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CULTIVO E CRESCIMENTO MICROBIANO Profª. Msc. Juliana Munduruca Disciplina: Microbiologia de Alimentos Ementa • Unidade II – Cultivo e crescimento microbiano • Crescimento populacional • Medidas do crescimento microbiano • Fatores que influem sobre o crescimento microbiano em alimentos • Fatores intrínsecos (atividade de água, acidez, potencial de oxi- redução, composição química, fatores antimicrobianos naturais e interações entre microrganismos) • Fatores extrínsecos (temperatura, umidade relativa, atmosfera). • Conceito de obstáculos de Leistner Microbiologia de Alimentos Profª. Msc. Juliana Munduruca Reprodução • As bactérias se reproduzem por fissão binária (bipartição ou cissiparidade), processo no qual uma célula-mãe se divide para formar duas células-filhas (crescimento exponencial ou crescimento logarítmico). Microbiologia de Alimentos Profª. Msc. Juliana Munduruca Crescimento exponencial Microbiologia de Alimentos Profª. Msc. Juliana Munduruca Reprodução • O crescimento exponencial e o curto tempo necessário para a duplicação de certos organismos resultam na rápida produção de grandes números de bactérias. • O tempo de duplicação varia não apenas entre as espécies, mas também com a quantidade de nutrientes, a temperatura, o pH e outros fatores ambientais. • Exemplo: • Escherichia coli leva 20 minutos para duplicar. Em 3 horas, produzirá mais de mil células-filhas e, acima de um milhão em aproximadamente 7 horas. Microbiologia de Alimentos Profª. Msc. Juliana Munduruca Crescimento microbiano Microbiologia de Alimentos Profª. Msc. Juliana Munduruca Fases do ciclo de crescimento • Fase lag (fase de retardo): ocorre uma vigorosa atividade metabólica, mas as células não se dividem. Pode durar de poucos minutos a muitas horas. • Fase log (logarítmica): ocorre uma rápida divisão celular. • Fase estacionária: ocorre quando há carência de nutrientes ou a presença de produtos tóxicos provoca a redução do crescimento até que o número de células novas produzidas seja equivalente ao número de células que morrem, resultando numa situação de equilíbrio na população. • Fase final, de morte ou de declínio: é marcada por um declínio no número de células viáveis. Microbiologia de Alimentos Profª. Msc. Juliana Munduruca FATORES INTRÍNSECOS • Atividade de água (Aa); • Acidez (pH); • Potencial de oxi-redução (Eh); • Composição química; • Fatores antimicrobianos naturais; • Interações entre microrganismos; FATORES EXTRÍNSECOS • Temperatura; • Umidade relativa do ambiente; • Composição gasosa do ambiente. nutrientes Estrutura biológica antimicrobianos pH Eh Aa temperatura Umidade relativa gases Fatores que influenciam o crescimento microbiano nos alimentos Microbiologia de Alimentos Profª. Msc. Juliana Munduruca Fatores intrínsecos Microbiologia de Alimentos Profª. Msc. Juliana Munduruca Atividade de água (Aa) Microbiologia de Alimentos Profª. Msc. Juliana Munduruca • Os microrganismos dependem de água disponível para sua sobrevivência, metabolismo e multiplicação. • A água ligada a macromoléculas por forças físicas não está livre para agir como solvente ou para participar de reações químicas não pode ser aproveitada pelos microrganismos! • Atividade de água (Aa) parâmetro que mede a disponibilidade de água em um alimento. Atividade de água (Aa) Microbiologia de Alimentos Profª. Msc. Juliana Munduruca