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M
AT
ÉR
IA
sumário
Compreensão e interpretação de textos com domínio das relações morfossintáticas, 
semânticas, discursivas, argumentativas e pragmáticas ............................................... 1
Tipologia e gêneros textuais ........................................................................................... 7
Coesão e coerência........................................................................................................ 16
Intertextualidade ............................................................................................................. 24
Fonética (ortografia oficial, acentuação gráfica)............................................................. 25
Pontuação ...................................................................................................................... 30
Morfologia: estrutura, formação e classe de palavras .................................................... 40
Semântica (conotação, denotação, sinônimo, antônimo, polissemia, homônimo, parô-
nimo, polissemia)............................................................................................................ 57
Análise sintática.............................................................................................................. 64
Sintaxe da frase: colocação pronominal, concordância, regência ................................. 72
Crase .............................................................................................................................. 89
Principais figuras de linguagem...................................................................................... 93
Correspondência oficial (memorando, ofício, aviso e mensagem)................................. 98
Questões ........................................................................................................................ 101
Gabarito .......................................................................................................................... 109
Lín
gu
a 
Po
rt
ug
ue
sa
Prefeitura de Anajás- PA 
Língua Portuguesa
1
Compreensão e interpretação de textos com domínio das relações morfossintáticas, 
semânticas, discursivas, argumentativas e pragmáticas
A compreensão e a interpretação de textos são habilidades fundamentais para quem se prepara para 
concursos públicos, exames escolares ou qualquer prova que envolva Língua Portuguesa. Dominar essas 
competências pode ser o diferencial entre uma boa e uma excelente pontuação, especialmente em provas que 
cobram interpretação textual de forma intensa e minuciosa.
Mas qual é a verdadeira diferença entre compreensão e interpretação? Muitas vezes, esses dois conceitos 
são tratados como sinônimos, mas possuem diferenças importantes. A compreensão envolve a habilidade de 
entender o que o texto expressa de maneira clara e direta, ou seja, aquilo que está explícito na superfície das 
palavras. É a capacidade de captar o significado literal das frases, ideias e argumentos apresentados pelo 
autor. Já a interpretação vai além: é a habilidade de ler nas entrelinhas, de inferir significados ocultos e de 
construir sentidos que não estão evidentes no texto, mas que podem ser deduzidos a partir do contexto, dos 
detalhes e da experiência do leitor.
Desenvolver a habilidade de compreender e interpretar textos é uma tarefa que exige prática e dedicação. 
Ao longo deste estudo, exploraremos as diferenças entre compreensão e interpretação, os tipos de linguagem 
que influenciam a interpretação textual e o conceito de intertextualidade, que é quando um texto se relaciona 
com outro para construir novos significados. Esses conhecimentos são essenciais para uma leitura mais 
aprofundada e para uma interpretação mais assertiva dos textos que aparecem em provas de concursos e 
avaliações em geral.
— Diferença entre Compreensão e Interpretação
A compreensão e a interpretação de textos são habilidades interligadas, mas que apresentam diferenças 
claras e que devem ser reconhecidas para uma leitura eficaz, principalmente em contextos de provas e 
concursos públicos.
Compreensão refere-se à habilidade de entender o que o texto comunica de forma explícita. É a identificação 
do conteúdo que o autor apresenta de maneira direta, sem exigir do leitor um esforço de interpretação mais 
aprofundado. Ao compreender um texto, o leitor se concentra no significado das palavras, frases e parágrafos, 
buscando captar o sentido literal e objetivo daquilo que está sendo dito. Ou seja, a compreensão é o processo 
de absorver as informações que estão na superfície do texto, sem precisar buscar significados ocultos ou 
inferências.
Exemplo de compreensão: 
Se o texto afirma: “Jorge era infeliz quando fumava”, a compreensão dessa frase nos leva a concluir apenas 
o que está claramente dito: Jorge, em determinado período de sua vida em que fumava, era uma pessoa infeliz.
Por outro lado, a interpretação envolve a leitura das entrelinhas, a busca por sentidos implícitos e o esforço 
para compreender o que não está diretamente expresso no texto. Essa habilidade requer do leitor uma análise 
mais profunda, considerando fatores como contexto, intenções do autor, experiências pessoais e conhecimentos 
prévios. A interpretação é a construção de significados que vão além das palavras literais, e isso pode envolver 
deduzir informações não explícitas, perceber ironias, analogias ou entender o subtexto de uma mensagem.
Exemplo de interpretação:
Voltando à frase “Jorge era infeliz quando fumava”, a interpretação permite deduzir que Jorge provavelmente 
parou de fumar e, com isso, encontrou a felicidade. Essa conclusão não está diretamente expressa, mas é 
sugerida pelo contexto e pelas implicações da frase.
Em resumo, a compreensão é o entendimento do que está no texto, enquanto a interpretação é a habilidade 
de extrair do texto o que ele não diz diretamente, mas sugere. Enquanto a compreensão requer uma leitura 
atenta e literal, a interpretação exige uma leitura crítica e analítica, na qual o leitor deve conectar ideias, fazer 
inferências e até questionar as intenções do autor.
2
Ter consciência dessas diferenças é fundamental para o sucesso em provas que avaliam a capacidade 
de lidar com textos, pois, muitas vezes, as questões irão exigir que o candidato saiba identificar informações 
explícitas e, em outras ocasiões, que ele demonstre a capacidade de interpretar significados mais profundos e 
complexos.
— Tipos de Linguagem
Para uma interpretação de textos eficaz, é fundamental entender os diferentes tipos de linguagem que 
podem ser empregados em um texto. Conhecer essas formas de expressão ajuda a identificar nuances e 
significados, o que torna a leitura e a interpretação mais precisas. Há três principais tipos de linguagem que 
costumam ser abordados nos estudos de Língua Portuguesa: a linguagem verbal, a linguagem não-verbal e a 
linguagem mista (ou híbrida).
Linguagem Verbal
A linguagem verbal é aquela que utiliza as palavras como principal meio de comunicação. Pode ser 
apresentada de forma escrita ou oral, e é a mais comum nas interações humanas. É por meio da linguagem 
verbal que expressamos ideias, emoções, pensamentos e informações.
Exemplos:
– Um texto de livro, um artigo de jornal ou uma conversa entre duas pessoas são exemplos de linguagem 
verbal.
– Quando um autor escreve um poema, um romance ou uma carta, ele está utilizando a linguagem verbal 
para transmitir sua mensagem.
Na interpretação de textos, a linguagem verbal é a que oferece o conteúdo explícito para compreensão e 
análise. Portanto, ao se deparar com um texto em uma prova, é a partir da linguagem verbal que se começa o 
processo de interpretação, analisando as palavras, as estruturas frasais e a coesão do discurso.
Linguagem Não-Verbal
A linguagem não-verbal é aquela que se comunica sem o uso de palavras. Ela faz uso de elementos visuais, 
como imagens, cores, símbolos, gestos, expressões faciais e sinais, para transmitir mensagens e informações. 
Esse tipocrucial para garantir que um texto atinja seu propósito comunicativo, 
seja ele informativo, argumentativo ou narrativo. Ao dominar esses mecanismos, o autor consegue produzir 
textos claros, fluentes e capazes de transmitir mensagens de forma eficaz. A coesão assegura que as frases 
e parágrafos estejam bem conectados, enquanto a coerência garante que o texto faça sentido como um todo.
Dessa forma, é importante que quem escreve revise seu texto com atenção, verificando se as ideias se 
conectam de maneira lógica e se os elementos de coesão foram utilizados de forma adequada, garantindo a 
clareza e a eficiência da mensagem transmitida ao leitor.
22
— Dicas para Melhorar a Coesão e a Coerência
A coesão e a coerência são aspectos fundamentais para a construção de textos claros, fluentes e capazes 
de transmitir mensagens de maneira eficaz. Muitos candidatos a concursos públicos, ao redigir redações e 
respostas discursivas, enfrentam dificuldades na aplicação desses mecanismos, o que pode comprometer a 
qualidade de seus textos. A seguir, apresento dicas práticas para aprimorar a coesão e a coerência em suas 
produções textuais.
Use Conectores Adequados
Os conectores são palavras ou expressões que estabelecem relações lógicas entre as ideias do texto, como 
adição, causa, consequência, oposição e conclusão. Utilizá-los corretamente contribui para a coesão e auxilia 
na orientação do leitor ao longo do texto.
– Conectores de adição: e, além disso, também, bem como, ainda, da mesma forma.
– Conectores de oposição: mas, porém, entretanto, no entanto, todavia, por outro lado.
– Conectores de causa: porque, pois, devido a, por causa de.
– Conectores de consequência: portanto, assim, por isso, logo, consequentemente.
– Conectores de conclusão: em resumo, em conclusão, finalmente, por fim.
Dica: Não exagere no uso de conectores para não tornar o texto artificial. Utilize-os de forma equilibrada 
para que a leitura flua naturalmente.
Evite Repetições Desnecessárias
A repetição excessiva de palavras e ideias pode prejudicar a coesão e tornar o texto cansativo. Uma estratégia 
eficiente é o uso de sinônimos, pronomes e expressões equivalentes para retomar conceitos já mencionados.
– Exemplo de repetição excessiva: A empresa apresentou bons resultados. A empresa decidiu investir 
mais em tecnologia.
– Revisado com coesão: A empresa apresentou bons resultados e, por isso, decidiu investir mais em 
tecnologia.
Dica: Durante a revisão, identifique palavras que aparecem com frequência e substitua por sinônimos ou 
pronomes que retomem a ideia.
Estruture o Texto com Clareza e Lógica
A coerência depende de uma sequência lógica e organizada das ideias. Para isso, siga uma estrutura que 
faça sentido e que conduza o leitor de forma progressiva:
– Introdução: Apresente a ideia central ou o tema a ser abordado.
– Desenvolvimento: Elabore os argumentos ou ideias principais de forma detalhada e sequencial.
– Conclusão: Reforce a ideia central e apresente uma síntese ou reflexão final sobre o tema.
Dica: Antes de começar a escrever, faça um esboço com as ideias principais que serão desenvolvidas. Isso 
ajudará a manter o foco e a lógica do texto.
Utilize Pronomes de Forma Estratégica
Os pronomes são excelentes recursos de coesão referencial, pois evitam repetições e ajudam a conectar as 
partes do texto. Eles permitem a retomada de elementos já mencionados, criando um fio condutor que facilita 
a compreensão.
– Exemplo: O projeto foi apresentado na reunião. Ele foi aprovado por unanimidade. (O pronome “ele” 
retoma “o projeto”)
Dica: Use pronomes de forma clara e consistente, garantindo que o leitor compreenda a que ou a quem 
eles se referem.
23
Atenção às Relações Lógicas entre as Ideias
Para manter a coerência, é essencial que as ideias estejam logicamente relacionadas. Cuidado para 
não introduzir informações que não tenham ligação com o tema principal ou que contradigam o que foi dito 
anteriormente.
– Exemplo de incoerência: João decidiu economizar dinheiro. Por isso, comprou um carro novo.
– Revisado para coerência: João decidiu economizar dinheiro. Por isso, adiou a compra de um carro novo.
Dica: Sempre revise o texto para verificar se as informações e os argumentos apresentados se complementam 
e fazem sentido dentro do contexto.
Mantenha a Consistência Verbal e Temporal
A consistência na escolha dos tempos verbais é importante para evitar confusão e garantir a clareza do 
texto. Mudar o tempo verbal sem necessidade pode prejudicar a compreensão e a coerência.
– Exemplo inconsistente: Ontem, Pedro vai ao mercado e comprou frutas.
– Revisado para consistência: Ontem, Pedro foi ao mercado e comprou frutas.
Dica: Defina se o texto será narrado no passado, presente ou futuro e mantenha esse tempo ao longo do 
texto.
Trabalhe a Progressão Temática
A progressão temática é a forma como o autor apresenta as informações e desenvolve as ideias ao longo 
do texto. Para garantir a coerência, as ideias devem progredir de maneira natural e organizada.
– Exemplo de progressão temática eficiente: Primeiro, explique o conceito principal; em seguida, 
desenvolva os argumentos; por fim, apresente exemplos ou evidências que sustentem a ideia.
Dica: Ao escrever, pergunte-se se o que está sendo apresentado agora está em continuidade com o que foi 
dito anteriormente e se prepara o leitor para a próxima ideia.
Revise o Texto com Atenção
A revisão é uma etapa indispensável para identificar problemas de coesão e coerência. Muitas vezes, 
durante a escrita, é fácil cometer deslizes que comprometem a clareza e a organização do texto.
Dica: Após finalizar o texto, deixe-o de lado por um tempo e, depois, faça uma leitura crítica. Verifique se 
as ideias estão bem conectadas, se os pronomes e conectores foram usados corretamente e se há alguma 
incoerência que precise ser corrigida.
Faça Leitura em Voz Alta
Ler o texto em voz alta é uma técnica eficaz para perceber se as ideias fluem de maneira natural e se há 
problemas de coesão ou coerência que passaram despercebidos.
Dica: Ao ler em voz alta, marque os trechos que não soam naturais ou que parecem desconectados, e faça 
ajustes conforme necessário.
Pratique a Escrita Regularmente
A prática constante da escrita é fundamental para aprimorar a capacidade de utilizar a coesão e a coerência 
de forma eficaz. Quanto mais você escrever e revisar, mais habilidade terá em identificar e corrigir falhas 
nesses aspectos.
Dica: Produza textos sobre diferentes temas, revise-os atentamente e peça feedback de colegas ou 
professores para identificar áreas de melhoria.
24
Melhorar a coesão e a coerência de um texto exige prática, atenção e conhecimento das ferramentas 
linguísticas disponíveis. Ao aplicar essas dicas, você será capaz de produzir textos mais claros, organizados e 
que transmitam suas ideias de forma eficaz, garantindo uma comunicação escrita de qualidade e aumentando 
suas chances de sucesso em provas de concursos e outros contextos que exigem domínio da língua portuguesa.
— Conclusão
A coesão e a coerência são elementos essenciais para a construção de um texto claro, estruturado e capaz 
de transmitir a mensagem de forma eficaz. Enquanto a coesão assegura a ligação entre as partes do texto por 
meio de conectores, pronomes e outros recursos linguísticos, a coerência garante que as ideias apresentadas 
façam sentido e estejam em harmonia, criando uma unidade de significado.
Ao longo deste estudo, exploramos a definição, a importância e os mecanismos de coesão e coerência, 
bem como exemplos práticos que demonstram a aplicação correta e incorreta desses conceitos. Observamos 
que, mesmo que um texto seja coeso, ele pode não ser coerente, e vice-versa, reforçando a necessidade de se 
trabalhar ambas as habilidades em conjunto para garantir uma comunicação escrita eficaz.
Em contextos como provas de concursos públicos, redações e outras situações em que a clareza e a 
precisão da linguagem são fundamentais, dominar os mecanismosde coesão e coerência torna-se um diferencial 
importante. A prática constante, a revisão atenta e a aplicação das dicas apresentadas são passos essenciais 
para aprimorar essas habilidades e garantir que seus textos alcancem o objetivo desejado.
Em suma, a coesão e a coerência formam a base de um texto bem elaborado. Elas são o que diferencia 
uma simples sequência de frases de um discurso eficaz, capaz de engajar o leitor e transmitir a mensagem com 
clareza e precisão. Portanto, compreender e aplicar esses conceitos é indispensável para qualquer pessoa que 
busca se comunicar de maneira eficiente e alcançar excelência em suas produções textuais.
Intertextualidade
As relações intertextuais intencionais recebem classificações como estilização, paráfrase, paródia etc. Em 
outras palavras, o autor de um texto pode criar, de forma proposital, um vínculo com um texto pré-existente, 
denominado texto matriz.
Esse elo pode ser harmônico (quando houver conformidade de ideologias entre os textos matriz e derivado) 
e desarmônico (quando houver divergência nessa relação). 
TIPOS DE INTERTEXTUALIDADE
▪ Paródia: é o processo de intertextualidade que faz uso da crítica ou da ironia, com a finalidade de subverter o 
sentido original do texto. A modificação ocorre apenas no conteúdo, enquanto a estrutura permanece inalterada. 
É muito comum nas músicas, no cinema e em espetáculos de humor. A paródia estabelece o que se chama de 
relação desarmônica entre as frases. Observe o exemplo da primeira estrofe do poema “Vou-me embora pra 
Pasárgada”, de Manuel Bandeira:
▪ Paráfrase: aqui, ocorre a reafirmação sentido do texto inicial, porém, a estrutura da nova produção nada 
tem a ver a primeira. É a reprodução de um texto com as palavras de quem escreve o novo texto, isto é, os 
conceitos do primeiro texto são preservados, porém, são relatados de forma diferente. É a relação harmônica 
entre frases. Exemplos: observe as frases originais e suas respectivas paráfrases:
25
▪ Estilização: enquanto na paráfrase há concordância com o texto matriz, fazendo com que haja reprodução 
e respeito às suas formas e conceitos, a estilização é um tipo diferente de paráfrase. Nesse tipo, a conformidade 
com o texto matriz se realiza em termos mais gerais, no próprio âmbito das ideias, porém, o modo de exposição 
de tais ideias é peculiar de tal modo que é caracterizado como um “estilo” próprio.
▪ Apropriação: é a relação intertextual que faz a utilização de técnicas para conferir um aprimoramento da 
escrita e expor ideias de modo mais criativo. Exemplos de apropriação textual são a ambiguidade e a ironia. 
▪ Alusão: é a referência, em um novo texto, de uma dada obra, situação ou personagem já retratados em 
textos anteriores, de forma simples, objetiva e sem quaisquer aprofundamentos. Veja o exemplo a seguir:
▪ Citação: trata-se da reescrita literal de um texto, isto é, consiste em extrair o trecho útil de um texto e 
copiá-lo em outro. A citação está sempre presente em trabalhos científicos, com artigos, dissertações e teses. 
Para que não configure plágio (uma falta grave no meio acadêmico e, inclusive, sujeita a processo judicial), a 
citação exige a indicação do autor original e inserção entre aspas. Exemplo:
Fonética (ortografia oficial, acentuação gráfica)
A ortografia oficial da Língua Portuguesa passou por importantes mudanças com a implantação do Acordo 
Ortográfico, cujo objetivo principal é padronizar a escrita nos países que têm o português como idioma oficial, 
como Brasil, Portugal, Angola, Moçambique, entre outros. As alterações propostas afetam aspectos como o 
uso de acentos, o emprego do hífen, a inclusão de letras no alfabeto e a eliminação do trema. Por isso, 
a compreensão dessas regras é essencial para a escrita correta, sobretudo para candidatos que prestam 
concursos públicos, já que uma das habilidades mais valorizadas nesses certames é o domínio da norma culta 
da língua.
O desconhecimento das mudanças pode levar a erros que comprometem a clareza e a credibilidade do 
texto. Desta forma, o entendimento e a prática das novas regras ortográficas são imprescindíveis para garantir 
precisão e adequação ao padrão linguístico atual. Este material tem como finalidade apresentar, de maneira 
clara e objetiva, as principais mudanças ortográficas, oferecendo um guia completo que aborda desde as 
alterações no alfabeto até as regras de acentuação e uso do hífen, buscando sanar dúvidas comuns e auxiliar 
no preparo para provas e situações formais que exigem o uso correto da língua.
Na sequência, serão detalhadas as alterações ocorridas, com explicações e exemplos práticos que facilitarão 
o entendimento e a aplicação das novas regras.
26
— Mudanças no Alfabeto
Uma das primeiras alterações trazidas pelo Acordo Ortográfico foi a reintrodução das letras K, W e Y no 
alfabeto da Língua Portuguesa, expandindo-o para um total de 26 letras. Antes da reforma, essas letras eram 
consideradas estrangeiras e, portanto, seu uso era restrito a situações específicas, como em nomes próprios, 
siglas e estrangeirismos. Com a nova ortografia, essas letras passaram a ser oficialmente reconhecidas e 
integradas ao alfabeto, o que reflete a influência e a presença crescente de palavras de outras línguas em 
nosso cotidiano.
O alfabeto completo atualmente é:
A, B, C, D, E, F, G, H, I, J, K, L, M, N, O, P, Q, R, S, T, U, V, W, X, Y, Z
Aplicações das Letras Reintroduzidas:
– Letra K: Usada em palavras como kilograma, karaokê, e em nomes próprios, como Kátia ou em siglas 
como km (quilômetro).
– Letra W: Aparece em palavras como web, whisky e em siglas como www (World Wide Web). Também é 
comum em nomes próprios, como William.
– Letra Y: Encontrada em palavras como yakisoba ou em nomes como Yasmin, além de ser empregada em 
termos matemáticos e científicos, como na abreviação de unidades de medida (yard).
Essas mudanças visam a modernização e a internacionalização da língua, refletindo a influência de 
outros idiomas e culturas. É importante lembrar que, apesar de sua reintrodução no alfabeto, o uso dessas 
letras continua sendo menos frequente no português do que em outras línguas, predominando em situações 
específicas, como estrangeirismos, siglas e nomes próprios. Portanto, em contextos formais, é necessário ter 
cuidado para manter o uso adequado dessas letras dentro das novas regras ortográficas.
— Trema
O trema (¨), que consistia em um sinal gráfico utilizado sobre a letra “u” para indicar sua pronúncia em 
determinadas situações, foi eliminado do português na maior parte dos casos com a entrada em vigor do Acordo 
Ortográfico. Antes da mudança, o trema era aplicado em palavras onde a letra “u” deveria ser pronunciada nos 
grupos “que”, “qui”, “gue” e “gui”, como em tranqüilo e lingüiça. 
Como fica o uso do trema após a reforma:
– Palavras como agüentar, lingüiça e tranqüilo passaram a ser escritas sem o trema, ficando aguentar, 
linguiça e tranquilo.
No entanto, é importante ressaltar que o som do “u” nesses casos continua existindo. Ou seja, mesmo sem 
o trema, as palavras devem ser pronunciadas como antes, respeitando a articulação do “u” nas combinações 
mencionadas.
Exemplos práticos de palavras que perderam o trema:
– Como era: seqüência, cinqüenta, tranqüilo.
– Como ficou: sequência, cinquenta, tranquilo.
Observação Importante:
Embora o uso do trema tenha sido abolido em palavras da língua portuguesa, ele ainda permanece em 
palavras de origem estrangeira e seus derivados, especialmente aquelas provenientes do alemão, como em 
Müller, Hübner, führer, ou em expressões que mantêm a grafia original, como über. Isso ocorre para preservar 
a pronúncia correta e a integridade do idioma de origem.
O fim do uso do trema foi uma mudança significativa, mas que busca simplificar a escrita da língua 
portuguesa, eliminando sinais gráficos desnecessários em palavras já consolidadas. Essa alteração reforça a 
necessidade de os falantes estarem atentos à correta articulação de palavras, mesmo sem oauxílio visual do 
trema, garantindo a adequação e precisão na comunicação escrita e oral.
27
— Regras de Acentuação
As regras de acentuação da Língua Portuguesa também sofreram ajustes importantes com o Acordo 
Ortográfico. A seguir, apresentamos as principais mudanças, destacando como elas impactam a escrita de 
palavras paroxítonas, oxítonas e outros casos específicos.
Ditongos Abertos “éi” e “ói” em Palavras Paroxítonas
Uma das alterações significativas foi a eliminação do acento nos ditongos abertos “éi” e “ói” em palavras 
paroxítonas, ou seja, aquelas que possuem a sílaba tônica na penúltima posição. 
– Como era: alcatéia, heróico, idéia.
– Como ficou: alcateia, heroico, ideia.
Observação: Essa regra não se aplica às palavras oxítonas (com a sílaba tônica na última posição), que 
continuam acentuadas. Por exemplo:
– Oxítonas: papéis, herói, heróis, troféu, troféus.
Acento em “i” e “u” Tônicos Após Ditongo
O Acordo Ortográfico também eliminou o acento nos “i” e “u” tônicos em palavras paroxítonas que aparecem 
após um ditongo.
– Como era: baiúca, feiúra, saiúda.
– Como ficou: baiuca, feiura, saiuda.
Exceção: Se a palavra for oxítona e o “i” ou “u” estiverem em posição final ou seguidos de “s”, o acento 
permanece:
– Exemplos: tuiuiú, tuiuiús, Piauí.
Fim do Acento em Palavras Terminadas em “êem” e “ôo(s)”
O Acordo Ortográfico determinou a eliminação do acento em palavras que terminam em “êem” e “ôo(s)”.
– Como era: crêem, vêem, dêem (do verbo dar); enjôo, abençôo, perdôo.
– Como ficou: creem, veem, deem; enjoo, abençoo, perdoo.
Acentos Diferenciais
Outra mudança importante foi a eliminação de certos acentos diferenciais, que tinham a função de distinguir 
palavras de mesma grafia, mas com significados diferentes. 
– Pares que perderam o acento diferencial:
– pára (do verbo parar) e para (preposição).
– pêlo(s) (substantivo) e pelo(s) (contração de “por” + “o(s)”).
– pólo(s) (substantivo) e polo(s) (lugar).
– pêra (fruto) e pera (preposição arcaica).
Acentos diferenciais que permanecem:
– pôr (verbo) e por (preposição).
– pôde (passado do verbo “poder”) e pode (presente do verbo “poder”).
Além disso, os acentos que diferenciam o singular do plural dos verbos ter e vir, assim como seus derivados 
(manter, deter, conter, etc.), foram mantidos:
28
– Exemplos: 
– Ele tem / Eles têm
– Ele vem / Eles vêm
Nota: O uso do acento circunflexo para diferenciar a forma verbal “fôrma” de “forma” tornou-se opcional.
Essas mudanças simplificam a escrita, mas exigem atenção e prática para serem incorporadas corretamente. 
Conhecer essas regras é crucial para garantir a conformidade com a norma culta e evitar erros comuns em 
contextos formais, como redações de concursos públicos e outros exames que exigem precisão na escrita.
— Uso do Hífen
O uso do hífen é uma das áreas que mais sofreu alterações com o Acordo Ortográfico, gerando dúvidas e 
exigindo atenção especial. O objetivo foi padronizar o emprego do hífen em palavras compostas, locuções e 
com o uso de prefixos. A seguir, apresentamos as principais regras de forma clara e objetiva, com exemplos 
para facilitar a compreensão.
Regra Básica do Hífen com a Letra “H”
Sempre se usa o hífen quando a segunda palavra começa com a letra “h”.
– Exemplos: anti-higiênico, super-homem, pré-história.
Prefixos Terminados em Vogal
O uso do hífen com prefixos terminados em vogal varia conforme a vogal ou consoante que inicia o segundo 
elemento:
– Sem hífen diante de vogal diferente:
– Exemplos: autoescola, autoajuda, antiaéreo, antieducativo.
– Sem hífen diante de consoante diferente de “r” e “s”:
– Exemplos: anteprojeto, semicírculo, infrassom.
– Sem hífen diante de “r” e “s”, dobrando-se essas letras:
– Exemplos: antirracismo, antissocial, ultrassom.
– Com hífen diante da mesma vogal:
– Exemplos: contra-ataque, micro-ondas, auto-observação.
Prefixos Terminados em Consoante
Para prefixos que terminam em consoante, as regras são as seguintes:
– Com hífen diante da mesma consoante:
– Exemplos: inter-regional, sub-bibliotecário, super-requintado.
– Sem hífen diante de consoante diferente:
– Exemplos: intermunicipal, supersônico, submarino.
– Sem hífen diante de vogal:
– Exemplos: interestadual, superinteressante, superaquecimento.
29
Casos Especiais com Prefixos
Algumas observações especiais sobre o uso do hífen em prefixos específicos:
– Com o prefixo “sub-”, usa-se o hífen diante de palavras iniciadas por “r”:
– Exemplos: sub-região, sub-raça.
– Palavras iniciadas por “h” perdem essa letra e se unem sem hífen:
– Exemplos: subumano, subumanidade.
– Com os prefixos “circum-” e “pan-”, usa-se o hífen diante de palavras iniciadas por “m”, “n” e 
vogal:
– Exemplos: circum-navegação, pan-americano, circum-escolar.
– O prefixo “co-” aglutina-se com o segundo elemento, mesmo quando começa com “o”:
– Exemplos: coobrigação, coordenar, cooperar, cooperação.
– Com o prefixo “vice-”, usa-se sempre o hífen:
– Exemplos: vice-rei, vice-almirante, vice-presidente.
Palavras que Não Utilizam Hífen Mesmo Sendo Compostas
Há certas palavras que perderam a noção de composição e, portanto, não se usa mais o hífen, tornando-se 
palavras únicas e consolidadas:
– Exemplos: girassol, madressilva, mandachuva, pontapé, paraquedas, paraquedista.
Prefixos que Sempre Utilizam Hífen
Os prefixos ex-, sem-, além-, aquém-, recém-, pós-, pré-, e pró- sempre exigem o uso do hífen:
– Exemplos: ex-aluno, sem-terra, além-mar, aquém-mar, recém-casado, pós-graduação, pré-vestibular, 
pró-europeu.
O uso do hífen pode parecer complexo, mas com a prática e o conhecimento das regras específicas, torna-se 
mais simples identificar quando deve ser utilizado. Para quem estuda para concursos públicos, a compreensão 
dessas regras é fundamental, pois demonstra o domínio da norma culta e a capacidade de aplicar corretamente 
as regras ortográficas, garantindo a clareza e a correção da escrita.
— Conclusão
O Acordo Ortográfico trouxe mudanças significativas para a ortografia da Língua Portuguesa, afetando o 
alfabeto, a acentuação e o uso do hífen, entre outros aspectos. Essas alterações visam padronizar a escrita 
nos países lusófonos, facilitando a comunicação e a circulação de informações, mas também exigem que os 
falantes se adaptem a novas regras e convenções.
Para quem se prepara para concursos públicos ou atua em áreas que demandam o uso da língua de forma 
precisa, o conhecimento dessas mudanças é indispensável. O domínio da ortografia não é apenas uma questão 
de decorar regras, mas sim de compreender os princípios que orientam a estruturação da língua, permitindo 
uma comunicação clara, coesa e eficaz.
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A prática constante e a revisão cuidadosa de textos são estratégias fundamentais para incorporar essas 
mudanças ao cotidiano da escrita. Com dedicação e estudo, é possível dominar a nova ortografia e garantir a 
conformidade com as normas estabelecidas, o que representa um diferencial importante em provas, redações 
e na vida profissional de maneira geral.
Assim, este guia se propõe a ser um aliado no processo de aprendizagem das regras ortográficas, contribuindo 
para a formação de um conhecimento sólido e atualizado sobre a escrita correta da Língua Portuguesa.
Pontuação
A pontuação desempenha um papel fundamental na clareza e na compreensão dos textos escritos, atuando 
como um guia para o leitor no entendimento das ideias apresentadas. Trata-se de um conjunto de sinais que 
organiza a estrutura da frase, estabelece pausas e define entonações, contribuindo para a coesão e a coerência 
do discurso. Ao controlar a maneira como as informações são apresentadas, a pontuação permite que o texto 
se torne mais acessível e compreensível, evitando ambiguidades e mal-entendidos.
Segundo a linguista Nina Catach, a pontuação pode ser definida como “um sistema de reforço da escrita 
constituído de sinais sintáticos destinados a organizar as relações e a proporção das partes do discurso e 
das pausas orais e escritas. Estes sinais também participamde todas as funções da sintaxe gramaticais 
entonacionais e semânticas” (Bechara, 2009, p. 514). Com base nessa definição, podemos perceber que a 
pontuação não é apenas um elemento decorativo, mas sim um componente essencial que agrega valor ao 
texto, conferindo-lhe sentido e lógica.
Neste contexto, é imprescindível conhecer e dominar o uso correto dos sinais de pontuação para produzir 
textos bem estruturados e precisos, especialmente em situações formais, como na redação de textos oficiais 
e em provas de concursos públicos. Ao longo deste estudo, vamos explorar as principais regras e os usos 
adequados de cada sinal de pontuação, destacando os aspectos práticos que norteiam a aplicação correta 
desses elementos. Com isso, proporcionaremos um guia abrangente para a utilização eficiente da pontuação 
na Língua Portuguesa, promovendo a comunicação escrita de forma clara, objetiva e eficaz.
— Tipos de Pontuação e suas Funções
A pontuação na Língua Portuguesa é composta por diversos sinais que desempenham funções específicas 
na construção e na interpretação dos textos. Cada um desses sinais tem o propósito de organizar ideias, 
definir a entonação das frases, demarcar pausas e indicar a relação entre os elementos da oração. A seguir, 
faremos uma análise detalhada dos principais tipos de pontuação e suas respectivas funções, dividindo-os em 
dois grupos: os sinais que atuam como Separadores e os que têm a função de Elementos de Comunicação ou 
“Mensagem”.
Separadores
Os separadores são sinais de pontuação que têm a função de delimitar frases, períodos, orações e expressões, 
indicando pausas de maior ou menor duração. São essenciais para evitar ambiguidades e assegurar que o 
leitor compreenda as relações entre as partes do texto.
Vírgula ( , ): Indica uma pausa breve e é usada para separar elementos de uma enumeração, orações 
coordenadas, expressões explicativas, apostos, entre outras funções. A vírgula também desempenha um papel 
importante na separação de termos dentro de uma oração, evitando confusões na leitura. 
– Exemplo: “Estudamos gramática, literatura e redação para a prova.”
Ponto e vírgula ( ; ): Indica uma pausa intermediária, maior que a da vírgula, mas menor que a do ponto 
final. É utilizado para separar itens de uma lista, principalmente quando os elementos já contêm vírgulas, ou 
para separar orações que guardam relação de sentido. 
– Exemplo: “O candidato estudou Língua Portuguesa, que inclui gramática e redação; Matemática, com foco 
em aritmética e álgebra; e Direito Constitucional, que abrange os principais artigos.”
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Ponto final ( . ): Marca o encerramento de uma frase ou período declarativo. É o sinal de pontuação que 
indica a maior pausa e delimita o fim de uma ideia completa. 
– Exemplo: “A professora explicou o conteúdo de forma clara.”
Ponto de exclamação ( ! ): Expressa emoções intensas, como surpresa, admiração, alegria ou indignação. 
É usado ao final de interjeições, frases exclamativas ou imperativas. 
– Exemplo: “Que incrível!”
Ponto de interrogação ( ? ): Indica a entonação interrogativa, sendo utilizado ao final de frases que 
expressam perguntas diretas 
– Exemplo: “Você já estudou todos os conteúdos?”
Reticências ( ... ): Sugere continuidade, interrupção ou dúvida, podendo indicar uma fala inacabada, 
uma ideia em desenvolvimento ou hesitação. Muitas vezes, é utilizada para criar suspense ou dar margem à 
interpretação. 
– Exemplo: “Eu queria falar sobre... deixa pra lá.”
— Elementos de Comunicação ou “Mensagem”
Estes sinais têm a função de fornecer informações adicionais, explicitar ideias e introduzir citações ou 
discursos diretos. São usados para indicar relações semânticas, destacar trechos específicos e complementar 
o conteúdo textual.
Dois-pontos ( : ): Usados para introduzir explicações, citações diretas, enumerações, apostos ou orações 
subordinadas substantivas apositivas. Também servem para destacar informações que se seguem a uma 
afirmação anterior. 
– Exemplo: “Estudei para três disciplinas: Matemática, Português e História.”
Aspas simples (‘ ’) e duplas (“ ”): As aspas são empregadas para destacar palavras ou expressões, 
marcar citações diretas, indicar estrangeirismos, gírias ou termos com sentido irônico ou especial. As aspas 
duplas são as mais comuns, enquanto as aspas simples são usadas quando há a necessidade de aspas dentro 
de outra expressão que já está entre aspas. 
– Exemplo: “O professor disse: ‘A leitura é fundamental para o aprendizado’.”
Travessão ( — ): Serve para introduzir diálogos, substituir parênteses ou vírgulas em expressões intercaladas 
e destacar informações importantes em um texto. Também pode ser utilizado para indicar a mudança de 
interlocutor em uma transcrição. 
– Exemplo: “— Qual é a matéria de hoje? — perguntou o aluno.”
Parênteses ( ): Indicam a inserção de informações adicionais, explicativas ou complementares em uma 
frase, sem interromper o fluxo principal do texto. Oferecem detalhes que esclarecem ou exemplificam um ponto.
– Exemplo: “Estudaremos sintaxe (que inclui análise sintática e períodos compostos) nesta aula.”
Colchetes [ ]: Utilizados principalmente em textos acadêmicos e técnicos para inserir informações adicionais 
ou notas explicativas dentro de um texto que já possui parênteses. Também podem ser usados para indicar 
alterações em citações ou acréscimos feitos pelo autor.
– Exemplo: “Ela afirmou que estava ‘pronta para o desafio [do concurso]’.”
Chaves { }: Raramente usadas na escrita comum, as chaves aparecem em textos técnicos, científicos ou 
matemáticos para delimitar conjuntos ou agrupar elementos.
