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Abrangência das ações em saúde (Modulo IV)

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Rafaela Maria Mello Souza 
 
 
 
 
Modulo IV 
1º ano 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Rafaela Maria Mello Souza 
 
Abrangência das Ações de Saúde - Tutoria 1 
PP: Como foi a evolução da política de saúde no Brasil? 
 
1- Elaborar uma linha do tempo correlacionando a evolução política, economia e saúde publica do Brasil do século 
XX até os dias atuais. 
 A evolução histórica das políticas de saúde está relacionada diretamente com a evolução político-social e 
econômica do Brasil, obedecendo o avanço do capitalismo, sendo que a saúde nunca ocupou lugar central na 
política tendo importância em épocas de epidemia e deixada de lado nas endemias. O governo sempre priorizou 
grupos sociais importantes de regiões econômicas importantes, o urbano sobrepondo grupos sociais dispersos 
como o rural, o indígena; 
 A historia da saúde e da previdência social no Brasil se confundem devido a falta de definição e a 
conquista desses direitos sempre resultou do poder de luta, organização e reivindicação dos trabalhadores 
brasileiros. Há a dualidade entre a medicina curativa e a preventiva na política de saúde. 
 1889 até 1930 - Início da República (de o Estado organizou-se jurídico-politicamente de forma capitalista, 
no entanto assegurando apenas condições formais da representação burguesa clássica (voto direto), e o 
coronelismo impunha o poder representando apenas interesses capitalistas dominantemente agrários. O quadro 
sanitário era falho e deixava o país a mercê das epidemias. No início do século XX o Rio de Janeiro estava caótico 
caracterizado por doenças graves como varíola, malária, febra amarela e depois a peste, que geraram 
consequências tanto para a população quanto para a economia, já que navios estrangeiros se negavam atracar no 
porto do RJ devido a situação sanitária. 
 1903 - Rodrigues Alves nomeou Oswaldo Cruz à Diretor do Departamento Federal de Saúde Pública, que 
se propôs a erradicar a epidemia de febre amarela no RJ, criou-se um exército de 1500 pessoas para a desinfecção 
no combate ao mosquito vetor da febra amarela. A falta de esclarecimento e arbitrariedade dos "guardas-
sanitários" revoltaram a população. Esse tipo de intervenção denominou-se campanhista, no qual para a ação 
usava-se força e autoridade. 
 1904 - A onda insatisfação piorou quando foi instituída a vacinação anti-varíola obrigatória em todo 
território nacional, surgindo o movimento popular; a revolta da vacina. Apesar das revoltas foi erradicada a febre 
amarela no RJ, fortalecendo o modelo proposto e o tornou hegemônico como intervenção na saúde pública coletiva 
durante décadas. Oswaldo Cruz ainda criou uma seção demográfica, laboratório bacteriológica, serviço de 
engenharia sanitária, instituto soroterápico federal. 
 1920 - Carlos Chaga introduziu a propaganda e a educação sanitária na técnica rotineira de ação inovando 
o modelo campanhista que era puramente fiscal e policial. Criou-se órgãos especializados contra a tuberculose, 
lepra e doenças venéreas. A assistência hospitalar, infantil e higiene industrial destacaram-se como problemas 
individualizados. Expandiu-se para outros estados as atividade de saneamento. 
 Enquanto a economia caracterizou-se como agroexportadora, basicamente monocultura cafeeira, a 
saúde era uma política destinada aos espaços de exportação, erradicação ou controle de doenças que poderiam 
prejudicar a exportação, por isso predominou de 1900 até 1960 o modelo do sanitarismo campanhista. Aos poucos 
a ação desse modelo se deslocou ao campo, que foi muito usado pela Sucam no combate a diversas endemias 
(Chagas, esquistossomose) sendo posteriormente incorporada à Fundação Nacional de Saúde. 
 O acumulo capitalista tornou possível o inicio da industrialização no país, acompanhado da utilização de 
mão-de-obra imigrante (europeus). Estes operários não tinham nenhuma garantia trabalhista (férias, carga horária, 
pensão ou aposentadoria). O imigrantes especialmente italianos traziam consigo o movimento operário da Europa e 
os direitos trabalhistas, mobilizando e organizando a classe operária brasileira para lutar. 
 1917 e 1919 - Devido as péssimas condições de trabalho, o movimento operário iniciou-se e fez 2 greves 
gerais e conquistaram alguns direitos sociais. 
 1923 - É aprovada a Lei Eloi Chaves que instituiu as Caixas de Aposentadoria e Pensão (CAP's) marco inicial 
da previdência social no BR. A lei atingia somente os trabalhadores urbanos, sem distinção de categorias 
profissionais, mas por empresas e sua criação não era automática, dependia da mobilização e organização dos 
trabalhadores. 
 A primeira CAP criada foi a dos ferroviários. A administração do CAP's tanto privada quanto pública 
possuíam administração própria de seus fundos formado por um conselho de empregados e empregadores, sua 
comissão administrativa, sua comissão era composta de 3 representas da empresa , um assumindo a presidência e 2 
representante dos empregados, eleitos diretamente a cada 3 anos. O regime de representação direta durou até a 
criação do INPS (1967). O custeio das Caixas não era mantida propriamente pelo Estado, mas por 3% dos 
Rafaela Maria Mello Souza 
 
empregados, 1% da empresas e consumidores dos serviços das mesmas. Além das aposentadorias e pensões, os 
fundos proviam serviços funerários e médicos (acidentes no trabalho também). 
 1922 a 1929 - Houve crises econômicas e políticas que diminuíram o poder das oligarquias agrárias, as 
crises internacionais de 1922 e 1929 aguçaram ainda mais as contradições e instalações contra a política dos 
governadores; imobilizou-se o setor agrário exportador, crise do café. 
 1930 - Getulio Vargas instala a revolução e rompe com a política do café com leite em SP e MG, 
promovendo a expansão do sistema econômico, uma nova legislação, criou-se o Ministério do Trabalho, o da 
Industria e Comércio, o ministério da Educação e Saúde. Suspende os CAP's e o substitui pelos Institutos de 
Aposentadoria e Pensões (IAP), nestes os trabalhadores eram organizados por categoria profissional (marítimos, 
comerciários, bancários) e não por empresas, assegurando aposentadoria, pensão em caso de morte, assistência 
médica e hospitalar, socorros farmacêuticos; servia de grande controle social e instrumento de captação de 
poupança forçada. 
 1934 - Nova constituição 
 1937 - Nova constituição e inicio do Estado Novo, reforça centralismo e autoridade presidencial (ditadura) 
 1939 - Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT), a partir de 1940 impôs-se um sindicato único e pela 
exigência do pagamento de uma contribuição sindical, a crescente massa de assalariados urbana passa a se 
constituir um ponto de sustentação política de Vargas, pelo regime corporativista. Promulga-se leis trabalhistas, 
garantindo direitos sociais ao trabalhador para conter movimentos trabalhistas. 
 1940 - Devido ao desenvolvimento industrial, com a aceleração da urbanização e à pressão pela 
assistência médica para os institutos, cria-se o SAMDU (Serviço de Assistência medica domiciliar e de Urgência) 
viabilizando a disponibilidade de um médico hospitalar para prestar atendimento aos previdenciários. 
 É a partir principalmente da segunda metade da década de 50, com o maior desenvolvimento industrial, 
com a consequente aceleração da urbanização, e o assalariamento de parcelas crescente da população, que ocorre 
maior pressão pela assistência médica via institutos, e viabiliza-se o crescimento de um complexo médico hospitalar 
para prestar atendimento aos previdenciários, em que se privilegiam abertamente a contratação de serviços de 
terceiros. 
 1953 - “Criação” Ministério da Saúde – Foi um mero desmembramento do Ministério da Saúde e 
Educação não significando uma nova postura do governoe uma nova preocupação aos importantes problemas de 
saúde publica. 
 1956-Criação do Departamento Nacional de Endemias Rurais (DNERU), incorporando os antigos serviços 
nacionais de febre amarela, malária, peste. 
1960 – INPS, porém somente em 1967 foi implantado - Lei Orgânica da Previdência Social 3.807 criada para 
reformular o sistema previdenciário aonde houve a união das CAP’s e IAP’s abrangendo todos os trabalhadores 
sujeitos ao regime da CLT excluindo os trabalhadores rurais – entrando somente 3 anos mais tarde com alteração 
da lei. Sofrem grandes influencia dos IAPI. Criaram as condições necessárias para incorporar os beneficiários, um 
destes era a de Assistência Médica. No entanto, ao aumentar substancialmente o numero de contribuintes e 
beneficiários, ficou impossível ao sistema médico previdenciário existente atender a toda essa população, formando 
um complexo sistema médico-industrial. Esse sistema foi se tornando cada vez mais complexo tanto no ponto 
administrativo quanto financeiro dentro da estrutura do INPS, que acabou levando a criação de uma estrutura 
administrativa, o Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social INAMPS em 1978. 
 1963 - FunRural – Fundo de assistência ao Trabalhador Rural. A Lei (4214) previa uma contribuição 
tripartite (Empregado, Empregador e União), porém a União nunca cumpriu a sua parte o que comprometeu a 
estabilidade futura do sistema. 
 1964 – Regime Militar se instala com um caráter ditatorial. Criaram-se atos institucionais, principalmente 
o de nº 5 de 1968, que limitavam as liberdades individuais e constitucionais. A política de saúde adotada pelos 
governos militares colocava ênfase em uma medicina de cunho individual e assistencialista, em detrimento de 
ações vigorosas no campo da saúde coletiva. Além de privilegiar uma prática médica curativa, em detrimento das 
ações preventivas de interesse coletivo, a política de saúde no Regime Militar acabou por propiciar um processo 
incontrolável, por parte dos setores privados, que, na busca do superfaturamento, multiplicavam e desdobravam os 
atos médicos, optavam por internações mais caras, enfatizavam procedimentos cirúrgicos desnecessários, além de 
utilizar pouco pessoal técnico e equipamentos antigos, entre outros expedientes. 
 1967 - O processo de unificação previsto (fusão das IAP´s) em 1960 se efetiva em 2 de janeiro de 1967, 
com a implantação do Instituto Nacional de Previdência social (INPS), reunindo os seis Institutos de Aposentadorias 
e Pensões, o Serviço de Assistência Médica e Domiciliar de Urgência (SAMDU) e a Superintendência dos Serviços de 
Reabilitação da Previdência Social. 
Rafaela Maria Mello Souza 
 