Atividade de água (Aa) Como é calculada a Atividade de água (Aa) Relação existente entre a pressão parcial de vapor de água contida na solução ou no alimento (P) e a pressão parcial de vapor da água pura (Po), a uma dada temperatura (25º C): Aa = P/Po • Exemplos de fatores que reduzem o valor de Aa de alguns alimentos: • Adição de sais, açúcar e outras substâncias • Remoção da água (desidratação) e congelamento Microbiologia de Alimentos Profª. Msc. Juliana Munduruca • Os valores de Aa variam de 0 a 1. • Na maioria dos alimentos frescos a Aa é superior a 0,95. • Considerando que o valor de Aa da água pura é 1,0, e que os microrganismos não se multiplicam em água pura, o limite máximo para o crescimento microbiano é ligeiramente menor do que 1,0. Atividade de água (Aa) Microbiologia de Alimentos Profª. Msc. Juliana Munduruca Os microrganismos têm um valor mínimo, máximo e ótimo de Aa para a sua multiplicação. Atividade de água (Aa) Atividade de água (Aa) • Bactérias necessitam de + Aa do que fungos; • Gram-negativas + exigentes que Gram-positivas; • Maioria das bactérias deteriorantes não crescem em Aa menor que 0,91; • Fungos deteriorantes crescem com Aa acima de 0,80; • Sthaphylococcus aureus suporta até Aa de 0,86 e Clostridium botulinum não cresce abaixo de 0,94; • Aa 0,60 – valor limitante para multiplicação de qualquer microrganismo. Microbiologia de Alimentos Profª. Msc. Juliana Munduruca Atividade de água (Aa) Microbiologia de Alimentos Profª. Msc. Juliana Munduruca • Atividade de água, temperatura e disponibilidade de nutrientes são interdependentes. • A Aa limitante para o crescimento de determinado microrganismo depende ainda de outros fatores intrínsecos que podem agir simultaneamente, como pH do meio, potencial de oxi-redução e a presença de substâncias antimicrobianas naturais ou intencionalmente adicionadas, entre outros. • Quando esses fatores provocam um afastamento das condições ótimas para a multiplicação de determinado microrganismo, mais alto será o valor de Aa necessária. Atividade de água (Aa) Microbiologia de Alimentos Profª. Msc. Juliana Munduruca Atividade de água (Aa) • O efeito direto da diminuição da Aa é: • o aumento da duração da fase lag de crescimento • a diminuição da velocidade de multiplicação dos microrganismos, consequência da baixa quantidade de água para as atividades metabólicas. • Ex: salga, defumação, adição de açúcar, etc. Microbiologia de Alimentos Profª. Msc. Juliana Munduruca Acidez (pH) Microbiologia de Alimentos Profª. Msc. Juliana Munduruca Microbiologia de Alimentos Profª. Msc. Juliana Munduruca Acidez (pH) Ácido Básico N e u tr o Acidez (pH) A faixa de pH entre 6,5 a 7,5 é a mais favorável para o desenvolvimento da maioria dos microrganismos. Quando os microrganismos são colocados em meio de pH desfavorável a sua taxa de crescimento varia de acordo com capacidade de modificar o meio externo. Resistência a variações de pH: bolores > leveduras > bactérias; As bactéria patogênicas são mais exigentes ao pH, pois apresentam uma faixa de pH ótimo mais estreita. Microbiologia de Alimentos Profª. Msc. Juliana Munduruca Organismo pH mínimo ótimo máximo Bactérias (maioria) 4,5 6,5 a 7,5 9,0 Acetobacter 4,0 5,4 a 6,3 - Bacillus subtilis 4,2 a 4,5 6,8 a 7,2 9,4 a 10 Clostridium botulinum 4,8 a 5,0 6,0 a 8,0 8,5 a 8,8 Clostridium perfringens 5,0 a 5,5 6,0 a 7,6 8,5 Clostridium sporogenes 5,0 a 5,8 6,0 