Buscar

Caso concreto da semana 2

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

Caso concreto da semana 2
Prof. Paulo Nasser
Direito Constitucional I
Não há vício na Lei nº 9.099/95 porque esta já foi considerada constitucional pelo Supremo Tribunal Federal. Em 2003, o STF manifestou-se definitivamente, por meio da ADI nº1.539/03, reafirmando e estendendo a interpretação cautelar da ADI nº1.127/94, no sentido da não obrigatoriedade de advogado em determinadas ações. O artigo 133 da Constituição Federal pode ser considerado como um exemplo de Norma de Eficácia Contida, uma vez que produz os seus efeitos, porém admite ser restringida ou contida em seus efeitos por legislação infraconstitucional. Portanto, podemos dizer que o artigo 133, CF tem aplicabilidade imediata e direta, mas não integral. EMENTA: AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. ACESSO À JUSTIÇA. JUIZADO ESPECIAL. PRESENÇA DO ADVOGADO. IMPRESCINDIBILIDADE RELATIVA. PRECEDENTES. LEI 9099/95. OBSERVÂNCIA DOS PRECEITOS CONSTITUCIONAIS. RAZOABILIDADE DA NORMA. AUSÊNCIA DE ADVOGADO. FACULDADE DA PARTE. CAUSA DE PEQUENO VALOR. DISPENSA DO ADVOGADO. POSSIBILIDADE. 1. Juizado Especial. Lei 9099/95, artigo 9º. Faculdade conferida à parte para demandar ou defender-se pessoalmente em juízo, sem assistência de advogado. Ofensa à Constituição Federal. Inexistência. Não é absoluta a assistência do profissional da advocacia em juízo, podendo a lei prever situações em que é prescindível a indicação de advogado, dados os princípios da oralidade e da informalidade adotados pela norma para tornar mais célere e menos oneroso o acesso à justiça. Precedentes. 2. Lei 9099/95. Fixação da competência dos juízos especiais civis tendo como parâmetro o valor dado à causa. Razoabilidade da lei, que possibilita o acesso do cidadão ao judiciário de forma simples, rápida e efetiva, sem maiores despesas e entraves burocráticos. Ação julgada improcedente. 
Tema: Recepção 2. A Emenda Constitucional nº 1/69 permitia a criação, em sede de Lei infraconstitucional, de monopólios estatais. Com o advento da Constituição da República de 1988, a possibilidade de criação de monopólios por lei não foi mais contemplada. À luz da teoria da recepção, é possível sustentar a manutenção de monopólios estatais criados em sede infraconstitucional pelo ordenamento pretérito e não reproduzidos pela Constituição de 1988? Segundo Nivaldo Oliveira da Silva em sua obra “Teoria da Recepção”, a recepção é o instituto pelo qual a nova constituição, independente de qualquer previsão expressa recebe norma infraconstitucional pertencente ao ordenamento anterior, com ela compatível, dando-lhe, a partir daquele instante, nova eficácia. Ou seja, a luz da teoria da Recepção, A nova constituição recepciona todas as leis infraconstitucionais da legislação anterior, objetivando dessa forma a segurança jurídica no Estado. Caso a Lei de Monopólios estatais seja declarada inconstitucional, ela deverá ser retirada posteriormente através de uma nova lei, revogação ou arguição de descumprimento de preceito fundamental (ADPF).

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Outros materiais