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Plano de Unidade Kant

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�UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS – UFAL 
DISCIPLINA: ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM FILOSOFIA 3 – 2013.1
Profª.: Elizabete Amorim de Almeida Melo
MICROAULA
Aluno/estagiário(a): Robertina Teixeira da Rocha
		
PLANO DE UNIDADE DE FILOSOFIA
TEMA: “Kant e a fundação da filosofia transcendental”*
INTRODUÇÃO
Este plano de unidade foi planejado para ser ministrado numa turma do 2º, de uma escola da rede pública de Alagoas, durante o segundo semestre letivo do ano de 2014.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS 
Contextualizar Kant e seu tempo;
Explicar qual era o problema geral da metafísica segundo Kant;
Compreender a revolução copernicana na Filosofia;
Distinguir os juízos analíticos, sintéticos e sintéticos a priori e
Conceituar o que é a estética transcendental
CONTEÚDOS
Kant e seu tempo;
O problema geral da metafísica;
A revolução copernicana na Filosofia;
A distinção kantiana entre juízos sintéticos, juízos analíticos e sintéticos a priori e
A estética transcendental
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
Aulas expositivas
Discussão de imagens
Leitura de textos
Debates em sala de aula
Experiências para facilitar a compreensão do conteúdo
Diálogo
RECURSOS DIDÁTICOS 
Textos impressos;
Livro didático;
Quadro, giz e apagador;
Datashow para exibir imagens;
Pêndulo de Newton;
Copos e água
AVALIAÇÃO
A avaliação será contínua, observando-se a participação e o envolvimento nas discussões reflexivas propostas. Também haverá um exercício escrito sobre o tema ao final de cada aula ministrada.
REFERÊNCIA 
ANTISERI, Dário; REALE, Giovanne. História da filosofia vol. 4. São Paulo: Paulos, 2005.
ARANHA, Maria Lúcia de Arruda; MARTINS, Maria Helena Pires. Filosofando: Introdução à Filosofia. São Paulo: Moderna, 2009.
KANT, Imannuel. Crítica da Razão Pura. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2001.
http://universitariodefisica.blogspot.com.br/2011/02/pendulo-de-newton-mago-da fisica_25.html Acesso em Agosto de 2013
Imagens:
https://www.google.com.br/search?newwindow=1&client=firefoxa&hs=Jr&rls=org.mozilla%3AptBR%3Aofficial&biw=1366&bih=665&tbm=isch&sa=1&q=como+o+sujeito+conhece+o+objeto%3F&oq=como+o+sujeito+conhece+o+objeto%3F&gs_l=img.3...333048.357026.0.357335.67.42.0.4.4.6.287.4862.17j13j8.38.0...0.0...1c.1.17.img.TDR13BmmJ5I#facrc=_&imgrc=joFMc2wJVpD5aM%3A%3BhV4W2wmSIky5WM%3Bhttp%253A%252F%252Fwww.fisicainteressante.com%252Fimagefiles%252Fthinkerbeer.png%3Bhttp%253A%252F%252Fwww.fisicainteressante.com%252Faulahistoria-e-epistemologia-da-ciencia-3-epistemologia-1.html%3B340%3B23
https://sites.google.com/site/jphylosophya/o-sujeito-e-o-objeto-do-conhecimento
http://www.google.com.br/imgres?imgurl=http://1.bp.blogspot.com/_zktXgfqwrRY/SxWOBwSqjWI/AAAAAAAAADo/XmkrQ_tI8is/s320/imagem.bmp&imgrefurl=http://fisicavirtualfw.blogspot.com/2009/10/claudio-ptolomeu-e-um-cientista de.html&h=287&w=291&sz=26&tbnid=dnd-_Jb-3-RAkM:&tbnh=83&tbnw=84&zoom=1&usg=__8ke3VB6MgNGPDreejrcUrppevSQ=&docid=mcDs8tMBui8dHM&sa=X&ei=4ZoLUuLTL8LbyQHhtYHQCw&ved=0CD0Q9QEwAQ&dur=11
https://www.google.com.br/search?q=sistema+copernicano&newwindow=1&client=firefoxa&hs=jiy&rls=org.mozilla:ptBR:official&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ei=NJsLUvusEuXEyQHxl4C4Dg&ved=0CAkQ_AUoAQ&biw=1366&bih=624#facrc=_&imgdii=_&imgrc=jR3YKLt1SRCmUM%3A%3BcVCuxT21984U7M%3Bhttp%253A%252F%252F1.bp.blogspot.com%252FFbKvJah4b8I%252FULNLSJzX1II%252FAAAAAAAAAJM%252FWiOV5PyBygw%252Fs1600%252Fimage030.jpg%3Bhttp%253A%252F%252Ffilosofiaenelpereda.blogspot.com%252F2012%252F11%252Fla-revolucion-copernicana.html%3B306%3B298
Maceió, ____ de ___________ de 2013
______________________________________________
colocar o seu nome completo e assinar
Aluno/estagiário(a)
PLANEJAMENTO DE UNIDADE DE FILOSOFIA 
PARA O ENSINO MÉDIO
1º AULA: KANT E SEU TEMPO
I – RECURSO NÃO-FILOSÓFICO:
	Imagem resumo das tentativas anteriores de responder a questão do conhecimento:
Referência:https://www.google.com.br/search?newwindow=1&client=firefoxa&hs=Jr&rls=org.mozilla%3AptBR%3Aofficial&biw=1366&bih=665&tbm=isch&sa=1&q=como+o+sujeito+conhece+o+objeto%3F&oq=como+o+sujeito+conhece+o+objeto%3F&gs_l=img.3...333048.357026.0.357335.67.42.0.4.4.6.287.4862.17j13j8.38.0...0.0...1c.1.17.img.TDR13BmmJ5I#facrc=_&imgrc=joFMc2wJVpD5aM%3A%3BhV4W2wmSIky5WM%3Bhttp%253A%252F%252Fwww.fisicainteressante.com%252Fimagefiles%252Fthinkerbeer.png%3Bhttp%253A%252F%252Fwww.fisicainteressante.com%252Faulahistoria-e-epistemologia-da-ciencia-3-epistemologia-1.html%3B340%3B23
II – TEXTO(S) DIDÁTICO(S) e/ou COMPLEMENTAR(ES):
	
