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DECRETO-LEI Nº 4.657, DE 4 DE SETEMBRO DE 1942. 
 
 
 
Lei de Introdução às normas do Direito Brasileiro. 
 
 
 
O Presidente da República, usando da atribuição que lhe confere o artigo 180 
da Constituição, decreta: 
 
 
Art. 1o Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o país 
quarenta e cinco dias depois de oficialmente publicada. 
 
§ 1o Nos Estados, estrangeiros, a obrigatoriedade da lei brasileira, quando 
admitida, se inicia três meses depois de oficialmente publicada. 
 
§ 3o Se, antes de entrar a lei em vigor, ocorrer nova publicação de seu texto, 
destinada a correção, o prazo deste artigo e dos parágrafos anteriores 
começará a correr da nova publicação. 
 
§ 4o As correções a texto de lei já em vigor consideram-se lei nova. 
 
Art. 2o Não se destinando à vigência temporária, a lei terá vigor até que outra 
a modifique ou revogue. 
 
§ 1o A lei posterior revoga a anterior quando expressamente o declare, 
quando seja com ela incompatível ou quando regule inteiramente a matéria 
de que tratava a lei anterior. 
 
§ 2o A lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das já 
existentes, não revoga nem modifica a lei anterior. 
 
§ 3o Salvo disposição em contrário, a lei revogada não se restaura por ter a 
lei revogadora perdido a vigência. 
 
Art. 3o Ninguém se escusa de cumprir a lei, alegando que não a conhece. 
 
Art. 4o Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a 
analogia, os costumes e os princípios gerais de direito. 
 
Art. 5o Na aplicação da lei, o juiz atenderá aos fins sociais a que ela se dirige e 
às exigências do bem comum. 
 
Art. 6º A Lei em vigor terá efeito imediato e geral, respeitados o ato jurídico 
perfeito, o direito adquirido e a coisa julgada. 
 
§ 1º Reputa-se ato jurídico perfeito o já consumado segundo a lei vigente ao 
tempo em que se efetuou. 
 
§ 2º Consideram-se adquiridos assim os direitos que o seu titular, ou alguém 
por êle, possa exercer, como aquêles cujo comêço do exercício tenha têrmo 
pré-fixo, ou condição pré-estabelecida inalterável, a arbítrio de outrem. 
 
§ 3º Chama-se coisa julgada ou caso julgado a decisão judicial de que já não 
caiba recurso. 
 
[...] 
 
Rio de Janeiro, 4 de setembro de 1942, 121o da Independência e 54o da 
República. 
 
GETULIO VARGAS 
Alexandre Marcondes Filho 
Oswaldo Aranha. 
 
 
LEI COMPLEMENTAR Nº 95, DE 26 DE FEVEREIRO DE 1998 
 
 
Dispõe sobre a elaboração, a redação, a alteração e a consolidação das leis, 
conforme determina o parágrafo único do art. 59 da Constituição Federal, e 
estabelece normas para a consolidação dos atos normativos que menciona. 
 
 
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e 
eu sanciono a seguinte Lei Complementar: 
 
 
CAPÍTULO I 
 
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES 
 
 
Art. 1o A elaboração, a redação, a alteração e a consolidação das leis 
obedecerão ao disposto nesta Lei Complementar. 
 
Parágrafo único. As disposições desta Lei Complementar aplicam-se, ainda, às 
medidas provisórias e demais atos normativos referidos no art. 59 da 
Constituição Federal, bem como, no que couber, aos decretos e aos demais 
atos de regulamentação expedidos por órgãos do Poder Executivo. 
 
Art. 2o (VETADO) 
 
§ 1o (VETADO) 
 
§ 2o Na numeração das leis serão observados, ainda, os seguintes critérios: 
 
I - as emendas à Constituição Federal terão sua numeração iniciada a partir da 
promulgação da Constituição; 
II - as leis complementares, as leis ordinárias e as leis delegadas terão 
numeração seqüencial em continuidade às séries iniciadas em 1946. 
 