a 7,6 8,5 a 9,0 Erwinia carotovora 4,6 7,1 9,3 Escherichia coli 4,3 a 4,4 6,0 a 8,0 9,0 a 10 Gluconobacter oxidans 4,0 a 4,5 5,5 a 6,0 - Lactobacillus (maioria) 3,0 a 4,4 5,5 a 6,0 7,2 a 8,0 L. acidophilus 4,0 a 4,6 5,5 a 6,0 7,0 L. plantarum 3,5 5,5 a 6,5 8,0 Leuconostoc cremoris 5,0 5,5 a 6,0 6,5 L. oenos - 4,2 a 4,8 - Pediococcus cerevisiae 2,9 4,5 a 6,5 7,8 Propionibacterium 4,7 6,2 a 7,0 7,5 Proteus vulgaris 4,4 6,0 a 7,0 8,4 a 9,2 Pseudomonas (maioria) 5,6 6,6 a 7,0 8,0 P. aeruginosa 5,6 6,6 a 7,0 8,0 a 9,0 Tabela 4. Valores de pH para multiplicação de alguns microrganismos. Fo n te : F R A N C O & L A N D G R A F (2 0 0 5 ). Microbiologia de Alimentos Profª. Msc. Juliana Munduruca Organismo pH mínimo ótimo máximo Salmonella 4,5 a 5,0 6,0 a 7,5 8,0 a 9,6S. typhi 4,0 a 4,5 6,5 a 7,2 8,0 a 9,0 S. choleraesuis 5,0 7,0 a 7,6 8,2 Serratia marcescens 4,6 6,0 a 7,0 8,0 Staphylococcus aureus 4,0 a 4,7 6,0 a 7,0 9,5 a 9,8 Streptococcus lactis 4,1 a 4,8 6,4 9,2 Vibrio 5,5 a 6,0 - 9,0 V. cholerae - 8,6 - V. parahaemolyticus 4,8 a 5,0 7,5 a 8,5 11,0 Leveduras 1,5 a 3,5 4,0 a 6,5 8,0 a 8,5 Kluyveromyces 1,5 a 2,0 - - Pichia 1,5 - - S. cerevisiae 2,0 a 2,4 4,0 – 5,0 - Z. rouxii 1,5 3,5 a 5,5 8,5 a 10,5 Bolores 1,5 a 3,5 4,5 a 6,8 8,0 a 11 Aspergillus niger 1,2 3,0 a 6,0 - A.oryzae 1,6 a 1,8 - 9,0 a 9,3 Botrytis cinerea 2,5 - 7,4 Mucor - 3,0 a 6,1 9,2 Penicillium 1,9 4,5 a 6,7 9,3 Rhizopus nigricans - 4,5 a 6,0 - Ta b el a 4 . V al o re s d e p H p ar a m u lt ip lic aç ão d e al gu n s m ic ro rg an is m o s. Fo n te : F R A N C O & L A N D G R A F (2 0 0 5 ). Microbiologia de Alimentos Profª. Msc. Juliana Munduruca Observação! • Microbiologia de Alimentos Profª. Msc. Juliana Munduruca Acidez (pH) Alimentos divididos em 3 grupos: Alimentos muito ácidos (pH< 4,0). Ex: maçã, laranja, azeitona (bolores e leveduras); Alimentos ácidos (pH entre 4 e 4,5). Ex: beterraba, tomate (leveduras, bolores, e algumas espécies de bactérias láticas e de Bacillus); Alimentos de baixa acidez (pH>4,5). Ex: carnes e frutos do mar (mais sujeitos a espécies patogênicas e deteriorantes). Microbiologia de Alimentos Profª. Msc. Juliana Munduruca Produto pH Produto pH Verduras Frutas Abóbora 4,8-5,2 Ameixa 2,8-4,6 Aipo 5,7-6,0 Banana 4,5-4,7 Alface 6,0 Figo 4,6 Aspargo (flor e caule) 5,7-6,1 grapefruit (suco) 3,0 Azeitona 3,6-3,8 laranja (suco) 3,6-4,3 Batata (inglesa e doce) 5,3-5,6 lima 1,8-2,0 Berinjela 4,5 maçã 2,9-3,3 Beterraba (açúcar) 4,2-4,4 melancia 5,2-5,6 Brócolis 6,5 melão 6,3-6,7 Cebola (vermelha) 5,3-5,8 sidra de maçã 3,6-3,8 Cenoura 4,9-5,2; 6,0 suco de maçã 3,3-4,1 Couve-de-bruxelas 6,3 uvas 3,4-4,5 Couve-flor 5,6 Espinafre 5,5-6,0 Fava (vagem e lima) 4,6-6,5 Milho verde 7,3 Moranga 5,0-5,4 Nabo 5,2-5,5 Pastinaca 5,3 Pepino 3,8 Repolho (verde) 5,4-6,0 Ruibarbo 3,1-3,4 Rutabaga 6,3 Salsa 5,7-6,0 Tomate (inteiro) 4,2-4,3 T ab el a 5 . V al o re s ap ro xi m ad o s d e p H d e al gu m as fr u ta s e ve rd u ra s fr es ca s. Fo n te : J A Y (2 0 0 5 ). Microbiologia de Alimentos Profª. Msc. Juliana Munduruca Produto pH Produto pH Produtos lácteos Peixes e frutos do mar manteiga 6,1-6,4 atum 5,2-6,1 soro de manteiga ou nata 4,5 camarão 6,8-7,0 leite 6,3-6,5 caranguejo 7,0 nata 6,5 moluscos 6,5 Queijo (macio e cheddar) 4,9; 5,9 ostra 4,8-6,3 peixe branco 5,5 peixes (maioria das espécies)* 6,6-6,8 salmão 6,1-6,3 Carnes de gado e frango carne moída 5,1-6,2 presunto 