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ATPS Fundamentos e Metodologia de Historia e Geografia

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Centro de Educação à Distância
Universidade Anhanguera – Uniderp
Polo Unieducação - 22498
 Pedagogia 2015 – 2º Semestre
Tutora a distância: Prof.°Ma. Cleudimara Sanches S.Silva
Tutora presencial: Carla Guimarães do Prado Ferreira
Acadêmicos: RA: E-mail 
 
Ana Maria de Oliveira 427844 anamaria.deoliveira@ymail.com 
Clélia Luzia Ferreira Alves 414556 star_alves@hotmail.com 
Regina Aparecida Silva 420463 regina.ubercon@hotmail.com 
Rosilaine Aparecida Silva 420020 rosilaine.ap30@hotmail.com
 
Uberlândia, 15de Agosto de 2015
Educação de Jovens e Adultos
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A Importância da educação de Jovens e Adultos na sociedade atual 
A Educação de Jovens e Adultos (EJA) foi regulamentada no artigo 37,na lei n°9394 de 20 de dezembro de 1996. Teve como objetivo atender aos jovens e adultos que não puderam ou não tiveram oportunidade de ter uma educação básica em sua época. A Educação de Jovens e Adultos (EJA) parte do princípio de que a constituição de uma educação básica para jovens e adultos deve ser voltada para a cidadania. Essa construção de uma educação básica para jovens e adultos não se resolve apenas garantindo a viabilização de vagas, mas, principalmente oferecendo-se um ensino de qualidade, oferecido por professores aptos a congregar em seu trabalho as inovações nas distintas áreas de conhecimento e de incorporar as mudanças sociais e a suas conseqüências na esfera escolar. Hoje, a EJA é uma modalidade de ensino e componente constitutivo da Educação Básica e não mais um subsistema de ensino, com funções : reparadora, equalizadora e qualificadora obedecendo a princípios de eqüidade, diferença e proporção.
As escolas que possuem o curso de Educação de Jovens e Adultos devem oferecer aos educandos a probabilidade de ampliar as competências necessárias para a aprendizagem dos conteúdos escolares, bem como a possibilidade de aumentar a consciência em relação à interação com o mundo, desenvolvendo a capacidade de participação social, no exercício da cidadania. 
 
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 Ao estabelecer o ato criativo, o ensino da Arte representa–se como indispensável no universo da Educação de Jovens e Adultos, visto que, o conhecimento tem uma atitude de busca de sentido, criação, inovação. Basicamente, por seu ato criador, as formas de conhecimento humano, ou suas vinculações, faz com que o indivíduo ao organizar sua vida considere os desafios que dela procedem, em um invariável processo de modificação de si e da realidade que o cerca desenvolvendo atitudes de responsabilidade, compromisso, crítica, e conceitos de seus direitos e deveres. Há necessidade de escolher temas e problemas relevantes para os alunos, de modo que eles sejam seduzidos a refletir sobre os seus próprios pontos de vista, buscando enfatizar a cultura popular, a religião, os meios de comunicação e principalmente a história de vida do indivíduo, estabelecendo a importância do sujeito histórico dentro da sociedade. A educação de Jovens e adultos torna-se mais que um direito: é a chave para o século XXI; é tanto conseqüência do exercício da cidadania como condição para uma plena participação na sociedade. Além do mais, é um poderoso argumento em favor do desenvolvimento ecológico sustentável, da democracia, da justiça, da igualdade entre os sexos, do desenvolvimento socioeconômico e científico, além de um requisito fundamental para a construção de um mundo onde a violência cede lugar ao diálogo e à cultura de paz baseada na justiça. (Declaração de Hamburgo sobre a EJA). 
 