– Exemplo: “{a, b, c} representa um conjunto com três elementos.”
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Sinal de Pontuação Função Principal Exemplo
Vírgula ( , ) Separa elementos e enumerações “Ele trouxe lápis, borracha e caderno.”
Ponto e vírgula ( ; ) Pausa intermediária e separação de 
orações com vírgulas internas
“Fui ao mercado; comprei frutas, ver-
duras e legumes.”
Ponto final ( . ) Encerramento de uma frase “O estudo é fundamental.”
Ponto de exclamação ( ! ) Expressa emoção “Que surpresa!”
Ponto de interrogação ( ? ) Indica uma pergunta “Você vai ao evento?”
Reticências ( ... ) Sugere continuidade ou interrupção “Ele hesitou... depois decidiu falar.”
Dois-pontos ( : ) Introduz explicações, citações ou 
enumerações
“Há três cores principais: vermelho, 
azul e amarelo.”
Aspas (“ ”) Destaca palavras ou citações “Ele disse: ‘Vou estudar agora’.”
Travessão ( — ) Indica diálogo ou destaque “— Vamos começar a aula.”
Parênteses ( ) Acrescenta informações comple-
mentares
“A aula (que estava programada) foi 
cancelada.”
Colchetes [ ] Inserções em citações ou notas ex-
plicativas
“O autor afirmou: ‘A obra [referindo-se 
ao romance] é única’.”
Chaves { } Agrupamento de elementos em tex-
tos técnicos
“{a, e, i, o, u} representam as vogais.”
Esses sinais de pontuação, quando usados corretamente, contribuem para a clareza e a expressividade do 
texto. Conhecê-los e aplicá-los de maneira adequada é fundamental para produzir uma comunicação eficaz e 
precisa, principalmente em textos formais e em situações como provas e concursos públicos.
— Regras Específicas de Cada Sinal de Pontuação
Compreender as regras específicas de cada sinal de pontuação é essencial para o desenvolvimento de uma 
escrita clara, coesa e adequada às normas da Língua Portuguesa. Cada sinal possui funções próprias e pode 
alterar significativamente o sentido de uma frase, dependendo de como é utilizado. A seguir, detalharemos as 
regras de uso de cada um dos principais sinais de pontuação, apresentando exemplos práticos para ilustrar seu 
correto emprego.
Ponto final ( . )
O ponto final é o sinal de pontuação que marca o término de uma frase declarativa ou de uma ideia completa. 
É um dos sinais que indicam a maior pausa e delimita o fim de um período, garantindo que a informação foi 
concluída.
– Uso correto: 
– Ao encerrar uma frase declarativa: ”O aluno estudou para a prova.”
– Após abreviaturas: ”Dr.,Sra., etc.”
Dica: Evite o uso de múltiplos pontos finais consecutivos, pois isso pode causar confusão e não segue a 
norma gramatical.
Ponto de interrogação ( ? )
O ponto de interrogação é utilizado ao final de frases interrogativas diretas, ou seja, perguntas que exigem 
ou sugerem uma resposta.
– Uso correto:
– Em perguntas diretas: ”Você estudou para o exame?”
– Em frases que indicam incerteza ou dúvida: ”Será que ele virá?”
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Observação: O ponto de interrogação não é utilizado em perguntas indiretas. Por exemplo: ”Quero saber 
se você estudou para o exame.”
Ponto de exclamação ( ! )
O ponto de exclamação é usado para expressar emoções fortes, como surpresa, alegria, espanto, ordem 
ou entusiasmo.
– Uso correto:
– Após interjeições: ”Nossa!” “Parabéns!”;
– Em frases exclamativas: ”Que espetáculo maravilhoso!”;
– Para enfatizar ordens ou comandos: ”Pare agora!”.
Dica: Evite o uso exagerado do ponto de exclamação, especialmente em textos formais, pois pode passar 
a impressão de informalidade ou excesso de emoção.
Reticências ( ... )
As reticências indicam uma interrupção do pensamento, hesitação, suspense ou continuidade indefinida. 
Elas são formadas por três pontos e sugerem que algo foi deixado implícito ou que a ideia não foi finalizada.
– Uso correto:
– Para indicar uma interrupção na fala ou pensamento: ”Eu pensei que... bem, não importa.”
– Para sugerir continuidade ou suspense: ”Ele olhou para ela e disse... nada.”
– Para indicar que a lista continua: ”Trouxe tudo: frutas, verduras, legumes...”
Observação: As reticências já indicam uma pausa longa, então não devem ser seguidas de outro ponto 
final.
Dois-pontos ( : )
Os dois-pontos têm a função de introduzir uma explicação, citação, enumeração, aposto ou oração 
subordinada.
– Uso correto:
– Para introduzir uma citação direta: ”Ele afirmou: ‘O conhecimento é poder’.”
– Antes de uma enumeração: ”Precisamos comprar: arroz, feijão, carne e legumes.”
– Para introduzir um esclarecimento ou explicação: ”Ela tinha um desejo: ser reconhecida pelo seu talento.”
Dica: Os dois-pontos não devem ser usados após um verbo de forma desnecessária. Por exemplo, evite: 
”Os ingredientes são: açúcar, farinha e leite.” O correto seria: ”Os ingredientes são açúcar, farinha e leite.”
Ponto e vírgula ( ; )
O ponto e vírgula indica uma pausa maior que a vírgula, mas menor que o ponto final. É usado para separar 
elementos internos em orações mais complexas e para organizar listas extensas.
– Uso correto:
– Para separar orações coordenadas extensas que já possuem vírgulas internas: ”Ela terminou o trabalho, 
que estava muito difícil; descansou um pouco, e depois foi ao cinema.”
– Em listas onde os itens já apresentam vírgulas: ”Os temas abordados foram: gramática, que inclui 
morfologia e sintaxe; literatura, com ênfase no modernismo; e redação, com foco na dissertação.”
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Observação: O uso do ponto e vírgula pode conferir elegância e clareza ao texto, mas deve ser utilizado 
com moderação e apenas quando necessário.
Vírgula ( , )
A vírgula é um dos sinais de pontuação mais versáteis, usada para indicar pausas breves, separar elementos 
de uma lista, destacar informações e evitar ambiguidades.
– Uso correto:
– Para separar elementos de uma enumeração: ”Estudei gramática, literatura, redação e matemática.”
– Para isolar apostos: ”Carlos, meu irmão, chegou ontem.”
– Para separar orações coordenadas: ”Ela estudou bastante, mas não conseguiu a nota desejada.”
– Para isolar expressões explicativas: ”O autor, por exemplo, utilizou uma linguagem coloquial.”
– Erros comuns: Não usar vírgula entre sujeito e predicado, como em ”A professora, explicou a matéria.” A 
forma correta é: ”A professora explicou a matéria.”
Travessão ( — )
O travessão é utilizado para enfatizar partes do texto, indicar diálogos e substituir parênteses ou vírgulas 
em expressões intercaladas.
– Uso correto:
– Para indicar a fala de personagens em diálogos: ”— O que você fará hoje? — perguntou ela.”
– Para destacar expressões ou informações adicionais: ”O resultado da prova — como todos já esperavam 
— foi excelente.”
Dica: Não confunda o travessão com o hífen, que possui função distinta.
Parênteses ( )
Os parênteses são usados para acrescentar informações adicionais ou explicativas que não fazem parte 
da estrutura principal da frase.
– Uso correto:
– Para inserir uma explicação ou comentário: ”Ele finalmente concluiu o projeto (após muitos meses de 
trabalho).”
Observação: Use os parênteses com parcimônia, pois o excesso pode prejudicar a fluidez do texto.
Aspas ( “ ” )
As aspas são empregadas para indicar citações diretas, destacar palavras ou expressões e assinalar termos 
estrangeiros ou gírias.
– Uso correto:
– Para citação direta: ”Como dizia o poeta: ‘Tudo vale a pena se a alma não é pequena’.”
– Para destacar palavras ou expressões específicas: ”Ele se considera um ‘expert’ em tecnologia.”
Dica: Ao usar aspas em um texto que já contém aspas, utilize aspas simples dentro das aspas duplas.
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Colchetes [ ]
Os colchetes são usados principalmente em textos técnicos ou acadêmicos para inserir informações 
adicionais em citações ou indicar trechos modificados pelo autor.
– Uso correto:
– Para inserir um comentário em uma citação: ”Ela disse: ‘A educação [no Brasil] precisa de melhorias’.”
Chaves { }
As chaves têm um uso restrito e são comuns em áreas técnicas, matemáticas ou científicas para delimitar 
conjuntos ou agrupar elementos.
– Uso correto: para representar conjuntos: ”{1, 2, 3, 4}”
Cada sinal de pontuação desempenha um papel único e essencial na escrita, garantindo que as ideias 
sejam transmitidas de forma clara e eficaz. O domínio dessas regras permitirá que o escritor construa textos 
mais coerentes, evitando mal-entendidos e ambiguidades.
— Regras Específicas de Uso da Vírgula
A vírgula é um dos sinais de pontuação mais utilizados e, ao mesmo tempo, um dos que mais geram 
dúvidas. Sua função principal é indicar pausas breves e delimitar as partes de uma frase, tornando a leitura 
mais clara e compreensível. 
Entretanto, o uso incorreto da vírgula pode comprometer o sentido do texto e gerar ambiguidades. Por isso, 
é fundamental compreender as regras que orientam seu uso. A seguir, apresentaremos de forma detalhada as 
regras específicas de uso da vírgula, ilustradas com exemplos práticos.
Separação de elementos em uma enumeração
A vírgula deve ser utilizada para separar elementos que pertencem a uma mesma função sintática ou que 
fazem parte de uma lista.
– Exemplo: “Na aula, estudamos gramática, literatura, redação e interpretação de texto.”
Dica: A vírgula também é usada antes do “e” em enumerações que destacam ênfase ou são mais complexas, 
mas isso é opcional e não é uma regra obrigatória. 
Isolamento do aposto explicativo
O aposto explicativo, que é um termo ou expressão que esclarece ou explica o substantivo a que se refere, 
deve ser isolado por vírgulas.
– Exemplo: “Machado de Assis, um dos maiores escritores brasileiros, é autor de ‘Dom Casmurro’.”
Separação de vocativos
Vocativos são palavras ou expressões usadas para chamar ou invocar o interlocutor. Sempre devem ser 
isolados por vírgulas.
– Exemplo: “João, por favor, entregue o relatório.”
– Exemplo: “Venha aqui, Maria, precisamos conversar.”
Isolamento de expressões explicativas, corretivas, exemplificativas ou continuativas
Expressões como “isto é”, “ou seja”, “por exemplo”, “aliás”, “no entanto”, entre outras, devem ser isoladas 
por vírgulas.
– Exemplo: “O projeto, ou seja, a nova proposta de lei, foi aprovado pelo comitê.”
– Exemplo: “Ele precisa estudar mais, por exemplo, matemática e português.”
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Para separar termos repetidos
Quando há repetição de palavras com a finalidade de dar ênfase ou reforçar o sentido, a vírgula é utilizada 
para separar esses termos.
– Exemplo: “Ela era linda, linda demais.”
Para indicar a elipse de um verbo
A vírgula pode ser utilizada para indicar a ausência de um verbo que foi omitido porjá ter sido mencionado 
anteriormente na frase.
– Exemplo: “João gosta de cinema; Maria, de teatro.” (A vírgula substitui o verbo “gosta” na segunda parte 
da frase.)
Para separar orações coordenadas assindéticas
Orações coordenadas assindéticas são aquelas que não são introduzidas por conjunções. A vírgula deve 
ser usada para separá-las.
– Exemplo: “Chegou, sentou, pegou o livro, começou a estudar.”
Para separar orações coordenadas sindéticas
As orações coordenadas sindéticas são ligadas por conjunções, como “mas”, “e”, “nem”, “porém”, “todavia”, 
“portanto”, “logo”, entre outras. A vírgula é utilizada antes dessas conjunções, exceto na maioria dos casos com 
a conjunção “e”.
– Exemplo: “Ele queria viajar, mas não tinha dinheiro.”
– Exemplo com “e”: “Ele estudou muito e passou no concurso.” (Não há vírgula antes do “e” porque as 
orações compartilham o mesmo sujeito.)
Isolamento de orações subordinadas adjetivas explicativas
Orações subordinadas adjetivas explicativas fornecem uma informação adicional sobre o substantivo e 
devem ser isoladas por vírgulas.
– Exemplo: “O Brasil, que é um país de grande diversidade cultural, atrai muitos turistas.”
Observação: Não confunda com as orações subordinadas adjetivas restritivas, que não são separadas por 
vírgulas. Exemplo: “Os alunos que estudam passam nas provas.”
Separação de orações subordinadas adverbiais antepostas
Quando a oração subordinada adverbial aparece antes da oração principal, é comum usar vírgula para 
separá-las. Se a oração adverbial vier depois da principal, o uso da vírgula é opcional, dependendo da extensão 
e da necessidade de clarificação.
– Exemplo com oração anteposta: “Se estudarmos todos os dias, passaremos no concurso.”
– Exemplo com oração posposta: “Passaremos no concurso se estudarmos todos os dias.”
Para isolar elementos deslocados da ordem direta
A ordem comum da frase em português é Sujeito > Verbo > Objeto > Adjunto (SVOAdj). Quando há a inversão 
ou deslocamento de algum desses elementos, a vírgula é necessária para marcar o novo posicionamento.
– Exemplo: “Ontem, o aluno apresentou o trabalho.” (O adjunto adverbial “ontem” foi deslocado para o início 
da frase.)
– Exemplo na ordem direta: “O aluno apresentou o trabalho ontem.” (Aqui, a vírgula não é usada.)
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Isolamento do adjunto adverbial extenso ou intercalado
Adjuntos adverbiais extensos ou intercalados devem ser isolados por vírgulas, principalmente para garantir 
a clareza do texto.
– Exemplo: “Durante o mês de dezembro, as vendas aumentaram significativamente.”
Isolar datas e localidades em endereçamentos e documentos formais
Ao redigir documentos formais, cartas ou e-mails, usa-se a vírgula para isolar a localidade e a data.
– Exemplo: “São Paulo, 25 de dezembro de 2024.”
Isolamento de conectivos e expressões conectoras
Conectivos e expressões como “por conseguinte”, “além disso”, “entretanto”, “por outro lado”, entre outros, 
devem ser isolados por vírgulas.
– Exemplo: “Ele estudou muito. Contudo, não conseguiu a nota esperada.”
– Exemplo: “O projeto é inovador, além disso, beneficia toda a comunidade.”
Casos em que a vírgula NÃO deve ser usada:
– Entre o sujeito e o predicado: Não se deve separar o sujeito do predicado por vírgula.
– Exemplo incorreto: “O professor de Língua Portuguesa, explicou a matéria.” 
– Forma correta: “O professor de Língua Portuguesa explicou a matéria.”
– Entre o verbo e seus complementos: A vírgula não deve separar o verbo dos objetos diretos ou indiretos.
– Exemplo incorreto: “Ele entregou, o relatório ao chefe.”
– Forma correta: “Ele entregou o relatório ao chefe.”
– Entre o nome e seus complementos ou adjuntos: Não se separa um substantivo de seu complemento 
ou adjunto adnominal.
– Exemplo incorreto: “O livro, de gramática está na mesa.”
– Forma correta: “O livro de gramática está na mesa.”
– Entre o sujeito e o verbo com predicativo: Se o predicativo do sujeito estiver diretamente ligado a ele 
por meio de um verbo de ligação, a vírgula não deve ser usada.
– Exemplo incorreto: “A prova, está fácil.”
– Forma correta: “A prova está fácil.”
O uso correto da vírgula é uma habilidade que requer prática e atenção. Ao entender e aplicar as regras 
apresentadas, é possível escrever de forma mais clara, precisa e de acordo com as normas da Língua 
Portuguesa. Além disso, a correta aplicação da vírgula pode transformar completamente o significado de uma 
frase, tornando-a mais compreensível e evitando ambiguidades. Portanto, o conhecimento profundo dessas 
regras é fundamental para todos que desejam se comunicar de forma eficaz, especialmente em textos formais 
e na preparação para concursos públicos.
— Erros Comuns e Dicas para o Uso Correto da Pontuação
O uso inadequado da pontuação é uma das principais causas de falhas na escrita, comprometendo a 
clareza, a coesão e a precisão do texto. Muitos desses erros ocorrem devido à falta de conhecimento das 
regras gramaticais ou ao uso excessivo ou insuficiente dos sinais de pontuação. A seguir, abordaremos os erros 
mais frequentes e apresentaremos dicas práticas para ajudar a evitar essas armadilhas, garantindo uma escrita 
correta e eficaz.
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Erros de Concordância Verbal e Nominal Associados à Pontuação
Um erro comum é a utilização da pontuação de forma que interfere na concordância entre os elementos 
da frase. Quando a pontuação é usada de maneira inadequada, pode gerar a impressão de que o sujeito ou 
predicado está desconectado do verbo.
– Erro Comum: “A equipe de profissionais, resolveram o problema.” (A vírgula cria uma separação indevida, 
levando a um erro de concordância verbal.)
– Forma Correta: “A equipe de profissionais resolveu o problema.”
Dica: Certifique-se de que a pontuação não cria separações desnecessárias entre o sujeito e o verbo, 
garantindo a concordância correta.
Uso Indevido ou Ausência do Sinal Indicativo de Crase ( `à` )
A crase é um dos aspectos que mais geram dúvidas, e sua utilização incorreta pode comprometer a 
interpretação da frase. A crase é a fusão da preposição “a” com o artigo definido feminino “a”.
– Erro Comum: “Vou a feira comprar frutas.” (Aqui falta a crase, pois “feira” é um substantivo feminino que 
exige o artigo “a”.)
– Forma Correta: “Vou à feira comprar frutas.”
Dica: Verifique se a crase é necessária, substituindo o termo feminino por um equivalente masculino. Se a 
expressão “ao” for correta, então a crase é obrigatória no feminino: ”Vou ao mercado” / “Vou à feira.”
Vírgula Entre Elementos Semanticamente Dependentes
O uso inadequado da vírgula entre elementos que são semanticamente dependentes pode prejudicar a 
coesão do texto, criando pausas desnecessárias.
– Erro Comum: “O aluno, que estudou muito passou na prova.” (O uso incorreto da vírgula separa elementos 
que deveriam estar juntos.)
– Forma Correta: “O aluno que estudou muito passou na prova.”
Dica: Antes de colocar a vírgula, pergunte-se se os elementos separados formam uma ideia única. Se sim, 
a vírgula é desnecessária.
Colocação Pronominal Inadequada
A colocação pronominal (próclise, mesóclise e ênclise) é um ponto que requer atenção, especialmente em 
relação à pontuação.
– Erro Comum: “Ele se, preparou bem para a prova.” (O uso da vírgula antes do pronome “se” é inadequado.)
– Forma Correta: “Ele se preparou bem para a prova.”
Dica: Nunca use vírgula entre o pronome e o verbo ao qual ele está associado.
Erros de Digitação que Afetam a Pontuação
Erros de digitação são comuns e podem resultar na ausência ou excesso de sinais de pontuação, 
comprometendo a clareza.
– Erro Comum: “O relatório estava, completo e organizado.” (O uso da vírgula antes da conjunção “e” é 
desnecessário.)
– Forma Correta: “O relatório estava completo e organizado.”
Dica: Sempre revise seu texto, prestando atenção na digitação dos sinais de pontuação, e leia em voz alta 
para verificar se as pausas estão corretas.
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Termos Redundantes ou Repetitivos
A redundância pode surgir quando se utilizam expressões desnecessáriasou repetitivas, muitas vezes 
separadas por pontuação inadequada.
– Erro Comum: “Ele subiu para cima rapidamente.”
– Forma Correta: “Ele subiu rapidamente.”
Dica: Elimine palavras ou expressões que não acrescentam informação ao contexto, evitando a sobrecarga 
do texto.
Erros de Regência Verbal e a Pontuação
A regência verbal pode ser prejudicada pelo uso incorreto da pontuação, especialmente em construções 
complexas.
– Erro Comum: “Ele necessita, de ajuda urgente.” (A vírgula é incorreta, pois o verbo “necessitar” exige 
complemento direto, sem pausa.)
– Forma Correta: “Ele necessita de ajuda urgente.”
Dica: Conheça a regência dos verbos para evitar vírgulas indevidas que interfiram na relação entre o verbo 
e seus complementos.
Uso Equivocado do Hífen e do Travessão
O hífen e o travessão têm funções distintas e não devem ser usados de forma intercambiável.
– Erro Comum: “A conversa - foi interrompida repentinamente.” (Aqui o travessão foi utilizado de forma 
inadequada.)
– Forma Correta: “A conversa – foi interrompida repentinamente.” (Travessão corretamente utilizado para 
destacar uma informação.)
Dica: Use o hífen em palavras compostas e o travessão para indicar diálogo ou intercalar informações.
Contrações Inadequadas de Preposição Mais Artigo
Contrações incorretas, como o uso de “a a” ao invés de “à”, podem ser facilmente evitadas com atenção.
– Erro Comum: “Ele foi a a escola.” 
– Forma Correta: “Ele foi à escola.”
Dica: Preste atenção à fusão da preposição com o artigo, utilizando a crase quando necessário.
Eliminação da Construção “cujo o” e “cuja a”
O uso de “cujo o” ou “cuja a” é incorreto, pois “cujo” já estabelece uma relação de posse que dispensa o 
artigo.
– Erro Comum: “A casa cuja a janela está quebrada.”
– Forma Correta: “A casa cuja janela está quebrada.”
Dica: Substitua sempre “cujo o” ou “cuja a” apenas por “cujo” ou “cuja”.
Uso Equivocado do Vocábulo “mesmo”
O uso do termo “mesmo” como substituto de pronomes demonstrativos é inadequado e deve ser evitado.
– Erro Comum: “Recebi o livro e gostei muito do mesmo.”
– Forma Correta: “Recebi o livro e gostei muito dele.”
Dica: Substitua “mesmo” por pronomes adequados como “ele” ou “ela” para evitar a repetição desnecessária.
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Uso Inadequado da Conjunção “e” Antes de “nem” ou “etc.”
A conjunção “e” não deve preceder o “nem” ou o “etc.”, pois ambos já são conectivos.
– Erro Comum: “Trouxe lápis, canetas e etc.”
– Forma Correta: “Trouxe lápis, canetas, etc.”
Dica: Sempre use “etc.” sem o “e” antes, e use “nem” diretamente sem conjunção anterior.
Erros de Pontuação na Elaboração de Listas
Em listas, é comum o uso incorreto da vírgula ou do ponto e vírgula para separar itens.
– Erro Comum: “Comprei: arroz, feijão; leite, pão.”
– Forma Correta: “Comprei: arroz, feijão, leite e pão.”
Dica: Mantenha a consistência na pontuação das listas, usando vírgula para separar itens simples e ponto 
e vírgula para itens que contenham vírgulas internas.
Para evitar os erros de pontuação mais comuns, é importante praticar a leitura e a escrita com atenção, 
revisando o texto cuidadosamente antes de finalizá-lo. A pontuação correta não apenas transmite suas ideias 
de forma clara e precisa, mas também demonstra o domínio da norma culta da língua, um aspecto crucial em 
situações formais como concursos públicos e produções acadêmicas.
— Conclusão
A pontuação é um dos aspectos mais importantes da Língua Portuguesa, desempenhando um papel 
fundamental na clareza, coesão e precisão do texto. Cada sinal de pontuação possui funções específicas 
que, quando usadas corretamente, garantem a transmissão clara das ideias e evitam ambiguidades e mal-
entendidos. 
O conhecimento aprofundado dessas regras é essencial, especialmente em contextos formais como 
redações, provas de concursos públicos e documentos profissionais.
Ao longo deste estudo, exploramos os principais sinais de pontuação e suas funções, as regras específicas 
de uso e os erros mais comuns que ocorrem na aplicação desses sinais. Compreendemos que a pontuação vai 
muito além de indicar pausas; ela estrutura o pensamento, orienta o leitor e confere ritmo ao texto, tornando a 
comunicação escrita mais eficaz e sofisticada.
Para garantir a aplicação correta da pontuação, é fundamental praticar a escrita e revisar cuidadosamente 
os textos, prestando atenção às regras e evitando os erros mais frequentes. Ao desenvolver essa habilidade, 
o escritor torna-se capaz de produzir textos mais claros, coesos e que atendem às exigências da norma culta 
da língua.
Morfologia: estrutura, formação e classe de palavras
As palavras são formadas por estruturas menores, com significados próprios. Para isso, há vários 
processos que contribuem para a formação das palavras. A compreensão da estrutura e formação das palavras 
é fundamental para dominar a língua portuguesa, seja para comunicação oral ou escrita, e é também uma 
habilidade importante em diversos concursos públicos. Neste conteúdo, vamos abordar os conceitos essenciais 
sobre como as palavras são formadas, bem como os principais processos de formação, como derivação, 
composição e outros fenômenos linguísticos.
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Estrutura das palavras
As palavras podem ser subdivididas em estruturas significativas menores - os morfemas, também chamados 
de elementos mórficos:
– radical e raiz; 
– vogal temática;
– tema;
– desinências;
– afixos;
– vogais e consoantes de ligação.
Radical: Elemento que contém a base de significação do vocábulo.
Exemplos
VENDer, PARTir, ALUNo, MAR.
Desinências: Elementos que indicam as flexões dos vocábulos, que dividem-se em:
– Nominais
Indicam flexões de gênero e número nos substantivos.
Exemplos
pequenO, pequenA, alunO, alunA.(gênero)
pequenoS, pequenaS, alunoS, alunaS.(número)
– Verbais
Indicam flexões de modo, tempo, pessoa e número nos verbos
Exemplos
vendêSSEmos, entregáRAmos. (modo e tempo)
vendesteS, entregásseIS. (pessoa e número)
Indica, nos verbos, a conjugação a que pertencem.
Exemplos
1ª conjugação: – A – cantAr
2ª conjugação: – E – fazEr
3ª conjugação: – I – sumIr
Observação: nos substantivos ocorre vogal temática quando ela não indica oposição masculino/feminino.
Exemplos
livrO, dentE, paletÓ.
– Tema: União do radical e a vogal temática.
Exemplos
CANTAr, CORREr, CONSUMIr.
– Vogal e consoante de ligação: São os elementos que se interpõem aos vocábulos por necessidade de 
eufonia.
Exemplos
chaLeira, cafeZal.
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Afixos
Os afixos são elementos que se acrescentam antes ou depois do radical de uma palavra para a formação 
de outra palavra. Dividem-se em:
– Prefixo: partícula que se coloca antes do radical.
Exemplos
DISpor, EMpobrecer, DESorganizar.
– Sufixo: afixo que se coloca depois do radical.
Exemplos
contentaMENTO, reallDADE, enaltECER.
Processos de formação das palavras
– Composição: Formação de uma palavra nova por meio da junção de dois ou mais vocábulos primitivos. 
Exemplo:
“planalto” (composição de “plano” e “alto”).
– Justaposição: Formação de palavra composta sem alteração na estrutura fonética das primitivas.
Exemplos
passa + tempo = passatempo
gira + sol = girassol
– Aglutinação: Formação de palavra composta com alteração da estrutura fonética das primitivas.
Exemplos
em + boa + hora = embora
vossa + merce = você
– Derivação: Formação de uma nova palavra a partir de uma primitiva. 
Exemplo:
“felicidade” (derivação sufixal de “feliz”).
– Prefixação: Formação de palavra derivada com acréscimo de um prefixo ao radical da primitiva.
Exemplo:
CONter, INapto, DESleal.
– Sufixação: Formação de palavra nova com acréscimo de um sufixo ao radical da primitiva.
Exemplos:
cafezAL, meninINHa, loucaMENTE.
– Parassíntese: Formação de palavra derivada com acréscimo de um prefixo e um sufixo ao radical da 
primitiva ao mesmo tempo.
Exemplos
EMtardECER, DESanimADO, ENgravidAR.
– Derivação imprópria: Alteração da função de uma palavra primitiva.
Exemplo
Todos ficaram encantados com seu andar. (verbo usado com valorde substantivo)
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– Derivação regressiva: Ocorre a alteração da estrutura fonética de uma palavra primitiva para a formação 
de uma derivada. Em geral de um verbo para substantivo ou vice-versa.
Exemplos
combater – o combate
chorar – o choro
Prefixos
Os prefixos existentes em Língua Portuguesa são divididos em: vernáculos, latinos e gregos.
– Vernáculos: prefixos latinos que sofreram modificações ou foram aportuguesados: a, além, ante, aquém, 
bem, des, em, entre, mal, menos, sem, sob, sobre, soto.
Nota-se o emprego desses prefixos em palavras como: abordar, além-mar, bem-aventurado, desleal, 
engarrafar, maldição, menosprezar, sem-cerimônia, sopé, sobpor, sobre-humano, etc.
– Latinos: Prefixos que conservam até hoje a sua forma latina original:
a, ab, abs – afastamento: aversão, abjurar.
a, ad – aproximação, direção: amontoar.
Ambi – dualidade: ambidestro.
bis, bin, bi – repetição, dualidade: bisneto, binário.
centum – cem: centúnviro, centuplicar, centígrado.
circum, circun, circu – em volta de: circumpolar, circunstante.
cis – aquem de: cisalpino, cisgangético.
com, con, co – companhia, concomitância: combater, contemporâneo.
contra – oposição, posição inferior:contradizer.
de – movimento de cima para baixo, origem, afastamento: decrescer, deportar.
des – negação, separação, ação contrária: desleal, desviar.
dis, di – movimento para diversas partes, ideia contrária: distrair, dimanar.
Entre – situação intermediaria, reciprocidade: entrelinha, entrevista.
ex, es, e – movimento de dentro para fora, intensidade, privação, situação cessante: exportar, espalmar, 
ex-professor.
Extra – fora de, além de, intensidade: extravasar, extraordinário.
im, in, i – movimento para dentro; ideia contraria: importar, ingrato.
Inter – no meio de: intervocálico, intercalado.
Intra – movimento para dentro: intravenoso, intrometer.
Justa – perto de: justapor.
Multi – pluralidade: multiforme.
ob, o – oposição: obstar, opor, obstáculo.
Pene – quase: penúltimo, península.
Per – movimento através de, acabamento de ação; ideia pejorativa: percorrer.
post, pos – posteridade: postergar, pospor.
Pre – anterioridade: predizer, preclaro.
Preter – anterioridade, para além: preterir, preternatural.
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Pro – movimento para diante, a favor de, em vez de: prosseguir, procurador, pronome.
Re – movimento para trás, ação reflexiva, intensidade, repetição: regressar, revirar.
Retro – movimento para trás: retroceder.
Satis – bastante: satisdar.
sub, sob, so, sus – inferioridade: subdelegado, sobraçar, sopé.
Subter – por baixo: subterfúgio.
super, supra – posição superior, excesso: super-homem,superpovoado.
trans, tras, tra, tres – para além de, excesso: transpor.
tris, três, tri – três vezes: trisavô, tresdobro.
Ultra – para além de, intensidade: ultrapassar, ultrabelo.
Uni – um: unânime, unicelular.
– Grego: Os principais prefixos de origem grega são:
a, an – privação, negação: ápode, anarquia.
Ana – inversão, parecença: anagrama, analogia.
Anfi – duplicidade, de um e de outro lado: anfíbio, anfiteatro.
Anti – oposição: antipatia, antagonista.
Apo – afastamento: apólogo, apogeu.
arqui, arque, arce, arc – superioridade: arcebispo, arcanjo.
Caco – mau: cacofonia.
Cata – de cima para baixo: cataclismo, catalepsia.
Deca – dez: decâmetro.
Dia – através de, divisão: diáfano, diálogo.
Dis – dualidade, mau: dissílabo, dispepsia.
En – sobre, dentro: encéfalo, energia.
Endo – para dentro: endocarpo.
Epi – por cima: epiderme, epígrafe.
eu– bom: eufonia, eugênia, eupepsia.
hecto– cem:hectômetro.
Hemi – metade:hemistíquio, hemisfério.
Hiper – superioridade: hipertensão, hipérbole.
Hipo – inferioridade: hipoglosso, hipótese, hipotermia.
Homo – semelhança, identidade: homônimo.
Meta – união, mudança, além de: metacarpo, metáfase.
Míria – dez mil: miriâmetro.
Mono – um: monóculo, monoculista.
Neo – novo, moderno: neologismo, neolatino.
Para – aproximação, oposição: paráfrase, paradoxo.
Penta – cinco: pentágono.
Peri – em volta de: perímetro.
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Poli – muitos: polígono, polimorfo.
Pro – antes de: prótese, prólogo, profeta.
Sufixos
Os sufixos podem ser: nominais, verbais e adverbial.
– Nominais
Coletivos: -aria, -ada, -edo, -al, -agem, -atro,-alha, -ama.
Aumentativos e diminutivos: -ão, -rão, -zão,-arrão, -aço, -astro, -az.
Agentes: -dor, -nte, -ário, -eiro, -ista.
Lugar:-ário, -douro, -eiro, -ório.
Estado:-eza, -idade, -ice, -ência, -ura, -ado, -ato.
Pátrios:-ense, -ista, -ano, -eiro, -ino, -io, -eno,-enho, -aico.
Origem, procedência:-estre, -este, -esco.
– Verbais
Comuns:-ar, -er, -ir.
Frequentativos:-açar, -ejar, -escer, -tear, -itar.
Incoativos:-escer, -ejar, -itar.
Diminutivos:-inhar, -itar, -icar, -iscar.
– Adverbial = há apenas um
MENTE: mecanicamente, felizmente,etc.
CLASSE DE PALAVRAS
Classes gramaticais são grupos de palavras que organizam o estudo da gramática. Isto é, cada palavra 
existente na língua portuguesa condiz com uma classe gramatical, na qual ela é inserida em razão de sua fun-
ção. Confira abaixo as diversas funcionalidades de cada classe gramatical.
▸Artigo
É a classe gramatical que, em geral, precede um substantivo, podendo flexionar em número e em gênero.
A classificação dos artigos:
▪ Artigos definidos: especificam um substantivo ou referem-se a um ser específico, que pode ter sido men-
cionado anteriormente ou ser conhecido mutuamente pelos interlocutores. Eles podem flexionar em número 
(singular e plural) e gênero (masculino e feminino).
▪ Artigos indefinidos: indicam uma generalização ou ocorrência inicial do representante de uma dada 
espécie, cujo conhecimento não é compartilhado entre os interlocutores, por se tratar da primeira vez em que 
aparece no discurso. Podem variar em número e gênero.
Observe:
NÚMERO/GÊNERO MASCULINO FEMININO EXEMPLOS
Singular Um Uma Preciso de um pedreiro.
Vi uma moça em frente à casa.
Plural Uns Umas Localizei uns documentos antigos.
Joguei fora umas coisas velhas.
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Outras funções do artigo:
▪ Substantivação: é o processo de converter adjetivos e verbos em substantivos usando um artigo. Obser-
ve:
Em “O caminhar dela é muito elegante.”, “caminhar”, que teria valor de verbo, passou a ser o substantivo 
do enunciado. 
▪ Indicação de posse: antes de palavras que atribuem parentesco ou de partes do corpo, o artigo definido 
pode exprimir relação de posse. Por exemplo:
“No momento em que ela chegou, o marido já a esperava.”
Na frase, o artigo definido “a” esclarece que se trata do marido do sujeito “ela”, omitindo o pronome posses-
sivo dela.
▪ Expressão de valor aproximado: devido à sua natureza de generalização, o artigo indefinido inserido 
antes de numeral indica valor aproximado. Mais presente na linguagem coloquial, esse emprego dos artigos 
indefinidos representa expressões como “por volta de” e “aproximadamente”. Observe:
“Faz em média uns dez anos que a vi pela última vez.”
“Acrescente aproximadamente umas três ou quatro gotas de baunilha.”
Contração de artigos com preposições:
Os artigos podem fazer junção a algumas preposições, criando uma única palavra contraída. A tabela abai-
xo ilustra como esse processo ocorre:
PREPOSIÇÃO
de em a per/por
ARTIGOS DEFINIDOS
masculino
singular o do no ao pelo
plural os dos nos aos pelos
feminino
singular a da na à pela
plural as das nas às pelas
ARTIGOS INDEFINIDOS
masculino
singular um dum num
plural uns duns nuns
feminino
singular uma duma numa
plural umas dumas numas
▸Substantivo
Essa classe atribui nome aos seres em geral (pessoas, animais, qualidades, sentimentos, seres mitológicos 
e espirituais). Os substantivos se subdividem em:
▪ Próprios ou Comuns: são próprios os substantivos que nomeiam algo específico, como nomes de pes-
soas (Pedro, Paula, etc.) ou lugares (São Paulo, Brasil, etc.). São comuns aqueles que nomeiam algo de forma 
geral (garoto, caneta, cachorro).
▪ Primitivos ou derivados: os substantivos derivados são formados a partir de palavras, por exemplo, car-
reta, carruagem, etc. Já os substantivosprimitivos não se originam de outras palavras, no caso de flor, carro, 
lápis, etc.
