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1 PRESCRIPRESCRIÇÇÃO E CÃO E CÁÁLCULO LCULO DA NPDA NP NutNut. Me. Claudia Regina . Me. Claudia Regina FelicettiFelicetti Especialista em Nutrição Clínica e Metabolismo (UEL) Mestre em Saúde Coletiva (UEL) Nutricionista do Hospital Universitário do Oeste do Paraná (HUOP) Docente do curso de nutrição da Faculdade Assis Gurgacz (FAG) Quem prescreve a NP? • MÉDICO • NUTRICIONISTA • FARMACÊUTICO • ENFERMEIRO Prescrição da NP Estabelecer o acesso intravenoso central para a administração da NP Selecionar, adquirir, armazenar e prepara, criteriosamente, os produtos necessários ao preparo da NP. Proceder ou assegurar a punção venosa periférica, incluindo a inserção periférica central (PICC) Receber a Nutrição Parenteral da Farmácia e assegurar a sua conservação até a sua completa administração. Avaliar qualitativa e quantitativamente as necessidades de nutrientes baseadas na avaliação do estado nutricional do paciente EMTN Indicação da NP O Nutricionista não pode prescrever NP? • O nutricionista pertencente à equipe multiprofissional de terapia nutricional (EMTN) é responsável por avaliar o estado nutricional dos pacientes, suas necessidades nutricionais e acompanhar a evolução nutricional dos pacientes em terapia nutricional, independentemente da via de administração. • O nutricionista deve encaminhar seus pacientes ou clientes que necessitam de assistência que fuja às suas atribuições técnicas aos profissionais médicos. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Legislação em Vigilância Sanitária. Portaria nº 272, de 08 de abril de 1998. Regulamento técnico fixa os requisitos mínimos exigidos para a terapia de nutrição parenteral. Disponível em: http://e-legis.bvs.br/leisref/public/showAct.php?id=21359&word. CONSELHO FEDERAL DE NUTRICIONISTAS. Resolução CFN n° 380/2005. Dispõe sobre a definição das áreas de atuação do nutricionista e suas atribuições, estabelece parâmetros numéricos de referência, por área de atuação, e dá outras providências. Disponível em: http://www.nutritotal.com.br/diretrizes/?acao=bu&categoria=3&id=89. AtribuiAtribuiçções do profissional ões do profissional Nutricionista na EMTNNutricionista na EMTN • Avaliar os indicadores nutricionais subjetivos e objetivos, com base em protocolo pré-estabelecido, de forma a identificar o risco ou a deficiência nutricional e a evolução de cada paciente, até a alta nutricional estabelecida pela EMTN. • Acompanhar a evolução nutricional dos pacientes em TN, independente da via de administração. • Garantir o registro, claro e preciso, de informações relacionadas à evolução nutricional do paciente. • Participar e promover atividades de treinamento operacional e de educação continuada, garantindo a atualização dos seus colaboradores. (Portaria nº 272, de 8 de abril de 1998) CCáálculo de Nutrilculo de Nutriçção ão Parenteral Parenteral -- ADULTOSADULTOS Cálculo de Parenteral • Há várias formas de se calcular a NP. • O mais importante é entender é adequar às necessidades do paciente, considerando: – Fornecimento de todos os nutrientes essenciais em quantidades adequadas, garantindo a manutenção da vida, crescimento celular e tecidual; – Oferta total de líquido (drogas, soro, NE), – As condições cardio-renal, hepática, infecciosa e nutricional. 2 CCÁÁLCULO DAS NECESSIDADES NUTRICIONAISLCULO DAS NECESSIDADES NUTRICIONAIS – As necessidades calóricas podem variar conforme o estado nutricional, doença, condição metabólica, duração da terapia nutricional, dentre outros; (Waitzberg DL, et al. Indicação, Formulação e Monitorização em Nutrição Parenteral Total Central e Periférica. In: Waitzberg DL. Nutrição Oral, Enteral e Parenteral na Prática Clínica. 