 Desta forma, foram estabelecidos convênios e contratos com a maioria dos médicos e hospitais existentes 
no país, pagando-se pelos serviços produzidos (pro-labore), o que propiciou a estes grupos se capitalizarem, 
provocando um efeito cascata com o aumento no consumo de medicamentos e de equipamentos médico-
hospitalares, formando um complexo sistema médico-industrial. 
 Este sistema foi se tornando cada vez mais complexo tanto do ponto de vista administrativo quanto 
financeiro dentro da estrutura do INPS, que acabou levando a criação de uma estrutura própria administrativa, o 
Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social (INAMPS) em 1978. 
 Algumas categorias profissionais somente na década de 70 é que conseguiram se tornar beneficiários do 
sistema previdenciário, como os trabalhadores rurais com a criação do PRORURAL em 1971, financiado pelo 
FUNRURAL, e os empregados domésticos e os autônomos em 1972. 
 1967 - Promulgação do Decreto Lei 200 (1967), estabelecendo as competências do Ministério da Saúde: 
formulação e coordenação da política nacional de saúde; responsabilidade pelas atividades médicas ambulatoriais e 
ações preventivas em geral; controle de drogas e medicamentos e alimentos; pesquisa médico-sanitário. 
 1970 – SUCAM – Superintendência de Campanhas da Saúde Publica. Com atribuições de executar as 
atividades de erradicação e controle de endemias 
 1975 – Sistema Nacional de Saúde estabelecia o campo de ação na área de saúde, dos setores públicos e 
privados, para o desenvolvimento das atividades de promoção, proteção e recuperação da saúde. O documento 
afirmava que a Medicina Curativa seria de competência do Ministério da Previdência, e a Medicina Preventiva de 
responsabilidade do Ministério da Saúde. Porém, o governo federal destinou pouco recurso ao Ministério da Saúde, 
sendo assim incapaz de desenvolver as ações de saúde publica proposta, o que significou na pratica uma opção pela 
Medicina Curativa. Concluindo podemos afirmar que o Ministério da Saúde tornou-se muito mais um órgão 
normativo do que executivo. Ao final, grande crise acompanhada do terrível momento econômico mundial e 
consequências sociais, passando a demonstrar suas mazelas: 
- Por ter priorizado a medicina curativa, o modelo proposto foi incapaz de solucionar os principais problemas de 
saúde coletiva, como as endemias, as epidemias, e os indicadores de saúde (mortalidade infantil, por exemplo); 
- Aumentos constantes dos custos da medicina curativa, centrada na atenção médica-hospitalar de complexidade 
crescente; 
- Diminuição do crescimento econômico com a respectiva repercussão na arrecadação do sistema previdenciário 
reduzindo as suas receitas; 
- Incapacidade do sistema em atender a uma população cada vez maior de marginalizados, que sem carteira 
assinada e contribuição previdenciária, se viam excluídos do sistema; 
- Desvios de verba do sistema previdenciário para cobrir despesas de outros setores e para realização de obras por 
parte do governo federal; 
- O não repasse pela união de recursos do tesouro nacional para o sistema previdenciário, visto ser esse tripartide 
(empregador, empregado e união). 
 1976 - PIASS (Programa de Interiorização das Ações de Saúde e Saneamento) configura-se como o 
primeiro programa de medicina simplificada e permitiu a entrada de técnicos provenientes do “movimento 
sanitário” resultando numa grande expansão da rede ambulatorial pública. 
 1978 – Conferência Internacional ALMA-ATA. Conferência sobre a atenção primária à saúde, realizada em 
Alma-ata, localizada no atual Cazaquistão, reafirmou-se ser a saúde um dos direitos fundamentas do homem, sob 
responsabilidade política dos governos, e reconhece-se a sua determinação intersetorial. 
 1978 – INAMPS - O INAMPS foi criado pelo regime militar em 1974 pelo desmembramento do Instituto 
Nacional de Previdência Social (INPS), que hoje é o Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS); era uma autarquia 
filiada ao Ministério da Previdência e Assistência Social (hoje Ministério da Previdência Social), e tinha a finalidade 
de prestar atendimento médico aos que contribuíam com a previdência social, ou seja, aos empregados de carteira 
assinada. O INAMPS dispunha de estabelecimentos próprios, mas a maior parte do atendimento era realizado pela 
iniciativa privada; os convênios estabeleciam a remuneração por procedimento.O INAMPS foi extinto em 27 de 
julho de 1993 pela Lei nº 8.689. 
 1981 – CONASP – Conselho Consultivo de Administração da Saúde Previdenciária – Foi criado na tentativa 
de conter custos e combater fraudes. Inicia-se pela fiscalização mais rigorosa da prestação de conta dos prestadores 
de serviços credenciados. O plano propõe mudança no modelo médico-assistencial aumentando a produtividade do 
sistema, melhoria da qualidade de atenção, da hierarquização, da criação do domicilio sanitário, da revisão dos 
mecanismos de financiamento. Encontrou oposição da Federação Brasileira de Hospitais e de medicina de grupo, 
que via nesta tentativa a perda da sua hegemonia. Eles opuseram e conseguiramderrotar dentro do governo com a 
ajuda de parlamentares um dos projetos mais interessantes de modelo sanitário, que foi o PREV-SAÚDE. 
Rafaela Maria Mello Souza 
 
 1983 – AIS – Ações Integradas de Saúde – Um novo modelo assistência que incorporava o setor público, 
procurando integrar ações curativas-preventivas e educativas ao mesmo tempo. As AIS surgiram sob a forma de um 
programa dentro do plano do CONASP e se concretizaram por meio de convênios, assinados pela maioria dos 
estados brasileiros entre o MPAS/MS/MEC e as Secretarias Estaduais de Saúde, com a incorporação progressiva dos 
municípios. Apesar de todos os problemas em sua implementação, as AIS significaram avanços consistentes no 
fortalecimento da rede básica ambulatorial, na contratação de recursos humanos, na articulação com os serviços 
públicos municipais, na revisão do papel dos serviços privados e, em alguns casos, na participação da população na 
gestão dos serviços. 
 1985 - Fim do Regime Militar com o movimento das Diretas Já e a eleição de Tancredo Neves gerando 
diversos movimentos sociais. 
 1986 – 8º Conferencia Nacional de Saúde - Foi a primeira vez que a população participou das discussões 
da conferência. Suas propostas foram à base para a criação posteriormente do SUS (Universalidade, Unificação, 
Integralidade e Descentralização)- Saúde para todos. Participaram dessa conferência mais de 5.000 pessoas, 
incentivados pelo movimento da Reforma Sanitária, e sugeriram promoção, proteção e recuperação. 
 Década de 70 inicio de 80 – Reforma Sanitária – Nasceu na luta contra a ditadura em meados do final de 
década de 70 inicio de 80, com o tema Saúde e Democracia. Consolidou-se juntamente com a 8º Conferencia 
Nacional de Saúde em, 1986, na qual, pela primeira vez mais de cinco mil representantes da sociedade civil 
discutiram um novo modelo de saúde para o Brasil. Entre os diversos autores do movimento sanitário, destaca-se: 
Sergio Arouca(maior idealizador), Médicos residentes (cargas excessivas). 
 1988 – Constituição de 88 
Art. 196 – Saúde é direito de todos e dever do estado – Acesso universal e igualitário as ações de PROMOCAO, 
PREVENCAO E PROTECAO. 
Art. 197 – Cabeao poder publico a fiscalização, regulamentação e controle. 
Art. 198 – As ações e serviços públicos integram uma rede REGIONALIZADA e HIERARQUIZADA, e segue os seguintes 
princípios: 
- Descentralização; Participação da Comunidade; Integralidade 
Art. 199 – A assistência a saúde é livre a iniciativa privada. 
Art. 200 – Outras atribuições nos termos da Lei: 
- Executar ações de vigilância sanitária e epidemiológica; Colaboração com o meio ambiente; Incremento cientifico 
e tecnológico; Participar na formulação das políticas de ações de saúde 
 1988 – SUS - A implantação do SUS foi realizada de forma gradual: primeiro veio o SUDS; depois, a 
incorporação do INAMPS ao Ministério da Saúde (Decreto nº 99.060, de 7 de março de 1990); e por fim a Lei 
Orgânica da Saúde (Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990) fundou o SUS. Em poucos meses foi lançada a Lei nº 
8.142, de 28 de dezembro de 1990, que imprimiu ao SUS uma de suas principais características: o controle social, ou 
seja, a participação dos usuários (população) na gestão do serviço. O INAMPS só foi extinto em 27 de julho de 1993 
pela Lei nº 8.689. 
2- Elucidar sobre a história da criação do SUS e suas principais diretrizes. 
NASCIMENTO DO SUS 
 Após a Constituição de 88 aonde foi decretado que SAÚDE É UM DIREITO DE TODOS E DEVER DO ESTADO 
estabeleceu-se a criação do Sistema Único de Saúde, de caráter publico formado por uma rede de serviço 
REGIONALIZADO, HIERARQUIZADO e DESCENTRALIZADO, sob a responsabilidade das três esferas do governo 
federal, estadual e municipal. O objetivo da criação do SUS foi à melhoria na qualidade de assistência a saúde da 
população. O SUS é uma nova formulação política para o REORDENAMENTO dos serviços e ações de saúde, 
seguindo a mesma DOUTRINA e PRINCIPIOS em todo o território nacional. 
PRINCIPIOS DOUTRINARIOS (conjunto de princípios que servem de BASE para o sistema)- 
 UNIVERSALIDADE: Garantia de acesso a saúde a qualquer cidadão. Saúde é um direito da cidadania e 
dever do Governo: Federal, Estadual e Municipal 
 EQUIDADE: Todo cidadão é igual perante o SUS e será atendido conforme sua necessidade, sem 
privilégios e nem barreiras. 
 INTEGRALIDADE: O homem é um ser indivisível e integrante de uma comunidade (bio-psico-social), e 
deve ser atendido sob essa visão, por um sistema capaz de prestar assistência integral, voltando-se para 
ações de PROMOCAO, PREVENCAO e RECUPERACAO da saúde. 
PRINCIPIOS ORGANIZATIVO: 
Rafaela Maria Mello Souza 
 
