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Prova Prático-Profissional Prova Institucional 2º semestre de 2012 - 1 - Núcleo da Prova Institucional - NPI Prova de Estágio de Prática Jurídica Penal I PEÇA PRATICO – PROFISSIONAL (5,0 pontos) __________________________________________________________ Em 20 de fevereiro de 2011, o Ministério Público ofertou denúncia em desfavor de EDGAR CHARITA, estudante, com 20 anos de idade na data do fato, pela prática do crime tipificado no art. 147, c/c art. 61, II, “e”, do CP, na forma da lei 11.340/06. Narra a ação penal que, em 14 de janeiro de 2011, o acusado chegou a casa de sua mãe e, livre e conscientemente, ameaçou-a de causar-lhe mal injusto e grave, afirmando que “estava querendo desossar a véia”. Para tanto, armou-se com uma faca de cozinha, momento em que foi preso em flagrante por vizinhos que estavam no local e que presenciaram todo o episódio. A Policia Militar foi chamada e levou EDGAR para a Delegacia de Policia, juntamente com sua genitora e mais duas testemunhas presenciais. O auto de prisão em flagrante constou, entre outras peças indispensáveis, a representação da vítima. No dia seguinte à prisão, em autos apartados, o juiz concedeu a liberdade provisória sem fiança, porém estabeleceu medidas de proteção em desfavor de EDGAR, tais como, proibição de contato e distância mínima de 200 metros da vítima e afastamento do lar. Posteriormente, o juiz do 17º Juizado Especial de Violência Doméstica da Circunscrição Judiciária de Planaltina-DF recebeu a denúncia em 22 de fevereiro de 2011 e, por conseguinte, determinou a citação do acusado. Após a citação válida, o acusado apresentou resposta à acusação. Em seguida, o magistrado não o absolveu sumariamente, designando a audiência de instrução e julgamento para o dia 14 de novembro de 2011. Não houve oferecimento de medidas despenalizadoras por não se aplicar a lei 9.099/95 ao presente caso, na esteira do STF. No dia da audiência, a vítima, as testemunhas e o acusado não compareceram, pois não haviam sido intimados, em razão da greve promovida pelos oficiais de justiça. Nesta assentada, o magistrado redesignou a audiência para o dia 03 de fevereiro de 2012 e determinou novos mandados de intimação. No dia da audiência (03/02/2012), compareceram a vítima, os policiais militares e o acusado. Ausentes as testemunhas presenciais arroladas pelo Ministério Público, que insistiu na oitiva delas, pugnando pela condução coercitiva. Contudo, nesta mesma assentada, a vítima foi ouvida e confirmou os fatos narrados na denúncia. Os policiais, por sua vez, afirmaram que não viram nem ouviram a ameaça, mas apenas viram o acusado preso pelos vizinhos por meio de uma corda, que afirmaram a existência da grave ameaça. Ao final, o magistrado redesignou novamente a audiência para o dia 25 de agosto de 2012, determinando a condução coercitiva das testemunhas faltantes. Neste dia (25/08/2012), todas as testemunhas compareceram e aduziram que o acusado havia realmente ameaçado sua genitora, como narrado na peça vestibular acusatória. Logo em seguida, o acusado foi interrogado, momento em que confessou o crime, mas afirmou que estava arrependido e que teria proferido aquelas palavras quando estava embriagado, motivado por uma discussão anterior com a vítima, que o obrigava a procurar emprego. Ao término da audiência, o magistrado encerrou a instrução, já que as partes não requereram a produção de outras provas, e abriu prazo para as alegações finais das partes, por meio de memorais. Prova Prático-Profissional Prova Institucional 2º semestre de 2012 - 1 - Núcleo da Prova Institucional - NPI Em 12 de setembro de 2012, o Ministério Público apresentou suas derradeiras alegações, pugnando pela condenação do acusado nos termos da denúncia. Em seguida, no dia 21 de setembro de 2012 (sexta-feira), a Defesa de EDGAR foi intimada para manifestar-se em cinco dias. Como Defensor de EDGAR, adote a medida cabível devidamente fundamentada. Considerando que a sua intimação ocorreu no dia 21/09/2012 (sexta-feira), date a petição com o último dia do prazo. SETEMBRO S T Q Q S S D 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 QUESTÕES – PRÁTICA PENAL I QUESTÃO 01 (0,5 pontos) _______________________________________________________ Andrósia Justino, casada com Augusto Justino, avisou ao seu marido que sua menstruação estava atrasada e que estava certa de estar grávida. Porém, ambos não desejavam a gravidez. Então, Augusto deu a ideia para Andrósia abortar, o que foi aceito por esta. Ato contínuo, Augusto comprou um remédio abortivo e colocou na boca de sua esposa Andrósia. Contudo, após ingerir o medicamento, nada ocorreu. Preocupada, Andrósia foi realizar o exame de sangue e de ultra-sonografia para confirmar a existência da gravidez. Para surpresa de ambos, Andrósia não estava nem nunca esteve grávida. Diante do caso, quais crimes Andrósia e Augusto cometeram? Responda fundamentadamente. QUESTÃO 02 (0,5 pontos) _______________________________________________________ Mélvio, triste da vida, em razão de seu time do coração ter perdido a partida final do campeonato brasileiro de futebol, resolveu suicidar. Contudo, não estava certo de seu intento e resolveu contar para seu amigo, Caio. Caio, ao saber da grande tristeza do amigo, incentiva-o a pular do terceiro andar do prédio onde morava. Neste momento, certo que seria a melhor coisa a ser feita e contando com o apoio de seu amigo Caio, Mélvio pula da janela, cai sobre um toldo, que amortece a queda, e depois bate o joelho no chão, causando-lhe escoriações leves na perna. Nada mais. Diante disso, quais os crimes cometidos por Mélvio e por Caio? Responda fundamentadamente.
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