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Prof.ª Caroline Tannus [Farmácia Hospitalar] - 2010.1 - ATENÇÃO FARMACÊUTICA APLICADA À FARMÁCIA HOSPITALAR

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Disciplina Farmácia Hospitalar 
Caroline Tannus 
 
ATENÇÃO FARMACÊUTICA APLICADA À FARMÁCIA HOSPITALAR 
 
A atenção farmacêutica concebida como a forma pela qual o paciente recebe o melhor 
tratamento medicamentoso possível, é aplicável a todos os níveis de atuação do 
farmacêutico clínico, seja ele especializado em determinada área ou não. Observa-se, 
entretanto, que em hospitais menores, com estruturas organizacionais mais simples, a 
mudança de atitude do profissional em direção a atenção farmacêutica ocorre mais 
facilmente. 
Cabe ressaltar que a atenção farmacêutica não se limita ao âmbito hospitalar 
(pacientes hospitalizados), mas também se estende a pacientes ambulatoriais, casas de 
saúde, drogarias farmácias e a pacientes que recebem atendimento domiciliar. 
A adoção do sistema de atenção farmacêutica exige mudanças no comportamento 
profissional. Para aqueles que já praticam a farmácia clínica, essas mudanças são 
relacionadas apenas à atitude. Entretanto para os que estão presos a um sistema de 
distribuição de medicamentos, exige-se aperfeiçoamento dos conhecimentos e 
habilidades. Preparar o farmacêutico para o exercício dessa nova atribuição é passo 
fundamental para o sucesso de qualquer programa de atenção farmacêutica. 
A primeira atitude do profissional que vai iniciar um programa de atenção 
farmacêutica é estabelecer quais as atividades a serem desenvolvidas, as informações a 
serem solicitadas e de que forma isto será documentado, da maneira mais clara possível, 
com fácil acesso. O próximo passo e estabelecer um bom relacionamento com os demais 
integrantes da equipe multidisciplinar, especialmente médicos e enfermeiros, que 
tradicionalmente apresentam certa relutância quanto a presença do farmacêutico em um 
local anteriormente dominado por eles. O relacionamento tende a ser facilitado conforme 
o farmacêutico inicia seu trabalho e fornece informações sobre medicamentos, auxilia no 
monitoramento farmacocinético, faz relatos sobre reações adversas a medicamentos 
observadas, monitora a resposta aos tratamentos, realiza educação sanitária, entre 
outros. 
Assim como a assistência à saúde esta claramente definida em termos ao nível primário 
(unidades básicas de saúde — UBS), secundário hospital de caráter geral e terciário 
(hospitais e clínicas especializados), pode-se imaginar que a assistência e a atenção 
farmacêutica poderiam ser organizadas de forma semelhante. 
A atuação do farmacêutico na UBS, farmácias. drogarias, hospitais de caráter gerais e 
Disciplina Farmácia Hospitalar 
Caroline Tannus 
 
especializados de forma integrada, certamente resultaria em benefício para a 
população, com redução de gastos em saúde, pelo desenvolvimento das seguintes ações: 
• Orientação sobre o uso correto de medicamentos; 
• Educação sanitária de pacientes, especialmente nos casos de doenças crônicas, 
com redução da morbidade e de reinternações por falta de adesão ao tratamento 
ou reações adversas a medicamentos; 
• Elaboração do perfil farmacoterapêutico para determinados pacientes e contato 
com os profissionais prescritores; 
• Comprometimento com os resultados dos tratamentos farmacológicos. 
 
Nesse sentido, vários segmentos deveriam estar mobilizados para viabilizar essa ação 
integrada, como, por exemplo: área acadêmica (atualizando os currículos dos cursos de 
graduação em farmácia em relação a atenção farmacêutica: colaborando com a 
implantação de cursos de educação continuada) órgãos de classe (aprimorando as 
sistemáticas da fiscalização da prática profissional), área governamental (implementando a 
inserção do profissional farmacêutico na equipe multidisciplinar da saúde: aprimorando as 
políticas de saúde e de medicamentos).

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