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04_Compostos fenólicos

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31/03/2011
1
Profa. Dr. Fabiane Moreira Farias
CURSO DE FARMÁCIA
DISCIPLINA: FARMACOGNOSIA
Uruguaiana
 Classe de compostos que inclui grande
diversidade de estruturas, simples e complexas.
 Possuem pelo menos um anel aromático, onde ao
menos um hidrogênio é substituído por um
grupamento hidroxila.
 Ampla distribuição no reino vegetal.
 Estruturas variadas: ácidos fenólicos, derivados
da cumarina, pigmentos hidrossolúveis das flores,
frutos e folhas.
COMPOSTOS FENÓLICOS
COMPOSTOS FENÓLICOS
Clorofila + CO 2
h
(fotossíntese)
carboidratos
ciclo das pentoses
ácido fosfoenolpirúvico ácido pirúvico
CH=C C OO H
O P
CH 3C C OO H
O
acetilCoA
ácido mevalônico
HO OCCH 2 CCH 2CH 2O H
OH
CH 3
terpenos
esteróides
 
óleos voláteis
saponosídeos
cardenolídeos
carotenóides
ácido shiquímico
aminoácidos aromáticos
ácido cinâmico
CH =C HCO OH
fenilpropanóides cumarinas
lignanas
O O
CO O H
OH
OH
HO
flavonóides
 taninos
O
O
alcalóides
N
N
CH 3
H
ciclo do ácido cítrico
aminoácidos
alcalóides
N
CH3
COOR
OR
HOO CCH2 SCoA
malonilCoA
policetídeos
ácidos graxos
quinonas
acetilenos
 
Segundo o tipo de esqueleto principal: C6 - Cx
COMPOSTOS FENÓLICOS: CLASSIFICAÇÃO
Esqueleto básico Classe de compostos fenólicos
C6 fenóis simples, benzoquinonas
C6-C1 ácidos fenólicos
C6-C2 acetofenonas e ácidos fenilacéticos
C6-C3 fenilpropanóides: ácidos cinâmicos, e compostos análogos, 
fenilpropenos, cumarinas, isocumarinas e cromonas
C6-C4 naftoquinonas
C6-C1-C6 xantonas
C6-C2-C6 estilbenos, antraquinonas
C6-C3-C6 flavonóides e isoflavonóides
(C6-C3)2 lignanas
(C6-C3-C6)2 diflavonóides
(C6)n melaninas vegetais
(C6-C3)n ligninas
(C6-C1)n taninos hidrolisáveis
(C6-C3-C6)n taninos condensados
Classificação quanto à ocorrência
COMPOSTOS FENÓLICOS: CLASSIFICAÇÃO
A) Compostos fenólicos amplamente distribuídos:
derivados de ácidos benzóicos e ácidos cinâmicos,
cumarinas, flavonóides e derivados de polimerização
(taninos e ligninas).
B) Compostos fenólicos de distribuição restrita: classes
de substâncias não citadas no item anterior.
ÁCIDOS FENÓLICOS E DERIVADOS DO ÁCIDO 
CINÂMICO
 Derivados do ácido benzóico (C6-C1) e do ácido cinâmico
(C6-C3)
 Propriedades químicas e analíticas semelhantes
 Algumas ações biológicas em comum
31/03/2011
2
DERIVADOS DO ÁCIDO BENZÓICO DERIVADOS DO ÁCIDO BENZÓICO
DERIVADOS DO ÁCIDO BENZÓICO DERIVADOS DO ÁCIDO BENZÓICO
Ácido vanílico Ácido siríngico
DERIVADOS DO ÁCIDO CINÂMICO (C6 – C3)
 Amplamente distribuídos no reino vegetal: ácido
p-cumárico, ácido caféico, ácido felúrico e ácido
sinápico.
 Praticamente todos os tecidos vegetais possuem
ao menos um dentre esses ácidos.
DERIVADOS DO ÁCIDO CINÂMICO (C6 – C3)
 O ácido o-cumárico tem distribuição restrita
 Pode originar, por ciclização, a cumarina, que é um
constituinte frequentemente responsável pelo odor
nos vegetais.
31/03/2011
3
DERIVADOS DO ÁCIDO CINÂMICO (C6 – C3)
 Esses ácidos podem existir sob duas formas
isoméricas: cis e trans.
 Encontrados na forma de ésteres, glicosídeos e
amidas.
 Neste grupo destacam-se os derivados do ácido
caféico.
ÉSTERES E HETEROSÍDEOS DE ÁCIDOS 
FENÓLICOS E DO ÁCIDO CINÂMICO
 Apresentam ampla distribuição no reino vegetal.
 Os derivados do ácido cinâmico mais encontrados
na natureza possuem conformação trans e são mais
estáveis.
 Interconversão dos isômeros por influência da
luz, em meio aquoso.
 Separação dos isômeros através de CCD, usando
ácidos orgânicos diluídos como eluentes.
 Podem ser formados através de duas rotas: pela
via do ácido chiquímico (a partir de carboidratos) ou
pela via do acetato, que inicia com acetil coenzima A
e malonil coenzima A.
