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Trabalho em grupo,protagonismo infantil

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PROTAGONISMO INFANTIL
A escola é um espaço de aprendizado, mas onde o professor deixou seu papel de transmissor e assume o papel de mediador onde o aluno é o protagonista do processo ensino-aprendizagem. Mas o que significa este protagonismo e como promovê-lo dentro da sala de aula vem do conceito e significado.
A palavra protagonismo vem do latim “protos” – principal, primeiro, e de “agonistes” – lutador, competidor, é o processo de protagonizar, de ser o protagonista, o figurante principal de uma apresentação. O protagonismo infantil dentro do contexto escolar é ter a criança no centro desse processo educativo, respeitando suas vontades e seus limites.
Ao nos depararmos com o termo “protagonismo infantil” formamos muitas idéias e conceitos, mas de fato o que este termo representa dentro da educação, e suas origens e linhas de pensamentos são a origem do pensamento do professor Loris Malaguzzi nascido na Itália dia 23 de fevereiro de 1920. 
Este pedagogo vivia em uma cidade de nome Reggio Emília situada do nordeste da Itália que após o fim da Segunda Guerra Mundial, em que a Itália saía derrotada e pobre de uma experiência devastadora, este pedagogo teve um papel idealizador em uma teoria pedagógica que fez com que sua cidade fosse reconhecida mundialmente pela sua pedagogia diferenciada com crianças das creches e pré-escolas locais. Juntamente com a comunidade Malaguzzi desenvolveu essa teoria pedagogia de protagonismo infantil voltado para crianças nesta faixa etária, buscando o centrar-se sempre na criança. 
Alguns escritores ingleses empregaram diversas expressões para denominar a maneira como os professores em Reggio Emília trabalham e planejam com as crianças, seus colegas docentes e pais de alunos. No entanto, Rinaldi salienta que prefere manter a palavra progettazione, na sua originalidade, para denominar a forma de trabalho encontrada nestas escolas. A autora ainda acrescenta que este conceito representa uma abordagem elaborada acerca das hipóteses iniciais e do trabalho de sala de aula, estando sujeita a modificações no decorrer do processo, dado que este não ocorre de forma linear, pois pode ir e voltar, dependendo da maneira como seus protagonistas interajam. Esta forma de planejamento opõe-se ao termo programmazione que, por sua vez, traz a idéia de currículos, programas ou estágios. (RINALDI, 2012)
A Educação Infantil vem passando por um intenso movimento de pesquisas e debates o que, conseguintemente, promove uma revisão das concepções de educação, infância e criança que se refletem nos espaços institucionalizados e nas ações de educar e cuidar desse sujeito de pouca idade.
O estudo sobre o lugar ocupado pela criança na Educação Infantil deve fundamentar-se na idéia de que as crianças desenvolvem-se sob condições adversas no início da vida e formam sua personalidade em meio às práticas culturais. As relações interpessoais e as significações que ocorrem na instituição investigada estão indubitavelmente vinculadas a seu funcionamento nos âmbitos do intelecto, do afeto e da linguagem. Portanto, para tentar compreendê-las é preciso analisar as mediações do grupo social da instituição.
Cotta (2005), comentando Vygotsky (1986) assinalou que uma das funções básicas do brincar é permitir que a criança aprenda a resolver situações conflitantes que vivencia no seu dia a dia, ainda que, nesse caso, com a intervenção do adulto. No brincar concebido como prática cultural, as crianças interpretam e modificam as regras de seu cotidiano e revivem as suas histórias e as histórias alheias (COTTA, 2005, p. 42)
A criança de creche está vivendo predominantemente o período sensório motor, de exploração e descoberta do mundo, de constituição das suas primeiras experiências comunicativas e de intercâmbio interpessoal. Nesse contexto de desenvolvimento, o professor precisa estar atento e oferecer oportunidades que sejam ricas e significativas. 
