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imagem corporal (1)

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ESQUEMA CORPORAL e 
IMAGEM CORPORAL
Profa. Fabiane Fogaça
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Esquema corporal:
“Intuição de conjunto ou um conhecimento que temos de nosso corpo no estado estático ou em movimento, na relação de suas partes entre si e com o espaço circundante.”
 Le Boulch, 1987
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Imagem corporal:
“Ultrapassa o conceito de esquema corporal, uma vez que a ele são acrescidos sentimentos, emoções e valores. É um fenômeno multidimensional.”
Le Boulch, 1987
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PSICOMOTRICIDADE
O desenvolvimento das capacidades mentais (análise, síntese, abstração, simbolização, etc.) têm êxito a partir do correto conhecimento e controle da própria atividade corporal.
 O corpo, o movimento e a ação são os elementos básicos do nosso conhecimento e compreensão do mundo. É por meio da experiência do movimento e da ação que o pensamento é construído, isto é, o movimento é o pensamento em ação.
Educação Psicomotora:
– o domínio do equilíbrio e do tônus da postura;
– o controle e a eficácia das diversas coordenações globais e segmentares;
– a consciência do próprio corpo, a organização do esquema corporal;
– uma estruturação espaço-temporal correta, uma boa orientação espacial e lateralização;
– uma correta e eficaz praxia global e fina;
– compreensão dos aspectos da sociabilização
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O esquema corporal é representado pela compreensão do corpo e suas partes como meio de comunicação, permitindo o relacionamento com pessoas, espaços e objetos que o rodeiam
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	Corpo  mundo 	 				 exterior
					(Bueno, 1998)
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 Processo gradativo;
- Primeiro objeto percebido pela criança;
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 Percepção e controle do próprio corpo;
- Um equilíbrio postural
- Uma lateralidade bem definida;
- Independência dos diferentes segmentos
				
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Indicadores de dificuldades
Começa a andar tarde, cai muitas vezes... precipita-se pelas escadas ao invés de desce-las, ou morre de medo como se fosse um grande empreendimento... escalá-las e não apenas subi-las. 
Na hora de vestir-se tem dificuldade em identificar o que é a manga, onde estão os braços, as pernas das calças? Enfiam-se pela cabeça?
Começa-se de que lado? Por que as coisas são assim? Que estranho é este mundo de lados que não tem lados... 
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Dificuldades
Paratonia: É a persistência de uma certa rigidez muscular, que pode aparecer nas quatro extremidades do corpo ou somente em duas. A criança apresenta incapacidade de relaxar voluntariamente um músculo. Quando a criança caminha ou corre, os braços e as pernas se movimentam mal e rigidamente. A qualquer tipo de solicitação, interna ou externa, a rigidez aumenta. 
Sincinesias: É a participação de músculos em movimentos nos quais eles são desnecessários. Por exemplo quando colocamos algo numa das mãos de uma criança com debilidade motora e pedimos que ela aperte o objeto fortemente, sua mão oposta também se fechará. Um teste que para ela é impossível é ficar sobre um pé só. 
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Dificuldades-reeducação
Em relação a problemas de esquema corporal e estruturação espacial inicia-se aproximadamente aos 7 anos
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Dificuldades esquema corporal-adolescência
a formação do esquema corporal acompanha um ciclo
 biológico que se repete com as modificações do próprio corpo (Tiba, 1986)
Exemplo é a descoordenação, “estabanado”.
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Imagem corporal
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Diferentes componentes que integram a imagem corporal:
satisfação com o peso 
acurácia da percepção do tamanho
satisfação corporal
avaliação da aparência
corpo ideal, padrão de corpo
esquema corporal
distorção corporal
observa-se nas academias e que, apesar de os indivíduos estarem dentro dos valores de índice de massa corporal e percentual de gordura adequados para a manutenção da saúde, existe uma insatisfação com a imagem corporal e os mesmos buscam um tipo físico idealizado
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satisfação corporal traduz-se como o componente afetivo da imagem corporal que permite o adequado desempenho emocional e social do indivíduo
  