 A origem biogenética determina o padrão de
substituição do composto fenólico resultante.
 Pela via do ácido chiquímico formam-se os
compostos com grupos hidroxilas em posição orto,
que se formam a partir do ácido cinâmico.
 A via do acetato origina compostos com grupos
hidroxilas dispostos em meta.
BIOGÊNESE
 Capacidade dos vegetais de produzir um mesmo
composto a partir de diferentes intermediários.
 Possibilidade de ocorrência de acoplamentos
oxidativos que originam ligações C-C ou C-O
intramoleculares (formação de anéis) e
intermoleculares (formação de polímeros).
BIOGÊNESE
 A maioria dos fenóis simples possuem distribuição
restrita (fenol, resorcinol e floroglucinol), com
exceções (hidroquinona).
 Os derivados do ácido benzóico são amplamente
encontrados em angiospermas e gimnospermas.
DISTRIBUIÇÃO E QUIMIOTAXONOMIA
floroglucinolresorcinol
 Compostos de esqueleto C6 – C2, como cetonas
fenólicas, têm sido raramente identificados.
 Derivados do ácido cinâmico são amplamente
distribuídos, com exceção dos ácidos o-cumárico e
ferúlico.
 Os ésteres do ácido caféico parecem ter
importância taxonômica na família Lamiaceae.
DISTRIBUIÇÃO E QUIMIOTAXONOMIA
31/03/2011
4
 A maior parte dos compostos fenólicos é
encontrada na forma de ésteres ou de heterosídeos,
sendo solúveis em água e em solventes orgânicos
polares.
 São compostos muito reativos quimicamente
 Possuem, em geral, características ácidas
 Podem formar pontes de hidrogênio intra e
intermoleculares.
 Propriedade de complexação dos fenóis com
metais
PROPRIEDADES GERAIS
 Possuem intensa absorção na região do UV.
 São facilmente oxidáveis, tanto através de
enzimas vegetais específicas, quanto por influência
de metais, da luz e do calor, ou em meio alcalino.
PROPRIEDADES GERAIS
 Podem ser obtidos a partir de um extrato
etanólico do material fresco ou seco.
 Visualizados em CCD diretamente, através de luz
UV e exposição a vapores de amônia, ou através de
reagentes cromogênicos.
 Utilizados reativos gerais para fenóis, como
cloreto férrico, sais do ácido fosfomolíbdico,
vanilina e outros aldeídos aromáticos em meio ácido
clorídrico.
 Durante extração, evitar valores extremos de pH
e concentrar as soluções extrativas a baixas
temperaturas.
OBTENÇÃO, DETECÇÃO E IDENTIFICAÇÃO
 Contribuem para o sabor, odor e coloração de
diversos vegetais.
 Muitos compostos fenólicos são constituintes dos
óleos voláteis e alguns são aromatizantes naturais.
 Participação na defesa das plantas: hidroquinona,
ácido elágico e ésteres do ácido gálico.
 Atividade antioxidante – ácido clorogênico, ácido
caféico e seus ésteres.
 Ésteres de ácido caféico possuem atividade
antibacteriana e antiviral.
OBTENÇÃO, DETECÇÃO E IDENTIFICAÇÃO
 Guaiacol – atividade expectorante
 Hidroquinona – atividade inibidora a tirosinase –
empregada em formulações dermatológicas.
 Folhas de alcahofra – atividade colerética e
hipocolesterolêmica.
 Capsaicina – efeito analgésico tópico.
 Fabricação de resinas, corantes e explosivos
(fenol, resorcinol).
 reveladores fotográficos (hidroquinona, catecol e
pirogalol), indústria de tintas e corantes (ácido
gálico).
EMPREGO FARMACÊUTICO
 Guaiacol – atividade expectorante
 Hidroquinona – atividade inibidora a tirosinase –
empregada em formulações dermatológicas.
 Folhas de alcahofra – atividade colerética e
hipocolesterolêmica.
 Capsaicina – efeito analgésico tópico.
EMPREGO FARMACÊUTICO
31/03/2011
5
ALCACHOFRA
NOME BOTÂNICO
 Cynara scolymus L.
 (Asteraceae)
FARMACÓGENO
 folhas
PRINCÍPIOS ATIVOS
 ácido caféico, ácido 
clorogênico e cinarina
USOS
 diurético
 colerético e colagogo
UVA-URSINA
NOME BOTÂNICO
 Arctostaphylos uva-ursi L. 
(Ericáceae)
FARMACÓGENO
 folhas
ÁCIDOS FENÓLICOS
 hidroquinona e arbutina
 taninos gálicos
USOS
 adstringente
 antisséptico
UVA-URSINA
arbutin
SALGUEIRO
NOME BOTÂNICO
 Salix alba L.
 (Salicaceae)
FARMACÓGENO
 Cascas dos caules,
folhas
ÁCIDOS FENÓLICOS
 Salicina
USOS
 analgésico
 antiinflamatório
TANINOS
 Substâncias polifenólicas de alto peso molecular (entre
500 e 3.000 Daltons) e estruturas químicas variadas.