▪ Concretos ou abstratos: os substantivos que nomeiam seres reais ou imaginativos, são concretos (cava-
lo, unicórnio); os que nomeiam sentimentos, qualidades, ações ou estados são abstratos.
▪ Substantivos coletivos: são os que nomeiam os seres pertencentes ao mesmo grupo. Exemplos: mana-
da (rebanho de gado), constelação (aglomerado de estrelas), matilha (grupo de cães).
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▸Adjetivo
É a classe de palavras que se associa ao substantivo, atribuindo-lhe caracterização conforme uma qualida-
de, um estado e uma natureza, bem como uma quantidade ou extensão à palavra, locução, oração, pronome, 
enfim, ao que quer que seja nomeado.
Os tipos de adjetivos
▪ Simples e composto: com apenas um radical, é adjetivo simples (bonito, grande, esperto, miúdo, regular); 
apresenta mais de um radical, é composto (surdo-mudo, afrodescendente, amarelo-limão).
▪ Primitivo e derivado: o adjetivo que origina outros adjetivos é primitivo (belo, azul, triste, alegre); adjetivos 
originados de verbo, substantivo ou outro adjetivo são classificados como derivados (ex.: substantivo: morte → 
adjetivo: mortal; verbo: lamentar → adjetivo: lamentável).
▪ Pátrio ou gentílico: é a palavra que indica a nacionalidade ou origem de uma pessoa (paulista, brasileiro, 
mineiro, latino).
O gênero dos adjetivos
▪ Uniformes: possuem forma única para feminino e masculino, isto é, não flexionam em gênero. Exemplo: 
“Fred é um amigo leal.” / “Ana é uma amiga leal.”
▪ Biformes: os adjetivos desse tipo possuem duas formas, que variam conforme o gênero. Exemplo: “Me-
nino travesso.” / “Menina travessa”.
O número dos adjetivos:
Por concordarem com o número do substantivo a que se referem, os adjetivos podem estar no singular ou 
no plural. Assim, a sua composição acompanha os substantivos. Exemplos: pessoa instruída → pessoas ins-
truídas; campo formoso → campos formosos.
O grau dos adjetivos:
Quanto ao grau, os adjetivos se classificam em comparativo (compara qualidades) e superlativo (intensi-
fica qualidades).
▪ Comparativo de igualdade: “O novo emprego é tão bom quanto o anterior.”
▪ Comparativo de superioridade: “Maria é mais prestativa do que Luciana.”
▪ Comparativo de inferioridade: “O gerente está menos atento do que a equipe.” 
▪ Superlativo absoluto: refere-se a apenas um substantivo, podendo ser Analítico ou Sintético, como nos 
exemplos a seguir:
“A modelo é extremamente bonita.” (Analítico) - a intensificação se dá pelo emprego de certos termos que 
denotam ideia de acréscimo (muito, extremamente, excessivamente, etc.).
“Pedro é uma pessoa boníssima.” (Sintético) - acompanha um sufixo (íssimo, imo).
▪ Superlativo relativo: refere-se a um grupo, podendo ser de:
▪ Superioridade: “Ela é a professora mais querida da escola.”
▪ Inferioridade: “Ele era o menos disposto do grupo.”
Pronome adjetivo:
Recebem esse nome porque, assim como os adjetivos, esses pronomes alteram os substantivos aos quais 
se referem. Assim, esse tipo de pronome flexiona em gênero e número para fazer concordância com os subs-
tantivos. Exemplos: “Esta professora é a mais querida da escola.” (o pronome adjetivo esta determina o subs-
tantivo comum professora).
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Locução adjetiva:
Uma locução adjetiva é formada por duas ou mais palavras, que, associadas, têm o valor de um único ad-
jetivo. Basicamente, consiste na união preposição + substantivo ou advérbio.
Exemplos:
▪ Criaturas da noite (criaturas noturnas).
▪ Paixão sem freio (paixão desenfreada).
▪ Associação de comércios (associação comercial).
▸ Verbo
É a classe de palavras que indica ação, ocorrência, desejo, fenômeno da natureza e estado. Os verbos se 
subdividem em:
Verbos regulares: são os verbos que, ao serem conjugados, não têm seu radical modificado e preservam 
a mesma desinência do verbo paradigma, isto é, terminado em “-ar” (primeira conjugação), “-er” (segunda con-
jugação) ou “-ir” (terceira conjugação). Observe o exemplo do verbo “nutrir”:
▪ Radical: nutr (a parte principal da palavra, onde reside seu significado). 
▪ Desinência: “-ir”, no caso, pois é a terminação da palavra e, tratando-se dos verbos, indica pessoa (1a, 
2a, 3a), número (singular ou plural), modo (indicativo, subjuntivo ou imperativo) e tempo (pretérito, presente ou 
futuro). Perceba que a conjugação desse no presente do indicativo: o radical não sofre quaisquer alterações, 
tampouco a desinência. Portanto, o verbo nutrir é regular: Eu nutro; tu nutres; ele/ela nutre; nós nutrimos; vós 
nutris; eles/elas nutrem. 
▪ Verbos irregulares: os verbos irregulares, ao contrário dos regulares, têm seu radical modificado quando 
conjugados e/ou têm desinência diferente da apresentada pelo verbo paradigma.
Exemplo: analise o verbo dizer conjugado no pretérito perfeito do indicativo: Eu disse; tu dissestes; ele/ela 
disse; nós dissemos; vós dissestes; eles/elas disseram. Nesse caso, o verbo da segunda conjugação (-er) tem 
seu radical, diz, alterado, além de apresentar duas desinências distintas do verbo paradigma”.
Se o verbo dizer fosse regular, sua conjugação no pretérito perfeito do indicativo seria: dizi, dizeste, dizeu, 
dizemos, dizestes, dizeram.
▸Pronome
O pronome tem a função de indicar a pessoa do discurso (quem fala, com quem se fala e de quem se fala), 
a posse de um objeto e sua posição. Essa classe gramatical é variável, pois flexiona em número e gênero. Os 
pronomes podem suplantar o substantivo ou acompanhá-lo; no primeiro caso, são denominados “pronome 
substantivo” e, no segundo, “pronome adjetivo”. Classificam-se em: pessoais, possessivos, demonstrativos, 
interrogativos, indefinidos e relativos.
Pronomes pessoais:
Os pronomes pessoais apontam as pessoas do discurso (pessoas gramaticais), e se subdividem em prono-
mes do caso reto (desempenham a função sintática de sujeito) e pronomes oblíquos (atuam como complemen-
to), sendo que, para cada caso reto, existe um correspondente oblíquo.
CASO RETO CASO OBLÍQUO
Eu Me, mim, comigo
Tu Te, ti, contigo
Ele Se, o, a , lhe, si, consigo
Nós Nos, conosco
Vós Vos, convosco
Eles Se, os, as, lhes, si, consigo
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Observe os exemplos: 
▪ Na frase “Maria está feliz. Ela vai se casar.”, o pronome cabível é do caso reto. Quem vai se casar? Maria.
▪ Na frase “O forno? Desliguei-o agora há pouco. O pronome “o” completa o sentido do verbo. Fechei o que? 
O forno.
Lembrando que os pronomes oblíquos o, a, os, as, lo, la, los, las, no, na nos, e nas desempenham apenas 
a função de objeto direto.
Pronomes possessivos:
Esses pronomes indicam a relação de posse entre o objeto e a pessoa do discurso.
PESSOA DO DISCURSO PRONOME
1a pessoa – Eu Meu, minha, meus, minhas
2a pessoa – Tu Teu, tua, teus, tuas
3a pessoa – Ele/Ela Seu, sua, seus, suas
Exemplo: “Nossos filhos cresceram.” → o pronome indica que o objeto pertence à 1ª pessoa (nós).
Pronomes de tratamento:
Tratam-se de termos solenes que, em geral, são empregados em contextos formais — a única exceção é o 
pronome você. Eles têm a função de promover uma referência direta do locutor para interlocutor (parceiros de 
comunicação).
São divididos conforme o nível de formalidade, logo, para cada situação, existe um pronome de tratamento 
específico. Apesar de expressarem interlocução (diálogo), à qual seria adequado o emprego do pronome na 
segunda pessoa do discurso (“tu”), no caso dos pronomes de tratamento, os verbos devem ser usados em 3a 
pessoa.
PRONOME USO ABREVIAÇÕES
Você situações informais V./VV
Senhor (es) e Senhora (s) pessoas mais velhas Sr, Sr.a (singular) e Srs., 
Sra.s. (plural)
Vossa Senhoria em correspondências e outros textos redigidos V. S.a / V. S.as
Vossa Excelência Altas autoridades como Presidente da República, 
Senadores, Deputados e Embaixadores V. Ex.a / V. Em.as
Vossa Magnificência Reitores de Universidades V. Mag.a / V. Mag.as
Vossa Alteza Príncipes, princesas e duques V. A (singular) e 
V.V.A.A. (plural)
Vossa Reverendíssima Sacerdotes e religiosos em geral V. Rev.m.a/ V. Rev.m.as
Vossa Eminência Cardeais
V. Ema., V. Em.ª ou V. 
Em.a. / V. Emas., V. 
Em.as
Vossa Santidade Papa V.S.
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Pronomes demonstrativos
Sua função é indicar a posição dos seres no que se refere ao tempo, ao espaço e à pessoa do discurso – 
nesse último caso, o pronome determina a proximidade entre um e outro. Esses pronomes flexionam-se em 
gênero e número.
PESSOA DO 
DISCURSO
PRONOMES POSIÇÃO
1a pessoa Este, esta, estes, estas, isto. Os seres ou objetos estão próximos da pessoa 
que fala.
2a pessoa Esse, essa, esses, essas, isso. Os seres ou objetos estão próximos da pessoa 
com quem se fala.
3a pessoa Aquele, aquela, aqueles, aquelas, 
aquilo. De quem/ do que se fala.
Observe os exemplos: 
“Esta caneta é sua?”
“Esse restaurante é bom e barato.” 
Pronomes Indefinidos
Esses pronomes indicam indeterminação ou imprecisão, assim, estão sempre relacionados à 3ª pessoa do 
discurso. Os pronomes indefinidos podem ser variáveis (flexionam conforme gênero e número) ou invariáveis 
(não flexionam). Analise os exemplos abaixo:
– Em “Alguém precisa limpar essa sujeira.”, o termo “alguém” quer dizer uma pessoa de identidade indefi-
nida ou não especificada.
– Em “Nenhum convidado confirmou presença.”, o termo “nenhum” refere-se ao substantivo “convidado” de 
modo vago, pois não se sabe de qual convidado se trata. 
– Em “Cada criança vai ganhar um presente especial.”, o termo “cada” refere-se ao substantivo da frase 
“criança”, sem especificá-lo.
– Em “Outras lojas serão abertas no mesmo local.”, o termo “outras” refere-se ao substantivo “lojas” sem 
especificar de quais lojas se trata. 
Confira abaixo a tabela com os pronomes indefinidos:
CLASSIFICAÇÃO PRONOMES INDEFINIDOS
VARIÁVEIS Muito, pouco, algum, nenhum, outro, qualquer, certo, um, tanto, quan-
to, bastante, vários, quantos, todo.
INVARIÁVEIS Nada, ninguém, cada, algo, alguém, quem, demais, outrem, tudo.
Pronomes relativos
Os pronomes relativos, como sugere o nome, se relacionam ao termo anterior e o substituem, ou seja, para 
prevenir a repetição indevida das palavras em um texto. Eles podem ser variáveis (o qual, cujo, quanto) ou 
invariáveis (que, quem, onde).
Observe os exemplos:
– Em “São pessoas cuja história nos emociona.”, o pronome “cuja” se apresenta entre dois substantivos 
(“pessoas” e “história”) e se relaciona àquele que foi dito anteriormente (“pessoas”). 
– Em “Os problemas sobre os quais conversamos já estão resolvidos.” , o pronome “os quais” retoma o 
substantivo dito anteriormente (“problemas”).
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CLASSIFICAÇÃO PRONOMES RELATIVOS
VARIÁVEIS O qual, a qual, os quais, cujo, cuja, cujos, cujas, quanto, quanta, quan-
tos, quantas.
INVARIÁVEIS Quem, que, onde.
Pronomes interrogativos 
Os pronomes interrogativos são palavras variáveis e invariáveis cuja função é formular perguntas diretas e 
indiretas. Exemplos: 
“Quanto vai custar a passagem?” (oração interrogativa direta) 
“Gostaria de saber quanto custará a passagem.” (oração interrogativa indireta)
CLASSIFICAÇÃO PRONOMES INTERROGATIVOS
VARIÁVEIS Qual, quais, quanto, quantos, quanta, quantas.
INVARIÁVEIS Quem, que.
— Advérbio 
É a classe de palavras invariável que atua junto aos verbos, aos adjetivos e mesmo aos advérbios, com o 
objetivo de modificar ou intensificar seu sentido, ao adicionar-lhes uma nova circunstância. De modo geral, os 
advérbios exprimem circunstâncias de tempo, modo, vlugar, qualidade, causa, intensidade, oposição, aprova-
ção, afirmação, negação, dúvida, entre outras noções. Confira na tabela:
CLASSIFICAÇÃO PRINCIPAIS TERMOS EXEMPLOS
ADVÉRBIO DE 
MODO
Bem, mal, assim, melhor, pior, depressa, 
devagar. Grande parte das palavras que 
terminam em “-mente”, como cuidadosa-
mente, calmamente, tristemente.
“Coloquei-o cuidadosamente no berço.”
“Andou depressa por causa da chuva.”
ADVÉRBIO DE 
LUGAR
Perto, longe, dentro, fora, aqui, lá, atrás.
“O carro está fora.”
“Procurei pelas chaves aqui e acolá, mas elas 
estavam aqui, na gaveta”
“Demorou, mas chegou longe.”
ADVÉRBIO DE 
TEMPO
Antes, depois, hoje, ontem, amanhã, sem-
pre, nunca, cedo, tarde
“Sempre que precisar de algo, basta chamar-
-me.” “Cedo ou tarde, far-se-á justiça.”
ADVÉRBIO DE 
INTENSIDADE
Muito, pouco, bastante, tão, demais, 
tanto
“Eles formam um casal tão bonito!” 
“Elas conversam demais!” “Você saiu muito 
depressa.”
ADVÉRBIO DE 
AFIRMAÇÃO
Sim e decerto; palavras afirmativas com 
sufixo “-mente” (certamente, realmente). 
Palavras como claro e positivo podem ser 
advérbio, dependendo do contexto
“Decerto passaram por aqui.” 
“Claro que irei!” 
“Entendi, sim.”
ADVÉRBIO DE 
NEGAÇÃO
Não e nem; palavras como negativo, 
nenhum, nunca, jamais, entre outras, 
podem ser advérbio de negação, depen-
dendo do contexto.
“Jamais reatarei meu namoro com ele.” 
“Sequer pensou para falar.” “Não pediu ajuda.”
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ADVÉRBIO DE 
DÚVIDA
Talvez, quiçá, porventura, e palavras que 
expressem dúvida, acrescidas do sufixo “: 
-mente”, como possivelmente.
“Quiçá seremos recebidas.” “Provavelmente, 
sairei mais cedo.” 
“Talvez eu saia cedo.”
ADVÉRBIO DE 
INTERROGAÇÃO
Quando, como, onde, aonde, donde, por 
que; esse advérbio pode indicar circuns-
tâncias de modo, tempo, lugar e causa; é 
usado somente em frases interrogativas 
diretas ou indiretas.
“Por que vendeu o livro?” (Oração interrogati-
va direta, que indica causa) 
“Quando posso sair?” (oração interrogativa 
direta que indica tempo) 
“Explica como você fez isso.”(oração interro-
gativa indireta, que indica modo.
▸ Conjunção
As conjunções integram a classe de palavras que tem a função de conectar os elementos de um enunciado 
ou oração e, com isso, estabelecer uma relação de dependência ou de independência entre os termos ligados.
Em função dessa relação entre os termos conectados, as conjunções podem ser classificadas, respectiva-
mente e de modo geral, como coordenativas ou subordinativas. Em outras palavras, as conjunções são um vín-
culo entre os elementos de uma sentença, atribuindo ao enunciado uma maior clareza e precisão ao enunciado. 
▪ Conjunções coordenativas: observe o exemplo: 
“Eles ouviram os pedidos de ajuda. Eles chamaram o socorro.” – “Eles ouviram os pedidos de ajuda e cha-
maram o socorro.”
No exemplo, a conjunção “e” estabelece uma relação de adição ao enunciado, ao conectar duas orações 
em um mesmo período: além de terem ouvido os pedidos de ajuda, chamaram o socorro. Perceba que não há 
relação de dependência entre ambas as sentenças, e que, para fazerem sentido, elas não têm necessidade 
uma da outra. Assim, classificam-se como orações coordenadas, e a conjunção que as relaciona, como coor-
denativa. 
▪ Conjunções subordinativas: analise este segundo caso:
Não passei na prova, apesar de ter estudado muito.”
Neste caso, temos uma locução conjuntiva (duas palavras desempenham a função de conjunção). Além 
disso, notamos que o sentido da segunda sentença é totalmente dependente da informação que é dada na 
primeira. Assim, a primeira oração recebe o nome de oração principal, enquanto a segunda, de oração subor-
dinada. Logo, a conjunção que as relaciona é subordinativa.
Classificação das conjunções:
Além da classificação que se baseia no grau de dependência entre os termos conectados (coordenação e 
subordinação), as conjunções possuem subdivisões.
▪ Conjunções coordenativas: essas conjunções se reclassificam em razão do sentido que possuem cinco 
subclassificações, em função do sentido que estabelecem entre os elementos que ligam. São cinco:
CLASSIFICAÇÃO FUNÇÃO EXEMPLOS
Conjunções 
coordenativas 
aditivas
Estabelecer relação de adição 
(positiva ou negativa). As principais conjun-
ções coordenativas aditivas são “e”, “nem”
 e “também”.
“No safári, vimos girafas, 
leões e zebras” 
“Ela ainda chegou, nem sabemos 
quando vai chegar.”
Conjunções 
coordenativas 
adversativas
Estabelecer relação de oposição. 
As principais conjunções coordenativas 
adversativas são “mas”, “porém”, “contudo”, 
“todavia”, “entretanto”.
“Havia floresde linguagem é extremamente importante em nosso cotidiano, já que muitas vezes as imagens ou 
os gestos conseguem expressar significados que palavras não conseguem capturar com a mesma eficiência.
Exemplos:
– Uma placa de trânsito que indica “pare” por meio de uma cor vermelha e um formato específico.
– As expressões faciais e gestos durante uma conversa ou em um filme.
– Uma pintura, um logotipo ou uma fotografia que transmitem sentimentos, ideias ou informações sem o uso 
de palavras.
No contexto de interpretação, a linguagem não-verbal exige do leitor uma capacidade de decodificar 
mensagens que não estão escritas. Por exemplo, em uma prova que apresenta uma charge ou uma propaganda, 
será necessário interpretar os elementos visuais para compreender a mensagem que o autor deseja transmitir.
Linguagem Mista (ou Híbrida)
A linguagem mista é a combinação da linguagem verbal e da linguagem não-verbal, ou seja, utiliza tanto 
palavras quanto imagens para se comunicar. Esse tipo de linguagem é amplamente utilizado em nosso dia a 
dia, pois permite a transmissão de mensagens de forma mais completa, já que se vale das características de 
ambas as linguagens.
3
Exemplos:
– Histórias em quadrinhos, que utilizam desenhos (linguagem não–verbal) e balões de fala (linguagem 
verbal) para narrar a história.
– Cartazes publicitários que unem imagens e slogans para atrair a atenção e transmitir uma mensagem ao 
público.
– As apresentações de slides que combinam texto e imagens para tornar a explicação mais clara e 
interessante.
A linguagem mista exige do leitor uma capacidade de integrar informações provenientes de diferentes fontes 
para construir o sentido global da mensagem. Em uma prova, por exemplo, é comum encontrar questões que 
apresentam textos e imagens juntos, exigindo que o candidato compreenda a interação entre a linguagem 
verbal e não-verbal para interpretar corretamente o conteúdo.
Importância da Compreensão dos Tipos de Linguagem
Entender os tipos de linguagem é crucial para uma interpretação de textos eficaz, pois permite que o leitor 
reconheça como as mensagens são construídas e transmitidas. Em textos que utilizam apenas a linguagem 
verbal, a atenção deve estar voltada para o que está sendo dito e como as ideias são organizadas. Já em textos 
que empregam a linguagem não-verbal ou mista, o leitor deve ser capaz de identificar e interpretar símbolos, 
imagens e outros elementos visuais, integrando-os ao conteúdo verbal para chegar a uma interpretação 
completa.
Desenvolver a habilidade de identificar e interpretar os diferentes tipos de linguagem contribui para uma 
leitura mais crítica e aprofundada, algo essencial em provas que avaliam a competência em Língua Portuguesa. 
Essa habilidade é um diferencial importante para a compreensão do que está explicitamente escrito e para a 
interpretação das nuances que a linguagem não-verbal ou mista pode adicionar ao texto.
— Intertextualidade
A intertextualidade é um conceito fundamental para quem deseja compreender e interpretar textos de 
maneira aprofundada, especialmente em contextos de provas de concursos públicos. Trata-se do diálogo que 
um texto estabelece com outros textos, ou seja, a intertextualidade ocorre quando um texto faz referência, de 
maneira explícita ou implícita, a outro texto já existente. Esse fenômeno é comum na literatura, na publicidade, 
no jornalismo e em diversos outros tipos de comunicação.
Definição de Intertextualidade
Intertextualidade é o processo pelo qual um texto se relaciona com outro, estabelecendo uma rede de 
significados que enriquece a interpretação. Ao fazer referência a outro texto, o autor cria um elo que pode servir 
para reforçar ideias, criticar, ironizar ou até prestar uma homenagem. Essa relação entre textos pode ocorrer 
de várias formas e em diferentes graus de intensidade, dependendo de como o autor escolhe incorporar ou 
dialogar com o texto de origem.
O conceito de intertextualidade sugere que nenhum texto é completamente original, pois todos se alimentam 
de outros textos e discursos que já existem, criando um jogo de influências, inspirações e referências. Portanto, 
a compreensão de um texto muitas vezes se amplia quando reconhecemos as conexões intertextuais que ele 
estabelece.
Tipos de Intertextualidade
A intertextualidade pode ocorrer de diferentes formas. Aqui estão os principais tipos que você deve conhecer:
– Citação: É a forma mais explícita de intertextualidade. Ocorre quando um autor incorpora, de forma literal, 
uma passagem de outro texto em sua obra, geralmente colocando a citação entre aspas ou destacando-a de 
alguma maneira. 
Exemplo: Em um artigo científico, ao citar um trecho de uma obra de um pesquisador renomado, o autor 
está utilizando a intertextualidade por meio da citação.
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– Paráfrase: Trata-se da reescritura de um texto ou trecho de forma diferente, utilizando outras palavras, 
mas mantendo o mesmo conteúdo ou ideia central do original. A paráfrase respeita o sentido do texto base, 
mas o reinterpreta de forma nova.
Exemplo: Um estudante que lê um poema de Carlos Drummond de Andrade e reescreve os versos com 
suas próprias palavras está fazendo uma paráfrase do texto original.
– Paródia: Nesse tipo de intertextualidade, o autor faz uso de um texto conhecido para criar um novo texto, 
mas com o objetivo de provocar humor, crítica ou ironia. A paródia modifica o texto original, subvertendo seu 
sentido ou adaptando-o a uma nova realidade.
Exemplo: Uma música popular que é reescrita com uma nova letra para criticar um evento político recente 
é um caso de paródia.
– Alusão: A alusão é uma referência indireta a outro texto ou obra. Não é citada diretamente, mas há 
indícios claros que levam o leitor a perceber a relação com o texto original.
Exemplo: Ao dizer que “este é o doce momento da maçã”, um texto faz alusão à narrativa bíblica de Adão 
e Eva, sem mencionar explicitamente a história.
– Pastiche: É um tipo de intertextualidade que imita o estilo ou a forma de outro autor ou obra, mas sem a 
intenção crítica ou irônica que caracteriza a paródia. Pode ser uma homenagem ou uma maneira de incorporar 
elementos de uma obra anterior em um novo contexto.
Exemplo: Um romance que adota o estilo narrativo de um clássico literário como “Dom Quixote” ou “A 
Divina Comédia” para contar uma história contemporânea.
A Função da Intertextualidade
A intertextualidade enriquece a leitura, pois permite que o leitor estabeleça conexões e compreenda melhor 
as intenções do autor. Ao perceber a referência a outro texto, o leitor amplia seu entendimento e aprecia o novo 
sentido que surge dessa relação. Além disso, a intertextualidade contribui para criar um diálogo entre diferentes 
obras, épocas, autores e gêneros, tornando a literatura e outros tipos de textos mais dinâmicos e multifacetados.
Em provas de concursos públicos, questões de intertextualidade costumam explorar a capacidade do 
candidato de identificar essas referências e entender como elas influenciam o sentido do texto. A habilidade 
de reconhecer citações, alusões, paródias e outras formas de intertextualidade é, portanto, uma competência 
valiosa para quem busca se destacar em exames que avaliam a interpretação de textos.
Exemplos Práticos de Intertextualidade
Para ilustrar como a intertextualidade se manifesta na prática, vejamos alguns exemplos:
– Um artigo jornalístico que menciona a frase “ser ou não ser, eis a questão” está fazendo uma referência 
à famosa obra “Hamlet”, de William Shakespeare. O uso dessa expressão enriquece o artigo ao trazer o peso 
filosófico da dúvida existencial presente na peça.
– Uma charge política que apresenta um político com o nariz crescendo faz uma intertextualidade com a 
história de “Pinóquio”, sugerindo que o político é mentiroso.
– Um romance que começa com a frase “Era uma vez” faz uma intertextualidade com os contos de fadas, 
estabelecendo desde o início uma conexão com o gênero literário que trabalha com histórias encantadas eno jardim, mas 
estavam murchando.”
“Era inteligente e bom com
 palavras, entretanto, estava 
nervoso na prova.”
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Conjunções 
coordenativas 
alternativas
Estabelecer relação de alternância. 
As principais conjunções coordenativas 
alternativas são “ou”, “ou ... ou”, “ora ... ora”, 
“talvez ... talvez”
“Pode ser que o resultado saia 
amanhã ou depois”
“Ora queria viver ali para sempre, 
ora queria mudar de país.”
Conjunções 
coordenativas 
conclusivas
Estabelecer relação de conclusão. 
As principais conjunções coordenativas con-
clusivas são “portanto”, “então”,
 “assim”, “logo”
“Não era bem remunerada, então 
decidi trocar de emprego.”
“Penso, logo existo.”
Conjunções 
coordenativas 
explicativas
Estabelecer relação de explicação.
 As principais conjunções coordenativas 
explicativas são “porque”, “pois”, “porquanto”
“Quisemos viajar porque não 
conseguiríamos descansar aqui 
em casa”
“Não trouxe o pedido, pois 
não havia ouvido.”
– Conjunções subordinativas: com base no sentido construído entre as duas orações relacionadas, a 
conjunção subordinativa pode ser de dois subtipos:
1 – Conjunções integrantes: introduzem a oração que cumpre a função de sujeito, objeto direto, objeto 
indireto, predicativo, complemento nominal ou aposto de outra oração. Essas conjunções são que e se. Exem-
plos:
«É obrigatório que o senhor compareça na data agendada.” 
“Gostaria de saber se o resultado sairá ainda hoje.”
2 – Conjunções adverbiais: introduzem sintagmas adverbiais (orações que indicam uma circunstância 
adverbial relacionada à oração principal) e se subdividem conforme a tabela abaixo:
CLASSIFICAÇÃO FUNÇÃO EXEMPLOS
Conjunções 
integrantes
São as empregadas para introduzir a 
oração que cumpre a função de sujeito, 
objeto direto, objeto indireto, 
predicativo, complemento nominal ou 
aposto de outra oração.
Que e se.
Analise: “É obrigatório que o senhor 
compareça na data agendada.” e
“Gostaria de saber se o resultado 
sairá ainda hoje.”
Conjunções 
subordinativas
causais
Introduzem uma oração subordinada 
que denota causa.
Porque, pois, por isso que, uma vez 
que, já que, visto que, que, porquanto.
Conjunções 
subordinativas 
conformativas
Introduzem uma oração subordinada 
em que se exprime a conformidade de 
um pensamento com a da oração 
principal.
Conforme, segundo, como, 
consoante.
Conjunções 
subordinativas 
condicionais
Introduzem uma oração subordinada 
em que é indicada uma hipótese ou 
uma condição necessária para que seja 
realizada ou não o fato principal.
Se, caso, salvo se, desde que, 
contanto que, dado que, a menos que, 
a não ser que.
Conjunções 
subordinativas 
comparativas
Introduzem uma oração que expressa 
uma comparação,
Mais, menos, menor, maior, pior, me-
lhor, seguidas de que ou do que. Qual 
depois de tal,. Quanto depois de 
tanto. Como, assim como, como se, 
bem como, que nem.
Conjunções 
subordinativas 
concessivas
Indicam uma oração em que se admite 
um fato contrário à ação principal, mas 
incapaz de impedi-la.
Por mais que, por menos que, apesar 
de que, embora, conquanto, mesmo 
que, ainda que, se bem que.
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Conjunções 
subordinativas 
proporcionais
Introduzem uma oração, cujos 
acontecimentos são simultâneos, 
concomitantes, ou seja, ocorrem no 
mesmo espaço temporal daqueles 
conditos na outra oração.
A proporção que, ao passo que, à 
medida que, à proporção que.
Conjunções
 subordinativas 
temporais
Introduzem uma oração subordinada 
indicadora de circunstância de tempo.
Depois que, até que, desde que, cada 
vez que, todas as vezes que, antes 
que, sempre que, logo que, mal 
quando.
Conjunções 
subordinativas 
consecutivas
Introduzem uma oração na qual é 
indicada a consequência do que foi
declarado na oração anterior.
Tal, tão, tamanho, tanto 
(em uma oração, seguida pelo que em 
outra oração).
De maneira que, de forma que, de 
sorte que, de modo que.
Conjunções 
subordinativas 
finais
Introduzem uma oração indicando a 
finalidade da oração principal. A fim de que, para que.
▸Numeral
É a classe de palavra variável que exprime um número determinado ou a colocação de alguma coisa dentro 
de uma sequência. Os numerais podem ser: cardinais (um, dois, três), ordinais (primeiro, segundo, terceiro), 
fracionários (meio, terço, quarto) e multiplicativos (dobro, triplo, quádruplo). Antes de nos aprofundarmos em 
cada caso, vejamos o emprego dos numerais, que tem três principais finalidades: 
▪ Indicar leis e decretos: nesses casos, emprega-se o numeral ordinal somente até o número nono; após, 
devem ser utilizados os numerais cardinais. Exemplos: Parágrafo 9° (parágrafo nono); Parágrafo 10 (Parágrafo 
10). 
▪ Indicar os dias do mês: nessas situações, empregam-se os numerais cardinais, sendo que a única exce-
ção é a indicação do primeiro dia do mês, para a qual deve-se utilizar o numeral ordinal. Exemplos: dezesseis 
de outubro; primeiro de agosto. 
▪ Indicar capítulos, séculos, capítulos, reis e papas: após o substantivo emprega-se o numeral ordinal 
até o décimo; após o décimo utiliza-se o numeral cardinal. Exemplos: capítulo X (décimo); século IV (quarto); 
Henrique VIII (oitavo); Bento XVI (dezesseis).
Os tipos de numerais:
▪ Cardinais: são os números em sua forma fundamental e exprimem quantidades.
▪ Exemplos: um, dois, dezesseis, trinta, duzentos, mil.
Alguns deles flexionam em gênero (um/uma, dois/duas, quinhentos/quinhentas).
Alguns números cardinais variam em número, como é o caso: milhão/milhões, bilhão/bilhões, trilhão/tri-
lhões, e assim por diante.
A palavra ambos(as) é considerada um numeral cardinal, pois significa os dois/as duas. Exemplo: Antônio e 
Pedro fizeram o teste, mas os dois/ambos foram reprovados.
▪ Ordinais: indicam ordem de uma sequência (primeiro, segundo, décimo, centésimo, milésimo…), isto é, 
apresentam a ordem de sucessão e uma série, seja ela de seres, de coisas ou de objetos.
Os numerais ordinais variam em gênero (masculino e feminino) e número (singular e plural). Exemplos: 
primeiro/primeira, primeiros/primeiras, décimo/décimos, décima/décimas, trigésimo/trigésimos, trigésima/trigé-
simas.
Alguns numerais ordinais possuem o valor de adjetivo. Exemplo: A carne de segunda está na promoção.
▪ Fracionários: servem para indicar a proporções numéricas reduzidas, ou seja, para representar uma parte 
de um todo. Exemplos: meio ou metade (½), um quarto (um quarto (¼), três quartos (¾), 1/12 avos.
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Os números fracionários flexionam-se em gênero (masculino e feminino) e número (singular e plural). Exem-
plos: meio copo de leite, meia colher de açúcar; dois quartos do salário-mínimo.
▪ Multiplicativos: esses numerais estabelecem relação entre um grupo, seja de coisas ou objetos ou coi-
sas, ao atribuir-lhes uma característica que determina o aumento por meio dos múltiplos. Exemplos: dobro, 
triplo, undécuplo, doze vezes, cêntuplo.
Em geral, os multiplicativos são invariáveis, exceto quando atuam como adjetivo, pois, nesse caso, passam 
a flexionar número e gênero (masculino e feminino). Exemplos: dose dupla de elogios, duplos sentidos. 
▪ Coletivos: correspondem aos substantivos que exprimem quantidades precisas, como dezena (10 unida-
des) ou dúzia (12 unidades).
Os numerais coletivos sofrem a flexão de número: unidade/unidades, dúzia/dúzias, dezena/dezenas, cen-
tena/centenas.
▸Preposição 
Essa classe de palavras cujo objetivo é marcar as relações gramaticais que outras classes (substantivos, 
adjetivos, verbos e advérbios) exercem no discurso. Por apenas marcarem algumas relações entre as unidades 
linguísticas dentro do enunciado, as preposições não possuem significado próprio se isoladas no discurso.
Em razão disso, as preposições são consideradas uma classe gramatical dependente, ou seja, sua função 
gramatical (organização e estruturação) é principal, embora o desempenho semântico, que gera significado e 
sentido, possua valor menor.
Classificação das preposições:
▪ Preposições essenciais: são aquelas que só aparecem na língua propriamentecomo preposições, sem 
outra função. São elas: a, antes, após, até, com, contra, de, desde, em, entre, para, perante, por (ou per, em 
dadas variantes geográficas ou históricas), sem, sob, sobre, trás.
▪ Exemplo 1: ”Luís gosta de viajar.” e “Prefiro doce de coco.” Em ambas as sentenças, a preposição de 
manteve-se sempre sendo preposição, apesar de ter estabelecido relação entre unidades linguísticas diferen-
tes, garantindo-lhes classificações distintas conforme o contexto.
▪ Exemplo 2: “Estive com ele até o reboque chegar.” e “Finalizei o quadro com textura.” Perceba que nas 
duas fases, a mesma preposição tem significados distintos: na segunda, indica recurso/instrumento; na primei-
ra, exprime companhia. Por isso, afirma-se que a preposição tem valor semântico, mesmo que secundário ao 
valor estrutural (gramática).
Classificação das preposições:
▪ Preposições acidentais: são aquelas que, originalmente, não apresentam função de preposição, porém, 
a depender do contexto, podem assumir essa atribuição. São elas: afora, como, conforme, durante, exceto, 
feito, fora, mediante, salvo, segundo, visto, entre outras.
▪ Exemplo: ”Segundo o delegado, os depoimentos do suspeito apresentaram contradições.” A palavra 
“segundo”, que, normalmente seria um numeral (primeiro, segundo, terceiro), ao ser inserida nesse contexto, 
passou a ser uma preposição acidental, pois tem o sentido de “de acordo com”, “em conformidade com”.
Locuções prepositivas:
Recebe esse nome o conjunto de palavras com valor e emprego de uma preposição. As principais locuções 
prepositivas são constituídas por advérbio ou locução adverbial acrescido da preposição de, a ou com. Confira 
algumas das principais locuções prepositivas.
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abaixo de de acordo com junto a
acerca de debaixo de junto de 
acima de de modo a não obstante
a fim de dentro de para com
à frente de diante de por debaixo de
antes de embaixo de por cima de
a respeito de em cima de por dentro de
atrás de em frente de por detrás de
através de em razão de quanto a
com a respeito a fora de sem embargo de
▸Interjeição
É a palavra invariável ou sintagma que compõe frases que manifestam, por parte do emissor do enunciado, 
surpresa, hesitação, susto, emoção, apelo, ordem, etc. São as chamadas unidades autônomas, que usufruem 
de independência em relação aos demais elementos do enunciado.
