulador da atividade eco-
nômica, o Estado exercerá, na forma da lei, as funções 
de fiscalização, incentivo e planejamento, sendo este 
determinante para o setor público e indicativo para o 
setor privado.
 ...................................................................................
 § 3º O Estado favorecerá a organização da atividade ga-
rimpeira em cooperativas, levando em conta a pro-
teção do meio ambiente e a promoção econômico-
social dos garimpeiros.
 ..................................................................................
2 Inciso com redação dada pela Emenda Constitucional nº 42, de 19-12-2003.
Legislação Brasileira sobre Meio Ambiente – 3ª edição
17
TÍTUlO vIII
DA ORDEM SOCIAL
............................................................................................................
CApÍTUlO III
Da Educação, da Cultura e do Desporto
............................................................................................................
Seção II
Da Cultura
 Art. 216. Constituem patrimônio cultural brasileiro os bens de 
natureza material e imaterial, tomados individualmente 
ou em conjunto, portadores de referência à identidade, 
à ação, à memória dos diferentes grupos formadores da 
sociedade brasileira, nos quais se incluem:
 .............................................................................
 V – os conjuntos urbanos e sítios de valor histórico, 
paisagístico, artístico, arqueológico, paleontológi-
co, ecológico e científico.
 .............................................................................
CApÍTUlO vI
Do Meio Ambiente
 Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente 
equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à 
sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público 
Série Legislação
18
e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo 
para as presentes e futuras gerações.
 § 1º Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao 
Poder Público:
 3I – preservar e restaurar os processos ecológicos es-
senciais e prover o manejo ecológico das espécies 
e ecossistemas;
 4II – preservar a diversidade e aintegridade do patrimônio 
genético do País e fiscalizar as entidades dedicadas à 
pesquisa e manipulação de material genético;
 5III – definir, em todas as unidades da Federação, espaços 
territoriais e seus componentes a serem especial-
mente protegidos, sendo a alteração e a supressão 
permitidas somente através de lei, vedada qualquer 
utilização que comprometa a integridade dos atri-
butos que justifiquem sua proteção;
 6IV – exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou 
atividade potencialmente causadora de significati-
va degradação do meio ambiente, estudo prévio de 
impacto ambiental, a que se dará publicidade; 
 7V – controlar a produção, a comercialização e o em-
prego de técnicas, métodos e substâncias que com-
portem risco para a vida, a qualidade de vida e o 
meio ambiente;
3 Inciso regulamentado pela Lei nº 9.985, de 18-7-2000.
4 Inciso regulamentado pelas Leis nos 9.985, de 18-7-2000, e 11.105, de 24-3-2005.
5 Inciso regulamentado pela Lei nº 9.985, de 18-7-2000.
6 Inciso regulamentado pela Lei nº 11.105, de 24-3-2005.
7 Idem.
Legislação Brasileira sobre Meio Ambiente – 3ª edição
19
 VI – promover a educação ambiental em todos os níveis 
de ensino e a conscientização pública para a preser-
vação do meio ambiente;
 8VII – proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da 
lei, as práticas que coloquem em risco sua função 
ecológica, provoquem a extinção de espécies ou 
submetam os animais a crueldade.
 § 2º Aquele que explorar recursos minerais fica obrigado a 
recuperar o meio ambiente degradado, de acordo com 
solução técnica exigida pelo órgão público competen-
te, na forma da lei.
 § 3º As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio am-
biente sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, 
a sanções penais e administrativas, independentemente 
da obrigação de reparar os danos causados.
 § 4º A Floresta Amazônica brasileira, a Mata Atlântica, a 
Serra do Mar, o Pantanal Mato-Grossense e a Zona 
Costeira são patrimônio nacional, e sua utilização far-
se-á, na forma da lei, dentro de condições que assegu-
rem a preservação do meio ambiente, inclusive quanto 
ao uso dos recursos naturais.
 § 5º São indisponíveis as terras devolutas ou arrecadadas 
pelos Estados, por ações discriminatórias, necessárias 
à proteção dos ecossistemas naturais.
 § 6º As usinas que operem com reator nuclear deverão ter 
sua localização definida em lei federal, sem o que não 
poderão ser instaladas.
....................................................................................................
8 Inciso regulamentado pelas Leis nos 9.985, de 18-7-2000, e 11.794, de 8-10-2008.
LEIS, DECRETOS-LEIS E 
MEDIDAS PROVISÓRIAS
Legislação Brasileira sobre Meio Ambiente – 3ª edição
23
- LEI Nº 4.771, 
DE 15 DE SETEMBRO DE 19659 -
Institui o novo Código Florestal.
 O Presidente da República
Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte lei:
 Art. 1º As florestas existentes no território nacional e as de-
mais formas de vegetação, reconhecidas de utilidade 
às terras que revestem, são bens de interesse comum 
a todos os habitantes do País, exercendo-se os direitos 
de propriedade, com as limitações que a legislação em 
geral e especialmente esta lei estabelecem.
 10§ 1º As ações ou omissões contrárias às disposições deste 
código na utilização e exploração das florestas e demais 
formas de vegetação são consideradas uso nocivo da 
propriedade, aplicando-se, para o caso, o procedimen-
to sumário previsto no art. 275, inciso II, do Código 
de Processo Civil. 
 11§ 2º Para os efeitos deste código, entende-se por: 
 I – pequena propriedade rural ou posse rural familiar: 
aquela explorada mediante o trabalho pessoal do 
proprietário ou posseiro e de sua família, admitida 
a ajuda eventual de terceiro e cuja renda bruta seja 
proveniente, no mínimo, em oitenta por cento, de 
9 Publicada no Diário Oficial da União de 16 de setembro de 1965.
10 Parágrafo único original com redação dada pela Medida Provisória nº 2.166-67, de 24-8-2001.
11 Parágrafo acrescido pela Medida Provisória nº 2.166-67, de 24-8-2001.
Série Legislação
24
atividade agroflorestal ou do extrativismo, cuja área 
não supere:
 a) cento e cinquenta hectares se localizada nos Esta-
dos do Acre, Pará, Amazonas, Roraima, Rondô-
nia, Amapá e Mato Grosso e nas regiões situadas 
ao norte do paralelo 13º S, dos Estados de Tocan-
tins e Goiás, e ao oeste do meridiano de 44º W, do 
Estado do Maranhão ou no Pantanal Mato-Gros-
sense ou Sul-Mato-Grossense; 
 b) cinquenta hectares, se localizada no polígono das 
secas ou a leste do Meridiano de 44º W, do Estado 
do Maranhão; e
 c) trinta hectares, se localizada em qualquer outra re-
gião do País; 
 II – área de preservação permanente: área protegida nos 
termos dos arts. 2º e 3º desta lei, coberta ou não 
por vegetação nativa, com a função ambiental de 
preservar os recursos hídricos, a paisagem, a esta-
bilidade geológica, a biodiversidade, o fluxo gênico 
de fauna e flora, proteger o solo e assegurar o bem-
estar das populações humanas; 
 III – Reserva Legal: área localizada no interior de uma 
propriedade ou posse rural, excetuada a de preser-
vação permanente, necessária ao uso sustentável dos 
recursos naturais, à conservação e reabilitação dos 
processos ecológicos, à conservação da biodiversida-
de e ao abrigo e proteção de fauna e flora nativas; 
 IV – utilidade pública: 
 a) as atividades de segurança nacional e proteção sanitária;
Legislação Brasileira sobre Meio Ambiente – 3ª edição
25
 12b) as obras essenciais de infraestrutura destinadas 
aos serviços públicos de transporte, saneamento 
e energia e aos serviços de telecomunicações e de 
radiodifusão; e
 c) demais obras, planos, atividades ou projetos pre-
vistos em resolução do Conselho Nacional de 
Meio Ambiente (Conama);
 V – interesse social:
 a) as atividades imprescindíveis à proteção da integrida-
de da vegetação nativa, tais como: prevenção, com-
bate e controle do fogo, controle da erosão, erradica-
ção de invasoras e proteção de plantios com espécies 
nativas, conforme resolução do Conama;
 b) as atividades de manejo agroflorestal sustentável pra-
ticadas na pequena propriedade ou posse rural fami-
liar, que não descaracterizem a cobertura vegetal e 
não prejudiquem a função ambiental da área; e
 c) demais obras, planos, atividades ou projetos defi-
nidos em resolução do Conama;
 VI – Amazônia Legal: os Estados do Acre, Pará, Amazo-
nas, Roraima, Rondônia, Amapá e Mato Grosso e 
as regiões situadas ao norte do paralelo 13º S, dos 
Estados de Tocantins e Goiás, e ao oeste do meri-
diano de 44º W, do Estado do Maranhão. 
