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Vigilânci� Epidemiológic� � Sanitári� Palavras desconhecidas: Alóctones: É aquilo que não é natural do lugar em que se encontra. Autóctones que ou quem é natural do país ou da região em que habita e descende das raças que ali sempre viveram; aborígene, indígena. Virulência capacidade de um agente infeccioso produzir efeitos graves ou fatais e está relacionada às propriedades bioquímicas do agente, à produção de toxinas e a sua capacidade de multiplicação no organismo parasitado. Patogenicidade Patogenicidade é a capacidade de um agente biológico causar doença em um hospedeiro. Objetiv�: Compreender o papel da Vigilância Epidemiológica e Sanitária https://linksharing.samsungcloud.com/rlhLnInIu3ej A Vigilância Epidemiológica é definida pela Lei n° 8.080/90 como “um conjunto de ações que proporciona o conhecimento, a detecção ou prevenção de qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes de saúde individual ou coletiva, com a finalidade de recomendar e adotar as medidas de prevenção e controle das doenças ou agravos”. Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica: O SNVE é um dos componentes do Sistema Único de Saúde (SUS). Sua política, seus programas e suas ações estão sob a responsabilidade da Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) do MS. São propósitos do SNVE: ● divulgar informações sobre doenças e agravos; ● esclarecer os fatores relacionados à ocorrência de doenças e de agravos em determinada população, em espaço e tempo delimitados; ● subsidiar o planejamento de ações e a organização dos serviços de atenção à saúde do SUS. O registro de dados sobre saúde é realizado em variados sistemas de informação, que se constituem em fontes para pesquisas e intervenções, inclusive para o SNVE: https://linksharing.samsungcloud.com/rlhLnInIu3ej Sistema de Informação de Agravos de Notifi cação (Sinan) – coleta dados sobre doenças de notificação compulsória. Perpassa todas as esferas de governo, alimentando bancos de dados municipal, estadual e nacional; Vigilância Sanitária "Entende-se, por vigilância sanitária, um conjunto de ações capaz de eliminar, diminuir ou prevenir riscos à saúde e de intervir nos problemas sanitários decorrentes do meio ambiente, da produção e circulação de bens e da prestação de serviços de interesse da saúde, abrangendo: o controle de bens de consumo que, direta ou indiretamente, se relacionem com a saúde, compreendidas todas as etapas e processos, da produção ao consumo; e o controle da prestação de serviços que se relacionam direta ou indiretamente com a saúde." No Brasil, a ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) é responsável por criar normas e regulamentos e dar suporte para todas as atividades da área no País. A ANVISA também é quem executa as atividades de controle sanitário e fiscalização em portos, aeroportos e fronteiras. A Vigilância Sanitária pode atuar em: - Locais de produção, transporte e comercialização de alimentos; - Locais de produção, distribuição, comercialização de medicamentos, produtos de interesse para a saúde; - Locais de serviços de saúde; - Meio ambiente; - Ambientes e processos do trabalho/saúde do trabalhador; - Pós-comercialização; - Projetos de arquitetura; - Locais públicos; Diferenciar epidemia, endemia, pandemia e surtos Epidemia: Uma epidemia é quando ocorre um aumento no número de casos de uma doença em várias regiões, mas sem uma escala global. Ou seja, o problema se espalha acima do esperado, sem uma delimitação geográfica específica. Endemia: A endemia se dá quando uma doença tem recorrência (muita frequência) em uma região, mas sem aumentos significativos no número de casos. Ou seja, o problema se manifesta com frequência e segue um padrão relativamente estável que prevalece. Se houver alta incidência e persistência da doença, pode ainda ser chamada de hiperendêmica. Pandemia: Uma pandemia é uma epidemia de doença infecciosa que se espalha entre a população localizada numa grande região geográfica como, por exemplo, todo o planeta Terra. Surto: Acontece quando há o aumento repentino do número de casos de uma doença em uma região específica. Elucidar a investigação e realização do Inquérito Epidemiológico O inquérito