As interjeições podem ser empregadas também para exigir algo ou para chamar a atenção do interlocutor e 
são unidades cuja forma pode sofrer variações como:
▪ Locuções interjetivas: são formadas por grupos e palavras que, associadas, assumem o valor de inter-
jeição. Exemplos: “Ai de mim!”, “Minha nossa!” Cruz credo!”.
▪ Palavras da língua: “Eita!” “Nossa!”
▪ Sons vocálicos: “Hum?!”, “Ué!”, “Ih…!”
Os tipos de interjeição:
De acordo com as reações que expressam, as interjeições podem ser de: 
ADMIRAÇÃO “Ah!”, “Oh!”, “Uau!”
ALÍVIO “Ah!”, “Ufa!”
ANIMAÇÃO “Coragem!”, “Força!”, “Vamos!”
APELO “Ei!”, “Oh!”, “Psiu!”
APLAUSO “Bravo!”, “Bis!”
DESPEDIDA/SAUDAÇÃO “Alô!”, “Oi!”, “Salve!”, “Tchau!”
DESEJO “Tomara!”
DOR “Ai!”, “Ui!”
DÚVIDA “Hã?!”, “Hein?!”, “Hum?!”
ESPANTO “Eita!”, “Ué!”
IMPACIÊNCIA (FRUSTRAÇÃO) “Puxa!”
IMPOSIÇÃO “Psiu!”, “Silêncio!”
SATISFAÇÃO “Eba!”, “Oba!”
SUSPENSÃO “Alto lá!”, “Basta!”, “Chega!”
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Semântica (conotação, denotação, sinônimo, antônimo, polissemia, homônimo, parôni-
mo, polissemia)
A significação das palavras é um aspecto fundamental da comunicação, sendo responsável por garantir 
que a mensagem transmitida seja compreendida da maneira correta pelo interlocutor. Dentro da Gramática 
Normativa, esse estudo é abordado pela área da Semântica, que se dedica a investigar os diferentes sentidos 
que as palavras podem assumir em diversos contextos.
Ao utilizarmos a língua portuguesa, as palavras não possuem um único significado; sua interpretação pode 
variar conforme o contexto em que são inseridas, o tom do discurso ou até mesmo a intenção do emissor. Por 
isso, compreender a significação das palavras é essencial para aprimorar a clareza e a precisão na comunicação, 
especialmente em situações formais, como em provas de concursos públicos ou na redação de documentos 
oficiais.
— Antônimo e Sinônimo
A compreensão de antônimos e sinônimos é fundamental para enriquecer o vocabulário e tornar a 
comunicação mais variada e expressiva. Esses conceitos desempenham um papel crucial na produção textual 
e na interpretação de textos, ajudando a evitar repetições indesejadas e a construir discursos mais coesos e 
precisos.
Antônimo: Palavras de Sentidos Opostos
Antônimos são palavras que possuem significados opostos ou contrários entre si. Eles são utilizados para 
criar contrastes e realçar diferenças em um texto, contribuindo para a clareza e a força do discurso. A habilidade 
de identificar e usar antônimos corretamente é uma ferramenta valiosa para quem deseja aprimorar a expressão 
escrita e oral.
Exemplos de Antônimos:
– Felicidade vs. Tristeza: A felicidade representa um estado de contentamento e alegria, enquanto a tristeza 
denota um estado de desânimo ou infelicidade.
– Homem vs. Mulher: Aqui, temos a oposição entre os gêneros, onde o homem representa o masculino e 
a mulher, o feminino.
– Claro vs. Escuro: Estes termos indicam a presença ou ausência de luz, respectivamente.
Os antônimos também podem ser úteis na elaboração de comparações e na construção de argumentos. Por 
exemplo, ao escrever uma redação, ao mostrar um ponto de vista negativo e depois contrastá-lo com um ponto 
de vista positivo, a ideia é reforçada e o texto ganha em riqueza argumentativa.
— Sinônimo: Palavras de Sentidos Semelhantes
Sinônimos são palavras que possuem significados iguais ou muito parecidos e que, portanto, podem substituir 
uma à outra em diferentes contextos sem alterar o sentido da frase. O uso de sinônimos é especialmente útil na 
produção de textos mais sofisticados, pois permite evitar a repetição excessiva de palavras, tornando a escrita 
mais fluida e interessante.
Exemplos de Sinônimos:
– Felicidade: alegria, contentamento, júbilo.
– Homem: varão, macho, cavalheiro.
– Inteligente: sábio, esperto, perspicaz.
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O uso adequado de sinônimos demonstra um domínio amplo do vocabulário e a capacidade de adaptar 
a linguagem a diferentes contextos, o que é especialmente importante em redações de concursos públicos e 
exames, nos quais a repetição excessiva de termos pode ser vista como uma limitação do repertório linguístico 
do candidato.
A Importância dos Antônimos e Sinônimos na Produção Textual
O emprego de antônimos e sinônimos na construção de textos é um recurso estilístico que permite ao autor 
variar a linguagem, evitar monotonia e enriquecer a mensagem. Um texto repleto de repetições tende a se 
tornar cansativo e pouco envolvente para o leitor, ao passo que a alternância de termos similares e o uso de 
palavras opostas conferem dinamismo e elegância à escrita.
Por exemplo, ao escrever uma redação, em vez de repetir a palavra “importante” diversas vezes, o autor 
pode substituí-la por termos como “relevante”, “significativo” ou “fundamental”, demonstrando, assim, um maior 
domínio da língua e capacidade de expressão.
Além disso, a compreensão de antônimos é útil para a elaboração de argumentos. Em uma dissertação 
argumentativa, por exemplo, o uso de termos opostos pode reforçar ideias ao contrastar pontos positivos e 
negativos, facilitando a defesa de um ponto de vista.
Dicas para o Uso Eficiente de Antônimos e Sinônimos:
— Contexto é fundamental: Nem sempre uma palavra pode ser substituída por um sinônimo sem alterar 
o sentido original da frase. É essencial considerar o contexto em que a palavra está inserida antes de optar por 
um sinônimo.
— Varie o vocabulário: Ao redigir um texto, evite a repetição excessiva de palavras. Utilize sinônimos para 
enriquecer a linguagem e tornar o texto mais envolvente.
— Cuidado com os antônimos parciais: Nem sempre os antônimos possuem um sentido totalmente 
oposto. Por exemplo,“quente” e “frio” são opostos, mas há outros graus de temperatura entre eles, como 
“morno” e “gelado”.
— Considere o nível de formalidade: Nem todos os sinônimos são adequados para todos os contextos. 
Em textos formais, como redações de concursos públicos, prefira sinônimos mais formais e evite gírias ou 
expressões coloquiais.
O uso consciente e estratégico de antônimos e sinônimos aprimora a qualidade da comunicação, tornando-a 
mais eficaz, rica e adaptada ao propósito do discurso. Esses recursos, quando bem aplicados, refletem um 
domínio aprofundado da língua portuguesa, contribuindo para uma expressão clara, precisa e impactante.
— Hipônimos e Hiperônimos
Os conceitos de hipônimos e hiperônimos são essenciais para compreender as relações de sentido e 
hierarquia entre palavras na língua portuguesa. Essas relações semânticas ajudam a organizar o vocabulário 
de forma mais lógica e estruturada, permitindo uma comunicação mais clara e precisa.
Hipônimos: Palavras de Sentido Específico
Os hipônimos são palavras que apresentam um sentido mais específico dentro de um campo semântico. 
Em outras palavras, elas representam elementos que pertencem a uma categoria maior e que compartilham 
características em comum com outros elementos dessa mesma categoria. Os hipônimos ajudam a detalhar e a 
especificar a comunicação, tornando-a mais precisa.
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Exemplos de Hipônimos:
– Rosa, margarida e tulipa são hipônimos da categoria “flores”.
– Cachorro, gato e hamster são hipônimos de “animais domésticos”.
– Carro, moto e ônibus são hipônimos de “veículos”.
Os hipônimos permitem que a comunicação seja detalhada e enriquecida, possibilitando que o falante ou 
escritor seja mais específico e preciso em suas colocações. Por exemplo, ao falar “Eu gosto de flores”, estamos 
sendo genéricos, mas ao afirmar “Eu gosto de rosas”, o sentido torna-se mais específico e claro.
Hiperônimos: Palavras de Sentido Genérico
Os hiperônimos, por outro lado, são palavras de sentido mais amplo e abrangente que englobam diversas 
outras palavras que compartilham características em comum. Eles representam categorias gerais nas quais os 
hipônimos se encaixam. Os hiperônimos permitem generalizar e agrupar informações, sendo muito úteis para 
resumir ideias e conceitos.
Exemplos de Hiperônimos:
– Flores é o hiperônimo que abrange rosa, margarida e tulipa.
– Animais domésticos é o hiperônimo que inclui cachorro, gato e hamster.
– Veículos é o hiperônimo que abrange carro, moto e ônibus.
Ao utilizar hiperônimos, é possível simplificar a comunicação e evitar repetições desnecessárias, 
especialmente quando queremos referir-nos a um grupo de itens ou conceitos de forma mais geral.
Diferença entre Hipônimos e Hiperônimos
A principal diferença entre hipônimos e hiperônimos reside no grau de especificidade. Os hipônimos são 
mais específicos e detalhados, enquanto os hiperônimos são mais genéricos e abrangentes. A relação entre 
hipônimos e hiperônimos é hierárquica, pois o hiperônimo está sempre em um nível superior ao dos hipônimos 
na cadeia de significados.
Essa relação é semelhante à ideia de uma “árvore” semântica: o hiperônimo seria o “tronco” que dá origem 
a vários “galhos”, que são os hipônimos. Essa analogia ajuda a entender como as palavras se conectam e 
organizam em campos de sentido.
Diferença entre Hiperônimos e Substantivos Coletivos
É importante não confundir hiperônimos com substantivos coletivos, pois, embora ambos indiquem uma 
ideia de conjunto, eles desempenham papéis diferentes na língua. 
– Substantivo Coletivo: refere-se a um grupo ou conjunto de elementos de uma mesma natureza, como 
“cardume” (grupo de peixes) ou “alcateia” (grupo de lobos). 
– Hiperônimo: é uma palavra de sentido mais amplo que engloba outras palavras com sentidos mais 
específicos, sem necessariamente representar um conjunto.
Por exemplo, “fruta” é um hiperônimo que abrange maçã, banana e laranja, mas não se trata de um 
substantivo coletivo, pois não indica um grupo de frutas. Já o termo “pomar” é um substantivo coletivo, pois se 
refere a um conjunto de árvores frutíferas.
A Importância de Hipônimos e Hiperônimos na Comunicação
A compreensão e o uso adequado de hipônimos e hiperônimos são essenciais para enriquecer a produção 
textual e a interpretação de textos. Ao empregar esses conceitos de maneira consciente, é possível variar o 
nível de generalidade ou especificidade da linguagem, adaptando-se ao contexto e ao objetivo da comunicação.
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Na redação de textos, especialmente em concursos públicos, o uso desses termos pode demonstrar domínio 
da língua e capacidade de estruturar ideias de forma clara e lógica. Por exemplo, ao escrever um texto sobre 
“animais domésticos”, o uso de hipônimos (cachorro, gato, papagaio) permite que o texto seja mais rico em 
detalhes e informativo. Por outro lado, o uso de hiperônimos pode ajudar a resumir ideias e a evitar repetições, 
mantendo a coesão e a fluidez do texto.
Dicas para o Uso de Hipônimos e Hiperônimos:
– Escolha o nível de especificidade adequado: Em textos formais ou informativos, os hipônimos ajudam 
a fornecer detalhes importantes. Já em textos mais genéricos ou de caráter introdutório, os hiperônimos são 
mais apropriados.
– Utilize hiperônimos para evitar repetições: Quando precisar mencionar um grupo de palavras várias 
vezes em um texto, use o hiperônimo para evitar a repetição e tornar a escrita mais fluida.
– Seja claro ao usar hipônimos: Quando desejar especificar algo, opte por hipônimos para garantir que a 
mensagem seja precisa e clara.
– Pratique a identificação dessas relações: Para aprimorar sua compreensão, tente identificar hipônimos 
e hiperônimos em textos que você lê. Isso reforçará sua habilidade de reconhecer e aplicar essas relações em 
suas próprias produções.
O domínio dos conceitos de hipônimos e hiperônimos contribui para uma comunicação mais efetiva, 
enriquecendo a capacidade de expressão e compreensão. Ao compreender as nuances de sentido entre palavras 
mais específicas e mais gerais, o estudante desenvolve um repertório mais amplo e uma maior habilidade em 
adaptar seu discurso a diferentes contextos e propósitos comunicativos. 
— Conotação e Denotação
A distinção entre conotação e denotação é um dos aspectos mais importantes da Semântica, pois revela 
como as palavras podem assumir diferentes significados dependendo do contexto em que são empregadas. 
Esses dois conceitos são essenciais para entender a linguagem de maneira mais aprofundada e para interpretar 
corretamente o sentido de textos, especialmente em exames de concursos públicos, onde a análise semântica 
é bastante exigida.
Denotação: O Sentido Literal
A denotação refere-se ao sentido literal, objetivo e dicionarizado de uma palavra. É a interpretação mais 
comum e imediata que um termo possui, sendo usada de forma precisa e desprovida de qualquer ambiguidade 
ou subjetividade. Na linguagem denotativa, as palavras mantêm o significado que consta nos dicionários, sem 
alteração ou variação de sentido.
Exemplo de Denotação:
– “O gato subiu no telhado.”
– Aqui, a palavra “gato” é usada em seu sentido literal, referindo-se ao animal felino que subiu no telhado. 
Não há nenhuma interpretação além do que a palavra originalmente representa.
A linguagem denotativa é mais comum em textos técnicos, científicos, jornalísticos e informativos, onde a 
clareza e a objetividade são fundamentais. Nesses tipos de textos, o emprego da denotação garante que a 
mensagem seja compreendida de forma precisa, sem margem para interpretações dúbias.
Conotação: O Sentido Figurativo
A conotação, por outro lado, é o uso da palavra em sentido figurado ou simbólico, indo além do significado 
literal. Na linguagem conotativa, o significado das palavras depende do contexto em que estão inseridas, 
podendo assumir diferentes nuances, interpretações e associações de ideias. 
A conotação é bastante comum em textos literários, poéticos, propagandas e expressões do cotidiano, onde 
a intençãoé provocar emoções, impressões ou transmitir ideias de forma mais subjetiva e criativa.
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Exemplo de Conotação:
– “João está com um pepino para resolver.”
– Aqui, a palavra “pepino” não está sendo usada no sentido literal de vegetal, mas sim no sentido figurado 
de “problema” ou “dificuldade”, indicando que João enfrenta uma situação complicada.
Outro exemplo seria a frase “Ela tem um coração de ouro”, que não significa que a pessoa tem um órgão 
feito de metal precioso, mas sim que ela é bondosa e generosa.
A Importância do Contexto na Diferenciação entre Conotação e Denotação
A distinção entre conotação e denotação só é possível a partir do contexto em que a palavra é utilizada. 
Uma mesma palavra pode ter significados totalmente distintos dependendo da situação, e é o contexto que 
define qual sentido deve ser atribuído. Por isso, a habilidade de identificar e interpretar o contexto é crucial para 
compreender o uso da linguagem e a intenção do autor.
Exemplo Comparativo:
– Denotativo: “A criança pegou o peixe no rio.” Aqui, “peixe” refere-se literalmente ao animal aquático.
– Conotativo: “Ele ficou como um peixe fora d’água na reunião.” Neste caso, “peixe fora d’água” é uma 
expressão que significa que a pessoa se sentiu desconfortável ou deslocada, sendo usada no sentido figurado.
Nos textos literários, a conotação é um recurso expressivo que permite a criação de imagens poéticas e 
metafóricas, enriquecendo a narrativa e possibilitando múltiplas interpretações. Já nos textos informativos ou 
científicos, a linguagem denotativa é preferida para garantir que a mensagem seja objetiva e direta.
— Aplicações Práticas de Conotação e Denotação em Provas de Concurso
Nas questões de interpretação de texto em concursos públicos, é comum encontrar perguntas que exigem 
do candidato a habilidade de identificar se a palavra ou expressão está sendo utilizada de forma denotativa 
ou conotativa. É importante prestar atenção nas pistas contextuais e no estilo do texto para distinguir o tipo de 
linguagem que está sendo empregado.
Por exemplo, em uma questão que apresenta uma frase como “O projeto enfrentou diversas pedras no 
caminho”, o candidato precisa perceber que “pedras no caminho” não se refere a pedras reais, mas sim a 
obstáculos ou dificuldades, caracterizando um uso conotativo.
Dicas para Identificar Conotação e Denotação:
– Analise o contexto: Sempre observe as palavras ao redor e a situação em que a palavra ou expressão 
está inserida. O contexto é o principal guia para identificar se a palavra está em sentido literal ou figurado.
– Considere o estilo do texto: Se o texto for literário, poético ou publicitário, há uma maior probabilidade 
de o uso ser conotativo. Em textos técnicos, científicos ou jornalísticos, a tendência é o uso denotativo.
– Atente-se a expressões idiomáticas: Muitas vezes, as expressões idiomáticas (como “matar dois 
coelhos com uma cajadada só” ou “ter uma carta na manga”) utilizam a conotação, pois possuem significados 
que vão além das palavras em si.
– Observe se há elementos de comparação ou metáfora: A presença de figuras de linguagem é um 
forte indício de que a palavra está sendo usada no sentido conotativo. Palavras que sugerem comparações, 
metáforas, hipérboles, entre outras, costumam carregar significados figurados.
A Relevância da Conotação e Denotação na Comunicação
O conhecimento sobre conotação e denotação é essencial para evitar mal-entendidos e ambiguidades 
na comunicação. Em situações formais, como em redações de concursos ou documentos oficiais, o uso da 
denotação é mais apropriado para garantir clareza e precisão. Por outro lado, a conotação é um recurso valioso 
em textos literários, propagandas e discursos persuasivos, onde a intenção é emocionar, inspirar ou convencer 
o leitor.
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Ao dominar a diferença entre conotação e denotação, o estudante amplia sua capacidade de interpretar 
textos de maneira mais completa e se torna apto a identificar as intenções do autor, seja ao utilizar o sentido 
literal ou figurado das palavras.
Com isso, conclui-se que a compreensão da conotação e da denotação é uma habilidade indispensável para 
quem deseja aprimorar a interpretação e a produção textual, seja em exames, concursos ou na comunicação 
cotidiana. 
— Ambiguidade
A ambiguidade é um fenômeno linguístico que ocorre quando uma palavra, frase ou expressão apresenta 
mais de um sentido ou interpretação. Essa duplicidade de sentidos pode surgir de forma intencional, como um 
recurso estilístico em textos literários ou publicitários, ou de maneira não intencional, resultando em falhas de 
comunicação e mal-entendidos. Por isso, compreender a ambiguidade e saber evitá-la é essencial para uma 
comunicação clara e precisa, especialmente em textos formais, como aqueles exigidos em concursos públicos.
O que é Ambiguidade?
A ambiguidade ocorre quando a estrutura linguística de uma frase permite interpretações diferentes, seja 
em nível lexical (palavras isoladas) ou estrutural (construção da frase). Em outras palavras, uma frase ambígua 
pode transmitir mais de um significado, e o contexto é fundamental para identificar qual sentido é o mais 
adequado.
Exemplos de Ambiguidade:
– Ambiguidade Lexical: Ocorre quando uma palavra tem mais de um significado, e o contexto não deixa 
claro qual é o sentido pretendido.
Exemplo: “João foi ao banco.” 
A palavra “banco” pode significar tanto uma instituição financeira quanto um assento, e a frase não esclarece 
qual das duas interpretações é a correta.
– Ambiguidade Estrutural: Ocorre quando a construção da frase permite múltiplas interpretações.
Exemplo: “A professora elogiou a aluna dedicada.”
A interpretação pode ser que a professora elogiou “a aluna que era dedicada” ou que a professora, que é 
dedicada, elogiou a aluna.
Ambiguidade Intencional e Não Intencional
– Ambiguidade Intencional: É utilizada de forma proposital, principalmente em textos literários, publicitários 
e humorísticos. Nesses casos, a ambiguidade é empregada como recurso de estilo para enriquecer a mensagem, 
criar humor ou tornar um texto mais expressivo e intrigante.
Exemplo publicitário: “Este é o carro que você sempre sonhou.” pode se referir a “um carro que você 
sonhou em possuir” ou “um carro que aparece em seus sonhos”, explorando a ideia de desejo e aspiração.
– Ambiguidade Não Intencional: Ocorre quando o autor, de forma involuntária, constrói uma frase que 
pode ser interpretada de mais de uma maneira. Essa forma de ambiguidade pode prejudicar a clareza do texto 
e gerar confusão.
Exemplo: “O médico atendeu o paciente de pijama.” não está claro se o médico ou o paciente estava usando 
o pijama, e isso torna a frase ambígua.
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Como a Ambiguidade Pode Atrapalhar a Comunicação?
Em situações formais, como redações, relatórios, contratos e provas de concursos, a ambiguidade não 
intencional é um erro que pode comprometer a compreensão da mensagem. Frases ambíguas podem causar 
interpretações equivocadas, prejudicando o entendimento do texto e, consequentemente, a avaliação do 
candidato ou do autor. Por isso, é fundamental saber identificar e eliminar qualquer possibilidade de ambiguidade 
para garantir que a mensagem seja transmitida de forma clara e precisa.
Estratégias para Evitar a Ambiguidade em Textos
– Revise a Estrutura da Frase: Ao revisar o texto, certifique-se de que a construção das frases é clara 
e que não há possibilidade de dupla interpretação. Uma revisão cuidadosa pode evitar que uma estrutura 
inadequada cause ambiguidades.
– Prefira Palavras Específicas: Use palavras que tenham um significado claro e preciso, evitando termos 
que possam ser interpretados de diferentes maneiras.
– Em vez de dizer “O funcionário trouxe o relatório para o chefe na sala”, especifique “O funcionário entregou 
o relatório ao chefe na sala.”
– Evite a Omissão de Informações Importantes: Quando deixamos de especificar quem realizou 
determinada ação, criamos margem para interpretações múltiplas. Certifique-sede que todos os sujeitos e 
objetos das ações estão claramente identificados.
– Use Pontuação Adequada: A pontuação pode ajudar a esclarecer o sentido da frase e evitar ambiguidades. 
Por exemplo:
– Ambíguo: “O juiz disse que o advogado era mentiroso.”
– Mais claro: “O juiz, disse, o advogado, era mentiroso.” (Neste caso, fica claro que o juiz falou, e não que 
ele estava chamando o advogado de mentiroso.)
– Leia o Texto em Voz Alta: Ao ler o texto em voz alta, fica mais fácil identificar construções que podem 
causar dúvidas ou ambiguidades. Essa prática ajuda a perceber onde a mensagem pode ser mal interpretada.
Ambiguidade e Figuras de Linguagem
A ambiguidade também pode ser utilizada como figura de linguagem em textos literários ou publicitários, 
gerando efeitos de humor, ironia ou suspense. Quando usada de forma consciente, a ambiguidade pode 
enriquecer o texto, tornando-o mais interessante e criativo.
Por exemplo, a ambiguidade é frequentemente explorada em trocadilhos, charadas e piadas:
– Trocadilho: “É verdade que o padeiro é muito pão–duro?” 
– A palavra “pão–duro” pode significar tanto alguém avarento quanto fazer referência ao fato de o padeiro 
trabalhar com pão.
Análise de Ambiguidade em Textos Publicitários e Propagandas
A ambiguidade é um recurso muito utilizado em publicidade para chamar a atenção do consumidor, fazendo 
com que ele reflita sobre a mensagem e se engaje com o produto ou serviço anunciado. Muitas vezes, a 
duplicidade de sentido em um slogan ou campanha publicitária cria um efeito surpreendente e faz com que a 
mensagem fique gravada na mente do público.
Exemplo Publicitário:
Uma propaganda de móveis com a frase “Nossos móveis não duram”, que pode ser interpretada como:
– Os móveis não duram na loja porque são vendidos rapidamente devido ao preço baixo.
– Os móveis não têm boa qualidade e, portanto, não são duráveis.
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Essa ambiguidade pode ser intencional para gerar curiosidade e provocar uma reflexão sobre o verdadeiro 
significado da mensagem.
A ambiguidade, quando utilizada intencionalmente, pode ser um poderoso recurso estilístico que enriquece 
a linguagem e torna a comunicação mais expressiva e interessante. No entanto, em contextos formais ou 
acadêmicos, ela deve ser evitada para garantir a clareza e a precisão da mensagem.
Ao desenvolver a habilidade de identificar e corrigir ambiguidades, o estudante aprimora sua capacidade de 
produzir textos bem estruturados e de interpretar mensagens de forma mais eficaz. Esse é um conhecimento 
especialmente relevante para quem se prepara para concursos públicos, onde a clareza e a objetividade da 
comunicação são fundamentais.
A compreensão da significação das palavras é um aspecto essencial do domínio da língua portuguesa e 
tem impacto direto na qualidade da comunicação, seja na forma escrita ou oral. Os conceitos de antônimos 
e sinônimos, hipônimos e hiperônimos, conotação e denotação, bem como a questão da ambiguidade, são 
ferramentas que auxiliam na construção de textos mais ricos, claros e expressivos. 
Ao entendê-los e aplicá-los corretamente, o falante ou escritor é capaz de transmitir mensagens de forma 
mais precisa e de interpretar com maior profundidade o que lê ou ouve.
Em particular, o reconhecimento e a aplicação desses conceitos são fundamentais em situações formais, 
como em provas de concursos públicos, redações e discursos profissionais, onde a clareza, a variedade 
de vocabulário e a exatidão são habilidades valorizadas. Dominar os antônimos e sinônimos permite evitar 
repetições e enriquece a linguagem; o uso consciente de hipônimos e hiperônimos garante um discurso 
coerente e adaptado ao grau de especificidade desejado; a distinção entre conotação e denotação permite uma 
interpretação mais precisa de textos; e, finalmente, a conscientização da ambiguidade previne mal-entendidos 
e melhora a eficiência da comunicação.
Portanto, estudar a significação das palavras é muito mais do que aprender conceitos teóricos; é aprimorar 
a habilidade de se comunicar de maneira efetiva e de se relacionar com o mundo por meio da linguagem. Esse 
conhecimento contribui para o desenvolvimento de um repertório linguístico mais amplo e para a capacidade 
de adaptar a linguagem a diferentes contextos, objetivos e públicos, o que é uma competência essencial tanto 
para a vida acadêmica quanto para o dia a dia.
Polissemia e monossemia
A polissemia diz respeito ao potencial de uma palavra apresentar uma multiplicidade de significados, de 
acordo com o contexto em que ocorre. A monossemia indica que determinadas palavras apresentam apenas 
um significado. Exemplos:
– “Língua”, é uma palavra polissêmica, pois pode se tratar de um idioma ou um órgão do corpo, dependendo 
do contexto em que é inserida.
– A palavra “decalitro” significa medida de dez litros, e não tem outro significado, por isso é uma palavra 
monossêmica.
Análise sintática
A sintaxe é um ramo da gramática que estuda a organização das palavras em uma frase, oração ou 
período; bem como as relações que se estabelecem entre elas.
— Frase
É todo enunciado capaz de transmitir ao outro tudo aquilo que pensamos, queremos ou sentimos, ou seja, 
é um conjunto de palavras que transmite uma ideia completa. Além disso, ela pode possuir verbo ou não.
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Exemplos:
Caía uma chuva.
Dia lindo.
— Oração
É a frase que apresenta pelo menos um verbo conjugado e uma estrutura sintática (normalmente, como 
sujeito e predicado, ou só o predicado).
Exemplos:
Ninguém segura este menino – (Ninguém: sujeito; segura: verbo; segura este menino: predicado).
Havia muitos suspeitos – (Sujeito: suspeitos; havia: verbo; havia muitos suspeitos: predicado).
— Termos da oração
Termos essenciais Sujeito;
Predicado
objeto direto
objeto indireto
Termos integrantes
Complemento verbal;
Complemento nominal;
gente da passiva.
Termos acessórios
Adjunto adnominal;
adjunto adverbial;
aposto.
Vocativo
Diz-se que sujeito e predicado são termos “essenciais”, mas note que os termos que realmente são, é o 
núcleo da oração e o verbo.
Exemplo:
Choveu muito durante a noite – (Núcleo: choveu; verbo: choveu; predicado: muito durante a noite).
Obs: Choveu – (Não há referência a sujeito; fenômeno da natureza).
Os termos “acessórios” são assim chamados por serem supostamente dispensáveis, o que nem sempre é 
verídico.
— Sujeito 
Sujeito é o termo da oração com o qual, normalmente, sofre ou realiza a ação expressa pelo verbo. 
Exemplos:
A notícia corria rápida como pólvora – (A notícia – sujeito; Corria – verbo; Corria está no singular concordando 
com a notícia).
As notícias corriam rápidas como pólvora – (Corriam, no plural, concordando com as notícias).
O núcleo do sujeito é a palavra principal do sujeito, que encerra a essência de sua significação. Em torno 
dela, como que gravitam as demais.
Exemplo: Os teus lírios brancos embelezam os campos – (Lírios é o núcleo do sujeito).
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Podem exercer a função de núcleo do sujeito o substantivo e palavras de natureza substantiva. Veja:
O medo salvou-lhe a vida – (substantivo).
Os medrosos fugiram – (Adjetivo exercendo papel de substantivo: adjetivo substantivado).
Sujeito simples: tem um só núcleo.
Exemplo: As flores morreram.
Sujeito composto: tem mais de um núcleo.
Exemplo: O rapaz e a moça foram encostados ao muro.
Sujeito elíptico (ou oculto): não expresso e que pode ser determinado pela desinência verbal ou pelo 
contexto.
Exemplo: Viajarei amanhã – (sujeito oculto: eu, descrito pela desinência verbal).
Sujeito indeterminado: é aquele que existe, mas não podemos ou não queremos identificá-lo com precisão. 
Ocorre:
– Quando o verbo está na 3ª pessoa do plural, sem referência a nenhum substantivo anteriormente expresso.
Exemplo: Batem à porta.
– Com verbos intransitivo (VI), transitivo indireto (VTI) ou de ligação (VL) acompanhados da partícula SE, 
chamada de índice de indeterminação do sujeito (IIS).
Exemplos:
Vive-se bem. (VI)
Precisa-se de pedreiros. (VTI)
Falava-se baixo.(VI)
Era-se feliz naquela época. (VL)
Orações sem sujeito
São orações cujos verbos são impessoais, com sujeito inexistente.
Ocorrem nos seguintes casos:
– Com verbos que se referem a fenômenos meteorológicos.
Exemplo: Chovia e Ventava durante a noite.
– Haver no sentido de existir ou quando se refere a tempo decorrido.
Exemplo: Háduas semanas não o vejo. (= Faz duas semanas).
– Fazer referindo-se a fenômenos meteorológicos ou a tempo decorrido.
Exemplo: Fazia 40 à sombra.
– Ser nas indicações de horas, datas e distâncias.
Exemplo: São duas horas.
– Predicado 
O predicado é uma parte essencial da estrutura de uma oração, expressando o que é dito sobre o sujeito.
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Predicado nominal
O núcleo do predicado é um nome, ou seja, o núcleo fica em torno do qual as demais palavras do predicado 
gravitam e contém o que de mais importante se comunica a respeito do sujeito. 
Esse núcleo é um nome, isto é, um substantivo ou adjetivo, ou palavra de natureza substantiva. Com isso, 
o verbo de ligação liga o núcleo ao sujeito, indicando estado (ser, estar, continuar, ficar, permanecer; também 
andar, com o sentido de estar; virar, com o sentido de transformar-se em; e viver, com o sentido de estar 
sempre), e por fim temos o predicado nominal que dá característica ao núcleo.
Exemplo: 
Os príncipes viraram sapos muito feios – (verbo de ligação (viraram) mais núcleo substantivo ( sapos) = 
Predicado Nominal: feios).
Verbos de ligação
São aqueles que, sem possuírem significação precisa, ligam um sujeito a um predicativo. São verbos de 
ligação: ser, estar, ficar, parecer, permanecer, continuar, tornar-se etc.
Exemplo: A rua estava calma.
Predicativo do sujeito
É o termo da oração que, no predicado, expressa qualificação ou classificação do sujeito.
Exemplo: Você será engenheiro.
O predicativo do sujeito, além de vir com verbos de ligação, pode também ocorrer com verbos intransitivos 
ou com verbos transitivos.
Predicado verbal
Ocorre quando o núcleo é um verbo. Logo, não apresenta predicativo. E formado por verbos transitivos ou 
intransitivos.
Exemplo: A população da vila assistia ao embarque. (Núcleo do sujeito: população; núcleo do predicado: 
assistia, verbo transitivo indireto).
— Verbos intransitivos
São verbos que não exigem complemento algum; como a ação verbal não passa, não transita para nenhum 
complemento, recebem o nome de verbos intransitivos. Podem formar predicado sozinhos ou com adjuntos 
adverbiais.
Exemplo: Os visitantes retornaram ontem à noite.
— Verbos transitivos
São verbos que, ao declarar alguma coisa a respeito do sujeito, exigem um complemento para a perfeita 
compreensão do que se quer dizer. Tais verbos se denominam transitivos e a pessoa ou coisa para onde se 
dirige a atividade transitiva do verbo se denomina objeto. Dividem-se em: diretos, indiretos e diretos e indiretos.
Verbos transitivos diretos: Exigem um objeto direto.
Exemplo: Espero-o no aeroporto.
Verbos transitivos indiretos: Exigem um objeto indireto.
Exemplo: Gosto de flores.
Verbos transitivos diretos e indiretos: Exigem um objeto direto e um objeto indireto.
Exemplo: Os ministros informaram a nova política econômica aos trabalhadores. (VTDI)
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— Complementos verbais
Os complementos verbais são representados pelo objeto direto (OD) e pelo objeto indireto (OI).
Objeto indireto
É o complemento verbal que se liga ao verbo pela preposição por ele exigida. Nesse caso o verbo pode ser 
transitivo indireto ou transitivo direto e indireto. Normalmente, as preposições que ligam o objeto indireto ao 
verbo são a, de, em, com, por, contra, para etc.
Exemplo: Acredito em você.
Objeto direto
Complemento verbal que se liga ao verbo sem preposição obrigatória. Nesse caso o verbo pode ser transitivo 
direto ou transitivo direto e indireto.
Exemplo: Comunicaram o fato aos leitores.
Objeto direto preposicionado
É aquele que, contrariando sua própria definição e característica, aparece regido de preposição (geralmente 
preposição a).
Exemplo:
O pai dizia aos filhos que adorava a ambos.
Objeto pleonástico
É a repetição do objeto (direto ou indireto) por meio de um pronome. Essa repetição assume valor enfático 
(reforço) da noção contida no objeto direto ou no objeto indireto.
Exemplos:
Ao colega, já lhe perdoei. (objeto indireto pleonástico)
Ao filme, assistimos a ele emocionados. (objeto indireto pleonástico)
— Predicado verbo-nominal
Esse predicado tem dois núcleos (um verbo e um nome), é formado por predicativo com verbo transitivo 
ou intransitivo.
Exemplos: 
A multidão assistia ao jogo emocionada. (predicativo do sujeito com verbo transitivo indireto)
A riqueza tornou-o orgulhoso. (predicativo do objeto com verbo transitivo direto)
— Predicativo do sujeito
O predicativo do sujeito, além de vir com verbos de ligação, pode também ocorrer com verbos intransitivos 
ou transitivos. Nesse caso, o predicado é verbo-nominal.
Exemplo: A criança brincava alegre no parque.
— Predicativo do objeto
Exprime qualidade, estado ou classificação que se referem ao objeto (direto ou indireto).
Exemplo de predicativo do objeto direto:
O juiz declarou o réu culpado.
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Exemplo de predicativo do objeto indireto:
Gosto de você alegre.
— Adjunto adnominal
É o termo acessório que vem junto ao nome (substantivo), restringindo-o, qualificando-o, determinando-o 
(adjunto: “que vem junto a”; adnominal: “junto ao nome”). 
Observe:
Os meus três grandes amigos [amigos: nome substantivo] vieram me fazer uma visita [visita: nome 
substantivo] agradável ontem à noite.
São adjuntos adnominais os (artigo definido), meus (pronome possessivo adjetivo), três (numeral), grandes 
(adjetivo), que estão gravitando em torno do núcleo do sujeito, o substantivo amigos; o mesmo acontece 
com uma (artigo indefinido) e agradável (adjetivo), que determinam e qualificam o núcleo do objeto direto, o 
substantivo visita.
O adjunto adnominal prende-se diretamente ao substantivo, ao passo que o predicativo se refere ao 
substantivo por meio de um verbo. 
