Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Vacinas Prof. MSc. Guilherme Cerutti Müller! • O obje'vo das imunizações individuais é a prevenção de doenças, embora também possa ser usada para o tratamento terapêu'co. • O obje'vo das imunizações de populações é a erradicação de doenças. Juntamente com o saneamento básico, o efeito prá'co das imunizações foi o maior bene@cio a saúde pública advindo no século XX. • A varíola já foi erradicada e o a poliomielite é o próximo alvo. Doenças como tétano, rubéola e diHeria já são raras em alguns países. Casos de poliomielite Casos de poliomielite Sarampo Vacina (Vaccae) • Varíola. Matou 500 milhões somente no século XX. Úl'mo caso registrado em 1977 na Somália. 1796 - Edward Jenner (UK) desenvolveu primeira vacina. Relacionou a varíola bovina com a humana. Mulheres que ordenhavam, tinham uma versão mais branda da doença. Pegou o líquido destas feridas nas vacas e inoculou num menino. Semanas depois, inoculou com o líquido de uma ferida humana e o garoto sobreviveu.! Critérios para Vacinas Boas vacinas devem possuir algumas caracterís'cas essenciais, tais como: • Segurança – devem causar nenhum ou poucos efeitos colaterais; não deve causar doença; • Proteção – devem proteger contra a patologia resultante da infecção contra o patógeno; • Longevidade da proteção – a proteção deve durar o maior tempo possível, por pelo menos alguns anos; • Mecanismos de ação – devem ser produzidos linfócitos T protetores, an'corpos neutralizantes e/ou an'toxinas, an'adesinas, opsoninas ou ainda lisinas; • Viabilidade – apresentar baixo custo, estabilidade biológica e ser de fácil administração. Vacina Ideal segundo OMS • De baixo custo • Termoestáveis • Efe'vas após uma única dose • Aplicável para várias doenças • Rota de mucosa • Primeiros meses de vida Tipos de Imunização • Imunização passiva. Transferência de soro contendo an'corpos feitos num outro animal ou indivíduo. • Imunização a>va. Corresponde à administração de an^genos a fim de gerar uma resposta imunológica humoral específica no hospedeiro. Vacinação Passiva • Ac pré-‐formados; • Materna (diHeria, tétano, estreptococos, rubéola, sarampo, poliovirus); • Soro de cavalo; – Deficiência na síntese; – Imunocomprome'mento ou pouco tempo para imunização; – Efeitos podem ser neutralizados pelos Ac. Vacinação Ativa • Resulta na produção de an'corpos contra o patógeno e/ou seus produtos tóxicos. Também pode produzir respostas celulares mediadas por linfócitos T, B e macrófagos. • Uma das caracterís'cas centrais da vacinação é a geração da memória imunológica. • As respostas de memória são chamadas de secundária, terciária, etc., de acordo com o número de exposições ao an^geno. • IgG é o an'corpo que caracteriza a proteção imunológica. • A quan'dade e afinidade do an'corpo aumentam com imunizações repe'das Tipos de Vacinas (ATENUADAS) • Os microorganismos podem perder sua capacidade de causar patologias, porém retendo sua capacidade de crescimento transitório em um hospedeiro inoculado. • Exemplos: BCG (Bacillus Calmege-‐Guérin) para tuberculose, pólio (Sabin), 'fo, sarampo, catapora, rotavirus, febre amarela. Tipos de Vacinas (INATIVADAS) • Pode-‐se ina'var o patógeno com calor ou agentes e químicos para u'lizá-‐lo como imunógeno. Porém pode-‐se perder a estrutura de epítopos que dependam de determinadas estruturas protéicas terciárias ou quaternárias. • Exemplos: influenza, cólera, pertussis, hepa'te A, pólio (Salk), raiva, rubéola. Tipos de Vacinas (POLISSACARÍDEOS) • A patogenicidade de muitas bactérias depende