 REGIONALIZACAO E HIERARQUIZACAO: Capacidade em oferecer a uma determinada população acesso a 
tecnologia disponível, possibilitando um ótimo grau de resolubilidade. O acesso a rede se da através de 
serviços primários de atenção a saúde que devem ser qualificados para atender e resolver os principais 
problemas. 
 RESOLUBILIDADE:Quando determinado indivíduo busca o atendimento o serviço correspondente esteja 
capacitado para enfrentá-lo e resolve-lo até o nível de sua competência. 
 DESCENTRALIZACAO:Redistribuição das responsabilidades quanto às ações e serviços de saúde entre os 
vários níveis de governo. (Aos municípios cabe a maior responsabilidade na promoção das ações de saúde 
diretamente voltadas aos seus cidadãos) 
 PARTICIPACAO DOS CIDADAOS:Garantia da participação da população através de suas entidades 
representativas no planejamento, fiscalização e controle das políticas de saúde. 
 COMPLEMENTARIEDADE DO SETOR PRIVADO:Quando por insuficiência do setor publico, for necessária a 
contratação de serviços privados, isso deve ser feito sob três condições: 
1- Interesse público prevalecendo sobre o particular 
2- A instituição privada devera estar de acordo com os princípios básicos e normas técnicas do SUS 
(Universalidade, Equidade e Integralidade) 
3- A integração dos serviços privados devera ser dada na mesma lógica organizativa do SUS e devem ter 
preferência os serviços não lucrativos, conforme determina a Constituição. 
GESTORES: São as entidades encarregas de fazer com que o SUS seja implantado e funcione adequadamente dentro 
das diretrizes doutrinarias, da lógica organizacional e seja operacionalizado dentro dos princípios anteriormente 
esclarecidos. Haverá gestores nas três esferas do Governo, isto é, no nível municipal, estadual e federal. 
 MUNICIPIOS: São as Secretarias Municipais de Saúde ou as prefeituras. Cabe aos gestores PROGRAMAR, 
EXECUTAR e AVALIAR as ações de promoção, prevenção e recuperação da saúde. Isto significa que o 
município deve ser o primeiro e o maior responsável pelas ações de saúde para a população. Os serviços 
devem ser oferecidos em QUANTIDADE e QUALIDADE adequadas às necessidades de saudade da 
população. 
 ESTADOS: São os secretários estaduais de saúde, é o responsável pela coordenação das ações de saúde do 
seu estado. Seu plano diretor será a consolidação das necessidades propostas de cada município, através 
de planos municipais, ajustados entre si. 
 FEDERAL: O Ministério da Saúde, sua missão é liderar o conjunto de ações de promoção, proteção e 
recuperação da saúde, identificando riscos e necessidades nas diferentes regiões para a melhoria da 
qualidade de vida do povo brasileiro, contribuindo para o seu desenvolvimento. 
 
LEI N 8.080 de 19 de SETEMBRO de 1990: Dispõe sobre as condições para a PROMOCAO, PROTECAO e 
RECUPERACAO da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e da outras previdências. 
LEI N 8.142 de 28 de DEZEMBRO de 1990: Dispõe sobre a participação da comunidade na gestão do Sistema Único 
de Saúde SUS- e sobre astransferências intergovernamentais de recursos financeiros na área da saúde e da outras 
previdências. 
SUDS – O SUDS foi um estágio evolutivo da implantação do SUS. O SUDS se constituía em uma estratégia-ponte 
para a “Reorientação das políticas de saúde e para a reorganização dos serviços, enquanto se desenvolvessem os 
trabalhos da constituinte e da elaboração da legislação ordinária para o setor”. Pode-se dizer que o SUDS doi 
norteado pelo princípio de que os recursos federais devessem efetivamente realizar o real acesso à atenção à 
saúde, por parte de toda a população. Ao mesmo tempo, pretendia-se garantir, ao máximo, que os recursos 
destinados à saúde não se dispersassem nem fossem apropriados para outros fins. 
NOB-SUS –As normar operacionais, tiveram um papel de orientação para o processo de implantação do SUS, 
instituídas por meio de portarias ministeriais. As normas operacionais, editadas em portarias do Ministério da 
Saúde e publicadas no Diário Oficial da União, constituíram-se no instrumento normativo para a operacionalização 
da diretriz de descentralização das ações e dos serviços, para a organização da gestão descentralizada do SUS, para 
a reorganização do modelo de Atenção à Saúde no País e, por fim, para a orientação do processo de regionalização 
da Assistência à Saúde. Correspondem à síntese das negociações e dos pactos firmados entre os gestores dos três 
níveis de direção do SUS – nacional, estadual e municipal – na Comissão Intergestores Tripartite, discutidas e 
aprovadas pelo Conselho Nacional de Saúde. 
A partir das definições estabelecidas pela Constituição de 88 e Lei Orgânica, iniciou-se o processo de 
implantação do SUS. Esse processo foi orientado pelas Normas Operacionais do SUS, instituídas por meio de 
portarias ministeriais que definiram as competências de cada esfera do governo e as condições necessárias para 
Rafaela Maria Mello Souza 
 
que estados e municípios pudessem assumir as novas atribuições no processo de implantação do SUS. Definiram 
critérios para que estados e municípios se habilitassem a receber repasses de recursos do Fundo Nacional de Saúde 
para seus respectivos fundos de saúde. Desde o início do processo de implantação do SUS, foram publicadas as 
seguintes Normas Operacionais Básicas: 
Breve resumo das NOBs: 
NOB n. 01/1991: Essa foi a primeira norma operacional e foi editada pela presidência do INAMPS, e foi escrita 
segunda a cultura prevalecente naquela instituição de assistência médica e, portanto, tinha forte conotação 
CENTRALIZADORA. 
 Igualou prestadores públicos e privados, no que se refere à modalidade de financiamento, que passou a 
ser, em ambos os casos, por pagamento pela produção de serviços. 
 Centralizou a gestão do SUS em nível federal 
 Considerou como “municipalizados” dentro do SUS os municípios que atendessem os seguintes requisitos 
básicos:criação dos Conselhos Municipais de Saúde; criação do Fundo Municipal de Saúde.. Entre outros 
 Instituiu a Unidade de Cobertura Ambulatorial (UCA) 
 Modificou o sistema de pagamento aos prestadores de serviços (entidades filantrópicas, hospitais 
universitários, entidades contratadas e conveniadas) com a implantação do Sistema de Informações 
Ambulatoriais do SUS (SIA/SUS). 
NOB n. 01/1992: 
 Tinha como objetivos: normatizar a assistência à saúde no SUS,estimular a implantação, o 
desenvolvimento o funcionamento do sistema; e dar forma concreta e instrumentos operacionais à 
efetivação dos preceitos constitucionais da saúde. 
NOB n. 01/1993: Institucionalizou as Comissões Intergestores Tripartite e Bipartite, criando dessa forma um sistema 
decisório compartilhado pelas diferentes instâncias federativas, além de impulsionar a municipalização mediante as 
habitações em gestão incipiente, parcial e semiplena. 
 Criou a transferência regular e automática (fundo a fundo) 
 Habilitou municípios como gestores. 
 Possibilitou a constituição das Comissões Intergestores Bipartite (de âmbito estadual) e Tripartite 
(nacional), como importantes espaços de negociação, pactuação, articulação, integração entre gestores 
 Fragilizou o papel dos estados, mas esses, ainda assim, passaram a assumir o papel de gestor do sistema 
estadual de saúde. 
 
