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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO 
INSTITUTO DE TECNOLOGIA 
DEPARTAMENTO DE TECNOLOGIA DE ALIMENTOS 
TECNOLOGIA DE FRUTAS E HORTALIÇAS 
 
PRODUÇÃO DE ABACAXI EM CALDA 
 
Jaqueline Franciele Viana Santos¹, Cristiane HESS² 
 
¹: Graduanda em Engenharia de Alimentos na Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro 
²: Professora Adjunta da disciplina de Tecnologia de Frutas e Hortaliças 
 
TÍTULO: Produção de abacaxi em calda 
RESUMO 
As frutas podem ser conservadas a partir de diferentes tipos de processamento. Dentre 
os processos, destaca-se a fabricação de doces em calda. A composição química do abacaxi 
varia muito de acordo com a época em que é produzido. De modo geral, a produção ocorre no 
período do verão e gera frutas com maior teor de açúcares e menor acidez. O fruto apresenta 
alto conteúdo em bromelina, que auxilia o processo de digestão. A conservação das frutas na 
forma de doce em calda permite aumentar significativamente a sua conservação, pois, além 
do calor, é adicionado o açúcar, que promove o aumento do teor de sólidos solúveis, 
diminuindo a atividade de água. Esta prática tem como objetivo principal a produção de 
abacaxi em calda, ressaltando o método de conservação utilizado (tratamento térmico). 
 
 
PALAVRAS-CHAVE: processamento mínimo, conservação, pasteurização, bromelina, 
compota, tratamento térmico 
 
INTRODUÇÃO 
Mudança no comportamento do consumidor quanto aos padrões de consumo de frutas 
tem sido verificada na última década. Assim, o mercado de frutas e hortaliças frescas está se 
adaptando ao crescimento do interesse pelos produtos minimamente processados (ROSA e 
CARVALHO, 2000; TEIXEIRA, SOUZA e ZAMBIAZI, 2001). Também cresceu a procura 
pelos produtos processados e apresentados comercialmente na forma de suco, néctar, sorvete, 
sobremesas geleificadas e outras (VIDAL e GASPARETO, 2000). A fruta, além da imagem 
saudável, comporta-se como agente adoçante, acidificante, corante e flavorizante. Em 1990, 
20% dos novos produtos alimentícios lançados no mercado norte americano eram a base de 
fruta ou com sabor de fruta. A explicação para essa tendência está na busca dos consumidores 
por produtos naturais ou elaborados com ingredientes naturais (FULLER, 1993). 
Para expandir os mercados nacional e internacional de frutas frescas, o Brasil conta 
com o interesse pelo consumo de produtos “prontos para o consumo” (MAIA et al., 2001; 
LIMA et al., 2000). A extensão do país e sua inserção, em grande parte, nas zonas de clima 
tropical e temperado possibilitaram o cultivo de diferentes variedades de frutíferas nativas e 
exóticas. Algumas frutas tropicais têm se destacado devido ao uso de tecnologia como o 
abacaxi, a manga, o abacate, o mamão, a banana, os citros, a goiaba, a melancia, o melão, o 
maracujá, a acerola e o caju-anão precoce (OLIVEIRA, 2001). 
As frutas podem ser conservadas a partir de diferentes tipos de processamento. Dentre 
os processos, destaca-se a fabricação de doces em calda. A produção deste tipo de doce pode 
ser obtida através da própria fruta ou de sua polpa, já preparada anteriormente. A fruta pode 
ser utilizada tanto inteira, como em pedaços, com ou sem caroços. No caso da produção de 
abacaxi em calda, utiliza-se a fruta em pedaços. Após o cozimento, a fruta é transferida para 
latas ou vidros resistentes, recebendo o líquido de cobertura, formado pela calda de açúcar. 
A composição química do abacaxi varia muito de acordo com a época em que é 
produzido. De modo geral, a produção ocorre no período do verão e gera frutas com maior 
teor de açúcares e menor acidez. O abacaxi destaca-se pelo valor energético, devido à sua alta 
composição de açúcares, e valor nutritivo pela presença de sais minerais (cálcio, fósforo, 
magnésio, potássio, sódio, cobre e iodo) e de vitaminas (C, A, B1 , B2 e Niacina). No entanto, 
apresenta teor proteíco e de gordura inferiores a 0,5% (FRANCO, 1989). 
O fruto apresenta alto conteúdo em bromelina, que auxilia o processo de digestão. 
Trata-se de mistura de enzimas proteolíticas que em meio ácido, alcalino ou neutro, transforma 
as matérias albuminóides em proteoses ou peptona. A bromelina pode ser isolada do suco da 
fruta ou do talo da planta, ocorrendo em maior concentração no cilindro central do abacaxi 
(MEDINA, 1987). Mesmo com baixo teor de pectina, o abacaxi é adequado para a fabricação 
de geléias devido ao seu teor de ácido (SENAI, 1990). 
 A função do líquido de cobertura, ou seja, a calda de açúcar, é auxiliar na troca de 
calor. Este auxílio tecnológico deve ser de acordo com a matéria-prima em questão. Matéria-
prima e líquido de cobertura não devem ocupar mais que 90% da embalagem. Os 10% 
restantes são devido a dilatação durante o tratamento térmico. 
O processo de produção de doces é composto por diversos mecanismos, como 
branqueamento, tratamento térmico – no caso do abacaxi em calda foi utilizada pasteurização 
e resfriamento em banho de gelo. Para a produção de abacaxi em calda, deve-se atentar às 
condições exigidas: pH igual a 4.00, concentração de 50º Brix. Para a obtenção deste pH, faz-
se uso de componentes químicos, como o ácido cítrico, que não apresenta teto máximo para 
uso. 
 Esta prática tem como objetivo principal a produção de abacaxi em calda, ressaltando 
o método de conservação utilizado (tratamento térmico). 
 