da presença de cápsula, a qual é composta, entre outras moléculas, por polissacarídeos. • Como este 'po de molécula resulta em respostas predominantemente independentes de linfócitos T, elas podem ser ar'ficialmente conjugadas a proteínas imunogênicas e conver'das em an^genos T-‐dependentes. Um exemplo destas vacinas conjugadas foi produzida contra o Haemophilus influenzae. Tipos de Vacinas (TOXINAS) • Muitas patologias causadas por microorganismos dependem de substâncias secretadas, entre as quais a diHeria e o tétano. • Vacinas eficazes podem ser ob'das purificando estas toxinas, destruindo sua a'vidade tóxica, p. ex. com formaldeído, e u'lizá-‐las como imunógeno (elas ainda retém a'vidade an'gênica suficiente para induzir proteção). • As toxinas ina'vadas são chamadas toxóides. A vacina combinada DTP inclui os toxóides do tétano, diHeria e uma preparação ina'vada da bactéria Bordetella pertussis (causadora da coqueluche). • Em virtude de efeitos colaterais a preparação ina'vada está sendo subs'tuída por um coquetel de an^genos que inclui o toxóide pertussis entre outros an^genos da bactéria. Tipos de Vacinas (RECOMBINANTES) • A clonagem molecular de moléculas possibilita a produção em grande escala de qualquer an^geno protéico que tenha seu DNA isolado. • A vacina contra a hepa>te B foi a primeira vacina recombinante ob'da e comercializada, sendo o an^geno de super@cie HBsAgproduzido em grande escala em leveduras. • Também podem-‐se u'lizar as técnicas de biologia molecular para atenuar microorganismos de modo mais controlado e de forma que dificilmente revertam para formas virulentas. Tipos de Vacinas (DNA) • O DNA injetado diretamente pode ser apreendido por células do corpo e expresso em proteínas. • O hospedeiro pode produzir uma resposta imune contra as proteínas produzidas. Citocinas podem ser co-‐expressas para direcionar e/ou amplificar a resposta desejada. Tipos de Vacinas (ISCOMs) • Pep^deos sinté'cos e ISCOMs (complexos imunes es'muladores) – uma vez iden'ficadas as regiões pep^dicas es'muladoras de linfócitos T, pep^deos sinté'cos podem ser produzidos e u'lizados para imunização. • Porém pep^deos isolados tendem a ser menos imunogênicos que proteínas inteiras, portanto adjuvantes devem ser u'lizados. • Entre as abordagens para contornar este problema é conjugar os pep^deos com proteínas transportadoras, como os an^genos do cerne da hepa'te B, ou o uso dos ISCOMs, que correspondem em úl'ma análise a lipídeos transportadores. • Eles envolvem os pep^deos, formando micelas, as quais podem se fundir com a membrana das células e liberar os pep^deos dentro das células. Adjuvantes • Um dos pré-‐requisitos importantes para uma boa resposta imune é a indução de inflamação na região do inóculo an'gênico. • Em geral proteínas purificadas levam a respostas imunes de pequena magnitude, as quais podem ser reforçadas por substâncias que induzem inflamação independentemente do an^geno (adjuvantes). • Várias substâncias parecem funcionar como adjuvantes naturais, como o toxóide da B. pertussis na vacina DTP. • Entre os inúmeros adjuvantes ar'ficiais conhecidos somente o hidróxido de alumínio e o MF59 são u'lizados em vacinas humanas. Adjuvante! (LPS, CpG DNA, etc.)! Antígeno! VACINA! DCs E MACRÓFAGOS! TLRs! 1. Reconhecimento de padrões do adjuvante e fagocitose do antígeno! 2. Migração para LN drenante! Th! 3. Apresentação e ! Co-estimulação! 4. Ativação e Secreção de citocinas! B! 5. Secreção" de anticorpos! LN! Funcionamento dos Adjuvantes Doenças sem Vacina Vacinas disponíveis
Compartilhar