 Art. 2º Consideram-se de preservação permanente, pelo só 
efeito desta lei, as florestas e demais formas de vegeta-
ção natural situadas:
12 Alínea com redação dada pela Lei nº 11.934, de 5-5-2009.
Série Legislação
26
 13a) ao longo dos rios ou de qualquer curso d’água des-
de o seu nível mais alto em faixa marginal cuja 
largura mínima será:
 1 – de 30 (trinta) metros para os cursos d’água de 
menos de 10 (dez) metros de largura; 
 2 – de 50 (cinquenta) metros para os cursos d’água 
que tenham de 10 (dez) a 50 (cinquenta) me-
tros de largura; 
 3 – de 100 (cem) metros para os cursos d’água 
que tenham de 50 (cinquenta) a 200 (duzen-
tos) metros de largura; 
 4 – de 200 (duzentos) metros para os cursos 
d’água que tenham de 200 (duzentos) a 600 
(seiscentos) metros de largura;
 5 – de 500 (quinhentos) metros para os cursos 
d’água que tenham largura superior a 600 
(seiscentos) metros;
 b) ao redor das lagoas, lagos ou reservatórios d’água 
naturais ou artificiais;
 14c) nas nascentes, ainda que intermitentes e nos chama-
dos “olhos d’água”, qualquer que seja a sua situação 
topográfica,num raio mínimo de 50 (cinquenta) 
metros de largura; 
 d) no topo de morros, montes, montanhas e serras;
 e) nas encostas ou partes destas, com declividade 
superior a 45º, equivalente a 100% na linha de 
maior declive;
13 Alínea com redação dada pela Lei nº 7.803, de 18-7-1989.
14 Idem.
Legislação Brasileira sobre Meio Ambiente – 3ª edição
27
 f ) nas restingas, como fixadoras de dunas ou estabili-
zadoras de mangues;
 15g) nas bordas dos tabuleiros ou chapadas, a partir da 
linha de ruptura do relevo, em faixa nunca inferior 
a 100 (cem) metros em projeções horizontais;
 16h) em altitude superior a 1.800 (mil e oitocentos) 
metros, qualquer que seja a vegetação.
17Parágrafo único. No caso de áreas urbanas, assim entendi-
das as compreendidas nos perímetros urbanos definidos por 
lei municipal, e nas regiões metropolitanas e aglomerações ur-
banas, em todo o território abrangido, obervar-se-á o disposto 
nos respectivos planos diretores e leis de uso do solo, respeita-
dos os princípios e limites a que se refere este artigo.
 Art. 3º Consideram-se, ainda, de preservação permanentes, 
quando assim declaradas por ato do Poder Público, as flo-
restas e demais formas de vegetação natural destinadas:
 a) a atenuar a erosão das terras;
 b) a fixar as dunas;
 c) a formar faixas de proteção ao longo de rodovias 
e ferrovias;
 d) a auxiliar a defesa do território nacional a critério 
das autoridades militares;
 e) a proteger sítios de excepcional beleza ou de valor 
científico ou histórico;
15 Alínea com redação dada pela Lei nº 7.803, de 18-7-1989.
16 Idem.
17 Parágrafo acrescido pela Lei nº 7.803, de 18-7-1989.
Série Legislação
28
 f ) a asilar exemplares da fauna ou flora ameaçados 
de extinção;
 g) a manter o ambiente necessário à vida das popula-
ções silvícolas;
 h) a assegurar condições de bem-estar público.
 § 1º A supressão total ou parcial de florestas de preservação 
permanente só será admitida com prévia autorização 
do Poder Executivo Federal, quando for necessária à 
execução de obras, planos, atividades ou projetos de 
utilidade pública ou interesse social.
 § 2º As florestas que integram o Patrimônio Indígena ficam 
sujeitas ao regime de preservação permanente (letra g) 
pelo só efeito desta lei.
 18Art. 3º-A. A exploração dos recursos florestais em terras indíge-
nas somente poderá ser realizada pelas comunidades 
indígenas em regime de manejo florestal sustentável, 
para atender a sua subsistência, respeitados os arts. 2º 
e 3º deste código. 
 19Art. 4º A supressão de vegetação em área de preservação per-
manente somente poderá ser autorizada em caso de 
utilidade pública ou de interesse social, devidamente 
caracterizados e motivados em procedimento adminis-
trativo próprio, quando inexistir alternativa técnica e 
locacional ao empreendimento proposto. 
 § 1º A supressão de que trata o caput deste artigo depende-
rá de autorização do órgão ambiental estadual compe-
tente, com anuência prévia, quando couber, do órgão 
18 Artigo acrescido pela Medida Provisória nº 2.166-67, de 24-8-2001.
19 Artigo com redação dada pela Medida Provisória nº 2.166-67, de 24-8-2001.
Legislação Brasileira sobre Meio Ambiente – 3ª edição
29
federal ou municipal de meio ambiente, ressalvado o 
disposto no § 2º deste artigo. 
 § 2º A supressão de vegetação em área de preservação per-
manente situada em área urbana, dependerá de auto-
rização do órgão ambiental competente, desde que o 
Município possua conselho de meio ambiente com ca-
ráter deliberativo e plano diretor, mediante anuência 
prévia do órgão ambiental estadual competente fun-
damentada em parecer técnico. 
 § 3º O órgão ambiental competente poderá autorizar a su-
pressão eventual e de baixo impacto ambiental, assim 
definido em regulamento, da vegetação em área de 
preservação permanente.
 § 4º O órgão ambiental competente indicará, previamente 
à emissão da autorização para a supressão de vegetação 
em área de preservação permanente, as medidas mi-
tigadoras e compensatórias que deverão ser adotadas 
pelo empreendedor. 
 § 5º A supressão de vegetação nativa protetora de nascen-
tes, ou de dunas e mangues, de que tratam, respectiva-
mente, as alíneas c e f do art. 2º deste código, somente 
poderá ser autorizada em caso de utilidade pública. 
 § 6º Na implantação de reservatório artificial é obrigatória 
a desapropriação ou aquisição, pelo empreendedor, das 
áreas de preservação permanente criadas no seu entor-
no, cujos parâmetros e regime de uso serão definidos 
por resolução do Conama. 
