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NDPP - Parte 4 de 4

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��Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro – UFRRJ – Prof.ª Lorena Braga proflorenabraga.wordpress.com
Noções de Direito Penal
Conceitos e princípios do Direito Penal 
Direito Penal é o ramo do Direito Público constituído por um conjunto de normas jurídicas que definem as infrações penais e cominam as respectivas sanções com vistas à proteção de bens jurídicos fundamentais, em caráter fragmentários e subsidiários.
A finalidade do Direito Penal é proteger bens essenciais à sociedade. 
PRINCÍPIO DA LEGALIDADE
O princípio da legalidade está previsto no art. 5°, XXXIX da Constituição Federal e no art. 1º do CP: ”não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal;”.
Este princípio estabelece que uma conduta não possa ser considerada criminosa se antes de sua prática não havia lei nesse sentido. Assim, se João ingere cachaça, não comete crime, pois a legislação brasileira não estabelece que essa conduta seja criminosa. Se no dia seguinte for editada uma Lei criminalizando a ingestão de bebida alcoólica, João não terá cometido crime, pois quando praticou o ato, a lei não existia, e ela não pode ser aplicada aos fatos acontecidos antes de sua vigência. Entretanto, o Princípio da Legalidade se divide em dois outros princípios, o da Reserva Legal e o da Anterioridade da Lei Penal.
a) Princípio da Reserva Legal
O princípio da Reserva Legal estabelece que SOMENTE LEI (EM SENTIDO ESTRITO) pode definir condutas criminosas e estabelecer penas.
Parte da Doutrina não faz distinção entre princípio da legalidade e princípio da reserva legal, como se fossem sinônimos. Entretanto, entendo como a maioria da Doutrina, que essa distinção existe, e que a reserva legal é apenas uma vertente do princípio da legalidade, sendo a outra vertente o princípio da anterioridade da lei penal.
Assim, somente a Lei (editada pelo Poder Legislativo) pode definir crimes e cominar penas. Logo, Medida Provisória, Decretos, e demais diplomas legislativos NÃO PODEM ESTABELECER CONDUTAS CRIMINOSAS NEM COMINAR SANÇÕES.
Lembrem-se: Legalidade = Reserva legal + Anterioridade da lei penal.
O princípio da reserva legal implica a proibição da edição de leis vagas, com conteúdo impreciso. Isso porque a existência de leis cujo conteúdo não seja claro, que não se sabe ao certo qual conduta está sendo criminalizada, acaba por retirar toda a função do princípio da reserva legal, que é dar segurança jurídica às pessoas, para que estas saibam exatamente se as condutas por elas praticadas são, ou não, crime. Por exemplo: Imagine que a Lei X considere como criminosas as condutas que atentem contra os bons costumes. Ora, alguém sabe definir o que são bons costumes? Não, pois se trata de um termo muito vago, muito genérico, que pode abranger uma infinidade de condutas. Assim, não basta que se trate de lei em sentido estrito (Lei formal), esta lei tem que estabelecer precisamente a conduta que está sendo criminalizada, sob pena de ofensa ao princípio da legalidade.
Entretanto, fiquem atentos! Existem as chamadas NORMAS PENAIS EM BRANCO. As normas penais em branco são aquelas que dependem de outra norma para que sua aplicação seja possível. Por exemplo: A Lei de Drogas (Lei 11.343/06) estabelece diversas condutas criminosas referentes à comercialização, transporte, posse, etc., de substância entorpecente. Mas quais seriam as substâncias entorpecentes proibidas?
As substâncias entorpecentes proibidas estão descritas em uma portaria expedida pela ANVISA. Assim, as normas penais em branco são legais, não violam o princípio da reserva legal, mas sua aplicação depende da análise de outra norma jurídica.