TEXTO 1:
“Sensibilidade e entendimento
Maria Lúcia de Arruda Aranha
Maria Helena Pires Martins
Para superar a contradição entre racionalistas e empiristas, Kant explica que o conhecimento de algo que recebemos de fora, da experiência (a posteriori) e algo que já existe em nós mesmos (a priori) e, portanto anterior a qualquer experiência.
Etmologia
A posteriori. Do latim posterus, posteriores, “posterior”
O que vem de fora é a matéria do conhecimento: nisso concorda com os empiristas.
O que vem de nós é a forma do conhecimento: com os racionalistas, admite que a razão não é uma “folha em branco”.
Qual é então a diferença entre Kant e os filósofos que o antecedem? É o fato de que matéria e forma atuam ao mesmo tempo. Para conhecer as coisas, precisamos da experiência sensível (matéria); mas essa experiência não será nada se não for organizada por formas da sensibilidade e do entendimento, que, por sua vez, são a priori e condição da própria experiência.”
Referência: ARANHA, Maria Lúcia de Arruda; MARTINS, Maria Helena Pires. Filosofando: Introdução à Filosofia. São Paulo: Moderna, 2009. p. 181
TEXTO 2:
Dados Biográficos
“Quem é?
Imannuel Kant (1724-1804) nasceu na Prússia (Alemanha), em Königsberg, cidade de onde nunca saiu. Era profundamente religioso e levou uma vida metódica, dedicando-se a estudar e ensinar. Foi um dos maiores expoentes do Iluminismo, ao superar o racionalismo e o empirismo. Alertado pelo ceticismo de Hume, examinou as possibilidades e limitações da razão em sua obra Crítica da razão pura, na qual indaga sobre “o que podemos conhecer”; em Crítica da razão prática trata das possibilidades do ato moral ao perguntar “sobre o que devemos fazer”; em Crítica da faculdade do juízo investiga os juízos estéticos, distinguindo o belo do agradável e do útil. Defendeu sobretudo a autonomia moral do sujeito, a liberdade de pensamento e a “paz perpétua”, título de um texto famoso que até hoje merece atenção. Publicou também Fundamentos da metafísica dos costumes e A religião dentro dos limites da simples razão, entre outras.
	
Referência bibliográfica: ARANHA, Maria Lúcia de Arruda; MARTINS, Maria Helena Pires. Filosofando: Introdução à Filosofia. São Paulo: Moderna, 2009. p. 181
TEXTO 3:
“Kant e a fundação da filosofia transcendental 
Geovane Reale
Dário Antiseri
A “Crítica da razão pura”
 Transcendental. O “transcendental” indica tanto as estruturas ou formas a priori que, inerentes ao sujeito, tornam possível qualquer experiência, quanto os conhecimentos relativos a estas estruturas (as quais são a priori justamente porque próprias do sujeito e não do objeto). É, portanto, a condição da cognoscibilidade (da intuibilidade e da pensabilidade) dos objetos, é aquilo que o sujeito coloca nas coisas no próprio ato de conhecê-las. Deve ser distinguido do ‘transcendente”, que indica aquilo que ultrapassa qualquer possibilidade de experiência.”
Referência: ANTISERI, Dário; REALE, Giovanne. História da filosofia vol. 4. São Paulo: Paulos, 2005. p. 359
III – TRECHO DE TEXTO FILOSÓFICO:
	
IV – ATIVIDADE AVALIATIVA: 
	
PLANEJAMENTO DE UMA AULA DE FILOSOFIA 
PARA O ENSINO MÉDIO
TEMA DA AULA: O OBJETIVO DA “CRÍTICA DA RAZÃO PURA”
I – RECURSO NÃO-FILOSÓFICO: 
	Problematizar a imagem abaixo: como é possível conhecer os objetos? O que possibilita a ciência fazer leis sobre o funcionamento do mundo através do conhecimento que temos dele? 
Referência: https://sites.google.com/site/jphylosophya/o-sujeito-e-o-objeto-doconheci
mento
II – TEXTO(S) DIDÁTICO(S) e/ou COMPLEMENTAR(ES):
	TEXTO 1:
“Kant e a fundação da filosofia transcendental 
Geovane Reale
Dário Antiseri
1. O problema crítico
A síntese a priori e seu fundamento
[...] Nesse período de intenso trabalho, Kant conseguiu resolver os problemas que o vinham preocupando, e que dependiam todos deste problema fundamental: uma vez que a natureza do conhecimento científico (ou seja, a natureza do verdadeiro conhecimento) consiste em ser uma “síntese a priori”, qual é a natureza da síntese a priori e qual é o fundamento que a torna possível?
Consequentemente, conseguindo se estabelecer qual a natureza e o fundamento da “síntese a priori”, poder-se-á resolver com facilidade o problema de como e porque são possíveis as ciências matemático-geométricas e a ciência física, e se poderá, por fim, resolver o problema se é ou não possível uma “metafísica como ciência”, ou então, se isso não for possível, porque a razão humana se sente tão irresistivelmente atraída pelas questões metafísicas.”
Referência bibliográficas: ANTISERI, Dário; REALE, Giovanne. História da filosofia vol. 4. São Paulo: Paulos, 2005. p. 355
III – TRECHO DE TEXTO FILOSÓFICO:
	