 Habilidade de formar complexos insolúveis em água com
alcalóides, gelatina e outras proteínas.
 Responsáveispela adstringência de muitos frutos e
outros produtos vegetais.
TANINOS
 Curtimento: intercalação do
tanino e ligação com a
proteína por pontes de
hidrogênio.
 Colágeno: 3 cadeias
polipeptídicas entrelaçadas: 
tropocolágeno
 Cada fibrila de colágeno está 
constituida por milhares de 
moléculas de tropocolágenoColágeno
Fibrila
Protofibrila
31/03/2011
6
TANINOS: PROPRIEDADES GERAIS
Solubilidade
 Solúveis em água, álcool e acetona
 Insolúveis em solventes orgânicos
Sabor adstringente
 dissuasório alimentar
Precipitam alcalóides e proteínas
 teste da gelatina
 doseamento: pó de pele
Precipitam metais pesados
 reação de coloração com os sais de Fe3+
 precipitam acetato de cobre e chumbo
TANINOS: PROPRIEDADES GERAIS
Distribuição
 em todo o reino vegetal, exceto algas, fungos e
líquens.
Localização
 No vegetal: em qualquer órgão do vegetal
 Nas células: nos vacúolos, em compartimentos
diferentes das enzimas.
TANINOS HIDROLISÁVEIS 
(pirogálicos ou elagitaninos)
Apresentam açúcar e sofrem hidrólise em meio ácido,
formando ácido tânico, elágico, gálico e glicose
Coloração azul com cloreto férrico
Não precipitam em solução de bromo
 Precipitam com alcalóides, proteínas, gelatina
Principal atividade farmacológica - vaso-constritora:
varizes e hemorróidas
TANINOS HIDROLISÁVEIS 
(pirogálicos ou elagitaninos)
TANINOS HIDROLISÁVEIS 
(pirogálicos ou elagitaninos)
ác. gálico
COOH
OH
OH
OH OH
OH
OH
catecol
-CO2
responsável pela 
ação antisséptica 
e adstringente
HO
HO OH
COOH COOH
OH
OHOH
ácido di-gálico
HO
HO
OH
OH
O
O
O
O
ácido elágico
lacton.
fecham os poros e 
dão a impressão de
"pele esticada"
Não sofrem hidrólise – quando fervidos em meio
ácido, formam precipitados insolúveis de coloração
vermelha (flobafenos).
Coloração verde com cloreto férrico
Formam precipitados brancos em solução de bromo
 Precipitam com alcalóides, proteínas, gelatina
Principal atividade farmacológica : anti-diarréica
TANINOS CONDENSÁVEIS 
(catéquicos ou flobafenos)
31/03/2011
7
TANINOS CONDENSÁVEIS 
(catéquicos ou flobafenos)
TANINOS: USOS
POPULARES
Diarréia
Hipertensão arterial
Afecções de 
garganta
Picadas de cobra
Contraceptivo local
Antídoto para 
envenenamento por 
alcalóides
CURTIMENTO DE 
COURO
Fabricação de 
adesivos
Perfuração de poços 
de petróleo
Fabricação de pisos e 
azulejos
Proteção de redes de 
pesca
Cosméticos (ácido 
elágico)
TANINOS: ATIVIDADES FARMACOLÓGICAS
Propriedade de formarem complexos com
macromoléculas - proteinas (enzimas
digestivas, proteinas fúngicas, virais...)
Atividade antioxidante e sequestradora de
radicais livres
Complexação com íons metálicos (Fe, Mn, Cu,
Al...)
TANINOS: ATIVIDADES FARMACOLÓGICAS
Atividade vasoconstritora e poder hemostático:
tratamento de hemorróidas
Ação bactericida, fungicida, moluscicida e antiviral
Auxilia na cicatrização: formação de camada
protetorasobre a pele ou mucosa danificada. Ex.: em
úlcera gástrica
Interceptam o oxigênio ativo das E.R.O.: câncer,
esclerose múltipla, arterosclerose e envelhecimento
ÁCIDO GÁLICO: TOXICIDADE RENAL. SE INGERIDO
PODE PROVOCAR DISTURBIOS GASTRO-INTESTINAIS
HAMAMÉLIS
NOME BOTÂNICO
Hamamelis virginiana
 (Hamameliaceae)
FARMACÓGENO
 folhas e cascas
TANINOS
 5-10% TH
 traços de TC
USOS
 varicose
 hemorróidas
 flebites
 cosmetologia
CRATEGO
NOME BOTÂNICO
 Crataego monogyna
 (Rosaceae)
FARMACÓGENO
 Flores ou folhas
TANINOS
 3% procianidinas (TC)
 flavanóis
USOS
 antiarréico
 atividade inotrópica (+)
 atividade cronotrópica (-)
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CARVALHO
NOME BOTÂNICO
 Quercus infectoria ou Q. 
robur
 (Fagaceae)
FARMACÓGENO
 Cascas do tronco
TANINOS
 15 a 20% TC e TH
USOS
 antidiarréico
 hemorróidas
 antinflamatório
 antisséptico

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