NOB n. 01/1996: Essa NOB consolidou a política de municipalização estabelecendo o pleno exercício do poder 
municipal da função de gestor da atenção à saúde. Promovendo um avanço no processo de descentralização, 
criando novas condições de gestão para os municípios e estados. 
Entre os objetivos das Normas Operacionais temos: 
• induzir e estimular mudanças no SUS; 
• aprofundar e reorientar a implementação do SUS; 
• definir novos objetivos estratégicos, prioridades, diretrizes, e movimentos tático-operacionais; 
• regular as relações entre seus gestores; e 
• normatizar o SUS. 
2001 – NOAS-SUS – Em 2001, a Norma Operacional da Assistência à Saúde criou os Planos Diretores de 
Regionalização e de investimentos e introduziu a ideia de redes de assistência. 
2006 – Pacto pela Saúde – Foi um movimento de mudança que não é uma norma operacional, mas um acordo 
interfederativo, que articula o Pacto pela vida, o pacto em defesa do SUS, e o pacto de gestão. O Pacto pela saúde 
introduz um sentido de gestão pública por resultados e de responsabilização sanitária, estende a discussão da saúde 
para fora dos limites setoriais e aprofunda a descentralização dos SUS para os estados e municípios de forma 
compartilhada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Rafaela Maria Mello Souza 
 
Abrangência das Ações de Saúde - Tutoria 2 
 
1- Conhecer a especialidade de saúde da família/comunidade e suas atribuições. 
 As residências multiprofissionais em saúde e em área profissional da saúde, existentes desde 1975, 
tiveram sua regulamentação em 2005, com a Lei nº 11.129. São orientadas pelos princípios e diretrizes do Sistema 
Único de Saúde (SUS), a partir das necessidades e realidades locais e regionais, e abrangem as profissões da área da 
saúde, a saber: Biomedicina, Ciências Biológicas, Educação Física, Enfermagem, Farmácia, Fisioterapia, 
Fonoaudiologia, Medicina Veterinária, Nutrição, Odontologia, Psicologia, Serviço Social e Terapia Ocupacional 
(Resolução CNS nº 287/1998). 
Trata-se, assim, de uma cooperação entre os Ministérios da Saúde e da Educação concebida para 
favorecer a inserção qualificada de profissionais da saúde no SUS e, particularmente, em áreas prioritárias. 
 No Ministério da Saúde, a Política da Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde possui como objeto as 
necessidades de saúde da população e tem como objetivo a educação voltada para a transformação da realidade. 
Utiliza, dessa forma, estratégias de Educação Permanente como eixo transversal e transformador da realidade e a 
regulação da formação conforme a necessidade do SUS. Nesse contexto, encontram-se os Programas da Residência 
Multiprofissional em Saúde da Família, que devem ser orientados por estratégias pedagógicas capazes de utilizar e 
promover cenários de aprendizagem configurados nas Redes de Atenção à Saúde, tendo a atenção básica como 
espaço privilegiado. Adota metodologias e dispositivos da gestão da clínica ampliada, de modo a garantir a 
formação fundamentada na atenção integral, multiprofissional e interdisciplinar. 
 Os Programas de Residência Multiprofissional em Saúde da Família podem contribuir com a 
revisão do modelo assistencial, na medida em que formam um novo perfil do profissional de saúde, humanizado e 
preparado para responder às reais necessidades de saúde dos usuários, família e comunidade. Contribuem para a 
construção de novos paradigmas de assistência à saúde, ampliando a resolutividade da Estratégia Saúde da 
Família e dos Núcleos de Apoio à Saúdeda Família. 
Objetivos específicos 
 Contribuir com a revisão do modelo assistencial, apoiando a implantação do Programa de Saúde da 
Família e o processo de hierarquização da rede assistencial do SUS, melhorando as ações assistenciais básicas. 
 Capacitar o residente para atuar em um novo modelo de assistência, em que a aprendizagem se dá a 
partir dos problemas mais prevalecentes encontrados na comunidade, com um enfoque de vigilância à saúde, 
diagnóstico e abordagem integral dos agravos, contextualizando o indivíduo em sua realidade familiar, ambiental e 
social. 
 Capacitar o residente para intervir no processo saúde-doença em seus vários aspectos: sociais, 
epidemiológicos e clínicos, numa abordagem multidisciplinar, buscada através de um trabalho de equipe. 
 Capacitar o residente para atuar de forma nova: promovendo a saúde em todos os níveis assistenciais do 
SUS. 
 Capacitar o residente para participar do processo de gestão local do sistema de saúde, aprendendo a 
respeitar, dialogar e estabelecer parcerias com as lideranças locais, representantes dos profissionais de saúde e de 
outros setores sociais, organizações populares, ONGs e instituições públicas atuantes na região. 
 Capacitar o residente para coordenar e/ou participar de grupos de educação para a saúde, promovendo 
uma relação de mão dupla entre o saber popular e o saber científico. 
 Capacitar o residente para participar da formação e do treinamento do pessoal auxiliar, de enfermagem, 
agentes comunitários de saúde, voluntários e estagiários de outros serviços. 
 
2- Descrever o papel de cada integrante da equipe de saúde da família. 
São atribuições comuns a todos os profissionais: 
I - participar do processo de territorialização e mapeamento da área de atuação da equipe, identificando 
grupos, famílias e indivíduos expostos a riscos e vulnerabilidades; 
II - manter atualizado o cadastramento das famílias e dos indivíduos no sistema de informação indicado 
pelo gestor municipal e utilizar, de forma sistemática, os dados para a análise da situação de saúde considerando as 
características sociais, econômicas, culturais, demográficas e epidemiológicas do território, priorizando as situações 
a serem acompanhadas no planejamento local; 
III - realizar o cuidado da saúde da população adscrita, prioritariamente no âmbito da unidade de saúde, e 
quando necessário no domicílio e nos demais espaços comunitários (escolas, associações, entre outros); 
Rafaela Maria Mello Souza 
 
IV - realizar ações de atenção a saúde conforme a necessidade de saúde da população local, bem como as 
previstas nas prioridades e protocolos da gestão local; 
V - garantir da atenção a saúde buscando a integralidade por meio da realização de ações de promoção, 
proteção e recuperação da saúde e prevenção de agravos; e da garantia de atendimento da demanda espontânea, 
da realização das ações programáticas, coletivas e de vigilância à saúde; 
VI - participar do acolhimento dos usuários realizando a escuta qualificada das necessidades de saúde, 
procedendo a primeira avaliação (classificação de risco, avaliação de vulnerabilidade, coleta de informações e sinais 
clínicos) e identificação das necessidades de intervenções de cuidado, proporcionando atendimento humanizado, se 
responsabilizando pela continuidade da atenção e viabilizando o estabelecimento do vínculo; 
VII - realizar busca ativa e notificar doenças e agravos de notificação compulsória e de outros agravos e 
situações de importância local; 
VIII - responsabilizar-se pela população adscrita, mantendo a coordenação do cuidado mesmo quando 
esta necessita de atenção em outros pontos de atenção do sistema de saúde; 
IX - praticar cuidado familiar e dirigido a coletividades e grupos sociais que visa propor intervenções que 
influenciem os processos de saúde doença dos indivíduos, das famílias, coletividades e da própria comunidade; 
X - realizar reuniões de equipes a fim de discutir em conjunto o planejamento e avaliação das ações da 
equipe, a partir da utilização dos dados disponíveis; 
XI - acompanhar e avaliar sistematicamente as ações implementadas, visando à readequação do processo 
de trabalho; 
XII - garantir a qualidade do registro das atividades nos sistemas de informação na Atenção Básica; 
XIII - realizar trabalho interdisciplinar e em equipe, integrando áreas técnicas e profissionais de diferentes 
formações; 
XIV - realizar ações de educação em saúde a população adstrita, conforme planejamento da equipe; 
XV - participar das atividades de educação permanente; 
XVI - promover a mobilização e a participação da comunidade, buscando efetivar o controle social; 
XVII - identificar parceiros e recursos na comunidade que possam potencializar ações intersetoriais; e 
XVIII - realizar outras ações e atividades a serem definidas de acordo com as prioridades locais. Outras 
atribuições específicas dos profissionais da Atenção Básica poderão constar de normatização do município e do 
Distrito Federal, de acordo com as prioridades definidas pela respectiva gestão e as prioridades nacionais e 
estaduais pactuadas. 
Das atribuições específicas 
Do enfermeiro: 
I - realizar atenção a saúde aos indivíduos e famílias cadastradas nas equipes e, quando indicado ou 
necessário, no domicílio e/ou nos demais espaços comunitários (escolas, associações etc), em todas as fases do 
desenvolvimento humano: infância, adolescência, idade adulta e terceira idade; 
II - realizar consulta de enfermagem, procedimentos, atividades em grupo e conforme protocolos ou 
outras normativas técnicas estabelecidas pelo gestor federal, estadual, municipal ou do Distrito Federal, observadas 
as disposições legais da profissão, solicitar exames complementares, prescrever medicações e encaminhar, quando 
necessário, usuários a outros serviços; 
III - realizar atividades programadas e de atenção à demanda espontânea; 
IV - planejar, gerenciar e avaliar as ações desenvolvidas pelos ACS em conjunto com os outros membros 
da equipe; 
V - contribuir, participar, e realizar atividades de educação permanente da equipe de enfermagem e 
outros membros da equipe; e 
VI - participar do gerenciamento dos insumos necessários para o adequado funcionamento da UBS. 
Do Auxiliar e do Técnico de Enfermagem: 
I - participar das atividades de atenção realizando procedimentos regulamentados no exercício de sua 
profissão na UBS e, quando indicado ou necessário, no domicílio e/ou nos demais espaços comunitários (escolas, 
associações etc); 
II - realizar atividades programadas e de atenção à demanda espontânea; 
III - realizar ações de educação em saúde a população adstrita, conforme planejamento da equipe; 
IV - participar do gerenciamento dos insumos necessários para o adequado funcionamento da UBS; e 
V - contribuir, participar e realizar atividades de educação permanente. 
Do Médico: 
I - realizar atenção a saúde aos indivíduos sob sua responsabilidade; 
II - realizar consultas clínicas, pequenos procedimentos cirúrgicos, atividades em grupo na UBS e, quando 
indicado ou necessário, no domicílio e/ou nos demais espaços comunitários (escolas, associações etc); 
III - realizar atividades programadas e de atenção à demanda espontânea; 
IV - encaminhar, quando necessário, usuários a outros pontos de atenção, respeitando fluxos locais, 
mantendo sua responsabilidade pelo acompanhamento do plano terapêutico do usuário; 
V - indicar, de forma compartilhada com outros pontos de atenção, a necessidade de internação 
hospitalar ou domiciliar, mantendo a responsabilização pelo acompanhamento do usuário; 
Rafaela Maria Mello Souza 
 