— Complemento nominal
É o termo que completa o sentido de substantivos, adjetivos e advérbios porque estes não têm sentido 
completo.
Objeto: recebe a atividade transitiva de um verbo.
Complemento nominal: recebe a atividade transitiva de um nome.
O complemento nominal é sempre ligado ao nome por preposição, tal como o objeto indireto.
Exemplo: Tenho necessidade de dinheiro.
— Adjunto adverbial
É o termo da oração que modifica o verbo ou um adjetivo ou o próprio advérbio, expressando uma 
circunstância: lugar, tempo, fim, meio, modo, companhia, exclusão, inclusão, negação, afirmação, duvida, 
concessão, condição etc.
— Período
Enunciado formado de uma ou mais orações, finalizado por: ponto final ( . ), reticencias (...), ponto de 
exclamação (!) ou ponto de interrogação (?). De acordo com o número de orações, classifica-se em:
Apresenta apenas uma oração que é chamada absoluta.
O período é simples quando só traz uma oração, chamada absoluta; o período é composto quando traz mais 
de uma oração. Exemplo: Comeu toda a refeição. (Período simples, oração absoluta.); Quero que você leia. 
(Período composto.)
Uma maneira fácil de saber quantas orações há num período é contar os verbos ou locuções verbais. Num 
período haverá tantas orações quantos forem os verbos ou as locuções verbais nele existentes. 
Há três tipos de período composto: por coordenação, por subordinação e por coordenação e subordinação 
ao mesmo tempo (também chamada de misto).
— Período Composto por Coordenação
As três orações que formam esse período têm sentido próprio e não mantêm entre si nenhuma dependência 
sintática: são independentes. Há entre elas uma relação de sentido, mas uma não depende da outra 
sintaticamente.
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As orações independentes de um período são chamadas de orações coordenadas (OC), e o período formado 
só de orações coordenadas é chamado de período composto por coordenação.
As orações coordenadas podem ser assindéticas e sindéticas.
As orações são coordenadasassindéticas (OCA) quando não vêm introduzidas por conjunção.
Exemplo:
Os jogadores correram, / chutaram, / driblaram.
OCA OCA OCA
– As orações são coordenadas sindéticas (OCS) quando vêm introduzidas por conjunção coordenativa. 
Exemplo:
A mulher saiu do prédio / e entrou no táxi.
OCA OCS
As orações coordenadas sindéticas se classificam de acordo com o sentido expresso pelas conjunções 
coordenativas que as introduzem. Pode ser:
– Orações coordenadas sindéticas aditivas: e, nem, não só... mas também, não só... mas ainda.
A 2ª oração vem introduzida por uma conjunção que expressa ideia de acréscimo ou adição com referência 
à oração anterior, ou seja, por uma conjunção coordenativa aditiva.
– Orações coordenadas sindéticas adversativas: mas, porém, todavia, contudo, entretanto, no entanto.
A 2ª oração vem introduzida por uma conjunção que expressa ideia de oposição à oração anterior, ou seja, 
por uma conjunção coordenativa adversativa.
– Orações coordenadas sindéticas conclusivas: portanto, por isso, pois, logo.
A 2ª oração vem introduzida por uma conjunção que expressa ideia de conclusão de um fato enunciado na 
oração anterior, ou seja, por uma conjunção coordenativa conclusiva.
– Orações coordenadas sindéticas alternativas: ou, ou... ou, ora... ora, seja... seja, quer... quer.
A 2ª oração vem introduzida por uma conjunção que estabelece uma relação de alternância ou escolha com 
referência à oração anterior, ou seja, por uma conjunção coordenativa alternativa.
– Orações coordenadas sindéticas explicativas: que, porque, pois, porquanto.
A 2ª oração é introduzida por uma conjunção que expressa ideia de explicação, de justificativa em relação 
à oração anterior, ou seja, por uma conjunção coordenativa explicativa.
— Período Composto por Subordinação
Nesse período, a segunda oração exerce uma função sintática em relação à primeira, sendo subordinada 
a ela. Quando um período é formado de pelo menos um conjunto de duas orações em que uma delas (a 
subordinada) depende sintaticamente da outra (principal), ele é classificado como período composto por 
subordinação. As orações subordinadas são classificadas de acordo com a função que exercem.
— Orações Subordinadas Adverbiais
Exercem a função de adjunto adverbial da oração principal (OP). São classificadas de acordo com a 
conjunção subordinativa que as introduz:
Causais: expressam a causa do fato enunciado na oração principal. Conjunções: porque, que, como (= 
porque), pois que, visto que.
Condicionais: expressam hipóteses ou condição para a ocorrência do que foi enunciado na principal. 
Conjunções: se, contanto que, a menos que, a não ser que, desde que.
Concessivas: expressam ideia ou fato contrário ao da oração principal, sem, no entanto, impedir sua 
realização. Conjunções: embora, ainda que, apesar de, se bem que, por mais que, mesmo que.
71
Conformativas: expressam a conformidade de um fato com outro. Conjunções: conforme, como (=conforme), 
segundo.
Temporais: acrescentam uma circunstância de tempo ao que foi expresso na oração principal. Conjunções: 
quando, assim que, logo que, enquanto, sempre que, depois que, mal (=assim que).
Finais: expressam a finalidade ou o objetivo do que foi enunciado na oração principal. Conjunções: para 
que, a fim de que, porque (=para que), que.
Consecutivas: expressam a consequência do que foi enunciado na oração principal. Conjunções: porque, 
que, como (= porque), pois que, visto que.
Comparativas: expressam ideia de comparação com referência à oração principal. Conjunções: como, 
assim como, tal como, (tão)... como, tanto como, tal qual, que (combinado com menos ou mais).
Proporcionais: Expressam uma ideia que se relaciona proporcionalmente ao que foi enunciado na principal. 
Conjunções: à medida que, à proporção que, ao passo que, quanto mais, quanto menos.
— Orações Subordinadas Substantivas
São aquelas que, num período, exercem funções sintáticas próprias de substantivos, geralmente são 
introduzidas pelas conjunções integrantes que e se. 
Oração Subordinada Substantiva Objetiva Direta: é aquela que exerce a função de objeto direto do verbo 
da oração principal. 
Observe:
O filho quer que você o ajude. (objeto direto)
Oração Subordinada Substantiva Objetiva Indireta: é aquela que exerce a função de objeto indireto do 
verbo da oração principal. 
Observe: 
Preciso que você me ajude. (objeto indireto)
Oração Subordinada Substantiva Subjetiva: é aquela que exerce a função de sujeito do verbo da oração 
principal. 
Observe: 
É importante que você ajude. (sujeito)
Oração Subordinada Substantiva Completiva Nominal: é aquela que exerce a função de complemento 
nominal de um termo da oração principal. 
Observe: 
Estamos certos de que ele é inocente. (complemento nominal)
Oração Subordinada Substantiva Predicativa: é aquela que exerce a função de predicativo do sujeito da 
oração principal, vindo sempre depois do verbo ser. 
Observe: 
O principal é que você esteja feliz. (predicativo)
Oração Subordinada Substantiva Apositiva: é aquela que exerce a função de aposto de um termo da 
oração principal. 
Observe: 
Ela tinha um objetivo: que todos fossem felizes. (aposto)
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– Orações Subordinadas Adjetivas
Exercem a função de adjunto adnominal de algum termo da oração principal. 
As orações subordinadas adjetivas são sempre introduzidas por um pronome relativo (que, qual, cujo, quem, 
etc.) e são classificadas em:
Subordinadas Adjetivas Restritivas: são restritivas quando restringem ou especificam o sentido da palavra 
a que se referem. 
Subordinadas Adjetivas Explicativas: são explicativas quando apenas acrescentam uma qualidade à 
palavra a que se referem, esclarecendo um pouco mais seu sentido, mas sem restringi-lo ou especificá-lo. 
— Orações Reduzidas
São caracterizadas por possuírem o verbo nas formas de gerúndio, particípio ou infinitivo. Ao contrário das 
demais orações subordinadas, as orações reduzidas não são ligadas através dos conectivos. Há três tipos de 
orações reduzidas:
Orações reduzidas de infinitivo:
Infinitivo: terminações –ar, er, ir.
Reduzida: Meu desejo era ganhar na loteria.
Desenvolvida: Meu desejo era que eu ganhasse na loteria. (Oração Subordinada Substantiva Predicativa)
Orações Reduzidas de Particípio:
Particípio: terminações – ado, ido.
Reduzida: A mulher sequestrada foi resgatada.
Desenvolvida: A mulher que sequestraram foi resgatada. (Oração Subordinada Adjetiva Restritiva)
Orações Reduzidas de Gerúndio:
Gerúndio: terminação – ndo.
Reduzida: Respeitando as regras, não terão problemas.
Desenvolvida: Desde que respeitem as regras, não terão problemas. (Oração Subordinada Adverbial 
Condicional).
Sintaxe da frase: colocação pronominal, concordância, regência
— Colocação Pronominal
A colocação do pronome átono está relacionada à harmonia da frase. A tendência do português falado no 
Brasil é o uso do pronome antes do verbo – próclise. No entanto, há casos em que a norma culta prescreve o 
emprego do pronome no meio – mesóclise – ou após o verbo – ênclise.
De acordo com a norma culta, no português escrito não se inicia um período com pronome oblíquo átono. 
Assim, se na linguagem falada diz-se “Me encontrei com ele”, já na linguagem escrita, formal, usa-se “Encontrei-
me’’ com ele.
Sendo a próclise a tendência, é aconselhável que fixem bem as poucas regras de mesóclise e ênclise. 
Assim, sempre que estas não forem obrigatórias, deve-se usar a próclise, a menos que prejudique a eufonia 
da frase.
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Próclise
A próclise é uma das formas de colocação pronominal na língua portuguesa. Nesse caso, o pronome oblíquo 
átono (me, te, se, o, a, lhe, nos, vos, os, as, lhes) e posicionado antes do verbo. 
Além disso, na próclise o pronome pode ser colocado de diversas formas, como: 
– Sentido negativo: quando há palavras de sentido negativo na frase o pronome se aproxima da palavra. 
Ex.: Não me falou a verdade
– Advérbios adjunto ao verbo: sãoadvérbios sem pausa em relação ao verbo.
Ex.: Aqui te espero pacientemente.
– Pronomes indefinidos: 
Ex.: Ninguém o chamou aqui.
– Pronomes demonstrativos: 
Ex.: Aquilo lhe desagrada.
– Orações interrogativas e optativas: nas orações interrogativas e optativas, o pronome é posicionado antes 
do verbo.
Ex.: Quem lhe disse tal coisa?
Deus lhe pague, Senhor!
– Orações exclamativas: 
Ex.: Quanta honra nos dá sua visita!
– Orações substantivas, adjetivas e adverbiais, desde que não sejam reduzidas:
Ex.: Percebia que o observavam.
– Verbo no gerúndio, regido de preposição e em infinitivo pessoal: em construções com verbo no gerúndio 
regido de preposição e infinitivo pessoal precedido de preposição, o pronome é colocado antes do verbo.
Ex.: Em se plantando, tudo dá.
– Verbo no infinitivo pessoal precedido de preposição: 
Ex.: Seus intentos são para nos prejudicarem.
Ênclise
A enclise é uma das formas de colocação pronominal na língua portuguesa. Nesse caso, o pronome oblíquo 
átono (me, te, se, o, a, lhe, nos, vos, os, as, lhes) é posicionado após o verbo.
– Verbo no início da oração, desde que não esteja no futuro do indicativo: 
Ex.: Trago-te flores.
– Verbo no imperativo afirmativo: 
Ex.: Amigos, digam-me a verdade!
– Verbo no gerúndio, desde que não esteja precedido pela preposição em: 
Ex.: Saí, deixando-a aflita.
– Verbo no infinitivo impessoal regido da preposição a. Com outras preposições é facultativo o emprego de 
ênclise ou próclise: 
Ex.: Apressei-me a convidá-los.
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Mesóclise
Na mesóclise, o pronome é colocado no meio do verbo. Além disso, é obrigatória somente com verbos no 
futuro do presente ou no futuro do pretérito que iniciam a oração.
Ex.: Dir-lhe-ei toda a verdade.
Far-me-ias um favor?
Se o verbo no futuro vier precedido de pronome reto ou de qualquer outro fator de atração, ocorrerá a 
próclise.
Ex.: Eu lhe direi toda a verdade.
Tu me farias um favor?
Colocação do pronome átono nas locuções verbais
– Verbo principal no infinitivo ou gerúndio: Se a locução verbal não vier precedida de um fator de 
próclise, o pronome átono deverá ficar depois do auxiliar ou depois do verbo principal.
Exemplos:
Devo-lhe dizer a verdade.
Devo dizer-lhe a verdade.
Havendo fator de próclise, o pronome átono deverá ficar antes do auxiliar ou depois do principal.
Exemplos:
Não lhe devo dizer a verdade.
Não devo dizer-lhe a verdade.
– Verbo principal no particípio: Se não houver fator de próclise, o pronome átono ficará depois do auxiliar.
Exemplo: Havia-lhe dito a verdade.
Se houver fator de próclise, o pronome átono ficará antes do auxiliar.
Exemplo: Não lhe havia dito a verdade. 
– Haver de e ter de + infinitivo: Pronome átono deve ficar depois do infinitivo.
Exemplos:
Hei de dizer-lhe a verdade.
Tenho de dizer-lhe a verdade. 
Observação: Não se deve omitir o hífen nas seguintes construções:
Devo-lhe dizer tudo.
Estava-lhe dizendo tudo.
Havia-lhe dito tudo.
Concordância Nominal e Verbal
A concordância nominal e verbal é um dos pilares fundamentais para a correta aplicação da língua portuguesa. 
Trata-se da harmonização entre palavras dentro de uma oração, garantindo que os elementos se ajustem 
em gênero (masculino/feminino), número (singular/plural) e pessoa. Esse mecanismo é essencial para que a 
mensagem transmitida seja clara, precisa e compreensível, evitando ambiguidades e interpretações incorretas.
A concordância nominal diz respeito à relação de concordância entre o substantivo e seus determinantes, 
como adjetivos, pronomes, numerais e artigos. Por exemplo, na frase “As meninas simpáticas chegaram cedo”, 
os termos “as”, “simpáticas” e “meninas” concordam em gênero (feminino) e número (plural). Já a concordância 
verbal se refere ao ajuste entre o sujeito da oração e o verbo, em termos de número e pessoa, como na frase 
“Eles estudam para o concurso”, em que o verbo “estudam” está no plural, concordando com o sujeito “eles”.
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Compreender e aplicar as regras de concordância nominal e verbal é crucial para quem deseja se comunicar 
de forma efetiva e para aqueles que se preparam para concursos públicos, em que o domínio da norma culta 
do idioma é frequentemente exigido. 
— Concordância Nominal
A concordância nominal é a relação de ajuste entre os substantivos e os termos que a eles se referem, 
como adjetivos, pronomes adjetivos, numerais e artigos. Essa relação deve obedecer às regras de gênero 
(masculino/feminino) e número (singular/plural), de modo que os elementos concordem adequadamente dentro 
da oração. A compreensão e aplicação da concordância nominal são essenciais para a construção de frases 
corretas e para a elaboração de textos claros e coesos.
Definição e Exemplos Práticos
De acordo com a concordância nominal, os adjetivos, pronomes, numerais e artigos devem estar em plena 
harmonia com o substantivo ao qual se referem. Vejamos alguns exemplos que ilustram essa relação:
– Exemplo 1: “As alunas dedicadas foram premiadas.” 
Nesse caso, o artigo “as”, o adjetivo “dedicadas” e o verbo “premiadas” concordam em gênero (feminino) e 
número (plural) com o substantivo “alunas”.
– Exemplo 2: “O livro interessante e didático foi elogiado pelos professores.”
Os adjetivos “interessante” e “didático” concordam em gênero (masculino) e número (singular) com o 
substantivo “livro”.
Regras Gerais da Concordância Nominal
Para que a concordância nominal seja aplicada corretamente, é fundamental conhecer as principais regras:
Quando há um único substantivo e múltiplos adjetivos:
– Os adjetivos concordam em gênero e número com o substantivo. 
Exemplo: “A decisão justa e rápida foi aplaudida.”
Quando há múltiplos substantivos e um único adjetivo:
– Se os substantivos são do mesmo gênero, o adjetivo concorda no plural com esse gênero. 
Exemplo: “O livro e o caderno velhos foram doados.”
– Se os substantivos têm gêneros diferentes, o adjetivo ficará no plural masculino. 
Exemplo: “O livro e a revista antigos foram guardados.”
Quando há múltiplos adjetivos qualificando um único substantivo:
– Se os adjetivos aparecem após o substantivo, podem concordar separadamente com ele.
Exemplo: “A cidade pequena e acolhedora atraiu muitos turistas.”
– Se os adjetivos aparece antes do substantivo, eles devem concordar em gênero e número.
Exemplo: “As belas e históricas cidades foram visitadas.”
Acordos com Substantivos Coletivos
Quando um substantivo coletivo é utilizado, o adjetivo concorda no singular, mesmo que a ideia expressa 
seja plural. No exemplo: “A multidão ansiosa aguardava o início do evento.” apesar de “multidão” representar 
várias pessoas, a concordância permanece no singular.
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Concordância com Pronomes Demonstrativos
Os pronomes demonstrativos (“este”, “esse”, “aquele” e suas variações) devem concordar em gênero e 
número com o substantivo.
Exemplo: “Essas ideias são inovadoras.”
Concordância com Numerais
Os numerais que antecedem os substantivos também devem concordar com eles em gênero e número.
Exemplo: “Duas semanas intensas passaram rapidamente.”
Concordância com Adjetivos Compostos
Os adjetivos compostos apresentam peculiaridades em sua concordância: 
– Apenas o último elemento do adjetivo composto varia em gênero e número.
– Exemplo: “As decisões político-econômicas influenciaram o mercado.”
Em síntese, a concordância nominal exige atenção à relação entre os substantivos e os termos que os 
qualificam ou determinam, garantindo que estejam em harmonia de acordo com o gênero e o número. O 
domínio dessas regras é fundamental para assegurar a correção e a elegância da linguagem, principalmente 
em contextos formais, como redações e provas de concursos públicos.
— Casos Especiais de Concordância Nominal
A concordância nominal apresenta algumas situações que fogem às regras gerais e exigem atenção especial. 
Esses casos peculiares são essenciais para o pleno domínio da norma culta, já que aparecem com frequência 
em contextos formais e em provas de concursos públicos. Vamos analisar cada umdeles de forma detalhada.
Invariabilidade de “menos” e “alerta”
Os termos “menos” e “alerta” são sempre invariáveis, independentemente do substantivo ao qual se referem. 
Eles permanecem inalterados tanto no singular quanto no plural, atuando como advérbios.
– Exemplos:
– “Ela trouxe menos documentos do que o necessário.” (O termo “menos” não varia.)
– “Os soldados estão alerta para qualquer movimentação.” (O termo “alerta” permanece invariável.)
Invariabilidade de “pseudo” e “todo” em palavras compostas
Quando “pseudo” e “todo” fazem parte de palavras compostas, eles também permanecem invariáveis. Nesse 
contexto, eles funcionam como elementos formadores de palavras, e não como adjetivos propriamente ditos.
– Exemplos:
– “O discurso foi cheio de pseudointelectuais.” 
– “Ele acredita ser um todo-poderoso.”
Variabilidade de “mesmo”, “próprio”, “anexo”, “incluso”, “quite” e “obrigado”
Esses termos concordam em gênero e número com o substantivo a que se referem. É importante notar que 
a variabilidade se aplica apenas quando eles têm função adjetiva.
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– Exemplos:
– “As cartas estão anexas ao e-mail.” (“anexas” concorda com “cartas”)
– “Eles mesmos resolveram o problema.” (“mesmos” concorda com “eles”)
– “Ela se mostrou muito agradecida e disse ‘muito obrigada’.” (Concordância de “obrigada” com o sujeito 
feminino “ela”)
Termos como “muito”, “pouco”, “bastante”, “meio”, “caro” e “barato”
Essas palavras podem apresentar variação ou não, dependendo da função que exercem na frase:
– Quando variam: Quando atuam como pronomes indefinidos, adjetivos ou numerais.
– “As crianças estavam muito felizes.” (Advérbio, invariável)
– “Eles comeram muitos doces.” (Pronome indefinido, variável)
– Quando são invariáveis: Quando atuam como advérbios, ou seja, qualificando verbos, adjetivos ou 
outros advérbios.
– “Ela estava meio cansada ontem.” (“meio” como advérbio, invariável)
”Só” como adjetivo e advérbio
A palavra “só” varia quando tem função adjetiva (sinônimo de “sozinho”) e permanece invariável quando 
exerce função de advérbio (equivalente a “somente”).
Exemplos:
– “Eles estavam sós na sala de reunião.” (“sós” como adjetivo, concordando com “eles”)
– “Ela só queria um pouco de paz.” (“só” como advérbio, invariável)
Expressões com “é bom”, “é necessário”, “é proibido” e afins
Essas expressões são variáveis quando o substantivo a que se referem está precedido por um artigo ou 
pronome e permanecem invariáveis na ausência desses elementos.
– Exemplos:
– “É proibido entrada de pessoas não autorizadas.” (Invariável, sem artigo)
– “É proibida a entrada de pessoas não autorizadas.” (Variável, com artigo “a”)
Os casos especiais de concordância nominal representam nuances da língua portuguesa que demandam 
atenção e prática para serem plenamente assimilados. São situações que, embora não sejam as mais comuns, 
aparecem frequentemente em contextos formais e em provas, exigindo do falante ou candidato um conhecimento 
apurado da gramática normativa. Compreender esses casos e praticá-los é crucial para evitar erros e garantir 
a fluência e a correção na expressão escrita e oral.
— Concordância Verbal
A concordância verbal é o mecanismo que estabelece a relação de ajuste entre o verbo e o sujeito da 
oração, respeitando as variações de número (singular/plural) e pessoa (1ª, 2ª ou 3ª pessoa). A correta aplicação 
das regras de concordância verbal é fundamental para a construção de frases gramaticalmente adequadas e 
para a manutenção da clareza e da precisão na comunicação. Vamos explorar as principais regras e situações 
especiais que envolvem a concordância verbal.
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Regras Gerais da Concordância Verbal
A regra básica da concordância verbal estabelece que o verbo deve concordar em número e pessoa com o 
sujeito da oração. Vejamos alguns exemplos:
– Exemplo 1: “O aluno estuda diariamente.”
– O sujeito “o aluno” está na 3ª pessoa do singular, e o verbo “estuda” concorda com ele em número e 
pessoa.
– Exemplo 2: “As alunas estudam diariamente.”
– O sujeito “as alunas” está na 3ª pessoa do plural, e o verbo “estudam” concorda em número e pessoa.
Concordância Verbal com Sujeito Composto
Quando o sujeito é composto (ou seja, tem mais de um núcleo), a concordância pode variar conforme as 
seguintes situações:
– Sujeito composto posposto ao verbo (vem depois do verbo): O verbo vai para o plural.
– Exemplo: “Chegaram os alunos e os professores.”
– Sujeito composto anteposto ao verbo (vem antes do verbo): O verbo concorda no plural.
– Exemplo: “Os alunos e os professores chegaram.”
– Sujeito composto por pessoas gramaticais diferentes: O verbo concorda com a pessoa de maior 
prioridade, seguindo a ordem: 1ª pessoa > 2ª pessoa > 3ª pessoa.
– Exemplo: “Eu, tu e ele iremos ao evento.” (O verbo está na 1ª pessoa do plural por conta do “eu”.)
Concordância com Sujeitos Formados por Coletivos
Quando o sujeito é um substantivo coletivo, o verbo geralmente permanece no singular.
Exemplo: “A multidão aplaudiu o espetáculo.” 
– Embora “multidão” represente várias pessoas, o verbo fica no singular por se tratar de um sujeito coletivo.
Concordância com Sujeito Oracional
Quando o sujeito é uma oração inteira, o verbo permanece na 3ª pessoa do singular.
Exemplo: “É importante que todos estudem.”
- O sujeito “que todos estudem” é uma oração, por isso o verbo “é” está na 3ª pessoa do singular.
Concordância com Expressões Partitivas
Expressões como “a maioria de”, “parte de”, “a metade de” podem gerar dúvidas. Nesses casos, o verbo 
pode concordar tanto no singular quanto no plural, dependendo da ênfase ou preferência do falante.
– Exemplos:
– “A maioria dos alunos aprova a proposta.” (Concordância no singular com “a maioria”.)
– “A maioria dos alunos aprovam a proposta.” (Concordância no plural com “alunos”.)
Ambas as formas são aceitas, mas o contexto pode ditar a escolha.
Concordância com Sujeito Indeterminado
Quando o sujeito é indeterminado, o verbo geralmente fica na 3ª pessoa do singular, e a oração pode ser 
construída de diferentes maneiras:
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– Com o pronome “se”: 
– “Precisa–se de professores qualificados.”
– Verbo na 3ª pessoa do plural sem um sujeito explícito:
– “Disseram que o evento foi cancelado.”
Concordância Verbal com Expressões que Indicam Porcentagem
As expressões que indicam porcentagem exigem atenção, pois a concordância depende do termo ao qual 
a porcentagem se refere:
– Quando o substantivo estiver no plural: O verbo fica no plural.
– Exemplo: “50% dos alunos compareceram à aula.”
– Quando o substantivo estiver no singular: O verbo permanece no singular.
– Exemplo: “50% da turma compareceu à aula.”
Casos Especiais de Concordância Verbal
Certos casos apresentam características peculiares que merecem destaque:
– Concordância com a expressão “um dos que”: O verbo concorda no plural, pois se refere ao pronome 
“que”, que funciona como sujeito plural.
– Exemplo: “Ele é um dos alunos que mais estudam.”
– Verbos impessoais: Verbos que indicam fenômenos da natureza ou expressões como “haver” no sentido 
de existir são impessoais e permanecem na 3ª pessoa do singular.
– Exemplos: “Há muitos alunos na sala.” / “Nevou ontem à noite.”
– Concordância com “ser” e “parecer”: Quando ligados a expressões que indicam datas, horas e 
distâncias, a concordância segue o complemento.
– Exemplo: “Eram três horas da tarde.” / “São dez quilômetros até lá.”
A concordância verbal requer atenção às particularidades da língua, principalmente nas situações em que 
o sujeito apresenta nuances ou exceções. Ao dominar essas regras, é possível construir frases corretas e 
claras, evitando ambiguidades e equívocos comuns. A prática constante e a análise de exemplos variados são 
caminhos eficazes para a assimilação e aplicação adequada da concordância verbal em contextos escritos e 
orais.
— Concordância Ideológica ou Silepse
A concordância ideológica, também conhecida como silepse, é uma forma de concordância que não segue 
rigorosamente as regras gramaticais tradicionais,mas sim a ideia ou sentido implícito da frase. Nesses casos, a 
concordância verbal ou nominal ocorre em função do que está subentendido, e não do que está expressamente 
presente na estrutura da oração. 
A silepse é um fenômeno estilístico que revela a flexibilidade da língua portuguesa e aparece em diversos 
contextos, especialmente na linguagem literária, poética e coloquial. Ela se manifesta em três formas principais: 
silepse de gênero, de número e de pessoa. A seguir, vamos explorar cada uma dessas formas, ilustrando com 
exemplos claros para facilitar a compreensão.
Silepse de Gênero
A silepse de gênero ocorre quando a concordância é feita com o gênero implícito, e não com o gênero 
gramatical da palavra. Essa forma de silepse é comum quando um termo masculino ou feminino está 
subentendido, mas a palavra escrita está em outro gênero.
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– Exemplos:
– ”Vossa Excelência está satisfeito com a decisão?”
– Neste exemplo, o pronome de tratamento “Vossa Excelência” é feminino, mas a concordância do adjetivo 
“satisfeito” é feita com o gênero masculino da pessoa a quem se refere.
– Exemplos 2:
– ”Blumenau é famosa por suas festas.”
– Apesar de “Blumenau” ser um substantivo masculino, a concordância ocorre com o gênero subentendido 
da cidade, que é feminino.
Silepse de Número
A silepse de número acontece quando a concordância verbal é feita com a ideia de plural ou singular que 
está implícita na frase, em vez de seguir o número gramatical do sujeito que está explicitamente presente.
– Exemplos:
– ”O povo gritou e correram pelas ruas.”
– O sujeito “o povo” é singular, mas a concordância verbal “correram” está no plural, pois se refere às 
pessoas que compõem o povo.
– Exemplos 2:
– ”A multidão estava ansiosa e aplaudiram o espetáculo.”
– “A multidão” é um substantivo coletivo no singular, mas o verbo “aplaudiram” concorda com o sentido plural 
das pessoas que formam a multidão.
Silepse de Pessoa
Na silepse de pessoa, o verbo é conjugado de acordo com a pessoa gramatical que está subentendida na 
frase, e não com a que está expressamente indicada. Esse tipo de silepse ocorre frequentemente em contextos 
em que o falante inclui a si mesmo ou ao interlocutor na ação expressa pelo verbo.
– Exemplos 1:
– ”Os brasileiros sempre fomos otimistas.”
– Embora o sujeito “os brasileiros” esteja na 3ª pessoa do plural, o verbo “fomos” está na 1ª pessoa do 
plural, porque o falante se inclui no grupo.
– Exemplos 2:
– ”Todos na sala sabemos que o esforço vale a pena.”
– O sujeito “todos na sala” está na 3ª pessoa, mas o verbo “sabemos” aparece na 1ª pessoa do plural, 
indicando que o falante se inclui no sujeito.
Aplicações da Silepse em Contextos Formais e Informais
Embora a silepse seja mais comum em contextos informais e literários, também pode ser observada em 
discursos formais, textos acadêmicos e até em legislação, quando a intenção é enfatizar a ideia subjacente ao 
invés de seguir rigidamente as regras gramaticais. A sua utilização pode trazer maior expressividade ao texto, 
reforçando a mensagem e permitindo uma comunicação mais rica e envolvente.
81
Por exemplo:
– Em textos literários: O uso da silepse é frequente para criar efeitos estilísticos, dando mais autenticidade 
e naturalidade aos diálogos e descrições.
– Em linguagem coloquial: A silepse de pessoa ocorre com frequência, pois os falantes tendem a se incluir 
ou se identificar com grupos, usando verbos na 1ª pessoa do plural mesmo quando o sujeito parece estar na 
3ª pessoa.
Diferenças entre Concordância Gramatical e Concordância Ideológica
Enquanto a concordância gramatical segue rigidamente as regras da língua, a concordância ideológica 
permite uma certa liberdade, privilegiando o significado ou a ideia sobre a forma. A silepse, portanto, é um 
exemplo claro de como a língua portuguesa pode se adaptar ao contexto e à intenção do falante, quebrando 
regras formais para alcançar uma comunicação mais eficaz ou expressiva.
– Concordância Gramatical: “A maioria dos alunos terminou a prova.”
– Concordância Ideológica: “A maioria dos alunos terminaram a prova.”
No segundo exemplo, a concordância verbal com “terminaram” reflete a ideia de plural implícita no termo “a 
maioria dos alunos”, evidenciando a diferença entre a concordância gramatical e a silepse.
A concordância ideológica ou silepse é uma demonstração de como a língua portuguesa vai além das 
regras rígidas e estruturais, permitindo ajustes e variações que refletem a intenção do falante e o contexto da 
comunicação. A habilidade de reconhecer e aplicar corretamente a silepse é um indicativo de domínio avançado 
do idioma e, em muitos casos, pode ser a chave para construir mensagens que sejam não apenas corretas, mas 
também expressivas e eficazes. Assim, ao compreender as nuances da silepse, torna-se possível enriquecer o 
uso da língua, tanto na escrita quanto na fala.
— Conclusão
A concordância nominal e verbal, juntamente com a concordância ideológica ou silepse, são elementos 
essenciais para o domínio da língua portuguesa em sua forma culta e estruturada. A compreensão e a aplicação 
correta dessas regras garantem a clareza, a precisão e a elegância na comunicação, seja ela escrita ou falada. 
A observância das normas de concordância contribui para a construção de textos coesos e coerentes, evitando 
equívocos que possam comprometer a interpretação e a credibilidade do conteúdo, especialmente em contextos 
formais, como redações de concursos, textos acadêmicos e comunicações profissionais.
Os casos especiais de concordância nominal e verbal, bem como os fenômenos que envolvem a silepse, 
demonstram a riqueza e a flexibilidade da língua portuguesa. Ao assimilar essas nuances, os estudantes e 
profissionais conseguem aprimorar sua capacidade de expressão, adaptando-se a diferentes contextos e 
tornando-se mais eficazes ao transmitir suas ideias.
Portanto, o estudo constante e a prática são fundamentais para consolidar o entendimento dessas regras 
e garantir o uso correto da concordância. Afinal, uma comunicação bem estruturada reflete não apenas 
conhecimento técnico, mas também respeito pela língua e pelo interlocutor. O domínio da concordância é um 
diferencial que permite ao falante ou escritor expressar-se de maneira clara, objetiva e elegante, destacando-se 
em qualquer ambiente que exija o uso proficiente da língua portuguesa.
Regência Nominal e Verbal
A regência nominal e verbal é um dos tópicos mais relevantes da gramática da Língua Portuguesa, pois 
desempenha um papel fundamental na compreensão e construção de frases de maneira correta e coerente. Ao 
entender como se estabelecem as relações entre os termos de uma oração, o falante ou escritor torna-se capaz 
de expressar suas ideias com maior precisão e clareza, evitando erros que podem comprometer o sentido do 
que se quer transmitir.
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A regência diz respeito à dependência que uma palavra tem em relação a outra para que o sentido da frase 
se torne completo e compreensível. Quando falamos de regência nominal, tratamos das relações estabelecidas 
pelos nomes (substantivos, adjetivos e advérbios) com seus complementos. Já na regência verbal, o foco é a 
relação entre o verbo e seus complementos, ou seja, como o verbo interage com outros elementos dentro de 
uma oração.
Dominar as regras de regência é crucial para quem deseja se comunicar de forma eficaz, seja na escrita 
ou na fala. Esta introdução tem o objetivo de apresentar as noções gerais sobre a regência nominal e verbal, 
proporcionando uma base para o estudo aprofundado das regras, exemplos e aplicações práticas desses 
conceitos ao longo do texto.
— Regência Nominal
A regência nominal é a área da gramática que estuda a relação de dependência que certos nomes 
(substantivos, adjetivos e advérbios) estabelecem com outras palavras dentro de uma oração. Essa dependência 
é marcada, geralmente, pelo uso de preposições, que conectam o nome a um complemento, proporcionando 
um sentido completo e claro à frase. Em outrasfabulosas.
Dicas para Identificar a Intertextualidade em Textos
– Conhecimento prévio: Quanto mais você conhecer diferentes obras, autores e contextos históricos, mais 
fácil será identificar as referências intertextuais.
– Preste atenção a citações e alusões: Fique atento a trechos que parecem ecoar outras obras ou 
expressões conhecidas.
– Observe o tom e a intenção do autor: Analise se a referência tem um caráter humorístico, crítico ou de 
homenagem. Isso ajuda a identificar se é uma paródia, citação, alusão, etc.
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– Leia com atenção os títulos e epígrafes: Muitas vezes, os títulos de textos ou as frases introdutórias 
(epígrafes) trazem referências explícitas a outras obras.
Compreender a intertextualidade é fundamental para interpretar textos de maneira mais completa e 
aprofundada. Ao perceber o diálogo que um texto estabelece com outros, o leitor consegue captar os múltiplos 
significados e enriquecer sua análise, o que é uma habilidade valiosa tanto para provas quanto para a leitura 
crítica em geral.
— Dicas para uma Boa Interpretação de Textos
Desenvolver a habilidade de interpretação de textos é um diferencial importante para quem busca sucesso 
em concursos públicos, vestibulares e outros exames que avaliam competências em Língua Portuguesa. A 
interpretação vai além de simplesmente compreender o que está escrito; ela exige que o leitor extraia o sentido 
mais profundo, faça inferências e reconheça nuances e intenções do autor. Aqui estão algumas dicas práticas 
para aprimorar a sua interpretação de textos:
Leia o Texto com Atenção e Sem Pressa
Muitas vezes, a ansiedade durante a leitura pode prejudicar a compreensão do texto. Por isso, é importante 
ler com calma, dedicando tempo para entender o que o autor está dizendo. Uma leitura cuidadosa ajuda a 
captar detalhes, identificar o tema central e evitar erros de interpretação. Se o texto for longo, divida-o em partes 
e faça uma leitura atenta de cada trecho.
Identifique o Tema e a Ideia Principal
Após a leitura inicial, procure identificar qual é o tema do texto (o assunto sobre o qual ele trata) e a ideia 
principal (o ponto de vista ou mensagem que o autor deseja transmitir). Pergunte a si mesmo: “Sobre o que o 
autor está falando?” e “Qual é a mensagem central que ele quer passar?”. Ter clareza sobre o tema e a ideia 
principal é essencial para compreender o texto de forma global.