“[O objetivo da “Crítica da Razão Pura”]
 Immanuel Kant
A tarefa desta critica da razão especulativa consiste neste ensaio de alterar o método que a metafisica até agora seguiu, operando assim nela uma revolução completa, segundo o exemplo dos geômetras e dos físicos. É um tratado acerca do método, não um sistema da própria ciência; porém quem, circunscreve-a totalmente, não só descrevendo o contorno dos seus limites, mas também toda a sua estrutura interna. É que a razão pura especulativa tem em si mesma a particularidade de medir exactamente a sua capacidade em função dos diversos modos como escolhe os objetos para os pensar, bem como de enumerar completamente todas as diversas maneiras de pôr a si própria os problemas, podendo e devendo assim delinear o plano total de um sistema de metafísica. Efectivamente, em relação ao primeiro ponto, no conhecimento a priori nada pode ser atribuído aos objetos que o sujeito pensante não extraia de si próprio; relativamente ao segundo, com respeito aos princípios de conhecimento, a razão pura constitui uma unidade completamente à parte e autônoma, na qual, como num corpo organizado, cada um não podendo inserir-se com segurança qualquer principio numa conexão, sem ter sido ao mesmo tempo examinado o conjunto das suas conexões com todo o uso da razão. Também a metafísica, se tiver enveredado pelo caminho seguro da ciência, mediante esta crítica, tem a rara felicidade, de que não goza nenhuma outra ciência racional que se ocupe de objetos (pois a lógica ocupa-se apenas da firma do pensamento em geral), de poder abranger totalmente o campo dos conhecimentos que lhe pertencem, completando assim a sua obra e transmitindo aos vindouros um patrimônio utilizável, que não é susceptível de acrescentamento, porquanto apenas se refere a princípios e limites do seu uso, que são determinados pela própria crítica.”
Referência: KANT, Imannuel. Crítica da Razão Pura. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2001. p. 23-24
IV – ATIVIDADE AVALIATIVA: 
	
Construa um esquema do texto respondendo às seguintes questões, entre parêntesis localizadores de respostas no texto:
Qual a tarefa desta crítica da razão? (Primeira frase)
Que espécie de tratado é este? (Segunda frase)
Quais as características que a razão pura possui que podem ajudá-la a construir um sistema de metafísica? (Terceira linha)
Caso consiga seguir o caminho da ciência, mediante esta crítica, qual a “rara felicidade” que a metafísica seria a única a possuir? (Quinta frase)
Relacione a imagem mostrada no início da aula com o objetivo de Kant ao escrever a “Crítica da Razão Pura”.
PLANEJAMENTO DE UMA AULA DE FILOSOFIA 
PARA O ENSINO MÉDIO
TEMA DA AULA: A REVOLUÇÃO COPERNICANA NA FILOSOFIA
I – RECURSO NÃO-FILOSÓFICO: 
	Imagem 1
Sistema Heliocêntrico e Sistema Copernicano
Referência da imagem à esquerda: http://www.google.com.br/imgres?imgurl=http://1.bp.blogspot.com/_zktXgfqwrRY/SxWOBwSqjWI/AAAAAAAAADo/XmkrQ_tI8is/s320/imagem.bmp&imgrefurl=http://fisicavirtualfw.blogspot.com/2009/10/claudio-ptolomeu-e-um-cientista de.html&h=287&w=291&sz=26&tbnid=dnd-_Jb-3-RAkM:&tbnh=83&tbnw=84&zoom=1&usg=__8ke3VB6MgNGPDreejrcUrppevSQ=&docid=mcDs8tMBui8dHM&sa=X&ei=4ZoLUuLTL8LbyQHhtYHQCw&ved=0CD0Q9QEwAQ&dur=11
Referência da imagem à direita: https://www.google.com.br/search?q=sistema+copernicano&newwindow=1&client=firefoxa&hs=jiy&rls=org.mozilla:ptBR:official&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ei=NJsLUvusEuXEyQHxl4C4Dg&ved=0CAkQ_AUoAQ&biw=1366&bih=624#facrc=_&imgdii=_&imgrc=jR3YKLt1SRCmUM%3A%3BcVCuxT21984U7M%3Bhttp%253A%252F%252F1.bp.blogspot.com%252FFbKvJah4b8I%252FULNLSJzX1II%252FAAAAAAAAAJM%252FWiOV5PyBygw%252Fs1600%252Fimage030.jpg%3Bhttp%253A%252F%252Ffilosofiaenelpereda.blogspot.com%252F2012%252F11%252Fla-revolucion-copernicana.html%3B306%3B298
Imagem 2
Revolução copernicana na Filosofia
Referência:https://www.google.com.br/search?newwindow=1&client=firefoxa&hs=Jr&rls=org.mozilla%3AptBR%3Aofficial&biw=1366&bih=665&tbm=isch&sa=1&q=como+o+sujeito+conhece+o+objeto%3F&oq=como+o+sujeito+conhece+o+objeto%3F&gs_l=img.3...333048.357026.0.357335.67.42.0.4.4.6.287.4862.17j13j8.38.0...0.0...1c.1.17.imTDR13BmmJ5I#facrc=_&imgrc=WlQc3fgsoTUekM%3A%3B6OOO90N0P30lM%3Bhttp%253A%252F%252Fwww.scielo.br%252Fimg%252Frevistas%252Frbem%252Fv30n2%252Fv18n2a09fig1.gif%3Bhttp%253A%252F%252Fwww.scielo.br%252Fsciel.php%253Fpid%253Ds010055022006000200009%2526script%253Dsci_arttext%3B334%3B304
II – TEXTO(S) DIDÁTICO(S) e/ou COMPLEMENTAR(ES):
	TEXTO 1:
“2.1 O tipo de revolução que permitiu o nascimento das ciências e seu fundamento
 Geovanne Reale e Dário Antisieri
[...] Na metafísica, porém, registra-se um contínuo caminhar tateando e uma grande confusão. Em outras palavras, a metafísica permaneceu na fase pré-científica. Como é possível? Será que é impossível que ela se constitua como ciência? E, se assim fosse, por que então a natureza deu a razão humana tão forte tendência aos problemas metafísicos? Até agora erramos o caminho, ou será que não há caminho seguro que leve a metafísica a se constituir como ciência? 
A resposta a esse quesito, que coincide com a descoberta da incógnita X, de que já falamos, foi conseguida por Kant através de uma “revolução” que ele próprio definiu como “revolução copernicana”.
Até então, tentara-se explicar o conhecimento supondo que o sujeito devia girar em torno do objeto. Mas, como desse modo muitas coisas permaneciam inexplicadas, Kant inverteu os papéis, supondo que o objeto é que deveria girar em torno do sujeito. Copérnico havia feito uma revolução análoga: dado que, mantendo a terra no centro do universo e fazendo os planetas girarem em torno dela, muitos fenômenos permaneciam inexplicados, ele pensou em mover a terra e fazê-la girar em torno do sol. Deixando de lado a metáfora, Kant considera que não é o sujeito que, conhecendo, descobre as leis do objeto, mas sim, ao contrário, que o objeto, quando é conhecido, que se adapta às leis do sujeito que o recebe cognoscitivamente. 
[...] Com sua “revolução”, portanto, Kant supôs que não é a nossa intuição sensível que se regula pela natureza dos objetos, mas que são os objetos que se regulam pela natureza de nossa faculdade intuitiva. Analogamente, ele supõem que não é o intelecto que deve se regular pelos objetos para extrair os conceitos, mas, ao contrário, que são os objetos, enquanto são pensados, que se regulam pelos conceitos do intelecto que se coadunam com eles. Em suma, para concluir, “das coisas, nós só conhecemos a priori aquilo que nós mesmos nelas colocamos”.
Referência: ANTISERI, Dário; REALE, Giovanne. História da filosofia vol. 4. São Paulo: Paulos, 2005.p. 358
TEXTO 2:
[Glossário]
“Kant e a fundação da filosofia transcendental 
Geovane Reale
Dário Antiseri
A “intuição” é o conhecimento imediato dos objetos. Segundo Kant, o homem é dotado de um só tipo de intuição: a intuição própria da sensibilidade. O intelecto humano intui, mas, quando pensa, refere-se sempre aos dados que lhe são fornecidos pela sensibilidade.
Referência: ANTISERI, Dário; REALE, Giovanne. História da filosofia vol. 4. São Paulo: Paulos, 2005. p. 360
A priori= anterior à experiência.
III – TRECHO DE TEXTO FILOSÓFICO:
	
