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Um Olhar Sobre O Urbanismo Sustentável

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UNEB – UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA 
CURSO DE URBANISMO 
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA 
CAMPUS I 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
UM OLHAR SOBRE O URBANISMO SUSTENTÁVEL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SALVADOR 
JULHO – 2012 
 
CAREN MENDES 
CARMÉLIA CAVALCANTE 
JOÃO HENRIQUE FEITOSA 
LAURA PEIXOTO 
LUÍS ANTÔNIO TUPINAMBÁ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
UM OLHAR SOBRE O URBANISMO SUSTENTÁVEL 
 
 
 
 
 
Trabalho referente à disciplina de Ecologia Geral 
do 1º período do Curso de Urbanismo da 
Universidade do Estado da Bahia orientado pelo 
Prof. Dr. Jorge Glauco. 
 
 
 
 
 
 
 
SALVADOR 
JULHO - 2012 
 
 O mundo vive em caos pelo crescimento acelerado das cidades, que à 
medida que se desenvolvem não respeitam as limitações urbanas. No Brasil, com a 
transformação das cidades, cresce também sua população, que passa a oferecer 
um baixo custo de trabalho havendo, assim, um efeito social baseado na ideologia 
burguesa. 
 A sustentabilidade urbana é um tema bastante discutido na sociedade, já 
que ela é evolutiva, vindo da necessidade de cada nação, englobando as demandas 
urbanas às ambientais. A crise urbana também é uma crise no modo da regulação, 
do ajuste, das cidades, além de alimentar as contradições espaciais como o 
processo infrapolítico ou, simplesmente, político. 
 O modelo de riqueza sustentável é nada mais do que a concentração de 
renda para poucos, o que preocupa ao pensar que continuará com esta divisão. O 
modelo global deixa a desejar já que este não beneficia todas as camadas da 
população; o planejamento urbano está longe de atingir toda a sociedade. Enquanto 
os grandes produtores exportam e avançam suas fronteiras, e seus lucros, a 
agricultura familiar juntamente com o meio ambiente são ignorados. 
 O crescimento do agronegócio tem duas correntes: uma pelo 
desenvolvimento nacional e o outro pelo desenvolvimento do capital agro-
exportador, que sofre intervenção multinacional. E no que se atendem as restrições 
ambientais prevalece o interesse das empresas, já que o licenciamento ambiental é 
lento e burocrático. 
 Quanto ao que diz respeito ao planejamento nacional, o capital internacional 
ameaça se deslocar para outros países caso não tenham as vantagens exigidas, 
diante disso a “acessibilidade urbana” se reduz ao meio “ecologicamente correto” 
para atrair investidores para a competição interurbana. 
 Nas cidades há sempre pessoas desqualificadas nos órgãos públicos e a 
população pobre de conhecimento dos direitos e deveres ficam sem os mecanismos 
de defesa, por isso grande parte do território nacional se produz um planejamento 
pouco participativo, ou até mesmo baseado no coronelismo. Deve-se revisar a 
postura do ministério das cidades que de forma distinta, devido aos diferentes meios 
de administração, tem a ausência de estudos técnicos e acabam produzindo planos 
e legislações incompatíveis com a demanda da própria cidade, tornando, 
consequentemente, causador de riscos ambientais para o futuro da mesma. 
 O urbanismo contemporâneo muda nas últimas décadas, o urbanismo 
monofuncional começa a ser uma característica das cidades pós-modernas. Le 
Corbusier formula a cidade em quatro funções: habitar, trabalhar, cultivar o corpo e o 
espírito (recrear), e circular; essa cidade teria entorno disso o lazer, o comércio, a 
indústria, etc., e o meio de transporte continuaria sendo o carro, mas para isso seria 
necessário um novo planejamento do sistema viável mais eficaz, desse modo, foi 
desestimulando os meios mais alternativos de transporte. A topografia também 
muda da destruição da mata nativa para a ocupação do solo. 
 A expansão urbana se define por teorias modernistas e por uma ocupação 
dispersa e estruturas baseadas em zonas. A grande estrutura viária que distancia 
ainda mais um lugar do outro e opção do transporte público, em meio a tantos 
tráfegos congestionados, a insegurança e o desconforto do pedestre, além das ruas 
que deixaram de ser um espaço da vida social e para virarem apenas um espaço de 