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  A educação básica de jovens e adultos de qualidade exige um compromisso com o trabalho em equipe, com a inovação pedagógica, sensibilidade com a heterogeneidade, e organizado ao diálogo democrático e à convivência plural.
 Os jovens e adultos trabalhadores lutam para superar suas condições de vida (moradia, saúde, alimentação, transporte, emprego, etc.) que estão na raiz do problema do analfabetismo. O desemprego, os baixos salários e as péssimas condições de vida comprometem o seu processo de alfabetização. O analfabetismo é a expressão de pobreza, consequência inevitável de uma estrutura social injusta.
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Proposta Pedagógica para Educação de Jovens e Adultos e seus objetivos
Os objetivos gerais da educação de jovens e adultos, é fazer com que o educando consiga dominar a leitura e a escrita,consiga desenvolver as quatro operações e tenha noção no meio em que vive de sua cultura,de seus direitos e deveres perante a sociedade. Os objetivos da educação de jovens e adultos, vistos como um processo de longo prazo desenvolve a autonomia e o senso de responsabilidade das pessoas e das comunidades, fortalecendo a capacidade de lidar com as transformações que ocorrem na economia, na cultura e na sociedade como um todo. Portanto, é essencial que as abordagens referentes à educação de adultos, estejam baseadas no patrimônio cultural comum, nos valores e nas experiências anteriores de cada comunidade. 
Sendo um direito de todos os cidadãos, o direito ao ensino fundamental em todas as faixas etárias, estabelecer uma ampliação de oportunidades educacionais para aqueles que já ultrapassaram a idade de escolarização regular, conforme a LDBEN n.º 9.394/96. Assim no contexto pedagógico, essa modalidade educativa, tem especial relevância a consideração de suas dimensões sociais, éticas e políticas, onde o valor educativo do diálogo e da participação coloca o educando como sujeito portador de saberes. 
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A Educação de Jovens e Adultos – EJA, enquanto modalidade educacional que atende a educandos trabalhadores, tem como finalidade e objetivos o compromisso com a formação humana e com o acesso à cultura geral, de modo a que os educandos venham a participar política e produtivamente das relações sociais, com comportamento ético e compromisso político, através do desenvolvimento da autonomia intelectual e moral. Tendo em vista este papel, a educação deve voltar-se para uma formação na qual os educandos trabalhadores possam: aprender permanentemente; refletir criticamente; agir com responsabilidade individual e coletiva; participar do trabalho e da vida coletiva; comporta-se de forma solidária; acompanhar a dinamicidade das mudanças sociais; enfrentar problemas novos construindo soluções originais com agilidade e rapidez. Assim ela deve contribuir para formar jovens e adultos que já são trabalhadores e que necessitam de se aperfeiçoarem melhor para se relacionarem com a sociedade, sem que sejam vistos como seres inferiores e excluídos por não possuírem educação escolar. A educação de jovens e adultos visa também, contribuir para a inclusão social, para encurtar a distância entre os incluídos e excluídos das novas formas de conhecimento existente no mundo globalizado do trabalho e das novas tecnologias. 
Tendo como finalidade e objetivo o compromisso com a formação humana e com o acesso à cultura geral, de modo que os educandos aprimorem sua consciência crítica, e adotem atitudes éticas e compromisso político, para o desenvolvimento da sua autonomia intelectual.
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Neste contexto, a proposta de cursos de formação para os educadores da EJA tem incorporado à alfabetização, compreendendo que esta é uma etapa do processo de educação formal e, para dar efetividade às práticas
desenvolvidas junto aos jovens, adultos e idosos, a oferta de formação específica e adequada mostra-se uma ação prioritária.
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 Contribuições de Paulo Freire para a Educação de Jovens e Adultos
O que podemos dizer a respeito da Educação de Jovens e Adultos (EJA), é que foi legalizado em 1986 e, que perdura até os dias de hoje, 2015, é vista como uma forma de alfabetizar quem não teve a oportunidade de estudar na infância ou aqueles que por um motivo qualquer tiveram que abandonar a escola e, por conseguinte, se faz necessário hoje a capacitação continuada em todas as fases da vida; e não somente durante a infância e a juventude, ou seja, a única diferença com o precursor da idéia, que foi o Mobral (Movimento Brasileiro de Alfabetização), é a escola que oferece um prédio e material de mais qualidade e de professores formados ou dos chamados eventuais, porém com as mesmas características do Mobral.
E, Paulo Freire dedicou-se a ensinar Jovens e Adultos com o intuito de resgatar o diálogo e o direito através da mediação.
Paulo Freire como bem sabemos, foi e é um dos mais célebres educador brasileiro, sua trajetória de educador, de reconhecimento internacional, se deu após a divulgação da Pedagogia do Oprimido, uma obra pela qual explicita sua proposta de alfabetização, que precisou ser lida no Brasil às escondidas durante o governo pós 64. 
 