[A revolução copernicana na filosofia]
 Immanuel Kant
“Até hoje admitia-se que nosso conhecimento se devia regular pelos objetos; porém, todas as tentativas para descobrir a priori, mediante conceitos, algo que ampliasse nosso conhecimento, malogravam-se com estes pressupostos. Tentemos, pois, uma vez, experimentar se não se resolverão melhor as tarefas da metafisica, admitindo que os objetos se deveriam regular pelo nosso conhecimento, o que assim já concorda melhor com o que desejamos, a saber, a possibilidade de um conhecimento a priori destes objetos, que estabeleça algo sobre eles antes de nos serem dados. Trata-se aqui de uma semelhança com primeira ideia de Copérnico; não podendo processeguir na explicação dos movimentos celestes enquanto admitia que toda a multidão de estrelas se moviam em torno do expectador, tentou se não daria melhor resultado fazer antes girar o espectador e deixar os astros imóveis. Ora, na metafísica, pode-se tentar o mesmo, no que diz respeito a intuição dos objetos. Se a intuição tivesse de se guiar pela natureza dos objectos, não vejo como deles se poderia conhecer algo a priori; se, pelo contrário, o objecto (enquanto objecto dos sentidos) se guiar pela natureza da nossa faculdade de intuição, posso perfeitamente representar essa possibilidade. Como, porém, não posso deter-me nessas intuições, desde o momento em que devem tornar-se conhecimentos; como é preciso, pelo contrário, que as reporte, como representações, a qualquer coisa que seja seu objeto e que determino por meio delas, terei que admitir que ou os conceitos, com ajuda dos quais opero esta determinação, se regulam também pelo objeto incorro na mesma dificuldade acerca do modo pelo qual dele poderei saber algo a priori; ou então os objetos, o que é o mesmo, a experiência pela qual nos são conhecidos (como objetos dados) regula-se por estes conceitos e assim vejo um modo mais simples de sair do embaraço. Com efeito, a própria experiência é uma forma de conhecimento que exige concurso do entendimento, cuja regra devo pressupor em mim antes de me serem dados os objetos, por consequência, a priori e essa regra é expressa em conhecimentos a priori, pelos quais têm de se regular necessariamente todos os objetos da experiência e com os quais devem concordar. No tocante aos objetos, na medida em que são simplesmente pensados pela razão- e necessariamente- mas sem poderem (pelo menos tais como a razão s pensa) ser dados na experiência, todas as tentativas para os pensar (pois têm que poder ser pensados) serão, consequentemente, uma magnífica pedra de toque daquilo que consideramos ser a mudança de método na maneira de pensar, a saber, que só conhecemos a priori das coisas o que nós mesmos nelas a pomos.”
Referência: KANT, Imannuel. Crítica da Razão Pura. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2001. p.19-21.
IV – ATIVIDADE AVALIATIVA: 
	O que foi a revolução copernicana operada na filosofia por Kant?
Porque dizer que “(...) os objetos se deveriam regular pelo nosso conhecimento” concorda melhor com os objetivos a serem alcançados pelo filósofo? 
PLANEJAMENTO DE UMA AULA DE FILOSOFIA 
PARA O ENSINO MÉDIO
TEMA DA AULA: A DISTINÇÃO KANTIANA ENTRE JUÍZOS SINTÉTICOS E ANALÍTICOS
I – RECURSO NÃO-FILOSÓFICO: 
	