circulação de automóveis resultam em um dos piores, senão o pior problema 
urbano. 
 O modernismo influenciou também o crescimento populacional a exemplo do 
chamado “sonho americano” – o American Way Of Life – que seria a vida cotidiana 
confinada a dependência de veículos e o consumo, exacerbado, de produtos novos, 
atingiram e mudaram a rotina das famílias interioranas. 
 A sustentabilidade urbana tem como foco, antes de tudo, a esfera social e de 
comunidade, já que os principais problemas urbanos têm sua origem nas relações 
humanas. Por outro lado, a expansão urbana nega os limites naturais impostos aos 
recursos finitos do planeta, colocando em conflito o sistema econômico vigente que 
promulga o desenvolvimento ilimitado do capital. 
 As imagens da cidade são ambientais e resultam de um processo bilateral 
entre o observador e seu ambiente. Assim, de acordo com as especificidades entre 
ambos, de acordo com as informações perceptivas filtradas, podendo variar 
significantemente entre distintos observadores. 
 Consideremos então dois tipos de sistemas urbanos: a cidade dispersa e a 
cidade compacta. O urbanismo disperso gera problemas ambientais. A dispersão 
urbana exige intenso uso de veículos para transporte de mercadorias e pessoas (em 
âmbito local, urbano, regional, nacional e internacional) que acarretam a poluição do 
ar através da emissão de gases provenientes de combustíveis fósseis nos diversos 
meios e redes de transporte. 
 Já a cidade compacta oferece uma forma estrutural de utilização do subsolo 
urbano, facilitando a ordenação pela proximidade e pela sua maior regularidade 
formal. O transporte público pode ser mais racional e eficiente, reduzindo o número 
de carros e consequentemente suavizando os danos ambientais causados pelos 
mesmos. A acessibilidade à todos, a eficácia de projetos em prol da sociedade e 
principalmente a justiça (distribuição de custos e benefícios) são elementos-chave 
nesse novo modelo de cidade 
 Este modelo melhora a paisagem urbana e o espaço público, mantendo o 
contraste com a cidade difusa (que tem como exemplo aqui no Brasil as grandes 
metrópoles), sendo a melhor escolha para o Urbanismo Sustentável. 
 A análise urbana como ciência verifica a qualidade da cidade sob inúmeros 
aspectos na sua dinâmica cotidiana. As metrópoles, em especial, têm sido alvo de 
preocupações ecológicas, ambientais, culturais, históricas e socioeconômicas. 
 A melhora da qualidade de vida urbana engloba a melhoria humana em 
diversos aspectos. Isso certamente mudará o modelo político vigente no Brasil, 
tendo que as instituições, as leis, os governos e a lógica socioeconômica são o 
reflexo desta sociedade, com suas limitações e entraves históricos. Ou seja, o 
urbanismo sustentável vai além da preservação do espaço, se difundindo também 
na política regida no país. Indubitavelmente hoje as cidades sustentáveis se fazem 
essenciais à permanência do homem e à sua qualidade de vida futura. 
 Teremos que admitir que nunca haverá uma cidade 100% ecológica, 100% 
sustentável; que no começo do século XXI a população urbana tinha superado a 
população rural, e se a tendência continuasse a ser essa só haveriam pessoas nas 
cidades e, consequentemente, agravaria ainda mais todos os problemas já 
existentes. Fernando Gaja i Díaz traz na Revista Internacional de Sostenibilidad, 
Tecnología y Humanismo, em 2008, o dado de que precisaríamos ter, em 2001, 
mais de um planeta para nos sustentar (1,21 mais especificamente), e que, 
hipoteticamente, 10 anos depois, atingido 7 bilhões de pessoas, essa necessidade 
seria muito maior. Ele ainda reforça que qualquer pensamento sobre o 
Ecourbanismo deve partir já de dois pontos básicos: que o crescimento têm limites e 
que já o ultrapassamos. Para o futuro, toda a problemática será de como 
aproveitaríamos,como deixaríamos viáveis todas as extensões urbanas que o 
homem construiu de modo exacerbado, e que hoje não é tão necessário. 
 Fernando Gaja relata uma característica presente na região de Valencia, na 
Espanha, mas que é, também, presente em todo mundo: o “boom” imobiliário. E 
suas construções desenfreadas trazem uma grande quantidade de edificações e 
estas, ao passar do tempo, se tornam subutilizadas – até porque são geradas mais e 