epidemiológico é entendido como um estudo levado a efeito quando as informações existentes são inadequadas ou insuficientes, devido a diversos fatores como, notificação imprópria ou deficiente, dificuldade de avaliação de cobertura vacinal, controle de programas etc. Investigação epidemiológica é um trabalho de campo, realizado a partir de casos notificados (clinicamente declarados ou suspeitos) e seus contatos, que tem por principais objetivos: identificar a fonte de infecção e o modo de transmissão; os grupos expostos a maior risco e os fatores de risco; bem como confirmar o diagnóstico e determinar as principais características epidemiológicas. O seu propósito final é orientar medidas de controle para impedir a ocorrência de novos casos. A gravidade do evento representa um fator que condiciona a urgência no curso da investigação epidemiológica e na implementação de medidas de controle. Em determinadas situações, especialmente quando a fonte e o modo de transmissão já são evidentes, as ações de controle devem ser instituídas durante ou até mesmo antes da realização da investigação. Comparar os níveis de prevalência e incidências, bem como os níveis de infectividade, patogenicidade e virulência A prevalência determina a proporção de indivíduos que têm a doença em um determinado momento no tempo. A incidência prediz o risco de que um indivíduo saudável venha a desenvolver a doença em um período de tempo. INCIDÊNCIA: A incidência de uma doença, em um determinado local e período, é o número de casos novos da doença que iniciaram no mesmo local e período. Traz a idéia de intensidade com que acontece uma doença numa população, mede a freqüência ou probabilidade de ocorrência de casos novos de doença na população. Alta incidência significa alto risco coletivo de adoecer. PREVALÊNCIA: prevalecer significa ser mais, preponderar, predominar. A prevalência indica qualidade do que prevalece, prevalência implica em acontecer e permanecer existindo num momento considerado. Portanto, a prevalência é o número total de casos de uma doença, existentes num determinado local e período. Infectividade é a capacidade de certos organismos (agentes) de penetrar, se desenvolver e/ou se multiplicar em um outro (hospedeiro) ocasionando uma infecção. Exemplo: alta infectividade do vírus da gripe e a baixa infectividade dos fungos. Patogenicidade é a capacidade do agente, uma vez instalado, de produzir sintomas e sinais (doença). Ex: é alta no vírus do sarampo, onde a maioria dos infectados tem sintomas e a patogenicidade é reduzida do vírus da pólio onde poucos ficam doentes. Virulência é a capacidade do agente de produzir efeitos graves ou fatais, relaciona-se à capacidade de produzir toxinas, de se multiplicar etc. Ex: baixa virulência do vírus da gripe e do sarampo em relação à alta virulência dos vírus da raiva e do HIV. Entender o coeficiente de morbidade e mortalidade, história natural, agente etiológico, vetor, ciclo evolutivo, formas de transmissão, hospedeiro e reservatório Coeficiente de morbidade: É o número total de casos de uma doença, novos e antigos, existentes num determinado local e período. Coeficiente de mortalidade: Número de óbitos, expresso por mil habitantes, ocorridos na população geral, em determinado período. Expressa a intensidade da ocorrência anual de mortes em determinada população. História natural: A história natural de uma doença é uma descrição, ou seja, algo que possui uma evolução, do processo de adoecimento de um indivíduo até sua cura ou morte. Trata-se de um estudo que acaba sendo um instrumento necessário, pois aponta quais métodos podem ser utilizados na prevenção e no controle. Ciclo evolutivo: Refere-se ao processo pelo qual uma doença se desenvolve e se propaga em uma população. Esse ciclo envolve várias etapas, desde a introdução doagente causador da doença até a sua transmissão e impacto na saúde das pessoas. Formas de transmissão: Transmissão indireta - Pelo consumo de água e alimentos contaminados e contato com objetos contaminados, como por exemplo, utensílios de cozinha, acessórios de banheiros, equipamentos hospitalares; Transmissão direta - Pelo contato com outras pessoas, por meio de mãos contaminadas e contato de pessoas com animais. Agente etiológico: É o