3ed. São Paulo; Atheneu, 2000. p.735-51) – As necessidades calóricas podem ser determinadas a partir das equações: • Harris-Benedict (1919); • Regras simplificadas para cálculo do gasto energético (Fórmula de bolso): – 20 a 35 kcal/kg de peso/dia que é uma faixa de caloria referente aos diferentes graus de estresse devido a condição clínica do paciente; (ASPEN Board of Directors and the Clinical Guidelines Task Force. Guidelines for the use of parenteral and enteral nutrition in adult and pediatric patients. JPEN J Parenter Enteral Nutr. 2002;26(1 Suppl)). DistribuiDistribuiçção dos ão dos macronutrientesmacronutrientes • GLICOSE: até 7g/kg/dia ou 45 a 60% do VCT. Em geral se utiliza entre 4 a 5 de glicose / kg / dia • PROTEÍNA: 0,8g a 2,0g/kg/dia ou 10 a 20% do VCT conforme necessidade do paciente e patologia presente. • LIPÍDEO: 1 a 2g/kg/dia por paciente ou 20 a 35% do VCT. – Em geral, administra-se 1g/kg/dia para evitar sobrecarga de gordura que pode se caracterizar por hepatomegalia, icterícia e plaquetopenia. – Para a prevenção de deficiência de ácidos graxos essenciais, recomenda-se o uso entre 1 a 2% do valor calórico total (VCT) de ácido graxo ômega-6 (ácido linoléico) e 0,5% do VCT de ácido graxo ômega-3 (ácido alfa-linolênico). (ASPEN Board of Directors and the Clinical Guidelines Task Force. Guidelines for the use of parenteral and enteral nutrition in adult and pediatric patients. JPEN J Parenter Enteral Nutr. 2002;26(1 Suppl) DistribuiDistribuiçção dos ão dos micronutrientesmicronutrientes • RDA e DRI; • Para a adequação de micronutrientes deve-se avaliar qual o melhor polivitamínico e oligomelementos que garanta as necessidades diárias do paciente. • Se for preciso, realiza-se a reposição com solução de vitaminas e de oligoelementos em soro, fora da solução de NP. Caso ClCaso Clííniconico • Paciente JOP, masculino, 48anos, pós-operatório de colectomia proximal (38cm) por traumatismo abdominal (acidente de moto), hemodinamicamente estável, porém apresentando íleo paralítico e distensão abdominal. • Quadro clínico estável • Peso estimado de 62kg • Diagnóstico nutricional: eutrófico • Indicação: Nutrição Parenteral Total – Acesso Central. Primeiro passo: CPrimeiro passo: Cáálculo das Calorias Totaislculo das Calorias Totais • Pacientes estáveis: 25 - 30 Kcal/Kg/dia NET = 30 kcal x peso / dia NET = 30 kcal x 62kg / dia NET = 1860 kcal / diaNET = 1860 kcal / dia 25kcal x 62 kg = NET =1550 kcal/dia O ideal é que o valor calórico total forneça de 1550 a 1860Kcal. Segundo passo: CSegundo passo: Cáálculo dos lculo dos macronutrientesmacronutrientes Importante: • Deve ser observado as apresentações de cada produto com o farmacêutico que manipula a NP: – Glicose: 5%, 10%, 25%, 50% ou 70% • Lembrando: NP periférica até 10% – Aa: 8,5% a 15% – Lipídeos: 10 ou 20% 3 Segundo passo: CSegundo passo: Cáálculo dos lculo dos macronutrientesmacronutrientes •• ComeComeççar o car o cáálculo sempre pelo aa.lculo sempre pelo aa. • Verificar a recomendação de acordo com o caso clínico; • Verificar qual solução é disponibilizada no nosso Hospital; • No nosso caso a recomendação de proteína é de 0,8-1,2 g/Kg/dia • No nosso hospital temos solução a 10% Aa = g de aa x Kg / dia Aa = 1,2g x 62kg / dia Aa = 74,4g aa / dia CCáálculo das calorias dos lculo das calorias dos aaaa • 1g de aa = 4 kcal 1 g de aa --- 4 kcal 74,4 g de aa --- x X = 297,6kcal 1860 kcal totais --- 100% 297,6 kcal aa --- x X = 16% das NET Determinar o quanto vai de soluDeterminar o quanto vai de soluçção de ão de aminoaminoáácidos na Parenteralcidos na Parenteral SoluSoluçção de aa ão de aa àà 10%10% 100ml de solução --- 10g de aa x --- 74,4 g de aa X= 744 mL de solução de aa à 10% Cálculo de lipídios • 1 a 2g/kg/dia por paciente ou 20 a 30% do VCT. Em geral, utiliza-se para o adulto 1 g/Kg/dia • Verificar qual emulsão é disponibilizada no nosso Hospital; • No nosso caso a recomendação é de 1g/kg/dia • No nosso hospital temos a emulsão lipídica à 20% LIP = 1g/Kg/dia LIP = 1g x 62kg / dia LIP = 62g de LIP Determinar o volume da emulsão Determinar o volume da emulsão