5,9-6,1 vitela 6,0 frango 6,2-6,4 Tabela 6. Valores aproximados de pH de produtos lácteos, carnes de gado, frango e frutos do mar. *L o go a p ó s a m o rt e. F o n te : J A Y (2 0 0 5 ). Microbiologia de Alimentos Profª. Msc. Juliana Munduruca Acidez (pH) • Efeito dos ácidos nos microrganismos: • Maior gasto de energia para manter o pH intracelular; • Desnaturação de proteínas, DNA; • Alteração da atividade das enzimas responsáveis pelas atividades vitais da célula; • Menor velocidade de crescimento. Microbiologia de Alimentos Profª. Msc. Juliana Munduruca Potencial de oxi-redução (Eh) Microbiologia de Alimentos Profª. Msc. Juliana Munduruca Potencial de oxi-redução (Eh) Processos de oxidação e redução estão relacionados com a troca de elétrons entre compostos químicos ou, a facilidade com que determinado substrato ganha ou perde elétrons; Quando um elemento perde elétrons – oxidado (+), quando ganha – reduzido (-); Transferência de elétrons é medida e essa diferença de potencial é o Eh (Volts - V ou miliVolts - mV); Microrganismos aeróbios requerem valores de Eh positivos para a multiplicação (bolores, leveduras e bactérias causadoras da deterioração em alimentos e algumas patogênicas); Microrganismos anaeróbios requerem baixos valores de Eh (algumas bactérias patogênicas e deteriorantes). Microbiologia de Alimentos Profª. Msc. Juliana Munduruca Potencial de oxi-redução (Eh) • A determinação do valor de Eh de um alimento é bastante difícil porque ocorre a interação da tensão do oxigênio com a presença de compostos químicos que agem sobre o valor de Eh. Alimentos Eh Microrganismos Vegetais +300 a +400mV Aeróbicos Músculo animal imediatamente após a morte +250mV Carne moída +200mV Queijos -20 a -200mV Anaeróbicos Carne em grandes pedaços -200mV Músculo animal 30 horas após a morte -250mV Microbiologia de Alimentos Profª. Msc. Juliana Munduruca Composição química Microbiologia de Alimentos Profª. Msc. Juliana Munduruca Composição química Para que a multiplicação microbiana seja possível, os seguintes nutrientes devem estar disponíveis: Água; Fonte de energia (açúcares, álcoois, aminoácidos, lipídios); Fonte de nitrogênio (aminoácidos, nucleotídeos, peptídeos); Vitaminas (complexo B: biotina e ácido pantotênico); Sais minerais (sódio, potássio, cálcio, magnésio, etc.); Fungos possuem menores necessidades, seguido das leveduras, bactérias Gram-negativas e Gram-positivas. Microbiologia de Alimentos Profª. Msc. Juliana Munduruca Fatores antimicrobianos naturais Microbiologia de Alimentos Profª. Msc. Juliana Munduruca Fatores antimicrobianos naturais Presença natural de substâncias nos alimentos que retardam ou impedem a ação microbiana. Alho – alicina Cravo – eugenol Canela – aldeído cinâmico e eugenol Mostarda – isotiocianato de alilo Sálvia – eugenol e timol Orégano – carvacrol (isotimol) e timol Ovo – lisozima, conalbumina Leite – lactoferrina, conglutinina, sistema lactoperoxidase Frutas e vegetais – ácido hidroxicinâmico Frutas e sementes – tanino Frutas – ácidos orgânicos e óleos essenciais Microbiologia de Alimentos Profª. Msc. Juliana Munduruca Fatores antimicrobianos naturais Estrutura Biológica A cobertura natural de alguns alimentos barreira física contra a entrada dos microrganismos. • Casca de frutas • Casca de nozes • Casca de ovo • Película que envolve as sementes Microbiologia de Alimentos Profª. Msc. Juliana Munduruca Interações