MATERIAIS E MÉTODOS 
MATERIAIS: 
- 5L de água filtrada 
- 2,5 Kg de sacarose (açúcar refinado) 
- Abacaxi “in natura” 
- Cloro 100 ppm 
- Tábua para corte 
- Faca 
- Potes de vidro (com tampas metálicas) 
- Ácido cítrico 
- Fitas de pH 
- Panelas grandes 
- Fogão 
- Termômetro 
 
MÉTODOS: 
1- Metodologia para o preparo da fruta: 
 Selecionou-se manualmente a matéria-prima. Pesou-se a matéria-prima, após pesada 
ocorreu a higienização em água corrente, com auxílio de uma escova para a retirada de 
sujidades. Deixou-se a fruta por um tempo de 15 minutos em uma solução agua clorada a uma 
concentração de 100 ppm; descascou-se o vegetal, retirando apenas a casca; seguindo isso 
realizou-se cortes homogêneos na fruta. 
2- Metodologia para o preparo da calda (líquido de cobertura): 
Preparou-se uma calda de 50º Brix – 5L de água filtrada e 2,5 Kg de sacarose. Mediu-
se o pH e acertou-o adicionando ácido cítrico até pH abaixo de 4,0, após a correção do pH 
levou a calda ao aquecimento até a fervura. Para realizar o branqueamento imergiu-se os 
pedaços da fruta e cozinhou-se por 5 minutos. 
3- Metodologia para o envase: 
 Realizou-se a higienização das embalagens, com água corrente, seguida de uma 
solução com água clorada, fez-se a distribuição da fruta e cobriu-se com o líquido de cobertura 
ainda quente. Utilizou do tratamento térmico (aquecimento), com as embalagens meio abertas, 
por um tempo de 20 minutos, a uma temperatura de 90º C. Após esse procedimento, fechou-
se imediatamente os potes e realizou-se o resfriamento em banho de gelo. 
O procedimento experimental seguiu as etapas usuais de preparação de fruta em 
calda mostradas no fluxograma esquemático da Figura 1. 
 