Utilização do Pêndulo de Newton para demostrar a existência de juízos analíticos, sintéticos e sintéticos a priori
Robertina Teixeira da Rocha
Aluna do 7º período de Licenciatura em Filsosofia/UFAL
Concomitante com a leitura do texto o professor usará o Pêndulo de Newton para mostrar o que seriam os juízos de que Kant fala. Para demonstrar o que seria um juízo analítico o professor falará características das bolinhas do Pêndulo: a forma redonda, por exemplo, é extraída de “dentro” do próprio conceito de bola (o predicado está contido dentro do próprio objeto). 
Para demonstrar o juízo sintético, no qual o predicado não está contido no objeto, o professor pode chamar atenção para a quantidade de bolinhas do pêndulo (5 bolinhas), apesar de serem a soma de 3+2 ou 4+1, é um juízo sintético porque amplia nosso conhecimento acerca dos números, 5apesar de ser obtido através da soma dos números anteriormente citados, não estava contido dentro deles. Esta experiência fixa a atenção do aluno na maior característica do juízo sintético: a de ampliar nosso conhecimento (o que é bom porque facilita o entendimento do juízo sintético a priori, pois ressalta outra característica do juízo sintético, além da de ser obtido através da experiência).
Para demostrar o juízo sintético a priori (que amplia nosso conhecimento e é retirado da experiência, por isso sintético, mas também é universal e necessário, por isso, a priori) o professor pode fazer a demonstração mais comum do Pêndulo: fazer as bolinhas moverem-se e movimentarem com seu movimento a mesma quantidade de bolinhas no lado oposto. Neste experimento é mostrada a lei de conservação de energia, uma lei universal e necessária retirada da experiência (juízo sintético a priori) e é uma lei da física (ciência que, segundo, Kant elabora este tipo de juízos).
Explicação do último experimento
“Explicação
No experimento, observamos que a energia inicial é a potencial*, isso faz com que a bolinha se movimente, no momento em que ela toca na  outra bolinha, e energia se transforma em cinética**. Essa mudança na forma de energia ocorre repetidas vezes já que as bolinhas estão presas por uma cordinha.
Quando levantamos apenas uma bolinha e a soltamos, a sua energia e momento linear são transferidos integralmente para a última bolinha que obtém a mesma energia mecânica e momento linear da bolinha inicial. 
*A energia potencial é o nome dado a forma de energia quando está “armazenada”, isto é, que pode a qualquer momento manifestar-se. Por exemplo, sob a forma de movimento. A energia hidráulica e a energia nuclear, são exemplos de energia potencial, dado que consistem em energias que estão "armazenadas".
**Energia cinética é a quantidade de trabalho que teve que ser realizado sobre um objeto para modificar a sua velocidade (seja a partir do repouso - velocidade zero - seja a partir de uma velocidade inicial).”
Referência: http://universitariodefisica.blogspot.com.br/2011/02/pendulo-de-newton-mago-da-fisica_25.html Acesso em Agosto de 2013
II – TEXTO(S) DIDÁTICO(S) e/ou COMPLEMENTAR(ES):
	
TEXTO 1:
“Kant e a fundação da filosofia transcendental 
Geovane Reale
Dário Antiseri
1.3 O juízo analítico
O juízo analítico é que formulamos a priori, sem necessidade de recorrer à experiência, dado que, com ele, expressamos no sujeito. Consequentemente, ele é universal e necessário, mas não amplificador do conhecimento. Portanto, a ciência se vale amplamente desses juízos para esclarecer e explicar muitas coisas, mas não se baseia neles quando amplia seu próprio conhecimento. O juízo típico da ciência, portanto, não pode ser juízo analítico a priori.
1.4 O juízo sintético a posteriori
O juízo sintético, ao contrário, amplia sempre meu conhecimento, a medida que se diz sempre algo de novo do sujeito, que não estava implicitamente nele. Ora, os juízos sintéticos mais comuns são aqueles que formulamos baseando-nos na experiência, ou seja, os juízos experimentais.
Os juízos experimentais, portanto, são todos sintéticos e, como tais, “ampliadores do conhecer”. Entretanto, a ciência não pode sebasear neles porque, precisamente por dependerem da experiência, são todos a posteriori e, como tais, não podem ser universais e necessários. Dos juízos de experiência podemos, quando muito, extrair algumas generalizações, mas nunca a universalidade e a necessidade.
1.5 Juízos sintético a priori
Portanto, está claro que a ciência se baseia em um terceiro tipo de juízos, ou seja, no tipo de juízo que, a um só tempo, une a aprioridade, ou seja, a universalidade e a necessidade, com a fecundidade, e portanto a “sinteticidade”. Os juízos constitutivos da ciência são juízos “sintéticos a priori”. Kant está certíssimo de que assim é.
Todas as operações aritméticas, por exemplo, são “síntese a priori”. Juízo 5+7=12 não é analítico, mas sintético: com efeito, nós recorremos aos dedos das mãos quando contamos (deve-se pensar também nas operações que realizamos com o ábaco), ou seja, à intuição, graças a qual nós vemos nascer (sinteticamente) o novo número correspondendo à soma.”
Referência: ANTISERI, Dário; REALE, Giovanne. História da filosofia vol. 4. São Paulo: Paulos, 2005. p. 356-357.
III – TRECHO DE TEXTO FILOSÓFICO:
	