VI - contribuir, realizar e participar das atividades de Educação Permanente de todos os membros da 
equipe; e 
VII - participar do gerenciamento dos insumos necessários para o adequado funcionamentoda USB. Do 
Agente Comunitário de Saúde: 
I - trabalhar com adscrição de famílias em base geográfica definida, a microárea; 
II - cadastrar todas as pessoas de sua microárea e manter os cadastros atualizados; 
III - orientar as famílias quanto à utilização dos serviços de saúde disponíveis; 
IV - realizar atividades programadas e de atenção à demanda espontânea; 
V - acompanhar, por meio de visita domiciliar, todas as famílias e indivíduos sob sua responsabilidade. As 
visitas deverão ser programadas em conjunto com a equipe, considerando os critérios de risco e vulnerabilidade de 
modo que famílias com maior necessidade sejam visitadas mais vezes, mantendo como referência a média de 1 
(uma) visita/família/mês; 
VI - desenvolver ações que busquem a integração entre a equipe de saúde e a população adscrita à UBS, 
considerando as características e as finalidades do trabalho de acompanhamento de indivíduos e grupos sociais ou 
coletividade; 
VII - desenvolver atividades de promoção da saúde, de prevenção das doenças e agravos e de vigilância à 
saúde, por meio de visitas domiciliares e de ações educativas individuais e coletivas nos domicílios e na 
comunidade, como por exemplo, combate à Dengue, 
malária, leishmaniose, entre outras, mantendo a equipe informada, principalmente a respeito das situações de 
risco; e 
VIII - estar em contato permanente com as famílias, desenvolvendo ações educativas, visando à promoção 
da saúde, à prevenção das doenças, e ao acompanhamento das pessoas com problemas de saúde, bem como ao 
acompanhamento das condicionalidades do Programa Bolsa Família ou de qualquer outro programa similar de 
transferência de renda e enfrentamento de vulnerabilidades implantado pelo Governo Federal, estadual e 
municipal de acordo com o planejamento da equipe. 
É permitido ao ACS desenvolver outras atividades nas unidades básicas de saúde, desde que vinculadas às 
atribuições acima. Do Cirurgião-Dentista: 
I - realizar diagnóstico com a finalidade de obter o perfil epidemiológico para o planejamento e a 
programação em saúde bucal; 
II - realizar a atenção a saúde em saúde bucal (promoção e proteção da saúde, prevenção de agravos, 
diagnóstico, tratamento, acompanhamento, reabilitação e manutenção da saúde) individual e coletiva a todas as 
famílias, a indivíduos e a grupos específicos, de acordo com planejamento da equipe, com resolubilidade; 
III - realizar os procedimentos clínicos da Atenção Básica em saúde bucal, incluindo atendimento das 
urgências, pequenas cirurgias ambulatoriais e procedimentos relacionados com a fase clínica da instalação de 
próteses dentárias elementares; 
IV - realizar atividades programadas e de atenção à demanda espontânea; 
V - coordenar e participar de ações coletivas voltadas à promoção da saúde e à prevenção de doenças 
bucais; 
VI - acompanhar, apoiar e desenvolver atividades referentes à saúde bucal com os demais membros da 
equipe, buscando aproximar e integrar ações de saúde de forma multidisciplinar; 
VII - realizar supervisão técnica do Técnico em Saúde Bucal (TSB) e Auxiliar em Saúde Bucal (ASB); e 
VIII - participar do gerenciamento dos insumos necessários para o adequado funcionamento da UBS. 
Do Técnico em Saúde Bucal (TSB): 
I - realizar a atenção em saúde bucal individual e coletiva a todas as famílias, a indivíduos e a grupos 
específicos, segundo programação e de acordo com suas competências técnicas e legais; 
II - coordenar a manutenção e a conservação dos equipamentos odontológicos; 
III - acompanhar, apoiar e desenvolver atividades referentes à saúde bucal com os demais membros da 
equipe, buscando aproximar e integrar ações de saúde de forma multidisciplinar; 
IV - apoiar as atividades dos ASB e dos ACS nas ações de prevenção e promoção da saúde bucal; 
V - participar do gerenciamento dos insumos necessários para o adequado funcionamento da UBS; 
VI - participar do treinamento e capacitação de Auxiliar em Saúde Bucal e de agentes multiplicadores das 
ações de promoção à saúde; 
VII - participar das ações educativas atuando na promoção da saúde e na prevenção das doenças bucais; 
VIII - participar na realização de levantamentos e estudos epidemiológicos, exceto na categoria de 
examinador; 
IX - realizar atividades programadas e de atenção à demanda espontânea; 
X - realizar o acolhimento do paciente nos serviços de saúde bucal; 
XI - fazer a remoção do biofilme, de acordo com a indicação técnica definida pelo cirurgião-dentista; 
XII - realizar fotografias e tomadas de uso odontológicos exclusivamente em consultórios ou clínicas 
odontológicas; 
XIII - inserir e distribuir no preparo cavitário materiais odontológicos na restauração dentária direta, 
vedado o uso de materiais e instrumentos não indicados pelo cirurgião-dentista; 
Rafaela Maria Mello Souza 
 
XIV - proceder à limpeza e à anti-sepsia do campo operatório, antes e após atos cirúrgicos, inclusive em 
ambientes hospitalares; e 
XV - aplicar medidas de biossegurança no armazenamento, manuseio e descarte de produtos e resíduos 
odontológicos.Do Auxiliar em Saúde Bucal (ASB): 
I - realizar ações de promoção e prevenção em saúde bucal para as famílias, grupos e indivíduos, mediante 
planejamento local e protocolos de atenção à saúde; 
II - realizar atividades programadas e de atenção à demanda espontânea; 
III - executar limpeza, assepsia, desinfecção e esterilização do instrumental, equipamentos odontológicos 
e do ambiente de trabalho; 
IV - auxiliar e instrumentar os profissionais nas intervenções clínicas; 
V - realizar o acolhimento do paciente nos serviços de saúde bucal; 
VI - acompanhar, apoiar e desenvolver atividades referentes à saúde bucal com os demais membros da 
equipe de saúde da família, buscando aproximar e integrar ações de saúde de forma multidisciplinar; 
VII - aplicar medidas de biossegurança no armazenamento, transporte, manuseio e descarte de produtos e 
resíduos odontológicos; 
VIII - processar filme radiográfico; 
IX - selecionar moldeiras; 
X - preparar modelos em gesso; 
XI - manipular materiais de uso odontológico; e 
X - participar na realização de levantamentos e estudos epidemiológicos, exceto na categoria de 
examinador. 
Do Médico: 
I - realizar atenção a saúde aos indivíduos sob sua responsabilidade; 
II - realizar consultas clínicas, pequenos procedimentos cirúrgicos, atividades em grupo na UBS e, quando 
indicado ou necessário, no domicílio e/ou nos demais espaços comunitários (escolas, associações etc); 
III - realizar atividades programadas e de atenção à demanda espontânea; 
IV - encaminhar, quando necessário, usuários a outros pontos de atenção, respeitando fluxos locais, 
mantendo sua responsabilidade pelo acompanhamento do plano terapêutico do usuário; 
V - indicar, de forma compartilhada com outros pontos de atenção, a necessidade de internação 
hospitalar ou domiciliar, mantendo a responsabilização pelo acompanhamento do usuário; 
VI - contribuir, realizar e participar das atividades de Educação Permanente de todos os membros da 
equipe; e 
VII - participar do gerenciamento dos insumos necessários para o adequado funcionamento da USB. 
 Do Agente Comunitário de Saúde: 
I - trabalhar com adscrição de famílias em base geográfica definida, a microárea; 
II - cadastrar todas as pessoas de sua microárea e manter os cadastros atualizados; 
III - orientar as famílias quanto à utilização dos serviços de saúde disponíveis; 
IV - realizar atividades programadas e de atenção à demanda espontânea; 
V - acompanhar, por meio de visita domiciliar, todas as famílias e indivíduos sob sua responsabilidade. As 
visitas deverão ser programadas em conjunto com a equipe, considerando os critérios de risco e vulnerabilidade de 
modo que famílias com maior necessidade sejam visitadas mais vezes, mantendo como referência a média de 1 
(uma) visita/família/mês; 
VI - desenvolverações que busquem a integração entre a equipe de saúde e a população adscrita à UBS, 
considerando as características e as finalidades do trabalho de acompanhamento de indivíduos e grupos sociais ou 
coletividade; 
VII - desenvolver atividades de promoção da saúde, de prevenção das doenças e agravos e de vigilância à 
saúde, por meio de visitas domiciliares e de ações educativas individuais e coletivas nos domicílios e na 
comunidade, como por exemplo, combate à Dengue, 
malária, leishmaniose, entre outras, mantendo a equipe informada, principalmente a respeito das situações de 
risco; e 
VIII - estar em contato permanente com as famílias, desenvolvendo ações educativas, visando à promoção 
da saúde, à prevenção das doenças, e ao acompanhamento das pessoas com problemas de saúde, bem como ao 
acompanhamento das condicionalidades do Programa Bolsa Família ou de qualquer outro programa similar de 
transferência de renda e enfrentamento de vulnerabilidades implantado pelo Governo Federal, estadual e 
municipal de acordo com o planejamento da equipe. 
Especificidades da equipe de saúde da família São itens necessários à estratégia Saúde da Família: 
I - existência de equipe multiprofissional (equipe saúde da família) composta por, no mínimo, médico 
generalista ou especialista em saúde da família ou médico de família e comunidade, enfermeiro generalista ou 
especialista em saúde da família, auxiliar ou técnico de enfermagem e agentes comunitários de saúde, podendo 
acrescentar a esta composição, como parte da equipe multiprofissional, os profissionais de saúde bucal: cirurgião 
dentista generalista ou especialista em saúde da família, auxiliar e/ou técnico em Saúde Bucal; 
Rafaela Maria Mello Souza 
 