liplipíídicadica •• Emulsão Emulsão liplipíídicadica àà 20%20% 100mL de solução --- 20g x --- 62g de lip x = 310 mL de emulsão lipídicaà 20% CCáálculo da calorias provenientes dos liplculo da calorias provenientes dos lipíídiosdios Valor calórico das emulsões lipídicas: • Emulsões a 10% - Fornecem 1,1 Kcal/ml • Emulsões a 20% - Fornecem 2 Kcal/ml 2 Kcal/mL 2kcal x 310mL de emulsão Emulsão lipídica = 620 kcal 1860 kcal totais --- 100% 620 kcal lip --- x X = 33,3% das NET 4 CCáálculo da glicoselculo da glicose • Verificar a recomendação de acordo com o caso clínico; • Verificar qual solução é disponibilizada no nosso Hospital; • No nosso caso a recomendação de glicose é até 7g/kg/dia (média = 4 a 5g) • No nosso hospital temos solução à 50% Glicose = g x kg / dia Glicose = 4 g x 62 kg / dia Glicose = 248 g /dia Cálculo da solução de glicose •• SoluSoluçção de glicose ão de glicose àà 50%50% 100ml de solução --- 50g x --- 248g x= 496 mL de solução de glicose à 50% Valor calórico ofertado pela glicose • Valor calórico: 1g de glicose = 3,6 Kcal 1 g de glicose ---- 3,6 kcal 248 g --- x X = 892,8 kcal de glicose 1860 kcal totais --- 100% 892,8 kcal glicose --- x X = 48 % das NET Valor calórico total e percentual fornecido pelos macronutrientes: Aminoácidos = 297,6Kcal – 16% Lipídios = 620 Kcal – 33,3% (20-35%) Glicose = 892,8 Kcal – 48% (45-60%) TOTAL = 1810,4 Kcal NET calculada: 1550 a 1860 kcal/ dia Cálculo dos eletrólitos • Sódio Recomendação de Sódio: 50 – 200 mEq • Cloreto de sódio a 20% (1ml = 3,5 mEq) 1 ml --- 3,5 mEq 20 ml --- x X = 70 mEq de sódio • Potássio Recomendação de Potássio: 30 – 100 mEq • Cloreto de potássio à 19,1% (1 ml = 2,5 mEq) 1 ml --- 2,5 mEq 20 ml --- x x = 50 mEq de Potássio 5 • Cálcio Recomendação de Cálcio: 3 – 30mEq • Gluconato de cálcio a 10% (1ml = 0,5 mEq) 1 ml --- 0,5 mEq 10 ml --- x x= 5 mEq de cálcio • FÓSFORO • Para que haja mineralização óssea é necessária uma relação Ca:P de 2,6:1 mEq ou mMol • Importante: – O total de fosfato não deve ultrapassar 20 mEq por litro de solução/emulsão final • 1º - transformar o Cálcio de mEq para mMol (Dividir por 2) Logo: 5 mEq de Cálcio = 2,5 mMol de cálcio • 2º - Achar o total de Fósforo ideal P = 2,5 ÷ 2,6 P = 0,96 ~1 mMol de fósforo • Solução = Fosfato orgânico • Fosfato orgânico = glicerofosfato de sódio 1 ml = 1 mMol Logo = 1 ml de fosfato orgânico • MAGNÉSIO • Recomendação de Magnésio: 10-30 mEq • Sulfato de magnésio à 10% (1ml = 0,8 mEq) 1 ml --- 0,8 mEq 10ml --- x X= 8 mEq de Mg Cálculo dos polivitamínicos: • São baseados de acordo com os produtos disponíveis no mercado. Ao selecionar, vale a pena avaliar se atingem as necessidades de cada vitamina e/ou mineral. Usaremos o básico • Polivitamínico A – 10 ml • Polivitamínico B – 5 ml • Oligoelementos – 5 ml CCÁÁLCULO DE LLCULO DE LÍÍQUIDOSQUIDOS • Recomendação de 30 a 40 ml / Kg / dia. Nosso caso: • 30 x 62 kg = 1860 ml de água biodestilada 6 Prescrição da NP 10 mlGluconato de cálcio 10% 1860 mLVolume total 229mL *Água bidestilada 5 mlOligoelementos 5 mlPolivitamínico B 10 mlPolivitamínico A 1 mlFosfato orgânico 10 mlSulfato de magnésio 20% 20 mlCloreto de potássio 19,1% 20 mlCloreto de sódio 20% 310 mlEmulsão lipídica a 20% 496 mlSolução de glicose a 50% 744 mlAminoácido a 10% *para completar o volume determinado **Vazão: 77,5 ml/hora (24h de infusão) 1631 mL AVALIAÇÃO DOS ELETRÓLITOS Concentrações limite para eletrólitos (para evitar precipitação) • Cálcio – 5 mMol/L ou 10 mEq/L • Magnésio – 6 mMol/L ou 12 mEq/L • Sódio e potássio – 80 mMol/L ou 80 mEq/L • Fosfato – 15 mMol/L ou 20 mEq/L GLICOSE – concentração final • Periférica: máximo 10% do volume total • Central: máximo 35% do volume total 1860 ml – 496 g de glicose 100 ml – x x = 26,6% AMINOÁCIDOS – concentração final • Concentração final de aa deve ser = 3,5 a 5% 1860 ml – 74,4 g de aa 100 ml – x x = 4% Avaliação da Osmolaridade da Parenteral • Para