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Streptococcus Gram positivos (pares ou cadeias) e fazem parte da microbiota normal; Catalase negativos; Imóveis; Não esporulam; Citocromo oxidase negativo; Anaeróbios facultativos; Produzem hemolisinas: Beta-hemolíticos → lise total das hemácias; Alfa-hemolíticos → lise parcial das hemácias; Gama-hemolíticos → não geram lise; A maioria dos alfa e gama não possuem o antígeno grupo-específico na PC; Carboidrato C → Presente na PC. Classificação em grupos sorológicos → 20 grupos de Lancefield. Polissacarídeo da parede celular que forma a base do grupo especifico. S. pneumoniae e Streptococcus viridans não possuem; Divididos em: Beta-hemolíticos → S. pyogenes, S. agalactiae, S. dysgalactie e outras espécies; Alfa-hemolíticos → S. Pneumoniae, S. Bovis/Equinus, S. Viridans; Importância → animais de sangue quente têm microbiota de estreptococos nas mucosas dos tratos respiratórios superior (1o lugar - orofaringe), genital inferior e trato digestivo; Streptococcus agalactiae Mais frequente em mulheres; Meningites, septicemias e infecções de mulheres grávidas ou não; Principal causador de sepses, pneumonia e meningite em RN; Pode ser encontrado na uretra de parceiros sexuais de mulheres colonizadas; Pode apresentar variabilidade nas características hemolíticas (maioria é beta-hemolítica); TGI como reservatório primário, e TGU como reservatório secundário; Fatores de Virulência Polissacarídeo Capsular → subdivisão em 9 sorotipos (Tipo III - BRA). Principal fator de virulência. Inibe a ligação C3, bloqueandoa a ativação do complemento; Ácido Lipoteicoico → promove aderência a diferentes células epiteliais; Beta-Hemolisina → citotóxica para células; C5a peptidase → inativa a C5a quimiotático para neutrófilos e fagócitos; Proteínas de superfície, neuraminidase, nucleases, hialuronidases, fator CAMP (se liga a IgG e M); Patogênese Pode colonizar assintomaticamente a vagina da mulher e causar infecções graves em recém-nascidos; Penetra e sobrevive no interior de células humanas; Invasão celular dos pulmões ou sangue é etapa decisiva na patogênese. Após, há recrutamento da resposta imunológica; A cápsula limita a fagocitose pelos macrófagos pulmonares, favorecendo a disseminação; Recém-nascidos (RN) → infecções precoces (no útero, em decorrência da aspiração de líquido amniótico contaminado). Infecções comuns são pneumonia, septicemia e meningite. Nas infecções tardias (própria mãe ou outras crianças), é comum a bacteremia associada à meningite; Adultos → de infecções leves do TU a septicemias e meningites graves; Diagnóstico → coleta de material vaginal, do cérvice e região anorretal. Em RN, deve ser coletado do cordão umbilical, canal auditivo externo, garganta e reto. Nas crianças sintomáticas deve ser coletado sangue, líquor e urina. Identificação feita pelo teste de CAMP e, para identificação definitiva, pesquisa do antígeno do grupo B; Epidemiologia → incidência de infecções em adultos (excluindo grávidas) – 6,5/100.000. Mortalidade em crianças de 8% e em adultos de 12%; Tratamento, Prevenção e Controle → penicilina mas, como pode haver tolerância, recomenda-se associação com gentamicina ou outro aminoglicosídeo; Streptococcus bovis/equinos Possuem antígeno do grupo D; Complexo de espécie de difícil discriminação; Hemólise alfa ou Hemólise Gama; Encontrados no TGI; Tendência de que, quando isolado do sangue, esteja associado a lesões malignas e pré-malignas do intestino grosso; Endocardite infecciosa; S. milleri → alfa, beta ou não hemolítico. Infecções supurativas graves: celulite, osteomielite, abscessos profundos em tecidos, bacteremia e endocardite; Streptococcus