Acredita-se que os educadores de creches possuem um material humano extremamente rico e aberto à experiência, mas precisam de formação adequada e consciência do seu papel na formação dessas crianças. Entretanto, há lacunas nas deliberações e formulações de políticas, situando ações voltadas à educação infantil na contramão de políticas e orientações oficiais e teóricas sobre o desenvolvimento da criança.
A ação do professor de educação infantil, como mediador das relações entre as crianças e os diversos universos sociais nos quais elas interagem, possibilita a criação de condições para que elas possam, gradativamente, desenvolver capacidades ligadas à tomada de decisões, à construção de regras, à cooperação, à solidariedade, ao diálogo, ao respeito a si mesma e ao outro, assim como desenvolver sentimentos de justiça e ações de cuidado para consigo e para com os outros. Para isso, é preciso que ele se utilize do princípio da escuta. Esse princípio leva o professor a identificar os caminhos que se formam no decorrer do processo de ensino e de aprendizagem. 
A partir deste e de outros princípios da abordagem de planejamento, o professor poderá efetivar uma proposta que se volte para o enfoque emergente, contemplando as necessidades e os interesses dos diferentes atores implicados nesse processo. É necessário considerar as crianças como competentes e ativas. Elas são capazes de levantar problemáticas interessantes de serem estudadas, o que significa percebê-las como protagonistas.
Segundo Malaguzzi (1999), as crianças são potentes, ricas e com cem linguagens, cabendo ao professor fazer um trabalho mediador, relacionando-se tanto com as crianças quanto com suas famílias. Neste sentido, cabe salientar que, conforme Malaguzzi (1999), o professor precisa seguir mais as crianças, tentando encontrar formas de intercambiar os seus interesses, buscando apoio nas famílias para tornar mais significativo o planejamento, não só para si mesmo, mas também para os demais envolvidos no processo de aprendizagem das crianças.
Incentivar a participação apropriada e produtiva dos alunos é sempre um desafio em sala de aula. Sabemos que a maioria das pessoas – especialmente quando não conhecem o conteúdo que está sendo discutido – tem certo receio de falar ou participar de alguma maneira em público. Porém, a atitude passiva não permite um aprendizado eficaz, além do que perpetua a imagem de um docente “sabe tudo”, o que muitas vezes inibe a participação do estudante. 
Na Educação Infantil esse protagonismo da criança torna-se mais fácil e coerente quando elas podem fazer parte das aulas, e o professor pode promover através da linguagem oral. A roda de conversa é uma atividade bastante comum na Educação Infantil e de muita participação das crianças, neste momento o professor cede a fala aos alunos, eles podem falar sobre o dia ou sobre um assunto que será estudado posteriormente por eles. Mas, e as crianças mais tímidas como prover o protagonismo nestas crianças? Através de outras atividades como um tetro com uso de fantoches ou o reconto de um livro assim estimula a fala destas crianças e depois a participação destas.
No contexto desta pesquisa a criança é apreendida como sujeito histórico-social, de direitos, produto e produtora de cultura. Nesse contexto, a criança é considerada em uma sociedade de classe que, em contato com o outro, se desenvolve e amplia seus conhecimentos nas interações e práticas cotidianas a ela disponibilizadas e por ela estabelecida, com sujeitos de diferentes idades e contextos culturais.
A roda de conversa tem como uma de suas principais características a abertura para o novo, uma prática dialógica, momento privilegiado da rotina da instituição, em que a ocorre a troca entre pares, pois é possível sentar-se de forma que todos se vejam, como um convite a falar e ouvir.
A criança deve participar da tomada de decisões em assuntos que lhe dizem respeito, não serestringindo apenas ao âmbito da instituição a qual está inserida, mas em diferentes contextos sociais, família e comunidade. É fundamental considerar a criança como um sujeito ativo capaz de intervir, opinar, criticar, questionar, para que ela desenvolva e aprimore suas competências pessoais e sociais.
 Participar significa influir diretamente nas decisões e no processo em que a negociação entre adultos e crianças é fundamental, um processo que possa integrar tanto as divergências como as convergências relativamente aos objetivos pretendidos. Entendida ainda, como condição absoluta para tornar efetivo o discurso que promove direitos e, assim, a promoção dos direitos de participação assume-se como um imperativo para concretizar a criança como sujeito de direitos.