Além disso, em razão da reserva legal, em Direito Penal é proibida a analogia in malam partem, que é a analogia em desfavor do réu. Assim, não pode o Juiz criar uma conduta criminosa não prevista em lei, com base na analogia. Por exemplo: João agride seu parceiro homossexual Alberto. Nesse caso, houve a prática do crime de lesão corporal (art. 129 do Código Penal). Não pode o Juiz querer enquadrá-lo no conceito da Lei Maria da Penha, pois esta Lei é clara ao afirmar que só se aplica nos casos de agressão do homem para com a mulher. Aplicar a lei neste caso seria fazer uma analogia desfavorável ao réu, pois a Lei Maria da Penha estabelece punições mais gravosas que o art. 129 do Código Penal. Isso é vedado!
b) Princípio da anterioridade da Lei penal
O princípio da anterioridade da lei penal estabelece que não basta que a criminalização de uma conduta se dê por meio de Lei em sentido estrito, mas que esta lei seja anterior ao fato, à prática da conduta. Desta forma, imagine a seguinte situação: Pedro dirige seu carro embriagado no dia 20/05/2010, tendo sido abordado em blitz e multado. Nesta data, não há lei que criminalize esta conduta. Em 26/05/2010 é publicada uma Lei criminalizando o ato de dirigir embriagado. O órgão que aplicou a multa remete os autos do processo administrativa da Multa ao MP, que oferece denúncia pelo crime de dirigir alcoolizado. A conduta do MP foi correta? Não! Pois, embora Pedro tivesse cometido uma infração de trânsito, na data do fato a conduta não era considerada crime.
O princípio da anterioridade da lei penal culmina no princípio da irretroatividade da lei penal. Pode-se dizer, inclusive, que são sinônimos. Entretanto, a lei penal pode retroagir. Como assim? Quando ela beneficia o réu, estabelecendo uma sanção menos gravosa para o crime ou quando deixa de considerar a conduta como criminosa. Nesse caso, estamos haverá retroatividade da lei penal, pois ela alcançará fatos ocorridos ANTES DE SUA VIGÊNCIA. Por exemplo: Imagine que Maria seja acusada em processo criminal por uso de entorpecentes (cocaína), fato cometido em 20.04.2005. A pena para este crime varia (apenas um exemplo!) de um a quatro anos. Se uma lei for editada posteriormente, estabelecendo que a pena para este crime seja de dois a seis MESES, essa lei é favorável à Maria. Assim, deverá ser aplicado ao seu processo, não podendo Maria ser condenada a mais de seis meses de prisão. Essa previsão se encontra no art. 5°, XL da Constituição: ”a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu”.
ATENÇÃO! No caso das Leis temporárias, a lei continuará a produzir seus efeitos mesmo após o término de sua vigência, caso contrário, perderia sua razão de ser. O caso mais clássico é o da lei seca para o dia das eleições. Nesse dia, o consumo de bebida alcoólica é proibido durante certo horário. Após o término das eleições, a ingestão de bebida alcoólica passa a não ser mais crime novamente.
Crimes contra a pessoa e contra o patrimônio – breves comentários. 
Diferença entre os crimes contra a pessoa e dos crimes contra a vida
Os crimes contra a pessoa são um gênero que contempla todos os delitos em que a vítima sofre enquanto ser humano, no que diz respeito a sua vida, dignidade, segurança, liberdade, honra etc.. Os crimes contra a vida são uma espécie de crimes contra a pessoa, e atentam especificamente contra a vida, provocando a morte da vítima.
Na estrutura do atual Código Penal, os crimes contra a pessoa são um gênero com seis espécies: crimes contra a vida, lesões corporais, crimes de periclitação da vida e da saúde, rixa, crimes contra a honra e crimes contra a liberdade individual. Os crimes contra a vida são quatro: o homicídio, o infanticídio, o aborto e o induzimento, instigação ou auxílio a suicídio, do qual estão previsto no Código Penal nos arts. 121 a 128, senão vejamos:
*Homicídio: destruição da vida de outra pessoa.
	 *Infanticídio: ocisão da vida do ser nascente ou do neonato, realizada pela própria mãe, que se encontra sob a influência do estado puerperal.
	 *Aborto: O aborto é a morte de uma criança no ventre de sua mãe produzida durante qualquer momento da etapa que vai desde a fecundação (união do óvulo com o espermatozoide) até o momento prévio ao nascimento.