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Tinha como principal objetivo a Educação Libertadora e democrática que parte da realidade de vivências dos educandos. Ele mesmo relata que voltou às origens da vida,tentando conhecê-lo melhor, trazendo da sua infância um momento onde: amor, afeto, diálogo, troca e responsabilidade, estão aliados à alfabetização e à leitura, ali no quintal onde brincava, com gravetos na terra, à da mangueira, aprendeu a ler com sua mãe.
A inter subjetividade, o carinho, o diálogo, que nasciam ao lado da mãe; a leitura a partir do seu espaço, são marcas afetivas que podem o ter levado a perceber o momento de cumplicidade da alfabetização. Estas e outras marcas vão influenciá-lo a elaborar seu trabalho. A proposta de Paulo Freire parte do estudo da realidade que é a fala do educando, e a organização do dado que é a fala do educador. Nesse processo surge os Temas Geradores, extraídos da problematização da prática de vida dos educandos. Os conteúdos de ensino são resultados de uma metodologia dialógica. Cada pessoa, cada grupo envolvido na ação pedagógica dispõe em si próprio, ainda que de forma rudimentar, dos conteúdos necessários dos quais se parte. O importante não é transmitir conteúdos específicos, mas despertar uma nova forma de relação com a experiência vivida
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 A transmissão de conteúdos estruturados fora do contexto social é considerada “invasão cultural” ou “depósito de informações” porque não emerge do saber popular.
O relacionamento educador-educando nessa perspectiva se estabelece na horizontalidade onde juntos se posicionam como sujeitos do ato do conhecimento.
A prática pedagógica proposta por Freire, se concretiza dentro, com e a partir do grupo, considerando as condições locais, culturais e reais, parte da vontade do alfabetizando de querer aprender a ler o mundo, causando uma reflexão sobre este mundo e gerando a esperança na transformação.
Paulo Freire parte da individualidade, a unidade primeira vital e humana, relacionando-a com os outros indivíduos, ajudando a construir significados locais e culturais, para atingir o valor universal.
No método de alfabetização que criou, a leitura é apenas uma parcela de aprendizagem, frente às novas perspectivas de vida, que vão sendo delineadas pela conscientização.
Sua proposta apresenta um enfoque político, relacionado à identidade cultural do
alfabetizando no processo emancipatório de luta, na procura de diminuir o distanciamento cultural e social do analfabeto, vivente de um mundo letrado, na busca de seu espaço por uma vida melhor, que minimize a violência cultural da exclusão, da discriminação, da opressão.
 
 
 