Dica: Ao final de cada parágrafo, tente resumir em uma frase o que foi dito. Isso ajuda a manter o foco na 
ideia principal e a construir uma visão clara do texto como um todo.
Faça Inferências
A interpretação de textos muitas vezes requer que o leitor vá além do que está explícito e faça inferências, 
ou seja, deduções baseadas nas informações fornecidas pelo texto. Para isso, é importante juntar pistas, 
palavras e contextos que o autor utiliza para chegar a conclusões não ditas diretamente. Uma boa prática é 
questionar: “O que o autor quer dizer com isso?” ou “Qual é a intenção por trás desta afirmação?”.
Exemplo: Se um texto diz: “Ele olhou para o céu e pegou seu guarda-chuva”, você pode inferir que 
provavelmente vai chover, mesmo que o texto não diga isso diretamente.
Preste Atenção a Palavras-Chave e Conectores
As palavras-chave e os conectores (como “portanto”, “porém”, “assim”, “no entanto”, “além disso”) ajudam 
a entender a lógica e o raciocínio do texto. Elas indicam como as ideias estão conectadas, se há uma relação 
de causa e efeito, oposição ou conclusão. Identificar essas palavras é fundamental para captar a estrutura do 
texto e entender a linha de pensamento do autor.
Dica: Sublinhe ou destaque as palavras-chave e conectores durante a leitura. Isso ajuda a visualizar a 
organização do texto e a compreender as relações entre as ideias.
Entenda o Contexto
Todo texto está inserido em um contexto, que pode ser histórico, cultural, social ou ideológico. Conhecer 
esse contexto é essencial para interpretar corretamente o que o autor quer transmitir. Pesquise sobre o período 
em que o texto foi escrito, o perfil do autor ou os eventos que influenciaram a obra. Isso pode oferecer insights 
valiosos sobre as intenções do autor e o significado do texto.
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Exemplo: Um texto produzido durante um período de guerra pode refletir ideias e valores diferentes de um 
texto escrito em tempos de paz, e esse contexto é importante para interpretar a mensagem corretamente.
Analise o Gênero e a Estrutura do Texto
Cada tipo de texto tem características próprias, e conhecê-las ajuda a interpretar a mensagem. Um poema, 
uma crônica, uma notícia, um artigo científico ou uma propaganda têm estruturas, linguagens e objetivos 
diferentes. Ao identificar o gênero do texto, o leitor consegue ajustar sua interpretação e compreender melhor 
o que o autor pretende.
Dica: Pergunte-se: “Este texto é informativo, argumentativo, narrativo ou descritivo?” Entender o propósito 
do texto facilita a interpretação.
Questione o Texto
Uma leitura crítica e reflexiva é fundamental para uma boa interpretação. Faça perguntas ao longo da 
leitura: “Por que o autor usou este termo?”, “O que ele quer me convencer?”, “Existe alguma contradição aqui?”, 
“O autor tem um posicionamento ou opinião?”. Ao questionar o texto, você desenvolve uma interpretação mais 
aprofundada e se torna um leitor mais ativo.
Utilize Conhecimentos Prévios
Nossa bagagem cultural, conhecimentos adquiridos em outras leituras e experiências de vida enriquecem a 
interpretação de um texto. Muitas vezes, a compreensão de intertextualidades, referências históricas ou sociais 
depende do que já sabemos. Portanto, relacionar o que você está lendo com outros textos, experiências e 
conhecimentos prévios facilita a interpretação.
Exemplo: Ao ler uma alusão a “Ulisses” em um texto contemporâneo, seu conhecimento sobre a “Odisseia” 
de Homero poderá oferecer um significado adicional ao que está sendo lido.
Releia o Texto, se Necessário
Se após a primeira leitura você não conseguiu compreender plenamente o texto, não hesite em reler. A 
releitura permite captar detalhes que passaram despercebidos e ajuda a entender melhor as ideias do autor. 
Muitas vezes, uma segunda ou terceira leitura revela nuances e elementos essenciais para a interpretação.
Faça Anotações e Resumos
Ao ler um texto, faça anotações das ideias principais, argumentos do autor, palavras-chave e sua interpretação 
pessoal. Elaborar resumos do que foi lido ajuda a fixar o conteúdo e a estruturar a compreensão do texto, 
facilitando a interpretação e a revisão posterior.
A interpretação de textos é uma habilidade que se desenvolve com prática, atenção e reflexão. Seguindo 
essas dicas, você estará mais preparado para enfrentar questões de interpretação em provas de concursos 
públicos e exames, aumentando sua capacidade de compreender e interpretar textos de forma crítica e 
eficaz. Lembre-se de que a interpretação é um processo dinâmico e exige que o leitor seja um agente ativo na 
construção do sentido do texto.
Compreender e interpretar textos são habilidades essenciais para o sucesso em concursos públicos e 
exames que exigem domínio da Língua Portuguesa. Ao longo deste estudo, destacamos a importância de 
diferenciar compreensão e interpretação, entendemos os diferentes tipos de linguagem que podem estar 
presentes em um texto e exploramos o conceito de intertextualidade, que amplia o entendimento ao conectar 
um texto a outros já existentes. 
Além disso, oferecemos dicas práticas para aprimorar a habilidade de interpretação, reforçando a necessidade 
de atenção, reflexão e a aplicação de técnicas de leitura que ajudam a identificar ideias principais, contextos 
e inferências. Essas estratégias são fundamentais para decifrar mensagens explícitas e implícitas, bem como 
para perceber nuances que enriquecem a análise de qualquer texto.
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Desenvolver a capacidade de interpretar textos é um processo contínuo que exige prática e dedicação. Ao 
se aprofundar nesses aspectos e aplicar as estratégias sugeridas,palavras, a regência nominal mostra como um termo da oração 
depende de outro para que o sentido da expressão seja bem definido.
Substantivos e Regência Nominal
Os substantivos podem exigir a presença de uma preposição para estabelecer uma relação com outro termo 
que os complementa. Por exemplo:
– “Necessidade de dinheiro”: O substantivo “necessidade” exige a preposição “de” para se conectar ao 
complemento “dinheiro”.
– “Orgulho de seu país”: O substantivo “orgulho” é complementado por “de seu país”.
Nem todos os substantivos exigem preposição, mas muitos estabelecem uma relação de dependência com 
outras palavras por meio delas, o que torna fundamental o seu correto uso para evitar construções gramaticais 
inadequadas.
Adjetivos e Regência Nominal
Os adjetivos, quando regidos por um complemento, também costumam exigir uma preposição para 
estabelecer uma conexão adequada com o termo que completará o seu sentido. A concordância com o 
substantivo que se refere em gênero e número é um aspecto importante nesse caso. Veja alguns exemplos:
- “Ela é favorável a mudanças.” 
- “Ele está interessado em aprender.”
Aqui, os adjetivos “favorável” e “interessado” exigem as preposições “a” e “em”, respectivamente, para 
estabelecer a relação com seus complementos.
Advérbios e Regência Nominal
Embora seja menos frequente, alguns advérbios também podem exigir o uso de preposições para 
complementar o sentido da frase. Eles costumam estabelecer relação com adjetivos ou substantivos:
– “Eles estavam próximos de casa.”
– “Ela estava longe de ser perfeita.”
Neste caso, os advérbios “próximos” e “longe” requerem a preposição “de” para que a frase fique completa 
e correta.
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— Principais Preposições Utilizadas na Regência Nominal
O uso correto das preposições é essencial na regência nominal, e algumas palavras têm regência específica 
que merece atenção. As preposições mais comuns na regência nominal incluem: de, a, em, com, para, por, 
sobre, entre, entre outras. Vamos observar como algumas palavras se relacionam:
– Acostumado: “Ela estava acostumada a estudar à noite.”
– Ansioso: “Ficou ansioso por notícias.”
– Orgulhoso: “Ele estava orgulhoso de seu desempenho.”
Dicas para Dominar a Regência Nominal
– Leia com atenção: A prática da leitura é uma das melhores formas de aprender a regência nominal. 
Observando como autores utilizam a preposição, você pode assimilar seu uso de forma natural.
– Consulte bons dicionários: Dicionários de regência nominal são excelentes ferramentas para esclarecer 
dúvidas sobre qual preposição deve ser utilizada com determinado substantivo, adjetivo ou advérbio.
– Pratique com exemplos: Quanto mais você escrever e praticar a regência nominal, mais intuitivo se 
tornará o seu uso. Crie frases e revise a forma como as preposições são utilizadas para reforçar o aprendizado.
A regência nominal, embora pareça um tema complexo, torna-se muito mais clara com a prática e o estudo 
contínuo. Dominar essa área da gramática é essencial para quem deseja aprimorar suas habilidades de escrita 
e interpretação na Língua Portuguesa, garantindo uma comunicação eficaz e precisa.
— Regência Verbal
A regência verbal é o estudo da relação entre o verbo (termo regente) e seus complementos (termos regidos) 
dentro de uma oração. Para entender essa relação, é importante reconhecer como os verbos exigem ou não a 
presença de uma preposição para se conectar aos seus complementos. A regência verbal, portanto, estabelece 
como o verbo se relaciona com os objetos diretos e indiretos, bem como quais preposições são necessárias 
para que essa relação seja gramaticalmente correta.
Verbos Transitivos e Intransitivos
Antes de abordar a regência propriamente dita, é fundamental compreender a diferença entre verbos 
transitivos e intransitivos:
– Verbos Transitivos: São aqueles que necessitam de um complemento para que seu sentido seja completo. 
Esse complemento pode ser direto ou indireto:
– Verbo Transitivo Direto (VTD): Não exige preposição para ligar–se ao objeto.
– Exemplo: “Ela leu o livro.” (o complemento “o livro” está ligado diretamente ao verbo “leu”).
– Verbo Transitivo Indireto (VTI): Necessita de uma preposição para ligar–se ao complemento.
– Exemplo: “Ela gostou de música.” (o complemento “música” é ligado ao verbo “gostou” por meio da 
preposição “de”).
– Verbo Transitivo Direto e Indireto (VTDI): Precisa de dois complementos, um com preposição e outro 
sem.
– Exemplo: “Ele informou a todos sobre a reunião.” (“a todos” é objeto direto, e “sobre a reunião” é objeto 
indireto).
– Verbos Intransitivos: Não necessitam de complemento para completar seu sentido.
– Exemplo: “O avião pousou.” (o verbo “pousou” tem sentido completo e não requer complementos).
Verbos de Regência Variáve
Certos verbos podem variar sua regência de acordo com o sentido que pretendem transmitir, e o uso da 
preposição ou a sua ausência alteram o significado da frase:
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– Assistir:
– No sentido de “ver” ou “presenciar”: é transitivo indireto e exige a preposição “a”, como no exemplo: “Ele 
assistiu ao filme.”
– No sentido de “ajudar” ou “prestar assistência”: é transitivo direto e não requer preposição. Por exemplo: 
“O médico assistiu o paciente.”
– Preferir:
– É sempre transitivo direto e exige a presença da preposição “a” quando há comparação.
– Exemplo: “Ela prefere café a chá.” (nunca se deve usar “do que” ou “ao invés de”).
Verbos que Exigem Preposições Específicas
Alguns verbos têm regências que exigem preposições fixas, sendo importante conhecê-las para não cometer 
erros. Vamos observar alguns exemplos comuns:
– Aspirar:
– No sentido de “ter como objetivo”: é transitivo indireto e exige a preposição “a”.
– Exemplo: “Ela aspira a uma carreira de sucesso.”
– Namorar:
– É transitivo direto e não requer preposição.
– Exemplo: “Ele namora Maria.”
– Obedecer / Desobedecer:
– São transitivos indiretos e exigem a preposição “a”.
– Exemplo: “Os alunos obedecem ao professor.”
Casos Específicos de Regência Verbal
Além das regras gerais, há casos específicos que merecem atenção:
Verbos que mudam de significado conforme a regência:
– Responder: Quando o verbo é transitivo direto, significa “dar resposta”. Já quando é transitivo indireto, 
com a preposição “a”, pode significar “responder a alguém”.
– Exemplo: “Ele respondeu a carta.” (transitivo direto)
– Exemplo: “Ele respondeu ao professor.” (transitivo indireto)
– Verbos que admitem mais de uma preposição: 
– O verbo “consistir”, por exemplo, exige a preposição “em”.
– Exemplo: “A solução consiste em esforço e dedicação.”
Dicas para Dominar a Regência Verbal
– Familiarize-se com os Verbos Mais Comuns: Alguns verbos possuem regências muito específicas. 
Estudar listas de verbos e suas respectivas regências pode ajudar a internalizar essas regras.
– Observe o Contexto: A regência de certos verbos pode variar conforme o contexto da frase. Analise o 
sentido que o verbo quer transmitir para escolher a preposição adequada.
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– Pratique com Exercícios: A prática é fundamental para consolidar o entendimento da regência verbal. 
Faça exercícios que exijam a identificação e correção de erros de regência em frases.
Dominar a regência verbal é um passo essencial para escrever e falar corretamente, garantindo que as 
mensagens sejam transmitidas com clareza e precisão. A compreensão das relações entre verbos e seus 
complementos não apenas enriquece a comunicação, mas também demonstra um alto grau de conhecimento 
da Língua Portuguesa, que é fundamental para quem busca excelência em sua expressão verbal e escrita.
— Lista de Palavras e Regência
Nesta seção, apresentarei uma lista de palavras comuns que geram dúvidas quanto à sua regência, com o 
intuito de esclarecer quais preposições devem ser utilizadas em cada caso. A lista inclui substantivos, adjetivos 
e verbos, acompanhados de exemplos práticos para facilitar a compreensão.
Substantivos e suas Regências
– Admiração: exige a preposição “por”. 
Exemplo: “Ela temadmiração por seu professor.”
– Necessidade: exige a preposição “de”.
Exemplo: “Há necessidade de mudanças na empresa.”
– Orgulho: exige a preposição “de”.
– Exemplo: “Ele sente orgulho de seu trabalho.”
— 2. Adjetivos e suas Regências
– Acostumado: exige a preposição “a”.
– Exemplo: “Ele está acostumado a acordar cedo.”
– Ansioso: exige a preposição “por”.
– Exemplo: “Ela está ansiosa por notícias.”
– Satisfeito: pode exigir “com” ou “por”, dependendo do contexto.
– Exemplo: “Ele está satisfeito com o resultado.” ou “Ela ficou satisfeita por ter participado.”
– Atento: exige a preposição “a”.
– Exemplo: “Fique atento a todas as instruções.”
Verbos e suas Regências
– Agradar:
– No sentido de “fazer carinho” ou “satisfazer”, é transitivo direto (não exige preposição).
– Exemplo: “Ele agradou o cachorro.”
– No sentido de “ser agradável a alguém”, é transitivo indireto e exige a preposição “a”.
– Exemplo: “O discurso agradou a plateia.”
– Aspirar:
– No sentido de “ter como objetivo” ou “almejar”, é transitivo indireto e exige a preposição “a”.
– Exemplo: “Ele aspira a uma carreira bem–sucedida.”
– No sentido de “inalar”, é transitivo direto (não exige preposição).
– Exemplo: “Ela aspirou o perfume.”
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– Assistir:
– No sentido de “ver”, é transitivo indireto e exige a preposição “a”.
– Exemplo: “Ela assistiu ao filme.”
– No sentido de “prestar assistência”, é transitivo direto (não exige preposição).
– Exemplo: “A enfermeira assistiu o paciente.”
– Chegar / Ir:
– Exigem a preposição “a”.
– Exemplo: “Ela chegou ao escritório cedo.”
– Esquecer / Lembrar:
– Quando são pronominais (esquecer–se / lembrar–se), exigem a preposição “de”.
– Exemplo: “Ela se esqueceu do aniversário.”
– Quando não são pronominais, não exigem preposição.
– Exemplo: “Ela esqueceu o documento.”
– Preferir:
– Exige a preposição “a” quando há comparação.
– Exemplo: “Prefiro chá a café.”
– Namorar:
– É transitivo direto e não exige preposição.
– Exemplo: “Ela namora João há dois anos.”
Palavras que Exigem Atenção ao Uso da Preposição
– Acessível:
– Usa–se com “a”.
– Exemplo: “Aquela informação é acessível a todos.”
– Conforme:
– É utilizada sem preposição.
– Exemplo: “Ele agiu conforme as instruções.”
– Respeito:
– Pode ser “por” ou “a”.
– Exemplo: “Ele tem respeito por seus colegas.” ou “Ele demonstrou respeito a seus superiores.”
— Dicas Práticas para Aprender a Regência de Palavras:
– Estude listas de regência: Há muitas listas disponíveis que mostram as principais palavras e suas 
regências. Consultar regularmente essas listas pode ajudar a fixar o conhecimento.
– Use um bom dicionário: Muitos dicionários incluem informações de regência em suas definições, 
mostrando quais preposições acompanham determinadas palavras.
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– Pratique escrevendo: Escrever frases e depois verificar se a regência está correta é uma excelente 
forma de aprender. A prática frequente ajuda a internalizar o uso correto das preposições.
O conhecimento da regência de palavras é fundamental para quem deseja escrever e falar com precisão e 
clareza. A atenção aos detalhes faz toda a diferença para evitar erros comuns e aprimorar a comunicação na 
Língua Portuguesa.
— Exemplos Práticos
Para reforçar o entendimento sobre a regência nominal e verbal, apresentaremos exemplos práticos 
que ilustram o uso correto das preposições e das relações entre os termos em diferentes contextos. Cada 
exemplo será seguido de uma breve explicação para esclarecer o motivo do uso de determinada preposição 
ou construção.
Exemplos de Regência Nominal
– Ansioso por: 
– “Ela está ansiosa por notícias do exame.”
– Explicação: O adjetivo “ansiosa” exige a preposição “por” para se conectar ao complemento “notícias do 
exame”.
– Orgulho de: 
– “Ele sente orgulho de sua carreira.”
– Explicação: O substantivo “orgulho” é complementado pela preposição “de”, que estabelece a relação com 
“sua carreira”.
– Dúvida acerca de:
– “Ele tinha dúvida acerca de suas intenções.”
– Explicação: O substantivo “dúvida” pode ser seguido da expressão “acerca de”, que complementa seu 
sentido.
– Responsável por: 
– “Ela é responsável por organizar o evento.”
- Explicação: O adjetivo “responsável” exige a preposição “por” para indicar a relação com a ação de 
“organizar o evento”.
Exemplos de Regência Verbal
– Assistir a (no sentido de “ver”):
– “Ele assistiu ao jogo de futebol.”
– Explicação: No sentido de “ver”, o verbo “assistir” é transitivo indireto e exige a preposição “a”. O artigo 
definido “o” se funde com a preposição “a”, formando “ao”.
– Obedecer a: 
– “Os alunos obedecem às regras da escola.”
– Explicação: O verbo “obedecer” é transitivo indireto e exige a preposição “a”. Como o complemento é “as 
regras”, ocorre a combinação “a + as = às”.
– Preferir a:
– “Ela prefere chá a café.”
– Explicação: O verbo “preferir” é transitivo direto, mas quando há uma comparação, exige a preposição “a” 
para ligar os elementos comparados.
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– Lembrar–se de:
– “Ela se lembrou do compromisso.”
– Explicação: O verbo pronominal “lembrar–se” exige a preposição “de”. Como o complemento é “o 
compromisso”, temos a junção “de + o = do”.
– Namorar (sem preposição):
– “João namora Maria há dois anos.”
– Explicação: O verbo “namorar” é transitivo direto, ou seja, não exige preposição para ligar–se ao 
complemento.
— Erros Comuns de Regência e suas Correções
– Incorreto: “Prefiro mais café do que chá.”
– Correto: “Prefiro café a chá.”
– Explicação: O verbo “preferir” não admite o uso de “mais” nem a expressão “do que”. A forma correta é 
utilizar apenas a preposição “a”.
– Incorreto: “Ele assistiu o filme ontem.”
– Correto: “Ele assistiu ao filme ontem.”
– Explicação: O verbo “assistir”, no sentido de “ver”, é transitivo indireto e requer a preposição “a”.
– Incorreto: “Estou em dúvida se faço ou não.”
– Correto: “Estou com dúvida se faço ou não.”
– Explicação: O substantivo “dúvida” exige o uso da preposição “com” em certas construções.
Frases que Exigem Atenção à Regência Nominal e Verbal
Aspirar a (no sentido de “almejar”):
– “Ela aspira a um cargo de liderança.”
– Explicação: No sentido de “almejar”, o verbo “aspirar” é transitivo indireto e exige a preposição “a”.
– Atento a:
– “Ele estava atento às explicações
— Conclusão
A compreensão e o domínio da regência nominal e verbal são essenciais para o uso correto e preciso da 
Língua Portuguesa. Esses elementos gramaticais desempenham um papel crucial na construção de frases 
coerentes e bem estruturadas, garantindo que a mensagem seja transmitida de forma clara e sem ambiguidades. 
A escolha adequada das preposições, bem como o entendimento das relações de dependência entre os termos 
da oração, contribuem para a eficácia da comunicação, tanto na escrita quanto na fala.
Ao longo deste estudo, foi possível perceber como pequenas variações na regência podem alterar o sentido 
de uma frase ou até mesmo torná-la gramaticalmente incorreta. Por isso, o conhecimento das regras e a prática 
constante são fundamentais para evitar erros comuns e aprimorar a competência linguística.
Para aqueles que se preparam para concursos públicos ou desejam melhorar suas habilidades na Língua 
Portuguesa, o aprofundamento na regência nominal e verbal deve ser uma prioridade. Assim, o domínio dessas 
regras não só eleva a qualidade da expressão escrita e oral, mas também reflete um maior grau de proficiência 
e profissionalismo no uso do idioma.
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Crase
A crase é um dos fenômenos gramaticais mais desafiadores da Língua Portuguesa para muitos estudantes. 
Trata-se da fusão de duas vogais idênticas, que resulta no uso do acento grave (`à`). Essa fusão ocorre quando 
a preposição “a” se encontra com um artigo definido feminino “a(s)” ou com pronomes demonstrativos que 
também começam com “a”. O uso correto da crase é essencial para garantir a clareza e a precisão na escrita, 
evitando ambiguidades e mal-entendidos.
Em termos práticos, a crase pode ser entendida como a junção de palavras em construçõesespecíficas, 
como *”Vou à festa”* (preposição “a” + artigo “a”). Além disso, o uso do sinal indicativo da crase é obrigatório 
em várias situações, como antes de palavras femininas, em locuções prepositivas e expressões fixas. Por outro 
lado, há casos em que a crase jamais deve ser utilizada, como antes de substantivos masculinos, pronomes e 
verbos no infinitivo.
Compreender as regras que determinam o uso e a ausência da crase é fundamental para quem deseja 
escrever de forma correta e sofisticada. 
— Uso da Crase
O emprego correto da crase é regido por uma série de regras e situações específicas em que ocorre a fusão 
da preposição “a” com um artigo, pronome ou expressão. A seguir, exploraremos em detalhes os principais 
contextos que exigem o uso da crase.
Antes de Palavras Femininas
O uso da crase é obrigatório antes de palavras femininas que aceitam o artigo definido “a” e que são 
precedidas por uma preposição “a”. Nesse caso, ocorre a junção dessas duas vogais idênticas, formando o 
“à”. É importante lembrar que a palavra deve necessariamente ser feminina para que a crase seja empregada.
Exemplos:
– “Dirigi-me à escola para entregar os documentos.”
– “Referiu-se à situação com muita clareza.”
Aqui, o uso da crase se justifica pela presença simultânea da preposição “a” e do artigo definido feminino 
“a”. Quando a palavra posterior não admite o artigo ou não é feminina, não ocorre a crase.
Locuções Prepositivas Implícitas (“à moda de”, “à maneira de”)
A crase é comumente utilizada em locuções prepositivas femininas que têm um sentido implícito de “à 
moda de” ou “à maneira de”. Embora a expressão completa muitas vezes não esteja explícita na frase, o uso 
da crase permanece obrigatório. Isso ocorre mesmo em situações em que o complemento seja um substantivo 
masculino.
Exemplos:
– “Ele cozinhou à moda francesa.” (Entende-se “à moda da culinária francesa”)
– “Fiz uma dança à Michael Jackson.” (Aqui, a locução “à moda de” está implícita)
Este uso ressalta a flexibilidade e a importância da crase ao transmitir expressões idiomáticas e construções 
com sentido comparativo ou de estilo.
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Expressões Fixas
Existem certas expressões na Língua Portuguesa em que a crase é obrigatória, independentemente do 
contexto. Essas expressões são chamadas de “expressões fixas” e geralmente se tratam de locuções adverbiais, 
prepositivas ou conjuntivas que possuem um núcleo feminino.
Exemplos de expressões fixas com crase:
– “à medida que”
– “à venda”
– “à noite”
– “à vontade”
– “à beira”
Nesses casos, o uso do acento grave é invariável, pois essas expressões já estão consolidadas na língua e 
exigem a presença da crase para manter a correção gramatical.
Antes de Pronome Demonstrativo “Aquela”, “Aquela(s)”, “Aquele(s)”
A crase também é aplicada quando a preposição “a” se encontra com pronomes demonstrativos como 
“aquela”, “aquelas”, “aquele” e “aqueles”. Isso ocorre porque esses pronomes aceitam a combinação com a 
preposição, gerando a fusão característica da crase.
Exemplos:
– “Refiro-me àquela aluna que se destacou na aula.”
– “Entreguei o trabalho àquele professor.”
Nesse contexto, a presença da crase é essencial para indicar que existe uma relação de regência que exige 
a preposição “a”.
Em Indicações de Horas
Ao expressar horas específicas, a crase é utilizada quando a indicação de tempo vem precedida de 
preposição e seguida por um numeral que aceita o artigo feminino “a(s)”.
Exemplos:
– “A reunião está marcada para às 14h.”
– “Chegaremos à uma da tarde.”
Note que, se a expressão for genérica, como “de manhã” ou “ao meio-dia”, não haverá crase, pois o contexto 
não admite o artigo feminino “a”.
Nas Indicações Geográficas
O uso da crase pode ocorrer em expressões que fazem referência a lugares, dependendo de se esses nomes 
geográficos aceitam ou não o artigo definido “a”. Para verificar se o uso da crase é adequado, recomenda-se 
substituir a preposição por “para”, o que ajuda a identificar a presença ou ausência do artigo.
Exemplos:
– “Fui à Bahia nas férias.” (Dizemos “Fui para a Bahia”, por isso há crase)
– “Viajarei a Portugal.” (Não usamos artigo com “Portugal”, então não há crase)
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A aplicação da crase é uma questão de observar a combinação entre a preposição “a” e elementos que 
exijam o artigo feminino “a”. Conhecer e reconhecer os padrões de uso ajuda a evitar equívocos comuns e a 
empregar o sinal indicativo da crase de forma precisa e correta.
— Casos em que a Crase Nunca Deve Ser Usada
Embora a crase seja um elemento importante para a clareza e precisão na escrita, há várias situações em 
que seu uso é incorreto e deve ser evitado. A seguir, veremos as principais circunstâncias em que a crase não 
deve ser empregada.
Antes de Substantivos Masculinos
A regra básica é que a crase nunca será utilizada antes de palavras de gênero masculino, pois não há a 
possibilidade de ocorrer a junção da preposição “a” com um artigo feminino.
Exemplos:
– “Ele foi a pé ao trabalho.”
– “Assisti a um filme incrível.”
Note que mesmo em expressões que aparentam necessitar de crase, a presença de um substantivo 
masculino impede seu uso, já que o artigo definido seria, nesse caso, “o”, e não “a”.
Substantivos Usados em Sentido Generalizador
Quando o substantivo, seja ele masculino ou feminino, é utilizado de forma genérica, sem especificar ou 
delimitar algo particular, a crase não deve ser empregada. Esse uso ocorre porque, nesse caso, não há a 
necessidade do artigo definido que caracterizaria uma ideia específica.
Exemplos:
– “Gosta de ir a festas durante o fim de semana.” (Refere-se a festas de modo geral, sem especificidade)
– “Não fiz referência a crianças na discussão.” (Crianças de forma genérica, sem artigo definido)
Nessas construções, a ausência do artigo torna impossível a formação da crase, pois não há fusão com a 
preposição.
Antes do Artigo Indefinido “Uma”
O emprego da crase é inviável diante do artigo indefinido “uma”, visto que esse artigo, por sua natureza, 
não se combina com a preposição “a”. A função do artigo indefinido é justamente introduzir um elemento de 
incerteza ou indefinição, o que impede a junção característica da crase.
Exemplos:
– “Vou a uma festa hoje à noite.”
– “Comparecemos a uma reunião inesperada.”
Em ambas as frases, a presença de “uma” deixa claro que não há a fusão da preposição com um artigo 
definido feminino, descartando o uso da crase.
Antes de Pronomes
Em geral, a crase não deve ser utilizada antes de pronomes pessoais, de tratamento, indefinidos ou 
demonstrativos. Como esses pronomes não admitem a combinação com o artigo “a”, a crase não é possível. 
Entretanto, vale ressaltar que, em casos envolvendo pronomes possessivos femininos, o uso da crase é 
facultativo e depende do contexto e da escolha do autor.
92
Exemplos:
– “Enviei a mensagem a ela.” (Pronome pessoal)
– “Não fiz alusão a esta situação.” (Pronome demonstrativo)
A exceção ocorre quando a combinação resulta em uma construção que permite a fusão, mas, de modo 
geral, a regra é não utilizar a crase antes desses pronomes.
Antes de Verbos no Infinitivo
Verbos no infinitivo, por sua própria natureza, não admitem a presença de artigo, pois são formas impessoais. 
A preposição “a” que os precede, portanto, não se funde com nenhum artigo, o que impossibilita o uso da crase.
Exemplos:
– “Comecei a estudar para o concurso.”
– “Ele foi convidado a participar do evento.”
Como não há um artigo feminino “a” acompanhando o verbo, a crase é inaplicável nesses casos.
Antes de Nomes de Cidades que Não Aceitam Artigo
Para nomes de cidades que não utilizam o artigo definido “a”, não há necessidade da crase. Para verificar 
a necessidade, basta tentar substituir a preposição por “para”. Se a frase continuar correta sem o artigo, não 
há crase.
Exemplos:
– “Vou a Brasília amanhã.” (Dizemos “Vou para Brasília”, sem artigo)
– “Viajaremos a Salvador no próximo mês.” (Sem artigo também)
Assim, a crase só aparece se o nome da cidade naturalmente admitea combinação com o artigo definido 
“a”.
Em Expressões com Palavras Repetidas
Em expressões formadas por palavras repetidas, a crase não é usada, pois, nesses casos, não há presença 
de um artigo definido, apenas a repetição da ideia ou do conceito.
Exemplos:
– “O projeto foi desenvolvido de porta a porta.”
– “Ele caminhou de mão a mão.”
A construção dessas expressões não exige a presença do artigo feminino, portanto, a crase não ocorre.
O uso adequado da crase implica, sobretudo, identificar as situações em que a junção da preposição “a” 
com o artigo feminino “a(s)” não acontece. Compreender essas exceções é crucial para evitar erros comuns e 
garantir uma comunicação escrita precisa e alinhada com a norma culta da Língua Portuguesa.
— Conclusão
O uso da crase é um aspecto da Língua Portuguesa que requer atenção e compreensão das regras que 
orientam sua aplicação. Trata-se de um elemento essencial para a clareza e a correção gramatical, uma vez 
que a crase evita ambiguidades e confere precisão ao texto, permitindo ao leitor identificar a relação entre as 
palavras e a ideia transmitida.
93
Ao longo deste estudo, vimos que a crase ocorre em situações específicas, como antes de palavras femininas, 
em locuções prepositivas e em expressões fixas, além de outras ocorrências em construções mais complexas, 
como com pronomes demonstrativos e em indicações de horas. Por outro lado, é igualmente importante saber 
identificar os contextos em que a crase não deve ser utilizada, como antes de substantivos masculinos, artigos 
indefinidos, pronomes e verbos no infinitivo.
A correta aplicação da crase vai muito além de decorar regras: envolve o entendimento do funcionamento 
da língua e de como os elementos se combinam para formar construções claras e eficazes. O domínio dessas 
regras é, portanto, um diferencial para quem deseja escrever com precisão e elegância. Com a prática e o 
estudo contínuo, o uso da crase deixa de ser um desafio e se torna uma ferramenta poderosa para aprimorar 
a comunicação escrita.
Principais figuras de linguagem
As figuras de linguagem ou de estilo são empregadas para valorizar o texto, tornando a linguagem mais 
expressiva. É um recurso linguístico para expressar de formas diferentes experiências comuns, conferindo 
originalidade, emotividade ao discurso, ou tornando-o poético. 
As figuras de linguagem classificam-se em
– figuras de palavra;
– figuras de pensamento;
– figuras de construção ou sintaxe.
Figuras de palavra
Emprego de um termo com sentido diferente daquele convencionalmente empregado, a fim de se conseguir 
um efeito mais expressivo na comunicação.
– Metáfora: comparação abreviada, que dispensa o uso dos conectivos comparativos; é uma comparação 
subjetiva. Normalmente vem com o verbo de ligação claro ou subentendido na frase.
Exemplos:
...a vida é cigana
É caravana
É pedra de gelo ao sol.
(Geraldo Azevedo/ Alceu Valença)
Encarnado e azul são as cores do meu desejo.
(Carlos Drummond de Andrade)
– Comparação: aproxima dois elementos que se identificam, ligados por conectivos comparativos 
explícitos: como, tal qual, tal como, que, que nem. Também alguns verbos estabelecem a comparação: parecer, 
assemelhar-se e outros.
Exemplo:
Estava mais angustiado que um goleiro na hora do gol, quando você entrou em mim como um sol no quintal.
(Belchior)
94
– Catacrese: emprego de um termo em lugar de outro para o qual não existe uma designação apropriada.
Exemplos:
– folha de papel
– braço de poltrona
– céu da boca
– pé da montanha
Sinestesia: fusão harmônica de, no mínimo, dois dos cinco sentidos físicos.
Exemplo: 
Vem da sala de linotipos a doce (gustativa) música (auditiva) mecânica.
(Carlos Drummond de Andrade)
A fusão de sensações físicas e psicológicas também é sinestesia: “ódio amargo”, “alegria ruidosa”, “paixão 
luminosa”, “indiferença gelada”.
– Antonomásia: substitui um nome próprio por uma qualidade, atributo ou circunstância que individualiza 
o ser e notabiliza-o.
Exemplos:
O filósofo de Genebra (= Calvino).
O águia de Haia (= Rui Barbosa).
– Metonímia: troca de uma palavra por outra, de tal forma que a palavra empregada lembra, sugere e 
retoma a que foi omitida.
Exemplos:
Leio Graciliano Ramos. (livros, obras)
Comprei um panamá. (chapéu de Panamá)
Tomei um Danone. (iogurte)
Alguns autores, em vez de metonímia, classificam como sinédoque quando se têm a parte pelo todo e o 
singular pelo plural.
Exemplo:
A cidade inteira viu assombrada, de queixo caído, o pistoleiro sumir de ladrão, fugindo nos cascos de seu 
cavalo. (singular pelo plural)
(José Cândido de Carvalho)
Figuras Sonoras
– Aliteração: repetição do mesmo fonema consonantal, geralmente em posição inicial da palavra.
Exemplo:
Vozes veladas veludosas vozes volúpias dos violões, vozes veladas.
(Cruz e Sousa)
– Assonância: repetição do mesmo fonema vocal ao longo de um verso ou poesia.
Exemplo:
Sou Ana, da cama,
da cana, fulana, bacana
Sou Ana de Amsterdam.
(Chico Buarque)
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– Paronomásia: Emprego de vocábulos semelhantes na forma ou na prosódia, mas diferentes no sentido.
Exemplo:
Berro pelo aterro pelo desterro berro por seu berro pelo seu
[erro
quero que você ganhe que
[você me apanhe
sou o seu bezerro gritando
[mamãe.
(Caetano Veloso)
– Onomatopeia: imitação aproximada de um ruído ou som produzido por seres animados e inanimados.
Exemplo:
Vai o ouvido apurado
na trama do rumor suas nervuras
inseto múltiplo reunido
para compor o zanzineio surdo
circular opressivo
zunzin de mil zonzons zoando em meio à pasta de calor
da noite em branco 
(Carlos Drummond de Andrade)
Observação: verbos que exprimem os sons são considerados onomatopaicos, como cacarejar, tiquetaquear, 
miar etc.
Figuras de sintaxe ou de construção
Dizem respeito a desvios em relação à concordância entre os termos da oração, sua ordem, possíveis 
repetições ou omissões.
Podem ser formadas por:
omissão: assíndeto, elipse e zeugma;
repetição: anáfora, pleonasmo e polissíndeto;
inversão: anástrofe, hipérbato, sínquise e hipálage;
ruptura: anacoluto;
concordância ideológica: silepse.
– Anáfora: repetição da mesma palavra no início de um período, frase ou verso.