ABACAXI “IN NATURA” ↓ 
 SELEÇÃO E LAVAGEM ↓ 
 DESCASCAMENTO E CORTE ↓ 
 BRANQUEAMENTO ↓ 
ACONDICIONAMENTO E ADIÇÃO DA CALDA DE COBERTURA ↓ 
FECHAMENTO ↓ 
 TRATAMENTO TÉRMICO ↓ 
RESFRIAMENTO ↓ 
 ARMAZENAMENTO/ CONSUMO 
 
FIGURA 1: Fluxograma da elaboração de compota de abacaxi em calda. 
* FECHAMENTO – A tampa não foi totalmente vedada. Ficou semiaberta durante o 
aquecimento. 
 
RESULTADOS E DISCUSSÃO 
A conservação das frutas na forma de doce em calda permite aumentar 
significativamente a sua conservação, pois, além do calor, é adicionado o açúcar, que promove 
o aumento do teor de sólidos solúveis,diminuindo a atividade de água. O uso de acidulantes, 
quando necessário, promove o abaixamento de pH, dificultando ainda mais o crescimento 
microbiano e proporcionando um produto de fácil armazenamento e transporte, não sendo 
necessário o uso da cadeia de frio. 
Foi obtido como produto final um doce de abacaxi em calda, apresentando pH igual a 
4.00. Não houve estufamento das tampas, indicando que foi realizada a exaustão adequada. O 
processo térmico aplicado foi a pasteurização – que tem por objetivo eliminar microrganismos 
patógenos. O produto final obtido apresentou as características esperadas devido a aplicação 
dos procedimentos adequados: higienização da matéria-prima e embalagens, exaustão, 
pasteurização, controle de pH. Sensorialmente, o produto processado apresentou sabores mais 
apurados do que o produto “in natura”, agregando maior valor comercial ao produto, sem 
necessitar de altos investimentos financeiros. 
 
CONCLUSÃO 
A compota de abacaxi em calda apresentou-se como uma boa opção de utilização dessa 
fruta uma vez que lhes agrega valor a estas, fornecendo um produto com boa aceitabilidade 
entre os consumidores. O tratamento térmico realizado associado ao pH ácido permitiu a 
obtenção de um produto microbiologicamente seguro, não apresentando riscos para o 
consumo. 
 
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 
Doce de Frutas em Calda – NETO, Raimundo Marcelino da Silva; PAIVA, Francisco Fábio 
de Assis 
EMBRAPA AGROINDÚSTRIA TROPICAL 
 
FULLER, G. W. Ingredients and “green” labels. Food Technology, Chicago, Aug. 1993. 
PELEGRINE, D. H.; VIDAL, J. R. M. B.; GASPARETO, C. A. Estudo da viscosidade 
aparente das polpas de manga (keitt) e abacaxi (pérola). Ciência e Tecnologia de Alimentos, 
v. 20, n.1, jan/abr. 2000. 
 
MAIA, G. A.; MONTEIRO, J. C. S.; GUIMARÃES, A. C. L. Estudo da estabilidade físico-
química e química do suco de caju com alto teor de polpa. Ciência e Tecnologia de Alimentos, 
v. 21, n.1, jan/abr. 2001. 
 
OLIVEIRA, Dalmo. Nova técnica aumenta produção de abacaxi. Banco de notícias da 
EMBRAPA. On-line. Disponível em: http://www.cnpmf.embrapa.br/jornal/ . Acesso em: 
29/09/15 
 
FRANCO, G. Tabela de composição química dos alimentos. 8.ed. Rio de Janeiro: Livraria 
Atheneu, 1989. 230 p. 
 
MEDINA, Júlio César et al. Abacaxi: cultura, matéria-prima, processamento e aspectos 
econômicos. Campinas: Instituto de Tecnologia de Alimentos, 1987. 285 p 
 
SENAI - RS. Alimentação: fabricação de geléias e geleiadas. Porto Alegre, 1990. 61p. 
 
http://www.ceinfo.cnpat.embrapa.br/arquivos/artigo_3582.pdf (acessado em 29/09/15) 
 
AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA (Brasil). Resolução RDC nº 12, de 
2 de janeiro de 2001. Aprova o Regulamento Técnico sobre Padrões Microbiológicos para 
Alimentos. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 
10 jan. 2001. 
 
AOAC INTERNATIONAL. Offi cial methods of analysis of the AOAC International. 17th 
ed. Gaithersburg, 2000. 2 v.

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