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Anticorpos monoclonais Os anticorpos que surgem num animal em resposta a um único antígeno complexo são heterogêneos. São formados vários clones diferentes de linfócitos B que diferenciam‐se em plasmócitos, cada um deles expressando e secretando, respectivamente, um tipo de anticorpo, capaz de reagir com um diferente epítopo no antígeno complexo. Estes anticorpos são denominados policlonais. linfócitos/plasmócitos ... anticorpos antígeno Os anticorpos que surgem a partir de um único clone de células, como, por exemplo, num tumor de plasmócitos (mieloma) são homogêneos, isto é, são iguais entre si. São ditos anticorpos monoclonais. Anticorpos monoclonais ‐ surgem a partir de um único linfócito B, que é clonado, produzindo sempre os mesmos anticorpos, em resposta a um agente patogénico (antígeno). Estes anticorpos apresentam‐se iguais entre si em estrutura, especificidade e afinidade, ligando‐se por isso ao mesmo epítopo no antigénio Esse histograma mostra uma distribuição típica de afinidades de anticorpos em um antissoro para um determinante antigênico comparando‐ as com a afinidade única com que um anticorpo monoclonal se liga ao seu determinante antigênico. Anticorpo monoclonal Afinidade de anticorpo (X) Fração de anticorpo total (%) (escala log) Plasmócitos derivados de um único linfócito B pro‐ duzem anticorpos monoclonais, portanto idênticos entre si. Imunodiagnóstico: o diagnóstico de muitas doenças infecciosas e degenerativas, depende da detecção de antí‐ genos e/ou anticorpos específicos na circulação ou nos tecidos, usando anticorpos monoclonais em imunoensaios. soro do paciente contendo antígeno com vários epitopos idênticos Exemplo: reação de aglutinação em latex partículas de latex adsorvidas com os monoclonais anticorpos monoclonais Para a imunodosagem de hormônios, marcadores tumorais e de outras proteínas séricas, sempre se usa anticorpos monoclonais aglutinação Diagnóstico e terapia de tumores: anticorpos monoclonais específicos para tumores são usados para a detecção de tumores por técnicas de imagens e para a imunoterapia. Análise funcional de moléculas da superfície celular e secretadas: na pesquisa imunológica, os anticorpos monoclonais que se ligam a moléculas da superfície celular e estimulam ou inibem funções celulares, são instrumentos inestimáveis para definir a função das moléculas de superfície, incluindo os receptores para antígenos. Anticorpos que neutralizam citocinas são usados para detectar a presença e os papéis funcionais destes compostos protéicos in vitro e in vivo . A Biologia Molecular tem traçado o caminho para a produção de anticorpos monoclonais (mAc) de especificidade, afinidade e isotipos definidos. Isto permite aos imunologistas o desenvolvimento de anticorpos de determinada especificidade no camundongo, utilizando‐se então os genes que expressam esta especificidade (genes que codificam VH e VL), para a construção de vetores de clonagem e expressão, associando‐os aos genes para os domínios constantes de anticorpos humanos. O mAc resultante (humanizado) é de muito baixa imunogenicidade para a nossa espécie, podendo ser utilizado em tratamentos específicos.
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