	 *Induzimento, instigação ou auxílio a suicídio: O suicídio supõe tirar voluntariamente a própria vida. O suicídio assistido ocorrequando uma pessoa, que não consegue concretizar sozinha sua intenção de morrer, e solicita o auxílio de outro a indivíduo. A assistência ao suicídio de outra pessoa pode ser feita por atos (prescrição de doses altas de medicação e indicação de uso) ou, de forma mais passiva, através de persuasão ou de encorajamento. Em ambas as formas, a pessoa que contribui para a ocorrência da morte da outra, compactua com a intenção de morrer através da utilização de um agente causal.
	Outros crimes, como lesão corporal, sequestro, violação de domicílio, redução à condição análoga à de escravo, ameaça, constrangimento ilegal, maus tratos, omissão de socorro, ameaça e vários outros são crimes contra a pessoa, mas não são contra a vida.
	2.2. Dos crimes contra o patrimônio
	Patrimônio para o Direito Civil, o patrimônio envolve um conceito mais amplo e abrangente que a propriedade, constituindo uma universalidade de direitos. Nem todos os direitos estão compreendidos em seu âmbito, mas somente aqueles que dispõem de valor econômico e pertence à determinada pessoa. Seu conceito penal, todavia, não coincide por inteiro com o civil, já que determinados objetos, que não dispõem propriamente de valor patrimonial, mas de valor afetivo também se encontram incluídos na tutela penal.
	A propriedade material se refere aos direitos reais (propriedade, superfície, servidões, usufruto, uso, habitação e anticrese). Ao que tange a propriedade imaterial engloba o direito autoral, privilégio de invenção, direito de marca, etc...
	São crimes contra o patrimônio: furto, roubo, extorsão, usurpação, dano, apropriação indébita, estelionato, receptação.
	2.3. Dos crimes contra a administração pública
	O Código Penal dedica o último título da parte especial para tratar dos crimes contra a Administração Pública.
	
	Pretende o legislador proteger o normal desenvolvimento da máquina administrativa em todos os setores de sua atividade, proibindo, pela incriminação penal, não só a conduta ilícita dos funcionários públicos, mas também a dos particulares que venham expor a perigo de dano a função administrativa.
	Mas qual o significado da expressão “Administração Pública” utilizada pelo Código Penal?
	A Administração Pública pode ser analisada sob duas óticas diferentes, ora no sentido amplo, ora no sentido restrito. O conceito de Administração em sentido restrito abrange apenas o poder Executivo no exercício de sua função típica de administrar.
	Diferentemente, a Administração Pública analisada no sentido amplo é o próprio Estado, sendo composta pelos três poderes, ou seja, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário.
Vamos relembrar a divisão dos "poderes"!!!
	
	O poder Executivo tem como função principal a de administrar, desenvolvendo
todos os atos inerentes a esta função. Entretanto, tal como ocorre nos outros poderes, detém também funções de editar leis, como no caso das Medidas Provisórias, e julgar processos, como no caso das decisões proferidas em seus processos administrativos.
	O poder Legislativo, por sua vez, tem como funções principais a edição de Leis e o controle. Todavia, exerce também a função de administrar, em se tratando da 
	2.3.1. Da classificação dos crimes contra o patrimônio
	Os crimes contra a administração são classificados, principalmente, em três grupos: 
	1- crimes cometidos por funcionário público contra a administração em geral, como por exemplo, peculato, concussão, corrupção passiva, prevaricação, entre outros.
	2- crimes praticados por particular contra a administração em geral, como por exemplo, desobediência, desacato, entre outros. 
	
	3- crimes praticados contra a administração da justiça, como por exemplo, reingresso de estrangeiro expulso, entre outros. 
	2.3.2. Qual o conceito jurídico de funcionário público?
	Para responder a este questionamento, devemos buscar o conceito exposto no artigo 327 do Código Penal. Observe:
"Art. 327 - Considera-se funcionário público, para os efeitos penais, quem, embora transitoriamente com ou sem remuneração, exerce cargo, emprego ou função pública."
