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SESSÃO 6 ASS THAIS M. SOUTO MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO: Monitoramento: É o acompanhamento continuado de compromissos (objetivos, metas, ações) explicitadas em planos, programações ou projetos, de modo a verificar se estão sendo executados conforme o planejado. Avaliação: É o processo que implica julgar, emitir um julgamento de valor, tendo por base uma análise do que foi realizado. MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO: Buscam identificar pontos de fragilidade que merecem adoção de medidas ou intervenções para que sejam superados os obstáculos e os desafios que impedem o avanço do que está proposto. TRÍADE DE DONABEDIAN A avaliação da qualidade é realizada a partir da utilização de indicadores representativos de três aspectos principais: Estrutura – Processo – Resultado Estrutura: Corresponde às características relativamente estáveis, tais como condições físicas, organizacionais, recursos e instrumentos. Abrange os recursos humanos, físicos e financeiros utilizados na provisão de cuidados de saúde, bem como os arranjos organizacionais e os mecanismos de financiamento destes recursos. A importância da estrutura para o desenvolvimento dos processos e obtenção de resultados Processo: Corresponde ao conjunto de atividades desenvolvidas na relação entre profissionais e usuários. Atividades que constituem a atenção à saúde, e envolvem a interação de profissionais de saúde e população assistida. É o caminho mais direto para o exame da qualidade do cuidado Resultado: Mudanças verificadas no estado de saúde dos usuários que possam ser atribuídas a um cuidado prévio. Refletem os efeitos do cuidado, podendo ser um indicador indireto de qualidade Atributos: Referem-se às características das práticas de saúde e da sua organização social e podem compor a avaliação em quaisquer dos três elementos da tipologia de Donabedian. Podem ser assim agrupados: a) relacionados com a disponibilidade e distribuição dos recursos: cobertura, acessibilidade e equidade; b) relacionados com o efeito das ações e práticas de saúde implementadas: eficácia, efetividade e impacto; c) relacionadas com os custos das ações: eficiência; d) relacionados com a adequação das ações ao conhecimento disponível: qualidade técnico científica; e) relacionados à percepção dos usuários sobre as práticas: satisfação do usuário. Modelo lógico – quadro lógico: É uma metodologia ou instrumental concebido para organizar trabalhos de monitoramento e avaliação. Tem por objetivo contribuir para a elaboração de um programa bem desenhado e que possa ser gerenciado por resultados e tem como elementos: recursos, operações, produtos, resultados intermediários e resultados finais Possui quatro etapas: 1- Coleta e análise das informações: Inclui a identificação de problemas, operações, ações, produtos e resultados esperados, responsáveis pelas operações, análise de contexto 2- Pré-montagem do modelo lógico: Etapa em que os elementos coletados são incluídos nas partes do modelo - parte 1: explicação e descrição do problema, - parte 2: estruturação do programa para alcance dos resultados - parte 3: definição de fatores de contexto, elencando os fatores favoráveis e desfavoráveis 3- Validação do modelo lógico: Faz-se a checagem dos componentes, analisa-se a sua consistência e suas vulnerabilidades; 4- Elaboração do plano de avaliação: Julgamento do êxito do plano de ação com a identificação dos planos sucessos e fracassos QUADRO LÓGICO (QL). É uma matriz que é elaborada sucessivamente num processo de estruturação daqueles elementos considerados os mais importantes de um projeto e que permitem a sua apresentação sistemática, lógica e sucinta. Definir e mostrar o êxito de um projeto já na fase do seu planejamento. Indicadores de qualidade em saúde: A Avaliação em Saúde envolve a seleção de critérios para julgar e comparar adequação, benefícios, efeitos adversos e custos de tecnologias, serviços ou programas de saúde; Padrão: Valor especificado para distinguir a qualidade de práticas, ou de serviços de saúde, em aceitável ou não, à luz de um certo indicador. Se o indicador é um critério, e o padrão é um valor representativo de qualidade para o indicador, os significados de ambos dependem de características do problema e da população-alvo das práticas, ou dos serviços de saúde, sob avaliação; SESSÃO 6 ASS THAIS M. SOUTO Além de estarem incluídos nos protocolos de certificação e de acreditação de unidades de saúde, os indicadores e padrões de processo constituem-se em elementos centrais de sistemas de auditoria de práticas e serviços de saúde. QUALIDADE EM SAÚDE Donabedian (1990) propõe sete atributos, por ele chamados de pilares da qualidade: Eficácia, efetividade, eficiência, otimização, aceitabilidade, legitimidade e equidade Desses atributos, três apresentam interesse especial para a rotina de trabalho nos laboratórios de controle de qualidade em saúde: Eficácia: À melhoria possível sobre um problema específico