Pensar as interações sociais nas ações educativas com as crianças da Educação Infantil, tendo como referencial os fundamentos básicos da teoria histórico-cultural de Vygotsky, nos remete à constituição do ser humano em constante relação, com o outro, uma vez que são as contribuições da cultura e a dimensão social das interações que promovem o desenvolvimento singular de cada indivíduo.
Quando se fala da participação de crianças pequenas, a questão é complexa e singular, uma vez que esta categoria geracional7 é desprovida de representação política e seu espaço de participação ainda é restrito e dependente dos adultos. Enquanto proposição, concluímos que a participação é um processo que envolve interação, expressão de idéias, pensamentos, opiniões, escolhas, negociações, condição necessária na defesa da construção de uma educação com base nos valores da democracia, e imprescindível para que as instituições que atendem a primeira infância se constituam lugares de exercício da cidadania plena.
O discurso sobre a participação infantil vem ganhando força com a aprovação de regimes legais, com a definição de diretrizes educacionais e com estudos e pesquisas. Mas esse direito infantil ainda é pouco efetivado ainda no Brasil. Como ainda são poucas as iniciativas que dão voz às crianças implantadas, o momento é de experimentação, ousadia responsável por parte dos Pedagogos, o que exige flexibilidade, disposição e preparo profissional para dar conta do inesperado, do não planejado escolhido pelas crianças.
As discussões acerca dos direitos de participação das crianças pequenas se alinham com as que vêm sendo travadas nos estudos feministas e pós‐coloniais. As políticas de reconhecimento têm construído entendimentos mais alargados e aprofundados de representação, diferença e identidade para o estabelecimento da justiça social, com noções mais cosmopolitas de cidadania, nos quais se implemente uma comunicação democrática inclusiva, que aposte na interdependência como motor de força da construção de cidadania para vencer a relação dicotômica dependência/independência.
A importância de pensarmos caminhos para a participação das crianças pequenas ancorados em perspectivas que busquem respostas para a sociedade complexa em que vivemos, sendo, então, importante reconhecer diferentes formas de participação, tanto em ambientes formais quanto informais, com base nos padrões culturais e nas práticas das crianças em seu cotidiano, envolvendo de acordo com questões que lhes são significativas
Conhecer outra abordagem pedagógica para a Educação Infantil permitiu refletir sobre o potencial da infância e o respeito quanto aos seus direitos, pois nos trouxe a visão de criança como protagonista e construtora de sua aprendizagem. A forma com que visam estimular e alcançar o aprendizado reforça a idéia de compromissos para além da experiência no interior da escola e, nesse sentido, o grupo ultrapassa experiências de cada particularidade.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil. Brasília: MEC, SEB, 2010.
EDWARDS, C. P. Boa escolarização para as crianças de amanhã. Pátio Educação Infantil, ano VI, n. 18, p. 6-9, nov. 2008/fev. 2009.
COTTA, Maria Amélia de C. O brincar de meninas órfãs institucionalizadas. Dissertação de Mestrado da Universidade Metodista de Piracicaba, 2005.
MALAGUZZI, Loris. Histórias, Ideias e Filosofia Básica. In.: EDWARDS, Carolyn; GANDINI, Lella; FORMAN, George. As cem linguagens da criança: a abordagem de Reggio Emilia na educação da primeira infância. Porto Alegre, RS: Artmed, 1999.
RINALDI, Carla. Diálogos com Reggio Emília: Escutar, investigar e aprender. Tradução: Vânia Cury. – 1.ed. – São Paulo: Paz e Terra, 2012.
Sistema de Ensino Presencial Conectado
Pedagogia
PROTAGONISMO INFANTIL
Montes Claros
2015
Protagonismo infantil
Trabalho de Pedagogia apresentado à Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção de média semestral.
Orientador: Prof. Leni Viana
Montes Claros
2015

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