entre microrganismos Microbiologia de Alimentos Profª. Msc. Juliana Munduruca Interações entre microrganismos Metabólitos de um microrganismo influencia a sobrevivência e a multiplicação de outros; Ex. bactérias láticas, produtoras de ácido lático, podem alterar o pH do alimento, tornando-o ácido demais para o crescimento de outros microrganismos. Os produtos de metabolismo de certas bactérias podem ser essenciais para a proliferação de outras. Pseudomonas aeruginosa produz tiamina e triptofano, que são essenciais para o desenvolvimento de Staphylococcus aureus. Microbiologia de Alimentos Profª. Msc. Juliana Munduruca Interações entre microrganismos Estreptococos e lactobacilos produzem água oxigenada que inibe o crescimento de muitas bactérias. Exclusão competitiva – em determinadas situações, a adição de microrganismos inofensivos a um produto pode estimular o processo competitivo existente entre os componentes da microbiota presente, desfavorecendo os microrganismos patogênicos. Microbiologia de Alimentos Profª. Msc. Juliana Munduruca Interações entre microrganismos Alguns microrganismos são capazes de produzir determinadas substâncias com atividade bactericida – as bacteriocinas (E. coli, enterobactérias, bactérias gram- positivas, patogênicas, bactériasláticas). - Colicina: E. coli - Pediocina: Pediococus - Sacacina: Lactobacillus sake - Nisina: Lactococcus lactis lactis Bacteriocinas e suas bactérias produtoras têm sido utilizados na indústria alimentícia como “conservantes naturais” e essa técnica tem um futuro promissor! Microbiologia de Alimentos Profª. Msc. Juliana Munduruca Acetobacter Haemophilus Pseudomonas Actinobacillus Haloferax Salmonella Bacillus Lactobacillus Serratia Brevibacterium Lactococcus Shigella Clostridium Leuconostoc Staphylococcus Corynebacterium Listeria Streptococcus Enterococcus Pediococcus Yersinia Erwinia Propionibacterium Gênero Bacteriocina produzida Pediococcus Pediocinas P. acidilactici Pediocina PA-1, AcH P. pentosaceus Pediocina A Lactococcus lactis spp lactis Nisina A, E Lactobacillus sake Sacacina A L. plantarum Plantaricina L. helveticus Helveticina J Fo n te : F R A N C O & L A N D G R A F (2 0 0 5 ). Tabela 7. Alguns gêneros bacterianos produtores de bacteriocinas. Tabela 8. Algumas bacteriocinas úteis para a área de alimentos. Microbiologia de Alimentos Profª. Msc. Juliana Munduruca Fatores Extrínsecos Microbiologia de Alimentos Profª. Msc. Juliana Munduruca Temperatura Microbiologia de Alimentos Profª. Msc. Juliana Munduruca Temperatura Fator ambiental mais importante que afeta a multiplicação de microrganismos; Faixa de temp. grande: mínimo de -35ºC e máximo de 90ºC. Microbiologia de Alimentos Profª. Msc. Juliana Munduruca Microbiologia de Alimentos Profª. Msc. Juliana Munduruca Bactérias: Psicrotróficos - Ex: Pseudomonas, Alcaligenes, Flavobacterium, Micrococcus. Mesófilos - A maioria das espécies e maior parte dos patógenos Termófilos - Ex: algumas espécies de Bacillus e Clostridium Bolores Faixa ampla de temperatura Crescem em temperatura de refrigeração Leveduras Crescem na temperatura de psicrófilos e mesófilos Microbiologia de Alimentos Profª. Msc. Juliana Munduruca Temperatura Fonte: JAY (2005). Microbiologia de Alimentos Profª. Msc. Juliana Munduruca Microbiologia de Alimentos Profª. Msc. Juliana Munduruca Umidade relativa do ambiente Microbiologia de Alimentos Profª. Msc. Juliana