 
 
[d1] Comentário: Epígrafe 
[d2] Comentário: Ementa 
[d3] Comentário: Preâmbulo 
[d4] Comentário: parte preliminar, 
compreendendo a epígrafe, a ementa, o 
preâmbulo, o enunciado do objeto e a 
indicação do âmbito de aplicação das 
disposições normativas (art. 3º, I) 
[d5] Comentário: O primeiro artigo do 
texto indicará o objeto da lei e o respectivo 
âmbito de aplicação 
CAPÍTULO II 
 
DAS TÉCNICAS DE ELABORAÇÃO, REDAÇÃO E ALTERAÇÃO DAS LEIS 
 
Seção I 
Da Estruturação das Leis 
 
 
Art. 3º A lei será estruturada em três partes básicas: 
 
I - parte preliminar, compreendendo a epígrafe, a ementa, o preâmbulo, o 
enunciado do objeto e a indicação do âmbito de aplicação das disposições 
normativas; 
II - parte normativa, compreendendo o texto das normas de conteúdo 
substantivo relacionadas com a matéria regulada; 
III - parte final, compreendendo as disposições pertinentes às medidas 
necessárias à implementação das normas de conteúdo substantivo, às 
disposições transitórias, se for o caso, a cláusula de vigência e a cláusula de 
revogação, quando couber. 
 
Art. 4º A epígrafe, grafada em caracteres maiúsculos, propiciará identificação 
numérica singular à lei e será formada pelo título designativo da espécie 
normativa, pelo número respectivo e pelo ano de promulgação. 
 
Art. 5º A ementa será grafada por meio de caracteres que a realcem e 
explicitará, de modo conciso e sob a forma de título, o objeto da lei. 
 
Art. 6º O preâmbulo indicará o órgão ou instituição competente para a prática 
do ato e sua base legal. 
 
Art. 7º O primeiro artigo do texto indicará o objeto da lei e o respectivo 
âmbito de aplicação, observados os seguintes princípios: 
 
I - excetuadas as codificações, cada lei tratará de um único objeto; 
II - a lei não conterá matéria estranha a seu objeto ou a este não vinculada por 
afinidade, pertinência ou conexão; 
III - o âmbito de aplicação da lei será estabelecido de forma tão específica 
quanto o possibilite o conhecimento técnico ou científico da área respectiva; 
[d6] Comentário: parte normativa, 
compreendendo o texto das normas de 
conteúdo substantivo relacionadas com a 
matéria regulada (art. 3º, II) 
IV - o mesmo assunto não poderá ser disciplinado por mais de uma lei, exceto 
quando a subseqüente se destine a complementar lei considerada básica, 
vinculando-se a esta por remissão expressa. 
 
Art. 8º A vigência da lei será indicada de forma expressa e de modo a 
contemplar prazo razoável para que dela se tenha amplo conhecimento, 
reservada a cláusula "entra em vigor na data de sua publicação" para as leis 
de pequena repercussão. 
 
§ 1º A contagem do prazo para entrada em vigor das leis que estabeleçam 
período de vacância far-se-á com a inclusão da data da publicação e do último 
dia do prazo, entrando em vigor no dia subseqüente à sua consumação 
integral. 
§ 2º As leis que estabeleçam período de vacância deverão utilizar a cláusula 
‘esta lei entra em vigor após decorridos (o número de) dias de sua publicação 
oficial’ . 
 
Art. 9º A cláusula de revogação deverá enumerar, expressamente, as leis ou 
disposições legais revogadas. 
 