Série Legislação
30
 § 7º É permitido o acesso de pessoas e animais às áreas de 
preservação permanente, para obtenção de água, desde 
que não exija a supressão e não comprometa a regenera-
ção e a manutenção a longo prazo da vegetação nativa. 
 20Art. 5º (Revogado.)
 21Art. 6º (Revogado.)
 Art. 7º Qualquer árvore poderá ser declarada imune de corte, 
mediante ato do Poder Público, por motivo de sua loca-
lização, raridade, beleza ou condição de porta-sementes.
 Art. 8º Na distribuição de lotes destinados à agricultura, em 
planos de colonização e de reforma agrária, não devem 
ser incluídas as áreas florestadas de preservação perma-
nente de que trata esta lei, nem as florestas necessárias 
ao abastecimento local ou nacional de madeiras e ou-
tros produtos florestais.
 Art. 9º As florestas de propriedade particular, enquanto in-
divisas com outras, sujeitas a regime especial, ficam 
subordinadas às disposições que vigorarem para estas.
 Art. 10. Não é permitida a derrubada de florestas, situadas em 
áreas de inclinação entre 25 a 45 graus, só sendo nelas 
tolerada a extração de toros, quando em regime de uti-
lização racional, que vise a rendimentos permanentes.
 Art. 11. O emprego de produtos florestais ou hulha como 
combustível obriga o uso de dispositivo, que impeça 
difusão de fagulhas suscetíveis de provocar incêndios, 
nas florestas e demais formas de vegetação marginal.
20 Artigo revogado pela Lei nº 9.985, de 18-7-2000.
21 Idem.
Legislação Brasileira sobre Meio Ambiente – 3ª edição
31
 22Art. 12. Nas florestas plantadas, não consideradas de preserva-
ção permanente, é livre a extração de lenha e demais 
produtos florestais ou a fabricação de carvão. Nas de-
mais florestas dependerá de norma estabelecida em ato 
do Poder Federal ou Estadual, em obediência a pres-
crições ditadas pela técnica e às peculiaridades locais.
 Art. 13. O comércio de plantas vivas, oriundas de florestas, de-
penderá de licença da autoridade competente.
 Art. 14. Além dos preceitos gerais a que está sujeita a utilização das 
florestas, o Poder Público Federal ou Estadual poderá:
 a) prescrever outras normas que atendam às peculia-
ridades locais;
 23b) proibir ou limitar o corte das espécies vegetais raras, 
endêmicas, em perigo ou ameaçadas de extinção, 
bem como as espécies necessárias à subsistência das 
populações extrativistas, delimitando as áreas com-
preendidas no ato, fazendo depender de licença 
prévia, nessas áreas, o corte de outras espécies; 
 c) ampliar o registro de pessoas físicas ou jurídicas 
que se dediquem à extração, indústria e comércio 
de produtos ou subprodutos florestais.
 24Art. 15. Fica proibida a exploração sob forma empírica das flo-
restas primitivas da bacia amazônica que só poderão ser 
utilizadas em observância a planos técnicos de condu-
ção e manejo a serem estabelecidos por ato do Poder 
Público, a ser baixado dentro do prazo de um ano.
22 Parte final do artigo regulamentada pelo Decreto nº 5.975, de 30-11-2006.
23 Alínea com redação dada pela Medida Provisória nº 2.166-67, de 24-8-2001.
24 Artigo regulamentado pelo Decreto nº 5.975, de 30-11-2006.
Série Legislação
32
 25Art. 16. As florestas e outras formas de vegetação nativa, ressal-
vadas assituadas em área de preservação permanente, 
assim como aquelas não sujeitas ao regime de utili-
zação limitada ou objeto de legislação específica, são 
suscetíveis de supressão, desde que sejam mantidas, a 
título de reserva legal, no mínimo:
 I – oitenta por cento, na propriedade rural situada em 
área de floresta localizada na Amazônia Legal;
 II – trinta e cinco por cento, na propriedade rural si-
tuada em área de cerrado localizada na Amazônia 
Legal, sendo no mínimo vinte por cento na pro-
priedade e quinze por cento na forma de compen-
sação em outra área, desde que esteja localizada na 
mesma microbacia, e seja averbada nos termos do 
§ 7º deste artigo;
 III – vinte por cento, na propriedade rural situada em 
área de floresta ou outras formas de vegetação nati-
va localizada nas demais regiões do País; e
 IV – vinte por cento, na propriedade rural em área de cam-
pos gerais localizada em qualquer região do País. 
 § 1º O percentual de reserva legal na propriedade situada 
em área de floresta e cerrado será definido consideran-
do separadamente os índices contidos nos incisos I e II 
deste artigo.
 § 2º A vegetação da reserva legal não pode ser suprimida, 
podendo apenas ser utilizada sob regime de manejo 
florestal sustentável, de acordo com princípios e cri-
térios técnicos e científicos estabelecidos no regula-
25 Artigo com redação dada pela Medida Provisória nº 2.166-67, de 24-8-2001, e regulamentado pelo 
Decreto nº 5.975, de 30-11-2006.
Legislação Brasileira sobre Meio Ambiente – 3ª edição
33
mento, ressalvadas as hipóteses previstas no § 3º deste 
artigo, sem prejuízo das demais legislações específicas. 
 § 3º Para cumprimento da manutenção ou compensação 
da área de reserva legal em pequena propriedade ou 
posse rural familiar, podem ser computados os plan-
tios de árvores frutíferas ornamentais ou industriais, 
compostos por espécies exóticas, cultivadas em sistema 
intercalar ou em consórcio com espécies nativas. 
 § 4º A localização da reserva legal deve ser aprovada pelo 
órgão ambiental estadual competente ou, mediante 
convênio, pelo órgão ambiental municipal ou outra 
instituição devidamente habilitada, devendo ser consi-
derados, no processo de aprovação, a função social da 
propriedade, e os seguintes critérios e instrumentos, 
quando houver: 
 I – o plano de bacia hidrográfica; 
 II – o plano diretor municipal; 
 III – o zoneamento ecológico-econômico; 
 IV – outras categorias de zoneamento ambiental; e
 V – a proximidade com outra Reserva Legal, área de 
Preservação Permanente, unidade de conservação 
ou outra área legalmente protegida. 
 § 5º O Poder Executivo, se for indicado pelo Zoneamen-
to Ecológico Econômico (ZEE)26 e pelo Zoneamento 
Agrícola, ouvidos o Conama, o Ministério do Meio 
Ambiente e o Ministério da Agricultura e do Abasteci-
mento, poderá: 
26 Os critérios para o Zoneamento Ecológico-Econômico do Brasil foram estabelecidos pelo Decreto nº 4.297, 
de 10-7-2002.
Série Legislação
34
 I – reduzir, para fins de recomposição, a reserva legal, 
na Amazônia Legal, para até cinquenta por cen-
to da propriedade, excluídas, em qualquer caso, as 
áreas de Preservação Permanente, os ecótonos, os 
sítios e ecossistemas especialmente protegidos, os 
locais de expressiva biodiversidade e os corredores 
ecológicos; e 
 II – ampliar as áreas de reserva legal, em até cinquenta 
por cento dos índices previstos neste código, em 
todo o território nacional. 
 § 6º Será admitido, pelo órgão ambiental competente, o 
cômputo das áreas relativas à vegetação nativa existen-
te em área de preservação permanente no cálculo do 
percentual de reserva legal, desde que não implique 
em conversão de novas áreas para o uso alternativo do 
solo, e quando a soma da vegetação nativa em área de 
preservação permanente e reserva legal exceder a: 
 I – oitenta por cento da propriedade rural localizada 
na Amazônia Legal; 
 II – cinquenta por cento da propriedade rural localiza-
da nas demais regiões do País; e
 III – vinte e cinco por cento da pequena propriedade defi-
nida pelas alíneas b e c do inciso I do § 2º do art. 1º.