insatisfação com o corpo acarreta sentimentos e pensamentos negativos quanto à aparência, influenciando o bem-estar emocional e a qualidade de vida.
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Adolescência
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Adolescência
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Adolescência
Uma característica marcante da adolescência atual é a insatisfação com o próprio corpo
Autores têm revelado recorrência de distorções e percepções negativas sobre o corpo, mesmo em adolescentes normais
McCabe e Ricciardelli (2006) investigaram as estratégias adotadas por adolescentes para emagrecer e aumentar a massa muscular.
Participaram do estudo 1.266 adolescentes (622 homens, 644 mulheres). Os autores concluíram que as mulheres são menos satisfeitas com seus corpos e que adotam estratégias para perder peso, enquanto os homens adotam estratégias para aumentar a massa muscular e peso corporal.
 O índice de massa corporal apresentou correlação positiva com a insatisfação corporal e com estratégias para perder peso, ou seja, os indivíduos que apresentam maior IMC são mais insatisfeitos com seu corpo e adotam mais estratégias para perder peso.
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Os problemas com a imagem do corpo podem se ordenar num continuum de moderada insatisfação e preocupação com o corpo e progredir para uma preocupação extrema com a aparência física, levando a uma imagem corporal negativa
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CONSEQUÊNCIAS IMAGEM CORPORAL NEGATIVA 
alterações comportamentais entre os adolescentes: como restrição ao uso de alguns tipos de roupas e frequência a locais onde possam exibir o corpo 
indução à prática exagerada de exercícios físicos modificações no consumo de alimentos e dietas restritivas, 
indução de vômitos e consumo de álcool e cigarros
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Fatores
MIDIA A indústria corporal, utilizando-se dos meios de comunicação, cria desejos e reforça imagens, invadindo e modificando a maneira de compreender a vida. Atualmente, o corpo é associado à ideia de consumo. Quanto mais o corpo manter a aparência da juventude, da beleza e da boa forma, mais alto é seu valor de troca
 
Um grande mercado de academias de ginástica e clubes desportivos, de medicamentos e produtos de beleza, de dietas e inovações terapêuticas, além daquele constituído a partir das intervenções cirúrgicas, tem-se expandido continuamente.
A cosmética ganha cada vez mais espaço na vida atual. Dieta e prazer, que eram incompatíveis no passado, fazem parte agora da mesma estratégia. 
As calorias devem ser contadas e reguladas, os produtos supostamente naturais são cultuados
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Avaliação
a) ouvir atentamente o adolescente sobre sua saúde e todas as questões a ela relacionadas (dúvidas, receios, dificuldades, desconhecimento sobre os temas que o afligem)
 
b) perguntar diretamente sobre a imagem corporal
 
c) discutir o tema abertamente, esclarecendo, encorajando e orientando o adolescente. Discutir a tolerância às diferenças
d) identificar os grupos de maior risco (adolescentes com desenvolvimento precoce, portadores de deformidades, com sobrepeso ou obesidade, ou aqueles que são maiores que os seus pares, por exemplo);
e) estimular a participação familiar. os pais tendem a ser menos positivos e mais críticos a respeito de seus filhos, implicando com a aparência, alimentação e atividade física;
f) ensinar sobre a constituição e o funcionamento do corpo e suas mudanças durante a adolescência;
 
g) facilitar acesso a conhecimentos básicos sobre saúde e necessidades nutricionais;
h) desenvolver habilidades em lidar com situações adversas, com a ajuda dos pais e do grupo de pares;
 
i) discutir sobre o poder de influência da mídia, entre os pares e na família, aprendendo a reconhecer as mensagens subliminares que estimulam o corpo ideal;
 