Seção II 
Da Articulação e da Redação das Leis 
 
 
Art. 10. Os textos legais serão articulados com observância dos seguintes 
princípios: 
 
I - a unidade básica de articulação será o artigo, indicado pela abreviatura 
"Art.", seguida de numeração ordinal até o nono e cardinal a partir deste; 
II - os artigos desdobrar-se-ão em parágrafos ou em incisos; os parágrafos em 
incisos, os incisos em alíneas e as alíneas em itens; 
III - os parágrafos serão representados pelo sinal gráfico "§", seguido de 
numeração ordinal até o nono e cardinal a partir deste, utilizando-se, quando 
existente apenas um, a expressão "parágrafo único" por extenso; 
IV - os incisos serão representados por algarismos romanos, as alíneas por 
letras minúsculas e os itens por algarismos arábicos; 
V - o agrupamento de artigos poderá constituir Subseções; o de Subseções, a 
Seção; o de Seções, o Capítulo; o de Capítulos, o Título; o de Títulos, o Livro e 
o de Livros, a Parte; 
VI - os Capítulos, Títulos, Livros e Partes serão grafados em letras maiúsculas e 
identificadospor algarismos romanos, podendo estas últimas desdobrar-se 
em Parte Geral e Parte Especial ou ser subdivididas em partes expressas em 
numeral ordinal, por extenso; 
VII - as Subseções e Seções serão identificadas em algarismos romanos, 
grafadas em letras minúsculas e postas em negrito ou caracteres que as 
coloquem em realce; 
VIII - a composição prevista no inciso V poderá também compreender 
agrupamentos em Disposições Preliminares, Gerais, Finais ou Transitórias, 
conforme necessário. 
 
Art. 11. As disposições normativas serão redigidas com clareza, precisão e 
ordem lógica, observadas, para esse propósito, as seguintes normas: 
 
I - para a obtenção de clareza: 
 
a) usar as palavras e as expressões em seu sentido comum, salvo quando a 
norma versar sobre assunto técnico, hipótese em que se empregará a 
nomenclatura própria da área em que se esteja legislando; 
b) usar frases curtas e concisas; 
c) construir as orações na ordem direta, evitando preciosismo, neologismo e 
adjetivações dispensáveis; 
d) buscar a uniformidade do tempo verbal em todo o texto das normas legais, 
dando preferência ao tempo presente ou ao futuro simples do presente; 
e) usar os recursos de pontuação de forma judiciosa, evitando os abusos de 
caráter estilístico; 
 
II - para a obtenção de precisão: 
 
a) articular a linguagem, técnica ou comum, de modo a ensejar perfeita 
compreensão do objetivo da lei e a permitir que seu texto evidencie com 
clareza o conteúdo e o alcance que o legislador pretende dar à norma; 
b) expressar a idéia, quando repetida no texto, por meio das mesmas 
palavras, evitando o emprego de sinonímia com propósito meramente 
estilístico; 
c) evitar o emprego de expressão ou palavra que confira duplo sentido ao 
texto; 
d) escolher termos que tenham o mesmo sentido e significado na maior parte 
do território nacional, evitando o uso de expressões locais ou regionais; 
e) usar apenas siglas consagradas pelo uso, observado o princípio de que a 
primeira referência no texto seja acompanhada de explicitação de seu 
significado; 
f) grafar por extenso quaisquer referências a números e percentuais, exceto 
data, número de lei e nos casos em que houver prejuízo para a compreensão 
do texto; 
g) indicar, expressamente o dispositivo objeto de remissão, em vez de usar as 
expressões ‘anterior’, ‘seguinte’ ou equivalentes; (Incluída pela Lei 
Complementar nº 107, de 26.4.2001) 
 
III - para a obtenção de ordem lógica: 
 
a) reunir sob as categorias de agregação - subseção, seção, capítulo, título e 
livro - apenas as disposições relacionadas com o objeto da lei; 
b) restringir o conteúdo de cada artigo da lei a um único assunto ou princípio; 
c) expressar por meio dos parágrafos os aspectos complementares à norma 
enunciada no caput do artigo e as exceções à regra por este estabelecida; 
d) promover as discriminações e enumerações por meio dos incisos, alíneas e 
itens. 
 