II - o número de ACS deve ser suficiente para cobrir 100% da população cadastrada, com um máximo de 
750 pessoas por ACS e de 12 ACS por equipe de Saúde da Família, não ultrapassando o limite máximo recomendado 
de pessoas por equipe; 
III - cada equipe de saúde da família deve ser responsável por, no máximo, 4.000 pessoas, sendo a média 
recomendada de 3.000 pessoas, respeitando critérios de equidade para esta definição. Recomenda- se que o 
número de pessoas por equipe considere o grau de 
vulnerabilidade das famílias daquele território, sendo que quanto maior o grau de vulnerabilidade menor deverá ser 
a quantidade de pessoas por equipe; 
IV - cadastramento de cada profissional de saúde em apenas 01 (uma) ESF, exceção feita somente ao 
profissional médico que poderá atuar em no máximo 02 (duas) ESF e com carga horária total de 40 (quarenta) horas 
semanais; e 
V - carga horária de 40 (quarenta) horas semanais para todos os profissionais de saúde membros da 
equipe de saúde da família, à exceção dos profissionais médicos, cuja jornada é descrita no próximo inciso. A 
jornada de 40 (quarenta) horas deve observar a necessidade de dedicação mínima de 32 (trinta e duas) horas da 
carga horária para atividades na equipe de saúde da família podendo, conforme decisão e prévia autorização do 
gestor, dedicar até 08 (oito) horas do total da carga horária para prestação de serviços na rede de urgência do 
município ou para atividades de especialização em saúde da família, residência multiprofissional e/ou de medicina 
de família e de comunidade, bem como atividades de educação permanente e apoio matricial. 
 
3- Entender os tipos de demanda e como funcionam. 
 Demanda Espontânea é o nome dado para qualquer atendimento não programado na Unidade de Saúde. 
Representa uma necessidade momentânea do usuário. Pode ser uma informação, um agendamento de consulta, 
uma urgência ou uma emergência. 
 Demanda programada: Gera fluxo de agenda, as agendas de médicos, enfermeiros e dentistas são 
organizadas de forma programada, com turnos direcionados previamente para realização de visitas domiciliares, 
grupos operativos, interconsultas com o Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF), além das consultas clínicas, 
exames preventivos, pré-natal e puericultura (para médicos e enfermeiros). 
 Demanda reprimida: são procedimentos ambulatoriais, exames, consultas especializadas e internação 
aguardando agendamento no município de referência, são os atendimentos não realizados 
 
4- Definir e diferenciar prevalência e incidência 
Incidência: A incidência de doenças em uma população significa a ocorrência de casos novos relacionados 
à unidade de intervalo de tempo - dia, semana, mês ou ano. É a intensidade com que estão surgindo novos doentes 
em uma determinada população. 
Coef. de incidência = n. de casos novos da doença x 10k 
 n. de pessoas expostas ao risco 
 Prevalência: O conceito mais simples de prevalência é a freqüência absoluta dos casos de doenças, 
independente da época em que esta iniciou. A medida da prevalência pode ser estabelecida em um período, ou em 
um determinado ponto de corte, no tempo. O coeficiente é a medida que permite estimar a prevalência de uma 
dada doença, fixado um intervalo de tempo, relativizando à uma determinada população. 
1) Prevalência no período - É medida pela freqüência da doença ou pelo seu coeficiente durante um 
determinado período de tempo. 
Coef. prevalência no período = n. de casos de uma doença no período x 10k 
 população exposta naquele período 
Notas: 
 Prevalência depende de dois fatores: do número de pessoas que adoeceu (incidência) e da duração da 
doença. Portanto, quando incidência e duração são mais ou menos estáveis e a população também, a 
prevalência pode ser muito semelhante à incidência. 
 Doenças de longa duração, mesmo com baixa incidência, podem ter alta prevalência. 
 Prevalência = casos existentes + casos novos – altas por cura – óbitos 
 (todos no período determinado) 
 
5- Compreender o funcionamento do programa de hipertensos (objetivos, metas, fichas e funções) 
Objetivos 
• Possibilitar a Gestão do Cuidado com a vinculação do portador á unidade básica ou equipe de saúde através do 
cadastro e atendimento desses portadores de DM e Há; 
• Monitorar de forma contínua a qualidade clínica e o controle desses agravos e seus fatores de risco na população 
assistida; 
• Fornecer informações gerenciais que permitam subsidiar os gestores públicos para tomada de decisão para a 
Rafaela Maria Mello Souza 
 
adoção de estratégias de intervenção gerais ou pontuais, como estimar acesso aos serviços de saúde, planejar 
demanda para referencia mentos, estimativa de uso de materiais, necessidade de recursos humanos e 
capacitações; 
• Fornecer informações que subsidiem a gerência e gestão da Assistência Farmacêutica; 
• Instrumentalizar a Vigilância à Saúde, fornecendo informações que permitem conhecer o perfil epidemiológico da 
hipertensão arterial e do diabetes mellitus, seus fatores de risco e suas complicações na população; 
• Possibilitar o Controle Social através de informações que permitem analisar acesso, cobertura e qualidade da 
atenção. 
 
Operacionalização: 
Através da Estratégia Saúde da Família-ESF, nos municípios, com: 
• Identificação e Cadastramento do portador de Hipertensão e Diabetes na Unidade de Saúde mais próxima da 
residência, com Diagnóstico clínico e laboratorial, por meio de aferição da pressão arterial, glicemia capilar e/ou 
glicemia de jejum; Tratamento medicamentoso e não medicamentoso com orientações dietéticas, incentivo ao 
desenvolvimento de atividades físicas, dispensação de medicamentos e insumos para diabéticos; Identificação de 
fatores de risco para complicações entre outros cuidados básicos para avaliação e prevenção do Pé Diabético;Busca 
de paciente faltoso e Visita domiciliar. 
 
Gestor Federal - Ministério da Saúde 
• Coordenação nacional das ações de prevenção e atenção integral à Hipertensão Arterial e Diabetes Mellitus; 
• Acompanhamento dos portadores de Hipertensão Arteril e Diabetes Mellitus cadastrados e atendidos por 
município, através do Sistema HiperDia; 
• Pactuação tripartite para estabelecimento de ações que garantam as prioridades definidas na Política Nacional de 
Saúde; 
• Estabelecimento de rotinas e soluções técnicas de informática para o correto desenvolvimento do Sistema-
HIPERDIA através do DATASUS. 
DATASUS 
• Desenvolvimento e manutenção de produto de software para cadastramento e atendimento dos portadores de 
hipertensão arterial e diabetes mellitus; 
• Disponibilização do produto de software; 
• Suporte técnico aos gestores de saúde em relação ao produto de software. 
Gestor Estadual - Secretaria Estadual de saúde 
• Coordenação estadual das ações de prevenção e atenção integral à Hipertensão Arterial e Diabetes Mellitus; 
• Acompanhamento e assessoria aos municípios no processo de implementação das ações; 
• Assessoria aos municípios na implantação local do Sistema de Gestão Clínica de Hipertensão e Diabetes Mellitus 
da Atenção - SISHIPERDIA; 
Gestor Municipal - Secretaria Municipal de Saúde 
• Execução das ações básicas de prevenção de atenção integral à Hipertensão Arterial e Diabetes Mellitus; 
• Alimentação e manutenção do cadastro e atendimento dos pacientes no sistema SISHIPERDIA. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Rafaela Maria Mello Souza 
 
6- Entender o fluxo do processo de trabalho (hipertensos). 
 Processo de trabalho em saúde. 2ª ed. NESCON 
 
O modo como desenvolvemos nossas atividades profissionais, o modo como realizamos o nosso trabalho, 
qualquer que seja, é chamado de processo de trabalho. 
Em um processo de trabalho, as finalidades ou objetivos são projeções de resultados que visam a satisfazer 
necessidades e expectativas dos homens, conforme sua organização social, em dado momento histórico. Pode-se 
dizer que a finalidade rege todo o processo de trabalho e é em função dessa finalidade que se estabelecem os 
critérios ou parâmetros de realização do processo de trabalho. 
Os objetos a serem transformados podem ser matérias-primas ou materiais já previamente elaborados ou, 
ainda, certos estados ou condições pessoais ou sociais. Todo processo de trabalho se realiza em algum objeto, sobre 
o qual se exerce ação transformadora, com o uso de meios e em condições determinadas. 
Os meios de produção ou instrumentos de trabalho incluem: as ferramentas e estruturas físicas para o 
trabalho, como máquinas, equipamentos, instrumentos, edificações e o ambiente, que permitem que o trabalho se 
realize; os conhecimentos, sistematizados ou não, e as habilidades utilizadas no processo de trabalho, comumente 
chamados de meios intangíveis; e por fim, podemos considerar, também, as próprias estruturas sociais, que são 
determinantes, por exemplo, para as relações de poder no trabalho e para a remuneração dos diversos tipos de 
trabalho. 
Os homens são os agentes de todos os processos de trabalho em que se realiza a transformação de objetos ou 
condições para se atingir fins previamente estabelecidos. Todo processo de trabalho tem um sujeito – ou conjunto 
de sujeitos – que executa as ações, estabelece os objetivos e as relações de adequação dos meios e condições para a 
transformação dos objetos. Os objetivos, bem como os procedimentos analíticos e operacionais de adequação de 
meios, condições e fins, são estabelecidos e realizados em todos os níveis (social, institucional, de equipe ou grupo 
e individual). Portanto, dependendo da perspectiva de análise, o agente do trabalho pode e deve ser visto como um 
indivíduo, um grupo ou equipe, uma instituição ou uma sociedade. 
Entre as peculiaridades dos processos de trabalho na prestação de serviços, destacamos uma que é pertinente 
ao trabalho em saúde: o usuário é o objeto no processo de trabalho, mas é também um agente. Isso porque é em 
sua existência que as alterações buscadas irão ou não ocorrer. Por isso, é evidente que ele deve estar ativamente 
envolvido para que elas ocorram, por exemplo, fornecendo informações ou cumprindo recomendações que 
implicam, muitas vezes, mudanças de hábitos de vida (parar de fumar, emagrecer, etc.). Ou seja, o objeto da ação 
também age. 
 
