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Prisão Temporária - Lei 7960/89 - Resumão HÁ DOIS TIPOS DE PRISÃO NO DIREITO PRISÃO PENAL (prisão pena), DEFINITIVA. É a que vem após o transito em julgado de uma sentença penal condenatória. PRISÃO PROCESSUAL É aquela que ocorre antes do transito em julgado de sentença condenatória. Divide-se em três: 1. Prisão temporária 2. Prisão preventiva CAUTELARES 3. Prisão em flagrante 1. PRISÃO TEMPORÁRIA Não está prevista no CPP, está prevista em lei especial: Lei 7960/89. Origina-se de uma medida provisória. Há um pequeno problema: medida provisória não pode criar prisão processual. No entanto a jurisprudência entende que houve convalidação do vício de origem da prisão temporária. Vindo a se converter em lei o que dá legitimidade a essa convalidação. a. CARACTERÍSTICAS i. É uma exceção, pois existe prisão cautelar como regra no ordenamento jurídico brasileiro; ii. É uma prisão do inquérito policial; iii. Não há prisão temporária fora do inquérito; iv. Diferentemente da prisão preventiva, o juiz não pode decretar a Prisão temporária de ofício, somente se houver pedido do promotor ou delegado; b. PRAZO i. 05 dias prorrogáveis por mais 05 ou 30 dias prorrogáveis por mais 30 se for crime hediondo ou assemelhado. 1. a prorrogação somente se dá em caso de extrema e comprovada necessidade; 2. o juiz não pode prorrogar a PT de ofício, somente através de pedido do promotor ou do delegado; 3. vencido o prazo de 05 dias, não é necessário expedir alvará de soltura, pois a PT é uma prisão com prazo determinado; c. QUANDO CABE Art. 1º L7960/89 I - quando imprescindível para as investigações do inquérito policial; II - quando o indicado não tiver residência fixa ou não fornecer elementos necessários ao esclarecimento de sua identidade; III - quando houver fundadas razões, de acordo com qualquer prova admitida na legislação penal, de autoria ou participação do indiciado nos seguintes crimes: a) homicídio doloso (art. 121, caput, e seu § 2°); hediondo b) seqüestro ou cárcere privado (art. 148, caput, e seus §§ 1° e 2°); c) roubo (art. 157, caput, e seus §§ 1°, 2° e 3°); d) extorsão (art. 158, caput, e seus §§ 1° e 2°); hediondo e) extorsão mediante seqüestro (art. 159, caput, e seus §§ 1°, 2° e 3°); hediondo f) estupro (art. 213, caput, e sua combinação com o art. 223, caput, e parágrafo único); hediondo g) atentado violento ao pudor (art. 214, caput, e sua combinação com o art. 223, caput, e parágrafo único); h) rapto violento (art. 219, e sua combinação com o art. 223 caput, e parágrafo único); i) epidemia com resultado de morte (art. 267, § 1°); hediondo j) envenenamento de água potável ou substância alimentícia ou medicinal qualificado pela morte (art. 270, caput, combinado com art. 285); l) quadrilha ou bando (art. 288), todos do Código Penal; m) genocídio (arts. 1°, 2° e 3° da Lei n° 2.889, de 1° de outubro de 1956), em qualquer de sua formas típicas; hediondo n) tráfico de drogas (art. 12 da Lei n° 6.368, de 21 de outubro de 1976); o) crimes contra o sistema financeiro (Lei n° 7.492, de 16 de junho de 1986). No entanto, para se decretar a PT precisa haver uma combinação de incisos: o III com o I ou III combinado com o II. Note que o III sempre existe, pois este é um rol taxativo de crimes, só se pode decretar temporária para os crimes previstos no inciso III Processo Penal - Prisão Temporária - lei 7960/89 Prisão temporária - é uma prisão provisória de natureza cautelar que tem por Finalidade investigar determinada pessoa pela pratica de um crime grave. (Emerson Castelo Branco). Lei 7960/89 Jamais se decreta a prisão temporária no curso do processo; ou seja somente pode existir na fase de investigação criminal (IP) e decretada pelo Juiz. Hipóteses de cabimento: Se for imprescindível para a investigação do IP. Indiciado sem residência fixa ou não fornecer os elementos necessários para o esclarecimento da sua identidade. Uma das duas hipótese acima devem obrigatóriamente se somar aos seguintes crimes: homicídio doloso sequestro ou cárcere privado roubo extorsão extorsão mediante sequestro atentado violento ao pudor rapto violento epidemia c/ morte envenenamento de água potável ou substância alimentícia ou medicinal qualificado pela morte. quadrilha ou bando tráfico de drogas genocídio crime contra o SFN PRAZO: 5 dias + 5 dias (prorrogação: extrema e comprovada necessidade) 30 dias + 30 dias - crime hediondo ou assemelhados Obs: findo o prazo tem de soltar o indiciado, salvo se decretar a preventiva. Obs: o juiz jamais pode decretar a prisão de ofício, somente por provação do MP ou delegado. Quando recebida a denúncia a prisão temporária é encerrada. Processo Penal - prisão preventiva Prisão Preventiva: natureza cautelar - ordem judicial; com dois requisitos: indícios suficientes de autoria prova de existência do crime Fundamentos: garantia da ordem pública - é diferente de clamor social conveniência da instrução penal - atrapalhar a produção de provas aplicação da lei penal - fuga do criminoso garantia da ordem econômica - crimes contra o SFN, sonegação fiscal Quem pode decretar? - JUIZ - unica autoridade com poder p/ decretação. Quem pode solicitar? MP (pedido); porém juiz não é obrigado a decretar. Delegado (representação); pedido Requerimento do ofendido nos crimes de AP privada. O juiz pode decretar de Ofício. OBS1: o fato do acusado ser primário e ter bons antecedentes não obsta a prisão preventiva. OBS2: a gravidade do crime não é requisito p/ decretação. (ex: crime hediondo) OBS3: o delegado durante a fase do processo criminal não poderá pedir a prisão preventiva; poderá somente durante o IP. Já o promotor pode, em qualquer fase (IP e AP). Atenção: quando a prisão preventiva for decreta c/ o fundamento da conveniência instrução criminal; sendo essa instrução concluída: o acusado tem que ser solto. (STJ) Não existe prazo p/ a prisão preventiva ou seja enquanto durar a razão que levou a prisão, dura a preventiva. A prisão preventiva pode ser revogada a qualquer tempo. Hipóteses de admissibilidade: crimes dolosos punidos c/ pena de reclusão.(regra) crimes dolosos c/ pena de detenção: ( 2 exceções) se o réu for vadio; (doutrina critica essa hipótese) houver dúvidas quanto a identidade do agente. Reincidente - o réu já tiver sido condenado por crime doloso em sentença transitado em julgado. crimes com violência doméstica e familiar contra a mulher (11340/06). Lembrando que essas hipóteses de admissibilidade se somam aos Fundamentos de decretação.
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