“Introdução
Immanuel Kant
Da diferença entre conhecimento puro e conhecimento empírico
Não resta dúvida de que todo nosso conhecimento começa pela experiência; efetivamente, que outra coisa poderia despertar e pôr em ação a nossa capacidade de conhecer senão os objetos que afetam os sentidos e que, por um lado, originam por si mesmos as representações e, por outro lado, põem em movimento a nossa faculdade intelectual e levam-na a compará-las, ligá-las ou separá-las, transformando assim a matéria bruta das impressões sensíveis num conhecimento 	que se denomina experiência? Assim, na ordem do tempo, nenhum conhecimento precede em nós a experiência e é com esta que todo o conhecimento tem o seu início.
Se, porém, todo o conhecimento se inicia com a experiência, isso não prova que todo ele derive da experiência. Pois bem poderia o nosso próprio conhecimento por experiência ser um composto do que recebemos através das impressões sensíveis e daquilo que a nossa própria capacidade de conhecer (apenas posta em ação por impressões sensíveis) produz por si mesma, acréscimo esse que não distinguimos dessa matéria prima, enquanto a nossa atenção não despertar por um longo exercício que nos torne aptos a separá-los. 
[...] Denomina-se a priori esse conhecimento e distingue-se do empírico, cuja origem é a posteriori, ou seja, na experiência. 
[...] Dos conhecimentos a priori, são puros aqueles em que nada de empírico se mistura. Assim, por exemplo, a proposição, segundo a qual toda a mudança tem uma causa, é uma proposição a priori, mas não e pura, porque a mudança é um conceito que só pode extrair-se da experiência. 
IV
Da distinção entre juízos analíticos e juízos sintéticos
Em todos os juízos, nos quais se pensa a relação entre um sujeito e um predicado (apenas considero os juízos afirmativos, porque é fácil depois a aplicação aos negativos), esta relação é possível de dois modos. Ou o predicado B pertence ao sujeito A como algo que está contido (implicitamente) nesse conceito A, ou B está totalmente fora do conceito A, embora em Ligação com ele. No primeiro caso chamo analítico ao juízo, no segundo, sintético. Portanto, os juízos (os afirmativos) são analíticos, quando a ligação do sujeito com o predicado é pensada por identidade; aqueles, porém, em que essa ligação é pensada sem identidade, deverão chamar-se juízos sintéticos. Os primeiros poderiam igualmente denominar-se juízos explicativos; os segundos, juízos extensivos, porque naqueles o predicado nada acrescenta ao conceito do sujeito e apenas pela análise o decompõe nos conceitos parciais, que já nele estavam pensados (embora confusamente); ao passo que os outros juízos, pelo contrário, acrescentam ao conceito de um sujeito um predicado que nele não estava pensado e dele não podia ser extraído por qualquer decomposição.
[...] Os juízos de experiência, como tais, são todos sintéticos, pois seria absurdo fundar sobre a experiência um juízo analítico, uma vez que não preciso de sair do eu conceito para formular o juízo e, por conseguinte, não careço do testemunho da experiência. Que um corpo seja extenso é uma proposição que se verifica a priori e não um juízo de experiência. [...] É pois sobre a experiência que se funda a possibilidade de síntese do predicado do peso com o conceito de corpo, porque ambos os conceitos, embora não contidos um no outro, pertencem, contudo um ao outro, se bem apenas de modo contingente, como partes de um todo a saber, o da experiência, que é, ela própria, uma ligação sintética das intuições.
[...] É pois, sobre a experiência que se funda a possibilidade de síntese do predicado do peso com o conceito de corpo, porque ambos os conceitos, embora não contidos um no outro, pertencem, contudo, um ao outro, se bem apenas de modo contingente, como partes de um todo, a saber, o da experiência, o que é, ela própria, uma ligação sintética das intuições. 
Nos juízos sintéticos a priori falta, porém, de todo essa ajuda. Se ultrapassa o conceito A para conhecer outro conceito B, como ligado ao primeiro, em que e apoio, o que é que tornará a síntese possível, já que não tenho, neste caso, a vantagem de a procurar no campo da experiência? Tomemos a preposição: tudo o que acontece tem uma causa. No conceito de algo que acontece concebo, é certo, uma existência precedida de um tempo que a antecede, etc. E daí se podem extrair conceitos analíticos. Mas o conceito de causa está totalmente fora deste conceito e mostra algo distinto do que acontece; não está, pois, contido nesta última representação. Como posso chegar a dizer daquilo que acontece em geral algo que acontece em geral algo completamente distinto e reconhecer que o conceito de causa, embora não contido no conceito do que acontece, todavia lhe pertence e até necessariamente? Qual é aqui a incógnita X em que se apoia o entendimento quando crê encontrar fora do conceito A um predicado B, que lhe é estranho, mas todavia considera ligado a este conceito? Não pode ser a experiência, porque o principio em questão acrescenta essa segunda representação à primeira, não só com generalidade maior a que a experiência pode conceder, mas também com a expressão da necessidade, ou seja, totalmente a priori e por simples conceito. Ora é sobre estes princípios sintéticos, isto é, extensivos, que assenta toda a finalidade última do nosso conhecimento especulativo a priori, pois os princípios analíticos sem duvida que são altamente importantes e necessários, mas apenas servem para alcançar aquela clareza de conceitos que é requerida para uma síntese segura e vasta que seja uma aquisição verdadeiramente nova.
Referência: KANT, Imannuel. Crítica da Razão Pura. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2001. p. 36-45.
IV – ATIVIDADE AVALIATIVA: 
	