mais moradias. Esse abandono das habitações desvalorizam a região, ou bairro 
onde se encontra, e a única forma de reutilização ou renovação é oriunda do mesmo 
abandono, onde empresas construtoras retornam a área e com novos projetos 
ocasionam uma nova valorização. 
 Três pontos de intervenção devem ser prioritários: a presença de um espaço 
social, uma política pública de habitação e o investimento dessas habitações. O 
primeiro põe a relação da população como principal, deixando de lado o âmbito da 
circulação ou da mobilidade. O segundo ponto retrata a questão política das 
moradias, a utilização das áreas desocupadas pela população é um dos principais 
exemplos. O último traz a questão do investimento na região das moradias, espaços 
sociais como pontos de encontros, centros culturais e esportivos. 
 As cidades sempre refletiram o modo de viver das sociedades inseridas 
nelas. Sendo assim, todo o projeto urbanístico e peculiaridades estão bem marcados 
nesse espaço, e eles servem de vitrine para a análise dos costumes locais e 
comportamento humano em geral. 
 E esse comportamento humano é evidenciado quando o homem interfere no 
meio em que vive. E durante toda sua existência, essa maneira de enxergar o 
mundo e o espaço foi mudando. No final do século XIX e início do século XX, foi que 
a sociedade começa a pensar em formas de planejar e adequar o ambiente e a 
natureza, para que desse modo homens e meio ambiente pudessem viver em 
harmonia. 
 Essa maneira de pensar é uma consequência do período crucial que a 
humanidade passava, e tal período mudou drasticamente a velocidade e como as 
pessoas se comportavam, a época das indústrias, das produções desenfreadas e de 
um consumo muito maior do que antes. 
 Muito lixo estava sendo acumulado, mais pessoas se aglomeravam nos 
grandes centros urbanos, e esses não tinham estrutura para abrigar tanta gente. 
Assim, um novo planejamento urbano tenta ser colocado em prática para solucionar 
vários problemas que já aconteciam e que estavam por acontecer. Porém, não era 
tão simples quanto algumas pessoas podiam imaginar. Esse novo planejamento 
teria que levar em conta fatores locais, financeiros, culturais, dentre outros agentes 
que pudessem influenciar nas propostas que pudessem ser tomadas em 
determinados lugares. 
Os modelos urbanísticos culturalista, progressista e naturalista 
 O culturalista visa mais a presença do verde nos centros urbanos, articulando e 
misturando bem a ideia de cidade e natureza. Pensa-se numa mobilidade eficaz com 
grande variedade de locomoção. As funções da cidade são bem divididas e bem 
planejadas. Enfim, seria um urbanismo sustentável, pensado Howard. Já o modelo 
progressista seria uma forma de associar a indústria com a agricultura. Essa junção 
se daria por meio de comunidades autossustentáveis, o verde estaria bem presente 
também. E, por fim, o modelo naturalista que utilizaria das funções da cidade como 
uma continuidade da natureza. Nesse modelo, o pensamento seria menos 
ambiental, pois iria inserir o automóvel. 
 Assim, todos os modelos pensados como soluções para os grandes centros 
urbanos estão associados ao verde, à natureza, como se ela por si só, inserida em 
todo contexto fosse resolver todos os problemas, mas na verdade, o que resolveria 
seria um modo de viver diferente e inovador, o qual se pensasse em um nova rotina 
e alternativas mais saudáveis para a população seguir. 
 
A partir da compreensão de modos de urbanização decorrentes no texto, conclui-se 
que problemas urbanos são inerentes ao processo que todos os núcleos urbanos 
passam e passaram em toda sua existência. Desse modo, a sociedade levando em 
conta a época que está inserida e o seu espaço, deve procurar mecanismos que 
supram e resolvam, ou pelo menos amenizem os imprevistos que ocorrem. Assim, 
para que o processo de urbanização seja eficiente e melhore cada vez mais, todas 
as medidas devem ser voltadas às pessoas, pois elas que fazem tudo acontecer, e 
não pensamentos restritivos à corporações e interesses pessoais. Pois, só dessa 
maneira, as cidades e as pessoas entenderão como poderão interagir e chegar em 
um resultado satisfatório.

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