Seção III 
Da Alteração das Leis 
 
 
Art. 12. A alteração da lei será feita: 
 
I - mediante reprodução integral em novo texto, quando se tratar de alteração 
considerável; 
II – mediante revogação parcial; 
III - nos demais casos, por meio de substituição, no próprio texto, do 
dispositivo alterado, ou acréscimo de dispositivo novo, observadas as 
seguintes regras: 
 
b) é vedada, mesmo quando recomendável, qualquer renumeração de artigos 
e de unidades superiores ao artigo, referidas no inciso V do art. 10, devendo 
ser utilizado o mesmo número do artigo ou unidade imediatamente anterior, 
seguido de letras maiúsculas, em ordem alfabética, tantas quantas forem 
suficientes para identificar os acréscimos; 
c) é vedado o aproveitamento do número de dispositivo revogado, vetado, 
declarado inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal ou de execução 
suspensa pelo Senado Federal em face de decisão do Supremo Tribunal 
Federal, devendo a lei alterada manter essa indicação, seguida da expressão 
‘revogado’, ‘vetado’, ‘declarado inconstitucional, em controle concentrado, 
pelo Supremo Tribunal Federal’, ou ‘execução suspensa pelo Senado Federal, 
na forma do art. 52, X, da Constituição Federal’; 
d) é admissível a reordenação interna das unidades em que se desdobra o 
artigo, identificando-se o artigo assim modificado por alteração de redação, 
supressão ou acréscimo com as letras ‘NR’ maiúsculas, entre parênteses, uma 
única vez ao seu final, obedecidas, quando for o caso, as prescrições da alínea 
"c". 
 
Parágrafo único. O termo ‘dispositivo’ mencionado nesta Lei refere-se a 
artigos, parágrafos, incisos, alíneas ou itens. (Inciso incluído pela Lei 
Complementar nº 107, de 26.4.2001) 
 
CAPÍTULO III 
 
DA CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS E OUTROS ATOS NORMATIVOS 
 
Seção I 
Da Consolidação das Leis 
 
 
Art. 13. As leis federais serão reunidas em codificações e consolidações, 
integradas por volumes contendo matérias conexas ou afins, constituindo em 
seu todo a Consolidação da Legislação Federal. 
 
§ 1º A consolidação consistirá na integração de todas as leis pertinentes a 
determinada matéria num único diploma legal, revogando-se formalmente as 
leis incorporadas à consolidação, sem modificação do alcance nem 
[d7] Comentário: parte normativa, 
compreendendo o texto das normas de 
conteúdo substantivo relacionadas com a 
matéria regulada (art. 3º, II) 
interrupção da força normativa dos dispositivos consolidados. (Inciso incluído 
pela Lei Complementar nº 107, de 26.4.2001) 
 
§ 2º Preservando-se o conteúdo normativo original dos dispositivos 
consolidados, poderão ser feitas as seguintes alterações nos projetos de lei de 
consolidação: (Inciso incluído pela Lei Complementar nº 107, de 26.4.2001) 
 
I – introdução de novas divisões do texto legal base; 
II – diferente colocação e numeração dos artigos consolidados; 
III – fusão de disposições repetitivas ou de valor normativo idêntico; 
IV – atualização da denominação de órgãos e entidades da administração 
pública; 
V – atualização de termos antiquados e modos de escrita ultrapassados; 
VI – atualização do valor de penas pecuniárias, com base em indexação 
padrão; 
VII – eliminação de ambigüidades decorrentes do mau uso do vernáculo; 
VIII – homogeneização terminológica do texto; 
IX – supressão de dispositivos declarados inconstitucionais pelo Supremo 
Tribunal Federal, observada, no que couber, a suspensão pelo Senado Federal 
de execução de dispositivos, na forma do art. 52, X, da Constituição Federal; 
X – indicação de dispositivos não recepcionados pela Constituição Federal; 
XI – declaração expressa de revogação de dispositivos implicitamente 
revogados por leis posteriores. 
 
§ 3o As providências a que se referem os incisos IX, X e XI do § 2o deverão ser 
expressa e fundadamente justificadas, com indicação precisa das fontes de 
informação que lhes serviram de base. 
 
