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INSTITUTO FEDERAL DO TRIÂNGULO MINEIRO - IFTM -CAMPUS ITUIUTABA Técnico em Agroindústria Integrado ao Ensino Médio – 3° Ano Professor (a). : Márcia Tec. Vegetais Atividade/tema: Relatório: Doce em calda Aluno: Adinilton Junior, Amanda Felix, Crislayne Cristina, Lara Franco, Laura Camile, Matheus Dias. Ituiutaba, Junho de 2018 Introdução O abacaxi destaca-se pelo valor energético, devido à sua composição de açúcares, e valor nutritivo pela presença de sais minerais (cálcio, fósforo, magnésio, potássio, sódio, cobre e iodo) e de vitamina (C, A, B1, B2 e Niacina). No entanto, apresenta teor protéico e de gordura inferiores a 0,5% (FRANCO, 1989). Segundo a legislação brasileira, “doce de fruta em calda” é definido como o produto obtido de frutas inteiras ou em pedaços, com ou sem sementes ou caroços, com ou sem cascas, cozidas em água e açúcar, envasadas em lata ou vidro e submetidas a tratamento térmico adequado. A densidade da calda em graus Brix deve estar entre 30 e 65º. A compota (ou fruta em calda) difere do “doce de fruta em calda” por ser obtido de frutas submetidas a cozimento incipiente, envasadas em lata ou vidro, praticamente cruas, cobertas com calda de açúcar e cuja densidade em graus Brix deve estar entre 14 e 40° (CNNPA, 1978). A preservação das frutas dá-se basicamente pela combinação de três fatores: a concentração de açúcar, o aquecimento do produto e o envasamento em embalagem hermética.(EMBRAPA, 2006) As caldas são adicionadas às frutas na fabricação de conservas para dar melhor sabor, preencher o espaço entre as unidades do produto e ajudar a transmissão do calor durante o processamento. As caldas podem ser adicionadas manualmente ou mecanicamente através das xaropeiras. O açúcar mais utilizado no preparo das caldas é a sacarose, podendo haver a substituição de até 25% dos sólidos solúveis presentes por xarope de glicose, o que confere mais brilho à fruta e diminui o nível de doçura sem prejuízos à viscosidade ou à qualidade da calda.(EMBRAPA, 2000). As frutas em calda são produtos pasteurizados. Com base no pH, é possível prever o aparecimento de certos microrganismos em um determinado produto, uma vez que certos microrganismos não se desenvolvem em determinadas faixas de pH. O valor de pH 4,5 constitui o limite inferior aproximado para o desenvolvimento de bactérias patogênicas, incluindo Clostridium botulinum. A maioria dos produtos de frutas apresentam pH<4,5 não necessitando de tratamento térmico sob pressão. Certas frutas com pH>4,5 precisam ser acidificadas para serem processadas à pressão atmosférica. A acidificação é feita geralmente pela adição de ácido cítrico ou outro ácido orgânico. Após o equilíbrio entre a calda e as frutas, o pH deve ser menor que 4,5.(EMBRAPA, 2000) A aula prática teve como objetivo elaborar doce em calda de abacaxi de acordo com as exigências da legislação. Materiais e métodos • Abacaxis • Açúcar Cristal • Água filtrada • Gelo • Algodão • Papel toalha • Tábuas de prático • Bandejas de plástico • Proveta 2L • Escorredor • Facas • Balança • Espumadeira • Panelas • Pinça • Frascos de vidro com tampa • Refratômetro digital • pHmetro • Fogão industrial Sanitizou-se os abacaxis por imersão, colocando-os no balde, em solução clorada por 15 minutos. Retirou-se o excesso de cloro, lavando os abacaxis em água potável corrente. Descascou-se os abacaxis e retirar com uma faca os pequenos defeitos e os restos de casca. Retirou-se o miolo e cortar o abacaxi em pedaços. Preparou-se o liquido de cobertura paralelamente a essas etapas. Preparou-se uma calda com mistura de 1,5 Kg de açúcar cristal para cada litro de água, aquecendo ate fervura para dissolução completa de açúcar. Verificou-se a concentração de sólidos solúveis por meio da leitura em refratômetro, anotando a concentração em ºBrix do liquido de cobertura. Colocou-se o abacaxi na calda quente e manteve-se o aquecimento por 15 minutos. Retirou-se o abacaxi com espumadeira e transferiu para as embalagens de vidro previamente esterilizadas, pesando a quantidade de fruta adicionada. Completou-se o volume da embalagem com a calda ainda quente, deixando um espaço livre. Tamparam-se os frascos sem apertar a roca para permitir a saída do ar quente. Colocaram-se os frascos em banho de água em ebulição, com água que ultrapasse um pouco acima da metade da altura das embalagens. Manteve-se em ebulição por 5 a 10 minutos para que ocorresse a exaustão do ar, liberando o ar retido entre o pedaços de abacaxi. Fecharam-se bem as embalagens e manteve os fracos em banho fervente por mais 15 minutos, completamente submersos. Resfriaram-se gradualmente os frascos em água á temperatura ambiente para interromper o calor aplicado á conserva. Resultados e discussões Para se verificar os rendimentos foi pesado o abacaxi em cada processo: Tabela de pesos Peso kg Peso inicial c/ coroa 8,022 Peso da coroa 1,026 Peso do miolo 0,562 Peso da casca 2,570 Total de Resíduos 4,158 Total da Fruta 2,180 Peso total da fruta nos vidros sem calda 3,590 O doce de fruta (abacaxi) em calda apresentou rendimento de 48,16% após. retirada de todos seus resíduos (casca, miolo e coroa) que obtiveram como porcentagem mínima de 4,158%. Inicialmente a calda do doce composta de água e açúcar cristal apresentou-se com uma concentração de sólidos solúveis e seu grau Brix estava em 43,8 (brix) estando dentro dos padrões da legislação que determina que esteja (dentre 30_65 brix). Após “15" dias foi efetuada a degustação do doce, o qual estava com sabor agradável (doce leve e perceptível ao paladar), devido ao equilíbrio em que ocorreu entre calda e fruta. Conclusão A partir da análise dos resultados, conclui-se que, o doce em calda obteve numerações e porcentagens de acordo com o que a legislação específica. Além de atender a legislação, o doce obteve uma boa aceitação dos alunos concluindo o objetivo da aula prática. Fontes: CASTRO FREITAS , Daniela de Grandi ; JERONIMO , Elisângela Marques. ELABORAÇÃO E ACEITAÇÃO SENSORIAL DE DOCE DE TOMATE EM CALDA . 2005. 46 p. Relatório (ELABORAÇÃO E ACEITAÇÃO SENSORIAL DE DOCE DE TOMATE EM CALDA)- Ufpr, [S.l.], 2005. Disponível em: <https://revistas.ufpr.br/alimentos/article/viewFile/1269/1063>. Acesso em: 29 maio 2018. TORREZAN, R. Recomendações técnicas para a produção de frutas em calda em escala industrial. Rio de Janeiro: Embrapa Agroindústria de Alimentos, 2000. 39 p. (Embrapa Agroindústria de Alimentos. Documentos, 41 ).Disponivel em:< https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/34386/1/2000-DOC- 0041.pdf> Acesso em: 29 de maio de 2018 Fontes:
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