de saúde, em uma população definida, à luz do conhecimento existente. Efeito potencial definido pela capacidade de proporcionar um atendimento exemplar com o intuito de alcançar a melhoria das condições de saúde e bem estar do indivíduo Efetividade: Efeito real obtido no contexto existente. Melhoria observada no estado de saúde de uma população pela aplicação de uma tecnologia a um problema de saúde, em condições reais Eficiência: E uma medida que contrapõe recursos utilizados e resultados obtidos, no uso de uma tecnologia ou serviço de saúde. Grau máximo de cuidado efetivo obtido ao menor custo possível. Análises de custo- benefício, custo-efetividade e custo utilidade, definidas no âmbito da avaliação econômica. Otimização: Cuidado efetivo obtido através da relação custo e benefício mais favorável, ou seja, é o balanceamento mais vantajoso de custo e benefício em que o benefício é elevado ao máximo em relação ao seu custo econômico Aceitabilidade: Sinônimo de adaptação dos cuidados as preferências e expectativas do paciente. Este conceito relaciona-se com a efetividade, custo e benefício e efeitos do tratamento relação médico-paciente Legitimidade: Conformidade com as preferências sociais. Equidade: Imparcialidade na distribuição do cuidado e de seus efeitos sobre a saúde. É parte daquilo que torna o cuidado aceitável para os indivíduos e legítimo para a sociedade O CONTROLE DE QUALIDADE EM SAÚDE: Tem como objetivo verificar a aderência dos indicadores de qualidade aos padrões definidos e corrigir desvios. A melhoria contínua de qualidade (MCQ) A perspectiva da MCQ, por sua vez, envolve toda a estrutura de uma organização de saúde, e considera flexíveis o nível de qualidade a se atingir e os próprios indicadores de qualidade. MCQ é um esforço contínuo de prover cuidados que atendam, ou excedam, as expectativas da clientela Cinco princípios norteiam a MCQ: 1) O foco nos processos e sistemas organizacionais, e não nos indivíduos, como causas de deficiência na qualidade; 2) O uso de uma abordagem de solução de problemas baseada em análise estatística; 3) A composição de grupos de trabalho envolvendo profissionais com atribuições diversas; 4) O fortalecimento de funcionários da organização no sentido de identificar problemas e oportunidades para a melhoria dos cuidados e de tomar as decisões necessárias; 5) A ênfase na clientela e nos profissionais da organização O monitoramento corresponderia ao acompanhamento sistemático sobre algumas das características dos serviços. A avaliação pontual refere-se ao julgamento sobre os mesmos em um determinado ponto do tempo. A avaliação somativa de um programa é aquela conduzida após o término do programa e tem por objetivos prestar contas a uma audiência externa ou gestor. Avaliação formativa que é frequentemente conduzida durante a implementação de um programa e que tempor objetivo apoiar o desenvolvimento do mesmo. O consenso de Gothenburg sobre avaliação de impactos em saúde considerou três possibilidades metodológicas: a) estimativa rápida de impacto b) análise do impacto em saúde c) revisão de impactos em saúde Explicar o desenvolvimento e a estrutura do ateroma. As placas de ateroma são manifestações da aterosclerose caracterizadas pelo acúmulo focal de lipídios, hidratos de carbono, sangue e produtos sanguíneos, tecido fibroso e depósito de cálcio na camada íntima da artéria. Teorias que justificam o desenvolvimento da placa de ateroma atribuem a sua formação a uma resposta inflamatória crônica da parede arterial iniciada por lesão no endotélio. Inúmeros fatores predispõem o desenvolvimento da placa de ateroma, incluindo o avanço da idade, hipercolesterolemia, tabagismo, obesidade, radioterapia de cabeça e pescoço, herança genética, sedentarismo, estresse, além da hipertensão arterial e diabetes mellitus. A hipertensão, assim como a diabetes mellitus, danifica o revestimento das artérias e acelera o desenvolvimento de ateroma, ao promover inúmeras disfunções arteriais, o que representa um risco aumentado para doenças cardiovasculares. A placa ateromatosa cresce lentamente, diminuindo o fluxo sanguíneo, e pode bloquear completamente a SESSÃO 6 ASS THAIS M. SOUTO artéria. Os depósitos de colesterol associados à proliferação celular podem se tornar grandes ao ponto da placa projetar-se para o lúmen da artéria, reduzindo acentuadamente o fluxo sanguíneo e causando oclusão completa do vaso. Mesmo sem oclusão, os fibroblastos presentes na placa depositam tecido conjuntivo denso, aumentando a rigidez das artérias sendo comum posteriormente haver precipitação de sais de cálcio e colesterol, resultando em calcificações duras como osso, o que caracteriza um estágio de arteriosclerose. A formação de núcleo necrótico resultante da morte de células propicia instabilidade à placa, até que macrófagos ativados produzam enzimas de degeneração que ataquem a capa fibrosa e a placa se torne completamente instável, podendo se romper e expor seu conteúdo ao plasma sanguíneo, gerando um coágulo e bloqueando o fluxo de