Faça um micro resumo do texto lido em sala de aula. Use o roteiro:
Diferença entre conhecimento puro e conhecimento empírico; 
Diferença entre juízos analíticos e juízos sintéticos (use como exemplo as experiências feitas em sala de aula)
Relacione os tipos de juízo com os tipos de conhecimento
Por que, segundo Kant, a ciência formula juízos sintéticos a priori (relacione as razões apontadas por Kant com demonstração da lei de conservação de energia feita em sala de aula com o Pêndulo de Newton)?
PLANEJAMENTO DE UMA AULA DE FILOSOFIA 
PARA O ENSINO MÉDIO
TEMA DA AULA: A ESTÉTICA TRANSCENDENTAL
I – RECURSO NÃO-FILOSÓFICO: 
	
Experiência com copos e água
Robertina Teixeira da Rocha
Aluna do 7º período de Licenciatura em Filsosofia/UFAL
Para esta aula o professor levará diferentes tipos de copos, podem ser de diferentes formas ou materiais, e água. Ele fará a seguinte correlação: os copos serão como pessoas e a água como o conhecimento. Ele problematizará com a turma a seguinte questão: como é possível que sendo cada pessoa tão diferente da outra, todas possam conhecer? Deve deixar claro que estapergunta não excluí as pessoas com deficiência física ou mental, que todas as pessoas por mais diferentes que sejam tem em si a possibilidade de conhecer, assim como os copos, que são feitos de formas e materiais diferentes, são capazes de reter a água. A que se deve esta capacidade? 
Ao fato de todos nós possuirmos, assim como os copos, estruturas/formas pré-definidas para moldar a experiência e reter o conhecimento. Quais são estas estruturas/formas? Esta pergunta será respondida com a leitura do texto filosófico.
II – TEXTO(S) DIDÁTICO(S) e/ou COMPLEMENTAR(ES):
	
TEXTO 1:
“3. A estética transcendental e as formas a priori da sensibilidade
3.1 O conhecimento sensível
Geovanne Reale 
Dário Antisieri
 A doutrina do sentido e da sensibilidade é chamada por Kant de “estética”, não no sentido hoje usual do termo, mas no seu significado etimológico em grego, aisthesis significa “sensação” e “percepção sensorial”. A “estética transcendental”, portanto, é a doutrina da sensibilidade, o modo como o homem recebe as sensações e se forma o conhecimento sensível. Kant escreve: “Chamo de estética transcendental uma ciência de todos os princípios a priori da sensibilidade”, onde, por “princípios a priori”, ele entende precisamente as estruturas ou o modo de funcionamento de da sensibilidade.
3.2 Alguns esclarecimentos terminológicos
Todavia, para compreender bem a estética transcendental e tudo o que dai decorre, é preciso antes proceder a uma série de esclarecimentos terminológicos, para os quais o próprio Kant chama a atenção do leitor com muito cuidado.
a) A “sensação” é pura modificação ou impressão que o sujeito recebe (passivamente) pela ação do objeto (como, por exemplo, quando sentimos calor ou frio, vemos vermelho ou verde, provamos doce ou amargo) ou, se assim se preferir, é uma ação que o objeto produz sobre o sujeito, modificando-o.
b) A “sensibilidade” é a faculdade de temos de receber as sensações, ou seja, a faculdade pela qual nós somos suscetíveis de sermos modificados pelos objetos. 
A “intuição” é o conhecimento imediato dos objetos. Segundo Kant, o homem é dotado de um só tipo de intuição: a intuição própria da sensibilidade. O intelecto humano não intui, mas, quando pensa, refere-se sempre aos dados que lhe são fornecidos pela sensibilidade.
O objeto da intuição sensível chama “fenômeno”, que significa (do grego phainómenon) “aparecido” ou “manifestação”. No conhecimento sensorial, nós não captamos o objeto como ele é em si mesmo, mas, precisamente, tal como ele “aparece” para nós, porque, como dissemos a sensação (o conhecimento sensorial) é uma “modificação” que o objeto produz sobre o sujeito e, portanto, é um “aparecimento” do objeto tal como ele se “manifesta” mediante a própria modificação. 
No “fenômeno” (= nas coisas como aparecem no conhecimento sensível), Kant distingue uma “matéria” e uma “forma”. A “matéria” é dada pelas sensações ou modificações produzidas em nós pelo objeto (cf. o ponto a) e, como tal, só pode ser a posteriori (não posso sentir frio ou calor ou então sentir doce ou amargo se não em consequência da experiência, e não antes). A “forma”, ao contrário, não vem das sensações singulares e da experiência, mas sim do sujeito, sendo aquilo pelo qual os múltiplos dados sensoriais são “ordenados em determinadas relações”. Em palavras mais simples, poder-se-ia dizer que a “forma” de qual fala Kant é o “modo de funcionamento” da nossa sensibilidade, a qual, no momento em que recebe os dados sensoriais, naturalmente “os organiza”. E como a “forma” é o modo de funcionamento da sensibilidade esta existe a priori em nós.
Kant chama de “intuição empírica” o conhecimento (sensível) em eu estão completamente presentes as sensações, e de “intuição pura” a “forma” da sensibilidade considerada prescindindo da matéria (ou seja, prescindindo das sensações concretas).
As “intuições puras” ou “formas” da sensibilidade são somente duas o espaço e o tempo.
Intuição Pura. Diversamente da intuição empírica, que é o conhecimento sensível em que as sensações estão completamente presentes, a intuição pura constitui a estrutura transcendental da sensibilidade, considerada enquanto prescindindo da matéria (isto é, prescindindo das sensações concretas). As “intuições puras” ou “formas” da sensibilidade são apenas duas o “espaço” e o “tempo.” 
Referência: ANTISERI, Dário; REALE, Giovanne. História da filosofia vol. 4. São Paulo: Paulos, 2005. p. 359-360
III – TRECHO DE TEXTO FILOSÓFICO:
	