Munduruca Umidade relativa do ambiente (UR) Correlação entre Aa e a umidade relativa de equilíbrio do ambiente; Alimentos conservados em ambiente com UR superior a sua Aa tenderão a absorver umidade do ambiente, causando um aumento de sua Aa; Alimentos perderão água se a umidade do ambiente for inferior a sua Aa, causando diminuição na sua Aa. Microbiologia de Alimentos Profª. Msc. Juliana Munduruca Composição gasosa do ambiente Microbiologia de Alimentos Profª. Msc. Juliana Munduruca Composição gasosa do ambiente A composição gasosa do ambiente pode determinar os tipos de microrganismos que poderão predominar; Presença de oxigênio favorecerá os microrganismos aeróbios e, sua a ausência, os microrganismos anaeróbios; Os microrganismos facultativos proliferam na ausência ou presença de oxigênio • Embalagem a vácuo bastante empregada, em especial para carnes. Microbiologia de Alimentos Profª. Msc. Juliana Munduruca Composição gasosa do ambiente Utilização de atmosferas modificadas – tendência do mercado; Dióxido de carbono – ação antimicrobiana, dependente da temperatura, pH, Aa e das condições metabólicas dos microrganismos presentes; • Quanto mais baixa for a temperatura, mais intenso será o efeito. O armazenamento em temperatura inadequada pode cancelar ação biostática do CO2. • Concentração de CO2 • Atmosferas contendo 10% de CO2 são utilizadas, há muito tempo, para prolongar o tempo de armazenamento de frutas, especialmente maçãs e peras. • O mecanismo deste processo não é bem conhecido, acredita-se que o CO2 aja por competição com o etileno, que é responsável pelo amadurecimento das frutas. Microbiologia de Alimentos Profª. Msc. Juliana Munduruca Composição gasosa do ambiente Ozônio – poder antimicrobiano, mas devido ao seu poder oxidante, não deve ser utilizado em alimentos com altos teores de lipídios, pois causa aumento da rancidez. Nitrogênio – inerte, com pouco ou nenhum efeito antimicrobiano, porém pode substituir o oxigênio. Microbiologia de Alimentos Profª. Msc. Juliana Munduruca Conceitos dos Obstáculos de LEISTNER • É o estudo das interações entre os vários fatores intrínsecos e extrínsecos que afetam a capacidade de sobrevivência e de multiplicação dos microrganismos nos alimentos. • O conhecimento desses fatores permitem: • prever o tempo de vida de prateleira, • a estabilidade microbiológica • a capacidade de crescimento/produção de toxinas por microrganismos patogênicos nos alimentos; • O conhecimento isolado de cada um dos fatores é pouco útil, devido aos efeitos interativos. Microbiologia de Alimentos Profª. Msc. Juliana Munduruca Microbiologia de Alimentos Profª. Msc. Juliana Munduruca Conceitos dos Obstáculos de LEISTNER • O conceito dos obstáculos deu origem à tecnologia dos obstáculos (hurdle technology), que se baseia na utilização simultânea de mais de uma forma de controle microbiano nos alimentos, como salga, acidificação, processamento térmico, adição de conservadores químicos, etc.; • Objetivo: obtenção de produtos alimentícios estáveis, de longa vida de prateleira, e seguros à saúde dos consumidores. Microbiologia de Alimentos Profª. Msc. Juliana Munduruca Conceitos dos Obstáculos de LEISTNER Microbiologia de Alimentos Profª. Msc. Juliana Munduruca Microbiologia de Alimentos Profª. Msc. Juliana Munduruca Microbiologia de Alimentos Profª. Msc. Juliana Munduruca
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