 § 7º O regime de uso da área de preservação permanente 
não se altera na hipótese prevista no § 6º. 
 § 8º A área de reserva legal deve ser averbada à margem da 
inscrição de matrícula do imóvel, no registro de imó-
veis competente, sendo vedada a alteração de sua des-
Legislação Brasileira sobre Meio Ambiente – 3ª edição
35
tinação, nos casos de transmissão, a qualquer título, 
de desmembramento ou de retificação da área, com as 
exceções previstas neste código. 
 § 9º A averbação da reserva legal da pequena propriedade ou 
posse rural familiar é gratuita, devendo o Poder Público 
prestar apoio técnico e jurídico, quando necessário. 
 § 10. Na posse, a reserva legal é assegurada por Termo de 
Ajustamento de Conduta, firmado pelo possuidor com 
o órgão ambiental estadual ou federal competente, com 
força de título executivo e contendo, no mínimo, a lo-
calização da reserva legal, as suas características ecológi-
cas básicas e a proibição de supressão de sua vegetação, 
aplicando-se, no que couber, as mesmas disposições 
previstas neste código para a propriedade rural. 
 § 11. Poderá ser instituída reserva legal em regime de con-
domínio entre mais de uma propriedade, respeitado 
o percentual legal em relação a cada imóvel, median-
te a aprovação do órgão ambiental estadual compe-
tente e as devidas averbações referentes a todos os 
imóveis envolvidos.
 Art. 17. Nos loteamentos de propriedades rurais, a área desti-
nada a completar o limite percentual fixado na letra a 
do artigo antecedente, poderá ser agrupada numa só 
porção em condomínio entre os adquirentes.
 Art. 18. Nas terras de propriedade privada, onde seja necessário 
o florestamento ou o reflorestamento de preservação 
permanente, o Poder Público Federal poderá fazê-lo 
sem desapropriá-las, se não o fizer o proprietário.
Série Legislação
36
 § 1º Se tais áreas estiverem sendo utilizadas com culturas, 
de seu valor deverá ser indenizado o proprietário.
 § 2º As áreas assim utilizadas pelo Poder Público Federal 
ficam isentas de tributação.
 27Art. 19. A exploração de florestas e formações sucessoras, tan-
to de domínio público como de domínio privado, 
dependerá de prévia aprovação pelo órgão estadual 
competente do Sistema Nacional do Meio Ambien-
te (Sisnama), bem como da adoção de técnicas de 
condução, exploração, reposição florestal e manejo 
compatíveis com os variados ecossistemas que a co-
bertura arbórea forme. 
 § 1º Compete ao Ibama a aprovação de que trata o caput 
deste artigo:
 I – nas florestas públicas de domínio da União; 
 II – nas unidades de conservação criadas pela União; 
 III – nos empreendimentos potencialmente causadores 
de impacto ambiental nacional ou regional, defini-
dos em resolução do Conselho Nacional do Meio 
Ambiente (Conama). 
 § 2º Compete ao órgão ambiental municipal a aprovação 
de que trata o caput deste artigo:
 I – nas florestas públicas de domínio do Município; 
 II – nas unidades de conservação criadas pelo Município; 
 III – nos casos que lhe forem delegados por convênio 
ou outro instrumento admissível, ouvidos, quando 
27 Artigo com redação dada pela Lei nº 11.284, de 2-3-2006, e regulamentado pelo Decreto nº 5.975, de 
30-11-2006.
Legislação Brasileira sobre Meio Ambiente – 3ª edição
37
couber, os órgãos competentes da União, dos Esta-
dos e do Distrito Federal. 
 § 3º No caso de reposição florestal, deverão ser priorizados 
projetos que contemplem a utilização de espécies nativas. 
 28Art. 20. As empresas industriais que, por sua natureza, consu-
mirem grande quantidades de matéria-prima florestal 
serão obrigadas a manter, dentro de um raio em que 
a exploração e o transportesejam julgados econômi-
cos, um serviço organizado, que assegure o plantio 
de novas áreas, em terras próprias ou pertencentes a 
terceiros, cuja produção sob exploração racional, seja 
equivalente ao consumido para o seu abastecimento.
Parágrafo único. O não cumprimento do disposto neste ar-
tigo, além das penalidades previstas neste código, obriga os 
infratores ao pagamento de uma multa equivalente a 10% 
(dez por cento) do valor comercial da matéria-prima florestal 
nativa consumida além da produção da qual participe.
 29Art. 21. As empresas siderúrgicas, de transporte e outras, à base 
de carvão vegetal, lenha ou outra matéria-prima flo-
restal, são obrigadas a manter florestas próprias para 
exploração racional ou a formar, diretamente ou por 
intermédio de empreendimentos dos quais partici-
pem, florestas destinadas ao seu suprimento.
Parágrafo único. A autoridade competente fixará para cada 
empresa o prazo que lhe é facultado para atender ao disposto 
neste artigo, dentro dos limites de 5 a 10 anos.
28 Artigo regulamentado pelo Decreto nº 5.975, de 30-11-2006.
29 Idem.
Série Legislação
38
 30Art. 22. A União, diretamente, através do órgão executivo es-
pecífico, ou em convênio com os Estados e Municí-
pios, fiscalizará a aplicação das normas deste código, 
podendo, para tanto, criar os serviços indispensáveis. 
Parágrafo único. Nas áreas urbanas, a que se refere o parágra-
fo único do art. 2º desta lei, a fiscalização é da competência 
dos Municípios, atuando a União supletivamente. 
 Art. 23. A fiscalização e a guarda das florestas pelos serviços es-
pecializados não excluem a ação da autoridade policial 
por iniciativa própria.
 Art. 24. Os funcionários florestais, no exercício de suas fun-
ções, são equiparados aos agentes de segurança públi-
ca, sendo-lhes assegurado o porte de armas.
 Art. 25. Em caso de incêndio rural, que não se possa extinguir 
com os recursos ordinários, compete não só ao fun-
cionário florestal, como a qualquer outra autoridade 
pública, requisitar os meios materiais e convocar os 
homens em condições de prestar auxílio.
 Art. 26. Constituem contravenções penais, puníveis com três 
meses a um ano de prisão simples ou multa de uma a 
cem vezes o salário mínimo mensal, do lugar e da data 
da infração ou ambas as penas cumulativamente:
 a) destruir ou danificar a floresta considerada de pre-
servação permanente, mesmo que em formação 
ou utilizá-la com infringência das normas estabe-
lecidas ou previstas nesta lei;
 b) cortar árvores em florestas de preservação perma-
nente, sem permissão da autoridade competente;