Art. 14. Para a consolidação de que trata o art. 13 serão observados os 
seguintes procedimentos: 
 
I – O Poder Executivo ou o Poder Legislativo procederá ao levantamento da 
legislação federal em vigor e formulará projeto de lei de consolidação de 
normas que tratem da mesma matéria ou de assuntos a ela vinculados, com a 
indicação precisa dos diplomas legais expressa ou implicitamente revogados; 
II – a apreciação dos projetos de lei de consolidação pelo Poder Legislativo 
será feita na forma do Regimento Interno de cada uma de suas Casas, em 
procedimento simplificado, visando a dar celeridade aos trabalhos; 
 
§ 1º Não serão objeto de consolidação as medidas provisórias ainda não 
convertidas em lei. § 2º A Mesa Diretora do Congresso Nacional, de qualquer 
de suas Casas e qualquer membro ou Comissão da Câmara dos Deputados, do 
Senado Federal ou do Congresso Nacional poderá formular projeto de lei de 
consolidação. 
§ 3º Observado o disposto no inciso II do caput, será também admitido 
projeto de leide consolidação destinado exclusivamente à: 
 
I – declaração de revogação de leis e dispositivos implicitamente revogados 
ou cuja eficácia ou validade encontre-se completamente prejudicada; 
II – inclusão de dispositivos ou diplomas esparsos em leis preexistentes, 
revogando-se as disposições assim consolidadas nos mesmos termos do § 1o 
do art. 13. 
 
Art. 15. Na primeira sessão legislativa de cada legislatura, a Mesa do 
Congresso Nacional promoverá a atualização da Consolidação das Leis 
Federais Brasileiras, incorporando às coletâneas que a integram as emendas 
constitucionais, leis, decretos legislativos e resoluções promulgadas durante a 
legislatura imediatamente anterior, ordenados e indexados sistematicamente. 
 
Seção II 
Da Consolidação de Outros Atos Normativos 
 
Art. 16. Os órgãos diretamente subordinados à Presidência da República e os 
Ministérios, assim como as entidades da administração indireta, adotarão, em 
prazo estabelecido em decreto, as providências necessárias para, observado, 
no que couber, o procedimento a que se refere o art. 14, ser efetuada a 
triagem, o exame e a consolidação dos decretos de conteúdo normativo e 
geral e demais atos normativos inferiores em vigor, vinculados às respectivas 
áreas de competência, remetendo os textos consolidados à Presidência da 
República, que os examinará e reunirá em coletâneas, para posterior 
publicação. 
 
Art. 17. O Poder Executivo, até cento e oitenta dias do início do primeiro ano 
do mandato presidencial, promoverá a atualização das coletâneas a que se 
refere o artigo anterior, incorporando aos textos que as integram os decretos 
e atos de conteúdo normativo e geral editados no último quadriênio. 
 
CAPÍTULO IV 
DISPOSIÇÕES FINAIS 
 
 Art. 18. Eventual inexatidão formal de norma elaborada mediante processo 
legislativo regular não constitui escusa válida para o seu descumprimento. 
 
Art. 19. Esta Lei Complementar entra em vigor no prazo de noventa dias, a 
partir da data de sua publicação. 
 
 
Brasília, 26 de fevereiro de 1998; 177º da Independência e 110º da República. 
 
 
FERNANDO HENRIQUE CARDOSO 
Iris Rezende 
 
[d8] Comentário: parte final, 
compreendendo as disposições pertinentes 
às medidas necessárias à implementação 
das normas de conteúdo substantivo, às 
disposições transitórias, se for o caso, a 
cláusula de vigência e a cláusula de 
revogação, quando couber (art. 3º, III) 
[d9] Comentário: Cláusula de vigência 
LEI No 10.406, DE 10 DE JANEIRO DE 2002. 
 
 
 
Institui o Código Civil. 
 
 
 
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e 
eu sanciono a seguinte Lei: 
 
 
PARTE GERAL 
 
 
LIVRO I 
DAS PESSOAS 
 
TÍTULO I 
DAS PESSOAS NATURAIS 
 
CAPÍTULO I 
DA PERSONALIDADE E DA CAPACIDADE 
 
 
Art. 1o Toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil. 
 