viridans Menos definida que os demais streptococcus; Não beta-hemolíticos, não possuem antígenos dos grupos B e D; Insolúveis em bile e insensíveis à optoquina; Principais grupos → S. mutans, S. mitis, S. salivarius, S. sanguinis, S. Anginosus; Microbiota normal das vias aéreas superiores; Causam Bacteremia; Endocardite (após tratamento dentário); Abscesso; Infecções TGU e infecções de feridas; No passado eram sensíveis à penicilina. Hoje são tratados com penicilina+aminoglicosidio; Infecções mais graves são tratadas com cefalosporinas e vancomicina; Enterococcus spp Grupo D de Lancefield; Colinização → TGI e biliar, vagina e uretra masculina; Ácido teicóico glicerol com D-alanina e glicose; Alfa hemolítico ou Gama hemolítico; Catalase negativos; Imóveis; Anaeróbio facultativo; Não fastidiosos; Infecções → TU, bacteremia, endocardite, pélvicas, intra-abdominais, tecidos moles; 5ª causa de endocardite de prótese vascular; Resistentes a agentes físicos; Sensíveis à penicilina e ampicilina (penicilina + aminoácidos glicanos); Preocupação com cepas resistentes à Vancomicina; Streptococcus pneumoniae (pneumococo – diplococo) Não agrupável pela classificação de Lancefield; Quando aos pares, as bordas adjacentes são achatadas e as externas lanceoladas; Alfa-hemolíticos; Apesar de ser encontrado na microbiota normal das vias aéreas superiores em grande número, é um dos patógenos mais importantes para crianças e idosos; 5 a 10% dos adultos são portadores sadios no trato respiratório superior; Aparência mucoide – mais virulentos; Fatores de Virulência Cápsula → identificação do tipo por reação de Quellung; Proteínas → grande nº de proteínas de superfície/citoplasmáticas, podem ser liberadas para o meio extra; Proteínas que se Ligam à Colina (CBP) → autolisina, proteína A da superfície (PsaA) e a adesina (CbpA); Pneumolisina (Ply) → quando o pneumococo sofre lise por autolisina. Tóxica, cria poros que provocam lise. Estimula produção de citocinas inflamatórias, inibe movimentos ciliares e a proliferação de linfócitos; Hialuronidase (Hyl) → deixa o tecido conjuntivo mais frouxo e suscetível de invasão bacteriana; Neuramidase (Nan) → altera a superfície das células e aumenta a capacidade de aderência; IgA Protease → inibe as IgA, que possuem importante papel na defesa do organismo; Patogênese e Imunidade Coloniza orofaringe, sendo capaz de se disseminar para pulmões, seios paranasais, ouvido médio; A infecção do TR inferior pode ser evitada com produção de muco, mas as bactérias reagem produzindo IgA secretória e pneumolisina; Ácido teicoico e fragmentos de peptideoglicanos ativam a via alternativa do sistema complemento produzindo C5a, que medeia o processo inflamatório; IL-1 e TNF-alfa produzidos pelos leucócitos, levando para o local da infecção febre e dano tecidual; O pneumococo produz H2O2, o que também pode levar a dano tecidual; Sobrevive à fagocitose por causa da proteção fornecida pela cápsula e da supressão do processo oxidativo das células fagocíticas mediada pela pneumolisina; Doenças Clínicas Pneumonia Pneumocócica → multiplicam-se nos espaços alveolares. Eritrócitos vazam, seguidos por neutrófilos e macrófagos. Resolução se dá quando anticorpos anticapsulares são desenvolvidos. Surgimento das manifestações é abrupto. Sinusite e Otite Média → obstrução dos seios paranasais e canal auditivo por leucócitos polimorfonucleares; Meningite → após bacteremia, o pneumococo pode se disseminar para o SNC. Principalmente pediátrica, mas incomum em neonatos (mais grave); Bacteremia → presença de bactéria no sangue, comum em pacientes com pneumonia pneumocócica ou meningite. Pode causar endocardite; Diagnóstico Laboratorial