30 Artigo com redação dada pela Lei nº 7.803, de 18-7-1989.
Legislação Brasileira sobre Meio Ambiente – 3ª edição
39
 c) penetrar em floresta de preservação permanente 
conduzindo armas, substâncias ou instrumentos 
próprios para caça proibida ou para exploração de 
produtos ou subprodutos florestais, sem estar mu-
nido de licença da autoridade competente;
 d) causar danos aos Parques Nacionais, Estaduais ou 
Municipais, bem como às Reservas Biológicas;
 e) fazer fogo, por qualquer modo, em florestas e de-
mais formas de vegetação, sem tomar as precau-
ções adequadas;
 f ) fabricar, vender, transportar ou soltar balões que 
possam provocar incêndios nas florestas e demais 
formas de vegetação;
 g) impedir ou dificultar a regeneração natural de flo-
restas e demais formas de vegetação;
 h) receber madeira, lenha, carvão e outros produtos 
procedentes de florestas, sem exigir a exibição de 
licença do vendedor, outorgada pela autorida-
de competente e sem munir-se da via que deverá 
acompanhar o produto, até final beneficiamento;
 i) transportar ou guardar madeiras, lenha, carvão e ou-
tros produtos procedentes de florestas, sem licença 
válida para todo o tempo da viagem ou do armaze-
namento, outorgada pela autoridade competente;
 j) deixar de restituir à autoridade, licenças extintas 
pelo decurso do prazo ou pela entrega ao consu-
midor dos produtos procedentes de florestas;
Série Legislação
40
 l) empregar, como combustível, produtos florestais 
ou hulha, sem uso de dispositivo que impeça a di-
fusão de fagulhas, suscetíveis de provocar incên-
dios nas florestas;
 m) soltar animais ou não tomar precauções necessá-
rias para que o animal de sua propriedade não pe-
netre em florestas sujeitas a regime especial;
 n) matar, lesar ou maltratar, por qualquer modo ou 
meio, plantas de ornamentação de logradouros 
públicos ou em propriedade privada alheia ou ár-
vore imune de corte;
 o) extrair de florestas de domínio público ou con-
sideradas de preservação permanente, sem prévia 
autorização, pedra, areia, cal ou qualquer outra 
espécie de minerais;
 p) (vetada);
 31q) transformar madeiras de lei em carvão, inclusive 
para qualquer efeito industrial, sem licença da au-
toridade competente. 
 Art. 27. É proibido o uso de fogo nas florestas e demais formas 
de vegetação.
32Parágrafo único. Se peculiaridades locais ou regionais justifi-
carem o emprego do fogo em práticas agropastoris ou florestais, 
a permissão será estabelecida em ato do Poder Público, circuns-
crevendo as áreas e estabelecendo normas de precaução.
 Art. 28. Além das contravenções estabelecidas no artigo prece-
dente, subsistem os dispositivos sobre contravenções 
31 Alínea incluída pela Lei nº 5.870, de 26-3-1973.
32 Parágrafo regulamentado pelo Decreto nº 2.661, de 8-7-1998.
Legislação Brasileira sobre Meio Ambiente – 3ª edição
41
e crimes previstos no Código Penal e nas demais leis, 
com as penalidades neles cominadas.
 Art. 29. As penalidades incidirão sobre os autores, sejam eles:
 a) diretos;
 b) arrendatários, parceiros, posseiros, gerentes, admi-
nistradores, diretores, promitentes compradores ou 
proprietários das áreas florestais, desde que pratica-
das por prepostos ou subordinados e no interesse 
dos preponentes ou dos superiores hierárquicos;
 c) autoridades que se omitirem ou facilitarem, por 
consentimento legal, na prática do ato.
 Art. 30. Aplicam-se às contravenções previstas neste código as 
regras gerais do Código Penal e da Lei de Contraven-
ções Penais, sempre que a presente lei não disponha de 
modo diverso.
 Art. 31. São circunstâncias que agravam a pena, além das previs-
tas no Código Penal e na Lei de Contravenções Penais:
 a) cometer a infração no período de queda das se-
mentes ou de formação das vegetações prejudica-
das, durante a noite, em domingos ou dias feria-
dos, em épocas de seca ou inundações;
 b) cometer a infração contra a floresta de preservação 
permanente ou material dela provindo.
 Art. 32. A ação penal independe de queixa, mesmo em se tra-
tando de lesão em propriedade privada, quando os bens 
atingidos são florestas e demais formas de vegetação, 
instrumentos de trabalho, documentos e atos relacio-
nados com a proteção florestal disciplinada nesta lei.
Série Legislação
42
 Art. 33. São autoridades competentes para instaurar, presidir e 
proceder a inquéritos policiais, lavrar autos de prisão 
em flagrante e intentar a ação penal, nos casos de cri-
mes ou contravenções, previstos nesta lei, ou em outras 
leis e que tenham por objeto florestas e demais formas 
de vegetação, instrumentos de trabalho, documentos e 
produtos procedentes das mesmas:
 a) as indicadas no Código de Processo Penal;
 b) os funcionários da repartição florestal e de autar-
quias, com atribuições correlatas, designados para 
a atividade de fiscalização.
Parágrafo único. Em caso de ações penais simultâneas, pelo 
mesmo fato, iniciadas por várias autoridades, o Juiz reunirá os 
processos na jurisdição em que se firmou a competência.
 Art. 34. As autoridades referidas no item b do artigo anterior, ra-
tificada a denúncia pelo Ministério Público, terão ainda 
competência igual à deste, na qualidadede assistente, pe-
rante a Justiça comum, nos feitos de que trata esta lei.
 Art. 35. A autoridade apreenderá os produtos e os instrumen-
tos utilizados na infração e, se não puderem acom-
panhar o inquérito, por seu volume e natureza, serão 
entregues ao depositário público local, se houver e, na 
sua falta, ao que for nomeado pelo Juiz, para ulterior 
devolução ao prejudicado. Se pertencerem ao agente 
ativo da infração, serão vendidos em hasta pública.
 Art. 36. O processo das contravenções obedecerá ao rito sumá-
rio da Lei nº 1.508 de l9 de dezembro de 1951, no 
que couber.
 Art. 37. Não serão transcritos ou averbados no Registro Geral 
de Imóveis os atos de transmissão inter vivos ou causa 
Legislação Brasileira sobre Meio Ambiente – 3ª edição
43
mortis, bem como a constituição de ônus reais, sobre 
imóveis da zona rural, sem a apresentação de certidão 
negativa de dívidas referentes a multas previstas nesta 
lei ou nas leis estaduais supletivas, por decisão transi-
tada em julgado.
 33Art. 37-A. Não é permitida a conversão de florestas ou outra for-
ma de vegetação nativa para uso alternativo do solo na 
propriedade rural que possui área desmatada, quando 
for verificado que a referida área encontra-se abando-
nada, subutilizada ou utilizada de forma inadequada, 
segundo a vocação e capacidade de suporte do solo. 
 § 1º Entende-se por área abandonada, subutilizada ou uti-
lizada de forma inadequada, aquela não efetivamen-
te utilizada, nos termos do § 3º, do art. 6º da Lei 
nº 8.629, de 25 de fevereiro de 1993, ou que não aten-
da aos índices previstos no art. 6º da referida lei, res-
salvadas as áreas de pousio na pequena propriedade ou 
posse rural familiar ou de população tradicional.
 § 2º As normas e mecanismos para a comprovação da ne-
cessidade de conversão serão estabelecidos em regula-
mento, considerando, dentre outros dados relevantes, 
o desempenho da propriedade nos últimos três anos, 
apurado nas declarações anuais do Imposto sobre a 
Propriedade Territorial Rural (ITR).
 § 3º A regulamentação de que trata o § 2º estabelecerá pro-
cedimentos simplificados:
 I – para a pequena propriedade rural; e
33 Artigo acrescido pela Medida Provisória nº 2.166-67, de 24-8-2001.
Série Legislação
44
 II – para as demais propriedades que venham atingindo 
os parâmetros de produtividade da região e que não 
tenham restrições perante os órgãos ambientais. 