j) encorajar mudanças com mensagens positivas para aumentar a satisfação corporal e o desejo de cuidar do próprio corpo
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Prevenção
Indivíduos mais ativos fisicamente
são menos insatisfeitos com a imagem corporal do
que indivíduos menos ativos e sedentários, para ambos sexos.
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Instrumentos avaliação
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A satisfação corporal atual e ideal foi utilizada a escala proposta por Stunkard. O conjunto de silhuetas era mostrado aos indivíduos e realizadas as seguintes perguntas: 
Qual é a silhueta que melhor representa a sua aparência física atualmente? Qual é a silhueta que você gostaria de ter? Para verificar a insatisfação corporal, utilizou-se a diferença entre a silhueta atual (SA) e silhueta ideal (SI), apontadas pelo indivíduo. O avaliador isentou-se de opinião na escolha das silhuetas.
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Transtorno Dismorfico corporal
Os critérios diagnósticos estabelecidos pelo DSM-IV
(APA, 1995) são: preocupação com um defeito imaginado na aparência, e mesmo que haja um mínimo defeito, a preocupação é extremamente acentuada; sofrimento
significativo e/ou prejuízo no funcionamento da vida do indivíduo; não deve ser confundido com Anorexia e Bulimia. Enquanto nesses transtornos, a preocupação é
com o tamanho ou forma do corpo como um todo, no TDC se refere a uma ou mais partes do corpo como: nariz, boca, queixo, seios, barriga, cabeça, cabelo, pernas, quadris, entre outras.
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A doença é uma variação do Transtorno Obsessivo Compulsivo.
Grande parte dos pacientes portadores dessa síndrome recorre aos tratamentos dermatológicos, nutricionistas e cirurgias plásticas. Na maioria das vezes, existe uma insatisfação com os resultados obtidos, o que leva o paciente a se expor a novos tratamentos e riscos desnecessários. Estima-se que entre as pessoas que procuram cirurgia plástica, aproximadamente 9% são portadores de TDC. 
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Emocionalmente esses pacientes de risco apresentavam alguma crítica constante a alguma parte do corpo, insatisfação com o peso, enfim, alguma alteração na percepção corporal (Dismorfia) com diminuição gradativa de suas atividades sociais.
Este caracteriza-se por uma preocupação excessiva com um defeito mínimo ou imaginário na aparência. O indivíduo possui a sensação de que algum aspecto de seu corpo é feio ou repugnante, ainda que aqueles ao seu redor julguem que sua aparência não seja tão anormal.
O indivíduo com DDC realiza uma peregrinação por consultórios médicos, centros de estética, academias de ginásticas e spas, onde diversos tratamentos se sucedem. Não são raros os casos daqueles que fazem repetidas cirurgias plásticas, passam por dezenas de dietas e tratamentos de beleza.
Entretanto, após cada uma destas tentativas (ainda que bem sucedidas) a sensação de insatisfação com a própria imagem persiste, apontando que o problema não é de ordem física e sim psicológica.
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Foram relatados comportamentos de olhar fixamente no espelho e evitar olhar; tentativas de camuflar os defeitos;
perguntar aos outros sobre o defeito e se comparar com outras pessoas. Além dos comportamentos relacionados à aparência, os participantes apresentaram comportamentos
característicos de outros transtornos. Todos eles apresentavam comportamentos depressivos e três (P3, P5, P7) relataram ter pensamentos suicidas comportamentos típicos do TOC, como P4
que apresentava rituais na época das entrevistas, e P5 que relatou compulsão por limpeza antes das preocupações com a aparência. Outros comportamentos foram gastar e comer compulsivamente, apresentados por P6.
Foram identificados comportamentos verbais e não verbais que poderiam ser interpretados como delirantes, sendo comum o uso de palavras como: “deformado”, “monstro” e ideias de que “chocavam”,
“assustavam” e “causavam impacto”.
Alguns acreditavam que as pessoas riam, comentavam o defeito e, para indicá-lo, colocavam a mão sobre a parte do próprio corpo,
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