Exemplo:
Dentro do tempo o universo
[na imensidão.
Dentro do sol o calor peculiar
[do verão.
96
Dentro da vida uma vida me
[conta uma estória que fala
[de mim.
Dentro de nós os mistérios
[do espaço sem fim!
(Toquinho/Mutinho)
– Assíndeto: ocorre quando orações ou palavras que deveriam vir ligadas por conjunções coordenativas 
aparecem separadas por vírgulas.
Exemplo:
Não nos movemos, as mãos é
que se estenderam pouco a
pouco, todas quatro, pegando-se,
apertando-se, fundindo-se.
(Machado de Assis)
– Polissíndeto: repetição intencional de uma conjunção coordenativa mais vezes do que exige a norma 
gramatical.
Exemplo:
Há dois dias meu telefone não fala, nem ouve, nem toca, nem tuge, nem muge.
(Rubem Braga)
– Pleonasmo: repetição de uma ideia já sugerida ou de um termo já expresso.
O Pleonasmo literário é um recurso estilístico que enriquece a expressão, dando ênfase à mensagem.
Exemplos:
Não os venci. Venceram-me
eles a mim.
(Rui Barbosa)
Morrerás morte vil na mão de um forte.
(Gonçalves Dias)
Já o Pleonasmo vicioso é frequente na linguagem informal, cotidiana, considerado vício de linguagem. Deve 
ser evitado.
Exemplos:
Ouvir com os ouvidos.
Rolar escadas abaixo.
Colaborar juntos.
Hemorragia de sangue.
Repetir de novo.
97
– Elipse: supressão de uma ou mais palavras facilmente subentendidas na frase. Geralmente essas palavras 
são pronomes, conjunções, preposições e verbos.
Exemplos:
Compareci ao Congresso. (eu)
Espero venhas logo. (eu, que, tu)
Ele dormiu duas horas. (durante)
No mar, tanta tormenta e tanto dano. (verbo Haver)
(Camões)
– Zeugma: consiste na omissão de palavras já expressas anteriormente.
Exemplos:
Foi saqueada a vila, e assassina dos os partidários dos Filipes.
(Camilo Castelo Branco)
Rubião fez um gesto, Palha outro:mas quão diferentes.
(Machado de Assis)
Hipérbato ou inversão: alteração da ordem direta dos elementos na frase.
Exemplos:
Passeiam, à tarde, as belas na avenida.
(Carlos Drummond de Andrade)
Paciência tenho eu tido...
(Antônio Nobre)
– Anacoluto: interrupção do plano sintático com que se inicia a frase, alterando a sequência do processo 
lógico. A construção do período deixa um ou mais termos desprendidos dos demais e sem função sintática 
definida.
Exemplos
E o desgraçado, tremiam-lhe as pernas.
(Manuel Bandeira)
Aquela mina de ouro, ela não ia deixar que outras espertas botassem as mãos.
(José Lins do Rego)
– Hipálage: inversão da posição do adjetivo (uma qualidade que pertence a um objeto é atribuída a outro, 
na mesma frase).
Exemplo:
...em cada olho um grito castanho de ódio.
(Dalton Trevisan)
...em cada olho castanho um grito de ódio)
– Silepse:
Na Silepse de gênero não há concordância de gênero do adjetivo ou do pronome com a pessoa a que se 
refere.
Exemplos
Pois aquela criancinha, longe de ser um estranho...
(Rachel de Queiroz)
98
V. Ex.a parece magoado...
(Carlos Drummond de Andrade)
No entanto a Silepse de pessoa não apresenta concordância da pessoa verbal com o sujeito da oração.
Exemplos:
Os dois ora estais reunidos...
(Carlos Drummond de Andrade)
Na noite do dia seguinte, estávamos reunidos algumas pessoas.
(Machado de Assis)
Já na Silepse de número não tem concordância do número verbal com o sujeito da oração.
Exemplo:
Corria gente de todos os lados, e gritavam.
(Mário Barreto)
Correspondência oficial (memorando, ofício, aviso e mensagem)
Correspondência Oficial
A correspondência oficial é um conjunto de documentos utilizados para a comunicação formal entre órgãos 
públicos, entidades privadas e cidadãos. Esses documentos seguem normas e padrões específicos de redação, 
garantindo clareza, objetividade e formalidade na transmissão de informações. 
A estrutura e o conteúdo da correspondência oficial variam conforme o tipo de documento e sua finalidade. 
Entre os principais documentos de correspondência oficial, destacam-se o ofício, memorando, circular, ata, 
relatório, requerimento, carta oficial, atestado e remessa. Cada um desses documentos tem uma função 
específica dentro da administração pública e privada. 
▸Principais Tipos de Correspondência Oficial 
Ofício:
O ofício é um documento oficial utilizado para comunicação entre autoridades, órgãos públicos e instituições 
privadas. Sua principal característica é a formalidade, sendo usado para solicitações, encaminhamentos e 
notificações. 
Estrutura do Ofício: 
▪ Cabeçalho: Nome do órgão emissor, brasão ou logotipo oficial. 
▪ Número e data: Identificação do documento e data de emissão. 
▪ Destinatário: Nome e cargo do receptor. 
▪ Assunto: Breve descrição do conteúdo. 
▪ Corpo do texto: Desenvolvimento da mensagem, contendo introdução, exposição e conclusão. 
▪ Fechamento: Expressões formais de despedida. 
▪ Assinatura: Nome e cargo da autoridade responsável. 
Os ofícios são amplamente utilizados na administração pública para comunicação oficial entre instituições. 
99
Memorando:
O memorando é um documento de comunicação interna utilizado dentro de uma mesma instituição para 
transmitir informações rápidas e diretas entre departamentos ou setores. 
Estrutura do Memorando:
▪ Cabeçalho: Nome do órgão e setor emissor. 
▪ Número e data: Identificação do documento. 
▪ Remetente e destinatário: Nome dos envolvidos na comunicação. 
▪ Assunto: Resumo do tema abordado. 
▪ Texto principal: Mensagem objetiva e direta. 
▪ Assinatura: Nome e cargo do responsável. 
O memorando é menos formal que o ofício e seu uso é comum para repassar instruções ou registrar 
informações dentro da organização. 
Circular:
A circular é um documento enviado a várias pessoas ao mesmo tempo para transmitir informações de 
interesse coletivo. Diferente do memorando, que tem um único destinatário, a circular visa alcançar um grupo 
específico. 
Estrutura da Circular:
▪ Identificação do órgão emissor. 
▪ Número e data. 
▪ Assunto. 
▪ Texto principal com a informação a ser divulgada. 
▪ Assinatura da autoridade responsável. 
As circulares são frequentemente utilizadas para comunicados internos, mudanças organizacionais e 
instruções normativas. 
Ata:
A ata é um documento utilizado para registrar formalmente reuniões, assembleias ou deliberações, garantindo 
um histórico fiel do que foi discutido e decidido. 
Estrutura da Ata:
▪ Cabeçalho: Nome da instituição e tipo de reunião. 
▪ Data, local e horário da reunião. 
▪ Nome dos participantes. 
▪ Pauta da reunião. 
▪ Registro detalhado dos debates e decisões tomadas. 
▪ Assinatura dos responsáveis. 
A ata deve ser escrita de forma objetiva, sem opiniões ou interpretações, garantindo fidelidade aos fatos 
ocorridos. 
100
Relatório:
O relatório é um documento técnico ou administrativo que apresenta informações detalhadas sobre 
atividades, projetos ou investigações realizadas. 
Estrutura do Relatório:
▪ Título e identificação do órgão responsável. 
▪ Introdução: Explicação sobre o objetivo do documento. 
▪ Desenvolvimento: Exposição dos fatos com dados e análises. 
▪ Conclusão: Resultados e recomendações. 
▪ Assinatura do responsável. 
Relatórios podem ser usados para avaliar projetos, analisar desempenho e registrar informações relevantes 
para futuras decisões. 
Requerimento:
O requerimento é um documento formal utilizado para solicitar informações, documentos ou serviços junto 
a órgãos públicos ou privados. 
Estrutura do Requerimento:
▪ Identificação do requerente (nome, CPF, RG, endereço). 
▪ Destinatário (órgão ou autoridade responsável). 
▪ Exposição do pedido com justificativa. 
▪ Data e assinatura do solicitante. 
Requerimentos são comuns em solicitações de segunda via de documentos, matrículas, benefícios 
administrativos e outros procedimentos formais. 
Carta Oficial:
A carta oficial é um documento utilizado para comunicação formal entre autoridades, órgãos públicos ou 
entre um cidadão e a administração pública. 
Estrutura da Carta Oficial:
▪ Cabeçalho: Identificação do órgão emissor. 
▪ Destinatário: Nome e cargo do receptor. 
▪ Saudação formal. 
▪ Corpo do texto: Exposição da mensagem de forma objetiva. 
▪ Fechamento: Expressão de cordialidade e despedida. 
▪ Assinatura do remetente. 
O tom da carta oficial deve ser formal e respeitoso, garantindo clareza na comunicação. 
Atestado:
O atestado é um documento emitido por uma autoridade competente para comprovar determinada situação, 
como estado de saúde, presença em eventos ou vínculo empregatício. 
101
Estrutura do Atestado:
▪ Nome e identificação do emissor. 
▪ Nome do beneficiado. 
▪ Descrição detalhada da situação atestada. 
▪ Data e assinatura do responsável. 
Os atestados são comuns em contextos médicos, trabalhistas e acadêmicos. 
Remessa de Documentos:
A remessa é um procedimento de envio de documentos entre setores ou instituições, garantindo o registro 
do trâmite oficial. 
Estrutura da Remessa:
▪ Descrição do documento enviado. 
▪ Nome do remetente e destinatário. 
▪ Número de identificação. 
▪ Data de envio. 
▪ Assinatura do responsável pelo envio. 
A remessa deve ser registrada para assegurar que os documentos cheguem ao destino correto. 
A correspondência oficial desempenha um papel fundamental na comunicação institucional, garantindo a 
formalização de atos administrativos e a troca de informações de maneira padronizada. Cada tipo de documento 
possui características específicas que devem ser respeitadas para garantir clareza, objetividade e validade 
jurídica. 
O conhecimento sobre os diferentes tipos de correspondência oficial é essencial para quem atua na 
administração pública, no setor privado e em qualquer área que exija o uso de documentos formais e técnicos.
Questões
1. ADM&TEC - 2024 - Prefeitura de São Luís do Quitunde - AL 
Leia o textoabaixo e responda às questões 1 e 2. 
ESCOLA INCLUSIVA
É alvissareira a constatação de que 86% dos brasileiros consideram haver melhora nas escolas quando se 
incluem alunos com deficiência. O elevado grau de aceitação aparece em pesquisa Datafolha divulgada em 15 
de outubro, Dia do Professor.
Uma década atrás, quando o país aderiu à Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência 
e assumiu o dever de uma educação inclusiva, era comum ouvir previsões negativas para tal perspectiva 
generosa. Apesar das dificuldades óbvias, ela se tornou lei em 2015 e criou raízes no tecido social.
A rede pública carece de profissionais satisfatoriamente qualificados até para o mais básico, como o ensino 
de ciências; o que dizer então de alunos com gama tão variada de dificuldades. Os empecilhos vão desde o 
acesso físico à escola, como o enfrentado por cadeirantes, a problemas de aprendizado criados por limitações 
sensoriais —surdez, por exemplo— e intelectuais.
102
Bastaram alguns anos de convívio em sala, entretanto, para minorar preconceitos. A maioria dos entrevistados 
(59%), hoje, discorda de que crianças com deficiência devam aprender só na companhia de colegas na mesma 
condição. Tal receptividade decerto não elimina o imperativo de contar, em cada estabelecimento, com pessoal 
capacitado para lidar com necessidades específicas de cada aluno. Este pode ser disléxico, deficiente visual ou 
diagnosticado com transtorno do espectro autista, para dar mais alguns exemplos.
O censo escolar indica 1,2 milhão de alunos assim categorizados. Embora tenha triplicado o número de 
professores com alguma formação em educação especial inclusiva, contam-se não muito mais que 100 mil 
deles no país. Não se concebe que possa haver um especialista em cada sala de aula. As experiências mais 
bem-sucedidas criaram na escola uma estrutura para o atendimento inclusivo, as salas de recursos. Aí, ao 
menos um profissional preparado se encarrega de receber o aluno e sua família para definir atividades e de 
auxiliar os docentes do período regular nas técnicas pedagógicas.
Não faltam casos exemplares na rede oficial de ensino. Compete ao Estado disseminar essas iniciativas 
exitosas por seus estabelecimentos. Assim se combate a tendência ainda existente a segregar em salas 
especiais os estudantes com deficiência —que não se confunde com incapacidade, como felizmente já vamos 
aprendendo.
(Editorial, da Folha de São Paulo, 16.10.2019 – adaptado)
A alternativa que melhor completa as lacunas das frases abaixo é:
Ainda não se sabe o ____________ de tanta raiva. Joana estudou demais para a prova, __________ foi 
reprovada.
Eu estive aqui _______ dez anos.
Um __________ filho é sempre castigado pela vida.
(A) porque; .mas; a; mau.
(B) porquê; mais; há; mal.
(C) porquê; mas; há; mau.
(D) porque; mais; a; mau.
2. ADM&TEC - 2024 - Prefeitura de São Luís do Quitunde - AL 
Texto associado
Em “A rede pública carece de profissionais satisfatoriamente qualificados...”, o verbo sublinhado pode ser 
substituído, sem alterar o sentido da frase, por: 
(A) necessita.
(B) custa caro.
(C) sobra.
(D) tem abundância.
3. Avança SP - 2024 - Prefeitura de Paraty - RJ 
Leia o texto a seguir para responder às questões 3 a 8.
COMO NASCERAM OS JOGOS PARALÍMPICOS?
Os Jogos Paralímpicos, como conhecemos hoje, não começaram como uma grande competição mundial de 
diversos esportes. Na verdade, a trajetória deste evento remonta ao período pós-Segunda Guerra Mundial, em 
um hospital inglês que recebia e tratava de soldados lesionados pelo confronto.
O que começou com uma competição modesta entre alguns pacientes veio a se tornar um dos maiores 
símbolos de inclusão do mundo.
103
Naquele tempo depois da guerra, os militares feridos – muitos com lesões na coluna que os deixaram 
paralisados – eram encaminhados ao hospital Stoke Mandeville, no interior da Inglaterra, para tratamento. 
A perspectiva de vida para essas pessoas era de apenas dois anos, e o tempo de recuperação e terapia era 
marcado por longos períodos de inatividade. No entanto, essa realidade começou a mudar quando o neurologista 
Sir Ludwig Guttmann assumiu a responsabilidade pelo cuidado desses pacientes.
Médico e diretor do centro nacional britânico de traumatismos, Guttmann não concordava com a inatividade 
dos pacientes, por isso introduziu uma abordagem revolucionária: o cuidado ativo por meio do artesanato e, 
principalmente, dos esportes.
Ele acreditava que a prática esportiva não apenas ajudaria no condicionamento físico, mas também 
restauraria a dignidade e a autoestima daquelas pessoas. No dia 29 de julho de 1948, um grupo de 14 homens 
e duas mulheres fizeram uma prova de tiro com arco, dentro do próprio hospital. Assim nasceram as primeiras 
competições em cadeira de rodas, e os 16 participantes viriam a se tornar os primeiros atletas paralímpicos.
O impacto foi imediato e transformador. A britânica Caz Walton, uma das primeiras medalhistas paralímpicas, 
deu seu depoimento ao Comitê Paralímpico Internacional e, ao recordar de Sir Ludwig, disse: “Ele me deu tanta 
confiança. Foi quando soube que era igual a qualquer outra pessoa”.
Essas competições continuaram a crescer, tornando-se eventos anuais no hospital. Para Guttmann, a 
importância dessas atividades ia além dos benefícios físicos e psicológicos. “O mais importante é a reintegração 
social dos paralisados na sociedade”, falou o médico na época.
Em 1952, Stoke realizou seu primeiro evento esportivo internacional: um pequeno time holandês se juntou 
aos britânicos para competir nos jogos do hospital. A evolução natural desse movimento culminou na realização 
dos primeiros Jogos Paralímpicos oficiais em 1960, em Roma, logo após as Olimpíadas (que também rolaram 
na capital italiana). Naquela ocasião, 400 atletas de 23 países competiram em oito modalidades. Desde então, 
as Paralímpiadas passaram a ser realizadas seguindo o mesmo ciclo das Olimpíadas, a cada quatro anos.
O crescimento do movimento paralímpico foi acompanhado pela inclusão de atletas com diferentes tipos de 
deficiência. Em 1964, foi criada a Organização Internacional de Esportes para Deficientes (ISOD), que ofereceu 
oportunidades para atletas que não podiam se filiar aos Jogos Stoke Mandeville, como deficientes visuais, 
amputados e pessoas com paralisia cerebral. Gradualmente, novas organizações esportivas internacionais 
surgiram, promovendo a coordenação entre as diferentes modalidades e necessidades.
Finalmente, em 1989, o Comitê Paralímpico Internacional nasceu em Düsseldorf, na Alemanha, consolidando 
o movimento paralímpico global.
MOURÃO, M. Como nasceram os jogos paralímpicos? Revista Superinteressante. Disponível em: .
Considere o seguinte excerto, retirado do texto:
“Ele acreditava que a prática esportiva não apenas ajudaria no condicionamento físico, mas também 
restauraria a dignidade e a autoestima daquelas pessoas.”
O vocábulo “que”, que ocorre no excerto dado, atua como:
(A) pronome relativo.
(B) pronome interrogativo.
(C) conjunção integrante.
(D) conjunção causal.
(E) preposição.
104
4. Avança SP - 2024 - Prefeitura de Paraty - RJ 
Considere o seguinte excerto, retirado do texto:
“Ele acreditava que a prática esportiva não apenas ajudaria no condicionamento físico, mas também 
restauraria a dignidade e a autoestima daquelas pessoas.”
A expressão “não apenas […] mas também”, que ocorre no excerto dado, imprime ao contexto um sentido:
(A) adversativo.
(B) aditivo.
(C) conformativo.
(D) consecutivo.
(E) concessivo.
5. Avança SP - 2024 - Prefeitura de Paraty - RJ 
Analise os excertos a seguir, retirados do texto, e assinale a alternativa em que o vocábulo “o(s)” ocorre 
como pronome demonstrativo, considerando também a possibilidade de contração com uma preposição.
(A) Os Jogos Paralímpicos, como conhecemos hoje, não começaram como uma grande competição mundial 
de diversos esportes.
(B) Essas competiçõescontinuaram a crescer, tornando-se eventos anuais no hospital.
(C) O que começou com uma competição modesta entre alguns pacientes veio a se tornar um dos maiores 
símbolos de inclusão do mundo.
(D) O impacto foi imediato e transformador.
(E) O crescimento do movimento paralímpico foi acompanhado pela inclusão de atletas com diferentes tipos 
de deficiência.
6. Avança SP - 2024 - Prefeitura de Paraty - RJ 
De acordo com o texto, os Jogos Paralímpicos:
(A) Tiveram início durante a Segunda Guerra Mundial, com soldados lesionados que não podiam retornar 
ao confronto.
(B) Foram resultado de uma abordagem revolucionária de tratamento de pacientes feridos no pós-guerra, 
que incluía artesanato e a prática de esportes.
(C) Foram idealizados pelo médico neurologista Sir Ludwig Guttman, que também era portador de deficiência 
e não concordava com a inatividade de pessoas como ele.
(D) Aconteceram de forma oficial e internacional pela primeira vez em julho de 1948, dentro de um hospital, 
sob incentivo do médico Sir Ludwig Guttman.
(E) Aumentou a perspectiva de vida das pessoas com deficiência em geral, uma vez que, ao praticar 
esportes, saem de longos períodos de inatividade.
105
7. AMEOSC - 2024 - Prefeitura de Tunápolis - SC 
Os tipos textuais são categorias que classificam os textos de acordo com sua estrutura e finalidade 
comunicativa. Eles se diferenciam pela forma como as ideias são organizadas e pelo propósito do autor ao se 
comunicar.
As “Enciclopédias, textos científicos, resumos, reportagens informativas” são textos que possuem a seguinte 
tipologia textual predominante: 
(A) Texto Argumentativo.
(B) Texto Injuntivo (ou Instrucional).
(C) Texto Expositivo.
(D) Texto Descritivo.
8. ADVISE - 2024 - Prefeitura de Frei Martinho - PB 
Assinale a alternativa com a informação INCORRETA a respeito das regras e uso dos sinais de pontuação.
(A) Os parênteses podem substituir a vírgula ou o travessão.
(B) Não se usa o ponto interrogativo nas perguntas indiretas.
(C) As reticências podem variar de 3 a 5 pontos, de acordo com o sentido expresso.
(D) O travessão é maior que o hífen e é, comumente, utilizado nos diálogos.
(E) O sinal ‘§’ serve para indicar um parágrafo de um texto ou artigo de lei.
Leia o texto abaixo e responda às questões 9 a 17.
106
9. ADVISE - 2024 - Prefeitura de Frei Martinho - PB
A principal razão para a ocorrência da crase na linha 22 é: 
(A) intransitividade do verbo.
(B) promover a ideia de tempo decorrido.
(C) anteceder substantivo feminino.
(D) indicar existência.
(E) regência verbal indireta.
10. ADVISE - 2024 - Prefeitura de Frei Martinho - PB 
Em ‘permaneceria’ (linha 23), a desinência número pessoal é indicada em:
(A) ‘permanec’.
(B) ‘ia’
(C) Letra ‘e’ da sílaba ‘ce’.
(D) Letra ‘a’ da sílaba ‘ria’.
(E) Letra ‘r’ em ‘per’.
11. ADVISE - 2024 - Prefeitura de Frei Martinho - PB
Assinale a alternativa que contenha a informação CORRETA sobre as novas regras da ortografia.
(A) Não existe mais a regra de utilizar ‘m’ somente antes de ‘p’ e ‘b’.
(B) ‘Ideia’ (linha 22), perdeu o acento, deixando de ser proparoxítona.
(C) ‘Meio ambiente’ (linha 19) não utiliza hífen por ter se tornado um substantivo arcaico.
(D) ‘@’ tornou-se uma letra intercalada entre o ‘p’ e o ‘q’ no alfabeto.
(E) ‘Frequentemente’ (linha 20) perdeu o trema.
12. ADVISE - 2024 - Prefeitura de Frei Martinho - PB 
Conforme o Novo Acordo Ortográfico e as regras de acentuação gráfica, assinale a alternativa com a 
colocação menos coerente sobre a classificação das palavras do texto.
(A) ‘Após’ (linha 03) é monossílabo tônico.
(B) ‘Será’ (linha 13) é oxítona.
(C) ‘Errônea’ (linha 23) é proparoxítona.
(D) ‘Também’ (linha 23) é oxítona.
(E) ‘Estômago’ (linha 10) não é paroxítona.
107
13. ADVISE - 2024 - Prefeitura de Frei Martinho - PB
A oração iniciada por ‘Portanto’ (linha 13), sem vínculo de dependência sintática com a anterior, possui a 
nomenclatura de:
(A) coordenada sindética conclusiva.
(B) subordinada substantiva adjetiva.
(C) oração principal.
(D) subordinada substantiva objetiva direta
(E) coordenada sindética adversativa.
14. ADVISE - 2024 - Prefeitura de Frei Martinho 
Relacione palavras do texto (Coluna 1) com suas classes gramaticais (Coluna 2).
Coluna 1
(1) Substantivo.
(2) Verbo.
(3) Advérbio.
Coluna 2
( ) ‘trato’ (linha 12).
( ) ‘amplamente’ (linha 01).
( ) ‘chiclete’ (título).
( ) ‘muitos’ (linha 22).
( ) ‘move’ (linha 12).
Assinale a alternativa que preenche, CORRETAMENTE, de cima para baixo, os parênteses.
(A) 3- 2- 1- 3- 2.
(B) 1- 3- 1- 3- 2.
(C) 2- 1- 2- 3- 1.
(D) 3- 2- 3- 1- 3.
(E) 1- 1- 2- 2- 1.
15. ADVISE - 2024 - Prefeitura de Frei Martinho - PB 
Em análise às assertivas sobre vocabulário do texto, pode-se afirmar que:
I-‘Expelida’ (linha 12) é sinônimo de ‘posta para fora’;
II- ‘Digeríveis’ (linha 15) é antônimo de ‘digestíveis’;
III- ‘Errônea’ (linha 23) é antônimo de ‘verdadeira’;
IV- ‘Trato’ (linha 12) não é sinônimo de ‘acordo’.
Dos itens acima:
(A) apenas o item IV está incorreto.
(B) apenas o item I está incorreto.
(C) apenas o item II está incorreto.
(D) apenas o item III está incorreto.
(E) apenas os itens I e IV estão incorretos.
108
16. ADVISE - 2024 - Prefeitura de Frei Martinho - PB 
De acordo com a formatação do texto e suas características estruturais, aponte a alternativa com a 
informação CORRETA.
(A) O gênero dominante do texto é a entrevista.
(B) A estrutura textual não possui definição do quando [tempo] e onde [lugar].
(C) A divisão em parágrafos ocasiona perda de sentido.
(D) A pontuação no título não dimensiona a função do texto. 
(E) O texto tem como objetivo discursivo a injunção.
17. ADVISE - 2024 - Prefeitura de Frei Martinho - PB 
A partir da relação entre as ideias e as características linguístico-textuais, assinale a alternativa que melhor 
se aplica ao texto.
(A) A base verbal é o Passado.
(B) A linguagem conotativa é predominante.
(C) As recorrentes figuras de linguagem dificultam a formação da coerência textual.
(D) O texto é informativo.
(E) O uso de gírias interfere na formalidade linguística.
18. Avança SP - 2024 - Prefeitura de Paraty - RJ 
A palavra a seguir que apresenta exatamente seis sílabas é:
(A) amparo.
(B) alienado.
(C) característica. 
(D) estátuas.
(E) peculiaridade.
19. Avança SP - 2024 - Prefeitura de Paraty - RJ 
Analise as palavras a seguir e assinale a alternativa em que todas as palavras dadas são sinônimas.
(A) indispensável; prescindível; escusável.
(B) papalvo; moralista; empedernido.
(C) altruísta; compassivo; mentiroso.
(D) pífio; abjeto; nobre. 
(E) insigne; célebre; eminente.
109
20. Avança SP - 2024 - Prefeitura de Paraty - RJ 
Ocorre verbo irregular apenas em:
(A) Os bolos desta confeitaria não duram 24 horas. 
(B) Ela sabe que pode contar conosco.
(C) A menina cozinhava admiravelmente.
(D) As aulas não costumam atrasar.
(E) Estes barcos naufragaram no mesmo ano.
Gabarito
1 C
2 A
3 C
4 B
5 C
6 B
7 C
8 C
9 E
10 D
11 E
12 A
13 A
14 B
15 C
16 B
17 D
18 C
19 E
20 Bo leitor se torna mais crítico e eficiente na 
compreensão de mensagens, o que é um diferencial não apenas em provas e concursos, mas também em 
todas as situações que demandam uma leitura cuidadosa e reflexiva. A interpretação de textos, portanto, é uma 
ferramenta poderosa que, quando dominada, abre portas para o conhecimento e para o êxito em diversas áreas 
da vida.
Tipologia e gêneros textuais
O estudo dos tipos e gêneros textuais é fundamental para a compreensão e produção de textos em diversas 
situações comunicativas, sendo um tema recorrente em provas de concursos públicos. Ao compreender esses 
conceitos, o candidato adquire a capacidade de interpretar de forma mais eficaz os diferentes textos que 
encontrará, além de aprimorar sua habilidade de redigir conforme as exigências de cada situação.
Os tipos textuais referem-se a estruturas mais amplas e fixas que caracterizam a forma como o conteúdo 
é apresentado, como o narrativo, descritivo, dissertativo-argumentativo, expositivo e injuntivo. Já os gêneros 
textuais são as variadas manifestações desses tipos, adaptando-se ao contexto social, à finalidade e ao meio 
de comunicação, como notícias, editoriais, cartas de opinião, entre outros.
— Tipos Textuais: Definição e Características Gerais
Os tipos textuais são modelos de estrutura e organização que orientam a maneira como um texto é construído, 
determinando sua função comunicativa e as estratégias linguísticas empregadas em sua elaboração. Esses 
tipos são considerados padrões relativamente estáveis que definem a forma e o propósito do texto, orientando 
o autor e o leitor sobre como a mensagem será apresentada.
Ao todo, temos cinco tipos textuais clássicos, que aparecem com frequência em questões de concursos 
públicos e que são fundamentais para a compreensão da estrutura e organização dos textos: o descritivo, 
o injuntivo, o expositivo, o dissertativo-argumentativo e o narrativo. Cada um desses tipos textuais possui 
características próprias que influenciam a maneira como o texto é organizado, e a identificação dessas 
características é essencial para a interpretação e produção de textos de acordo com as demandas específicas 
de cada contexto.
Tipo Textual Descritivo
O tipo descritivo é voltado para a criação de uma imagem detalhada de um objeto, pessoa, lugar, situação 
ou sentimento. O objetivo principal é permitir que o leitor visualize ou experimente o que está sendo descrito, 
utilizando recursos linguísticos que enfatizam as características sensoriais e perceptivas.
Características principais: 
– Uso frequente de adjetivos, locuções adjetivas e orações adjetivas para caracterizar o objeto descrito.
– A descrição pode ser objetiva, quando o autor busca apresentar os detalhes de forma imparcial, ou 
subjetiva, quando há a inclusão de impressões e sentimentos pessoais.
– O texto é marcado por uma estrutura estática, sem progressão temporal.
Exemplos de gêneros textuais descritivos: anúncios classificados, cardápios, biografias, manuais e 
relatos de viagem.
Tipo Textual Injuntivo
O tipo injuntivo, também conhecido como instrucional, tem como propósito orientar, instruir ou comandar o 
leitor a realizar uma ação específica. É comum em situações em que é necessário indicar procedimentos, dar 
instruções ou estabelecer regras.
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Características principais:
– Uso predominante de verbos no modo imperativo e em formas que expressam obrigação ou instrução 
(futuro do presente, por exemplo).
– A linguagem é direta e objetiva, com frases curtas e claras.
– A presença de marcas de interlocução, como pronomes e verbos em segunda pessoa, é comum para 
estabelecer uma relação de diálogo com o leitor.
– Exemplos de gêneros textuais injuntivos: receitas culinárias, bulas de remédio, manuais de instrução, 
regulamentos e editais.
Tipo Textual Expositivo
O texto expositivo tem como principal objetivo informar, esclarecer ou explicar determinado assunto ao 
leitor. Sua função é apresentar informações de forma clara, imparcial e objetiva, sem a intenção de convencer 
ou influenciar.
– Características principais:
– Apresenta uma estrutura clara, com introdução, desenvolvimento e conclusão.
– Uso de linguagem formal, objetiva e impessoal.
– O verbo é empregado predominantemente no presente, e a organização das ideias segue uma sequência 
lógica e ordenada.
Exemplos de gêneros textuais expositivos: enciclopédias, artigos científicos, verbetes de dicionário, 
palestras e entrevistas.
Tipo Textual Dissertativo-Argumentativo
O tipo dissertativo-argumentativo é amplamente utilizado em redações de concursos e vestibulares. Seu 
objetivo é expor ideias, discutir um tema e defender um ponto de vista, utilizando argumentos consistentes e 
bem estruturados.
Características principais:
– Estrutura típica com introdução (apresentação da tese), desenvolvimento (argumentos) e conclusão 
(reforço ou síntese da ideia principal).
– Presença de elementos que visam convencer o leitor, como citações, dados estatísticos, exemplos e 
comparações.
– Uso de verbos no presente, em primeira ou terceira pessoa, dependendo do grau de formalidade.
Exemplos de gêneros textuais dissertativo-argumentativos: artigos de opinião, editoriais, ensaios, 
resenhas e cartas argumentativas.
Tipo Textual Narrativo
O tipo narrativo é aquele em que o autor conta uma história, real ou fictícia, envolvendo personagens, um 
enredo, tempo e espaço. A narrativa envolve a apresentação de eventos que se desenrolam ao longo do tempo, 
seguindo uma sequência lógica.
– Características principais:
– Presença de personagens, narrador, enredo, tempo e espaço.
– Uso predominante de verbos no pretérito, que conferem a ideia de acontecimentos já ocorridos.
– Pode adotar diferentes tipos de narrador, como o narrador em primeira pessoa (participa da história) ou o 
narrador em terceira pessoa (observador ou onisciente).
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Exemplos de gêneros textuais narrativos: contos, romances, fábulas, crônicas e lendas.
— Relação Entre os Tipos Textuais e a Função Comunicativa
Os tipos textuais servem como base para a construção de qualquer texto e têm uma função comunicativa 
que orienta a escolha das estruturas gramaticais, do vocabulário e do estilo de escrita. Por exemplo, ao produzir 
um texto narrativo, espera-se que haja uma sequência de ações e eventos; ao criar um texto dissertativo-
argumentativo, é necessário apresentar e defender uma ideia de forma lógica e coerente.
A compreensão das características dos tipos textuais é fundamental para que os candidatos sejam capazes 
de identificar a estrutura e a finalidade dos textos em provas de concursos públicos, assim como para que 
possam produzir redações de acordo com as exigências da banca examinadora. Portanto, o conhecimento 
aprofundado dos tipos textuais é um diferencial importante para o sucesso em questões que abordam análise 
e produção textual.
Análise dos Principais Tipos Textuais
Os tipos textuais são a base que orienta a construção e a organização de um texto, guiando a forma 
como as informações são apresentadas e recebidas pelo leitor. A seguir, analisaremos em detalhes os cinco 
principais tipos textuais: descritivo, injuntivo, expositivo, dissertativo-argumentativo e narrativo, destacando suas 
características, usos e exemplos práticos. Esse entendimento é fundamental para a interpretação e produção 
de textos, especialmente em contextos como concursos públicos e vestibulares, nos quais a capacidade de 
identificar e aplicar os tipos textuais é frequentemente avaliada.
Tipo Textual Descritivo
O tipo textual descritivo tem como objetivo pintar uma imagem mental de um objeto, pessoa, ambiente, 
situação ou sentimento, fornecendo detalhes que ajudam o leitor a “visualizar” o que está sendo descrito. É 
comum encontrar a descrição em textos literários, em que o autor deseja criar um cenário ou caracterizar um 
personagem, mas ela também aparece em textos não literários, como anúncios classificados, cardápios e 
laudos médicos.
Características principais:– Uso de adjetivos e locuções adjetivas: Proporcionam detalhes sobre características físicas ou 
emocionais do que está sendo descrito.
– Verbos de ligação: Verbos como “ser”, “estar” e “parecer” são frequentes, pois ajudam a conectar as 
características ao objeto descrito.
– Detalhamento minucioso: Enumeração de características que podem incluir cor, forma, tamanho, textura, 
cheiro e emoções, tornando a descrição rica e detalhada.
– Estilo estático: A descrição não envolve ação ou movimento; o foco é a apresentação das características.
– Exemplos de uso: Biografias, descrições em romances, relatórios técnicos e anúncios de classificados.
Exemplo prático: “A casa era pequena, de paredes brancas, janelas azuis e telhado vermelho. O jardim à 
frente era bem cuidado, com flores amarelas e rosas que exalavam um perfume suave.”
Tipo Textual Injuntivo
O tipo textual injuntivo, também chamado de instrucional, tem como finalidade orientar, instruir ou ordenar o 
leitor a realizar uma determinada ação. Esse tipo é utilizado em textos que apresentam comandos, instruções ou 
regras, e é bastante comum em manuais de instruções, receitas culinárias, editais de concursos e regulamentos.
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Características principais:
– Uso de verbos no modo imperativo: O uso de verbos como “faça”, “coloque”, “misture” é frequente, 
indicando instruções claras e diretas.
– Frases curtas e objetivas: O texto é conciso e vai direto ao ponto, facilitando a compreensão do leitor.
– Linguagem clara e prática: Evita ambiguidades e busca a eficiência na comunicação.
– Exemplos de uso: Receitas de culinária, manuais de instruções, leis, regulamentos e bulas de remédio.
Exemplo prático: “Misture a farinha e o fermento em uma tigela. Adicione o leite aos poucos, mexendo bem 
para não formar grumos. Cozinhe em fogo baixo até engrossar.”
Tipo Textual Expositivo
O tipo textual expositivo tem a função de expor, informar ou explicar um tema, fato ou conceito ao leitor 
de forma clara e objetiva, sem a intenção de convencer ou influenciar. É comumente utilizado em textos que 
têm como objetivo transmitir conhecimento, como artigos acadêmicos, enciclopédias, resumos, verbetes e 
reportagens informativas.
Características principais:
– Organização lógica: O texto geralmente é estruturado com introdução, desenvolvimento e conclusão, 
apresentando o tema de maneira ordenada.