Do Processo de trabalho das equipes de Atenção Básica São características do processo de trabalho das 
equipes de Atenção Básica: 
I - definição do território de atuação e de população sob responsabilidade das UBS e das equipes; 
II - programação e implementação das atividades de atenção à saúde de acordo com as necessidades de 
saúde da população, com a priorização de intervenções clínicas e sanitárias nos problemas de saúde segundo 
critérios de freqüência, risco, vulnerabilidade e resiliência. 
Inclui-se aqui o planejamento e organização da agenda de trabalho compartilhado de todos os profissionais e 
recomenda-se evitar a divisão de agenda segundo critérios de problemas de saúde, ciclos de vida, sexo e patologias 
dificultando o acesso dos usuários; 
Rafaela Maria Mello Souza 
 
III - desenvolver ações que priorizem os grupos de risco e os fatores de risco clínico-comportamentais, 
alimentares e/ou ambientais, com a finalidade de prevenir o aparecimento ou a persistência de doenças e danos 
evitáveis; 
IV - realizar o acolhimento com escuta qualificada, classificação de risco, avaliação de necessidade de 
saúde e análise de vulnerabilidade tendo em vista a responsabilidade da assistência resolutiva à demanda 
espontânea e o primeiro atendimento às urgências; 
V - prover atenção integral, contínua e organizada à população adscrita; 
VI - realizar atenção à saúde na Unidade Básica de Saúde, no domicílio, em locais do território (salões 
comunitários, escolas, creches, praças, etc.) e outros espaços que comportem a ação planejada; 
VII - desenvolver ações educativas que possam interferir no processo de saúde-doença da população, no 
desenvolvimento de autonomia, individual e coletiva, e na busca por qualidade de vida pelos usuários; 
VIII - implementar diretrizes de qualificação dos modelos de atenção e gestão tais como a participação 
coletiva nos processos de gestão, a valorização, fomento a autonomia e protagonismo dos diferentes sujeitos 
implicados na produção de saúde, o compromisso 
com a ambiência e com as condições de trabalho e cuidado, a constituição de vínculos solidários, a identificação das 
necessidades sociais e organização do serviço em função delas, entre outras; 
IX - participar do planejamento local de saúde assim como do monitoramento e a avaliação das ações na 
sua equipe, unidade e município; visando à readequação do processo de trabalho e do planejamento frente às 
necessidades, realidade, dificuldades e possibilidades analisadas; 
X - desenvolver ações intersetoriais, integrando projetos e redes de apoio social, voltados para o 
desenvolvimento de uma atenção integral; 
XI - apoiar as estratégias de fortalecimento da gestão local e do controle social; e 
XII - realizar atenção domiciliar destinada a usuários que possuam problemas de saúde 
controlados/compensados e com dificuldade ou impossibilidade física de locomoção até uma unidade de saúde, 
que necessitam de cuidados com menor frequência e menor necessidade de recursos de saúde e realizar o cuidado 
compartilhado com as equipes de atenção domiciliar nos demais casos. 
 
7- Princípio de avaliação de qualidade (9palavras) 
 
 O cenário mundial evidência que a qualidade não pode ser mais considerada como opcional aos serviços e 
sim requisito fundamental para sobrevivência. E, mais importante do que isso, é uma responsabilidade social eética. 
 A característica de responsabilidade ética e social da qualidade em serviços torna-se ainda mais 
importante quando direcionada aos serviços públicos. As organizações do setor público são as maiores prestadoras 
de bens e serviços, tendo como principal característica uma relação de responsabilidade direta com a sociedade 
(ESTEFANO, 1996). A qualidade tem se inserido nessas organizações, porém de forma ainda incipiente se 
comparada com outros setores. Munro afirma que a prestação de serviços realizada pelo poder público mantém em 
foco a própria existência do serviço, deixando sua qualidade relegada ao segundo plano. Ao longo dos anos, a 
qualidade na saúde foi estabelecida por aqueles que providenciavam o serviço, os profissionais da saúde. Somente 
na década de 80 é que o setor da saúde voltou-se para a qualidade de uma forma mais gerencial e ativa, como já 
vinha ocorrendo no campo industrial. Esse cenário é ainda mais recente nos serviços públicos de saúde. 
 Numa tentativa de reorganizar o sistema e propor novas formas de atuação da saúde pública, visando 
maior acesso e qualidade aos serviços, o Governo Federal lançou em 1994 o Programa de Saúde da Família (PSF), 
que propôs mudanças na forma de cuidar da saúde, principalmente em relação ao objeto da atenção e à maneira 
de organização do serviço e das ações: o foco passa a ser o indivíduo, a família e seu ambiente físico e social, com a 
atenção à saúde orientada pelo princípio da vigilância à saúde, combinando ações de promoção, prevenção e cura, 
desenvolvidas por uma equipe multidisciplinar de profissionais que têm responsabilidade sanitária sobre um 
território definido. Sendo a ESF estratégia prioritária do Governo Federal, fica evidente que a adoção dos princípios 
da qualidade torna-se fundamental para que os objetivos propostos sejam atingidos. Dessa forma, iniciativas de 
avaliação dos programas desenvolvidos mostram-se como uma alternativa para o início de uma gestão pela 
qualidade nos serviços públicos de saúde. 
 A utilização da avaliação como etapa inicial num processo de busca pela qualidade está embasada em um 
consenso, evidenciado por pesquisadores e gestores das mais diferentes áreas de atuação, sobre a relevância da 
avaliação de serviços para a gestão pela qualidade, pois esta favorece diretrizes e opções para o processo de 
planejamento e possibilita um controle técnico e social dos serviços e programas prestados a sociedade. No campo 
da saúde pública esta avaliação toma proporções ainda mais significativas, devido a complexidade que envolve este 
setor de atividade. O processo de avaliação da qualidade em serviços de saúde envolve tanto quem utiliza os 
serviços como quem os produz. Não há dúvida de que usuário e prestador ocupam posições diferentes no processo, 
Rafaela Maria Mello Souza 
 
embora ambos contribuam para que os serviços sejam executados. Assim, as expectativas e necessidades de 
usuários e prestadores determinam de maneira diversa a qualidade dos serviços. Sendo assim, torna-se essencial 
entender como estes principais atores percebem a qualidade dos serviços que estão sendo prestados, visando 
identificar e analisar as diferentes percepções para, posteriormente, intervir buscando maneiras de alinhá-las de 
modo a satisfazer as necessidades de ambos e promover a melhoria contínua. Cabe ressaltar que, a avaliação surge 
como um importante instrumento de mudança, que não deve ser visto como uma ameaça, mas como um incentivo 
para que os serviços de saúde cumpram padrões mínimos de qualidade e promovam uma renovação da sua cultura 
de trabalho. 
 Para Donabedian (1980), uma definição para qualidade deveria se iniciar a partir de três dimensões: a 
estrutura, o processo e o resultado. A estrutura envolve os recursos físicos, humanos, materiais, equipamentos e 
financeiros necessários para a assistência médica. O processo, que se refere às atividades envolvendo os 
profissionais da saúde e usuários, inclui o diagnóstico; o tratamento; e, os aspectos éticos da relação médico, 
profissional, equipe de saúde e paciente. O resultado corresponde ao produto final da assistência prestada, 
considerando a saúde, satisfação dos padrões e expectativas dos 
usuários. Anos mais tarde, Donabedian (1990) ampliou esses princípios, utilizando-se do denominado “Sete Pilares 
da Qualidade”: eficácia, efetividade, eficiência, otimização, aceitabilidade, legitimidade, equidade, descritos no 
quadro 1. 
 
DIMENSÕES 
 
DESCRIÇÀO DA DIMENSÃO DA QUALIDADE EM SAÚDE 
 
EFICÁCIA 
 
É a capacidade do cuidado, na sua forma mais perfeita, de contribuir para 
a melhoria das condições de saúde, ou seja, capacidade de a arte e a 
ciência da saúde produzirem melhorias na saúde e no bem-estar. Significa o melhor que se pode 
fazer nas condições mais favoráveis, dado o estado 
do paciente e mantidas constantes as demais circunstâncias. 
 
EFETIVIDA 
 
É o quadro de melhorias possíveis nas condições de saúde obtido. 
Melhoria na saúde, alcançada ou alcançável nas condições usuais da 
prática cotidiana. Ao definir e avaliar a qualidade, a efetividade pode ser 
mais precisamente especificada como sendo o grau em que o cuidado, 
cuja a qualidade está sendo avaliada, alça-se ao nível de melhoria da 
saúde que os estudos de eficácia têm estabelecido como alcançáveis. 
 
