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NUTRIÇÃO PARENTERAL Manoel Chagas TERAPIA NUTRICIONAL NUTRIÇÃO PARENTERAL: • INDICAÇÃO • PRESCRIÇÃO TERAPIA NUTRICIONAL NUTRIÇÃO ENTERAL E PARENTERAL OBJETIVO Administrar nutrientes adequados a pacientes desnutridos ou não, que não podem se alimentar pela via convencional – via oral. TERAPIA NUTRICIONAL Nutrição Enteral • via gastrointestinal – sonda • legislação própria • responsabilidade – nutricionista • via mais fisiológica TIPOS TERAPIA NUTRICIONAL TIPOS Nutrição Parenteral • NPT – acesso venoso central – mistura com alta osmolaridade e alta densidade calórica • NPP – acesso venoso periférico – baixa osmolaridade – densidade calórica baixa TERAPIA NUTRICIONAL INDICAÇÃO Trato Gasto Intestinal (TGI) não funcionante • Nutrição Enteral exclusiva • Nutrição Parenteral exclusiva • As duas, alternada ou simultaneamente Nutrir adequadamente. Assegurar que as necessidades calórico-protréicas de cada paciente sejam atendidas na sua totalidade NUTRIÇÃO PARENTERAL PRESCRIÇÃO Etapas • Calcular o total de calorias a administrar • determinar distribuição calórica • determinar a quantidade de nitrogênio/dia na mistura • determinar a relação glicose/lipídeos • determinar de eletrólitos, vitaminas e oligoelementos • determinar volume final da mistura NUTRIÇÃO PARENTERAL PRESCRIÇÃO Cálculo das necessidades calóricas Equação de Haris-Benedict para o gasto energético basal (GEB), somado aos fatores de correção de Long (fator de atividade e de injúria) Responsabilidade – médico NUTRIÇÃO PARENTERAL PRESCRIÇÃO Cálculo da quantidade total de calorias por dia Gasto Energético Basal (GEB) Homem: 66,5 + (13,8 x P) + (5 x A) – (6,8 x I) x fa x fi Mulher: 655 + (9,5 x P) + (1,8 x A) – (4,7 x I) x fa x fi Onde: P = peso (Kg), A = altura (cm), I = idade (anos), fa = fator de atividade, fi = fator de injúria PRESCRIÇÃO NUTRIÇÃO PARENTERAL Fator de atividade Fator de injúria Acamado 1,2 Câncer (pós operatório) 1,1 Ambulante 1,3 Sepse 1,3 Politraumatizado 1,5 Valores para os fatores atividade e injúria PRESCRIÇÃO NUTRIÇÃO PARENTERAL CASO CLÍNICO Paciente masculino, 60 Kg, 47 anos, 1,68m, em pós-operatório de colectomia esquerda. GEB: 66,5 + (13,8 x 60) + (5 x 1,68) – (6,8 x 47) x 1,2 x 1,1 Total de calorias: 1868, aproximadamente 1900 calorias (Kcal) serão administradas por dia a esse paciente PRESCRIÇÃO NUTRIÇÃO PARENTERAL Distribuição das calorias entre os nutrientes: Glicose (Gli), aminoácidos (PTN) e lipídeos (Lip) 15% PTN – cada g fornece 4Kcal 55% Gli – cada g fornece 4Kcal 30% Lip – cada g fornece 9Kcal PRESCRIÇÃO NUTRIÇÃO PARENTERAL PTN -15% de 1900 ± 285 cal 285 : 4 ± 72. Logo, 72g de PTN (aminoácidos) As soluções de AA são a 10% Isso implica que 72g de AA estão em 720mL da solução Aminoácidos – colocar na bolsa 720mL PRESCRIÇÃO NUTRIÇÃO PARENTERAL Gli – 55% de 1900 ± 1050 cal 1050 : 4 ± 270g de Gli As soluções de Gli são a 50%. Logo 270g em540 mL de solução Glicose – colocar na bolsa 540 mL Lip – 30% de 1900 ± 570 cal 570 : 9 ± 65g de Lip (20%) Lipídeo – colocar na bolsa 325 mL Definição da via de acesso (central e periférica) A concentração da glicose no volume final da bolsa, já condiciona a escolha da via: • Concentração <10% - veia periférica • Concentração >10% - veia central No nosso caso: vol final = 1585 mL para 270g Gli 100 mL para 17g Gli NUTRIÇÃO PARENTERAL PRESCRIÇÃO A conc de Gli foi de 17%, portanto a veia será a subclávia (via central) Nesse caso a osmolaridade da mistura é muito elevada, podendo causar problemas na administração NUTRIÇÃO PARENTERAL PRESCRIÇÃO NUTRIÇÃO PARENTERAL PRESCRIÇÃO Relação calorias não protéicas/nitrogênio Esse parâmetro é para estimar a quantidade de calorias não protéicas serão necessárias para evitar que os aminoácidos sejam desviados para obtenção de energia (ATP) A relação é: para cada grama de N são necessárioas de 120 a 150g de calorias não protéicas (lipídeos ou glicose) NUTRIÇÃO PARENTERAL PRESCRIÇÃO Calcula-se a quantidade de nitrogênio da prescrição: 1g N está contido em 6,25g de PTN Isso dá uma percentagem de N na PTN de 16%. 1gN 6,25g PTN XgN 72g PTN X = 11,52g N Logo, temos 11,5g de nitrogênio na prescrição NUTRIÇÃO PARENTERAL PRESCRIÇÃO 11,5 x 150 = 1725, arredondando 1700. 11,5g N na relação cal/N de 150:1, serão necessárias 1700 cal não protéicas (gli / lip) Pode ser ofertado apenas a glicose ou a mistura glicose / emulsão lipídica Melhor optar pela mistura NUTRIÇÃO PARENTERAL REFERÊNCIAS 1. BRASIL. Ministério da Saúde, Secretaria Nacional de Vigilância Sanitária. Portaria 272 de 8 de abr de 1998. 1. HERLIN, JP. Garantia da Qualidade na Produção de Soluções Nutritivas Parenterais: instalações e equipamentos. In: Congresso Brasileiro de Nutrição Parenteral e Enteral. 13., 1999, Foz do Iguaçu. 2. WEITZBERG, D. L. Nutrição Enteral e Parenteral na Prática Clínica. Rio de Janeiro: Atheneu, 1990.
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