 § 4º Nas áreas passíveis de uso alternativo do solo, a supres-
são da vegetação que abrigue espécie ameaçada de extin-
ção, dependerá da adoção de medidas compensatórias e 
mitigadoras que assegurem a conservação da espécie. 
 § 5º Se as medidas necessárias para a conservação da espécie im-
possibilitarem a adequada exploração econômica da pro-
priedade, observar-se-á o disposto na alínea b do art. 14. 
 § 6º É proibida, em área com cobertura florestal primária 
ou secundária em estágio avançado de regeneração, a 
implantação de projetos de assentamento humano ou 
de colonização para fim de reforma agrária, ressalvados 
os projetos de assentamento agroextrativista, respeita-
das as legislações específicas. 
 34Art. 38. (Revogado.)
 35Art. 39. (Revogado.)
 Art. 40. (Vetado.)
 Art. 41. Os estabelecimentos oficiais de crédito concederão 
prioridades aos projetos de florestamento, refloresta-
mento ou aquisição de equipamentos mecânicos ne-
cessários aos serviços, obedecidas as escalas anterior-
mente fixadas em lei.
Parágrafo único. Ao Conselho Monetário Nacional, dentro 
de suas atribuições legais, como órgão disciplinador do cré-
dito e das operações creditícias em todas suas modalidades 
e formas, cabe estabelecer as normas para os financiamentos 
34 Artigo revogado pela Lei nº 5.106, de 2-9-1966.
35 Artigo revogado pela Lei nº 5.868, de 12-12-1972.
Legislação Brasileira sobre Meio Ambiente – 3ª edição
45
florestais, com juros e prazos compatíveis, relacionados com 
os planos de florestamento e reflorestamento aprovados pelo 
Conselho Florestal Federal.
 Art. 42. Dois anos depois da promulgação desta lei, nenhuma au-
toridade poderá permitir a adoção de livros escolares de 
leitura que não contenham textos de educação florestal, 
previamente aprovados pelo Conselho Federal de Educa-
ção, ouvido o órgão florestal competente.
 § 1º As estações de rádio e televisão incluirão, obrigatoria-
mente, em suas programações, textos e dispositivos de 
interesse florestal, aprovados pelo órgão competente 
no limite mínimo de cinco (5) minutos semanais, dis-
tribuídos ou não em diferentes dias.
 § 2º Nos mapas e cartas oficiais serão obrigatoriamente as-
sinalados os Parques e Florestas Públicas.
 § 3º A União e os Estados promoverão a criação e o desen-
volvimento de escolas para o ensino florestal, em seus 
diferentes níveis.
 Art. 43. Fica instituída a Semana Florestal, em datas fixadas 
para as diversas regiões do País, do decreto federal. Será 
a mesma comemorada, obrigatoriamente, nas escolas e 
estabelecimentos públicos ou subvencionados, através 
de programas objetivos em que se ressalte o valor das 
florestas, face aos seus produtos e utilidades, bem como 
sobre a forma correta de conduzi-las e perpetuá-las.
Parágrafo único. Para a Semana Florestal serão programadas 
reuniões, conferências, jornadas de reflorestamento e outras 
solenidades e festividades com o objetivo de identificar as flo-
restas como recurso natural renovável, de elevado valor social 
e econômico.
Série Legislação
46
 36Art. 44. O proprietário ou possuidor de imóvel rural com área 
de floresta nativa, natural, primitiva ou regenerada ou 
outra forma de vegetação nativa em extensão inferior 
ao estabelecido nos incisos I, II, III e IV do art. 16, 
ressalvado o disposto nos seus §§ 5º e 6º, deve adotar 
as seguintes alternativas, isoladas ou conjuntamente: 
 I – recompor a reserva legal de sua propriedade me-
diante o plantio, a cada três anos, de no mínimo 
1/10 da área total necessária à sua complementa-
ção, com espécies nativas, de acordo com critérios 
estabelecidos pelo órgão ambiental estadual com-
petente;
 II – conduzir a regeneração natural da reserva legal; e
 III – compensar a reserva legal por outra área equivalen-
te em importância ecológica e extensão, desde que 
pertença ao mesmo ecossistema e esteja localizada 
na mesma microbacia, conforme critérios estabele-
cidos em regulamento.
 § 1º Na recomposição de que trata o inciso I, o órgão am-
biental estadual competente deve apoiar tecnicamente 
a pequena propriedade ou posse rural familiar. 
 § 2º A recomposição de que trata o inciso I pode ser realiza-
da mediante o plantio temporário de espécies exóticas 
como pioneiras, visando a restauração do ecossistema 
original, de acordo com critérios técnicos gerais esta-
belecidos pelo Conama. 
 § 3º A regeneração de que trata o inciso II será autorizada, 
pelo órgão ambiental estadual competente, quando 
36 Artigo com redação dada pela Medida Provisória nº 2.166-67, de 24-8-2001.
Legislação Brasileira sobre Meio Ambiente – 3ª edição
47
sua viabilidade for comprovada por laudo técnico, po-
dendo ser exigido o isolamento da área. 
 § 4º Na impossibilidade de compensação da reserva legal 
dentro da mesma microbacia hidrográfica, deve o ór-
gão ambiental estadual competente aplicar o critério 
de maior proximidade possível entre a propriedade 
desprovida de reserva legal e a área escolhida para com-
pensação, desde que na mesma bacia hidrográfica e no 
mesmo Estado, atendido, quando houver, o respectivo 
Plano de Bacia Hidrográfica, e respeitadas as demais 
condicionantes estabelecidas no inciso III. 
 § 5º A compensação de que trata o inciso III deste artigo, 
deverá ser submetida à aprovação pelo órgão ambien-
tal estadual competente, e pode ser implementada me-
diante o arrendamento de área sob regimede servidão 
florestal ou reserva legal, ou aquisição de cotas de que 
trata o art. 44-B. 
 37§ 6º O proprietário rural poderá ser desonerado das obriga-
ções previstas neste artigo, mediante a doação ao órgão 
ambiental competente de área localizada no interior 
de unidade de conservação de domínio público, pen-
dente de regularização fundiária, respeitados os crité-
rios previstos no inciso III do caput deste artigo. 
 38Art. 44-A. O proprietário rural poderá instituir servidão florestal, 
mediante a qual voluntariamente renuncia, em caráter 
permanente ou temporário, a direitos de supressão ou 
exploração da vegetação nativa, localizada fora da reserva 
legal e da área com vegetação de preservação permanente. 
37 Parágrafo com redação dada pela Lei nº 11.428, de 22-12-2006.
38 Artigo acrescido pela Medida Provisória nº 2.166-67, de 24-8-2001.
Série Legislação
48
 § 1º A limitação ao uso da vegetação da área sob regime de 
servidão florestal deve ser, no mínimo, a mesma esta-
belecida para a Reserva Legal. 
 § 2º A servidão florestal deve ser averbada à margem da 
inscrição de matrícula do imóvel, no registro de imó-
veis competente, após anuência do órgão ambiental 
estadual competente, sendo vedada, durante o prazo 
de sua vigência, a alteração da destinação da área, nos 
casos de transmissão a qualquer título, de desmembra-
mento ou de retificação dos limites da propriedade. 
 39Art. 44-B. Fica instituída a Cota de Reserva Florestal (CRF), tí-
tulo representativo de vegetação nativa sob regime de 
servidão florestal, de Reserva Particular do Patrimônio 
Natural ou reserva legal instituída voluntariamente so-
bre a vegetação que exceder os percentuais estabeleci-
dos no art. 16 deste código. 