EFICIÊNCIA 
 
É a medida do custo com o qual uma dada melhoria na saúde é 
alcançada. Se duas estratégias de cuidado são igualmente eficazes e 
efetivas, a mais eficiente é a de menor custo. 
OTIMIZAÇÃO 
 
Torna-se relevante à medida que os efeitos do cuidado da saúde não são 
avaliados de forma absoluta, mas relativamente aos custos. Numa curva 
ideal, o processo de adicionar benefícios pode ser tão desproporcional 
aos custos acrescidos, que tais “adições” úteis perdem a razão de ser. 
DIMENSÕES DESCRIÇÀO DA DIMENSÃO DA QUALIDADE EM SAÚDE 
ACEITABILIDADE 
 
Sinônimo de adaptação do cuidado aos desejos, expectativas e valores 
dos pacientes e suas famílias. Depende da efetividade, eficiência e 
otimização, além da acessibilidade ao cuidado, das características da 
relação médico-paciente e das amenidades do cuidado, aos efeitos e ao 
custo do serviço prestado. 
Rafaela Maria Mello Souza 
 
LEGITIMIDADE 
 
Aceitabilidade do cuidado da forma em que é visto pela comunidade ou 
sociedade em geral. É a conformidade com as preferências sociais. 
EQUIDADE 
. 
Princípio pelo qual se determina o que é justo ou razoável na distribuição 
do cuidado e de seus benefícios entre os membros da população. A 
equidade é parte daquilo que torna o cuidado aceitável para os indivíduos 
e legítimo para a sociedade. Igualdade na distribuição do cuidado e de 
seus efeitos sobre a saúde 
Quadro 1: Os Sete Pilares da Qualidade Fonte: Adaptado de Donabedian (1994) 
 
Particularmente para este estudo, a satisfação do usuário como fator que determina a qualidade é de 
considerável relevância. Nesta direção, Tanaka e Melo (2004) afirmam que ao realizar a avaliação em sistemas e/ou 
serviços de saúde deve-se ter em mente que os serviços prestados têm como finalidade os usuários, que são parte 
do processo de organização e prestação destas ações. 
 
 A avaliação da qualidade em serviços de saúde vem se tornando, cada vez mais, um aspecto importante 
do processo de tomada de decisão por parte de gestores e colaboradores. Essa avaliação aumenta a probabilidade 
de obter-se, no final, resultados melhores do que se teria sem ela, e maior probabilidade de encontrar resultados 
não esperados. 
 Este trabalho, ao avaliar a qualidade dos serviços prestados pela Estratégia Saúde da Família (ESF) sob 
duas óticas distintas, usuáriose profissionais, visou colaborar com esse processo de tomada de decisão por parte 
dos próprios profissionais, gestores e até mesmo Governo, já que se trata de um serviço público. Foram 
identificados usuários insatisfeitos com os serviços e profissionais considerando de qualidade inaceitável os serviços 
prestados. A relação entre essas duas opiniões mostra que ambos os atores pesquisados avaliam de forma 
semelhante os serviços, negativamente na sua grande maioria, como pôde ser observado. Eles, apesar de ocuparem 
diferentes posições no processo, consideram em comum vários pontos críticos e dão importância semelhante as 
dimensões pesquisadas. 
 Dessa forma, entende-se que o trabalho realizado apresenta contribuição significativa para o setor da 
saúde em estudo, pois mostra um panorama da qualidade que este vem oferecendo sob a ótica de seus dois 
principais atores. E este panorama não se mostrou positivo, o que demonstra a necessidade de ações de melhoria. 
 
8. Planejamento estratégico em saúde 
 
 Para garantir a eficiência e a viabilidade na implementação de um modelo de monitoramento e gestão, o 
desdobramento da estratégia considerou a adoção e a customização do Planejamento Estratégico Situacional (PES) 
uma metodologia de Planejamento Estratégico Público, cujos temas são os problemas públicos, sendo também 
aplicável a qualquer órgão para qual os problemas a serem abordados não sejam exclusivamente o mercado, mas o 
jogo político , econômico e social essa teoria é capaz de aumentar a capacidade de previsão, por ser um calculo que 
Rafaela Maria Mello Souza 
 
precede e preside a ação para criar o futuro. A definição de prioridades ocorre por meio da análise situacional, que 
permite identificar, formular e priorizar os problemas, abordados de acordo com as condições de saúde e os 
aspectos da gestão. O PES constitui-se em 4 etapas: 
Momento explicativo: identificação e descrição dos problemas de acordo com dados objetivos, mas levando em 
conta a percepção dos atores sobre os problemas analisados. Nessa etapa, a identificação das causas e o 
levantamento de quais pode ser consideradas nós críticos - centros práticos de ação, oportunos à ação política, de 
acordo com as viabilidades. 
Momento normativo: definição de objetivos a serem alcançados e resultados a serem entregues, prevendo as 
estratégias e ações necessárias à realização, levando em conta a análise política, econômica e social. 
Momento estratégico: análise dos recursos necessários sejam eles econômicos, administrativos ou políticos, a partir 
da qual deve-se intervir para se alcançar os resultados esperados. 
Momento tático-operacional: programação da implementação das propostas incluindo: cronograma, atores 
responsáveis e outros participantes na execução, a fim de garantir a efetividade e a eficácia de todo o processo. 
 É preciso ainda prever os momentos de análise das informações prestadas acerca da evolução das metas 
propostas e revisão do plano, assegurando a visibilidade do processo aos atores envolvidos, e a capacidade 
gerencial de adaptação aos novos contextos, que podem surgir de situações imprevistas. 
 
Plano Nacional de Saúde: tem como função principal orientar e estruturar as linhas de atuação programáticas que 
serão entregues à população na forma de ações e serviços de Saúde. De vigência quadrienal, sua elaboração é 
atribuição de todos os entes federados. O PNS 2012-2015 teve inicio em 2011 onde o Colegiado de Gestão do MS 
aprovou seu cronograma e etapa de montagem. Composta por 2 momentos complementares, a proposta de 
elaboração do plano incluiu a análise de situação de saúde brasileira e a definição de objetivos, diretrizes e metas. 
Essa proposta além da intensa participação social, foi assegurado o diálogo com estados e municípios por meio da 
apresentação à Comissão Intergestores Tripartite (CIT). 
 O Plano Plurianual (PPA): instrumento do governo que estabelece, a partir de um programa temático, os 
objetivos, as metas regionalizadas, os indicadores de desempenho e as iniciativas que serão operacionalizadas pelas 
ações com a cobertura orçamentária determinada pela Lei Orçamentária (LOA) correspondente a Ada exercício do 
período coberto pelo PPA. 
OBJETIVOS ESTRATÉGICOS 2011-2015: 
1- Garantir o acesso da população a serviços de qualidade, com equidade e em tempo adequado ao atendimento 
das necessidades de saúde, aprimorando a política de Atenção Básica e Atenção Especializada. 
2. Reduzir os riscos e agravos à saúde da população, por meio das ações de promoção e vigilância em saúde. Apoia 
ações voltadas ao diagnóstico e tratamento da dengue e outras doenças transmissíveis (tuberculose, malária, AIDS, 
hepatites virais e Chagas) e doenças relacionadas a pobreza (esquistossomose, filariose e tracoma) 
3. Promover atenção integral à saúde da mulher e da criança e implementar a Rede Cegonha, com especial atenção 
as áreas e populações de maior vulnerabilidade. 
8. Contribuir para a adequada formação, alocação, qualificação, valorização e democratização das relações do 
trabalho dos profissionais e trabalhadores de Saúde. 
16. Contribuir para erradicar a extrema pobreza no País. 
 
Rafaela Maria Mello Souza 
 
9- Compara plano de saúde do Canadá, EUA, França, Argentina, Chile, Cuba, Inglaterra com o Brasil. 
EUA 
 Os Estados Unidos não têm um sistema público de cobertura universal na área de saúde. Segundo uma 
estimativa feita pelo governo, 46,3 milhões de pessoas nos Estados Unidos não tinham cobertura em 2008 (esse 
número, porém, inclui imigrantes ilegais e americanos que ganham mais de US$ 50 mil por ano). Isto significa que 
se estas pessoas ficarem doente precisarão vender ou hipotecar a casa ara pagar as contas do hospital; despesas 
médicas são o principal motivo de falências pessoais no país. Os EUA adotam um modelo segmentado : privada em 
grande parte, e a rede de atendimento à saúde norte-americana tem dois sistemas públicos, como o Medicare 
(federal), destinado a pessoas com mais de 65 anos ou portadores de deiciência, ou o Medicaid (estadual), para 
pessoas de baixa renda. Veteranos das Forças Armadas também estão cobertos por um programa do governo, 
assim como crianças de famílias pobres que não se enquadram nas exigências do Medicaid. Os dois juntos cobrem 
cerca de um quarto da população do país. Já o sistema privado tem várias vertentes. A população paga direta ou 
indiretamente pelos serviços. Entre as formas indiretas, a mais comum é pagamento feito pelas empresas aos seus 
empregados 
 A maioria dos americanos precisa adquirir seu próprio plano de saúde, seja por meio de seus empregadores 
ou por conta própria. No caso dos planos de saúde privados, há variações nas regras e no valor a ser pago. Em 
alguns casos, por exemplo, o segurado tem de pagar parte do tratamento médico para depois ser ressarcido pela 
seguradora. Aqueles que não têm cobertura de saúde só são atendidos gratuitamente em emergências. Tem um 
plano de saúde não garante que a pessoa não terá que pagar por seus tratamentos médicos. A maioria dos planos 
estabelece um limite de gastos anual, estes também podem se recusar a fazer seguro para pacientes com histórico 
de doença crônica ou pré-existente. 
 O sistema de saúde americano é uma bomba-relógio para as contas públicas. O Medicare, por exemplo, se 
tornará deficitário em alguns anos. Os gastos com saúde crescem a uma taxa superior à inflação. O EUA são o país 
que mais gasta com saúde - US$7per capita, ou 16% do PIB-, mas esta em 37olugar em qualidade de atendimento 
segundo OMS. Para que os 46milhoes de cidadãos passem a ter um plano de saúde precisará gastar US$1trilhão ao 
longo de 10 anos, este dinheiro viria de uma gestão mais eficiente do Medicare e do Medicaid e de um aumento de 
impostos sobre quem ganha mais

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