agente causador ou responsável por uma doença. Pode ser vírus, bactéria, fungo, protozoário ou helminto. É sinônimo de “patógeno”. Vetor: A diferença entre vetor e agente etiológico é que esse último causa a doença, mas o vetor transporta o agente etiológico. O Trypanossoma cruzi é o responsável por causar a doença, ou seja, o agente etiológico. Já o vetor da doença são os insetos conhecidos como barbeiros ou chupões, que liberam o agente etiológico em suas fezes. - Vetor biológico: quando o agente etiológico se multiplica ou se desenvolve no vetor. - Vetor mecânico: é aquele que funciona apenas como transporte, não havendo multiplicação no agente etiológico. Hospedeiro: Hospedeiro: é o organismo que acomoda o parasita. - Hospedeiro definitivo: é o que apresenta o parasito em sua fase de maturidade ou em fase de reprodução sexuada. Ex.: o hospedeiro definitivo do Plasmodium é o Anopheles; os hospedeiros definitivos do S. mansoni são os humanos. - Hospedeiro intermediário: é aquele que apresenta o parasito em sua fase larvária ou assexuada. Ex.: o caramujo é o hospedeiro intermediário do S. mansoni. - Hospedeiro paratênico ou de transporte: é o hospedeiro intermediário no qual o parasito não sofre desenvolvimento ou reprodução, mas permanece viável até atingir novo hospedeiro definitivo. Ex.: peixes maiores, que ingerem peixes menores contendo larvas plerocercóides de Diphyllobotrium, que simplesmente transportam essas larvas até que os humanos as ingerem (os humanos preferem comer crus os peixes maiores...). Reservatório: É qualquer local, vegetal, animal ou humano onde vive e multiplica-se um agente etiológico e do qual é capaz de atingir outros hospedeiros. Analisar o planejamento da intervenção através de um plano de ação, discutindo a cobertura e homogeneização vacinal Planejamento de Intervenções: Campanhas de vacinação Ações de vigilância e monitoramento Estratégias de promoção da saúde e educação para a prevenção Medidas de controle de surtos e epidemias Treinamento e capacitação de profissionais de saúde Implementação de medidas de isolamento e quarentena, quando necessário Análise e aprimoramento da infraestrutura de saúde pública Cobertura Vacinal: Definição: A cobertura vacinal se refere à proporção da população-alvo que recebeu as doses recomendadas de uma vacina específica. Importância: É um indicador fundamental para avaliar o sucesso de um programa de vacinação. Uma alta cobertura vacinal é essencial para alcançar a imunidade coletiva (ou imunidade de rebanho), que protege também as pessoas ⁶não vacinadas ou aquelas que têm uma resposta imunológica insuficiente à vacina. Determinantes: Vários fatores podem influenciar a cobertura vacinal, incluindo acesso às vacinas, conscientização da população, confiança nas vacinas e nos profissionais de saúde, infraestrutura de saúde adequada, entre outros. Cálculo da Cobertura: A cobertura vacinal é geralmente expressa como uma porcentagem. Por exemplo, se uma vacinação atinge 90% da população-alvo, diz-se que a cobertura vacinal é de 90%. Homogeneização Vacinal: Definição: A homogeneização vacinal refere-se à distribuição equitativa das vacinas dentro de uma população. Significa que a vacinação é realizada de forma justa, sem disparidades significativas entre diferentes grupos populacionais. Importância: Garante que todos os segmentos da população tenham a oportunidade de se beneficiar da imunização, independentemente de fatores como idade, sexo, raça, status socioeconômico ou local de residência. Desafios para a Homogeneização: Para alcançar a homogeneização vacinal, é necessário superar barreiras como desigualdades no acesso aos serviços de saúde, falta de informação, discriminação e desconfiança em relação às vacinas. Monitoramento da Homogeneização: É importante monitorar a distribuição da cobertura vacinal entre diferentes grupos populacionais para identificar e abordar desigualdades. Ações para Promover a Homogeneização: Iniciativas como campanhas de vacinação direcionadas a grupos vulneráveis, educação sobre vacinas em comunidades marginalizadas e o estabelecimento de centros de vacinação acessíveis são algumas das estratégias para promover a homogeneização vacinal.
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