“Estética transcendental
 Immanuel Kant
Sejam quais forem o modo e os meios pelos quais um conhecimento se possa referir a objetos, é pela intuição que se relaciona imediatamente com estes e ela é o fim para o qual tende, como meio, todo o pensamento. [...] A capacidade de receber representações (receptividade), graças à maneira como somos afectados pelos objetos, denomina-se sensibilidade. Por intermédio, pois, da sensibilidade são-nos dados objetos e só ela nos fornece intuições; mas é o entendimento que pensa esses objetos e é dele que provém os conceitos. [...]
O efeito de um objeto sobre a capacidade representativa, na medida em que por ele somos afectados, é a sensação. A intuição que se relaciona com o objeto, por meio de sensação, chama-se empírica. O objeto indeterminado de uma intuição empírica chama-se fenômeno. [...]
Chamo puras (no sentido transcendental) todas as representações em que nada se encontra que pertença á sensação. Por consequência, deverá encontrar-se absolutamente a priori no espirito a forma pura as intuições sensíveis em geral, na qual todo o diverso dos fenômenos se intui em determinadas condições. Essa forma pura da sensibilidade chamar-se-á intuição pura. [...]
Designo por estética transcendental uma ciência de todos os princípios a priori. Tem que haver, pois, uma tal ciência que constitui a primeira parte da teoria transcendental dos elementos, em contraposição à que contém os princípios do pensamento puro e que se denominará lógica transcendental. [...]
Primeira Secção
DO ESPAÇO
[§ 2
EXPOSIÇÃO METAFISICA DESTE CONCEITO]
Por intermédio do sentido externo (de uma propriedade de nosso espírito) temos a representação de objetos como exteriores a nós e situados todos no espaço. É neste que a sua configuração, grandeza e relação reciproca são determinadas ou determináveis. O sentido interno, mediante o qual o espírito se intui a si mesmo ou intui também o seu estado interno, não nos dá, em verdade, nenhuma intuição da própria alma como um objeto; é todavia uma forma determinada, a única mediante a qual é possível a intuição do seu estado interno, de tal modo que tudo o que pertence ás determinações internas é representado segundo relações no tempo. O tempo não pode ser intuído exteriormente, nem o espaço como se fora algo de interior. Que são então o espaço e o tempo? [...]
1.O espaço não é um conceito empírico, extraído de experiências externas. Efectivamente, para que determinadas sensações sejam relacionadas com algo exterior a mim (isto é, com algo situado num outro lugar do espaço, diferente daquele em que me encontro) e igualmente para que as possa representar como exteriores [e a par] umas das outras, por conseguinte não só distintas, mas em distintos lugares, requere-se já o fundamento da noção de espaço. Logo, a representação de espaço não pode ser extraída pela experiência das relações dos fenômenos externos; pelo contrario, esta experiência externa só é possível, antes de mais, mediante essa representação.
2. O espaço é uma representação necessária, a priori, que fundamenta todas as intuições externas. Não se pode nunca ter uma representação de que não haja espaço, embora se possa perfeitamente pensar que não haja objetos alguns no espaço. Consideramos, por conseguinte, o espaço e a condição de possibilidade dos fenômenos, não uma determinação que dependa deles; é uma representação a priori, que fundamenta necessariamente todos os fenômenos externos. [...]Segunda Secção
DO TEMPO
[§ 4
EXPOSIÇÃO METAFÍSICA DO CONCEITO DE TEMPO]
1.O tempo não é um conceito empírico que derive de uma experiência qualquer. Porque nem a simultaneidade nem a sucessão surgiriam na percepção se a representação do tempo não fosse o seu fundamento a priori. Só pressupondo-a podemos representar-nos que uma coisa existe num só e mesmo tempo (simultaneamente) ou em tempos diferentes (sucessivamente).
2. O tempo é uma representação necessária que constitui o fundamento de todas as intuições. Não se pode suprimir o próprio tempo em relação aos fenômenos em geral, embora se possam perfeitamente abstrair os fenômenos do tempo. O tempo é, pois, dado a priori. Somente nele é possível toda a realidade dos fenômenos. De todos estes se pode prescindir, mas o tempo (enquanto a condição geral da sua possibilidade) não pode ser suprimido.”
Referência: KANT, Imannuel. Crítica da Razão Pura. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2001. p. 61-71. 
IV – ATIVIDADE AVALIATIVA: 
	Escreva um micro-resumo explicando o que é a Estética Transcendental, segundo Kant, siga o roteiro (para responder releia os quatro primeiros parágrafos do texto lido em sala de aula):
Qual o objeto de estudo da estética transcendental?
O que são sensibilidade, intuição, sensação e fenômeno?
O que é a intuição pura?
Diga quais são as formas puras da sensibilidade e caracterize-as.
Qual a relação entre a experiência feita em sala de aula e a estética transcendental apresentada por Kant?
Parte superior do formulário
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