Parágrafo único. A regulamentação deste código disporá so-
bre as características, natureza e prazo de validade do título de 
que trata este artigo, assim como os mecanismos que assegu-
rem ao seu adquirente a existência e a conservação da vegeta-
ção objeto do título. 
 40Art. 44-C. O proprietário ou possuidor que, a partir da vigência 
da Medida Provisória nº 1.736-31, de 14 de dezem-
bro de 1998, suprimiu, total ou parcialmente flores-
tas ou demais formas de vegetação nativa, situadas no 
interior de sua propriedade ou posse, sem as devidas 
autorizações exigidas por lei, não pode fazer uso dos 
benefícios previstos no inciso III do art. 44. 
39 Artigo acrescido pela Medida Provisória nº 2.166-67, de 24-8-2001.
40 Idem.
Legislação Brasileira sobre Meio Ambiente – 3ª edição
49
 41Art. 45. Ficam obrigados ao registro no Instituto Brasileiro do 
Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis 
(Ibama) os estabelecimentos comerciais responsáveis 
pela comercialização de motosserras, bem como aque-
les que adquirirem este equipamento. 
 § 1º A licença para o porte e uso de motosserras será re-
novada a cada 2 (dois) anos perante o Instituto Bra-
sileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais 
Renováveis (Ibama). 
 § 2º Os fabricantes de motosserras ficam obrigados, a par-
tir de 180 (cento e oitenta) dias da publicação desta 
lei, a imprimir, em local visível deste equipamento, 
numeração cuja sequência será encaminhada ao Ins-
tituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos 
Naturais Renováveis (Ibama) e constará das corres-
pondentes notas fiscais. 
 § 3º A comercialização ou utilização de motosserras sem a 
licença a que se refere este artigo constitui crime con-
tra o meio ambiente, sujeito à pena de detenção de 
1 (um) a 3 (três) meses e multa de 1 (um) a 10 (dez) 
salários mínimos de referência e a apreensão da motos-
serra, sem prejuízo da responsabilidade pela reparação 
dos danos causados. 
 42Art. 46. No caso de florestas plantadas, o Instituto Brasileiro 
do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renová-
veis (Ibama) zelará para que seja preservada, em cada 
Município, área destinada à produção de alimentos 
básicos e pastagens, visando ao abastecimento local. 
41 Artigo acrescido pela Lei nº 7.803, de 18-7-1989.
42 Idem.
Série Legislação
50
 43Art. 47. O Poder Executivo promoverá, no prazo de 180 dias, a 
revisão de todos os contratos, convênios, acordos e con-
cessões relacionados com a exploração florestal em geral, 
a fim de ajustá-las às normas adotadas por esta lei. 
 44Art. 48. Fica mantido o Conselho Florestal Federal, com sede 
em Brasília, como órgão consultivo e normativo da 
política florestal brasileira. 
Parágrafo único. A composição e atribuições do Conselho 
Florestal Federal, integrado, no máximo, por 12 (doze) mem-
bros, serão estabelecidas por decreto do Poder Executivo.
 45Art. 49. Poder Executivo regulamentará a presente lei, no que 
for julgado necessário à sua execução. 
 46Art. 50. Esta lei entrará em vigor 120 (cento e vinte) dias após a 
data de sua publicação, revogados o Decreto nº 23.793, 
de 23 de janeiro de 1934 (Código Florestal) e demais 
disposições em contrário. 
Brasília, 15 de setembro de 1965; 144º da Independência e 77º da República. 
H. CASTELLO BRANCO 
Hugo Leme 
Octavio Gouveia de Bulhões 
Flávio Lacerda
43 Art. 45 renumerado para 47 pela Lei nº 7.803, de 18-7-1989.
44 Art. 46 renumerado para 48 pela Lei nº 7.803, de 18-7-1989.
45 Art. 47 renumerado para 49 pela Lei nº 7.803, de 18-7-1989.
46 Art. 48 renumerado para 50 pela Lei nº 7.803, de 18-7-1989.
Legislação Brasileira sobre Meio Ambiente – 3ª edição
51
- LEI Nº 5.197, 
DE 3 DE JANEIRO DE 196747 -
Dispõe sobre a proteção à fauna e dá outras providências. 
O Presidente da República 
Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte lei:
 Art. 1º Os animais de quaisquer espécies, em qualquer fase do 
seu desenvolvimento e que vivem naturalmente fora 
do cativeiro, constituindo a fauna silvestre, bem como 
seus ninhos, abrigos e criadouros naturais são proprie-
dades do Estado, sendo proibida a sua utilização, per-
seguição, destruição, caça ou apanha.
 § 1º Se peculiaridades regionais comportarem o exercício 
da caça, a permissão será estabelecida em ato regula-
mentador do Poder Público Federal.
 § 2º A utilização, perseguição, caça ou apanha de espécies 
da fauna silvestre em terras de domínio privado, mes-
mo quando permitidas na forma do parágrafo ante-
rior, poderão ser igualmente proibidas pelos respecti-
vos proprietários, assumindo estes a responsabilidade 
da fiscalização de seus domínios. Nestas áreas, para a 
prática do ato de caça é necessário o consentimento 
expresso ou tácito dos proprietários, nos termos dos 
arts. 594, 595, 596, 597 e 598 do Código Civil.
 Art. 2º É proibido o exercício da caça profissional.
47 Publicada no Diário Oficial da União de 5 de janeiro de 1967.
Série Legislação
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 Art. 3º É proibido o comércio de espécimes da fauna silvestre 
e de produtos e objetos que impliquem na sua caça, 
perseguição, destruição ou apanha.
 § 1º Excetuam-se os espécimes provenientes de criadouros 
devidamente legalizados.
 § 2º Será permitida, mediante licença da autoridade com-
petente, a apanha de ovos, larvas e filhotes que se desti-
nem aos estabelecimentos acima referidos, bem como 
a destruição de animais silvestres considerados nocivos 
à agricultura ou à saúde pública.
 48§ 3º O simples desacompanhamento de comprovação de 
procedência de peles ou outros produtos de animais 
silvestres, nos carregamentos de via terrestre, fluvial, 
marítima ou aérea, que se iniciem ou transitem pelo 
País, caracterizará, de imediato, o descumprimento do 
disposto no caput deste artigo. 
 Art. 4º Nenhuma espécie poderá ser introduzida no País, sem 
parecer técnico oficial favorável e licença expedida na 
forma da lei.
 49Art. 5º (Revogado.) 
 Art. 6º O Poder Público estimulará:
 a) a formação e o funcionamento de clubes e socie-
dades amadoristas de caça e de tiro ao voo, ob-
jetivando alcançaro espírito associativista para a 
prática desse esporte.
 b) a construção de criadouros destinados à criação de 
animais silvestres para fins econômicos e industriais.
48 Parágrafo acrescido pela Lei nº 9.111, de 10-10-1995.
49 Artigo revogado pela Lei nº 9.985, de 18-7-2000.
Legislação Brasileira sobre Meio Ambiente – 3ª edição
53
 Art. 7º A utilização, perseguição, destruição, caça ou apanha 
de espécimes da fauna silvestre, quando consentidas 
na forma desta lei, serão considerados atos de caça.
 Art. 8º O órgão público federal competente, no prazo de 120 
dias, publicará e atualizará anualmente:
 a) a relação das espécies cuja utilização, perseguição, 
caça ou apanha será permitida indicando e delimi-
tando as respectivas áreas;
 b) a época e o número de dias em que o ato acima 
será permitido;
 c) a quota diária de exemplares cuja utilização, perse-
guição, caça ou apanha será permitida.