sangue, causando efeitos como infarto ou AVC. ARTÉRIAS DA PAREDE TORÁCICA ARTÉRIAS DAS REGIÕES GLÚTEA E FEMORAL POSTERIOR VASOS SANGUÍNEOS NA FOSSA POPLÍTEA A artéria poplítea, a continuação da artéria femoral começa quando esta atravessa o hiato dos adutores. A SESSÃO 6 ASS THAIS M. SOUTO artéria poplítea segue em sentido inferolateral através da fossa poplítea e termina na margem inferior do músculo poplíteo, dividindo-se nas artérias tibiais anterior e posterior. As artérias do joelho são as artérias superior lateral, superior medial, média, inferior lateral e inferior medial do joelho. A veia poplítea começa na margem distal do músculo poplíteo como uma continuação da veia tibial posterior. SESSÃO 6 ASS THAIS M. SOUTO SESSÃO 6 ASS THAIS M. SOUTO SESSÃO 6 ASS THAIS M. SOUTO O encéfalo é irrigado pelas artérias carótidas internas e vertebrais, originadas no pescoço, onde entretanto não dão nenhum ramo importante, sendo, pois, especializadas para a irrigação do encéfalo. Na base do crânio, estas artérias formam um polígono anastomótico o polígono de Willis, de onde saem as principais artérias para a vascularização cerebral. As artérias cerebrais possuem parede fina, propensas a hemorragias. Artéria carótida interna Ramo de bifurcação da carótida comum, a artéria carótida interna, após trajeto mais ou menos longo no pescoço, penetra na cavidade craniana pelo canal carotídeo do osso temporal, atravessa o seio cavernoso, no interior do qual descreve, em plano vertical, uma dupla curva, formando um S, o sifão carotídeo, que aparece muito bem nas arteriografias da carótida. Em seguida, perfura a dura- máter e a aracnoide e, no início do sulco lateral. divide-se em seus dois ramos terminais: as artérias cerebrais média e anterior. Além de seus dois ramos terminais, a artéria carótida interna da os seguintes ramos mais importantes: a) artéria oftálmica - emerge da carótida quando esta atravessa a dura-máter, logo abaixo do processo clinoide anterior. Irriga o bulbo ocular e formações anexas. SESSÃO 6 ASS THAIS M. SOUTO b) artéria comunicante posterior - anastomosa-se com a artéria cerebral posterior, ramo da basilar, contribuindo para a formação do polígono de Willis; e) artéria corióidea anterior (Figura 9.2) - dirige- se para trás, ao longo do trato óptico, penetra no corno inferior do ventrículo lateral, irrigando os plexos corioides e parte da cápsula interna, os núcleos da base e o diencéfalo. Artérias vertebral e basilar As artérias vertebrais direita e esquerda destacam- se das artérias subclâvias correspondentes, sobem no pescoço dentro dos forames transversos das vértebras cervicais, perfuram a membrana atlantoccipital, a dura máter e a aracnoide, penetrando no crânio pelo forame magno. Percorrem, a seguir, a face ventral do bulbo e, aproximadamente no nível do sulco bulbo-pontino, fundem-se para constituir um tronco único, a artéria basilar. As artérias vertebrais dão origem às duas artérias espinhais posteriores e à artéria espinhal anterior que vascularizam a medula. Originam ainda as artérias cerebelares inferiores posteriores, que irrigam a porção inferior e posterior do cerebelo. A artéria basilar percorre geralmente o sulco basilar da ponte e termina anteriormente, bifurcando-se para formar as artérias cerebrais posteriores direita e esquerda. Neste trajeto, a artéria basilar emite os seguintes ramos mais importantes: a) artéria cerebelar superior - nasce da basilar, logo atrás das cerebrais posteriores, distribuindo- se ao mesencéfalo e à parte superior do cerebelo; b) artéria cerebelar inferior anterior - distribui- se à parte anterior da face inferior do cerebelo; e) artéria do labirinto - penetra no meato acústico interno junto com os nervos facial e vestíbulo coclear, vascularizando estruturas do ouvido interno; e) ramos pontinos. O círculo arterial do cérebro, ou polígono de Willis, é uma anastomose arterial de forma poligonal e está situado na base do cérebro, onde circunda o quiasma óptico e o túber cinéreo, relacionando-se ainda com a fossa interpeduncular. É formado pelas porções proximais das artérias cerebrais anterior, média e posterior, pela artéria comunicante anterior e pelas artérias comunicantes posteriores, direita e esquerda. a) artéria cerebral anterior - um dos ramos de bifurcação da carótida interna, a artéria cerebral anterior dirige-se para diante e para cima , curva-se em tomo do joelho do corpo caloso e ramifica-se na face medial de cada hemisfério, desde o lobo frontal até o sulco parietoccipital. b) artéria cerebral média - ramo principal da carótida interna, a artéria cerebral média percorre o sulco lateral em toda a sua extensão, distribuindo ramos que vascularizam a maior parte da face dorsolateral de cada hemisfério c) artéria cerebral posterior - ramos de bifurcação da artéria basilar as artérias cerebrais posteriores dirigem-se para trás, contornam o pedúnculo cerebral e, percorrendo a face inferior do lobo temporal, ganham o lobo occipital.
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