Polissacarídeo C é excretado na urina e pode ser detectado por imunoensaio. Esse teste tem sensibilidade variável (não recomendado); Coloração de Gram com confirmação pela reação de Quellung (anticorpos anticapsulares são administrados e se ao redor da bactéria formar-se uma grande refrigerância considera-se a reação positiva); Cultura → negativas em até metade dos pacientes infectados que receberam dose única dose de antibiótico.Cultivo difícil; Identificação Uso de bile (pneumococo sofre lise rápida quando autolisinas ativadas são expostas a bile) e de optoquina; Tratamento, Prevenção e Controle Penicilina (para alérgicos → cefalosporina, eritromicina e cloranfenicol); Apresenta resistência à tetraciclina e 1/3 é resistente à penicilina; Vacina heptavalente para >2 anos e 23-valente para adultos em risco aumentado de doença por pneumococo; Streptococcus pyogenes Principal representante dos beta-hemolíticos; Pode formar cadeias relativamente longas; Possui antígeno específico; Homem é reservatório natural; Pode acometer qualquer faixa etária → mais comum em crianças; Fatores de Virulência Cápsula → ácido hialurônico (quimicamente idêntico ao do humano), o que resulta na não-imunogenicidade; Proteína M → adere a fibronetina (funciona como adesina). Interage com o fibrinogênio mascarando a bactéria e fixa-se a anticorpos, bloqueando as interações com fagócitos. Possibilita classificar o S. pyogenes em diferentes sorotipos (80 totais); Proteína F → adesão do S.pyogenes à mucosa da faringe. Uma das principais adesinas; Peptidase de C5 → reduz o recrutamento de leucócitos para o local da infecção; Proteína Inibidora do Complemento → anula a função lítica do complexo de ataque; Estreptoquinase e Desoxirribonuclease→ dissolve coágulos e degrada DNA; Hialuronidase → dissolve substância fundamental do tecido conjuntivo. Acesso a tecidos profundos; Estreptolisinas O e S→ hemolisinas; Peptidoglicano → ácidos teicóico e lipoteicóico; Exotoxinas Pirogênicas → induzem a produção de IL1, IL2, IL6 e TNF por linfócitos e macrófagos; Superantígenos → escarlatina, fascite necrosante, síndrome do choque tóxico; Patogênese → a maioria das infecções tem início nas vias aéreas superiores ou na pele; Doenças Faringoamigdalites → embora de intensidade variável e autolimitadas, podem ocorrer complicações como escarlatina, choque tóxico, bacteremias e infecções de outros tecidos. A principal complicação é a febre reumática. Amoxicilina; Piodermites → infecção purulenta da derme. Principalmente em crianças com hábitos higiênicos precários. Evolui para impetigo necrosante, erisipela (calafrios, febres, bacteremia) e celulites; Escarlatina → faringite acompanhada de “rash” eritematoso e língua em framboesa, pele seca (equimose), pontos hemorrágicos (lesão do epitélio); Erisipela → infecção aguda de pele; Fascite Necrosante → infecção profunda do tecido celular subcutâneo, que destrói tecido muscular e gorduroso e se dissemina para o plano fascial. Evolui com altos níveis de mortalidade; Síndromes Tóxicas → mais comuns são escarlatina e choque tóxico estreptocócico; Sequelas Febre Reumática → lesões inflamatórias não supurativas envolvendo coração, articulações, tecido celular subcutâneo e SNC; Glomerulonefrite Aguda → após piodermites e faringites; Resposta Imunológica → faringoamidalites levam ao desenvolvimento de imunidade persistente; Diagnóstico → isolamento em ágar-sangue (colônias beta-hemolíticas). Sensível a PYR. Análise do sorotipo por proteína M; Tratamento e Controle → penicilina G (sem relatos de resistência). Eritromicina para pacientes alérgicos (relatos de resistência);
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