Parágrafo único. Poderão ser, igualmente, objeto de utiliza-
ção, caça, perseguição ou apanha os animais domésticos que, 
por abandono, se tornem selvagens ou ferais.
 Art. 9º Observado o disposto no artigo 8º e satisfeitas as exi-
gências legais, poderão ser capturados e mantidos em 
cativeiro, espécimes da fauna silvestre.
 Art. 10. A utilização, perseguição, destruição, caça ou apanha 
de espécimes da fauna silvestre são proibidas:
 a) com visgos, atiradeiras, fundas, bodoques, veneno, 
incêndio ou armadilhas que maltratem a caça;
 b) com armas a bala, a menos de três quilômetros de 
qualquer via térrea ou rodovia pública;
 c) com armas de calibre 22 para animais de porte su-
perior ao tapiti (sylvilagus brasiliensis);
 d) com armadilhas constituídas de armas de fogo;
Série Legislação
54
 e) nas zonas urbanas, suburbanas, povoados e nas es-
tâncias hidrominerais e climáticas;
 f ) nos estabelecimentos oficiais e açudes do domínio 
público, bem como nos terrenos adjacentes, até a 
distância de cinco quilômetros;
 g) na faixa de quinhentos metros de cada lado do 
eixo das vias férreas e rodovias públicas;
 h) nas áreas destinadas à proteção da fauna, da flora e 
das belezas naturais;
 i) nos jardins zoológicos, nos parques e jardins públicos;
 j) fora do período de permissão de caça, mesmo em 
propriedades privadas;
 l) à noite, exceto em casos especiais e no caso de ani-
mais nocivos;
 m) do interior de veículos de qualquer espécie.
 Art. 11. Os Clubes ou Sociedades Amadoristas de Caça e de 
tiro ao voo, poderão ser organizados distintamente ou 
em conjunto com os de pesca, e só funcionarão vali-
damente após a obtenção da personalidade jurídica, 
na forma da Lei Civil e o registro no órgão público 
federal competente.
 Art. 12. As entidades a que se refere o artigo anterior deverão 
requerer licença especial para seus associados transi-
tarem com arma de caça e de esporte, para uso em 
suas sedes durante o período defeso e dentro do perí-
metro determinado.
 Art. 13. Para exercício da caça, é obrigatória a licença anual, de 
caráter específico e de âmbito regional, expedida pela 
autoridade competente.
Legislação Brasileira sobre Meio Ambiente – 3ª edição
55
Parágrafo único. A licença para caçar com armas de fogo deverá 
ser acompanhada do porte de arma emitido pela Polícia Civil.
 Art. 14. Poderá ser concedida a cientistas, pertencentes a insti-
tuições científicas, oficiais ou oficializadas, ou por es-
tas indicadas, licença especial para a coleta de material 
destinado a fins científicos, em qualquer época.
 § 1º Quando se tratar de cientistas estrangeiros, devida-
mente credenciados pelo País de origem, deverá o pe-
dido de licença ser aprovado e encaminhado ao órgão 
público federal competente, por intermédio de insti-
tuição científica oficial do País.
 § 2º As instituições a que se refere este artigo, para efeito da 
renovação anual da licença, darão ciência ao órgão pú-
blico federal competente das atividades dos cientistas 
licenciados no ano anterior.
 § 3º As licenças referidas neste artigo não poderão ser utili-
zadas para fins comerciais ou esportivos.
 § 4º Aos cientistas das instituições nacionais que tenham 
por lei, a atribuição de coletar material zoológico, para 
fins científicos, serão concedidas licenças permanentes.
 Art. 15. O Conselho de Fiscalização das Expedições Artísticas 
e Científicas do Brasil ouvirá o órgão público federal 
competente toda vez que, nos processos em julgamen-
to, houver matéria referente à fauna.
 Art. 16. Fica instituído o registro das pessoas físicas ou jurídicas 
que negociem com animais silvestres e seus produtos.
 Art. 17. As pessoas físicas ou jurídicas, de que trata o artigo 
anterior, são obrigadas à apresentação de declaração 
Série Legislação
56
de estoques e valores, sempre que exigida pela auto-
ridade competente.
Parágrafo único. O não cumprimento do disposto neste ar-
tigo, além das penalidades previstas nesta lei obriga o cancela-
mento do registro.
 Art. 18. É proibida a exportação para o Exterior, de peles e 
couros de anfíbios e répteis, em bruto.
 Art. 19. O transporte interestadual e para o Exterior, de ani-
mas silvestres, lepidópteros, e outros insetos e seus 
produtos depende de guia de trânsito, fornecida pela 
autoridade competente.
Parágrafo único. Fica isento dessa exigência o material con-
signado a Instituições Científicas Oficiais.
 Art. 20. As licenças de caçadores serão concedidas mediante 
pagamento de uma taxa anual equivalente a um déci-
mo do salário mínimo mensal.
Parágrafo único. Os turistas pagarão uma taxa equivalente a 
um salário mínimo mensal, e a licença será válida por 30 dias.
 Art. 21. O registro de pessoas físicas ou jurídicas, a que se refe-
re o art. 16, será feito mediante o pagamento de uma 
taxa equivalente a meio salário mínimo mensal.
Parágrafo único. As pessoas físicas ou jurídicas de que trata 
este artigo pagarão a título de licença uma taxa anual para as 
diferentes formas de comércio até o limite de um salário mí-
nimo mensal.
 Art. 22. O registro de clubes ou sociedades amadoristas, de que 
trata o art. 11, será concedido mediante pagamento de 
uma taxa equivalente a meio salário mínimo mensal.
Legislação Brasileira sobre Meio Ambiente – 3ª edição
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Parágrafo único. As licenças de trânsito com arma de caça e 
de esporte, referidas no art. 12, estarão sujeitas ao pagamento 
de uma taxa anual equivalente a um vigésimo do salário mí-
nimo mensal.
 Art. 23. Far-se-á, com a cobrança da taxa equivalente a dois déci-
mos do salário mínimo mensal, o registro dos criadouros.
 Art. 24. O pagamento das licenças, registros e taxas previstos 
nesta lei, será recolhido ao Banco do Brasil S.A. em 
conta especial, a crédito do Fundo Federal Agropecu-
ário, sob o título “Recursos da Fauna”.
 Art. 25. A União fiscalizará diretamente pelo órgão executivo 
específico, do Ministério da Agricultura, ou em con-
vênio com os Estados e Municípios, a aplicação das 
normas desta lei, podendo, para tanto, criar os servi-
ços indispensáveis.
Parágrafo único. A fiscalização da caça pelos órgãos especia-
lizados não exclui a ação da autoridade policial ou das Forças 
Armadas por iniciativa própria.
 Art. 26. Todos os funcionários, no exercício da fiscalização da 
caça, são equiparados aos agentes de segurança públi-
ca, sendo-lhes assegurado o porte de armas.
 50Art. 27. Constitui crime punível com pena de reclusão de 2 (dois) 
a 5 (cinco) anos a violação do disposto nos arts. 2º, 3º, 17 
e 18 desta lei.
 § 1º É considerado crime punível com a pena de reclusão de 1 
(um) a 3 (três) anos a violação do disposto no artigo 1º e 
seus § § 4º, 8º e suas alíneas a, b, e c, 10 e suas alíneas a, b, 
c, d, e, f, g, h, i, j, l, e m, e 14 e seu § 3º desta lei.
50 Artigo com redação dada pela Lei nº 7.653, de 3-2-1988.
Série Legislação

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