	
Noções de Direito Civil
1. Pessoa Natural: conceito, início de existência, capacidade e domicílio.
	Pessoa física ou natural é o ser humano considerado como sujeito de direitos e obrigações, que para receber essa denominação de pessoa, basta nascer com vida, e desse modo adquirir personalidade.
	Questão fundamental: Em que momento a pessoa física ou natural adquire personalidade? Aparentemente, a resposta é fácil e está contida na primeira parte do art. 2º do Código Civil, que diz: “A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida”. 
	“Nascer com vida” opera-se com o funcionamento do aparelho cardiorrespiratório do recém-nascido, independentemente da forma humana, da viabilidade da vida, do corte do cordão umbilical ou desprendimento da placenta e de tempo mínimo de sobrevida, em respeito ao princípio da dignidade da pessoa humana.
	O funcionamento do aparelho cardiorrespiratório é constatado a partir do teste denominado docimasia hidrostática respiratória ou docimasia hidrostática de Galeno (colocando-se os pulmões do recém-nascido em água à temperatura de 15 a 20 graus centígrados para averiguar se eles flutuam, fato que comprovaria a respiração antes da morte). 
	
	Ao que tange a capacidade, necessário se faz a distinção abaixo, senão vejamos:
	*Capacidade de Direito (de gozo): É genérica e atribuída a qualquer pessoa. A capacidade de direito é a medida da personalidade, considerada a sua universalidade. É o direito subjetivo absoluto da personalidade que dá a possibilidade de ser sujeito de direito e adquirir novos direitos subjetivos por meio de relações jurídicas. Como se vê, a ideia de capacidade de direito está intimamente ligada a de personalidade, sendo a capacidade compreendida como consequência natural da própria personalidade. O art. 1º do CC, ao dispor que “Toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil”, refere-se à capacidade de direito, traduzindo aí o princípio da capacidade total de direito. Assim, não existe no direito pátrio a incapacidade de direito.
	*Capacidade de Fato (de exercício, de obrar): Nem toda pessoa tem. Trata-se da aptidão para pessoalmente praticar atos da vida civil. É a capacidade de a pessoa figurar sozinha no pólo da relação jurídica. Nos dizeres da Professora Maria Helena Diniz, a capacidade de exercício depende “do discernimento da pessoa, que é critério, prudência, juízo, tino, inteligência, e, sob o prisma jurídico, da aptidão que tem a pessoa de distinguir o lícito do ilícito”. Ausente esta capacidade, haverá incapacidade civil absoluta ou relativa.
	*Capacidade Civil Plena: Ocorre quando a pessoa detém tanto a capacidade de direito (ou de gozo) como a de fato (ou de exercício).
	Domicílio, é o lugar em que a pessoa ordinariamente exerce seus direitos e cumpre suas obrigações da vida civil, inclusive quando chamada a fazê-lo por via judicial, uma vez que do domicílio decorre a fixação da competência de foro para o julgamento de ações em que a pessoa figura como parte.
	De acordo com a forma de sua determinação, o domicílio pode ser:
	*voluntário, se estabelecido por vontade própria;
	*legal ou necessário, se imposto por lei, como nos casos do incapaz (o do seu representante), do servidor público (onde exerce suas funções), do militar (onde serve ou a sede do comando em que serve), oficiais e tripulantes da marinha mercante (local de matrícula do navio) e do preso (local de cumprimento da sentença);
	*convencional, se escolhido entre as partes, para os efeitos de um contrato específico.
2. Pessoas Jurídicas
	Conforme o art. 40 do Código Civil, as pessoas jurídicas (admitidas pelo Direito brasileiro) são de direito público (interno ou externo), como fundações públicas e autarquias, e de direito privado, como associações e organizações religiosas. As primeiras encontram-se no âmbito de disciplina do direito público, e as últimas, no do direito privado.