Art. 2o A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas 
a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro. 
 
Art. 3o São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida 
civil: 
 
I - os menores de dezesseis anos; 
II - os que, por enfermidade ou deficiência mental, não tiverem o necessário 
discernimento para a prática desses atos; 
III - os que, mesmo por causa transitória, não puderem exprimir sua vontade. 
 
Art. 4o São incapazes, relativamente a certos atos, ou à maneira de os 
exercer: 
 
I - os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos; 
II - os ébrios habituais, os viciados em tóxicos, e os que, por deficiência 
mental, tenham o discernimento reduzido; 
III - os excepcionais, sem desenvolvimento mental completo; 
IV - os pródigos. 
 
Parágrafo único. A capacidade dos índios será regulada por legislação especial. 
 
Art. 5o A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica 
habilitada à prática de todos os atos da vida civil. 
 
Parágrafo único. Cessará, para os menores, a incapacidade: 
 
I - pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante 
instrumento público, independentemente de homologação judicial, ou por 
sentença do juiz, ouvido o tutor, se o menor tiver dezesseis anos completos; 
II - pelo casamento; 
III - pelo exercício de emprego público efetivo; 
IV - pela colação de grau em curso de ensino superior; 
V - pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de 
emprego, desde que, em função deles, o menor com dezesseis anos 
completos tenha economia própria. 
 
Art. 6o A existência da pessoa natural termina com a morte; presume-se esta, 
quanto aos ausentes, nos casos em que a lei autoriza a abertura de sucessão 
definitiva. 
 
Art. 7o Pode ser declarada a morte presumida, sem decretação de ausência: 
 
I - se for extremamente provável a morte de quem estava em perigo de vida; 
II - se alguém, desaparecido em campanha ou feito prisioneiro, não for 
encontrado até dois anos após o término da guerra. 
 
Parágrafo único. A declaração da morte presumida, nesses casos, somente 
poderá ser requerida depois de esgotadas as buscas e averiguações, devendo 
a sentença fixar a data provável do falecimento. 
 
Art. 8o Se dois ou mais indivíduos falecerem na mesma ocasião, não se 
podendo averiguar se algum dos comorientes precedeu aos outros, presumir-
se-ão simultaneamente mortos. 
 
Art. 9o Serão registrados em registro público: 
 
I - os nascimentos, casamentos e óbitos; 
II - a emancipação por outorga dos pais ou por sentença do juiz; 
III - a interdição por incapacidade absoluta ou relativa; 
IV - a sentença declaratória de ausência e de morte presumida. 
 
Art. 10. Far-se-á averbação em registro público: 
 
I - das sentenças que decretarem a nulidade ou anulação do casamento, o 
divórcio, a separação judicial e o restabelecimento da sociedade conjugal; 
II - dos atos judiciais ou extrajudiciais que declararem ou reconhecerem a 
filiação. 
 
CAPÍTULO II 
DOS DIREITOS DA PERSONALIDADE 
 
Art. 11. Com exceção dos casos previstos em lei, os direitos da personalidade 
são intransmissíveis e irrenunciáveis, não podendo o seu exercício sofrer 
limitação voluntária. 
 
Art. 12. Pode-se exigir que cesse a ameaça, ou a lesão, a direito da 
personalidade, e reclamar perdas e danos, sem prejuízo de outras sanções 
previstas em lei. 
 
Parágrafo único. Em se tratando de morto, terá legitimação para requerer a 
medida prevista neste artigo o cônjuge sobrevivente, ou qualquer parente em 
linha reta, ou colateral até o quarto grau. 
 
Art. 13. Salvo por exigência médica, é defeso o ato de disposição do próprio 
corpo, quando importar diminuição permanente da integridade física, ou 
contrariar os bons costumes. 
 