aminoácidos, multiplique a concentração final por 100 • Para glicose, multiplique a concentração final por 50 • Sódio e potássio, multiplique os valores de mEq por 2 • Magnésio, multiplique os valores de mEq por 1 • Cálcio, multiplique os valores de mEq por 1,4 Resultado: NPp = < 900 mOsm/L NPT = > 1000 mOsm/L mOsmolTOTAL 1Fósforo 1 mMol 5 x 1,4Cálcio 5 mEq 8 x 1Magnésio 8 mEq 50 x 2Potássio 50 mEq 70 x 2Sódio 70 mEq 12 x 50Glicose 26,6% 3,3 x 100Aminoácidos 4% TotalTotalccáálculolculoNutriente e sua Nutriente e sua quantidadequantidade 7 1986 mOsmolTOTAL 11Fósforo 1 mMol 75 x 1,4Cálcio 5 mEq 88 x 1Magnésio 8 mEq 10050 x 2Potássio 50 mEq 14070 x 2Sódio 70 mEq 133026,6 x 50Glicose 26,6 % 4004 x 100Aminoácidos 4% TotalcálculoNutriente e sua quantidade Exemplo de solução de NP Quando iniciar?Quando iniciar? 3 dias se o TGI não se restabelecer Situações clínicas iniciar no segundo dia após restabelecer o equilíbrio Hemodinâmico Traumas múltiplos 1 a 2 dias após restabelecer o equilíbrio hemodinâmico Queimaduras após 05 dias se a função intestinal não se restabelecer Pós-operatório 10 a 15 dias antes da cirurgia Pré-operatório com DEP moderada 6. Situações especiais • Neonatos de muito baixo peso (<1000g) – Associação Americana de Gastoenterologia, indica NP em crianças prematuras e neonatos que não se alimentam suficientemente pela via oral/enteral, devido ao hipermetabolismo e a suas reservas energéticas limitadas. (American Gastroenterological Association medical position statement: parenteral nutrition. Gastroenterology 2001;121(4):966-9) (POINDEXTER, BB et al. Early provision of parenteral amino acids in extremely low birth weight infants: relation to growth and neurodevelopmental outcome. J Pediatr. 2006;148(3):300-305) – Estudo realizado em 15 centros de saúde norte- americanos com 1.018 neonatos com com peso entre 401 g e 1000 g. – Objetivo do estudo: verificar se a oferta de aa via parenteral traz mais benefícios se administrada precoce (NPp) ou tardiamente (NPt). • Precoce: NPp iniciada nos primeiros cinco dias de vida • Tardia: NPt iniciada após o quinto dia de vida. • Métodos – As 1.018 crianças foram divididas em dois grupos: • Grupo 1: receberem aminoácidos por NPp (n = 182) • Grupo 2: receberam aminoácidos por NPt (n = 836). – Ambas receberam aporte maior ou igual a 3 g de aminoácidos/kg de peso corpóreo por dia. – Todas as crianças envolvidas no estudo também receberam nutrição enteral. – O tempo de infusão da NP foi similar entre os grupos (NPp = 32,3 ± 22,6 contra NPt = 35,1 ± 22,4 dias). – O desenvolvimento das crianças foi analisado por meio de medidas antropométricas: peso, estatura e perímetro cefálico em três momentos: nascimento, 36 semanas e 18 meses após o nascimento. 8 • Resultados • Crianças com muito baixo peso ao nascer, que receberam aminoácidos por NPp, apresentaram melhor desenvolvimento após 36 semanas do nascimento: – Peso: • Abaixo do P10: 82% das crianças do grupo NPp contra 95% do grupo NPt; • Abaixo P5: 70% das crianças do grupo NPp contra 85% do grupo NPt; – Estatura • NPp apresentou maior altura e maior circunferência da cabeça em relação ao grupo tratado com NPt (altura = 41,7 ± 2,7 cm contra 41 ± 2,3 cm; p = 0,01) – Perímetro cefálico: • NPp = 30,9 ± 1,8 cm contra 30,3 ± 1,6 cm do grupo NPt; p < 0,0001). • Conclusão: – Os aminoácidos têm a capacidade de limitar o catabolismo e melhorar o crescimento em curto período de tempo nessa população vulnerável. – O fornecimento de aminoácidos por nutrição parenteral precoce (NPp) apresentou maior desenvolvimento da estatura, peso e perímetro cefálico em relação a crianças que receberam aminoácidos por NP tardia (NPt). Estudo de caso • Trabalho para entregar: Calcule e prescreva a nutrição parenteral total de um adulto estável de 70 kg, pós-operatório imediato de enterectomia total por isquemia intestinal.
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