	2.1. Pessoasjurídicas de direito público interno
	O art. 41 do Código Civil elenca quais são as pessoas jurídicas de direito público interno. As pessoas jurídicas de direito público interno se dividem em entes de administração direta União, Estados, Distrito Federal e Territórios e Município e entes de administração indireta, como é o caso das autarquias (como o INSS) e das demais entidades de caráter público criadas por lei, como por exemplo, as fundações públicas de direito público (fundação pública). Sua existência legal (personalidade), ou seja, sua criação e extinção decorrem de lei.
	2.2. Pessoas jurídicas de direito público externo
	Conforme o art. 42 do Código Civil, são pessoas jurídicas de direito público externo os Estados estrangeiros e todas as pessoas que forem regidas pelo direito internacional público. São exemplos de pessoas jurídicas de direito público externo as nações estrangeiras, Santa Sé e organismos internacionais (ONU, OEA, União Europeia, Mercosul, UNESCO, FAO etc.).
	2.3. Pessoas jurídicas de direito privado
	Conforme o art. 44 do Código Civil, são pessoas jurídicas de direito privado: as associações, as sociedades, as fundações, as organizações religiosas, os partidos políticos e as empresas individuais de responsabilidade limitada. As pessoas jurídicas de direito privado são instituídas por iniciativa de particulares. As pessoas jurídicas de direito privado dividem-se em duas categorias: de um lado, as estatais; de outro, as particulares. Para essa classificação interessa a origem dos recursos empregados na constituição da pessoa, posto que seja estatais aquelas para cujo capital houve contribuição do Poder Público (sociedades de economia mista, empresas públicas) e particulares as constituídas apenas com recursos particulares. A pessoa jurídica de direito privado particular pode revestir seis formas diferentes: a fundação, a associação, a cooperativa, a sociedade, a organização religiosa e os partidos políticos.
"Há tempo de ficar triste e tempo de se alegrar; tempo de chorar e tempo de dançar; 
tempo de espalhar pedras e tempo de ajuntá-las; tempo de abraçar e tempo de afastar.
 Há tempo de procurar e tempo de perder; tempo de economizar e tempo de desperdiçar; tempo de rasgar e tempo de remendar; tempo de ficar calado e tempo de falar. 
Há tempo de amar e de odiar; tempo de guerra e tempo de paz."
Eclesiastes
	O poder Executivo tem como função principal a de administrar, desenvolvendo todos os atos inerentes a esta função. Entretanto, tal como ocorre nos outros poderes, detém também funções de editar leis, como no caso das Medidas Provisórias, e julgar processos, como no caso das decisões proferidas em seus processos administrativos.
	O poder Legislativo, por sua vez, tem como funções principais a edição de Leis e o controle. Todavia, exerce também a função de administrar, em se tratando da administração de seu pessoal, por exemplo, e a função de julgar, como no caso do crime de responsabilidade.
	Por fim, o poder Judiciário tem como função principal a de julgar, exercendo a função jurisdicional em todo o âmbito da administração. Entretanto, na admissão, demissão e promoção de seu pessoal, por exemplo, pode ser verificada a ocorrência da função administrativa.
	Sendo assim, percebe-se que temos a função administrativa no âmbito dos três poderes e, exatamente por isso, o legislador optou por utilizar no Código Penal o conceito de Administração Pública em SENTIDO AMPLO, abrangendo assim o poder EXECUTIVO, o LEGISLATIVO e JUDICIÁRIO.
CARGO PÚBLICO: mais simples unidade de poderes e deveres estatais a serem expressos por um agente. 
EMPREGO PÚBLICO: emprego público tem, substancialmente, a mesma conceituação de cargo público. O que os diferencia é que no emprego a relação jurídica estabelecida entre seu titular e a Administração é regida pela Consolidação das Leis Trabalhistas - CLT.
FUNÇÃO PÚBLICA: de forma residual, conceituamos função pública como a atribuição desempenhada por um agente que não se caracteriza como cargo ou emprego público. Assim, considera-se funcionário aquele que, sem ter cargo ou emprego público, desempenha função pública extraordinária (contratado extraordinariamente).
	
Nascituro 
"é o que está por nascer, mas já foi concebido no ventre materno”.

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