 
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Com ele, percebe-se a importância do amor nas relações pedagógicas, capaz de transformar a vida; a importância da troca, do coletivo, da parceria em educação, o compartilhar com o outro; a inter subjetividade, o diálogo; a humildade, o respeito ao indivíduo, às suas diferenças e à cultura de cada um. Um educador não pode fingir que não vê a miséria ao seu lado, precisa eliminar seus preconceitos, precisa aceitar o diferente, não querendo que ele se torne um igual, precisa conscientizar para educar.
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PLANO DE AULA
Tema: Aprendizagem com a Musicalização
Área de Conhecimento: Língua Portuguesa (Interpretação de Letra e Música)
Tempo de duração: 50 Min
Público Alvo: Educação de Jovens e Adultos (EJA) do 1° e 2° anos
Justificativa: Fazer com que os alunos tenham um conhecimento diversificado sobre música e os elementos que a ela estão associados. Valorizar os conhecimentos que os alunos trazem para a sala de aula e suas livres expressões de opiniões e ideias. Aguçar a percepção musical e motivar a resolução de problemas através da música
Objetivos Gerais: 
Desenvolver a concentração e atenção, a partir da consciência dos sons. Desenvolver memória musical. Estimular, disciplinar e/ou resgatar a prontidão para ouvir.	Fazer a interpretação na letra da música. Provocar o aluno a pensar, a raciocinar e a construir pensamentos críticos
Objetivos Específicos: Identificar língua escrita e falada de acordo com o sistema alfabético. Fazer comparação da língua falada e escrita. Conhecer a letra da música, ler, cantar,tocar instrumentos de percussão e ouvir.
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Habilidades e competências:
Leitura;
Treinar;
Sensibilizar;
Compreender, discutir, debater, produzir.
Destacar a importância de trabalhar com a música e seus conceitos (altura, intensidade, duração, pulso, melodia, harmonia e ritmo)
Interpretar textos
Trabalhar em grupos
Domínio na leitura
Desenvoltura no ato de ler e escrever
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Conteúdos:
Produção escrita e oral para alfabetização inicial do EJA
1°: antes de começar a aula - distribuir os instrumentos de percussão de forma atrativa na sala - Tocar no teclado ou flauta a música selecionada, pedir a quem lembre ou conheça a música acompanhe cantando. Tocar pela segunda vez caso seja agradável e motivá-los a experimentar os instrumentos de percussão.
2°: distribuir entre os alunos a letra da música “Todo azul do Mar”, para que todos possam participar e ter contato com a escrita;
3°: fazer com que conheçam e interpretem a letra da música fazer com que todos se interessem a procurar o significado do conteúdo da música. O que o autor quis dizer com esta letra?
4°: primeiramente explicar e citar exemplos das formas de gêneros textuais e depois, pedir pra se dividirem em grupos para elaborarem um poema ou soneto, canção, elegia, ode, écogla, balada, rondó; com ou sem o acompanhamento de instrumentos, utilizando a letra da música estudada, usando a criatividade.
5°: Recitar seus poemas aos colegas. No final cada um fará um relato da experiência citando o que a música significa na vida de cada um.
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 Recursos: quadro, caderno, lápis, borracha, música xerocada, mídia – áudio, instrumentos musicais (bandinha rítmica, teclado e flauta).
 
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Referência Bibliográfica:
Livros:
BEISIEGEL, Celso de Rui. A educação de Jovens e adultos no Brasil. Alfabetização e cidadania, São Paulo, RAAB, n. 16, jul/2003.
FÁVERO, Osmar (Org.).Cultura popular-educação popular: memória dos anos 60. Rio de Janeiro: Graal, 1983.
FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. 33 ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2002.
Internete:
MEDEIROS, Maria das Neves. A educação de Jovens e Adultos como expressão da
Educação Popular: a contribuição do pensamento de Paulo Freire. V Colóquio
Internacional Paulo Freire, 2005. Disponível em:
<http://scholar.googleusercontent.com/scholar?q=cache:t2uxlq730Q8J:scholar.goo
gle.com/&hl=en&as_sdt=0,5>. Acesso em: 7 agosto 2015.
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PITON, Ivania Marini, KOZELSKI Adriana Cristina. Educação de Jovens e Adultos e
cidadania: a concepção de cidadania dos professores de EJA. IX Congresso de
Educação – Educere, 2009. Disponível em:
<www.pucpr.br/eventos/educere/educere2009/anais/pdf/2589_1463.pdf>.
Acesso em: 7 agosto 2015.
Disponível em: <http://www.infoescola.com/educacao/andragogia>. Acesso em:
09 agosto 2015.

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