– Linguagem clara e objetiva: Não há subjetividade ou opiniões pessoais; o foco é fornecer informações 
de forma neutra.
– Presença de exemplos, definições e explicações: Para facilitar a compreensão do leitor, o autor utiliza 
recursos que ajudam a esclarecer o tema.
– Exemplos de uso: Textos didáticos, verbetes de dicionário, palestras, conferências e resumos.
Exemplo prático: “A água é uma substância composta por dois átomos de hidrogênio e um de oxigênio 
(H2O). Ela é essencial para a vida e cobre cerca de 71% da superfície do planeta.”
Tipo Textual Dissertativo-Argumentativo
O tipo dissertativo-argumentativo é um dos mais cobrados em provas e concursos públicos. Seu objetivo é 
discutir um tema, apresentar um ponto de vista e convencer o leitor de uma determinada opinião ou tese. Para 
isso, o texto utiliza argumentos sólidos e bem estruturados, com exemplos, dados e referências que reforçam 
a posição defendida.
Características principais:
– Estrutura bem definida: Composto por introdução (apresentação da tese), desenvolvimento (apresentação 
dos argumentos) e conclusão (reforço da tese ou proposta de solução).
– Uso de recursos argumentativos: Inclui citações, exemplos, comparações, dados estatísticos e contra-
argumentos para fundamentar a tese.
– Linguagem formal e objetiva: O texto deve ser claro, coerente e evitar gírias ou expressões coloquiais.
– Exemplos de uso: Redações de concursos, artigos de opinião, editoriais, ensaios e monografias.
Exemplo prático: “A educação é a chave para o desenvolvimento de um país. Investir em escolas e 
formação de professores é fundamental para garantir um futuro próspero, pois é através do conhecimento que 
se forma uma sociedade consciente e preparada para os desafios do mundo moderno.”
11
Tipo Textual Narrativo
O tipo textual narrativo conta uma história, real ou fictícia, envolvendo personagens, acontecimentos, 
tempo e espaço. É muito utilizado em textos literários, mas também pode aparecer em relatos de experiências, 
anedotas, notícias e biografias.
Características principais:
– Presença de enredo: A narrativa possui uma sequência de eventos que formam a trama da história.
– Elementos essenciais: Envolve personagens, tempo (quando a história acontece), espaço (onde ocorre), 
narrador (quem conta a história) e conflito (problema ou situação a ser resolvida).
– Uso de verbos no passado: O tempo verbal predominante é o pretérito, pois as ações narradas geralmente 
já ocorreram.
– Exemplos de uso: Contos, romances, crônicas, lendas e notícias.
Exemplo prático: “João sempre sonhou em ser piloto. Desde criança, colecionava aviõezinhos de papel 
e passava horas imaginando-se voando pelo céu. Um dia, decidiu que era hora de transformar seu sonho em 
realidade e se inscreveu em uma escola de aviação.”
Relação Entre os Tipos Textuais e os Gêneros Textuais
Enquanto os tipos textuais representam a estrutura e o propósito de um texto, os gêneros textuais são 
as diversas formas que esses tipos assumem na prática. Por exemplo, um tipo narrativo pode aparecer em 
gêneros como conto, novela, fábula ou notícia. Compreender essas diferenças é essencial para responder 
questões de interpretação de texto em provas e para a produção de redações que atendam às exigências de 
concursos públicos.
A análise dos tipos textuais oferece uma base sólida para entender a organização e a intenção comunicativa 
de qualquer texto. Ao reconhecer os elementos que caracterizam cada tipo, o leitor e o escritor se tornam 
capazes de interpretar e produzir textos com maior eficiência e precisão, habilidades indispensáveis para quem 
se prepara para provas e concursos.
— Gêneros Textuais: Conceito e Exemplos
Os gêneros textuais são formas concretas e específicas de comunicação que se manifestam a partir dos 
tipos textuais, adaptando-se às variadas situações de interação e necessidades sociais. Ao contrário dos tipos 
textuais, que são modelos mais abstratos e fixos, os gêneros textuais são mais diversificados, dinâmicos e 
abrangem uma vasta gama de possibilidades que atendem a diferentes finalidades comunicativas. Eles refletem 
o modo como as pessoas se comunicam em situações do cotidiano, podendo variar de acordo com o contexto, 
o meio de circulação, a intenção do emissor e as expectativas do receptor.
Conceito de Gêneros Textuais
Os gêneros textuais representam as diversas formas que os textos assumem para atender às demandas da 
comunicação em diferentes contextos. Eles surgem a partir da combinação das características dos tipos textuais, 
resultando em produções que cumprem funções comunicativas específicas, como informar, convencer, instruir, 
divertir, relatar, entre outras. Por isso, os gêneros textuais são múltiplos e estão em constante transformação, 
acompanhando as mudanças culturais, tecnológicas e sociais.
Ao longo do tempo, surgem novos gêneros e outros se transformam ou desaparecem, adaptando-se aos 
avanços tecnológicos e aos novos meios de comunicação. Por exemplo, com o surgimento da internet, novos 
gêneros textuais, como e-mails, blogs, postagens em redes sociais e mensagens de WhatsApp, passaram a 
fazer parte do nosso cotidiano, refletindo as mudanças na maneira como nos comunicamos.
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Características dos Gêneros Textuais
– Variabilidade e adaptabilidade: Os gêneros textuais são variados e se adaptam a diferentes situações 
comunicativas, podendo surgir novos gêneros ou modificações nos já existentes.
– Função social: Cada gênero textual cumpre uma função social, seja informar, persuadir, instruir, divertir 
ou expressar sentimentos.
– Estrutura e linguagem específicas: Embora sejamflexíveis, os gêneros possuem características 
estruturais e linguísticas próprias que os identificam, como o formato, o estilo e o vocabulário.
– Contexto e intencionalidade: A escolha de um gênero textual depende do contexto de comunicação e 
da intenção do emissor, ou seja, do objetivo que se quer alcançar com o texto.
Exemplos de Gêneros Textuais em Relação aos Tipos Textuais
Os gêneros textuais podem ser classificados de acordo com o tipo textual predominante que utilizam. A 
seguir, apresentamos uma análise dos gêneros textuais mais comuns, associando-os aos respectivos tipos 
textuais:
– Gêneros Descritivos
Os gêneros descritivos são aqueles em que a descrição é a principal característica. Esses gêneros buscam 
retratar objetos, lugares, pessoas, sentimentos ou situações de forma detalhada, permitindo que o leitor forme 
uma imagem clara do que está sendo apresentado.
Exemplos de gêneros descritivos:
– Biografia: Texto que narra a vida de uma pessoa, apresentando detalhes sobre sua trajetória, conquistas 
e momentos importantes.
– Diário: Registro pessoal de acontecimentos do dia a dia, sentimentos e reflexões.
– Anúncios classificados: Pequenos textos que descrevem produtos, serviços ou oportunidades de forma 
objetiva e concisa.
– Currículo: Documento que apresenta as qualificações, experiências e habilidades profissionais de uma 
pessoa.
Exemplo prático de anúncio classificado: “Vende-se apartamento de 2 quartos, sala ampla, cozinha, 
banheiro e área de serviço. Localizado no centro da cidade, próximo a supermercados e escolas.”
– Gêneros Injuntivos
Os gêneros injuntivos visam instruir, orientar ou ordenar o leitor a realizar uma determinada ação. Eles 
apresentam informações de forma clara e objetiva, com o uso frequente de verbos no modo imperativo.
Exemplos de gêneros injuntivos:
– Receita culinária: Orienta o leitor sobre como preparar um prato, listando os ingredientes e o modo de 
preparo.
– Manual de instruções: Fornece instruções sobre como utilizar um equipamento ou produto de forma 
correta e segura.
– Bula de remédio: Informa sobre a composição, dosagem, indicações e contraindicações de um 
medicamento.
– Regulamento: Estabelece regras e normas para o funcionamento de atividades, eventos ou organizações.
Exemplo prático de manual de instruções: “Para ligar o aparelho, pressione o botão vermelho por 3 
segundos. Aguarde até que o visor exiba a mensagem de inicialização. Para desligar, pressione o mesmo botão 
até que o visor se apague.”
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– Gêneros Expositivos
Os gêneros expositivos têm como principal objetivo informar ou explicar um determinado assunto ao leitor, 
de forma clara, objetiva e imparcial, sem a intenção de influenciar ou persuadir.
Exemplos de gêneros expositivos:
– Artigos científicos: Apresentam resultados de pesquisas e estudos, explicando conceitos e teorias de 
forma detalhada e fundamentada.
– Verbetes de dicionário ou enciclopédia: Definem termos, conceitos ou informações de maneira objetiva 
e concisa.
– Palestras e conferências: Exposições orais que abordam temas específicos com o intuito de informar ou 
educar o público.
– Reportagens informativas: Apresentam fatos e acontecimentos de forma detalhada, sem emitir opiniões.
Exemplo prático de verbete de enciclopédia: “O DNA (ácido desoxirribonucleico) é a molécula que 
contém as informações genéticas de todos os seres vivos. Ele é responsável por transmitir as características 
hereditárias de uma geração para outra.”
– Gêneros Dissertativo-Argumentativos
Os gêneros dissertativo-argumentativos são utilizados quando o objetivo é apresentar um ponto de vista, 
discutir um tema e convencer o leitor de determinada opinião, utilizando argumentos bem fundamentados.
Exemplos de gêneros dissertativo-argumentativos:
– Artigo de opinião: Texto em que o autor apresenta seu ponto de vista sobre um assunto, utilizando 
argumentos para defender sua posição.
– Editorial: Texto opinativo que representa a opinião de um veículo de comunicação sobre temas relevantes.
– Carta de opinião: Manifestação escrita de opinião sobre um assunto de interesse público, geralmente 
enviada para jornais ou revistas.
– Ensaios acadêmicos: Textos em que o autor explora um tema, apresentando argumentos e reflexões 
pessoais.
Exemplo prático de artigo de opinião: “A educação é o caminho para a transformação social. Investir em 
escolas, professores e em um currículo que valorize a formação crítica dos estudantes é a chave para construir 
um país mais justo e desenvolvido.”
– Gêneros Narrativos
Os gêneros narrativos são aqueles que apresentam uma sequência de eventos, reais ou fictícios, envolvendo 
personagens, tempo e espaço. Nesses gêneros, há um enredo que guia a narrativa, e o leitor acompanha o 
desenvolvimento dos fatos.
Exemplos de gêneros narrativos:
– Conto: Narrativa curta que apresenta uma história com poucos personagens e um enredo compacto.
– Romance: Narrativa longa e complexa que desenvolve histórias com múltiplos personagens e tramas.
– Crônica: Texto que retrata fatos do cotidiano, com um estilo leve e reflexivo.
– Fábula: História que utiliza personagens animais para transmitir ensinamentos ou lições de moral.
Exemplo prático de crônica: “No ônibus lotado, as pessoas se espremiam para encontrar um espaço. O 
calor parecia derreter os pensamentos, e o tempo passava devagar, como se o relógio estivesse cansado da 
rotina.”
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Compreender os gêneros textuais é essencial para aprimorar a capacidade de interpretar e produzir textos em 
diferentes contextos comunicativos. Cada gênero cumpre uma função específica e se adapta às necessidades 
de interação social, permitindo que as mensagens sejam transmitidas de forma eficaz. Ao dominar os gêneros 
textuais e suas características, o leitor e o escritor ganham habilidades que vão além do conhecimento teórico, 
desenvolvendo a competência necessária para se comunicar com clareza e objetividade em qualquer situação, 
especialmente em provas e concursos públicos.
— Diferenças Entre Tipos e Gêneros Textuais
Os conceitos de tipos e gêneros textuais são fundamentais para o entendimento da estrutura e da função 
dos textos em diferentes contextos comunicativos. Embora frequentemente utilizados em conjunto, é importante 
compreender que tipos e gêneros textuais possuem características distintas e desempenham papéis diferentes 
na organização e produção dos textos. A seguir, exploraremos de forma detalhada essas diferenças, destacando 
as características que os distinguem e como eles se inter-relacionam.
Definição e Natureza dos Tipos Textuais
Os tipos textuais são categorias mais amplas e abstratas que dizem respeito à estrutura, organização e 
finalidade de um texto. Eles representam os modelos básicos de como um texto pode ser organizado, orientando 
sua composição e os recursos linguísticos utilizados. Os tipos textuais têm uma natureza mais fixa e são 
classificados em cinco principais: narrativo, descritivo, dissertativo-argumentativo, expositivo e injuntivo.
Características dos tipos textuais:
– Estrutura fixa: Cada tipo textual possui uma estrutura específica que permanece constante, 
independentemente do contexto em que é aplicado. Por exemplo, o tipo narrativo sempre envolverá personagens, 
enredo, tempo e espaço, enquanto o descritivo sempre estará focado em detalhar características.
– Propósito comunicativo: Os tipos textuais refletem a intenção comunicativa do autor. Por exemplo, o tipo 
argumentativo tem como objetivo convencer ou persuadir, o expositivo busca informar, e o injuntivo visa instruir 
ou orientar.
– Universalidade: Os tipos textuais são considerados universais, ou seja, sua aplicação é a mesma em 
diferentes culturas e idiomas. A estrutura de um texto narrativo, por exemplo, é reconhecida em qualquer 
contexto, independentemente do gênero ou meio em que se manifesta.
Definição e Natureza dos Gêneros Textuais
Os gêneros textuais, por sua vez, são manifestações práticas dos tipos textuais. Eles representam asdiversas formas que os textos assumem na comunicação cotidiana, adaptando-se às necessidades e contextos 
sociais específicos. Enquanto os tipos textuais são mais estáveis e limitados, os gêneros textuais são variáveis, 
flexíveis e se adaptam às mudanças culturais, tecnológicas e históricas.
Características dos gêneros textuais:
– Variabilidade e adaptabilidade: Os gêneros textuais são múltiplos e diversificados, podendo se modificar 
ao longo do tempo e surgir de acordo com as demandas da sociedade. Por exemplo, com o avanço da tecnologia, 
surgiram gêneros como e-mails, mensagens de WhatsApp, blogs e postagens em redes sociais.
– Contextualidade: Os gêneros textuais refletem o contexto em que são produzidos e utilizados. Eles se 
adaptam ao meio, à finalidade da comunicação, ao público-alvo e ao suporte em que circulam. Por exemplo, 
um anúncio publicitário é um gênero textual que busca persuadir e vender um produto, adaptando-se ao público 
e ao veículo de comunicação.
– Função social: Cada gênero textual atende a uma função social específica e é utilizado para realizar 
atividades e interações no cotidiano, como informar, instruir, relatar, divertir ou convencer. Por exemplo, o 
gênero “receita culinária” tem como função instruir o leitor sobre o preparo de um prato, enquanto o “editorial” 
visa apresentar a opinião de um jornal sobre determinado assunto.
15
Diferenças Fundamentais Entre Tipos e Gêneros Textuais
Aspecto Tipos Textuais Gêneros Textuais
Definição
Modelos abstratos de organização textual 
que definem a estrutura e a finalidade do 
texto. 
Formas concretas de manifestação dos tipos 
textuais em situações comunicativas especí-
ficas. 
Quantidade e 
Fixa/Variável 
Limitados e fixos (cinco principais: narrati-
vo, descritivo, dissertativo-argumentativo, 
expositivo e injuntivo). 
Inúmeros e variáveis, adaptando-se ao con-
texto, época e meio de comunicação. 
Estrutura Possuem uma estrutura padrão, estável e 
genérica. 
Possuem estruturas diversas, adaptadas ao 
propósito e contexto social. 
Propósito 
Comunicativo 
Definem a intenção geral do texto (narrar, 
descrever, argumentar, expor, instruir). 
Atendem a finalidades comunicativas espe-
cíficas (informar, persuadir, relatar, entreter, 
instruir, etc.). 
Exemplos Narrativo, descritivo, expositivo, argumen-
tativo, injuntivo. 
Conto, receita culinária, notícia, e-mail, 
anúncio publicitário, artigo de opinião, crôni-
ca, etc. 
Inter-relação Entre Tipos e Gêneros Textuais
Os gêneros textuais são sempre manifestações concretas de um ou mais tipos textuais. Na prática, um 
mesmo gênero pode combinar características de diferentes tipos textuais, demonstrando a flexibilidade e 
adaptabilidade dos gêneros. Por exemplo:
– Notícia (gênero): Pode apresentar características predominantemente expositivas, ao informar sobre um 
acontecimento, mas também pode conter elementos narrativos quando descreve os fatos em ordem cronológica.
– Receita culinária (gênero): É um exemplo de gênero textual de natureza injuntiva, já que tem o objetivo 
de instruir o leitor sobre como preparar um prato, utilizando verbos no imperativo e estruturação clara de etapas.
– Artigo de opinião (gênero): Tem forte característica dissertativo-argumentativa, pois busca apresentar 
argumentos e persuadir o leitor sobre um determinado ponto de vista.
Essa inter-relação demonstra que, embora os tipos textuais forneçam o modelo de organização do texto, 
são os gêneros textuais que tornam essa estrutura aplicável e adaptada ao contexto comunicativo.
A Importância da Compreensão das Diferenças em Provas de Concursos
Muitas questões de concursos públicos e exames de vestibulares avaliam a capacidade do candidato de 
identificar e diferenciar os tipos e gêneros textuais. Saber distinguir entre eles é fundamental para interpretar 
corretamente um texto, compreendendo sua finalidade, público-alvo e contexto de produção. Além disso, 
a habilidade de reconhecer essas diferenças contribui para a produção textual eficiente, permitindo que o 
candidato redija textos adequados ao gênero solicitado e ao propósito comunicativo.
Por exemplo:
– Em uma prova de redação que pede um artigo de opinião, é esperado que o candidato utilize o tipo 
dissertativo–argumentativo, apresentando uma tese, argumentos e conclusão. Ao mesmo tempo, deve adequar–
se às características específicas do gênero “artigo de opinião”, como a exposição de seu ponto de vista sobre 
um tema atual e relevante.
– Já em uma questão que solicita a análise de uma notícia, o candidato deve reconhecer que se trata de 
um gênero predominantemente expositivo, mas que pode incorporar elementos narrativos para relatar os fatos.
Enquanto os tipos textuais fornecem um arcabouço teórico e estruturado para a organização de textos, os 
gêneros textuais se manifestam na prática comunicativa, adaptando-se às diferentes demandas da sociedade 
e aos diversos meios de comunicação. Compreender essas diferenças é fundamental para interpretar, analisar 
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e produzir textos de forma eficaz, especialmente em contextos formais, como provas e concursos, onde a 
habilidade de identificar e utilizar corretamente os tipos e gêneros textuais pode ser determinante para o 
sucesso do candidato.
— Conclusão
Compreender a diferença e a inter-relação entre tipos e gêneros textuais é fundamental para desenvolver 
uma leitura crítica e produzir textos de forma eficiente, especialmente em contextos de concursos públicos e 
exames. Enquanto os tipos textuais oferecem uma base estrutural fixa e padronizada, orientando a forma e a 
finalidade de um texto, os gêneros textuais representam as diversas manifestações práticas dessa estrutura, 
adaptando-se ao contexto social, à intenção do autor e ao meio de circulação.
A capacidade de reconhecer e aplicar os conceitos de tipos e gêneros textuais contribui significativamente 
para a interpretação de questões, compreensão de textos e elaboração de redações, tornando-se um 
diferencial importante na preparação para provas. Ao dominar essas noções, o candidato amplia sua habilidade 
de comunicação e sua competência textual, atributos essenciais não apenas para o sucesso em avaliações 
formais, mas também para a atuação efetiva em diferentes situações da vida cotidiana e profissional.
Em resumo, o conhecimento sobre tipos e gêneros textuais possibilita uma visão mais ampla e aprofundada 
da língua portuguesa, permitindo uma interação mais consciente, eficaz e estratégica com os textos que 
circulam em nossa sociedade.
Coesão e coerência
A produção de um texto claro, organizado e compreensível é uma habilidade fundamental em diversos 
contextos, especialmente em provas de concursos públicos e na comunicação escrita em geral. Para alcançar 
esse objetivo, é essencial compreender e aplicar os mecanismos de coesão e coerência, que são elementos-
chave na construção de um discurso eficaz.
A coesão refere-se à forma como as partes do texto – palavras, expressões, frases e parágrafos – se 
conectam por meio de elementos linguísticos, criando uma estrutura lógica e articulada. Sem coesão, o leitor 
enfrenta dificuldades para compreender o encadeamento das ideias, prejudicando a fluidez do texto. Por outro 
lado, a coerência está relacionada ao sentido global do texto, ou seja, à capacidade de manter uma unidade de 
significado, garantindo que as informações apresentadas sejam relevantes e estejam em harmonia.
Enquanto a coesão é comparada a uma “cola” que une as partes do texto por meio de conectores, 
pronomes, advérbios e outros elementos, a coerência é a “alma” que dá sentido ao conjunto, assegurando 
que a mensagem transmitida faça sentido para o leitor. Ambas são fundamentais para a produção de um texto 
eficiente e persuasivo.
— Coesão Textual
A coesão textual é um dos principais mecanismos que garantem a conexão entre as partes de um texto, 
estabelecendo relações lógicas e estruturais entre as palavras, frases e parágrafos. Ela possibilita ao leitor 
compreender comoas ideias se organizam, criando uma sensação de continuidade e fluidez na leitura. Sem a 
coesão, o texto se torna fragmentado, e o leitor encontra dificuldades para acompanhar o raciocínio do autor.
Definição de Coesão
A coesão pode ser entendida como a articulação dos elementos linguísticos que fazem com que as partes 
de um texto se relacionem entre si de forma clara e lógica. É por meio da coesão que o autor consegue construir 
frases e parágrafos que não apenas fazem sentido individualmente, mas que também se conectam, formando 
uma unidade textual maior e coerente.
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Tipos de Coesão
Para que o texto seja coeso, é necessário utilizar diferentes recursos linguísticos que assegurem a ligação 
entre as ideias. Esses recursos podem ser classificados em quatro principais tipos:
– Coesão Referencial: refere-se ao uso de pronomes, sinônimos ou expressões que retomam ou antecipam 
elementos do texto, evitando repetições desnecessárias e estabelecendo ligações entre as informações. 
Exemplo: “Maria foi à festa, ela se divertiu muito.” Nesse caso, o pronome “ela” retoma a referência a 
“Maria”, garantindo a coesão referencial.
– Coesão Sequencial: trata-se do uso de conectores e elementos de transição que indicam a progressão 
das ideias e a relação entre as diferentes partes do texto, como conjunções, advérbios e expressões que 
marcam a continuidade, oposição, causa, conclusão, etc.
Exemplo: “Primeiramente, estudou os conceitos teóricos; em seguida, aplicou-os na prática”. Aqui, as 
expressões “primeiramente” e “em seguida” criam uma sequência lógica no desenvolvimento das ações.
– Coesão Lexical: é a forma como o vocabulário é utilizado para conectar as partes do texto, por meio de 
repetição, substituição por sinônimos, hiperônimos e hipônimos, ou termos relacionados. Esse tipo de coesão 
enriquece o texto, evitando repetições e contribuindo para a variedade vocabular.
Exemplo: “O cachorro correu pelo parque. O animal parecia feliz ao sentir a liberdade do espaço.” neste 
caso, “o cachorro” e “o animal” são termos que se referem à mesma entidade, mantendo a coesão lexical.
– Coesão Gramatical: refere-se ao uso correto de estruturas gramaticais, como concordância verbal e 
nominal, tempos verbais e preposições, que asseguram a harmonia e a ligação entre as partes do texto.
Exemplo: “Os alunos terminaram o exercício e entregaram-no ao professor”. A concordância e a estrutura 
gramatical correta contribuem para a coesão do enunciado.
Exemplos Práticos de Coesão Textual
Para entender como a coesão se manifesta na prática, vejamos dois exemplos de uso:
– Texto Coeso:
Exemplo: “Ana estudou para a prova. Ela revisou todos os tópicos, fez exercícios e se sentiu preparada. Por 
isso, no dia da avaliação, estava confiante.”
Nesse texto, a coesão é garantida pelo uso dos pronomes “ela” e “se”, da conjunção “por isso”, e pela 
repetição controlada de elementos relacionados ao estudo e à preparação de Ana.
– Texto Incoeso:
Exemplo: “Carlos comprou um carro novo. Ele gosta de pizza. Amanhã vai viajar.”
Aqui, falta coesão porque não há elementos conectores que indiquem a relação entre as informações. O 
texto parece uma série de frases desconexas, sem um fio condutor.
Importância da Coesão Textual
A coesão é essencial para que o leitor consiga acompanhar a lógica do texto e compreender a mensagem 
que o autor deseja transmitir. Um texto sem coesão perde a sua eficácia, tornando-se confuso e difícil de 
entender. Por isso, ao escrever, é importante usar os mecanismos de coesão de forma adequada, garantindo 
que as ideias sejam bem articuladas e que o discurso flua de maneira natural e coerente.
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Dicas para Melhorar a Coesão Textual
– Use pronomes de forma estratégica: Substitua palavras já mencionadas por pronomes adequados, 
evitando a repetição excessiva de termos.
– Utilize conectores de maneira consciente: Empregue conjunções e advérbios que indiquem a relação 
entre as ideias, como “portanto”, “além disso”, “por outro lado”, “consequentemente”.
– Varie o vocabulário: Substitua palavras repetidas por sinônimos ou termos relacionados para enriquecer 
o texto e manter a conexão entre as informações.
– Observe a concordância e a estrutura gramatical: Assegure-se de que os elementos do texto concordam 
entre si e seguem uma estrutura lógica e gramaticalmente correta.
A coesão textual, portanto, é um dos pilares que sustentam a clareza e a organização de um texto. Quando 
bem utilizada, torna a leitura mais agradável e facilita a compreensão, desempenhando um papel fundamental 
na construção de um discurso eficaz e persuasivo.
— Coerência Textual
A coerência textual é um princípio fundamental para a produção de textos bem estruturados e compreensíveis, 
pois garante que as ideias apresentadas formem um todo lógico e com sentido. Enquanto a coesão se preocupa 
com a ligação entre as partes do texto por meio de elementos linguísticos, a coerência está relacionada ao 
conteúdo e à forma como as informações se organizam, possibilitando que o leitor compreenda a mensagem 
transmitida pelo autor.
Definição de Coerência
A coerência pode ser definida como a capacidade de um texto de manter uma unidade de sentido, garantindo 
que as ideias se relacionem de forma lógica e consistente. É o que permite ao leitor identificar a intenção 
do autor e compreender a relação entre os diferentes elementos do texto, como personagens, fatos, ideias 
e argumentos. Um texto coerente não apenas apresenta informações de maneira clara e organizada, mas 
também estabelece uma conexão entre elas, formando um todo harmonioso.
Relação entre Coesão e Coerência
Embora coesão e coerência sejam conceitos distintos, eles estão intimamente relacionados e trabalham 
juntos para a construção de um texto eficaz. A coesão contribui para a coerência ao garantir que os elementos 
linguísticos estejam devidamente conectados, mas um texto coeso não é necessariamente coerente. Ou seja, 
um texto pode apresentar elementos conectores bem aplicados, mas, se as ideias não se relacionarem de 
maneira lógica, a mensagem final será incoerente.
Exemplo de texto coeso, mas incoerente:
”O cachorro correu atrás da bola. No entanto, a comida estava fria, e o céu era azul.”
Apesar de os elementos de coesão estarem presentes (como o conectivo “no entanto”), as ideias não fazem 
sentido em conjunto, resultando em um texto incoerente.
Elementos que Garantem a Coerência de um Texto
Para que um texto seja coerente, é importante considerar alguns aspectos que contribuem para a construção 
de sentido:
– Progressão Temática: a progressão temática diz respeito ao desenvolvimento e à sequência lógica das 
ideias apresentadas no texto. As informações devem ser introduzidas de maneira gradual e organizada, sem 
saltos bruscos ou interrupções que possam confundir o leitor.
Exemplo: Ao redigir um texto sobre os benefícios da leitura, é fundamental apresentar os argumentos 
de forma progressiva, iniciando com a importância da leitura para o desenvolvimento pessoal, seguido de 
exemplos concretos e, por fim, chegando às conclusões.
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– Relações Lógicas: a coerência depende da presença de relações lógicas entre as partes do texto, como 
relações de causa e efeito, condição, tempo, oposição, entre outras. O autor deve conectar as ideias de forma 
que o leitor consiga identificar a lógica subjacente ao desenvolvimento do texto.
Exemplo: “Maria estudou muito para o concurso e, por isso, conseguiu a aprovação.” A relação de causa e 
efeito entre o esforço de Maria e sua aprovação é clara e reforça a coerência do texto.
– Consistência de Informações: para manter a coerência, é necessário que as informações sejam 
consistentes e não se contradigam ao longo do texto. Contradições internas comprometem o entendimento e 
geram confusão no leitor.
Exemplo: Um texto que, inicialmente, afirma que “João é um profissional pontual” e, mais adiante, diz que 
“João sempre se atrasa para o trabalho” apresenta uma incoerência interna que prejudica a compreensão.Conhecimento Compartilhado: a coerência também depende da adequação do texto ao conhecimento 
prévio do leitor. O autor deve considerar o que o leitor já sabe ou precisa saber para entender a mensagem. 
Se um texto aborda conceitos complexos sem explicá-los adequadamente, a coerência pode ser prejudicada.
Exemplo: Em um texto científico, é importante definir os termos técnicos utilizados para que o leitor consiga 
acompanhar a argumentação e compreender o conteúdo apresentado.
Exemplos de Coerência e Incoerência em Textos
Para ilustrar a coerência textual na prática, vejamos alguns exemplos:
– Texto Coerente:
“João acordou cedo, tomou café e saiu para trabalhar. No caminho, encontrou um amigo e conversou por 
alguns minutos. Ao chegar ao trabalho, começou suas atividades.”
O texto é coerente porque as ações de João seguem uma sequência lógica e natural, permitindo que o leitor 
compreenda o que aconteceu.
– Texto Incoerente:
“João acordou cedo, tomou café e saiu para trabalhar. Comprou um carro novo, que já estava em sua 
garagem há anos, e continuou caminhando para o trabalho.”
- O texto apresenta incoerência porque há uma contradição temporal: João não poderia comprar um carro 
que já possuía. Além disso, a ideia de “continuar caminhando” após comprar um carro é ilógica.
Dicas para Garantir a Coerência Textual
– Organize as ideias antes de escrever: Estruture o texto de forma que as informações sejam apresentadas 
em uma sequência lógica.
– Evite contradições: Revise o texto para garantir que as informações sejam consistentes e não se 
contradigam.
– Estabeleça relações claras entre as ideias: Use conectores adequados para indicar as relações de 
causa, consequência, oposição, etc.
– Considere o leitor: Adapte o texto ao conhecimento e expectativas do público-alvo, explicando termos e 
conceitos quando necessário.
A Importância da Coerência Textual
A coerência é fundamental para a construção de um texto eficaz, pois permite que o leitor compreenda 
a mensagem do autor de forma clara e lógica. Um texto coerente é capaz de envolver o leitor, transmitir 
informações de maneira organizada e garantir que as ideias sejam interpretadas corretamente. Em contextos 
como provas de concursos públicos, a coerência é um dos critérios mais importantes na avaliação de redações 
e questões discursivas, sendo determinante para o sucesso dos candidatos.
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Em resumo, a coerência textual assegura a harmonia do discurso, tornando o texto compreensível e eficaz 
na transmissão da mensagem. Juntamente com a coesão, a coerência contribui para a construção de textos 
bem estruturados, capazes de alcançar seu objetivo comunicativo de maneira eficiente.
— Coesão e Coerência na Prática: Exemplos
Para compreender como a coesão e a coerência atuam na construção de um texto, é importante analisar 
exemplos práticos que evidenciam esses mecanismos em diferentes contextos. A prática desses conceitos é 
o que diferencia um texto bem estruturado de um texto que apresenta dificuldades de entendimento. Vamos 
explorar exemplos que mostram como a coesão e a coerência podem estar presentes ou ausentes em um 
texto, destacando sua importância para a comunicação eficiente.
Texto Coeso e Coerente
Um texto coeso e coerente é aquele que utiliza elementos conectivos de forma adequada e mantém uma 
unidade de sentido do início ao fim. As ideias se articulam de maneira lógica, e o leitor consegue acompanhar 
o desenvolvimento do tema sem dificuldades.
Exemplo:
”Marcos decidiu começar a praticar esportes para melhorar sua saúde. Ele optou por correr três vezes 
por semana e, aos poucos, percebeu que sua resistência física aumentava. Como resultado, sentiu-se mais 
disposto em seu dia a dia e decidiu participar de uma corrida de 10 km. A prática regular de exercícios, portanto, 
trouxe benefícios significativos para sua vida.”
– Análise: O texto é coeso, pois utiliza conectores como “e”, “como resultado” e “portanto” para articular as 
ideias. Além disso, mantém a coerência, já que as informações apresentadas seguem uma sequência lógica, 
desde a decisão de praticar esportes até os benefícios alcançados.
Texto Coeso, Mas Incoerente
Um texto pode ser coeso, apresentando conectores e elementos que estabelecem ligações entre as partes, 
mas ainda assim ser incoerente. Isso ocorre quando as informações não mantêm uma relação lógica, resultando 
em um discurso que não faz sentido.
Exemplo:
”Carlos comprou um livro sobre culinária e decidiu experimentar novas receitas. No entanto, o livro ficou 
parado na estante, pois o tempo estava frio e ele precisava viajar no dia seguinte. Em contrapartida, preparou 
um bolo de chocolate e se lembrou de que não gostava de futebol.”
– Análise: Embora o texto utilize elementos de coesão como “no entanto” e “em contrapartida”, a sequência 
das ideias não faz sentido. As informações sobre o tempo frio, a viagem e a lembrança sobre futebol não têm 
relação com a compra do livro ou com a decisão de preparar um bolo. Portanto, apesar da coesão, o texto é 
incoerente.
Texto Incoeso, Mas Coerente
É possível que um texto apresente sentido e seja compreensível mesmo sem utilizar muitos conectores ou 
elementos coesivos. Nesses casos, o que se destaca é a coerência das ideias, que se relacionam de forma 
lógica e compreensível, apesar da ausência de elementos conectivos.
Exemplo:
”Acordou cedo. Café na mesa. Pôs o casaco. Saiu para o trabalho. Chegou ao escritório, ligou o computador. 
Iniciou as tarefas do dia.”
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– Análise: O texto não apresenta conectores como “então”, “depois” ou “em seguida”, o que demonstra falta 
de coesão no sentido estrito. No entanto, é totalmente coerente, pois as ações seguem uma sequência lógica 
e natural, permitindo que o leitor compreenda o que aconteceu.
Comparação entre Textos Coesos e Coerentes vs. Incoerentes e Incoesos
Para destacar a diferença entre textos que são coesos e coerentes e aqueles que não são, vejamos dois 
exemplos em paralelo:
– Texto Coeso e Coerente: 
“Ana estuda todas as noites para o vestibular, pois sabe que é importante se preparar. Além disso, ela organiza 
seu tempo para descansar e se alimentar bem, pois acredita que um corpo saudável ajuda no aprendizado.”
- Aqui, há coesão pelo uso de conectores como “pois” e “além disso”, e coerência, pois as ações de Ana 
estão relacionadas ao seu objetivo de se preparar para o vestibular.
– Texto Incoeso e Incoerente:
“Ana estuda todas as noites para o vestibular. Em seguida, a comida está fria. Por isso, o cachorro late na 
garagem e as cores são vibrantes no pôr do sol.”
Nesse exemplo, há uma total falta de coesão, já que as frases não apresentam conectores que as relacionem. 
A falta de coerência é evidente, pois não há nenhuma lógica ou sentido que una as ideias apresentadas.
A Importância de Coesão e Coerência em Textos Argumentativos
Em textos argumentativos, como redações para concursos públicos, a coesão e a coerência são ainda mais 
essenciais, pois são responsáveis por tornar o argumento claro e persuasivo. Vamos analisar um trecho que 
evidencia a presença ou ausência desses mecanismos:
Exemplo Coeso e Coerente:
“O acesso à educação de qualidade é um direito fundamental. No entanto, muitas comunidades enfrentam 
dificuldades para garantir esse direito, principalmente em regiões rurais. Portanto, é necessário que o governo 
invista em infraestrutura e capacitação de profissionais, para que todos tenham a oportunidade de aprender e 
crescer.”
Neste exemplo, há uso de conectores como “no entanto” e “portanto”, garantindo a coesão, e as ideias se 
desenvolvem de forma lógica e consistente, mantendo a coerência.
Exemplo Incoerente:
“O acesso à educação de qualidade é um direito fundamental. Por outro lado, os carros são vermelhos, e os 
cães dormem à tarde. Então, é necessário que o governo invista em infraestrutura.”
Apesar da presença de conectores, o texto é incoerente, pois as ideias não se relacionam de forma lógica.
A prática da coesão e da coerência é

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