Parágrafo único. O ato previsto neste artigo será admitido para fins de 
transplante, na forma estabelecida em lei especial. 
 
Art. 14. É válida, com objetivo científico, ou altruístico, a disposição gratuita 
do próprio corpo, no todo ou em parte, para depois da morte. 
 
Parágrafo único. O ato de disposição pode ser livremente revogado a qualquer 
tempo. 
 
Art. 15. Ninguém pode ser constrangido a submeter-se, com risco de vida, a 
tratamento médico ou a intervenção cirúrgica. 
 
Art. 16. Toda pessoa tem direito ao nome, nele compreendidos o prenome e o 
sobrenome. 
 
Art. 17. O nome da pessoa não pode ser empregado por outrem em 
publicações ou representações que a exponham ao desprezo público, ainda 
quando não haja intenção difamatória. 
 
Art. 18. Sem autorização, não se pode usar o nome alheio em propaganda 
comercial. 
 
Art. 19. O pseudônimo adotado para atividades lícitas goza da proteção que 
se dá ao nome. 
 
Art. 20. Salvo se autorizadas, ou se necessárias à administração da justiça ou à 
manutenção da ordem pública, a divulgação de escritos, a transmissão da 
palavra, ou a publicação, a exposição ou a utilização da imagem de uma 
pessoapoderão ser proibidas, a seu requerimento e sem prejuízo da 
indenização que couber, se lhe atingirem a honra, a boa fama ou a 
respeitabilidade, ou se se destinarem a fins comerciais. 
 
Parágrafo único. Em se tratando de morto ou de ausente, são partes legítimas 
para requerer essa proteção o cônjuge, os ascendentes ou os descendentes. 
 
Art. 21. A vida privada da pessoa natural é inviolável, e o juiz, a requerimento 
do interessado, adotará as providências necessárias para impedir ou fazer 
cessar ato contrário a esta norma. 
 
[...] 
 
LIVRO COMPLEMENTAR 
DAS Disposições Finais e Transitórias 
 
Art. 2.028. Serão os da lei anterior os prazos, quando reduzidos por este 
Código, e se, na data de sua entrada em vigor, já houver transcorrido mais da 
metade do tempo estabelecido na lei revogada. 
 
Art. 2.029. Até dois anos após a entrada em vigor deste Código, os prazos 
estabelecidos no parágrafo único do art. 1.238 e no parágrafo único do art. 
1.242 serão acrescidos de dois anos, qualquer que seja o tempo transcorrido 
na vigência do anterior, Lei no 3.071, de 1o de janeiro de 1916. 
 
Art. 2.030. O acréscimo de que trata o artigo antecedente, será feito nos casos 
a que se refere o § 4o do art. 1.228. 
 
Art. 2.031. As associações, sociedades e fundações, constituídas na forma das 
leis anteriores, bem como os empresários, deverão se adaptar às disposições 
deste Código até 11 de janeiro de 2007. (Redação dada pela Lei nº 11.127, de 
2005) 
 
 Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica às organizações 
religiosas nem aos partidos políticos. (Incluído pela Lei nº 10.825, de 
22.12.2003)) 
 
Art. 2.032. As fundações, instituídas segundo a legislação anterior, inclusive as 
de fins diversos dos previstos no parágrafo único do art. 62, subordinam-se, 
quanto ao seu funcionamento, ao disposto neste Código. 
 
Art. 2.033. Salvo o disposto em lei especial, as modificações dos atos 
constitutivos das pessoas jurídicas referidas no art. 44, bem como a sua 
[d10] Comentário: parte final, 
compreendendo as disposições pertinentes 
às medidas necessárias à implementação 
das normas de conteúdo substantivo, às 
disposições transitórias, se for o caso, a 
cláusula de vigência e a cláusula de 
revogação, quando couber (art. 3º, III) 
 
transformação, incorporação, cisão ou fusão, regem-se desde logo por este 
Código. 
 
Art. 2.034. A dissolução e a liquidação das pessoas jurídicas referidas no artigo 
antecedente, quando iniciadas antes da vigência deste Código, obedecerão ao 
disposto nas leis anteriores. 
 
Art. 2.035. A validade dos negócios e demais atos jurídicos, constituídos antes 
da entrada em vigor deste Código, obedece ao disposto nas leis anteriores, 
referidas no art. 2.045, mas os seus efeitos, produzidos após a vigência deste 
Código, aos preceitos dele se subordinam, salvo se houver sido prevista pelas 
partes determinada forma de execução. 
 
Parágrafo único. Nenhuma convenção prevalecerá se contrariar preceitos de 
ordem pública, tais como os estabelecidos por este Código para assegurar a 
função social da propriedade e dos contratos. 
 
Art. 2.036. A locação de prédio urbano, que esteja sujeita à lei especial, por 
esta continua a ser regida. 
 
Art. 2.037. Salvo disposição em contrário, aplicam-se aos empresários e 
sociedades empresárias as disposições de lei não revogadas por este Código, 
referentes a comerciantes, ou a sociedades comerciais, bem como a 
atividades mercantis. 
 
Art. 2.038. Fica proibida a constituição de enfiteuses e subenfiteuses, 
subordinando-se as existentes, até sua extinção, às disposições do Código Civil 
anterior, Lei no 3.071, de 1o de janeiro de 1916, e leis posteriores. 
 
§ 1o Nos aforamentos a que se refere este artigo é defeso: 
 
I - cobrar laudêmio ou prestação análoga nas transmissões de bem aforado, 
sobre o valor das construções ou plantações; 
 
II - constituir subenfiteuse. 
 
§ 2o A enfiteuse dos terrenos de marinha e acrescidos regula-se por lei 
especial. 
 
Art. 2.039. O regime de bens nos casamentos celebrados na vigência do 
Código Civil anterior, Lei no 3.071, de 1o de janeiro de 1916, é o por ele 
estabelecido. 
 
Art. 2.040. A hipoteca legal dos bens do tutor ou curador, inscrita em 
conformidade com o inciso IV do art. 827 do Código Civil anterior, Lei no 
3.071, de 1o de janeiro de 1916, poderá ser cancelada, obedecido o disposto 
no parágrafo único do art. 1.745 deste Código. 
 
Art. 2.041. As disposições deste Código relativas à ordem da vocação 
hereditária (arts. 1.829 a 1.844) não se aplicam à sucessão aberta antes de sua 
vigência, prevalecendo o disposto na lei anterior (Lei no 3.071, de 1o de 
janeiro de 1916). 
 
Art. 2.042. Aplica-se o disposto no caput do art. 1.848, quando aberta a 
sucessão no prazo de um ano após a entrada em vigor deste Código, ainda 
que o testamento tenha sido feito na vigência do anterior, Lei no 3.071, de 1o 
de janeiro de 1916; se, no prazo, o testador não aditar o testamento para 
declarar a justa causa de cláusula aposta à legítima, não subsistirá a restrição. 
 
Art. 2.043. Até que por outra forma se disciplinem, continuam em vigor as 
disposições de natureza processual, administrativa ou penal, constantes de 
leis cujos preceitos de natureza civil hajam sido incorporados a este Código. 
 
Art. 2.044. Este Código entrará em vigor 1 (um) ano após a sua publicação. 
 
Art. 2.045. Revogam-se a Lei no 3.071, de 1o de janeiro de 1916 - Código Civil 
e a Parte Primeira do Código Comercial, Lei no 556, de 25 de junho de 1850. 
 
Art. 2.046. Todas as remissões, em diplomas legislativos, aos Códigos 
referidos no artigo antecedente, consideram-se feitas às disposições 
correspondentes deste Código. 
 
 
Brasília, 10 de janeiro de 2002; 181o da Independência e 114o da República. 
 
 
[d11] Comentário: Cláusula de 
vigência 
[d12] Comentário: Cláusula de 
revogação 
FERNANDO HENRIQUE CARDOSO 
Aloysio Nunes Ferreira Filho

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